Publicação da Associação Brasileira de Celulose e Papel | agosto/setembro | 2013
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Plantações florestais levam
prosperidade ao campo
Além do conhecido valor econômico, essas plantações
florestais, como as de eucalipto e pinus, por exemplo,
também provêm significativo valor social em regiões
distantes dos grandes centros urbanos, sobretudo na
geração de postos de trabalho. Em 2012, o número
de empregos no setor somou mais de 600 mil postos
diretos, 1,3 milhão de indiretos e mais de 2,4 milhões
de empregos devido ao efeito renda. O setor de
celulose e papel sozinho gerou 157 mil empregos
diretos, nesse mesmo ano.
Paralelamente aos benefícios da produção, as empresas
de base florestal investiram, em 2012, R$ 149 milhões em
projetos sociais, beneficiando mais de 1,3 milhão de
pessoas. Também foram investidos R$ 35,9 milhões
em educação e cultura e R$ 29,2 milhões em programas de saúde. Já os programas de treinamento e
capacitação profissional beneficiaram cerca de 700 mil
pessoas, direta e indiretamente, ao longo do ano.
Outra abordagem na geração de valor social que vem
conquistando cada dia mais adeptos, com resultados
muito positivos, são as parcerias com pequenos
produtores via programas de fomento florestal.
Tais iniciativas permitem que esses produtores
participem da cadeia produtiva das empresas,
fornecendo madeira de árvores plantadas em suas
propriedades. São parcerias de longo prazo que
visam a integrar a comunidade no negócio florestal,
melhorar a qualidade de vida dos habitantes e,
consequentemente, fixar o homem no campo.
Esta edição do Folha da Bracelpa traz algumas das
iniciativas de sucesso das empresas do setor de
celulose e papel.
Suzano / Ricardo Teles
Diversos segmentos industriais têm as plantações
florestais como fonte de matéria-prima, desde o setor
de celulose e papel, de madeira sólida e de painéis
reconstituídos, até a indústria moveleira, a siderurgia,
entre outros. Trata-se de uma atividade importante
para a economia do País, que gerou um valor bruto
de produção de R$ 56,3 bilhões em 2012, o que
corresponde a 5,7% do PIB industrial brasileiro.
Folha da Bracelpa ı agosto/setembro de 2013
Editorial
O modelo de
relacionamento com
as comunidades do
entorno das áreas
de atuação das
empresas de celulose
e papel certamente
sofreu considerável
mudança nos últimos anos. As
relações conflituosas e baseadas
exclusivamente em projetos
filantrópicos evoluíram para
relações de parceria e engajamento
das partes interessadas.
Para tanto, as empresas
do setor tiveram de criar e
implantar mecanismos para
garantir a efetividade das ações
propostas, como diagnóstico
para compreender as demandas
das comunidades, diálogo
constante, encontros com líderes
comunitários, agenda presencial
de atividades, garantia de atenção
às necessidades e demandas dessa
população, entre outras ações.
Um bom exemplo dessa
mudança de paradigma é o atual
relacionamento das empresas com
comunidades rurais e tradicionais.
Comunidades indígenas,
quilombolas e movimentos
sociais ganharam espaço nos
planejamentos socioambientais das
empresas, ao perceberem que o
caminho do diálogo é muito mais
produtivo do que as relações de
conflitos do passado. Com isso,
toda a comunidade sai ganhando,
pois seus representantes passaram
a ter voz ativa e a compartilhar
responsabilidade em projetos
e programas que promovem o
desenvolvimento rural e social. Este
é o caminho a ser trilhado.
Cresce a participaçã
Os pequenos produtores são essenciais para um manejo florestal sustentável e,
graças aos programas de fomento, que oferecem melhores condições financeiras
e operacionais, eles ajudam a reduzir a pressão sobre matas nativas e a recuperar
solos degradados. Do ponto de vista social, esses programas, que incentivam
e dão ampla assistência nos plantios florestais, promovem e diversificam
atividades locais, geram emprego e renda, e contribuem no desenvolvimento das
comunidades nas quais a floresta e a indústria estão inseridas.
Na Europa, por exemplo, quase metade da área florestal pertence a pequenos
proprietários. No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Produtores
de Florestas Plantadas (ABRAF), cerca de 20% da madeira utilizada para a
produção de celulose e papel tem origem em terras com programas de fomento.
Certificar estes pequenos produtores, com selos do Forest Stewardship
Council (FSC) ou do Programa Brasileiro de Certificação Florestal
(Cerflor), lhes proporciona maior acesso ao mercado, conhecimento sobre
regulamentação do uso do solo, melhores práticas de manejo, além de preços
mais competitivos para a madeira.
“A certificação florestal voluntária estimula a implantação de boas práticas
de manejo. Os principais benefícios para os pequenos produtores são a
racionalização de recursos, o aumento de produtividade e o acesso a mercados
mais exigentes. Além de reduzir custos de produção, eliminando desperdícios,
ainda é possível conseguir melhores preços pelos produtos”, afirma Leonardo
Salema Nogueira de Souza, Analista Executivo em Metrologia e Qualidade Gestão de Meio Ambiente do Cerflor.
Nesse sentido, o Cerflor estimula a certificação do manejo florestal de pequenos
produtores e a certificação da cadeia de custódia de Pequenas e Médias Empresas
(PMEs) do setor, visando a promover amplamente o manejo florestal sustentável.
Foto: Suzano / Carol Reis
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Boa leitura!
Elizabeth de Carvalhaes
Presidente Executiva da Bracelpa
Fonte: Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas – ABRAF
agosto/setembro de 2013 ı Folha da Bracelpa
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Celulose Riograndense / Daniel Andriotti
ão de pequenos produtores
Apoio à certificação de fomentados
O FSC apoia a certificação de pequenos produtores desde 2004, por meio do manejo florestal em
pequena escala e de baixa intensidade (SLIMF, na
sigla em inglês). Este programa entende o pequeno produtor tanto como uma floresta menor ou
um manejo de baixo impacto quanto como um
membro de comunidade que possui e/ou maneja
uma área florestal dividida em partes iguais. O
SLIMF permite que os processos de auditoria para
certificação sejam simplificados, muitas vezes mais
curtos e com menos auditores envolvidos, o que
necessariamente implica em um custo menor.
Outra iniciativa do FSC Internacional para apoiar
a certificação de pequenos produtores rurais foi
o lançamento de um fundo, em 2013, para atender algumas das necessidades financeiras do processo de certificação. A distribuição dos recursos
para projetos ao redor do mundo, inicialmente
de ¤ 420 mil, começará em outubro deste ano.
Segundo a instituição, o apoio financeiro pode ajudar os pequenos produtores a se prepararem para
essa certificação, arcar com os custos de conformidade com os Princípios e Critérios do sistema,
fortalecer e capacitar as organizações geridas por
eles, melhorar a gestão da cadeia de suprimentos,
investir em novas máquinas e aumentar o acesso
ao mercado para produtos certificados.
De acordo com a coordenadora técnica do FSC Brasil, Fernanda Rodrigues, este fundo representa uma
parte importante do compromisso de melhorar as
condições para que os pequenos produtores obtenham e mantenham a certificação. “Estes pequenos
produtores precisam de apoio adicional para receber
Folha da Bracelpa ı agosto/setembro de 2013
Fotos: Veracel / Ernandes Alcântara
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Aroldo José Mariano, Giovanni Lazzarini Grippa e a esposa Fernanda, Laerte Grassi e seu filho Welton, beneficiados pela Veracel
a certificação FSC, e o fundo se destina a atender
algumas dessas necessidades. Com valores relativamente modestos, podemos ajudar a criar novas
oportunidades para esse público”, diz Fernanda.
Para ser elegível, o proprietário de terras deve preencher um formulário com informações sobre seus
negócios e sobre como planeja utilizar os subsídios.
Também firma um compromisso com a certificadora
de que aceita os termos e condições do fundo. O
FSC faz então uma triagem e os candidatos escolhidos apresentam uma proposta mais completa. Por
fim, os selecionados serão contatados pelos escritórios regionais da instituição para realizar a transferência de subsídios.
O Cerflor também tem iniciativas de apoio à
certificação de pequenos produtores. O programa
Bônus Avaliação da Conformidade é resultado de
uma parceria entre Inmetro e Sebrae, cujo objeti-
vo é reduzir custos do processo de certificação de
Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Ele destina
subsídios financeiros para processos de Avaliação
da Conformidade que se aplicam a microempresas, empresas de pequeno porte e produtores rurais que trabalham com o mesmo produto, localizados em arranjos produtivos locais ou articulados
em ações coletivas desenvolvidas pelos Sebrae de
cada Estado. A contratação dos serviços do organismo de certificação é feita em conjunto, mas os
custos são assumidos individualmente.
Já o Programa Sebraetec é aplicável para a adequação aos requisitos normativos. Parte do custo
do processo de certificação pode ser subsidiada
pelo Sebrae. Ambos se destinam a produtores
florestais, para a certificação do Manejo Florestal
Sustentável, e para PMEs dos setores que utilizam
matéria-prima de origem florestal para a certificação da cadeia de custódia.
Desafios e alternativas para a
certificação
No entanto, apesar dos processos SLIMF e das
iniciativas de apoio para certificar pequenos
produtores, ainda é pequeno o número dos
que conseguem a certificação. Muitos não
dispõem de recursos para cumprir as normas e
regulamentações de uso da terra ou precisam
de ajuda para entender a linguagem técnica
dos relatórios de auditoria ou dos requisitos
relacionados à gestão florestal. Juntos eles detêm
grandes áreas florestais, mas isoladamente
não conseguem atingir escala para vender sua
madeira a preços que possam competir com os de
empresas maiores.
Nesse sentido, a organização de grupos de pequenos
produtores florestais facilita vencer os desafios para
colocar em prática as regras exigidas pelas certificadoras, a partir da troca de conhecimentos e experiências. Além do manejo florestal, existe a possibilidade de incluir produtos não madeireiros e serviços
ambientais no processo de certificação, o que consolida o conceito de uso múltiplo das florestas.
agosto/setembro de 2013 ı Folha da Bracelpa
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Mobilização e compromisso em prol
da certificação em grupo
A certificação em grupo é uma alternativa
às dificuldades enfrentadas pelos pequenos
produtores rurais no processo. O Programa
Produtor Florestal (PPF), da Veracel Celulose,
é um exemplo. Em 2011, a parceria criada pela
empresa possibilitou a um grupo de produtores
rurais do Extremo Sul da Bahia a conquista de um
feito até então inédito no Brasil: a primeira dupla
Certificação em Manejo Florestal, para um grupo
de 16 empreendimentos rurais.
A Certificação FSC garantiu a conformidade
destas propriedades com as melhores práticas
de manejo florestal do mundo. Já a certificação
florestal Cerflor garantiu não só o mercado
internacional, mas provou que um negócio
lucrativo também pode ser ambientalmente
correto e socialmente justo.
A união dos produtores da região, na busca de
interesses comuns, se consolidou com a criação
da Associação dos Produtores de Eucalipto do
Extremo Sul da Bahia (ASPEX), em 2006. A criação
desta associação contribuiu para a adequação
socioambiental e busca pela certificação. “A partir
do momento em que os produtores rurais se
organizaram, por meio de uma entidade de classe,
criou-se uma conscientização dos propósitos a serem
alcançados. Esta certificação veio para fortalecer as
atividades dos produtores e dar visibilidade à sua
importância na região”, destaca Luiz Henrique Tapia,
coordenador de Sistemas Certificados da Veracel.
Surgido, inicialmente, como meio de suprir a
demanda de matéria-prima por parte das indústrias
de base florestal e fortalecimento da economia local,
o PPF tem se consolidado como uma importante
possibilidade de gerar benefícios mútuos para
os produtores e para a empresa. Atualmente, o
programa conta com quatro grupos certificados,
que contemplam 66 empreendimentos rurais em
todo Extremo Sul da Bahia, totalizando uma área de
cerca de 17.800 hectares de plantio de eucalipto,
devidamente licenciada, e atendendo as mesmas
regras legais e ambientais exigidas da Veracel.
Veracel / Clio Luconi
Folha da Bracelpa ı agosto/setembro de 2013
Valor compartilhado:
todos saem ganhando
Arauco do Brasil
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corporativa, gestão de conflitos e a geração de valor
econômico para a empresa ganha novos contornos e
passa a englobar o desenvolvimento socioeconômico e
a geração de valor social. Tudo criado em conjunto com
a comunidade, que passa a ser corresponsável tanto
pela realização quanto pelos resultados das iniciativas.
O projeto Viveiros Produtivos e Locais, da Arauco
do Brasil, é um bom exemplo dessas práticas
desenvolvidas pelo setor de celulose e papel.
A empresa identificou um viveiro de mudas de
eucaliptos, fornecedor local de Arapoti (PR), município
no qual atua, que tinha potencial para se tornar um
fornecedor importante da empresa.
O diagnóstico feito nesse possível parceiro deu origem
ao projeto, que nasceu com o objetivo de reduzir
o preço das mudas para que a empresa pudesse
continuar com um fornecedor local de forma
sustentável. A Arauco firmou uma parceria com o
produtor, que passou a receber consultoria e ajuda
dos colaboradores da empresa para otimização da
produção de mudas e demais atividades.
Parceria garantiu mais produtividade ao viveiro
Aliar eficiência econômica e desenvolvimento
social como partes de um mesmo objetivo é o
novo conceito que vem sendo implantado por
empresas do setor. A ideia é gerar mais valor social
em suas áreas de atuação por meio do chamado
valor compartilhado, que evoluiu da filantropia para
busca de soluções práticas para dificuldades mútuas,
aproximando a indústria das comunidades.
O conceito de valor compartilhado visa a criar
vantagem competitiva por meio da solução de
problemas sociais. São situações nas quais a empresa
age como um facilitador do projeto, cuja ação
social proposta deve necessariamente beneficiar a
comunidade e agregar valor à empresa.
São antigos cenários tratados sob uma nova
perspectiva. Com isso, a preocupação com a imagem
“A assessoria possibilitou ao fornecedor tornar-se
competitivo, pois de forma autônoma não teria
recursos e nem acesso para contratar os mesmos
profissionais que a Arauco dispõe”, conta Fernando
Lorenz, diretor de Relações Institucionais da empresa.
Para ele, a execução do projeto foi extremamente
positiva e, após os primeiros seis meses, os resultados
foram mais produtividade, redução do valor das mudas
sem afetar o lucro do viveiro, incremento dos salários
devido à melhora na produtividade, redução do
consumo de água e outros insumos.
“O melhor manejo do viveiro resultará, ainda, em
incremento de qualidade das mudas produzidas.
Com isso, o retorno do investimento representará
uma redução de 15% ao ano no custo das mudas de
eucalipto”, prevê Lorenz.
Para a Arauco, além da economia na compra de
mudas, é importante manter o fornecedor no
município, cumprindo com sua responsabilidade
social e gerando empregos na região de Arapoti.
agosto/setembro de 2013 ı Folha da Bracelpa
No Sul da Bahia, região marcada por conflitos
agrários, a Fibria investiu no diálogo para reverter
uma disputa criada com a ocupação de áreas da
companhia por membros do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
com responsabilidade
comercial. Cerca
de mil famílias farão
parte do programa,
totalizando cerca de
4 mil pessoas.
O resultado foi a desapropriação facilitada de 12 mil
hectares pertencentes à empresa, que deu origem
ao projeto Assentamentos Rurais Sustentáveis com
Agroflorestas e Biodiversidade. Essa proposta foi
desenvolvida em uma parceria entre Fibria, MST,
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) e governo da Bahia, com modelo de negócio
elaborado por pesquisadores da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São
Paulo (ESALQ/USP).
Outro importante
diferencial do projeto
é a construção de um
Centro de Formação
para treinamento
em produção
Consórcio de culturas alimentares
agroflorestal, já
em andamento, para formar profissionais aptos a
trabalhar no sistema florestal.
Em agosto de 2011, depois de aprovado em
assembleia pelos integrantes do MST, o projeto de
assentamento sustentável começou a ser implantado.
Foram contratados técnicos agrícolas do próprio
movimento, feitas a seleção das famílias beneficiadas
e a divisão dos lotes entre elas.
Os produtos orgânicos ali produzidos, de agricultura
familiar, são certificados. Isso reforça a preocupação
com a sustentabilidade em todos os cultivos. A
comercialização de produtos como farinha, frango,
pimenta e carvão garantiu um faturamento de
aproximadamente R$ 400 mil em 2012.
Para Fausto Camargo, gerente de Sustentabilidade
da Fibria, a grande diferença desse assentamento é
o fomento à agricultura familiar com consultoria de
renomados professores da ESALQ/USP, para melhor
uso do solo, diversidade de produção, sistema
consorciado agroflorestal com componentes nativos,
como cacau e coco, e um modelo de assentamento
Inclusão Social
Bracelpa / Natália Canova
Programa beneficia centenas de famílias
Bracelpa / Natália Canova
Parceria inédita
Além do programa de agrossilvicultura, em parceria
com o MST, representantes da Bracelpa, em visita à
região, conheceram diversos projetos sociais que a
Fibria desenvolve no extremo sul da Bahia e Espírito
Santo. São áreas de comodato que promovem
cidadania e segurança alimentar para centenas de
famílias quilombolas, projeto de reintrodução de
animais silvestres em seu habitat, programas de
recuperação de áreas degradadas e experimentos
com culturas nativas para fins comerciais, assim como
o projeto de engajamento e diálogo contínuo com as
comunidades indígenas da região de Aracruz.
“As relações com todas as partes interessadas
já é uma realidade e deve pautar cada vez mais
as questões socioambientais das empresas. Essa
mudança de paradigma transforma as relações de
conflito e práticas assistencialistas, para uma visão
de inclusão, diálogos e relacionamentos contínuos,
com geração de valor social às comunidades a partir
do uso múltiplo das florestas”, afirma Elizabeth de
Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa.
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Folha da Bracelpa ı agosto/setembro de 2013
Ações conjuntas
Programas de educação ambiental preparam as futuras gerações
Além do engajamento das comunidades em projetos
sociais, as empresas têm procurado unir esforços com
órgãos do governo, fundações e outras organizações a
fim de criar projetos específicos para as necessidades
locais. Isto é o que vem fazendo, por exemplo, a Klabin,
que desde 2001 mantém o Programa Caiubi de Educação
Ambiental, com o objetivo de capacitar professores
para educar as futuras gerações, no que diz respeito à
proteção ambiental.
Também por meio de parceria com o Governo do
Maranhão, prefeituras, entidades locais, SENAI e Senac,
a Suzano Papel e Celulose oferece cursos de formação
profissional em técnico de celulose e papel, operação
florestal, manutenção, construção civil, montagem
industrial e diversas carreiras do setor de serviços. As
aulas ocorrem na região de Imperatriz, município onde
a empresa está construindo sua nova fábrica de celulose,
com capacidade de 1,5 milhão de toneladas por ano.
Iniciado no Paraná, e estendido para Santa Catarina em
2007, o programa atende a crianças em idade escolar
das comunidades onde a Klabin atua, por meio do
treinamento e da formação de professores das redes
municipal e estadual de ensino. Em pouco mais de dez
anos, o Programa Caiubi beneficiou mais de 245 mil
alunos e cerca de 9,5 mil professores de 771 escolas.
Formação e desenvolvimento de pessoas foi uma
demanda local identificada pela empresa nos estudos
socioeconômicos prévios à implementação da nova
unidade industrial. A cidade de Imperatriz tem
aproximadamente 250 mil habitantes, das quais 98 mil
estão em idade economicamente ativa.
Isso foi possível graças às parcerias com Secretarias
Municipais de Educação e de Meio Ambiente das cidades
participantes − Telêmaco Borba e municípios do Planalto
Catarinense −, além do apoio da Universidade Estadual
de Londrina, Universidade do Estado de Santa Catarina,
Universidade do Planalto Catarinense e das organizações
não governamentais Meio Ambiente Equilibrado (MAE)
e Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto
Vale do Itajaí (Apremavi).
Dentro do compromisso da Suzano com o
desenvolvimento das comunidades de convivência, este
programa promove a formação de pessoas para trabalhar
em duas frentes: na construção da sua nova unidade
(pedreiros, carpinteiros, etc.) e na produção de celulose
(técnicos de celulose e papel).
Na página Boas Práticas, no site da Bracelpa (www.
bracelpa.org.br), é possível conhecer as ações de outras
empresas associadas, baseadas no tripé da sustentabilidade.
Expediente: Folha da Bracelpa é uma publicação da
Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).
A reprodução das informações do boletim é
permitida desde que citada a fonte. Jornalista responsável: Silvia Maiolino –
MTb 17.110/SP. Editor: Zeca Bringel. Design gráfico e diagramação: TCI Art
Tiragem: 4.000 exemplares Gráfica: Printcrom. Bracelpa – Rua Olimpíadas, 66
– 9º andar, Vila Olímpia, CEP 04551-000, São Paulo – SP. Fone: (+5511) 3018-7800.
Fax: (+5511) 3018-7813. [email protected]/www.bracelpa.org.br.
100% da produção de celulose e papel no Brasil vem de florestas plantadas, que são recursos renováveis
KLabin / Zig Koch
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Folha da Bracelpa 9