PREFEITURA DO MUNICÍPIO
DE LONDRINA-PR
Agente Comunitário de Saúde
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e interpretação de textos. Reconhecimento da finalidade de textos de diferentes gêneros. Localização de
informações explícitas no texto. Inferência de sentido de palavras e/ou expressões. Distinção de fato e opinião sobre
esse fato. Interpretação de linguagem não verbal (tabelas, fotos, quadrinhos etc.). Reconhecimento das relações entre
partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade. Identificação de
diferentes estratégias que contribuem para a continuidade do texto. Recursos linguísticos-semânticos. ..........................1
Ortografia. .........................................................................................................................................................................33
Conjunções. ......................................................................................................................................................................58
Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................63
Conjugação verbal. ...........................................................................................................................................................52
MATEMÁTICA
Sistema numérico decimal e as quatro operações fundamentais com números naturais. ................................................29
Operações com números inteiros, fracionários e decimais. ...............................................................................................1
Razão e proporção. Regra de três simples e regra de três composta. Porcentagem. Média aritmética e média ponderada. Equações de primeiro e segundo graus. .....................................................................................................................3
Formas geométricas básicas. ............................................................................................................................................52
Sistema métrico decimal: medidas de comprimento, de superfície, de capacidade, de volume e de tempo. ..................42
Sistema monetário brasileiro. ..............................................................................................................................................3
ESTATUTO DO SERVIDOR MUNICIPAL DE LONDRINA
Seção IV - Da Posse; Seção V - Do Exercício; Seção VI - Do Estágio Probatório; Seção III - Das Responsabilidades Subseção I - Das Disposições Gerais. .................................................................................................................... Pp 1 a 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Promoção, prevenção e proteção à saúde; Princípios e Diretrizes do SUS; Cadastramento familiar e territorial; Conceito
de territorialização, micro-área e área de abrangência; Principais problemas de saúde da população e recursos existentes para enfrentamento dos problemas; Noções de ética e cidadania; Saúde da criança, adolescente; Instrumentos de
avaliação de indicadores de saúde adulto e idoso; Sistema de informação da atenção básica - SIAB; Conceito da estratégia saúde da família; Visita domiciliar; Constituição de equipe da Saúde da família; Controle Social; Atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde - ACS; Objetivos da estratégia saúde da família; Aleitamento materno, saúde
mental, violência intra-familiar; Dengue; Controle do Tabagismo; Cartão Nacional do SUS; Saúde da Mulher; Programa
Nacional de Imunização; Bolsa Família; Tuberculose; Hanseníase; Programa Saúde na Escola. ...................... Pp 1 a 27
Agente Comunitário de Saúde – Londrina
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A PRESENTE APOSTILA NÃO ESTÁ VINCULADA A EMPRESA ORGANIZADORA DO CONCURSO
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LÍNGUA PORTUGUESA
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto
com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
da fonte e na identificação do autor.
Compreensão e interpretação de textos. Reconhecimento da
finalidade de textos de diferentes gêneros. Localização de
informações explícitas no texto. Inferência de sentido de palavras e/ou expressões. Distinção de fato e opinião sobre esse
fato. Interpretação de linguagem não verbal (tabelas, fotos,
quadrinhos etc.). Reconhecimento das relações entre partes
de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para sua continuidade. Identificação de diferentes
estratégias que contribuem para a continuidade do texto.
Recursos linguísticos-semânticos.
Ortografia.
Conjunções.
Concordância verbal e nominal.
Conjugação verbal.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de
resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por
isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
alternativa mais completa.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento
do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
será mais consciente e segura.
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de
necessitar de um bom léxico internalizado.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
até o fim, ininterruptamente;
03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
umas três vezes ou mais;
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
perguntou e o que se pediu;
11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
exata ou a mais completa;
12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
lógica objetiva;
13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
resposta;
16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
definindo o tema e a mensagem;
17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto.
Ex.: Ele morreu de fome.
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
do fato (= morte de "ele").
Ex.: Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
quando morreu.;
19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza
de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
Cunegundes
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justificase por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor
diante de uma temática qualquer.
Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários,
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão,
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações
diferenciadas em seus leitores.
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e
esclareçam o sentido.
Como Ler e Entender Bem um Texto
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça
a memória visual, favorecendo o entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim
de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
Língua Portuguesa
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ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
TEXTO NARRATIVO
•
• As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, forças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar
dos fatos.
-
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou
heroína, personagem principal da história.
-
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do protagonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal
contracena em primeiro plano.
-
As personagens secundárias, que são chamadas também de comparsas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narração.
•
O narrador que está a contar a história também é uma personagem,
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor importância, ou ainda uma pessoa estranha à história.
Formas de apresentação da fala das personagens
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
três maneiras de comunicar as falas das personagens.
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de personagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimensão psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações
perante os acontecimentos.
Discurso Direto: É a representação da fala das personagens através do diálogo.
Exemplo:
“Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carnaval a cidade é do povo e de ninguém mais”.
•
• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo podemos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o
desenlace ou desfecho.
No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre,
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de interesses entre as personagens.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior tensão do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos.
• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens participam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gênero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central,
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, relacionados ao principal.
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lugares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas vezes, principalmente nos textos literários, essas informações são
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos
narrativo.
• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento,
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade salienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos,
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fato que aconteceu depois.
•
Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. Exemplo:
“Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passados, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os menos sombrios por vir”.
•
Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
Exemplo:
“Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
(José Lins do Rego)
TEXTO DESCRITIVO
Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais característicos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
unificada.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, variando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
pouco.
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu
espírito.
Língua Portuguesa
Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dissemos, é a personagem que está a contar a história. A posição em
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracterizado por :
visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acontecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.
visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narrativa que é feito em 1a pessoa.
visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da personagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narrador é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual
a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita
em 1a pessoa ou 3a pessoa.
Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra técnica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
• Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
2
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•
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•
•
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através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subjetiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferências, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objetivo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamento, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, social e econômico .
Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
partes mais típicas desse todo.
Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e
típicos.
Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada,
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.
Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características gerais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabulário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.
Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer
tema ou assunto.
É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar,
depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve
também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da
leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo
que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da
opinião.
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes:
a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese;
o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e
a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser
de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados
estatístico, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos enfim tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor
tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível
solução/proposta ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção
do leitor e utilizar variedade padrão de língua.
A linguagem normalmente é impessoal e objetiva.
O roteiro da persuasão para o texto argumentativo:
Na introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto argumentativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recursos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluída com sucesso. Abaixo veremos algumas formas de introduzir um parágrafo argumentativo:
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação consta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou questão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever
com clareza, coerência e objetividade.
• Declaração inicial: É uma forma de apresentar com assertividade e segurança a tese.
‘ A aprovação das Cotas para negros vem reparar uma divida moral e
um dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superior ao negro por meio de políticas afirmativas é uma forma de admitir a
diferença social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercado
de trabalho.’
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão.
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizando o contexto.
• Interrogação: Cria-se com a interrogação uma relação próxima
com o leitor que, curioso, busca no texto resposta as perguntas feitas na
introdução.
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :
• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados fundamentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e objetiva da definição do ponto de vista do autor.
• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colocadas na introdução serão definidas com os dados mais relevantes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e desencadeia a conclusão.
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a introdução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese
e opinião.
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é
a obra ou ação que realmente se praticou.
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação sobre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido.
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e objetos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a
respeito de algo.
‘ Por que nos orgulhamos da nossa falta de consciência coletiva? Por
que ainda insistimos em agir como ‘espertos’ individualistas?’
• Citação ou alusão: Esse recurso garante à defesa da tese caráter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, pois
se apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio.
‘ As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não
chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem
as costas e irem embora’. O comentário do fotógrafo Sebastião Salgado
sobre o que presenciou na Ruanda é um chamado à consciência pública.’’
• Exemplificação: O processo narrativo ou descritivo da exemplificação pode conferir à argumentação leveza a cumplicidade. Porém,
deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e não interfira
no processo persuasivo.
‘ Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe média.
Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o segundo ‘arrastão’ do mês. Clientes e funcionários são assaltados e ameaçados de morte. O cotidiano violento de São Paulo se faz presente.’’
• Roteiro: A antecipação do que se pretende dizer pode funcionar
como encaminhamento de leitura da tese.
‘ Busca-se com essa exposição analisar o descaso da sociedade em
relação às coletas seletivas de lixo e a incompetência das prefeituras.’’
O TEXTO ARGUMENTATIVO
• Enumeração: Contribui para que o redator analise os dados e
exponha seus pontos de vista com mais exatidão.
Língua Portuguesa
3
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“Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.”
‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças menores de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência sexual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Byington.’’
2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos argumentativos;
• Causa e consequência: Garantem a coesão e a concatenação
das ideias ao longo do parágrafo, além de conferir caráter lógico ao processo argumentativo.
“O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço
a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas
ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte,
problemas ambientais que afetam a população.
‘ No final de março, o Estado divulgou índices vergonhosos do Idesp
– indicador desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação para avaliar a qualidade do ensino (…). O péssimo resultado é apenas consequência de como está baixa a qualidade do ensino público. As causas
são várias, mas certamente entre elas está a falta de respeito do Estado
que, próximo do fim do 1º bimestre, ainda não enviou apostilas para algumas escolas estaduais de Rio Preto.
• Sintese: Reforça a tese defendida, uma vez que fecha o texto
com a retomada de tudo o que foi exposto ao longo da argumentação.
Recurso seguro e convincente para arrematar o processo discursivo.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemática.”
‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que não é o ideal,
mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento.
3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de
intervenção relacionada à tese.
O aspecto mais polêmico era a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. A lei eliminou o veto federal, mas não exclui que os organizadores
precisem negociar a permissão em alguns Estados, como São Paulo.’’
“O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnológica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se
transformar na salvação do mundo.
• Proposta: Revela autonomia critica do produtor do texto e garante mais credibilidade ao processo argumentativo.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.” Profª Francinete
‘ Recolher de forma digna e justa os usuários de crack que buscam
ajuda, oferecer tratamento humano é dever do Estado. Não faz sentido
isolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a todos.’’ Mundograduado.org
Modelo de Dissertação-Argumentativa
A ideia principal e as secundárias
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
Para treinarmos a redação de pequenos parágrafos narrativos, vamos
nos colocar no papel de narradores, isto é, vamos contar fatos com base na
organização das ideias.
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
Leia o trecho abaixo:
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a
se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao
progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas ambientais que afetam a população.
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. Com
isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos,
um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemática.
Como você deve ter observado, nesse parágrafo, o narrador conta-nos
um fato acontecido com seu primo. É, pois, um parágrafo narrativo. Analisemos, agora, o parágrafo quanto à estrutura.
As ideias foram organizadas da seguinte maneira:
Ideia principal:
Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte.
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnológica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se
transformar na salvação do mundo.
Ideias secundárias:
Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas,
demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as
mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.
A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação perigosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundárias
complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador
conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava.
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual
dissertativa assim organizada:
Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado
de ideias secundárias. Entretanto, é muito comum encontrarmos, em parágrafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo:
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendi-
O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
da;
Língua Portuguesa
4
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Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela mãe.
FALA E ESCRITA
Registros, variantes ou níveis de língua(gem)
A comunicação não é regida por normas fixas e imutáveis. Ela pode
transformar-se, através do tempo, e, se compararmos textos antigos com
atuais, perceberemos grandes mudanças no estilo e nas expressões. Por
que as pessoas se comunicam de formas diferentes? Temos que considerar múltiplos fatores: época, região geográfica, ambiente e status cultural
dos falantes.
Nesse trecho, há dois parágrafos.
No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que corresponde à ideia
principal do parágrafo: O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
No segundo, já podemos perceber a relação ideia principal + ideias
secundárias. Observe:
Há uma língua-padrão? O modelo de língua-padrão é uma decorrência
dos parâmetros utilizados pelo grupo social mais culto. Às vezes, a mesma
pessoa, dependendo do meio em que se encontra, da situação sociocultural
dos indivíduos com quem se comunica, usará níveis diferentes de língua.
Dentro desse critério, podemos reconhecer, num primeiro momento, dois
tipos de língua: a falada e a escrita.
Ideia principal:
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo.
Ideia secundárias:
Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos,
levando um farto lanche, preparado pela mãe.
A língua falada pode ser culta ou coloquial, vulgar ou inculta, regional,
grupal (gíria ou técnica). Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de
calão.
Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se perguntando:
“Afinal, de que tamanho é o parágrafo?”
Quando redigimos um texto, não devemos mudar o registro, a não ser
que o estilo permita, ou seja, se estamos dissertando – e, nesse tipo de
redação, usa-se, geralmente, a língua-padrão – não podemos passar desse
nível para um como a gíria, por exemplo.
Bem, o que podemos responder é que não há como apontar um padrão, no que se refere ao tamanho ou extensão do parágrafo.
Há exemplos em que se veem parágrafos muito pequenos; outros, em
que são maiores e outros, ainda, muito extensos.
Variação linguística: como falantes da língua portuguesa, percebemos que existem situações em que a língua apresenta-se sob uma forma
bastante diferente daquela que nos habituamos a ouvir em casa ou nos
meios de comunicação. Essa diferença pode manifestarse tanto pelo vocabulário utilizado, como pela pronúncia ou organização da frase.
Também não há como dizer o que é certo ou errado em termos da extensão do parágrafo, pois o que é importante mesmo, é a organização das
ideias. No entanto, é sempre útil observar o que diz o dito popular – “nem
oito, nem oitenta…”.
Nas relações sociais, observamos que nem todos falam da mesma
forma. Isso ocorre porque as línguas naturais são sistemas dinâmicos e
extremamente sensíveis a fatores como, por exemplo, a região geográfica,
o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do
contexto. Essas diferenças constituem as variações linguísticas.
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, usando apenas
parágrafos muito curtos, também não é aconselhável empregarmos os
muito longos.
Essas observações são muito úteis para quem está iniciando os trabalhos de redação. Com o tempo, a prática dirá quando e como usar parágrafos – pequenos, grandes ou muito grandes.
Observe abaixo as especificidades de algumas variações:
1. Profissional: no exercício de algumas atividades profissionais, o
domínio de certas formas de línguas técnicas é essencial. As variações
profissionais são abundantes em termos específicos e têm seu uso restrito
ao intercâmbio técnico.
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia
principal e outras secundárias. Isso não significa, no entanto, que sempre a
ideia principal apareça no início do parágrafo. Há casos em que a ideia
secundária inicia o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o
exemplo:
As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo
estremeceu violentamente sob meus pés. Logo percebi que se tratava de
um terremoto.
2. Situacional: as diferentes situações comunicativas exigem de um
mesmo indivíduo diferentes modalidades da língua. Empregam-se, em
situações formais, modalidades diferentes das usadas em situações informais, com o objetivo de adequar o nível vocabular e sintático ao ambiente
linguístico em que se está.
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo percebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo.
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação:
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do parágrafo.
3. Geográfica: há variações entre as formas que a língua portuguesa
assume nas diferentes regiões em que é falada. Basta prestar atenção na
expressão de um gaúcho em contraste com a de um amazonense. Essas
variações regionais constituem os falares e os dialetos. Não há motivo
linguístico algum para que se considere qualquer uma dessas formas
superior ou inferior às outras.
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias
podem organizar-se da seguinte maneira:
4. Social: o português empregado pelas pessoas que têm acesso à
escola e aos meios de instrução difere do português empregado pelas
pessoas privadas de escolaridade.
Ideia principal + ideias secundárias
Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que
goza prestígio, enquanto outras são vítimas de preconceito por empregarem estilos menos prestigiados. Cria-se, dessa maneira, uma modalidade
de língua – a norma culta -, que deve ser adquirida durante a vida escolar e
cujo domínio é solicitado como modo de ascensão profissional e social.
Também são socialmente condicionadas certas formas de língua que
alguns grupos desenvolvem a fim de evitar a compreensão por aqueles que
não fazem parte do grupo. O emprego dessas formas de língua proporciona
o reconhecimento fácil dos integrantes de uma comunidade restrita. Assim
se formam, por exemplo, as gírias, as línguas técnicas. Pode-se citar ainda
a variante de acordo com a faixa etária e o sexo.
ou
Ideias secundárias + ideia principal
É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias secundárias não são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas
em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias devemos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia
principal e mantê-las juntas no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos
evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. É importante, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas
que realmente se relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande
valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer assunto.
AS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Língua Portuguesa
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Enquanto a língua falada é espontânea e natural, a língua escrita precisa
seguir algumas regras. Embora sejam expressões de um mesmo idioma, cada uma tem a sua especificidade. A língua falada é a mais natural, aprendemos a falar imitando o que ouvimos. A língua escrita, por
seu lado, só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela
não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada
às normas gramaticais. Portanto requer mais atenção e conhecimento
de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro, permanece ao
longo do tempo, não tem o caráter efêmero da língua falada.
Língua falada:
· Palavra sonora
· Requer a presença dos interlocutores
· Ganha em vivacidade
· É espontânea e imediata
· Uso de frases feitas
· É repetitiva e redundante
· O contexto extralinguístico é importante
· A expressividade permite prescindir de certas regras
· A informação é permeada de subjetividade e influenciada pela presença do
interlocutor
· Recursos: signos acústicos e extralinguísticos, gestos, entorno físico e
psíquico
Língua escrita:
· Palavra gráfica
· É possível esquecer o interlocutor
· É mais sintética e objetiva
· A redundância é apenas um recurso estilístico
· Ganha em permanência
· Mais correção na elaboração das frases
· Evita a improvisação
· Pobreza de recursos não-linguísticos; uso de letras, sinais de pontuação
· É mais precisa e elaborada
· Ausência de cacoetes linguísticos e vulgarismos
é permitido seguir em frente (verde), se é para ter atenção (amarelo) ou se
é proibido seguir em frente (vermelho) naquele instante.
Como você percebeu, todas as imagens podem ser facilmente
decodificadas. Você notou que em nenhuma delas existe a presença da
palavra? O que está presente é outro tipo de código. Apesar de haver
ausência da palavra, nós temos uma linguagem, pois podemos decifrar
mensagens a partir das imagens. O tipo de linguagem, cujo código não é a
palavra, denomina-se linguagem não-verbal, isto é, usam-se outros códigos
(o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as
cores) Fonte: www.graudez.com.br
AS PALAVRAS-CHAVE
Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitura aqui não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras,
frases. Ler é muito mais que isso. É compreender a forma como está tecido
o texto. Ultrapassar sua superfície e aferir da leitura seu sentido maior, que
muitas vezes passa despercebido a uma grande maioria de leitores. Só
uma relação mais estreita do leitor com o texto lhe dará esse sentido. Ler
bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita complementam-se. Lendo textos bem estruturados, podemos apreender os procedimentos linguísticos necessários a uma boa redação.
Numa primeira leitura, temos sempre uma noção muito vaga do que o
autor quis dizer. Uma leitura bem feita é aquela capaz de depreender de um
texto ou de um livro a informação essencial. Tudo deve ajustar-se a elas de
forma precisa. A tarefa do leitor é detectá-las, a fim de realizar uma leitura
capaz de dar conta da totalidade do texto.
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL
Linguagem Verbal - Existem várias formas de comunicação. Quando o
homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita,dizemos
que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o código usado é a
palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando
lemos, quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação
mais presente em nosso cotidiano. Mediante a palavra falada ou escrita,
expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, comunicando-nos
por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas. ela está
presente em textos em propagandas;
Por adquirir tal importância na arquitetura textual, as palavras-chave
normalmente aparecem ao longo de todo o texto das mais variadas formas:
repetidas, modificadas, retomadas por sinônimos. Elas pavimentam o
caminho da leitura, levando-nos a compreender melhor o texto. Além disso,
fornecer a pista para uma leitura reconstrutiva porque nos levam à essência
da informação. Após encontrar as palavras-chave de um texto, devemos
tentar reescrevê-lo, tomando-as como base. Elas constituem seu esqueleto.
AS IDEIAS-CHAVE
em reportagens (jornais, revistas, etc.);
Muitas vezes temos dificuldades para chegar à síntese de um texto só
pelas palavras-chave. Quando isso acontece, a melhor solução é buscar
suas ideias-chave. Para tanto é necessário sintetizar a ideia de cada parágrafo.
em obras literárias e científicas;
na comunicação entre as pessoas;
TÓPICO FRASAL
em discursos (Presidente da República, representantes de classe,
candidatos a cargos públicos, etc.);
Um parágrafo padrão inicia-se por uma introdução em que se encontra
a idéia principal desenvolvida em mais períodos. Segundo a lição de Othon
M. Garcia em sua Comunicação em prosa moderna (p. 192), denominase tópico frasal essa introdução. Depois dela, vem o desenvolvimento e
pode haver a conclusão. Um texto de parágrafo:
e em várias outras situações.
Linguagem Não Verbal
“Em todos os níveis de sua manifestação, a vida requer certas condições dinâmicas, que atestam a dependência mútua dos seres vivos. Necessidades associadas à alimentação, ao crescimento, à reprodução ou a
outros processos biológicos criam, com frequência, relações que fazem do
bem-estar, da segurança e da sobrevivência dos indivíduos matérias de
interesse coletivo”. FERNANDES, Florestan. Elementos de sociologia
teórica 2. ed. São Paulo: Nacional, 1974, p. 35.
Neste parágrafo, o tópico frasal é o primeiro período (Em .... vivos). Segue-se o desenvolvimento especificando o que é dito na introdução. Se o
tópico frasal é uma generalização, e o desenvolvimento constitui-se de
especificações, o parágrafo é, então, a expressão de um raciocínio deduti-
Observe a figura abaixo, este sinal demonstra que é proibido fumar em
um determinado local. A linguagem utilizada é a não-verbal pois não utiliza
do código "língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar. Na
figura abaixo, percebemos que o semáforo, nos transmite a ideia de
atenção, de acordo com a cor apresentada no semáforo, podemos saber se
Língua Portuguesa
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vo. Vai do geral para o particular: Todos devem colaborar no combate às
drogas. Você não pode se omitir.
A CONCLUSÃO DO PARÁGRAFO encerra o desenvolvimento, completa a discussão do assunto (opcional)
Se não há tópico frasal no início do parágrafo e a síntese está na conclusão, então o método é indutivo, ou seja, vai do particular para o geral,
dos exemplos para a regra: João pesquisou, o grupo discutiu, Lea redigiu.
Todos colaborando, o trabalho é bem feito.
FORMAS DISCURSIVAS DO PARÁGRAFO
A) DESCRITIVO: a matéria da descrição é o objeto. Não há personagens em movimento (atemporal). O autor/produtor deve apresentar o
objeto, pessoa, paisagem etc, de tal forma que o leitor consiga distinguir o
ser descrito.
PARAGRAFAÇÃO
B) NARRATIVO: a matéria da narração é o fato. Uma maneira eficiente
de organizá-lo é respondendo à seis perguntas: O quê? Quem? Quando?
Onde? Como? Por quê?
A PARAGRAFAÇÃO
NO/DO TEXTO DISSERTATIVO
(Partes deste capítulo foram adaptados/tirados de PACHECO, Agnelo
C. A dissertação. São Paulo: Atual, 1993 e de SOBRAL, João Jonas Veiga.
Redação: Escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997)
C) DISSERTATIVO: a matéria da dissertação é a análise (discussão).
O texto dissertativo é o tipo de texto que expõe uma tese (ideias gerais
sobre um assunto/tema) seguida de um ponto de vista, apoiada em argumentos, dados e fatos que a comprovem.
Ter um assunto
ELABORAÇÃO/ PLANEJAMENTO DE PARÁGRAFOS
Delimitá-lo, traçando um objetivo: o que pretende transmitir?
Elaborar o tópico frasal; desenvolvê-lo e concluí-lo
“A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita, pois, lendo, o indivíduo
tem contato com modelos de textos bem redigidos que, ao longo do tempo,
farão parte de sua bagagem linguística; e também porque entrará em
contato com vários pontos de vista de intelectuais diversos, ampliando,
dessa forma, sua própria visão em relação aos assuntos. Como a produção
escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por meio de palavras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao
enriquecimento linguístico adquirido através da leitura de bons autores.”
PARÁGRAFO-CHAVE: FORMAS PARA COMEÇAR UM TEXTO
Ao escrever seu primeiro parágrafo, você pode fazê-lo de forma criativa. Ele deve atrair a atenção do leitor. Por isso, evite os lugares-comuns
como: atualmente, hoje em dia, desde épocas remotas, o mundo hoje, a
cada dia que passa, no mundo em vivemos, na atualidade.
Listamos aqui algumas formas de começar um texto. Elas vão das mais
simples às mais complexas.
No texto acima temos uma ideia defendida pelo autor:
Declaração
TESE/TÓPICO FRASAL: “A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita.”
É um grande erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o controle que ainda exerce
sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de
viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda. Alberto
Corazza, Isto é, 20 dez. 1995.
Em seguida o autor defende seu ponto de vista com os seguintes argumentos:
ARGUMENTOS:
(1)“...lendo o indivíduo tem contato com modelos de textos bem redigidos que ao longo do tempo farão parte de sua bagagem linguística e,
também, (2) porque entrará em contato com vários pontos de vista de
intelectuais diversos, (3) ampliando, dessa forma, a sua própria visão em
relação aos assuntos.” E por fim, comprovada a sua tese, veja que a ideia
desta é recuperada:
A declaração é a forma mais comum de começar um texto. Procure fazer uma declaração forte, capaz de surpreender o leitor.
Definição
O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo,
isto é, de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. É um
modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais
ou mesmo a construção cultural, mas que dão também, as formas de ação
humana.
CONCLUSÃO: “Como a produção escrita se baseia praticamente na
exposição de idéias por meio de palavras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao enriquecimento linguístico adquirido
através da leitura de bons autores.”
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia.São Paulo, Moderna, 1992. p.62.
Observe como o texto dissertativo tem por objetivo expressar um determinado ponto de vista em relação a um assunto qualquer e convencer o
leitor de que este ponto de vista está correto. Poderíamos afirmar que o
texto dissertativo é um exercício de cidadania, pois nele o indivíduo exerce
seu papel de cidadão, questionando valores, reivindicando algo, expondo
pontos de vista, etc.
A definição é uma forma simples e muito usada em parágrafo-chave,
sobretudo em textos dissertativos. Pode ocupar só a primeira frase ou todo
o primeiro parágrafo.
Divisão
Pode-se dizer que:
Predominam ainda no Brasil convicções errôneas sobre o problema da
exclusão social: a de que ela deve ser enfrentada apenas pelo poder público e a de que sua superação envolve muitos recursos e esforços extraordinários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que combate à marginalidade social em Nova York vem contando co intensivos esforços do
poder público e ampla participação da iniciativa privada. Folha de S. Paulo,
17 dez.1996.
A paragrafação com tópico frasal seguido pelo desenvolvimento é uma
forma de organizar o raciocínio e a exposição das ideias de maneira clara e
facilmente compreensível. Quando se tem um plano em que os tópicos
principais foram selecionados e
dispostos de modo a haver transição harmoniosa de um para outro, é
fácil redigir.
O TÓPICO FRASAL DO PARÁGRAFO: geralmente vem no começo
do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou detalham a ideia
central e podem ou não concluir a ideia deste parágrafo.
Ao dizer que há duas convicções errôneas, fica logo clara a direção
que o parágrafo vai tomar. O autor terá de explicitá-las na frase seguinte.
O DESENVOLVIMENTO DO PARÁGRAFO: é a explanação da ideia
exposta no tópico frasal. Devemos desenvolver nossas ideias de maneira
clara e convincente, utilizando argumentos e/ou ideias sempre tendo em
vista a forma como iniciamos o parágrafo.
De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo
governo. De outro, gastos excessivos com computadores, antenas parabólicas, aparelhos de videocassete. É este o paradoxo que vive a educação
no Brasil.
Língua Portuguesa
Oposição
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As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado/ de outro)
que estabelecerá o rumo da argumentação.
COESÃO E COERÊNCIA
Articulação entre os parágrafos
Também se pode criar uma oposição dentro da frase, como neste exemplo:
A articulação dos/entre parágrafos depende da coesão e coerência. Sem um deles, ainda assim, é possível haver entendimento textual, entretanto, há necessidade de ter domínio da língua e do contexto
para escrever um texto de tal forma. Dependendo da tipologia textual,
a articulação textual se dá de forma diferente. Na narração, por exemplo, não há necessidade de ter um parágrafo com mais de um período.
Um parágrafo narrativo pode ser apenas “Oi”. Já a dissertação necessita ter ao menos um parágrafo com introdução e desenvolvimento
(conclusão; opcional). Assim também varia a necessidade de números
de parágrafos para cada texto. Para se obter um bom texto, são necessários também: concisão, clareza, correção, adequação de linguagem, expressividade.
“Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacaram pelo grau
de envolvimento: raiva e esperança. Explico-me: raiva por ver o quanto à
cultura ainda é vista como artigo supérfluo em nossa terra, esperança por
observar quantos movimentos culturais têm acontecido em nossa história, e
quase sempre como forma de resistência e/ou transformação (...)” FEIJÓ,
Martin César. O que é política cultural. São Paulo, Brasiliense, 1985.p.7.
O autor estabelece a oposição e logo depois explica os termos que a
compõem.
Alusão histórica
Coerência e Coesão
Após a queda do Muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos lesteoeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As
fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de
competição.
Para não ser ludibriado pela articulação do contexto, é necessário que
se esteja atento à coesão e à coerência textuais.
Coesão textual é o que permite a ligação entre as diversas partes de
um texto. Pode-se dividir em três segmentos:
O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto.
O leitor é situado no tempo e pode ter uma melhor dimensão do problema.
1. Coesão referencial – é a que se refere a outro(s) elemento(s) do
mundo textual.
Pergunta
Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os
contribuintes já estão cansados de tirar do bolso para tapar um buraco que
parece não ter fim. A cada ano, somos lesados por novos impostos para
alimentar um sistema que só parece piorar. A pergunta não é respondida de
imediato. Ela serve para despertar a atenção do leitor para o tema e será
respondida ao longo da argumentação.
Exemplos:
a) O presidente George W.Bush ficou indignado com o ataque no World Trade Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados. (retomada de
uma palavra gramatical – referente “Ele” + “ Presidente George W.Bush”)
b) De você só quero isto: a sua amizade (antecipação de uma palavra
gramatical – “isto” = “a sua amizade”
Citação
“As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não
chorarem mais, trazem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as
costas e irem embora.” O comentário, do fotógrafo Sebastião Salgado,
falando sobre o que viu em Ruanda, é um acicate no estado de letargia
ética que domina algumas nações do Primeiro Mundo. DI FRANCO, Carlos
Alberto. Jornalismo, ética e qualidade. Rio de Janeiro, Vozes, 1995. p. 73.
c) O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom dinheiro na loteria. ( retomada por palavra lexical – “o felizardo” = “o homem”)
2. Coesão sequencial – é feita por conectores ou operadores discursivos, isto é palavras ou expressões responsáveis pela criação de relações
semânticas ( causa, condição, finalidade, etc.). São exemplos de conectores: mas, dessa forma, portanto, então, etc..
A citação inicial facilita a continuidade do texto, pois ela é retomada pela palavra comentário da segunda frase.
Exemplo:
a. Ele é rico, mas não paga suas dívidas.
Comparação
Observe que o vocábulo “mas” não faz referência a outro vocábulo; apenas conecta (liga) uma ideia a outra, transmitindo a ideia de compensação.
O tema de reforma agrária está a bastante tempo nas discussões sobre
os problemas mais graves que afetam o Brasil. Numa comparação entre o
movimento pela abolição da escravidão no Brasil, no final do século passado e, atualmente, o movimento pela reforma agrária, podemos perceber
algumas semelhanças. Como na época da abolição da escravidão existiam
elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são a favor
e os que são contra a implantação da reforma agrária no Brasil. OLIVEIRA,
Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo, Ática, 1991. p.101.
3. Coesão recorrencial – é realizada pela repetição de vocábulos ou
de estruturas frasais
semelhantes.
Exemplos;
Para introduzir o tema da reforma araria, o autor comparou a sociedade
de hoje com a do final do século XIX, mostrando a semelhança de comportamento entre elas.
a. Os carros corriam, corriam, corriam.
b. O aluno finge que lê, finge que ouve, finge que estuda.
Coerência textual é a relação que se estabelece entre as diversas
partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, À possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou
lê.
Afirmação
A profissionalização de uma equipe começa com a procura e aquisição
das pessoas que tenham experiência e as aptidões adequadas para o
desempenho da tarefa, especialmente quando esta é imediata. (Desenvolvimento ) As pessoas já virão integrar a equipe sem precisar de treinamento profissionalizante, podendo entrar em ação logo após seu ingresso.
OBS: pode haver texto com a presença de elementos coesivos, e não
apresentar coerência.
Exemplo:
Alternativamente, ou quando se dispõe de tempo, pode-se recrutar
pessoas inexperientes, mas que demonstrem o potencial para desenvolver
as aptidões e o interesse em fazer parte da equipe ou dedicar-se a sua
missão. Sempre que possível, uma equipe deve procurar combinar pessoas
experientes e aprendizes em sua composição, de modo que os segundos
aprendam com os primeiros. (conclusão) A falta de um banco de reservas,
muitas vezes, pode ser um obstáculo à própria evolução da equipe.” (Maximiniano, 1986:50 )
O presidente George W.Bush está descontente com o grupo Talibã.
Estes eram estudantes da escola fundamentalista. Eles, hoje, governam o
afeganistão. Os afegãos apóiam o líder Osama Bin Laden. Este foi aliado
dos Estados Unidos quando da invasão da União Soviética ao Afeganistão.
Comentário:
ARTICULAÇÃO ENTRE PARÁGRAFOS
Língua Portuguesa
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Ninguém pode dizer que falta coesão a este parágrafo. Mas de que se
trata mesmo? Do descontentamento do presidente dos Estados Unidos? Do
grupo Talibã? Do povo Afegão?
sim analisá-los de acordo com o contexto semântico ao qual está inserida.
Segundo Elisa Guimarães, o sentido da palavra texto estende-se a
uma enorme vastidão, podendo designar “um enunciado qualquer, oral ou
escrito, longo ou breve, antigo ou moderno” (p.14) e ao contrário do que
muitos podem pensar, um texto pode ser caracterizado como um fragmento, uma frase, um verbo ect e não apenas na reunião destes com mais
algumas outras formas de enunciação; procurando sempre uma objetividade para que a sua compreensão seja feita de forma fácil e clara.
Do Osama Bin Laden? Embora o parágrafo tenha coesão, não apresenta coerência, entendimento.
Pode ainda um texto apresentar coerência, e não apresentar elementos
coesivos. Veja o texto seguinte:
Como se conjuga um empresário
Esta economia textual facilita no caminho de transmissão entre o enunciador e o receptor do texto que procura condensar as informações recebidas a fim de se deter ao “núcleo informativo” (p.17), este sim, primordial a
qualquer informação.
Mino
“Acordou. Levantou-se. Aprontou-se. Lavou-se. Barbeou-se. Enxugouse. Perfumou-se. Lanchou. Escovou. Abraçou. Saiu. Entrou. Cumprimentou. Orientou. Controlou. Advertiu. Chegou. Desceu. Subiu. Entrou. Cumprimentou. Assentou-se. Preparou-se. Examinou. Leu. Convocou. Leu.
Comentou. Interrompeu. Leu. Despachou. Vendeu. Vendeu. Ganhou.
Ganhou. Ganhou. Lucrou. Lucrou. Lucrou. Lesou. Explorou. Escondeu.
Burlou. Safou-se. Comprou. Vendeu. Assinou. Sacou. Depositou. Depositou. Associou-se. Vendeu-se. Entregou. Sacou. Depositou. Despachou.
Repreendeu. Suspendeu. Demitiu. Negou. Explorou. Desconfiou. Vigiou.
Ordenou. Telefonou. Despachou. Esperou. Chegou. Vendeu. Lucrou.
Lesou. Demitiu. Convocou. Elogiou. Bolinou. Estimulou. Beijou. Convidou.
Saiu. Chegou. Despiu-se. Abraçou. Deitou-se. Mexeu. Gemeu. Fungou.
Babou. Antecipou. Frustrou. Virou-se. Relaxou-se. Envergonhou-se. Presenteou. Saiu. Despiu-se. Dirigiu-se. Chegou. Beijou. Negou. Lamentou.
Justificou-se. Dormiu. Roncou. Sonhou. Sobressaltou-se. Acordou. Preocupou-se. Temeu. Suou. Ansiou. Tentou. Despertou. Insistiu. Irritou-se. Temeu. Levantou. Apanhou. Rasgou. Engoliu. Bebeu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Dormiu. Acordou. Levantou-se. Aprontou-se... Comentário:
A autora também apresenta diversas formas de classificação do discurso e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de texto informativo e de
um texto literário ou ficcional.
Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um
nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já abordados, estimula a nossa
biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um
contexto qualquer, ou seja que não fosse de um texto informacional, seria
apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repetição é normalmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos”
(p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto sem que o
sentido original e desejado seja modificado.
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpretações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada “semântica referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de
palavras semanticamente semelhantes à que fora enunciada, porém, existe
ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito”
(p.30) que são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro
não geram uma coerência adequada ao entendimento.
O texto nos mostra o dia-a-dia de um empresário qualquer. A estrutura
textual – somente verbos – não apresenta elementos coesivos; o que se
encontra são relações de sentido, isto é, o texto retrata a visão do seu
autor, no caso, a de que todo empresário é calculista e desonesto.
Há palavras e expressões que garantem transições bem feitas e que
estabelecem relações lógicas entre as diferentes ideias apresentadas no
texto. Fonte: UNINOVE
Nesta relação de substituição por sinônimos, devemos ter cautela
quando formos usar os “hiperônimos” (p.32), ou até mesmo a “hiponímia”
(p.32) onde substitui-se a parte pelo todo, pois neste emaranhado de substituições pode-se causar desajustes e o resultado final não fazer com que a
imagem mental do leitor seja ativada de forma corretamente, e outra assimilação, errônea, pode ser utilizada.
ESTRUTURAÇÃO E ARTICULAÇÃO DO TEXTO
Resenha Critica de Articulação do Texto
Amanda Alves Martins
Resenha Crítica do livro A Articulação do Texto, da autora Elisa Guimarães
Seguindo ainda neste linear das substituições, existem ainda as “nominações” e a “elipse”, onde na primeira, o sentido inicialmente expresso por
um verbo é substituído por um nome, ou seja, um substantivo; e, enquanto
na segunda, ou seja, na elipse, o substituto é nulo e marcado pela flexão
verbal; como podemos perceber no seguinte exemplo retirado do livro de
Elisa Guimarães:
“Louve-se nos mineiros, em primeiro lugar, a sua presença suave. Mil
deles não causam o incômodo de dez cearenses.
No livro de Elisa Guimarães, A Articulação do Texto, a autora procura
esclarecer as dúvidas referentes à formação e à compreensão de um texto
e do seu contexto.
Formado por unidades coordenadas, ou seja, interligadas entre si, o
texto constitui, portanto, uma unidade comunicativa para os membros de
uma comunidade; nele, existe um conjunto de fatores indispensáveis para a
sua construção, como “as intenções do falante (emissor), o jogo de imagens conceituais, mentais que o emissor e destinatário executam.”(Manuel
P. Ribeiro, 2004, p.397). Somado à isso, um texto não pode existir de forma
única e sozinha, pois depende dos outros tanto sintaticamente quanto
semanticamente para que haja um entendimento e uma compreensão
deste. Dentro de um texto, as partes que o formam se integram e se explicam de forma recíproca.
__Não grita, ___ não empurram< ___ não seguram o braço da gente,
___ não impõem suas opiniões. Para os importunos inventaram eles uma
palavra maravilhosamente definidora e que traduz bem a sua antipatia para
essa casta de gente (...)” (Rachel de Queiroz. Mineiros. In: Cem crônicas
escolhidas. Rio de Janeiros, José Olympio, 1958, p.82).
Porém é preciso especificar que para que haja a elipse o termo elíptico
deve estar perfeitamente claro no contexto. Este conceito e os demais já
ditos anteriormente são primordiais para a compreensão e produção textual, uma vez que contribuem para a economia de linguagem, fator de grande
valor para tais feitos.
Completando o processo de formação de um texto, a autora nos esclarece que a economia de linguagem facilita a compreensão dele, sendo
indispensável uma ligação entre as partes, mesmo havendo um corte de
trechos considerados não essenciais.
Ao abordar os conceitos de coesão e coerência, a autora procura primeiramente retomar a noção de que a construção do texto é feita através
de “referentes linguísticos” (p.38) que geram um conjunto de frases que irão
constituir uma “microestrutura do texto” (p.38) que se articula com a estrutura semântica geral. Porém, a dificuldade de se separar a coesão da coerência está no fato daquela está inserida nesta, formando uma linha de
raciocínio de fácil compreensão, no entanto, quando ocorre uma incoerência textual, decorrente da incompatibilidade e não exatidão do que foi
Quando o tema é a “situação comunicativa” (p.7), a autora nos esclarece a relação texto X contexto, onde um é essencial para esclarecermos o
outro, utilizando-se de palavras que recebem diferentes significados conforme são inseridas em um determinado contexto; nos levando ao entendimento de que não podemos considerar isoladamente os seus conceitos e
Língua Portuguesa
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escrito, o leitor também é capaz de entender devido a sua fácil compreensão apesar da má articulação do texto.
A coerência de um texto não é dada apenas pela boa interligação entre
as suas frases, mas também porque entre estas existe a influência da
coerência textual, o que nos ajuda a concluir que a coesão, na verdade, é
efeito da coerência. Como observamos em Nova Gramática Aplicada da
Língua Portuguesa de Manoel P. Ribeiro (2004, 14ed):
A coesão e a coerência trazem a característica de promover a interrelação semântica entre os elementos do discurso, respondendo pelo que
chamamos de conectividade textual. “A coerência diz respeito ao nexo
entre os conceitos; e a coesão, à expressão desse nexo no plano linguístico” (VAL, Maria das Graças Costa. Redação e textualidade, 1991, p.7)
No capítulo que diz respeito às noções de estrutura, Elisa Guimarães,
busca ressaltar o nível sintático representado pelas coordenações e subordinações que fixam relações de “equivalência” ou “hierarquia” respectivamente.
Um fato importante dentro do livro A Articulação do Texto, é o valor atribuído às estruturas integrantes do texto, como o título, o parágrafo, as inter e
intrapartes, o início e o fim e também, as superestruturas.
O título funciona como estratégica de articulação do texto podendo desempenhar papéis que resumam os seus pontos primordiais, como também, podem ser desvendados no decorrer da leitura do texto.
Os parágrafos esquematizam o raciocínio do escritos, como enuncia
Othon Moacir Garcia:
“O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as ideias principais da sua composição, permitindo ao leitor
acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios”.
É bom relembrar, que dentro do parágrafo encontraremos o chamado
tópico frasal, que resumirá a principal ideia do parágrafo no qual esta
inserido; e também encontraremos, segundo a autora, dez diferentes tipos
de parágrafo, cada qual com um ponto de vista específico.
No que diz respeito ao tópico Inicio e fim, Elisa Guimarães preferiu abordá-los de forma mútua já que um é consequência ou decorrência do
outro; ficando a organização da narrativa com uma forma de estrutura
clássica e seguindo uma linha sequencial já esperada pelo leitor, onde o
início alimenta a esperança de como virá a ser o texto, enquanto que o fim
exercer uma função de dar um destaque maior ao fechamento do texto, o
que também, alimenta a imaginação tanto do leito, quanto do próprio autor.
No geral, o que diz respeito ao livro A Articulação do Texto de Elisa
Guimarães, ele nos trás um grande número de informações e novos conceitos em relação à produção e compreensão textual, no entanto, essa grande
leva de informações muitas vezes se tornam confusas e acabam por desprenderem-se uma das outras, quebrando a linearidade de todo o texto e
dificultando o entendimento teórico.
A REFERENCIAÇÃO / OS REFERENTES / COERÊNCIA E COESÃO
A fala e também o texto escrito constituem-se não apenas numa sequência de palavras ou de frases. A sucessão de coisas ditas ou escritas
forma uma cadeia que vai muito além da simples sequencialidade: há um
entrelaçamento significativo que aproxima as partes formadoras do texto
falado ou escrito. Os mecanismos linguísticos que estabelecem a conectividade e a retomada e garantem a coesão são os referentes textuais. Cada
uma das coisas ditas estabelece relações de sentido e significado tanto
com os elementos que a antecedem como com os que a sucedem, construindo uma cadeia textual significativa. Essa coesão, que dá unidade ao
texto, vai sendo construída e se evidencia pelo emprego de diferentes
procedimentos, tanto no campo do léxico, como no da gramática. (Não
esqueçamos que, num texto, não existem ou não deveriam existir elementos dispensáveis. Os elementos constitutivos vão construindo o texto, e são
as articulações entre vocábulos, entre as partes de uma oração, entre as
orações e entre os parágrafos que determinam a referenciação, os contatos
e conexões e estabelecem sentido ao todo.)
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Atenção especial concentram os procedimentos que garantem ao texto
coesão e coerência. São esses procedimentos que desenvolvem a dinâmica articuladora e garantem a progressão textual.
A coesão é a manifestação linguística da coerência e se realiza nas
relações entre elementos sucessivos (artigos, pronomes adjetivos, adjetivos
em relação aos substantivos; formas verbais em relação aos sujeitos;
tempos verbais nas relações espaço-temporais constitutivas do texto etc.),
na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo, como
formadoras de uma cadeia de sentido capaz de apresentar e desenvolver
um tema ou as unidades de um texto. Construída com os mecanismos
gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto.
1. Considere-se, inicialmente, a coesão apoiada no léxico. Ela pode
dar-se pela reiteração, pela substituição e pela associação.
É garantida com o emprego de:
• enlaces semânticos de frases por meio da repetição. A mensagem-tema do texto apoiada na conexão de elementos léxicos sucessivos pode dar-se por simples iteração (repetição). Cabe, nesse
caso, fazer-se a diferenciação entre a simples redundância resultado da pobreza de vocabulário e o emprego de repetições como
recurso estilístico, com intenção articulatória. Ex.: “As contas do
patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas
Fabiano sabia que elas estavam erradas e o patrão queria enganálo.Enganava.” Vidas secas, p. 143);
• substituição léxica, que se dá tanto pelo emprego de sinônimos
como de palavras quase sinônimas. Considerem-se aqui além
das palavras sinônimas, aquelas resultantes de famílias ideológicas e do campo associativo, como, por exemplo, esvoaçar, revoar,
voar;
• hipônimos (relações de um termo específico com um termo de
sentido geral, ex.: gato, felino) e hiperônimos (relações de um
termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específico, ex.: felino, gato);
• nominalizações (quando um fato, uma ocorrência, aparece em
forma de verbo e, mais adiante, reaparece como substantivo, ex.:
consertar, o conserto; viajar, a viagem). É preciso distinguir-se entre nominalização estrita e. generalizações (ex.: o cão < o animal)
e especificações (ex.: planta > árvore > palmeira);
• substitutos universais (ex.: João trabalha muito. Também o faço.
O verbo fazer em substituição ao verbo trabalhar);
• enunciados que estabelecem a recapitulação da ideia global.
Ex.: O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também
deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono
(Vidas Secas, p.11). Esse enunciado é chamado de anáfora conceptual. Todo um enunciado anterior e a ideia global que ele refere
são retomados por outro enunciado que os resume e/ou interpreta.
Com esse recurso, evitam-se as repetições e faz-se o discurso avançar, mantendo-se sua unidade.
2. A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de:
• certos pronomes (pessoais, adjetivos ou substantivos). Destacamse aqui os pronomes pessoais de terceira pessoa, empregados
como substitutos de elementos anteriormente presentes no texto,
diferentemente dos pronomes de 1ª e 2ª pessoa que se referem à
pessoa que fala e com quem esta fala.
• certos advérbios e expressões adverbiais;
• artigos;
• conjunções;
• numerais;
• elipses. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado
anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem
recolheu-se cedo. ... Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
relação entre as duas orações.). É a própria ausência do termo que
marca a inter-relação. A identificação pode dar-se com o próprio
enunciado, como no exemplo anterior, ou com elementos extraverbais, exteriores ao enunciado. Vejam-se os avisos em lugares públicos (ex.: Perigo!) e as frases exclamativas, que remetem a uma
situação não-verbal. Nesse caso, a articulação se dá entre texto e
contexto (extratextual);
• as concordâncias;
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• a correlação entre os tempos verbais.
Os dêiticos exercem, por excelência, essa função de progressão textual, dada sua característica: são elementos que não significam, apenas
indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. Já os componentes concentram em si a significação. Referem os participantes do ato
de comunicação, o momento e o lugar da enunciação.
Elisa Guimarães ensina a respeito dos dêiticos:
Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções
prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam o
momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou
posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de
agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro).
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condicionalidade: essa relação é expressa pela combinação de duas
proposições: uma introduzida pelo articulador se ou caso e outra por então
(consequente), que pode vir implícito. Estabelece-se uma relação entre o
antecedente e o consequente, isto é, sendo o antecedente verdadeiro ou
possível, o consequente também o será.
Na relação de condicionalidade, estabelece-se, muitas vezes, uma
condição hipotética, isto é,, cria-se na proposição introduzida pelo articulador se/caso uma hipótese que condicionará o que será dito na proposição
seguinte. Em geral, a proposição situa-se num tempo futuro.
Caso tenha férias, (então) viajarei para Buenos Aires.
causalidade: é expressa pela combinação de duas proposições, uma
das quais encerra a causa que acarreta a consequência expressa na outra.
Tal relação pode ser veiculada de diferentes formas:
Passei no vestibular porque
estudei muito
visto que
já que
uma vez que
_________________
_____________________
consequência
causa
Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam relações não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também
entre frases e sequências de frases dentro de um texto”.
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Muitas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoiada no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo
comunicativo têm da língua.
Estudei
tanto que
passei no vestibular.
Estudei muito
por isso
passei no vestibular
_________________ ____________________
causa
consequência
A ligação lógica das ideias
Uma das características do texto é a organização sequencial dos elementos linguísticos que o compõem, isto é, as relações de sentido que se
estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto,
fazendo com que a interpretação de um elemento linguístico qualquer seja
dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse
encadeamento lógico são: a articulação, a referência, a substituição vocabular e a elipse.
ARTICULAÇÃO
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjunções, advérbios e preposições responsáveis pela ligação entre si dos fatos
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependência de sentido das frases no processo de sequencialização textual. As
ideias ou proposições podem se relacionar indicando causa, consequência,
finalidade, etc.
Ingressei na Faculdade a fim de ascender socialmente.
Ingressei na Faculdade porque pretendo ser biólogo.
Ingressei na Faculdade depois de ter-me casado.
Como estudei
Por ter estudado muito
___________________
causa
finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para
se atingir determinado fim expresso na outra. Os articuladores principais
são: para, afim de, para que.
Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida.
conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposições, em que se mostra a conformidade de conteúdo de uma delas em
relação a algo afirmado na outra.
O aluno realizou a prova conforme o professor solicitara.
segundo
consoante
como
de acordo com a solicitação...
É possível observar que os articuladores relacionam os argumentos diferentemente. Podemos, inclusive, agrupá-los, conforme a relação que
estabelecem.
Relações de:
adição: os conectores articula sequencialmente frases cujos conteúdos
se adicionam a favor de uma mesma conclusão: e, também, não
só...como também, tanto...como, além de, além disso, ainda, nem.
Na maioria dos casos, as frases somadas não são permutáveis, isto é,
a ordem em que ocorrem os fatos descritos deve ser respeitada.
Ele entrou, dirigiu-se à escrivaninha e sentou-se.
alternância: os conteúdos alternativos das frases são articulados por
conectores como ou, ora...ora, seja...seja. O articulador ou pode expressar inclusão ou exclusão.
temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo
ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, expressas por meio de
duas proposições.
Quando
Mal
Logo que
terminei o colégio, matriculei-me aqui.
Assim que
Depois que
No momento em que
Nem bem
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estudava com afinco.
Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada
uma das proposições.
b) um tempo progressivo:
À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando.
Ele não sabe se conclui o curso ou abandona a Faculdade.
oposição: os conectores articulam sequencialmente frases cujos conteúdos se opõem. São articuladores de oposição: mas, porém, todavia,
entretanto, no entanto, não obstante, embora, apesar de (que), ainda
que, se bem que, mesmo que, etc.
•
O candidato foi aprovado, mas não fez a matrícula.
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passei no vestibular
passei no vestibular
___________________
consequência
bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía.
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan11
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to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em
relação a algo dito no enunciado anterior:
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Portanto tem condições de se sair bem na prova.
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O narrador passa a existir a partir do instante que se abre o livro e ele,
em primeira ou terceira pessoa, nos conta a história que o livro guarda.
Confundir narrador e autor é fazer a loucura de imaginar que, morto o autor,
todos os seus narradores morreriam junto com ele e que, portanto, não
disporíamos mais de nenhuma narrativa dele.
GÊNEROS TEXTUAIS
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam
a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos.
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como,
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que,
assim como.
Ele é tão competente quanto Alberto.
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, porque introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente
referido.
Não se preocupe que eu voltarei
pois
porque
As pausas
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marcadas por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar
tipos de relações diferentes.
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalidade)
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa)
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposição)
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão)
http://www.seaac.com.br/
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de
redução lexical.
Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial
saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do
discurso. A linguagem é um ato intencional, o indivíduo faz escolhas quando se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas
escolhas, de modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respeitadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem ligações
(espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso.
Autor e Narrador: Diferenças
Equipe Aprovação Vest
Qual é, afinal, a diferença entre Autor e Narrador? Existe uma diferença
enorme entre ambos.
Autor
É um homem do mundo: tem carteira de identidade, vai ao supermercado, masca chiclete, eventualmente teve sarampo na infância e, mais
eventualmente ainda, pode até tocar trombone, piano, flauta transversal.
Paga imposto.
Narrador
É um ser intradiegético, ou seja, um ser que pertence à história que
está sendo narrada. Está claro que é um preposto do autor, mas isso não
significa que defenda nem compartilhe suas ideias. Se assim fosse, Machado de Assis seria um crápula como Bentinho ou um bígamo, porque,
casado com Carolina Xavier de Novais, casou-se também com Capitu, foi
amante de Virgília e de um sem-número de mulheres que permeiam seus
contos e romances.
Língua Portuguesa
Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza,
literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as
funções sociais (narrativas, dissertativas, argumentativas, procedimentais e
exortativas), utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa
forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios,
convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias,
contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos
A diferença entre Gênero Textual e Tipologia Textual é, no meu entender, importante para direcionar o trabalho do professor de língua na
leitura, compreensão e produção de textos1. O que pretendemos neste
pequeno ensaio é apresentar algumas considerações sobre Gênero Textual e Tipologia Textual, usando, para isso, as considerações feitas por
Marcuschi (2002) e Travaglia (2002), que faz apontamentos questionáveis
para o termo Tipologia Textual. No final, apresento minhas considerações
a respeito de minha escolha pelo gênero ou pela tipologia.
Convém afirmar que acredito que o trabalho com a leitura, compreensão e a produção escrita em Língua Materna deve ter como meta primordial
o desenvolvimento no aluno de habilidades que façam com que ele tenha
capacidade de usar um número sempre maior de recursos da língua para
produzir efeitos de sentido de forma adequada a cada situação específica
de interação humana.
Luiz Antônio Marcuschi (UFPE) defende o trabalho com textos na escola a partir da abordagem do Gênero Textual Marcuschi não demonstra
favorabilidade ao trabalho com a Tipologia Textual, uma vez que, para ele,
o trabalho fica limitado, trazendo para o ensino alguns problemas, uma vez
que não é possível, por exemplo, ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes – gêneros – que possuem diferenças específicas.
Por outro lado, autores como Luiz Carlos Travaglia (UFUberlândia/MG)
defendem o trabalho com a Tipologia Textual. Para o autor, sendo os
textos de diferentes tipos, eles se instauram devido à existência de diferentes modos de interação ou interlocução. O trabalho com o texto e com os
diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa. De acordo com as ideias do autor, cada tipo de texto é
apropriado para um tipo de interação específica. Deixar o aluno restrito a
apenas alguns tipos de texto é fazer com que ele só tenha recursos para
atuar comunicativamente em alguns casos, tornando-se incapaz, ou pouco
capaz, em outros. Certamente, o professor teria que fazer uma espécie de
levantamento de quais tipos seriam mais necessários para os alunos, para,
a partir daí, iniciar o trabalho com esses tipos mais necessários.
Marcuschi afirma que os livros didáticos trazem, de maneira equivocada, o termo tipo de texto. Na verdade, para ele, não se trata de tipo de
texto, mas de gênero de texto. O autor diz que não é correto afirmar que a
carta pessoal, por exemplo, é um tipo de texto como fazem os livros. Ele
atesta que a carta pessoal é um Gênero Textual.
O autor diz que em todos os gêneros os tipos se realizam, ocorrendo,
muitas das vezes, o mesmo gênero sendo realizado em dois ou mais tipos.
Ele apresenta uma carta pessoal3 como exemplo, e comenta que ela pode
apresentar as tipologias descrição, injunção, exposição, narração e argumentação. Ele chama essa miscelânea de tipos presentes em um gênero
de heterogeneidade tipológica.
Travaglia (2002) fala em conjugação tipológica. Para ele, dificilmente
são encontrados tipos puros. Realmente é raro um tipo puro. Num texto
como a bula de remédio, por exemplo, que para Fávero & Koch (1987) é
um texto injuntivo, tem-se a presença de várias tipologias, como a descri12
A Opção Certa Para a Sua Realização
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ção, a injunção e a predição. Travaglia afirma que um texto se define como
de um tipo por uma questão de dominância, em função do tipo de interlocução que se pretende estabelecer e que se estabelece, e não em função do
espaço ocupado por um tipo na constituição desse texto.
Quando acontece o fenômeno de um texto ter aspecto de um gênero
mas ter sido construído em outro, Marcuschi dá o nome de intertextualidade intergêneros. Ele explica dizendo que isso acontece porque ocorreu
no texto a configuração de uma estrutura intergêneros de natureza altamente híbrida, sendo que um gênero assume a função de outro.
Travaglia não fala de intertextualidade intergêneros, mas fala de um
intercâmbio de tipos. Explicando, ele afirma que um tipo pode ser usado
no lugar de outro tipo, criando determinados efeitos de sentido impossíveis,
na opinião do autor, com outro dado tipo. Para exemplificar, ele fala de
descrições e comentários dissertativos feitos por meio da narração.
Resumindo esse ponto, Marcuschi traz a seguinte configuração teórica:
• intertextualidade intergêneros = um gênero com a função de outro
• heterogeneidade tipológica = um gênero com a presença de vários
tipos
Travaglia mostra o seguinte:
• conjugação tipológica = um texto apresenta vários tipos
• intercâmbio de tipos = um tipo usado no lugar de outro
Aspecto interessante a se observar é que Marcuschi afirma que os gêneros não são entidades naturais, mas artefatos culturais construídos
historicamente pelo ser humano. Um gênero, para ele, pode não ter uma
determinada propriedade e ainda continuar sendo aquele gênero. Para
exemplificar, o autor fala, mais uma vez, da carta pessoal. Mesmo que o
autor da carta não tenha assinado o nome no final, ela continuará sendo
carta, graças as suas propriedades necessárias e suficientes .Ele diz, ainda,
que uma publicidade pode ter o formato de um poema ou de uma lista de
produtos em oferta. O que importa é que esteja fazendo divulgação de
produtos, estimulando a compra por parte de clientes ou usuários daquele
produto.
Para Marcuschi, Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza
linguística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as
categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia
Textual é usado para designar uma espécie de sequência teoricamente
definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais,
sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).
Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os
textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades
funcionais, estilo e composição característica.
Travaglia define Tipologia Textual como aquilo que pode instaurar um
modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas
que podem variar. Essas perspectivas podem, segundo o autor, estar
ligadas ao produtor do texto em relação ao objeto do dizer quanto ao fazer/acontecer, ou conhecer/saber, e quanto à inserção destes no tempo
e/ou no espaço. Pode ser possível a perspectiva do produtor do texto dada
pela imagem que o mesmo faz do receptor como alguém que concorda ou
não com o que ele diz. Surge, assim, o discurso da transformação, quando
o produtor vê o receptor como alguém que não concorda com ele. Se o
produtor vir o receptor como alguém que concorda com ele, surge o discurso da cumplicidade. Tem-se ainda, na opinião de Travaglia, uma perspectiva em que o produtor do texto faz uma antecipação no dizer. Da mesma
forma, é possível encontrar a perspectiva dada pela atitude comunicativa de
comprometimento ou não. Resumindo, cada uma das perspectivas apresentadas pelo autor gerará um tipo de texto. Assim, a primeira perspectiva
faz surgir os tipos descrição, dissertação, injunção e narração. A segunda perspectiva faz com que surja o tipo argumentativo stricto sensu6 e
não argumentativo stricto sensu. A perspectiva da antecipação faz surgir
o tipo preditivo. A do comprometimento dá origem a textos do mundo
comentado (comprometimento) e do mundo narrado (não comprometi-
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mento) (Weirinch, 1968). Os textos do mundo narrado seriam enquadrados,
de maneira geral, no tipo narração. Já os do mundo comentado ficariam no
tipo dissertação.
Travaglia diz que o Gênero Textual se caracteriza por exercer uma
função social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e
vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que gênero usar em momentos específicos de interação, de acordo
com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que
ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de
maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o
mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo.
Observamos que Travaglia dá ao gênero uma função social. Parece
que ele diferencia Tipologia Textual de Gênero Textual a partir dessa
“qualidade” que o gênero possui. Mas todo texto, independente de seu
gênero ou tipo, não exerce uma função social qualquer?
Marcuschi apresenta alguns exemplos de gêneros, mas não ressalta
sua função social. Os exemplos que ele traz são telefonema, sermão,
romance, bilhete, aula expositiva, reunião de condomínio, etc.
Já Travaglia, não só traz alguns exemplos de gêneros como mostra o
que, na sua opinião, seria a função social básica comum a cada um: aviso,
comunicado, edital, informação, informe, citação (todos com a função social
de dar conhecimento de algo a alguém). Certamente a carta e o e-mail
entrariam nessa lista, levando em consideração que o aviso pode ser dado
sob a forma de uma carta, e-mail ou ofício. Ele continua exemplificando
apresentando a petição, o memorial, o requerimento, o abaixo assinado
(com a função social de pedir, solicitar). Continuo colocando a carta, o email e o ofício aqui. Nota promissória, termo de compromisso e voto são
exemplos com a função de prometer. Para mim o voto não teria essa função de prometer. Mas a função de confirmar a promessa de dar o voto a
alguém. Quando alguém vota, não promete nada, confirma a promessa de
votar que pode ter sido feita a um candidato.
Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colocarei todos. É bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que
não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não
apresenta exemplos de gêneros que tenham uma função social menos
rígida, como o bilhete.
Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcuschi7 é a
de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracteriza por aspectos
formais de estrutura e de superfície linguística e/ou aspectos de conteúdo.
Ele exemplifica Espécie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo
narrativo: a história e a não-história. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta
as Espécies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele
mostra as Espécies distintas objetiva x subjetiva, estática x dinâmica e
comentadora x narradora. Mudando para gênero, ele apresenta a correspondência com as Espécies carta, telegrama, bilhete, ofício, etc. No gênero
romance, ele mostra as Espécies romance histórico, regionalista, fantástico, de ficção científica, policial, erótico, etc. Não sei até que ponto a Espécie daria conta de todos os Gêneros Textuais existentes. Será que é
possível especificar todas elas? Talvez seja difícil até mesmo porque não é
fácil dizer quantos e quais são os gêneros textuais existentes.
Se em Travaglia nota-se uma discussão teórica não percebida em Marcuschi, o oposto também acontece. Este autor discute o conceito de Domínio Discursivo. Ele diz que os domínios discursivos são as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo informa, esses domínios não seriam nem textos nem discursos, mas dariam
origem a discursos muito específicos. Constituiriam práticas discursivas
dentro das quais seria possível a identificação de um conjunto de gêneros
que às vezes lhes são próprios como práticas ou rotinas comunicativas
institucionalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalístico, discurso jurídico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalística,
jurídica e religiosa, não abrange gêneros em particular, mas origina vários
deles.
Travaglia até fala do discurso jurídico e religioso, mas não como Mar13
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
cuschi. Ele cita esses discursos quando discute o que é para ele tipologia
de discurso. Assim, ele fala dos discursos citados mostrando que as tipologias de discurso usarão critérios ligados às condições de produção dos
discursos e às diversas formações discursivas em que podem estar inseridos (Koch & Fávero, 1987, p. 3). Citando Koch & Fávero, o autor fala que
uma tipologia de discurso usaria critérios ligados à referência (institucional
(discurso político, religioso, jurídico), ideológica (discurso petista, de direita,
de esquerda, cristão, etc), a domínios de saber (discurso médico, linguístico, filosófico, etc), à inter-relação entre elementos da exterioridade (discurso autoritário, polêmico, lúdico)). Marcuschi não faz alusão a uma tipologia
do discurso.
Semelhante opinião entre os dois autores citados é notada quando falam que texto e discurso não devem ser encarados como iguais. Marcuschi considera o texto como uma entidade concreta realizada materialmente
e corporificada em algum Gênero Textual [grifo meu] (p. 24). Discurso
para ele é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. O discurso se realiza nos textos (p. 24). Travaglia considera
o discurso como a própria atividade comunicativa, a própria atividade
produtora de sentidos para a interação comunicativa, regulada por uma
exterioridade sócio-histórica-ideológica (p. 03). Texto é o resultado dessa
atividade comunicativa. O texto, para ele, é visto como
uma unidade linguística concreta que é tomada pelos usuários da língua em uma situação de interação comunicativa específica, como uma
unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão (p. 03).
Travaglia afirma que distingue texto de discurso levando em conta que
sua preocupação é com a tipologia de textos, e não de discursos. Marcuschi afirma que a definição que traz de texto e discurso é muito mais operacional do que formal.
Travaglia faz uma “tipologização” dos termos Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie. Ele chama esses elementos de Tipelementos.
Justifica a escolha pelo termo por considerar que os elementos tipológicos
(Gênero Textual, Tipologia Textual e Espécie) são básicos na construção
das tipologias e talvez dos textos, numa espécie de analogia com os elementos químicos que compõem as substâncias encontradas na natureza.
Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões
feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros
Textuais, estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho
com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus
mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele
apresenta a ideia básica de que um maior conhecimento do funcionamento
dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão
do ensino no seu tratamento à Tipologia Textual.
O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipologia Textual, independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem
parece ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que
entram na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão
dos elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem
merece maiores discussões.
Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais ideais para o ensino de língua. Ele afirma que é possível a identificação de
gêneros com dificuldades progressivas, do nível menos formal ao mais
formal, do mais privado ao mais público e assim por diante. Os gêneros
devem passar por um processo de progressão, conforme sugerem Schneuwly & Dolz (2004).
Travaglia, como afirmei, não faz considerações sobre o trabalho com a
Tipologia Textual e o ensino. Acredito que um trabalho com a tipologia
teria que, no mínimo, levar em conta a questão de com quais tipos de texto
deve-se trabalhar na escola, a quais será dada maior atenção e com quais
será feito um trabalho mais detido. Acho que a escolha pelo tipo, caso seja
considerada a ideia de Travaglia, deve levar em conta uma série de fatores,
porém dois são mais pertinentes:
a) O trabalho com os tipos deveria preparar o aluno para a composição de quaisquer outros textos (não sei ao certo se isso é possível.
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Pode ser que o trabalho apenas com o tipo narrativo não dê ao aluno o preparo ideal para lidar com o tipo dissertativo, e vice-versa.
Um aluno que pára de estudar na 5ª série e não volta mais à escola
teria convivido muito mais com o tipo narrativo, sendo esse o mais
trabalhado nessa série. Será que ele estaria preparado para produzir, quando necessário, outros tipos textuais? Ao lidar somente com
o tipo narrativo, por exemplo, o aluno, de certa forma, não deixa de
trabalhar com os outros tipos?);
b) A utilização prática que o aluno fará de cada tipo em sua vida.
Acho que vale a pena dizer que sou favorável ao trabalho com o Gênero Textual na escola, embora saiba que todo gênero realiza necessariamente uma ou mais sequências tipológicas e que todos os tipos inserem-se
em algum gênero textual.
Até recentemente, o ensino de produção de textos (ou de redação) era
feito como um procedimento único e global, como se todos os tipos de texto
fossem iguais e não apresentassem determinadas dificuldades e, por isso,
não exigissem aprendizagens específicas. A fórmula de ensino de redação,
ainda hoje muito praticada nas escolas brasileiras – que consiste fundamentalmente na trilogia narração, descrição e dissertação – tem por base
uma concepção voltada essencialmente para duas finalidades: a formação
de escritores literários (caso o aluno se aprimore nas duas primeiras modalidades textuais) ou a formação de cientistas (caso da terceira modalidade)
(Antunes, 2004). Além disso, essa concepção guarda em si uma visão
equivocada de que narrar e descrever seriam ações mais “fáceis” do que
dissertar, ou mais adequadas à faixa etária, razão pela qual esta última
tenha sido reservada às séries terminais - tanto no ensino fundamental
quanto no ensino médio.
O ensino-aprendizagem de leitura, compreensão e produção de texto
pela perspectiva dos gêneros reposiciona o verdadeiro papel do professor
de Língua Materna hoje, não mais visto aqui como um especialista em
textos literários ou científicos, distantes da realidade e da prática textual do
aluno, mas como um especialista nas diferentes modalidades textuais, orais
e escritas, de uso social. Assim, o espaço da sala de aula é transformado
numa verdadeira oficina de textos de ação social, o que é viabilizado e
concretizado pela adoção de algumas estratégias, como enviar uma carta
para um aluno de outra classe, fazer um cartão e ofertar a alguém, enviar
uma carta de solicitação a um secretário da prefeitura, realizar uma entrevista, etc. Essas atividades, além de diversificar e concretizar os leitores
das produções (que agora deixam de ser apenas “leitores visuais”), permitem também a participação direta de todos os alunos e eventualmente de
pessoas que fazem parte de suas relações familiares e sociais. A avaliação
dessas produções abandona os critérios quase que exclusivamente literários ou gramaticais e desloca seu foco para outro ponto: o bom texto não é
aquele que apresenta, ou só apresenta, características literárias, mas
aquele que é adequado à situação comunicacional para a qual foi produzido, ou seja, se a escolha do gênero, se a estrutura, o conteúdo, o estilo e o
nível de língua estão adequados ao interlocutor e podem cumprir a finalidade do texto.
Acredito que abordando os gêneros a escola estaria dando ao aluno a
oportunidade de se apropriar devidamente de diferentes Gêneros Textuais
socialmente utilizados, sabendo movimentar-se no dia-a-dia da interação
humana, percebendo que o exercício da linguagem será o lugar da sua
constituição como sujeito. A atividade com a língua, assim, favoreceria o
exercício da interação humana, da participação social dentro de uma sociedade letrada.
1 - Penso que quando o professor não opta pelo trabalho com o gênero ou com o tipo ele acaba não tendo uma maneira muito clara para selecionar os textos com os quais trabalhará.
2 - Outra discussão poderia ser feita se se optasse por tratar um pouco a diferença entre Gênero Textual e Gênero Discursivo.
3 - Travaglia (2002) diz que uma carta pode ser exclusivamente descritiva, ou dissertativa, ou injuntiva, ou narrativa, ou argumentativa.
Acho meio difícil alguém conseguir escrever um texto, caracterizado como carta, apenas com descrições, ou apenas com injunções.
Por outro lado, meio que contrariando o que acabara de afirmar,
ele diz desconhecer um gênero necessariamente descritivo.
4 - Termo usado pelas autoras citadas para os textos que fazem previsão, como o boletim meteorológico e o horóscopo.
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APOSTILAS OPÇÃO
5 - Necessárias para a carta, e suficientes para que o texto seja uma
carta.
6 - Segundo Travaglia (1991), texto argumentativo stricto sensu é o
que faz argumentação explícita.
7 - Pelo menos nos textos aos quais tive acesso.
Sílvio Ribeiro da Silva.
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é
transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex: um romance, um conto, uma poesia...
Texto não-literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da
forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de jornal, uma bula
de medicamento.
Diferenças entre Língua Padrão, Linguagem
Formal e Linguagem informal.
Língua Padrão: A gramática é um conjunto de regras que estabelecem
um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão.
Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem
sempre são obedecidas pelo falante.
Os conceitos linguagem formal e linguagem informal estão, sobretudo associados ao contexto social em que a fala é produzida.
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ções ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma
vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem
dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas
mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade
Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.
Variações regionais:
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes
a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:macaxeira e
aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados
às características orais da linguagem.
Informal: Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou
pelos amigos, normalmente emprega uma linguagem informal, podendo
usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (palavrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do
grupo conhecem). Um exemplo de uma palavra que tipicamente só é usada
na linguagem informal, em português europeu, é o adjetivo “chato”.
Variações sociais ou culturais:
Formal: A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes
usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superiores hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou
desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos
discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc.
As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como
os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.
Portanto, podemos usar a língua padrão, ou seja, conversar, ou escrever de acordo com as regras gramaticais, mas o vocabulário (linguagem)
que escolhemos pode ser mais formal ou mais informal de acordo com a
nossa necessidade. Ptofª Eliane
Variações Linguísticas
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso
cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da
fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela
qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator
foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.
Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre
os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa
que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”,
tornando-se desta forma um estigma.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de
acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas
em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
Variações históricas:
Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e
também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.
Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um
linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos,
advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.
Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor
sobre o assunto:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
Por Vânia Duarte
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transforma-
Língua Portuguesa
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TIPOLOGIA TEXTUAL
A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles
verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia
intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os
interlocutores.
Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um
texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo
falamos sozinhos.
É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais
travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que
existem tipos textuais e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado
ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto,
ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um
retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver.
É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os
nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e
Dissertação.
Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo
um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado
assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em
prosa.
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se
conceituam como gêneros textuais as diversas situações
sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como
exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma
monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-seiam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto
do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico.
Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é
extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir esta
gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos aperfeiçoando
mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia Duarte
O Conto
É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos perfeitamente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilíbrio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito,
que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse
conflito que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido.
Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem
entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de
recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense.
Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena personagens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresentação das características destes personagens, assim como para as indicações de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos.
Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das
personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os
travessões, para indicar a mudança de interlocutor).
A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a
linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na
apresentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao
futuro).
A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os
contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de
temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...".
Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção
e na interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predominam na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descrições e nos diálogos.
O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência
chega ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu preten-
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dente, enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a história familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas no
passado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou
sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala".
A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilidade: são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um
artigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo
definido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou
apressadamente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém
impacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos
anos 40."
O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que
constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz
pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos
na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa
que não intervém nem como ator nem como testemunha.
Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pontos de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que
as personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fazem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes
acontecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes.
A Novela
É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de
complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As
personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundárias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por
converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.
A Obra Teatral
Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas,
tragédias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvolvendo diversos conflitos, mediante a interação linguística das personagens,
quer dizer, através das conversações que têm lugar entre os participantes
nas situações comunicativas registradas no mundo de ficção construído
pelo texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que conta os fatos,
mas um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos e/ ou monólogos
das personagens.
Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encontrar neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espontânea das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações
da sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e
tempo. Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem
para moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem
os turnos de palavras.
As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da representação cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor
e os atores orientam sua interpretação.
Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão
temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada contato apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas, determinadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferentes quadros, que correspondem a mudanças de cenografias.
Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as
chamadas notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos
atores sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes
cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação.
Estas notações apresentam com frequência orações unimembres e/ou
bimembres de predicado não verbal.
O Poema
Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição espacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão
relevância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com
uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos misteriosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para
captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pretende extrair a significação dos recursos estilísticos empregados pelo
16
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, sua
versão da realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrealismo,
relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apresentar ensinamentos morais (como nas fábulas).
O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sonoro das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte
essencial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série
métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que
compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicalidade depende desta distribuição.
Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à
distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas
diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as chamadas licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em suas
sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não constituem um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final de uma
palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou
h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais também
incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última palavra é paroxítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, soma-se uma
sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma.
A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos,
pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso frequente na poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou parcial dos
últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coincidência total de vogais e consoante a partir da última vogal acentuada) e a
assonante (coincidência unicamente das vogais a partir da última vogal
acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai desde duas até dezesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, já que, pelo acento,
são considerados dissílabos.
As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas diferentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à
progressão temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade
informativa vinculada ao tema central.
Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos mecanismos de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a
criação de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocábulos, metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recursos
estilísticos que dão ambiguidade ao poema.
TEXTOS JORNALÍSTICOS
Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu portador ( jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da
função informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da
atualidade, condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as
novidades produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas.
De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções:
informação nacional, informação internacional, informação local, sociedade,
economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos.
A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o
tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes tanto
da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema abordado.
Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns
são as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as
crônicas, as resenhas de espetáculos.
A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à
medida que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publicitários aparecem não só nos periódicos como também em outros meios
amplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos
referiremos a eles em outro momento.
Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de
suas seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os
quais destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação
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cuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informação linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as explicações do texto.
É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na publicação para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente,
a primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos
jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização
antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses
textos.
O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre
a posição adotada pela redação.
A Notícia
Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou
pessoas.
As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que
contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a informação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo,
não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpretá-la), ou de
ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em publicações
similares.
É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa
pelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três
partes claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento.
O título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a
atenção do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal
El País, 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze
palavras. A introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser
um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes
que não aparecem na introdução.
A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à
margem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da
primeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir
o eu ou o nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo,
não se referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como
nosso país ou minha cidade).
Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracidade: somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue comprovar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a
certas fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descartado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte,
recorre ao discurso direto, como, por exemplo:
O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara
dos Deputados durante a próxima semana .
O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal.
Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações
enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar das
notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também é
frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela
polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita
por um patrulheiro.
A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê?
quem? como? quando? por quê e para quê?.
O Artigo de Opinião
Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atualidade que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é
considerado, ou merece ser, objeto de debate.
Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesquisa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a
posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideologia,
enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opiniões de
seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniões
divergentes e até antagônicas em uma mesma página.
17
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se
organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identificação do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e
que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de uma
tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificar
esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição adotada no
início do texto.
A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos
argumentos expostos como também com as estratégias discursivas usadas
para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar as
seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações,
as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de
distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade
e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - detalhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa
estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da
informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os
argumentos usados na validade da tese.
A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de
temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus
respectivos comentários.
Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresentam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam,
com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama
argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor
da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer
o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes
artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais
para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, concessivas e condicionais.
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura
ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta.
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados
do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito.
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias
mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um
texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor
aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas,
cenas e opiniões como positivas ou negativas.
A Reportagem
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que,
para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma
figura-chave para o conhecimento deste tópico.
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a publicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a
atenção dos leitores.
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, realizada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador.
A Entrevista
Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente mediante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido
com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade,
uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas
detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve
somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mudança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com
os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas
podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações
sobre as declarações do entrevistado.
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Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessariamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a
conversação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas
destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas
derivados.
Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe
uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez
de quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo
de propostas e de réplicas.
TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ciências em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situamse tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais.
Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas
ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas
suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos,
as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem
sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).
Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semântica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido
das palavras.
O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábulos a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é,
evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem
mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao
termo polissêmico nesse contexto.
A Definição
Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenciais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração
de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir
através de um processo de sinonímia.
Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
"animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores
mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se
referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou
parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente
antes de terminar o inverno.
Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La
Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exemplo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um substantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do
Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação mediante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemente antes de terminar o inverno".
As definições contêm, também, informações complementares relacionadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se
inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo
("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.
Essas informações complementares contêm frequentemente
abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário:
Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.
O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias básicas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos
quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipografias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologi18
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as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco mediante barras paralelas e /ou números.
senta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma
das etapas do processo.
Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma
coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer
continuar em exercício; adiar o término de.
O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado
em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira
pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo observo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo
observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente
entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa,
do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.
A Nota de Enciclopédia
Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama
descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela amplitude desta expansão.
A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de
temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituemse, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítulos. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os
temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia,
população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc.
Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos
quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por
exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebrados; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas variedades: terrestres e aquáticos.
Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da linguagem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que
responde às exigências de concisão e de precisão.
As características inerentes aos objetos apresentados aparecem através de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas
pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito
juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa
dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam
qualidades próprias daquilo a que se referem.
O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido
predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de
ligação - ser, estar, parecer, etc.
O Relato de Experimentos
Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em
manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos
que descrevem experimentos.
O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber,
mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é
necessário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações
para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para constatar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições
uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se
colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições
de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes
fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que
circunstâncias obtém-se um melhor crescimento.
A Monografia
Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um
determinado tema é recolhida em diferentes fontes.
Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados
com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como
fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos
qualificados ou de especialistas no tema.
As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coerente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem
como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por
exemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os
aspectos positivos da gestão governamental de um determinado personagem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos,
teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que
esta valorização fique explícita.
Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o
tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que,
conjugando seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará
as primeiras antecipações sobre a informação que espera encontrar e
formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o
tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o
que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais
estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas
que regem a apresentação da bibliografia.
O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do
texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de
construções de discurso direto ou de discurso indireto.
Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modificações, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da economia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda
tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam
a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que
incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos
sinais que distinguem frequentemente o discurso direto.
Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por outro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos
subordinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações,
pronomes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais
auxiliares, etc.
A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas categorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza,
isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo
observado.
Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría nutrem-se do liberalismo’
Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que começam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal):
Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu
pensamento nutriam -se do liberalismo'
Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a
planta crescerá mais rápido.
Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi
(dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os
enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do
emissor.
Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a
mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade.
Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável
tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é
possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos
...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no
mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente
essencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apre-
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Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o autor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classificação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte
consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os
dados apresentados e o princípio de classificação adotado.
Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipótese, sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das
19
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fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência
estabelecida entre os fatos e a conclusão.
Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo
problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos.
Os conectores lógicos oracionais e extra-oracionais são marcas linguísticas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem
entre os dados e para avaliar sua coerência.
A Biografia
É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s).
Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia.
Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresentar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens
cuja ação foi qualificada como relevante na história.
Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado
que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em
sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conectividade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial
(Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua
cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições
temporais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos
da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realidade), etc.
A veracidade que exigem os textos de informação científica manifestase nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apresentados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de
apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação
simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados
pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a
importância que a eles atribui.
Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não autorizadas" de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma característica que parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de
revelar a personagem através de uma profusa acumulação de aspectos
negativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios
altamente reprovados pela opinião pública.
TEXTOS INSTRUCIONAIS
Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais diversas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou
animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc.
Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culinárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um
avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de
receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções,
etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da
função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama
descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendida.
A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencionais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade,
estão amplamente difundidos os modelos de regulamentos de copropriedade; então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um
texto deste tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos
direitos e deveres das partes envolvidas.
Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucionais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de
alimentos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir
uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes
textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego
frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de abordagem e de produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as
instruções.
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As Receitas e as Instruções
Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções
para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato,
fabricar um móvel, consertar um objeto, etc.
Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da
especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista
de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimento, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.),
a outra, desenvolve as instruções.
As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitualmente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acompanhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos).
As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres,
com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou
orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo
(misturar a farinha com o açúcar).
Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as
construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem
acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que
expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (separe cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as
claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados
visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote
em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até
que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com frequência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo:
Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste
momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui
pode intervir outro membro da equipe.
TEXTOS EPISTOLARES
Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por escrito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeçalho. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de
uma empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos
designados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).
Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de
forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo
das características contidas no texto.
Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organização espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabelece o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de
tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto
em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação
e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de
familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta
a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, optase por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido
ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em
relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo
formal.
A Carta
As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e argumentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa,
expressiva e apelativa).
Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto
é, aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um
amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimentos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o
receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário comprometido
afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a
dimensão expressiva da mensagem.
Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor conhecido, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transparecer marcas da oraljdade: frases inconclusas, nas quais as reticências
habilitam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las;
20
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perguntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que
encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de
exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas
expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas.
Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enunciativas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as
dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a
subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de
diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificativos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições.
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de fácil compreensão e penetração nas massas, dada sua linguagem
gráfica. A sabedoria chinesa já advertia que um desenho vale por mil palavras.
(Álvarus, na revista Vozes, abril de 1970.)
Cartum(do inglês cartoon) - "Desenho caricatural que apresenta uma
situação humorística, utilizando, ou não, legendas." (Aurélio)
Charge - Representação pictórica, de caráter burlesco e caricatural, em
que se satiriza um fato específico, em geral de caráter político e que é do
conhecimento público.
Tira - Segmento de uma história em quadrinhos, usualmente constituído de
uma única faixa horizontal, contendo três ou quatro quadros. UNINOVE
A Solicitação
É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida
pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem a
possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: um
emprego, uma vaga em uma escola, etc.
Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ceder ou não ao pedido, — obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que
recorre ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas convencionalmente
para a abertura e encerramento (atenciosamente ..com votos de estima e
consideração . . . / despeço-me de vós respeitosamente . ../ Saúdo-vos com
o maior respeito), e às frases feitas com que se iniciam e encerram-se
estes textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que ... O abaixo-assinado,
Antônio Gonzalez, D.NJ. 32.107 232, dirigi-se ao Senhor Diretor do Instituto
Politécnico a fim de solicitar-lhe...)
As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do
singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor
através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa identificam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez, dirigese a...).
A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o
primeiro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições
que reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados
por frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos
em algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condições; por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à sua
apelação.
Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram
um amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão
tanto de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem
desenvolver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, como
de construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa posição, o
solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infinitivo salienta
os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o gerúndio
enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido).
A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal maneira que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de
solicitação de bolsas de estudo, etc.
Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, Ana
Maria Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS.
Cartum, Charge, tira e história em quadrinhos
O humor, numa concepção mais exigente, não é apenas a arte de rir. Isso é
comicidade, ou qualquer outro nome que se escolha. Na verdade, humor é
uma análise crítica do homem e da vida. Uma análise não obrigatoriamente
comprometida com o riso, uma análise desmistificadora, reveladora, cáustica.
Humor é uma forma de tirar a roupa da mentira, eo seu êxito está na alegria
que ele provoca pela descoberta inesperada da verdade.
(Ziraldo)
Aquela conceituação simplista, e que por tanto tempo perdurou, de que a
Caricatura era apenas a arte de provocar o riso está hoje completamente
reformulada pela análise crítica ao conotá-la na profundidade filosófica de
que, antes de fazer rir, obrigatoriamente, ela nos faz pensar. Dona incontestável da mais terrível arma - o ridículo - , se brandida sutil ou vigorosamente, sempre teve papel de importância, seja a marcar uma época, um fato
social ou uma personalidade. Valendo pelo mais longo artigo doutrinário ou
erudito, seu poder de comunicação é muito mais direto e, por isso mesmo,
Língua Portuguesa
COESÃO E COERÊNCIA
Diogo Maria De Matos Polônio
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre
Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob
orientação da Professora-Doutora Ana Cristina Macário Lopes, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a
incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de
Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre determinados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e,
simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessariamente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala
de aula.
Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplicação na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no
campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no
referido seminário.
Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui apresentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no
vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e
que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões
no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cumprido honestamente o seu papel.
Coesão e Coerência Textual
Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmente através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto
em que são produzidas. Ou seja, uma qualquer sequência de palavras não
constitui forçosamente uma frase.
Para que uma sequência de morfemas seja admitida como frase, tornase necessário que respeite uma certa ordem combinatória, ou seja, é
preciso que essa sequência seja construÍda tendo em conta o sistema da
língua.
Tal como um qualquer conjunto de palavras não forma uma frase, também um qualquer conjunto de frases não forma, forçosamente, um texto.
Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, é um objeto materializado numa dada língua natural, produzido numa situação concreta e
pressupondo os participantes locutor e alocutário, fabricado pelo locutor
através de uma seleção feita sobre tudo o que é dizível por esse locutor,
numa determinada situação, a um determinado alocutário1.
Assim, materialidade linguística, isto é, a língua natural em uso, os códigos simbólicos, os processos cognitivos e as pressuposições do locutor
sobre o saber que ele e o alocutário partilham acerca do mundo são ingredientes indispensáveis ao objeto texto.
Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas
por todos os membros de uma comunidade linguística. Este sistema de
regras de base constitui a competência textual dos sujeitos, competência
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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essa que uma gramática do texto se propõe modelizar.
Uma tal gramática fornece, dentro de um quadro formal, determinadas
regras para a boa formação textual. Destas regras podemos fazer derivar
certos julgamentos de coerência textual.
Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerência
nos textos dos seus alunos, os trabalhos de investigação concluem que as
intervenções do professor a nível de incorreções detectadas na estrutura da
frase são precisamente localizadas e assinaladas com marcas convencionais; são designadas com recurso a expressões técnicas (construção,
conjugação) e fornecem pretexto para pôr em prática exercícios de correção, tendo em conta uma eliminação duradoura das incorreções observadas.
Pelo contrário, as intervenções dos professores no quadro das incorreções a nível da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorreções não são designadas através de vocabulário técnico, traduzindo, na
maior parte das vezes, uma impressão global da leitura (incompreensível;
não quer dizer nada).
Para além disso, verificam-se práticas de correção algo brutais (refazer;
reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exercícios de recuperação.
Esta situação é pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor
desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a
fazer respeitar uma ordem sobre a qual não tem nenhum controle.
Antes de passarmos à apresentação e ao estudo dos quatro princípios
de coerência textual, há que esclarecer a problemática criada pela dicotomia coerência/coesão que se encontra diretamente relacionada com a
dicotomia coerência macro-estrutural/coerência micro-estrutural.
Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação
entre coerência textual e coesão textual.
Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos
linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente
entre sequências textuais:
Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro.
Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos
mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências
textuais:
Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe.
Pensamos, no entanto, que esta distinção se faz apenas por razões de
sistematização e de estruturação de trabalho, já que Mira Mateus não
hesita em agrupar coesão e coerência como características de uma só
propriedade indispensável para que qualquer manifestação linguística se
transforme num texto: a conetividade.
Para Charolles não é pertinente, do ponto de vista técnico, estabelecer
uma distinção entre coesão e coerência textuais, uma vez que se torna
difícil separar as regras que orientam a formação textual das regras que
orientam a formação do discurso.
Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência
são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente,
quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras
de coerência que foram usadas para a construção do texto original.
Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações
de coerência que se estabelecem entre as frases de uma sequência textual,
enquanto que macro-estrutura textual diz respeito às relações de coerência
existentes entre as várias sequências textuais. Por exemplo:
• Sequência 1: O António partiu para Lisboa. Ele deixou o escritório
mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas.
• Sequência 2: Em Lisboa, o António irá encontrar-se com amigos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia
de teatro.
Língua Portuguesa
Como micro-estruturas temos a sequência 1 ou a sequência 2, enquanto que o conjunto das duas sequências forma uma macro-estrutura.
Vamos agora abordar os princípios de coerência textual3:
1. Princípio da Recorrência4: para que um texto seja coerente, torna-se
necessário que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de
recorrência restrita.
Para assegurar essa recorrência a língua dispõe de vários recursos:
- pronominalizações,
- expressões definidas,
- substituições lexicais,
- retomas de inferências.
Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequência a
uma outra que se encontre próxima em termos de estrutura de texto, retomando num elemento de uma sequência um elemento presente numa
sequência anterior:
a)-Pronominalizações: a utilização de um pronome torna possível a repetição, à distância, de um sintagma ou até de uma frase inteira.
O caso mais frequente é o da anáfora, em que o referente antecipa o
pronome.
Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangulada no seu quarto.
No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente.
Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ainda: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me.
Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, para nos precavermos de enunciados como este:
Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António.
Num enunciado como este, não há qualquer possibilidade de identificar
ele com António. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretação:
ele dirá respeito a um sujeito que não será nem o João nem o António, mas
que fará parte do conhecimento simultâneo do emissor e do receptor.
Para que tal aconteça, torna-se necessário reformular esse enunciado:
O António sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com ele.
As situações de ambiguidade referencial são frequentes nos textos dos
alunos.
Ex.: O Pedro e o meu irmão banhavam-se num rio.
Um homem estava também a banhar-se.
Como ele sabia nadar, ensinou-o.
Neste enunciado, mesmo sem haver uma ruptura na continuidade sequencial, existem disfunções que introduzem zonas de incerteza no texto:
ele sabia nadar(quem?),
ele ensinou-o (quem?; a quem?)
b)-Expressões Definidas: tal como as pronominalizações, as expressões definidas permitem relembrar nominalmente ou virtualmente um
elemento de uma frase numa outra frase ou até numa outra sequência
textual.
Ex.: O meu tio tem dois gatos. Todos os dias caminhamos no jardim.
Os gatos vão sempre conosco.
Os alunos parecem dominar bem esta regra. No entanto, os problemas
aparecem quando o nome que se repete é imediatamente vizinho daquele
que o precede.
Ex.: A Margarida comprou um vestido. O vestido é colorido e muito elegante.
Neste caso, o problema resolve-se com a aplicação de deíticos contextuais.
Ex.: A Margarida comprou um vestido. Ele é colorido e muito elegante.
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Pode também resolver-se a situação virtualmente utilizando a elipse.
Ex.: A Margarida comprou um vestido. É colorido e muito elegante. Ou
ainda:
A Margarida comprou um vestido que é colorido e muito elegante.
c)-Substituições Lexicais: o uso de expressões definidas e de deíticos
contextuais é muitas vezes acompanhado de substituições lexicais. Este
processo evita as repetições de lexemas, permitindo uma retoma do elemento linguístico.
Ex.: Deu-se um crime, em Lisboa, ontem à noite: estrangularam uma
senhora. Este assassinato é odioso.
Também neste caso, surgem algumas regras que se torna necessário
respeitar. Por exemplo, o termo mais genérico não pode preceder o seu
representante mais específico.
Ex.: O piloto alemão venceu ontem o grande prêmio da Alemanha. Schumacher festejou euforicamente junto da sua equipa.
Se se inverterem os substantivos, a relação entre os elementos linguísticos torna-se mais clara, favorecendo a coerência textual. Assim, Schumacher, como termo mais específico, deveria preceder o piloto alemão.
No entanto, a substituição de um lexema acompanhado por um determinante, pode não ser suficiente para estabelecer uma coerência restrita.
Atentemos no seguinte exemplo:
Picasso morreu há alguns anos. O autor da "Sagração da Primavera"
doou toda a sua coleção particular ao Museu de Barcelona.
A presença do determinante definido não é suficiente para considerar
que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez
que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida
peça.
Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexicoenciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos participantes no ato de comunicação, sendo assim impossível traçar uma fronteira entre a semântica e a pragmática.
Há também que ter em conta que a substituição lexical se pode efetuar
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Assim, a diferença de avaliação que fazemos ao analisar as várias hipóteses de respostas que vimos anteriormente sustenta-se no fato de R1 e
R2 retomarem inferências presentes em P:
- aconteceu alguma coisa à bolacha da Maria,
- a Maria comeu qualquer coisa.
Já R3 não retoma nenhuma inferência potencialmente dedutível de P.
Conclui-se, então, que a retoma de inferências ou de pressuposições
garante uma fortificação da coerência textual.
Quando analisamos certos exercícios de prolongamento de texto (continuar a estruturação de um texto a partir de um início dado) os alunos são
levados a veicular certas informações pressupostas pelos professores.
Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três
crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles
fazer?
A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão realmente fazer qualquer coisa.
Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam enquanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado
uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada.
No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências
ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do
mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos.
Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercícios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo
ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno
recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império
industrial, que vive numa luxuosa vila.
2.Princípio da Progressão: para que um texto seja coerente, torna-se
necessário que o seu desenvolvimento se faça acompanhar de uma informação semântica constantemente renovada.
por
-
-
-
-
Sinonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
parte dos traços semânticos idêntica: A criança caiu. O miúdo nunca mais aprende a cair!
Antonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
parte dos traços semânticos oposta: Disseste a verdade? Isso
cheira-me a mentira!
Hiperonímia-a primeira expressão mantém com a segunda uma relação classe-elemento: Gosto imenso de marisco. Então lagosta,
adoro!
Hiponímia- a primeira expressão mantém com a segunda uma relação elemento-classe: O gato arranhou-te? O que esperavas de
um felino?
d)-Retomas de Inferências: neste caso, a relação é feita com base em
conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passava
com os processos de recorrência anteriormente tratados.
Vejamos:
P - A Maria comeu a bolacha?
R1 - Não, ela deixou-a cair no chão.
R2 - Não, ela comeu um morango.
R3 - Não, ela despenteou-se.
As sequências P+R1 e P+R2 parecem, desde logo, mais coerentes do
que a sequência P+R3.
No entanto, todas as sequências são asseguradas pela repetição do
pronome na 3ª pessoa.
Podemos afirmar, neste caso, que a repetição do pronome não é suficiente para garantir coerência a uma sequência textual.
Língua Portuguesa
Este segundo princípio completa o primeiro, uma vez que estipula que
um texto, para ser coerente, não se deve contentar com uma repetição
constante da própria matéria.
Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro
estava vestido com umas calças pretas, um chapéu claro e uma vestimenta
preta. Tinha ao pé de si uma bigorna e batia com força na bigorna. Todos
os gestos que fazia consistiam em bater com o martelo na bigorna. A
bigorna onde batia com o martelo era achatada em cima e pontiaguda em
baixo e batia com o martelo na bigorna.
Se tivermos em conta apenas o princípio da recorrência, este texto não
será incoerente, será até coerente demais.
No entanto, segundo o princípio da progressão, a produção de um texto coerente pressupõe que se realize um equilíbrio cuidado entre continuidade temática e progressão semântica.
Torna-se assim necessário dominar, simultaneamente, estes dois princípios (recorrência e progressão) uma vez que a abordagem da informação
não se pode processar de qualquer maneira.
Assim, um texto será coerente se a ordem linear das sequências acompanhar a ordenação temporal dos fatos descritos.
Ex.: Cheguei, vi e venci.(e não Vi, venci e cheguei).
O texto será coerente desde que reconheçamos, na ordenação das suas sequências, uma ordenação de causa-consequência entre os estados de
coisas descritos.
Ex.: Houve seca porque não choveu. (e não Houve seca porque choveu).
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Teremos ainda que ter em conta que a ordem de percepção dos estados de coisas descritos pode condicionar a ordem linear das sequências
textuais.
Ex.: A praça era enorme. No meio, havia uma coluna; à volta, árvores e
canteiros com flores.
Neste caso, notamos que a percepção se dirige do geral para o particu-
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Ex.: A Silvia foi estudar logo o circuito de Adelaide agradou aos pilotos
de Fórmula 1.
O conhecimento destes princípios de coerência, por parte dos professores, permite uma nova apreciação dos textos produzidos pelos alunos,
garantindo uma melhor correção dos seus trabalhos, evitando encontrar
incoerências em textos perfeitamente coerentes, bem como permite a
dinamização de estratégias de correção.
lar.
3.Princípio da Não- Contradição: para que um texto seja coerente, torna-se necessário que o seu desenvolvimento não introduza nenhum elemento semântico que contradiga um conteúdo apresentado ou pressuposto
por uma ocorrência anterior ou dedutível por inferência.
Teremos que ter em conta que para um leitor que nada saiba de centrais termo-nucleares nada lhe parecerá mais incoerente do que um tratado
técnico sobre centrais termo-nucleares.
Ou seja, este princípio estipula simplesmente que é inadmissível que
uma mesma proposição seja conjuntamente verdadeira e não verdadeira.
No entanto, os leitores quase nunca consideram os textos incoerentes.
Pelo contrário, os receptores dão ao emissor o crédito da coerência, admitindo que o emissor terá razões para apresentar os textos daquela maneira.
Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das contradições inferenciais e pressuposicionais.
Assim, o leitor vai esforçar-se na procura de um fio condutor de pensamento que conduza a uma estrutura coerente.
Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição podemos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresentado ou dedutível.
Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso.
Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensamento e de linguagem uma espécie de princípio de coerência verbal (comparável com o princípio de cooperação de Grice8 estipulando que, seja qual
for o discurso, ele deve apresentar forçosamente uma coerência própria,
uma vez que é concebido por um espírito que não é incoerente por si
mesmo.
As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na segunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase.
O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas profundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,
uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o
pretérito para suprimir as contradições.
As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às inferenciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conteúdo pressuposto que se encontra contradito.
Ex.: O Júlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa é-lhe perfeitamente fiel.
Na segunda frase, afirma-se a inegável fidelidade da mulher de Júlio,
enquanto a primeira pressupõe o inverso.
É frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradição presente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no
entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradição, assume-a, anula-a e toma partido dela.
Ex.: O João detesta viajar. No entanto, está entusiasmado com a partida para Itália, uma vez que sempre sonhou visitar Florença.
4.Princípio da Relação: para que um texto seja coerente, torna-se necessário que denote, no seu mundo de representação, fatos que se apresentem diretamente relacionados.
Ou seja, este princípio enuncia que para uma sequência ser admitida
como coerente, terá de apresentar ações, estados ou eventos que sejam
congruentes com o tipo de mundo representado nesse texto.
Assim, se tivermos em conta as três frases seguintes
1 - A Silvia foi estudar.
2 - A Silvia vai fazer um exame.
3 - O circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Fórmula 1.
A sequência formada por 1+2 surge-nos, desde logo, como sendo mais
congruente do que as sequências 1+3 ou 2+3.
Nos discursos naturais, as relações de relevância factual são, na maior
parte dos casos, manifestadas por conectores que as explicitam semanticamente.
Ex.: A Silvia foi estudar porque vai fazer um exame. Ou também: A Silvia vai fazer um exame portanto foi estudar.
A impossibilidade de ligar duas frases por meio de conectores constitui
um bom teste para descobrir uma incongruência.
Língua Portuguesa
É justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os
textos dos nossos alunos.
1. Coerência:
Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, convencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto é uma unidade de significado
produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não
é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples
sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato
com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos
um texto em que há coerência.
A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento
textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressuposto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos
eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa
concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um
anterior, perde-se a coerência textual.
A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa
ser conhecido pelo receptor.
Ao ler uma frase como "No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto
que chegou a nevar", percebemos que ela é incoerente em decorrência da
incompatibilidade entre um conhecimento prévio que temos da realizada
com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal",
em Fortaleza não neva (ainda mais no verão!).
Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima
poderia fazer sentido, dando coerência ao texto - nesse caso, o contexto
seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerência interna da narrativa.
No caso de apresentar uma inadequação entre o que informa e a realidade "normal" pré-conhecida, para guardar a coerência o texto deve apresentar elementos linguísticos instruindo o receptor acerca dessa anormalidade.
Uma afirmação como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do
décimo andar e não sofreu nenhum arranhão." é coerente, na medida que a
frase inicial ("Foi um verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalidade do fato narrado.
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2. Coesão:
A redação deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coerência e coesão. E a coesão, como o próprio nome diz (coeso significa
ligado), é a propriedade que os elementos textuais têm de estar interligados. De um fazer referência ao outro. Do sentido de um depender da relação com o outro. Preste atenção a este texto, observando como as palavras
se comunicam, como dependem uma das outras.
SÃO PAULO: OITO PESSOAS MORREM EM QUEDA DE AVIÃO
Das Agências
Cinco passageiros de uma mesma família, de Maringá, dois tripulantes
e uma mulher que viu o avião cair morreram
Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e
dois tripulantes, além de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda
de um avião (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da
cidade de Maringá (PR). O avião (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de
São Paulo, por volta das 21h40 de sábado. O impacto (2) ainda atingiu
mais três residências.
Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos,
que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reportagem nesta página); o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto
(1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4),
Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro
Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6),
João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos.
Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era
um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1).
Isidoro Andrade (7) havia alugado o avião (1) Rockwell Aero Commander
691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a São Paulo assistir ao velório do filho (7)
Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um
assalto e ser baleado na noite de sexta-feira.
O avião (1) deixou Maringá às 7 horas de sábado e pousou no aeroporto de Congonhas às 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maringá às
21h20 e, minutos depois, caiu na altura do número 375 da Rua Andaquara,
uma espécie de vila fechada, próxima à avenida Nossa Senhora do Sabará,
uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de São Paulo. Ainda
não se conhece as causas do acidente (2). O avião (1) não tinha caixa
preta e a torre de controle também não tem informações. O laudo técnico
demora no mínimo 60 dias para ser concluído.
Segundo testemunhas, o bimotor (1) já estava em chamas antes de cair em cima de quatro casas (9). Três pessoas (10) que estavam nas casas
(9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Elídia Fiorezzi, de 62
anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Pronto
Socorro de Santa Cecília.
Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avião envolvido no
acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso é necessário à
clareza e à compreensão do texto. A memória do leitor deve ser reavivada
a cada instante. Se, por exemplo, o avião fosse citado uma vez no primeiro
parágrafo e fosse retomado somente uma vez, no último, talvez a clareza
da matéria fosse comprometida.
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ro elevado de repetições pode levar o leitor à exaustão.
b) REPETIÇÃO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalístico.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da
vítima de um acidente, como se observa com o elemento (7), na última
linha do segundo parágrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente
o(s) seu(s) sobrenome(s). Quando os nomes em questão são de celebridades (políticos, artistas, escritores, etc.), é de praxe, durante o texto, utilizar
a nominalização por meio da qual são conhecidas pelo público. Exemplos:
Nedson (para o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o
candidato à prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes
femininos costumam ser retomados pelo primeiro nome, a não ser nos
casos em que o sobrenomes sejam, no contexto da matéria, mais relevantes e as identifiquem com mais propriedade.
c) ELIPSE: é a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido
pelo contexto da matéria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avião
(1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi candidato a
prefeito de Maringá nas últimas eleições; o piloto (1) José Traspadini (4), de
64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38. Perceba
que não foi necessário repetir-se a palavra avião logo após as palavras
piloto e co-piloto. Numa matéria que trata de um acidente de avião, obviamente o piloto será de aviões; o leitor não poderia pensar que se tratasse
de um piloto de automóveis, por exemplo. No último parágrafo ocorre outro
exemplo de elipse: Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas
pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves.
(10) Apenas escoriações e queimaduras. Note que o (10) em negrito, antes
de Apenas, é uma omissão de um elemento já citado: Três pessoas. Na
verdade, foi omitido, ainda, o verbo: (As três pessoas sofreram) Apenas
escoriações e queimaduras.
d) SUBSTITUIÇÕES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um
elemento já citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado é a
substituição, que é o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo
de palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os
principais elementos de substituição:
Pronomes: a função gramatical do pronome é justamente substituir ou
acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a
ideia contida em um parágrafo ou no texto todo. Na matéria-exemplo, são
nítidos alguns casos de substituição pronominal: o sogro de Name Júnior
(4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha
Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela
(6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus
retoma Name Júnior (os filhos de Name Júnior...); o pronome pessoal ela,
contraído com a preposição de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes
Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No último parágrafo, o pronome pessoal
elas retoma as três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião:
Elas (10) não sofreram ferimentos graves.
Epítetos: são palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo
que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificação
pode ser conhecida ou não pelo leitor. Caso não seja, deve ser introduzida
de modo que fique fácil a sua relação com o elemento qualificado.
Exemplos:
a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O presidente, que voltou há dois dias de Cuba, entregou-lhes um certificado... (o epíteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso;
poder-se-ia usar, como exemplo, sociólogo);
b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil.
Para o ex-Ministro dos Esportes, a seleção... (o epíteto ex-Ministro
dos Esportes retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam,
por exemplo, usar as formas jogador do século, número um do
mundo, etc.
E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns
mecanismos:
a) REPETIÇÃO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o
texto. Pode perceber que a palavra avião foi bastante usada, principalmente
por ele ter sido o veículo envolvido no acidente, que é a notícia propriamente dita. A repetição é um dos principais elementos de coesão do texto
jornalístico fatual, que, por sua natureza, deve dispensar a releitura por
parte do receptor (o leitor, no caso). A repetição pode ser considerada a
mais explícita ferramenta de coesão. Na dissertação cobrada pelos vestibulares, obviamente deve ser usada com parcimônia, uma vez que um núme-
Língua Portuguesa
Sinônimos ou quase sinônimos: palavras com o mesmo sentido (ou
muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prédio foi
demolido às 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifício, para
conferir o espetáculo (edifício retoma prédio. Ambos são sinônimos).
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Nomes deverbais: são derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos já utilizados.
Exemplos: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida
Higienópolis, como sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A
paralisação foi a maneira encontrada... (paralisação, que deriva de paralisar, retoma a ação de centenas de veículos de paralisar o trânsito da
Avenida Higienópolis). O impacto (2) ainda atingiu mais três residências (o
nome impacto retoma e resume o acidente de avião noticiado na matériaexemplo)
Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um elemento (palavra ou grupo de palavras) já mencionado ou não por meio de
uma classe ou categoria a que esse elemento pertença: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis. O protesto foi
a maneira encontrada... (protesto retoma toda a ideia anterior - da paralisação -, categorizando-a como um protesto); Quatro cães foram encontrados
ao lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reação dos
animais (animais retoma cães, indicando uma das possíveis classificações
que se podem atribuir a eles).
Advérbios: palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as
de lugar: Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram... (o advérbio de lugar lá retoma São Paulo). Exemplos de advérbios
que comumente funcionam como elementos referenciais, isto é, como
elementos que se referem a outros do texto: aí, aqui, ali, onde, lá, etc.
Observação: É mais frequente a referência a elementos já citados no
texto. Porém, é muito comum a utilização de palavras e expressões que se
refiram a elementos que ainda serão utilizados. Exemplo: Izidoro Andrade
(7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do
Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). A palavra região
serve como elemento classificador de Sul (A palavra Sul indica uma região
do país), que só é citada na linha seguinte.
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provável, não é certo, se é que.
Certeza, ênfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de súbito,
subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente.
Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou
seja, aliás.
Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.
Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a ou de, junto a ou de,
dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa,
isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.
Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse
modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo.
Causa e consequência. Explicação: por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com
efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez
que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte
que, de tal forma que, haja vista.
Contraste, oposição, restrição, ressalva: pelo contrário, em contraste
com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se
bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que.
Ideias alternativas: Ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora.
Conexão:
Além da constante referência entre palavras do texto, observa-se na
coesão a propriedade de unir termos e orações por meio de conectivos, que
são representados, na Gramática, por inúmeras palavras e expressões. A
escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação do sentido
do texto. Abaixo, uma lista dos principais elementos conectivos, agrupados
pelo sentido. Baseamo-nos no autor Othon Moacyr Garcia (Comunicação
em Prosa Moderna).
Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes
de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, principalmente, primordialmente, sobretudo, a priori (itálico), a posteriori (itálico).
Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade): então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje,
frequentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes,
ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que,
todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem.
Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma
forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente,
analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de
acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual,
tanto quanto, como, assim como, como se, bem como.
Condição, hipótese: se, caso, eventualmente.
Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda
mais, ainda cima, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também,
não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem
como, com, ou (quando não for excludente).
Níveis De Significado Dos Textos:
Significado Implícito E Explícito
Informações explícitas e implícitas
Faz parte da coerência, trata-se da inferência, que ocorre porque tudo
que você produz como mensagem é maior do que está escrito, é a soma
do implícito mais o explícito e que existem em todos os textos.
Em um texto existem dois tipos de informações implícitas, o pressuposto e o subentendido.
O pressuposto é a informação que pode ser compreendida por uma
palavra ou frase dentro do próprio texto, faz o receptor aceitar várias ideias
do emissor.
O subentendido gera confusão, pois se trata de uma insinuação, não
sendo possível afirmar com convicção.
A diferença entre ambos é que o pressuposto é responsável pelo emissor e
a informação já está no enunciado, já no subentendido o receptor tira suas
próprias conclusões. Profª Gracielle
Inferência
A inferência é um processo cognitivo relevante nesta abordagem
de leitura discursiva, porque o processo inferencial possibilita construir
novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os
quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto.
Assim, na aula de língua estrangeira moderna será possível fazer
discussões orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais,
escritos e/ou visuais a partir do texto lido, integrando todas as práticas
discursivas neste processo.
Parágrafo:
Os textos são estruturados geralmente em unidades menores, os parágrafos, identificados por um ligeiro afastamento de sua primeira linha em
relação à margem esquerda da folha. Possuem extensão variada: há parágrafos longos e parágrafos curtos. O que vai determinar sua extensão é a
Dúvida: talvez provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é
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APOSTILAS OPÇÃO
unidade temática, já que cada ideia exposta no texto deve corresponder a
um parágrafo.
É muito comum nos textos de natureza dissertativa, que trabalham com
ideias e exigem maior rigor e objetividade na composição, que o parágrafopadrão apresente a seguinte estrutura:
a) introdução - também denominada tópico frasal, é constituída de
uma ou duas frases curtas, que expressam, de maneira sintética, a ideia
principal do parágrafo, definindo seu objetivo;
b) desenvolvimento - corresponde a uma ampliação do tópico frasal,
com apresentação de ideias secundárias que o fundamentam ou esclarecem;
c) conclusão - nem sempre presente, especialmente nos parágrafos
mais curtos e simples, a conclusão retoma a ideia central, levando em
consideração os diversos aspectos selecionados no desenvolvimento.
Nas dissertações, os parágrafos são estruturados a partir de uma ideia
que normalmente é apresentada em sua introdução, desenvolvida e reforçada por uma conclusão.
Os Parágrafos na Dissertação Escolar:
As dissertações escolares, normalmente, costumam ser estruturadas
em quatro ou cinco parágrafos (um parágrafo para a introdução, dois ou
três para o desenvolvimento e um para a conclusão).
É claro que essa divisão não é absoluta. Dependendo do tema proposto e da abordagem que se dê a ele, ela poderá sofrer variações. Mas é
fundamental que você perceba o seguinte: a divisão de um texto em parágrafos (cada um correspondendo a uma determinada ideia que nele se
desenvolve) tem a função de facilitar, para quem escreve, a estruturação
coerente do texto e de possibilitar, a quem lê, uma melhor compreensão do
texto em sua totalidade.
Parágrafo Narrativo:
Nas narrações, a ideia central do parágrafo é um incidente, isto é, um
episódio curto.
Nos parágrafos narrativos, há o predomínio dos verbos de ação que se
referem as personagens, além de indicações de circunstâncias relativas ao
fato: onde ele ocorreu, quando ocorreu, por que ocorreu, etc.
O que falamos acima se aplica ao parágrafo narrativo propriamente dito, ou seja, aquele que relata um fato.
Nas narrações existem também parágrafos que servem para reproduzir
as falas dos personagens. No caso do discurso direto (em geral antecedido
por dois-pontos e introduzido por travessão), cada fala de um personagem
deve corresponder a um parágrafo para que essa fala não se confunda com
a do narrador ou com a de outro personagem.
Parágrafo Descritivo:
A ideia central do parágrafo descritivo é um quadro, ou seja, um fragmento daquilo que está sendo descrito (uma pessoa, uma paisagem, um
ambiente, etc.), visto sob determinada perspectiva, num determinado
momento. Alterado esse quadro, teremos novo parágrafo.
O parágrafo descritivo vai apresentar as mesmas características da
descrição: predomínio de verbos de ligação, emprego de adjetivos que
caracterizam o que está sendo descrito, ocorrência de orações justapostas
ou coordenadas.
A estruturação do parágrafo:
O parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um
ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central,
ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
O parágrafo é indicado por um afastamento da margem esquerda da
folha. Ele facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as ideias principais de sua composição, permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios.
O tamanho do parágrafo:
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Os parágrafos são moldáveis conforme o tipo de redação, o leitor e o
veículo de comunicação onde o texto vai ser divulgado. Em princípio, o
parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no
livro, e a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso.
Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de pouca formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos em
colunas estreitas, já artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais
longos. Revistas populares, livros didáticos destinados a alunos iniciantes,
geralmente, apresentam parágrafos curtos.
Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágrafos menores, seguindo critério claro e definido. O parágrafo curto também é
empregado para movimentar o texto, no meio de longos parágrafos, ou
para enfatizar uma ideia.
Parágrafos médios: comuns em revistas e livros didáticos destinados
a um leitor de nível médio (2º grau). Cada parágrafo médio construído com
três períodos que ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada página de livro
cabem cerca de três parágrafos médios.
Parágrafos longos: em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem longos parágrafos, por três razões: os textos são grandes e consomem muitas páginas; as explicações são complexas e exigem várias ideias
e especificações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade
e fôlego para acompanhá-los.
A ordenação no desenvolvimento do parágrafo pode acontecer:
a) por indicações de espaço: "... não muito longe do litoral...".Utilizam-se advérbios e locuções adverbiais de lugar e certas locuções prepositivas, e adjuntos adverbiais de lugar;
b) por tempo e espaço: advérbios e locuções adverbiais de tempo,
certas preposições e locuções prepositivas, conjunções e locuções conjuntivas e adjuntos adverbiais de tempo;
c) por enumeração: citação de características que vem normalmente
depois de dois pontos;
d) por contrastes: estabelece comparações, apresenta paralelos e evidencia diferenças; Conjunções adversativas, proporcionais e comparativas podem ser utilizadas nesta ordenação;
e) por causa-consequência: conjunções e locuções conjuntivas conclusivas, explicativas, causais e consecutivas;
f) por explicitação: esclarece o assunto com conceitos esclarecedores, elucidativos e justificativos dentro da ideia que construída. Pciconcursos
Equivalência e transformação de estruturas.
Refere-se ao estudo das relações das palavras nas orações e nos períodos. A palavra equivalência corresponde a valor, natureza, ou função;
relação de paridade. Já o termo transformação pode ser entendido como
uma função que, aplicada sobre um termo (abstrato ou concreto), resulta
um novo termo, modificado (em sentido amplo) relativamente ao estado
original. Nessa compreensão ampla, o novo estado pode eventualmente
coincidir com o estado original. Normalmente, em concursos públicos, as
relações de transformação e equivalência aparecem nas questões dotadas
dos seguintes comandos:
Exemplo: CONCURSO PÚBLICO 1/2008 – CARGO DE AGENTE DE
POLÍCIA FUNDAÇÃO UNIVERSA
Questão 8 - Assinale a alternativa em que a reescritura de parte do texto I mantém a correção gramatical, levando em conta as alterações gráficas
necessárias para adaptá-la ao texto.
Exemplo 2: FUNDAÇÃO UNIVERSA SESI – TÉCNICO EM EDUCAÇÃO – ORIENTADOR PEDAGÓGICO 2010
(CÓDIGO 101) Questão 1 - A seguir, são apresentadas possibilidades
de reescritura de trechos do texto I. Assinale a alternativa em que a reescritura apresenta mudança de sentido com relação ao texto original.
Nota-se que as relações de equivalência e transformação estão assentadas nas possibilidades de reescrituras, ou seja, na modificação de vocábulos ou de estruturas sintáticas.
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Vejamos alguns exemplos de transformações e equivalências:
1 Os bombeiros desejam / o sucesso profissional (não há verbo na segunda parte).
Sujeito VDT OBJETO DIRETO
Os bombeiros desejam / ganhar várias medalhas (há verbo na segunda
parte = oração).
Oração principal oração subordinada substantiva objetiva direta
No exemplo anterior, o objeto direto “o sucesso profissional” foi substituído por uma oração objetiva direta. Sintaticamente, o valor do termo
(complemento do verbo) é o mesmo. Ocorreu uma transformação de natureza nominal para uma de natureza oracional, mas a função sintática de
objeto direto permaneceu preservada.
2 Os professores de cursinhos ficam muito felizes / quando os alunos
são aprovados.
ORAÇÃO PRINCIPAL ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL
Os professores de cursinhos ficam muito felizes / nos dias das provas.
SUJ VERBO PREDICATIVO ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO
Apesar de classificados de formas diferentes, os termos indicados continuam exercendo o papel de elementos adverbiais temporais.
Exemplo da prova!
FUNDAÇÃO UNIVERSA SESI – SECRETÁRIO ESCOLAR (CÓDIGO
203) Página 3
Grassa nessas escolas uma praga de pedagogos de gabinete, que usam o legalismo no lugar da lei e que reinterpretam a lei de modo obtuso,
no intuito de que tudo fique igual ao que era antes. E, para que continue a
parecer necessário o desempenho do cargo que ocupam, para que pareçam úteis as suas circulares e relatórios, perseguem e caluniam todo e
qualquer professor que ouse interpelar o instituído, questionar os burocratas, ou — pior ainda! — manifestar ideias diferentes das de quem manda na
escola, pondo em causa feudos e mandarinatos.
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indireto e discurso indireto livre.
Discurso direto
Examinando este passo do conto Guaxinim do banhado, de Mário de
Andrade:
“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá
na língua dele - “Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”
Verificamos que o narrado, após introduzir o personagem, o guaxinim,
deixou-o expressar-se “Lá na língua dele”, reproduzindo-lhe a fala tal como
ele a teria organizado e emitido.
A essa forma de expressão, em que o personagem é chamado a apresentar as suas próprias palavras, denominamos discurso direto.
Observação
No exemplo anterior, distinguimos claramente o narrador, do locutor, o
guaxinim.
Mas o narrador e locutor podem confundir-se em casos como o das
narrativas memorialistas feitas na primeira pessoa. Assim, na fala de Riobaldo, o personagem-narrador do romance de Grande Sertão: Veredas, de
Guimarães Rosa.
“Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa;
mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso
do que em primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?”
Ou, também, nestes versos de Augusto Meyer, em que o autor, liricamente identificado com a natureza de sua terra, ouve na voz do Minuano o
convite que, na verdade, quem lhe faz é a sua própria alma:
“Ouço o meu grito gritar na voz do vento:
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”
Características do discurso direto
1. No plano formal, um enunciado em discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar,
sugerir, perguntar, indagar ou expressões sinônimas, que podem
introduzi-lo, arrematá-lo ou nele se inserir:
“E Alexandre abriu a torneira:
- Meu pai, homem de boa família, possuía fortuna grossa, como não
ignoram.” (Graciliano Ramos)
“Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em redor.” (Cecília
Meirelles)
“Os que não têm filhos são órfãos às avessas”, escreveu Machado
de Assis, creio que no Memorial de Aires. (A.F. Schmidt)
Quando falta um desses verbos dicendi, cabe ao contexto e a recursos gráficos - tais como os dois pontos, as aspas, o travessão e
a mudança de linha - a função de indicar a fala do personagem. É
o que observamos neste passo:
“Ao aviso da criada, a família tinha chegado à janela. Não avistaram o menino:
- Joãozinho!
Nada. Será que ele voou mesmo?”
2. No plano expressivo, a força da narração em discurso direto provém essencialmente de sua capacidade de atualizar o episódio, fazendo emergir da situação o personagem, tornando-o vivo para o
ouvinte, à maneira de uma cena teatral, em que o narrador desempenha a mera função de indicador das falas.
O vocábulo “Grassa” poderia ser substituído, sem perda de sentido, por
(A) Propaga-se.
(B) Dilui-se.
(C) Encontra-se.
(D) Esconde-se.
(E) Extingue-se.
http://www.professorvitorbarbosa.com/
Discurso Direto.
Discurso Indireto.
Discurso Indireto Livre
Celso Cunha
ENUNCIAÇÃO E REPRODUÇÃO DE ENUNCIAÇÕES
Comparando as seguintes frases:
“A vida é luta constante”
“Dizem os homens experientes que a vida é luta constante”
Notamos que, em ambas, é emitido um mesmo conceito sobre a vida..
Daí ser esta forma de relatar preferencialmente adotada nos atos diários de comunicação e nos estilos literários narrativos em que os autores
pretendem representar diante dos que os lêem “a comédia humana, com a
maior naturalidade possível”. (E. Zola)
Mas, enquanto o autor da primeira frase enuncia tal conceito como tendo sido por ele próprio formulado, o autor da segunda o reproduz como
tendo sido formulado por outrem.
Discurso indireto
1. Tomemos como exemplo esta frase de Machado de Assis:
“Elisiário confessou que estava com sono.”
Ao contrário do que observamos nos enunciados em discurso direto, o narrador incorpora aqui, ao seu próprio falar, uma informação
do personagem (Elisiário), contentando-se em transmitir ao leitor o
seu conteúdo, sem nenhum respeito à forma linguística que teria
sido realmente empregada.
Estruturas de reprodução de enunciações
Para dar-nos a conhecer os pensamentos e as palavras de personagens reais ou fictícias, os locutores e os escritores dispõiem de três moldes
linguísticos diversos, conhecidos pelos nomes de: discurso direto, discurso
Língua Portuguesa
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Este processo de reproduzir enunciados chama-se discurso indireto.
2. Também, neste caso, narrador e personagem podem confundir-se
num só:
“Engrosso a voz e afirmo que sou estudante.” (Graciliano Ramos)
Características do discurso indireto
1. No plano formal verifica-se que, introduzidas também por um verbo
declarativo (dizer, afirmar, ponderar, confessar, responder, etc), as
falas dos personagens se contêm, no entanto, numa oração subordinada substantiva, de regra desenvolvida:
“O padre Lopes confessou que não imaginara a existência de tantos doudos no mundo e menos ainda o inexplicável de alguns casos.”
Nestas orações, como vimos, pode ocorrer a elipse da conjunção
integrante:
“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava
podiam ser onze horas.”(Lima Barreto)
A conjunçào integrante falta, naturalmente, quando, numa construção em discurso indireto, a subordinada substantiva assume a forma reduzida.:
“Um dos vizinhos disse-lhe serem as autoridades do Cachoeiro.”(Graça Aranha)
2. No plano expressivo assinala-se, em primeiro lugar, que o emprego do discurso indireto pressupõe um tipo de relato de caráter predominantemente informativo e intelectivo, sem a feição teatral e atualizadora do discurso direto. O narrador passa a subordinar a si o
personagem, com retirar-lhe a forma própria da expressão. Mas
não se conclua daí que o discurso indireto seja uma construção estilística pobre. É, na verdade, do emprego sabiamente dosado de
um e de outro tipo de discurso que os bons escritores extraem da
narrativa os mais variados efeitos artísticos, em consonância com
intenções expressivas que só a análise em profundidade de uma
dada obra pode revelar.
Transposição do discurso direto para o indireto
Do confronto destas duas frases:
“- Guardo tudo o que meu neto escreve - dizia ela.” (A.F. Schmidt)
“Ela dizia que guardava tudo o que o seu neto escrevia.”
Verifica-se que, ao passar-se de um tipo de relato para outro, certos elementos do enunciado se modificam, por acomodação ao novo molde
sintático.
a) Discurso direto enunciado 1ª ou 2ª pessoa.
Exemplo: “-Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir
mais.”(M. de Assis)
Discurso indireto: enunciado em 3ª pessoa:
“Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais”
b) Discurso direto: verbo enunciado no presente:
“- O major é um filósofo, disse ele com malícia.” (Lima Barreto)
Discurso indireto: verbo enunciado no imperfeito:
“Disse ele com malícia que o major era um filósofo.”
c) Discurso direto: verbo enunciado no pretérito perfeito:
“- Caubi voltou, disse o guerreiro Tabajara.”(José de Alencar)
Discurso indireto: verbo enunciado no pretérito mais-que-perfeito:
“O guerreiro Tabajara disse que Caubi tinha voltado.”
d) Discurso direto: verbo enunciado no futuro do presente:
“- Virão buscar V muito cedo? - perguntei.”(A.F. Schmidt)
Discurso indireto: verbo enunciado no futuro do pretérito:
“Perguntei se viriam buscar V. muito cedo”
e) Discurso direto: verbo no modo imperativo:
“- Segue a dança! , gritaram em volta. (A. Azevedo)
Discurso indireto: verbo no modo subjuntivo:
“Gritaram em volta que seguisse a dança.”
f) Discurso direto: enunciado justaposto:
“O dia vai ficar triste, disse Caubi.”
Discurso indireto: enunciado subordinado, geralmente introduzido
pela integrante que:
“Disse Caubi que o dia ia ficar triste.”
g) Discurso direto:: enunciado em forma interrogativa direta:
Língua Portuguesa
“Pergunto - É verdade que a Aldinha do Juca está uma moça encantadora?” (Guimarães Rosa)
Discurso indireto: enunciado em forma interrogativa indireta:
“Pergunto se é verdade que a Aldinha do Juca está uma moça encantadora.”
h) Discurso direto: pronome demonstrativo de 1ª pessoa (este, esta,
isto) ou de 2ª pessoa (esse, essa, isso).
“Isto vai depressa, disse Lopo Alves.”(Machado de Assis)
Discurso indireto: pronome demonstrativo de 3ª pessoa (aquele,
aquela, aquilo).
“Lopo Alves disse que aquilo ia depressa.”
i) Discurso direto: advérbio de lugar aqui:
“E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta,
concluindo:
- Aqui, não está o que procuro.”(Afonso Arinos)
Discurso indireto: advérbio de lugar ali:
“E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta,
concluindo que ali não estava o que procurava.”
Discurso indireto livre
Na moderna literatura narrativa, tem sido amplamente utilizado um terceiro processo de reprodução de enunciados, resultante da conciliação dos
dois anteriormente descritos. É o chamado discurso indireto livre, forma de
expressão que, ao invés de apresentar o personagem em sua voz própria
(discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria
dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a
impressão de que passam a falar em uníssono.
Comparem-se estes exemplos:
“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um
momento em que esteve quase... quase!
Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva... “ (Ana Maria Machado)
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano
Ramos)
“O matuto sentiu uma frialdade mortuária percorrendo-o ao longo da
espinha.
Era uma urutu, a terrível urutu do sertão, para a qual a mezinha doméstica nem a dos campos possuíam salvação.
Perdido... completamente perdido...”
( H. de C. Ramos)
Características do discurso indireto livre
Do exame dos enunciados em itálico comprova-se que o discurso indireto livre conserva toda a afetividade e a expressividade próprios do discurso direto, ao mesmo tempo que mantém as transposições de pronomes,
verbos e advérbios típicos do discurso indireto. É, por conseguinte, um
processo de reprodução de enunciados que combina as características dos
dois anteriormente descritos.
1. No plano formal, verifica-se que o emprego do discurso indireto livre “pressupõe duas condições: a absoluta liberdade sintática do
escritor (fator gramatical) e a sua completa adesão à vida do personagem (fator estético) “ (Nicola Vita In: Cultura Neolatina).
Observe-se que essa absoluta liberdade sintática do escritor pode
levar o leitor desatento a confundir as palavras ou manifestações
dos locutores com a simples narração. Daí que, para a apreensão
da fala do personagem nos trechos em discurso indireto livre, ganhe em importância o papel do contexto, pois que a passagem do
que seja relato por parte do narrador a enunciado real do locutor é,
muitas vezes, extremamente sutil, tal como nos mostra o seguinte
passo de Machado de Assis:
“Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião
acudiu, levando-lhe água e pedindo que se deitasse para descansar; mas o enfermo após alguns minutos, respondeu que não era
nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era.”
2. No plano expressivo, devem ser realçados alguns valores desta
construção híbrida:
a) Evitando, por um lado, o acúmulo de quês, ocorrente no discurso
indireto, e, por outro lado, os cortes das oposições dialogadas peculiares ao discurso direto, o discurso indireto livre permite uma
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
narrativa mais fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elaborados;
b) O elo psíquico que se estabelece entre o narrador e personagem
neste molde frásico torna-o o preferido dos escritores memorialistas, em suas páginas de monólogo interior;
c) Finalmente, cumpre ressaltar que o discurso indireto livre nem
sempre aparece isolado em meio da narração. Sua “riqueza expressiva aumenta quando ele se relaciona, dentro do mesmo parágrafo, com os discursos direto e indireto puro”, pois o emprego
conjunto faz que para o enunciado confluam, “numa soma total, as
características de três estilos diferentes entre si”.
(Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, MECFENAME.)
Redação
A linguagem escrita tem identidade própria e não pretende ser mera
reprodução da linguagem oral. Ao redigir, o indivíduo conta unicamente
com o significado e a sonoridade das palavras para transmitir conteúdos
complexos, estimular a imaginação do leitor, promover associação de idéias
e ativar registros lógicos, sensoriais e emocionais da memória.
Redação é o ato de exprimir idéias, por escrito, de forma clara e organizada. O ponto de partida para redigir bem é o conhecimento da gramática
do idioma e do tema sobre o qual se escreve. Um bom roteiro de redação
deve contemplar os seguintes passos: escolha da forma que se pretende
dar à composição, organização das idéias sobre o tema, escolha do vocabulário adequado e concatenação das idéias segundo as regras lingüísticas
e gramaticais.
Para adquirir um estilo próprio e eficaz é conveniente ler e estudar os
grandes mestres do idioma, clássicos e contemporâneos; redigir freqüentemente, para familiarizar-se com o processo e adquirir facilidade de expressão; e ser escrupuloso na correção da composição, retificando o que
não saiu bem na primeira tentativa. É importante também realizar um
exame atento da realidade a ser retratada e dos eventos a que o texto se
refere, sejam eles concretos, emocionais ou filosóficos. O romancista, o
cientista, o burocrata, o legislador, o educador, o jornalista, o biógrafo,
todos pretendem comunicar por escrito, a um público real, um conteúdo que
quase sempre demanda pesquisa, leitura e observação minuciosa de fatos
empíricos. A capacidade de observar os dados e apresentá-los de maneira
própria e individual determina o grau de criatividade do escritor.
Para que haja eficácia na transmissão da mensagem, é preciso ter em
mente o perfil do leitor a quem o texto se dirige, quanto a faixa etária, nível
cultural e escolar e interesse específico pelo assunto. Assim, um mesmo
tema deverá ser apresentado diferentemente ao público infantil, juvenil ou
adulto; com formação universitária ou de nível técnico; leigo ou especializado. As diferenças hão de determinar o vocabulário empregado, a extensão
do texto, o nível de complexidade das informações, o enfoque e a condução
do tema principal a assuntos correlatos.
Organização das idéias. O texto artístico é em geral construído a partir
de regras e técnicas particulares, definidas de acordo com o gosto e a
habilidade do autor. Já o texto objetivo, que pretende antes de mais nada
transmitir informação, deve fazê-lo o mais claramente possível, evitando
palavras e construções de sentido ambíguo.
Para escrever bem, é preciso ter idéias e saber concatená-las. Entrevistas com especialistas ou a leitura de textos a respeito do tema abordado
são bons recursos para obter informações e formar juízos a respeito do
assunto sobre o qual se pretende escrever. A observação dos fatos, a
experiência e a reflexão sobre seu conteúdo podem produzir conhecimento
suficiente para a formação de idéias e valores a respeito do mundo circundante.
É importante evitar, no entanto, que a massa de informações se disperse, o que esvaziaria de conteúdo a redação. Para solucionar esse
problema, pode-se fazer um roteiro de itens com o que se pretende escrever sobre o tema, tomando nota livremente das idéias que ele suscita. O
passo seguinte consiste em organizar essas idéias e encadeá-las segundo
a relação que se estabelece entre elas.
Vocabulário e estilo. Embora quase todas as palavras tenham sinônimos, dois termos quase nunca têm exatamente o mesmo significado. Há
Língua Portuguesa
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sutilezas que recomendam o emprego de uma ou outra palavra, de acordo
com o que se pretende comunicar. Quanto maior o vocabulário que o
indivíduo domina para redigir um texto, mais fácil será a tarefa de comunicar a vasta gama de sentimentos e percepções que determinado tema ou
objeto lhe sugere.
Como regras gerais, consagradas pelo uso, deve-se evitar arcaísmos e
neologismos e dar preferência ao vocabulário corrente, além de evitar
cacofonias (junção de vocábulos que produz sentido estranho à idéia
original, como em "boca dela") e rimas involuntárias (como na frase, "a
audição e a compreensão são fatores indissociáveis na educação infantil").
O uso repetitivo de palavras e expressões empobrece a escrita e, para
evitá-lo, devem ser escolhidos termos equivalentes.
A obediência ao padrão culto da língua, regido por normas gramaticais,
lingüísticas e de grafia, garante a eficácia da comunicação. Uma frase
gramaticalmente incorreta, sintaticamente mal estruturada e grafada com
erros é, antes de tudo, uma mensagem ininteligível, que não atinge o
objetivo de transmitir as opiniões e idéias de seu autor.
Tipos de redação. Todas as formas de expressão escrita podem ser
classificadas em formas literárias -- como as descrições e narrações, e
nelas o poema, a fábula, o conto e o romance, entre outros -- e nãoliterárias, como as dissertações e redações técnicas.
Descrição. Descrever é representar um objeto (cena, animal, pessoa,
lugar, coisa etc.) por meio de palavras. Para ser eficaz, a apresentação das
características do objeto descrito deve explorar os cinco sentidos humanos
-- visão, audição, tato, olfato e paladar --, já que é por intermédio deles que
o ser humano toma contato com o ambiente.
A descrição resulta, portanto, da capacidade que o indivíduo tem de
perceber o mundo que o cerca. Quanto maior for sua sensibilidade, mais
rica será a descrição. Por meio da percepção sensorial, o autor registra
suas impressões sobre os objetos, quanto ao aroma, cor, sabor, textura ou
sonoridade, e as transmite para o leitor.
Narração. O relato de um fato, real ou imaginário, é denominado narração. Pode seguir o tempo cronológico, de acordo com a ordem de sucessão
dos acontecimentos, ou o tempo psicológico, em que se privilegiam alguns
eventos para atrair a atenção do leitor. A escolha do narrador, ou ponto de
vista, pode recair sobre o protagonista da história, um observador neutro,
alguém que participou do acontecimento de forma secundária ou ainda um
espectador onisciente, que supostamente esteve presente em todos os
lugares, conhece todos os personagens, suas idéias e sentimentos.
A apresentação dos personagens pode ser feita pelo narrador, quando
é chamada de direta, ou pelas próprias ações e comportamentos deste,
quando é dita indireta. As falas também podem ser apresentadas de três
formas: (1) discurso direto, em que o narrador transcreve de forma exata a
fala do personagem; (2) discurso indireto, no qual o narrador conta o que o
personagem disse, lançando mão dos verbos chamados dicendi ou de
elocução, que indicam quem está com a palavra, como por exemplo "disse", "perguntou", "afirmou" etc.; e (3) discurso indireto livre, em que se
misturam os dois tipos anteriores.
O conjunto dos acontecimentos em que os personagens se envolvem
chama-se enredo. Pode ser linear, segundo a sucessão cronológica dos
fatos, ou não-linear, quando há cortes na seqüência dos acontecimentos. É
comumente dividido em exposição, complicação, clímax e desfecho.
Dissertação. A exposição de idéias a respeito de um tema, com base
em raciocínios e argumentações, é chamada dissertação. Nela, o objetivo
do autor é discutir um tema e defender sua posição a respeito dele. Por
essa razão, a coerência entre as idéias e a clareza na forma de expressão
são elementos fundamentais.
A organização lógica da dissertação determina sua divisão em introdução, parte em que se apresenta o tema a ser discutido; desenvolvimento,
em que se expõem os argumentos e idéias sobre o assunto, fundamentando-se com fatos, exemplos, testemunhos e provas o que se quer demonstrar; e conclusão, na qual se faz o desfecho da redação, com a finalidade
de reforçar a idéia inicial.
Texto jornalístico e publicitário. O texto jornalístico apresenta a peculiaridade de poder transitar por todos os tipos de linguagem, da mais formal,
empregada, por exemplo, nos periódicos especializados sobre ciência e
30
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
política, até aquela extremamente coloquial, utilizada em publicações
voltadas para o público juvenil. Apesar dessa aparente liberdade de estilo, o
redator deve obedecer ao propósito específico da publicação para a qual
escreve e seguir regras que costumam ser bastante rígidas e definidas,
tanto quanto à extensão do texto como em relação à escolha do assunto,
ao tratamento que lhe é dado e ao vocabulário empregado.
O texto publicitário é produzido em condições análogas a essas e ainda
mais estritas, pois sua intenção, mais do que informar, é convencer o
público a consumir determinado produto ou apoiar determinada idéia. Para
isso, a resposta desse mesmo público é periodicamente analisada, com o
intuito de avaliar a eficácia do texto.
Redação técnica. Há diversos tipos de redação não-literária, como os
textos de manuais, relatórios administrativos, de experiências, artigos
científicos, teses, monografias, cartas comerciais e muitos outros exemplos
de redação técnica e científica.
Embora se deva reger pelos mesmos princípios de objetividade, coerência e clareza que pautam qualquer outro tipo de composição, a redação
técnica apresenta estrutura e estilo próprios, com forte predominância da
linguagem denotativa. Essa distinção é basicamente produzida pelo objetivo que a redação técnica persegue: o de esclarecer e não o de impressionar.
As dissertações científicas, elaboradas segundo métodos rigorosos e
fundamentadas geralmente em extensa bibliografia, obedecem a padrões
de estruturação do texto criados e divulgados pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT). A apresentação dos trabalhos científicos deve
incluir, nessa ordem: capa; folha de rosto; agradecimentos, se houver;
sumário; sinopse ou resumo; listas (de ilustrações, tabelas, gráficos etc.); o
texto do trabalho propriamente dito, dividido em introdução, método, resultados, discussão e conclusão; apêndices e anexos; bibliografia; e índice.
A preparação dos originais também obedece a algumas normas definidas pela ABNT e pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação
(IBBD) para garantia de uniformidade. Essas normas dizem respeito às
dimensões do papel, ao tamanho das margens, ao número de linhas por
página e de caracteres ou espaços por linha, à entrelinha e à numeração
das páginas, entre outras características. ©Encyclopaedia Britannica do
Brasil Publicações Ltda.
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES:
exercícios de Interpretação de texto
Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
Sobre os perigos da leitura
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente
da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o
que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20
minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada?
Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavamse no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os
meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a
mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de
todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o
oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam
de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear
os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre
os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse
se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado
pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(C) tinham projetos de pesquisa deficientes.
(D) tinham perfeito autocontrole.
(E) ficavam em fila, esperando a vez.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 2 - O autor entende que os candidatos deveriam
(A) ter opiniões próprias.
(B) ler os textos requeridos.
(C) não ter treinamento escolar.
(D) refletir sobre o vazio.
(E) ter mais equilíbrio.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 3 - A expressão “um vazio imenso” (3.º parágrafo) refere-se a
(A) candidatos.
(B) pânico.
(C) eles.
(D) reação.
(E) esse campo.
Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou
no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de
31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do
tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados – do ponto de vista temporal, bem entendido – do mundo. Foram
analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada
distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente
ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal
nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro
lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as
oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.
O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços
culturais de um país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que
tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação,
dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar
atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado
chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual
se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público?
(Veja, 02.12.2009)
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 4 - De acordo com o texto, os brasileiros são
piores do que outros povos em
(A) eficiência de correios e andar a pé.
(B) ajuste de relógios e andar a pé.
(C) marcar compromissos fora de hora.
(D) criar desculpas para atrasos.
(E) dar satisfações por atrasos.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 5 - Pondo foco no processo de coesão textual
do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um
(A) jornalista.
(B) economista.
(C) cronometrista.
(D) ensaísta.
(E) psicólogo.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 6 - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o
significado de
(A) bebida feita com derivado de pinho.
(B) ausência de convite para dançar.
(C) longa espera para conseguir assento.
(D) ficar sentado esperando o chá.
(E) longa espera em diferentes situações.
Leia o texto para responder às próximas 4 questões.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 1 - De acordo com o texto, os candidatos
(A) não tinham assimilado suas leituras.
(B) só conheciam o pensamento alheio.
Língua Portuguesa
31
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(C) a repercussão na França foi bastaPnte negativa.
(D) a Procter & Gamble é proprietária da Gillette.
(E) os publicitários franceses se opõem a Thierry.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 10 - Segundo a revista Forbes,
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro daqui para frente.
(B) há três jogadores que faturam mais que Thierry em publicidade.
(C) o jogador francês possui contratos publicitários milionários.
(D) o ganho de Thierry, somado à publicidade, ultrapassa 28 milhões.
(E) é um absurdo o que o jogador ganha com o futebol e a publicidade.
Zelosa com sua imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a bola da
mão, em uma das suas publicidades, do atacante francês Thierry Henry,
garoto-propaganda da marca com quem tem um contrato de 8,4 milhões de
dólares anuais. A jogada previne os efeitos desastrosos para vendas de
seus produtos, depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a
bola com a mão, para ajudar no gol que classificou a França para a Copa
do Mundo de 2010. (...)
Na França, onde 8 em cada dez franceses reprovam o gesto irregular,
Thierry aparece com a mão no bolso. Os publicitários franceses acham que
o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o rompimento do contrato. O
serviço de comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da
Gillette, diz que não.
Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça
não tivesse acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance, sua publicidade.
Segundo lista da revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de
futebol que mais lucra com a publicidade – seus contratos somam 28
milhões de dólares anuais. (...)
(Veja, 02.11.2009. Adaptado)
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 7 - A palavra jogada, em – A jogada previne os
efeitos desastrosos para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de
(A) Thierry Henry ter dado um passe com a mão para o gol da França.
(B) a Gillette ter modificado a publicidade do futebolista francês.
(C) a Gillete não concordar com que a França dispute a Copa do Mundo.
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda.
(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que a França se classificou.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 8 - A expressão o gato subiu no telhado é parte
de uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abruptamente ao marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter
dito isso aos poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado,
depois, que tinha caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão,
a expressão pode ser interpretada da seguinte maneira:
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry assegurou a classificação da França.
(B) Thierry era um bom jogador antes de ter agido com má fé.
(C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato com o jogador francês.
(D) a Fifa reprovou amplamente a atitude antiesportiva de Thierry Henry.
(E) a situação de Thierry, como garoto-propaganda da Gillette, ficou instável.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 9 - A expressão diz que não, no final do 2.º
parágrafo, significa que
(A) a Procter & Gamble nega o rompimento do contrato.
(B) o jogo em que a França se classificou deve ser refeito.
Língua Portuguesa
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo
"Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu
website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is
doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa linguagem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica.
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais
estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no
caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim,
provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos
científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a internet está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do
que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a
sentimentos como compaixão e piedade.
O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímulos, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos
e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No
entanto, esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar
nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de
exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e
elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em
estudos científicos sobre o impacto da internet no cérebro humano. Segundo o autor, quando navegamos na rede, "entramos em um ambiente que
promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado superficial."
A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação
do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga
gigantesca de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes
são afetadas. E não se trata apenas de pequenas alterações, mas de
mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção
vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão.(Thomaz Wood
Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações)
(MP/RS – 2010 – FCC) 11 - O assunto do texto está corretamente resumido em:
(A) O uso da internet deveria motivar reações contrárias de inúmeros
especialistas, a exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as conexões entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o funcionamento do
cérebro.
(B) O mundo virtual oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de
diversas capacidades cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa
navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em termos científicos.
(C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente da internet produz alterações
no funcionamento do cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraídas, comprometendo a formulação de raciocínios mais sofisticados.
(D) Usar a internet estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percepção e de domínio de assuntos diversificados e de formatos diferenciados de
textos, que permitem uma leitura dinâmica e de acordo com o interesse do
usuário.
(E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser publicado, desperta a curiosidade
do leitor pelo tratamento ficcional que seu autor aplica a situações concretas do funcionamento do cérebro, trazidas pelo uso disseminado da internet.
(MP/RS – 2010 – FCC) 12 - Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito
estridentes. O autor, para embasar a opinião exposta no 2o parágrafo,
(A) se vale da enorme projeção conferida ao pesquisador antes citado,
ironicamente oferecida pela própria internet, em seu website.
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
(B) apoia-se nas conclusões de Nicholas Carr, baseadas em dezenas de
estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano.
(C) condena, desde o início, as novas tecnologias, cujo uso indiscriminado
vemprovocando danos em partes do cérebro.
(D) considera, como base inicial de constatação a respeito do uso da internet, que ela nos torna menos sensíveis a sentimentos como compaixão e
piedade.
(E) questiona a ausência de fundamentos científicos que, no caso da internet, [...]deveriam, sim, provocar reações muito estridentes.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos
anos pela facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos
elementos que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro.
(E) Os brasileiros de cidades menores passaram até a percorrer curtas
distâncias com seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção de impostos, que são elementos que têm colaborado para a realização do sonho de
tê-los, e com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice
de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
Leia o texto para responder às próximas 4 questões.
Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das
regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem
cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como
mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência,
congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da
malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas
desses municípios.
Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais,
baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas
frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm
colaborado para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros
desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas
distâncias, mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos
alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo
aumento da frota.
Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para milhões de brasileiros de todas as regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em segundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo o país, um crescimento
de 66% nos últimos nove anos. Não por acaso oito Estados já registram
mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios.
(O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setembro de 2010,
com adaptações)
(MP/RS – 2010 – FCC) 13 - Não por acaso oito Estados já registram mais
mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final do
texto surge como
(A) constatação baseada no fato de que os brasileiros desejam possuir um
carro, mas perdem muito tempo em congestionamentos.
(B) observação irônica quanto aos problemas decorrentes do aumento na
utilização de carros, com danos provocados ao meio ambiente.
(C) comprovação de que a compra de um carro é sinônimo de status e, por
isso, constitui o maior sonho de consumo do brasileiro.
(D) hipótese de que a vida nas cidades menores tem perdido qualidade,
pois os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até
para percorrer curtas distâncias.
(E) conclusão coerente com todo o desenvolvimento, a partir de um título
que poderia ser: Carro, problema que se agrava.
(MP/RS – 2010 – FCC) 14 - As ideias mais importantes contidas no 2o
parágrafo constam, com lógica e correção, de:
(A) A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns elementos
que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro nas cidades menores, e os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus
carros para percorrer curtas distâncias, além dos congestionamentos e dos
alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo
aumento da frota.
(B) Cidades menores tiveram suas frotas aumentadas em progressão
geométrica nos últimos anos em razão da facilidade de crédito e da isenção
de impostos, elementos que têm colaborado para a aquisição de carros que
passaram a ser utilizados até mesmo para percorrer curtas distâncias,
apesar dos congestionamentos e dos alertas das autoridades sobre os
danos provocados ao meio ambiente.
(C) O menor custo de vida em cidades menores, com baixo índice de
desemprego e poder aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em
progressão geométrica nos últimos anos, com a facilidade de crédito e a
isenção de impostos, que são alguns dos elementos que têm colaborado
para a realização do sonho dos brasileiros de ter um carro.
(D) É nas cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das
capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, que
Língua Portuguesa
Os eletrônicos “verdes”
Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a
Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas
recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com
certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na
fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de
garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia
ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do Eco Book que
exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem
uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do
impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que
a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas
as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá
adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir
os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da
Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto
ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.
O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve
Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era
duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente
prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro
com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer
chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale
de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no
cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém
de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador.
Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.
(Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 15 - Leia o trecho: Vai bem a convivência
entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área
ambiental. É correto afirmar que a frase inicial do texto pode ser interpretada como
(A) a união das empresas Motorola e RITI Coffee Printer para criar um
novo celular com fibra de bambu.
(B) a criação de um equipamento eletrônico com estrutura de vidro que
evita a emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
(C) o aumento na venda de celulares feitos com CarbonFree, depois que as
empresas nacionais se uniram à fabricante taiwanesa.
(D) o compromisso firmado entre a empresa Apple e consultoria Gartner
Group para criar celulares sem o uso de carbono.
(E) a preocupação de algumas empresas em criarem aparelhos eletrônicos
que não agridam o meio ambiente.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 16 - Em – Computadores “limpos” fazem
uma importante diferença no efeito estufa... – a expressão entre aspas
pode ser substituída, sem alterar o sentido no texto, por:
(A) com material reciclado.
(B) feitos com garrafas plásticas.
(C) com arquivos de bambu.
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
(D) feitos com materiais retirados da natureza.
(E) com teclado feito de alumínio.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 17 - A partir da leitura do texto, pode-se
concluir que
(A) as pesquisas na área de TI ainda estão em fase inicial.
(B) os consumidores de eletrônicos não se preocupam com o material com
que são feitos.
(C) atualmente, a indústria de eletrônicos leva em conta o efeito estufa.
(D) os laptops feitos com fibra de bambu têm maior durabilidade.
(E) equipamentos ecologicamente corretos não têm um mercado de vendas
assegurado.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 18 - O presidente da Apple, Steve Jobs,
(A) preocupa-se com o carbono emitido na fabricação de produtos eletrônicos.
(B) pesquisa acerca do uso de bambu em teclados de laptops.
(C) descobriu que impressoras cujos cartuchos são de borra de chá não
duram muito.
(D) responsabiliza a fabricação de celulares pelas emissões de dióxido de
carbono no meio ambiente.
(E) está de acordo com outras empresas a favor do uso de materiais recicláveis em eletrônicos.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 19 - No texto, o estudo realizado pela
Comunidade do Vale do Silício
(A) é o primeiro passo para a implantação de laptops feitos com tiras de
bambu.
(B) contribuirá para que haja mais lucro nas empresas, com redução de
custos.
(C) ainda está pesquisando acerca do uso de mercúrio em eletrônicos.
(D) será decisivo para evitar o efeito estufa na atmosfera.
(E) permite a criação de uma impressora que funciona com energia mecânica.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
03.
04.
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08.
09.
10.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 20 - Com a leitura do texto, pode-se afirmar que
(A) segundo testes feitos em animais, os agrotóxicos causam intoxicações.
(B) a produção em larga escala de pesticidas sintéticos tem ocasionado
doenças incuráveis.
(C) as pessoas que ingerem resíduos de agrotóxicos são mais propensas a
terem doenças de estômago.
(D) os resíduos de agrotóxicos nos alimentos podem causar danos ao
organismo.
(E) os cientistas descobriram que os alimentos in natura têm menos resíduos de agrotóxicos.
http://www.gramatiquice.com.br/2011/02/exercicios-interpretacao-de-textoii_02.html
RESPOSTAS
01.
B
11.
02.
A
12.
E
B
E
A
C
E
B
D
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fonemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos.
Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre
si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA.
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e
seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais
fonemas.
No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fonemas.
É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
sinal gráfico que representa o som.
Vejamos alguns exemplos:
Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
Corre – letras: 5: fonemas: 4
Hora – letras: 4: fonemas: 3
Aquela – letras: 6: fonemas: 5
Guerra – letras: 6: fonemas: 4
Fixo – letras: 4: fonemas: 5
Hoje – 4 letras e 3 fonemas
Canto – 5 letras e 4 fonemas
Tempo – 5 letras e 4 fonemas
Campo – 5 letras e 4 fonemas
Chuva – 5 letras e 4 fonemas
LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um
determinado som.
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
VOGAIS
a, e, i, o, u
A E I O U
SEMIVOGAIS
Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa
mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, tesou-ro, Pa-ra-guai.
CONSOANTES
x, z
B Cb,
D c,
F Gd,Hf,J g,K h,
L j,
M l,N m,
K Pn,Rp,Sq,T r,
V s,
X t,
Z v,
Y W
ENCONTROS VOCÁLICOS
A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
encontro vocálico.
Ex.: cooperativa
Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato
DITONGO
É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa.
Dividem-se em:
- orais: pai, fui
- nasais: mãe, bem, pão
C
B
Língua Portuguesa
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
FONÉTICA E FONOLOGIA
Leia o texto para responder à questão a seguir.
Quanto veneno tem nossa comida?
Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga
escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores
rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que
apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos
e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado
desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau
de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos
para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as
amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm
resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos,
isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam
os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se
somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.(Francine Lima,
Revista Época, 09.08.2010)
E
B
E
E
B
E
A
C
34
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
-
HIATO
Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em duas diferentes emissões de voz.
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-ízo
SÍLABA
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
numa só emissão de voz.
Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:
• Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
• Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
• Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-tali-da-de.
TONICIDADE
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se
pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica.
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá,
pá.
Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras
em:
•
•
ORTOGRAFIA OFICIAL
decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói
crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo
TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal)
Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam
•
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, domi-nó.
Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-ráter, a-má-vel, qua-dro.
Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do,
cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma.
ENCONTROS CONSONANTAIS
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo.
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc.
DÍGRAFOS
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia composta para um som simples.
Há os seguintes dígrafos:
1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh.
Exs.: chave, malha, ninho.
2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e
ss.
Exs. : carro, pássaro.
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs.
Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir.
4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encerrando a sílaba em uma palavra.
Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.
NOTAÇÕES LÉXICAS
São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes
dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras.
São os seguintes:
1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas;
2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, âncora;
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade;
4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã;
5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude;
6) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho;
o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno.
As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de
modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua.
Eis algumas observações úteis:
DISTINÇÃO ENTRE J E G
1. Escrevem-se com J:
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,
canjerê, pajé, etc.
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrijecer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.
c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei,
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc.
e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais
mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.
2. Escrevem-se com G:
a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
ferrugem, etc.
b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc.
c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.
DISTINÇÃO ENTRE S E Z
1. Escrevem-se com S:
a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios
ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: português – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa,
burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for
erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exegese análise, trombose, etc.
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
causa.
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina
em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.
g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; pretender: pretensão; repreender: repreensão, etc.
2. Escrevem-se em Z.
a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o
mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização,
organizado; realizar: realização, realizado, etc.
b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados
de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.
c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro,
chapeuzinho, cãozito, etc.
DISTINÇÃO ENTRE X E CH:
1. Escrevem-se com X
a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote,
feixe, etc.
c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.
d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
árvore que produz o látex).
e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, enchapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafadas com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja,
pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, encher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en +
radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar:
en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).
2. Escrevem-se com CH:
Língua Portuguesa
35
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estrebuchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, salsicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachimbo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochila, piche, pichar, tchau.
b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se
distingue pelo contraste entre o x e o ch.
Exemplos:
• brocha (pequeno prego)
• broxa (pincel para caiação de paredes)
• chá (planta para preparo de bebida)
• xá (título do antigo soberano do Irã)
• chalé (casa campestre de estilo suíço)
• xale (cobertura para os ombros)
• chácara (propriedade rural)
• xácara (narrativa popular em versos)
• cheque (ordem de pagamento)
• xeque (jogada do xadrez)
• cocho (vasilha para alimentar animais)
• coxo (capenga, imperfeito)
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.
Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de
intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos:
Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.
Onde e aonde
“Aonde” resulta da combinação entre “a + onde”, indicando movimento para
algum lugar. É usada com verbos que também expressem tal aspecto (o de
movimento). Assim, vejamos:
Aonde você vai com tanta pressa?
“Onde” indica permanência, lugar em que se passa algo ou que se está.
Portanto, torna-se aplicável a verbos que também denotem essa característica (estado ou permanência). Vejamos o exemplo:
Onde mesmo você mora?
Que e quê
O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas
a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce:
Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua
como uma conjunção integrante.
Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo,
em se tratando de funções morfossintáticas:
Ela tem um quê de mistério.
Observe o quadro das correlações:
Correlações Exemplos
t-c
ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial
ter-tenção
abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter
- detenção; reter - retenção
rg - rs
aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submerrt - rs
são;
pel - puls
inverter - inversão; divertir - diversão
corr - curs
impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão
sent - sens correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão
ced - cess
sentir - senso, sensível, consenso
ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - intergred - gress cessão.
exceder - excessivo (exceto exceção)
prim - press agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão tir - ssão
progresso - progressivo
imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repressão.
admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão.
(re)percutir - (re)percussão
PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES
Mas ou mais: dúvidas de ortografia
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte
Mais ou mais? Onde ou aonde? Essas e outras expressões geralmente são
alvo de questionamentos por parte dos usuários da língua.
Falar e escrever bem, de modo que se atenda ao padrão formal da linguagem: eis um pressuposto do qual devemos nos valer mediante nossa
postura enquanto usuários do sistema linguístico. Contudo, tal situação não
parece assim tão simples, haja vista que alguns contratempos sempre
tendem a surgir. Um deles diz respeito a questões ortográficas no momento de empregar esta ou aquela palavra.
Nesse sentido nunca é demais mencionar que o emprego correto de um
determinado vocábulo está intimamente ligado a pressupostos semânticos,
visto que cada vocábulo carrega consigo uma marca significativa de sentido. Assim, mesmo que palavras se apresentem semelhantes em temos
sonoros, bem como nos aspectos gráficos, traduzem significados distintos,
aos quais devemos nos manter sempre vigilantes, no intuito de fazermos
bom uso da nossa língua sempre que a situação assim o exigir.
Pois bem, partindo dessa premissa, ocupemo-nos em conhecer as características que nutrem algumas expressões que rotineiramente utilizamos.
Entre elas, destacamos:
Mas e mais
A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário.
Vejamos, pois:
Língua Portuguesa
Mal e mau
“Mal” pode atuar com substantivo, relativo a alguma doença; advérbio,
denotando erradamente, irregularmente; e como conjunção, indicando
tempo. De acordo com o sentido, tal expressão sempre se opõe a bem:
Como ela se comportou mal durante a palestra. (Ela poderia ter se comportado bem)
“Mau” opõe-se a bom, ocupando a função de adjetivo:
Pedro é um mau aluno. (Assim como ele poderia ser um bom aluno)
Ao encontro de / de encontro a
“Ao encontro de” significa ser favorável, aproximar-se de algo:
Suas ideias vão ao encontro das minhas. (São favoráveis)
“De encontro a” denota oposição a algo, choque, colisão:
O carro foi de encontro ao poste.
Afim e a fim
“Afim” indica semelhança, relacionando-se com a ideia relativa à afinidade:
Na faculdade estudamos disciplinas afins.
“A fim” indica ideia de finalidade:
Estudo a fim de que possa obter boas notas.
A par e ao par
“A par” indica o sentido voltado para “ciente, estar informado acerca de
algo”:
Ele não estava a par de todos os acontecimentos.
“Ao par” representa uma expressão que indica igualdade, equivalência ente
valores financeiros:
Algumas moedas estrangeiras estão ao par.
Demais e de mais
“Demais” pode atuar como advérbio de intensidade, denotando o sentido de
“muito”:
A vítima gritava demais após o acidente.
Tal palavra pode também representar um pronome indefinido, equivalendose “aos outros, aos restantes”:
Não se importe com o que falam os demais.
“De mais” se opõe a de menos, fazendo referência a um substantivo ou a
um pronome:
Ele não falou nada de mais.
Senão e se não
“Senão” tem sentido equivalente a “caso contrário” ou a “não ser”:
É bom que se apresse, senão poderá chegar atrasado.
“Se não” se emprega a orações subordinadas condicionais, equivalendo-se
a “caso não”:
Se não chover iremos ao passeio.
Na medida em que e à medida que
36
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
“Na medida em que” expressa uma relação de causa, equivalendo-se a
“porque”, “uma vez que” e “já que”:
Na medida em que passava o tempo, a saudade ia ficando cada vez mais
apertada.
“À medida que” indica a ideia relativa à proporção, desenvolvimento gradativo:
À medida que iam aumentando os gritos, as pessoas se aglomeravam
ainda mais.
Nenhum e nem um
“Nenhum” representa o oposto de algum:
Nenhum aluno fez a pesquisa.
“Nem um” equivale a nem sequer um:
Nem uma garota ganhará o prêmio, quem dirá todas as competidoras.
Dia a dia e dia-a-dia (antes da nova reforma ortográfica grafado com
hífen):
Antes do novo acordo ortográfico, a expressão “dia-a-dia”, cujo sentido
fazia referência ao cotidiano, era grafada com hífen. Porém, depois de
instaurado, passou a ser utilizada sem dele, ou seja:
O dia a dia dos estudantes tem sido bastante conturbado.
Já “dia a dia”, sem hífen mesmo antes da nova reforma, atua como uma
locução adverbial referente a “todos os dias” e permaneceu sem nenhuma
alteração, ou seja:
Ela vem se mostrando mais competente dia a dia.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
centrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
Por Sabrina Vilarinho
FORMAS VARIANTES
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos.
aluguel ou aluguer
hem? ou hein?
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
amídala ou amígdala
infarto ou enfarte
assobiar ou assoviar
laje ou lajem
assobio ou assovio
lantejoula ou lentejoula
azaléa ou azaleia
nenê ou nenen
bêbado ou bêbedo
nhambu, inhambu ou nambu
bílis ou bile
quatorze ou catorze
cãibra ou cãimbra
surripiar ou surrupiar
carroçaria ou carroceria
taramela ou tramela
chimpanzé ou chipanzé
relampejar, relampear, relampeguear
debulhar ou desbulhar
ou relampar
fleugma ou fleuma
porcentagem ou percentagem
EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
Escrevem-se com letra inicial maiúscula:
1) a primeira palavra de período ou citação.
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua."
No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da
letra maiúscula.
2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes
sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, ViaLáctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República,
etc.
5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
Estado, Pátria, União, República, etc.
6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
órgãos públicos, etc.:
Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco
do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
Manhã, Manchete, etc.
8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do
Oriente, o falar do Norte.
Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
Fim-de-semana e fim de semana
A expressão “fim-de-semana”, grafada com hífen antes do novo acordo, faz
referência a “descanso”, diversão, lazer. Com o advento da nova reforma
ortográfica, alguns compostos que apresentam elementos de ligação, como
é o caso de “fim de semana”, não são mais escritos com hífen. Portanto, o
correto é:
Como foi seu fim de semana?
“Fim de semana” também possui outra acepção semântica (significado),
relativa ao final da semana propriamente dito, aquele que começou no
domingo e agora termina no sábado. Assim, mesmo com a nova reforma
ortográfica, nada mudou no tocante à ortografia:
Viajo todo fim de semana.
Vânia Maria do Nascimento Duarte
O uso dos porquês
O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas.
Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês
para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o
significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais,
pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por
quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual
motivo”, “por qual razão”.
Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.
Escrevem-se com letra inicial minúscula:
1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
ingleses, ave-maria, um havana, etc.
2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
empregados em sentido geral:
São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
"Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
mirra." (Manuel Bandeira)
Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma
vez que”, “para que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar con-
Língua Portuguesa
37
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ORTOGRAFIA OFICIAL
Novo Acordo Ortográfico
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas
da Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros:
2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigatória em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo
Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve
sua implementação.
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que uma
língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar que a
ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que as
diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática. Uma
língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de Leis
ou Acordos.
réis (moeda)
méis
pastéis
ninguém
Resumindo:
Alfabeto
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo as
letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios
e palavras importadas do idioma inglês, como:
km – quilômetro,
kg – quilograma
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Quanto À Posição Da Sílaba Tônica
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não
de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas
de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas
em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
Ex.
Chá
Gás
Dará
Pará
vatapá
Aliás
dá-lo
recuperá-los
guardá-la
Mês
Sapé
Café
Vocês
pontapés
português
vê-lo
Conhecê-los
Fé
Língua Portuguesa
nós
cipó
avós
compôs
só
robô
avó
pô-los
compô-los
L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
R – câncer, caráter, néctar, repórter.
X – tórax, látex, ônix, fênix.
PS – fórceps, Quéops, bíceps.
Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes
(semivogal+vogal):
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo,
público, pároco, proparoxítona.
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
•
Trema
Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito
textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso,
o “ü” lê-se “i”)
dói
mói
anzóis
Jerusalém
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja
um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo”
são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras.
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, depois
de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui uma
dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal
é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na
melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante a
Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
Véu
céu
Chapéus
parabéns
Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
IMPORTANTE
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se
todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de
“ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente.
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira,
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
6. Acento Diferencial
O acento diferencial permanece nas palavras:
pôde (passado), pode (presente)
pôr (verbo), por (preposição)
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo
está no singular ou plural:
SINGULAR
PLURAL
Ele tem
Eles têm
Ele vem
Eles vêm
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como:
conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
38
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado
Trema
Não se usa mais o trema, salvo em nomes próprios e seus derivados.
Acento diferencial
Não é preciso usar o acento diferencial para distinguir:
1.
Para (verbo) de para (preposição)
“Esse carro velho para em toda esquina”.
“Estarei voltando para casa daqui a uma hora”.
1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (substantivo)
2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica).
A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o
contexto.
Acento agudo
Ditongos abertos “ei”, “oi”
Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem
na penúltima sílaba.
He-roi-co
ji-boi-a
As-sem-blei-a
i-dei-a
Pa-ra-noi-co
joi-a
OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se
o som delas estiverem aberto.
Céu
véu
Dói
herói
Chapéu
beleléu
Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando
forem paroxítonas (penúltima sílaba forte) e precedidas de ditongo.
feiura
baiuca
cheiinho
saiinha
boiuno
Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI”
e “QUE/QUI”. Por isso, esses verbos serão grafados da seguinte maneira:
Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois o “U” tem som forte)
Arguo
apazigue
Enxague
arguem
Delinguo
Acento Circunflexo
Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”.
Creem
veem
Deem
releem
Leem
descreem
Voo
perdoo
enjoo
Outras dicas
Há muito tempo a palavra “coco” – fruto do coqueiro – deixou de ser acentuada. Entretanto, muitos alunos insistem em colocar o acento: “Quero
beber água de côco”.
Quem recebe acento é “cocô” – palavra popularmente usada para se referir
a excremento.
Então, a menos se que queira beber água de fezes, é melhor parar de
colocar acento em coco.
Para verificar praticamente a necessidade de acentuação gráfica, utilize o
critério das oposições:
Imagem armazém
Paroxítonas terminadas em “M” não levam acento, mas as oxítonas SIM.
Língua Portuguesa
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
provéns
Jovens
Paroxítonas terminadas em “ENS” não levam acento, mas as oxítonas
levam.
Útil
sutil
Paroxítonas terminadas em “L” têm acento, mas as oxítonas não levam
porque o “L”, o “R” e o “Z” deixam a sílaba em que se encontram naturalmente forte, não é preciso um acento para reforçar isso.
É por isso que: as palavras “rapaz, coração, Nobel, capataz, pastel, bombom; verbos no infinitivo (terminam em –ar, -er, -ir) doar, prover, consumir são oxítonas e não precisam de acento. Quando terminarem do mesmo
jeito e forem paroxítonas, então vão precisar de acento.
Uso do Hífen
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) – Uso do Hífen
Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande
queixa entre os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita
tem gerado em torno do seguinte questionamento: “por que mudar uma
coisa que a gente demorou um tempão para aprender?” Bom, para quem já
dominava a antiga ortografia, realmente essa mudança foi uma chateação.
Quem saiu se beneficiando foram os que estão começando agora a adquirir
o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental I.
Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo
Acordo comparando “o antes e o depois”, feito revista de propaganda de
cosméticos. O ideal é que as mudanças sejam compreendidas e gravadas
na memória: para isso, é preciso colocá-las em prática.
Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?
Regra Geral
A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não
tem som; em “Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer
encostado em prefixos:
•
•
•
•
pré-história
anti-higiênico
sub-hepático
super-homem
Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Anti-inflamatório
neoliberalismo
Supra-auricular
extraoficial
Arqui-inimigo
semicírculo
sub-bibliotecário superintendente
Quanto ao “R” e o “S”, se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá
ser dobrada:
suprarrenal (supra+renal)
ultrassonografia (ultra+sonografia)
minissaia
antisséptico
contrarregra
megassaia
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito
nenhum.
• Sub-reino
• ab-rogar
• sob-roda
ATENÇÃO!
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras
iguais, SEPARA.
super-requintado
super-realista
inter-resistente
39
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rainha:
CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN
Diante dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“:
Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente ,
Vizo-rei
Diante de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO.
pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore
pró-africano, pró-europeu, pós-graduação
Diante de “pan-, circum-, quando juntos de vogais.
Pan-americano, circum-escola
OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”.
NOTA: Veja como fica estranha a pronúncia se não usarmos o hífen:
Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola.
ATENÇÃO!
Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)
Coordenar
reedição
preestabelecer
Coordenação
refazer
preexistir
Coordenador
reescrever prever
Coobrigar
relembrar
Cooperação
reutilização
Cooperativa
reelaborar
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo
menos uma palavra de cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra,
compare-a à palavra que você já sabe e escreva-a duas vezes: numa você
usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua memória! Uma delas
vai te parecer mais familiar.
Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba
que a segue
8pneumático: pneu-má-ti-co
gnomo:
gno-mo
psicologia:
psi-co-lo-gia
No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente,
mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em
sílabas separadas.
9- sublingual:
sub-lin-gual
sublinhar:
sub-li-nhar
sublocar:
sub-lo-car
Preste atenção nas seguintes palavras:
trei-no
so-cie-da-de
gai-o-la
ba-lei-a
des-mai-a-do
im-bui-a
ra-diou-vin-te
ca-o-lho
te-a-tro
co-e-lho
du-e-lo
ví-a-mos
a-mné-sia
gno-mo
co-lhei-ta
quei-jo
pneu-mo-ni-a
fe-é-ri-co
dig-no
e-nig-ma
e-clip-se
Is-ra-el
mag-nó-lia
SINAIS DE PONTUAÇÃO
DIVISÃO SILÁBICA
Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam
a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
2emblema:
em-ble-ma
abraço:
a-bra-ço
reclamar:
re-cla-mar
recrutar:
re-cru-tar
flagelo:
fla-ge-lo
drama:
dra-ma
globo:
glo-bo
fraco:
fra-co
implicar:
im-pli-car
agrado:
a-gra-do
atleta:
a-tle-ta
atraso:
a-tra-so
prato:
pra-to
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as
pausas da linguagem oral.
PONTO
O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase declarativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos
comuns ele é chamado de simples.
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).
PONTO DE INTERROGAÇÃO
É usado para indicar pergunta direta.
Onde está seu irmão?
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação.
A mim ?! Que ideia!
Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC.
3- correr:
cor-rer
desçam:
des-çam
passar:
pas-sar
exceto:
ex-ce-to
fascinar:
fas-ci-nar
4-
Não se separam as letras que representam um ditongo.
mistério:
mis-té-rio
herdeiro:
her-dei-ro
cárie:
cá-rie
Separam-se as letras que representam um hiato.
5- saúde:
sa-ú-de
cruel:
cru-el
Língua Portuguesa
en-jo-o
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
que a antecede.
7- torna:
tor-na
núpcias:
núp-cias
técnica:
téc-ni-ca submeter: sub-me-ter
absoluto:
ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz
Letras iguais, separa com hífen(-).
Letras diferentes, junta.
O “H” não tem personalidade. Separa (-).
O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se
juntam com consoantes.
http://www.infoescola.com/portugues/novo-acordo-ortograficodescomplicado-parte-i/
GU.
1- chave: cha-ve
aquele: a-que-le
palha: pa-lha
manhã: ma-nhã
guizo: gui-zo
enjoo:
Não se separam as letras que representam um tritongo.
6- Paraguai:
Pa-ra-guai
saguão:
sa-guão
REGRA GERAL (Resumindo)
Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,
ra-i-nha
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
Ó jovens! Lutemos!
VÍRGULA
A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pausa na fala. Emprega-se a vírgula:
• Nas datas e nos endereços:
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
Largo do Paissandu, 128.
40
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
•
•
•
•
•
•
•
No vocativo e no aposto:
Meninos, prestem atenção!
Termópilas, o meu amigo, é escritor.
Nos termos independentes entre si:
O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste
caso é usado o duplo emprego da vírgula:
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da padroeira.
Após alguns adjuntos adverbiais:
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego
da vírgula:
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
Após a primeira parte de um provérbio.
O que os olhos não veem, o coração não sente.
Em alguns casos de termos oclusos:
Eu gostava de maçã, de pera e de abacate.
RETICÊNCIAS
•
•
•
São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Não me disseste que era teu pai que ...
Para realçar uma palavra ou expressão.
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ASPAS
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•
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PARÊNTESES
•
•
•
PONTO E VÍRGULA
•
•
Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém
alguma simetria entre si.
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. "
Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu
interior.
Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais
calmo, resolveu o problema sozinho.
São usadas para:
Indicar citações textuais de outra autoria.
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles)
Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se
expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares:
Há quem goste de “jazz-band”.
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês.
Para enfatizar palavras ou expressões:
Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite.
Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc.
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.
Em casos de ironia:
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente.
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
•
Empregamos os parênteses:
Nas indicações bibliográficas.
"Sede assim qualquer coisa.
serena, isenta, fiel".
(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas").
Nas indicações cênicas dos textos teatrais:
"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos
fora das órbitas. Amália se volta)".
(G. Figueiredo)
Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória:
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de
fome."
(C. Lispector)
Para isolar orações intercaladas:
"Estou certo que eu (se lhe ponho
Minha mão na testa alçada)
Sou eu para ela."
(M. Bandeira)
COLCHETES [ ]
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
DOIS PONTOS
•
•
•
•
Enunciar a fala dos personagens:
Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
Para indicar uma citação alheia:
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de
passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embarque".
Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anterior:
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
ASTERISCO
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para
alguma nota (observação).
BARRA
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas
abreviaturas.
CRASE
TRAVESSÃO
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar
palavras ou frases
– "Quais são os símbolos da pátria?
– Que pátria?
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos).
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra
vez.
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma
coisa". (M. Palmério).
• Usa-se para separar orações do tipo:
– Avante!- Gritou o general.
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam
uma cadeia de frase:
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
• A ponte Rio – Niterói.
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.
Língua Portuguesa
Crase é a fusão da preposição A com outro A.
Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
EMPREGO DA CRASE
•
•
•
•
em locuções adverbiais:
à vezes, às pressas, à toa...
em locuções prepositivas:
em frente à, à procura de...
em locuções conjuntivas:
à medida que, à proporção que...
pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,
as
Fui ontem àquele restaurante.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
Refiro-me àquilo e não a isto.
A CRASE É FACULTATIVA
• diante de pronomes possessivos femininos:
Entreguei o livro a(à) sua secretária .
• diante de substantivos próprios femininos:
41
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Dei o livro à(a) Sônia.
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
•
•
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•
•
•
•
•
•
Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo
A:
Viajaremos à Colômbia.
(Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília,
Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Veneza, etc.
Viajaremos a Curitiba.
(Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).
Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
modifique.
Ela se referiu à saudosa Lisboa.
Vou à Curitiba dos meus sonhos.
Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
Às 8 e 15 o despertador soou.
Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “moda” ou "maneira":
Aos domingos, trajava-se à inglesa.
Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
Antes da palavra casa, se estiver determinada:
Referia-se à Casa Gebara.
Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
Voltou à terra onde nascera.
Chegamos à terra dos nossos ancestrais.
Mas:
Os marinheiros vieram a terra.
O comandante desceu a terra.
Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:
Vou até a (á ) chácara.
Cheguei até a(à) muralha
A QUE - À QUE
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino
ocorrerá crase:
Houve um palpite anterior ao que você deu.
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não
ocorrerá crase.
Não gostei do filme a que você se referia.
Não gostei da peça a que você se referia.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo
A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do
de:
Meu palpite é igual ao de todos
Minha opinião é igual à de todos.
NÃO OCORRE CRASE
•
•
•
•
•
antes de nomes masculinos:
Andei a pé.
Andamos a cavalo.
antes de verbos:
Ela começa a chorar.
Cheguei a escrever um poema.
em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos cara a cara.
antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
Escrevi a Vossa Excelência.
Dirigiu-se gentilmente à senhora.
quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Jamais vamos a festas.
SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO
E FIGURADO DAS PALAVRAS.
Língua Portuguesa
Semântica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Semântica (do
grego σηµαντικός, sēmantiká,
plural
neutro
de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é o estudo do significado. Incide
sobre
a
relação
entre
significantes,
tais
como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a
sua denotação.
A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos
para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica
incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal,
e semiótica.
A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a
primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça
sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo
é expresso(por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção
de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica
formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica
cognitiva, fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes.
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em
consideração:
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais
que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos:
Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado,
remoto.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais
que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos:
Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim.
Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de
possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica,
ou seja, os homônimos:
As homônimas podem ser:
Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente
indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa
singular presente indicativo do verbo consertar);
Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão
(substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo);
Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos:
cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo
(verbo) - cedo (advérbio);
Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais
palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na
pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura
(atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação
decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar
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(diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas
de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido
(desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir
(soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor
(que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar,
assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição /
onicolor - unicolor.
forte
gordo
salgado
amor
seco
grosso
duro
doce
grande
soberba
louvar
bendizer
ativo
simpático
progredir
rápido
sair
sozinho
concórdia
pesado
quente
presente
escuro
inveja
Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de
apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na
empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de
graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e
origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) São (santo)
Conotação e Denotação:
Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do
original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.
Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.
Sinônimo
Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico
ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachorro.
O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evitem
repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se tornem
enfadonhos.
Eufemismo
Alguns sinônimos são também utilizados para minimizar o impacto,
normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem
conhecida como eufemismo).
Exemplos:
•
gordo - obeso
•
morrer - falecer
Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos
Os sinônimos podem ser perfeitos ou imperfeitos.
Sinônimos Perfeitos
Se o significado é idêntico.
Exemplos:
•
avaro – avarento,
•
léxico – vocabulário,
•
falecer – morrer,
•
escarradeira – cuspideira,
•
língua – idioma
•
catorze - quatorze
Sinônimos Imperfeitos
Se os signIficados são próximos, porém não idênticos.
Exemplos: córrego – riacho, belo – formoso
Antônimo
Antônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado contrário
(também oposto ou inverso) à outra.
O emprego de antônimos na construção de frases pode ser um recurso
estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que
chame atenção do leitor ou do ouvinte.
Palavra
Antônimo
aberto
fechado
alto
baixo
bem
mal
bom
mau
bonito
feio
demais
de menos
doce
salgado
Língua Portuguesa
fraco
magro
insosso
ódio
molhado
fino
mole
amargo
pequeno
humildade
censurar
maldizer
inativo
antipático
regredir
lento
entrar
acompanhado
discórdia
leve
frio
ausente
claro
admiração
Homógrafo
Homógrafos são palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes na
pronúncia.
Exemplos
•
rego (subst.) e rego (verbo);
•
colher (verbo) e colher (subst.);
•
jogo (subst.) e jogo (verbo);
•
Sede: lugar e Sede: avidez;
•
Seca: pôr a secar e Seca: falta de água.
Homófono
Palavras homófonas são palavras de pronúncias iguais. Existem dois
tipos de palavras homófonas, que são:
•
Homófonas heterográficas
•
Homófonas homográficas
Homófonas heterográficas
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), mas
heterográficas (diferentes na escrita).
Exemplos
cozer / coser;
cozido / cosido;
censo / senso
consertar / concertar
conselho / concelho
paço / passo
noz / nós
hera / era
ouve / houve
voz / vós
cem / sem
acento / assento
Homófonas homográficas
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), e
homográficas (iguais na escrita).
Exemplos
Ele janta (verbo) / A janta está pronta (substantivo); No caso,
janta é inexistente na língua portuguesa por enquanto, já que
deriva do substantivo jantar, e está classificado como
neologismo.
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Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bonito
(substantivo).
Parônimo
Parônimo é uma palavra que apresenta sentido diferente e forma
semelhante a outra, que provoca, com alguma frequência, confusão. Essas
palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados
diferentes.
O parônimos pode ser também palavras homófonas, ou seja, a
pronúncia de palavras parônimas pode ser a mesma.Palavras parônimas
são aquelas que têm grafia e pronúncia parecida.
Exemplos
Veja alguns exemplos de palavras parônimas:
acender. verbo - ascender. subir
acento. inflexão tônica - assento. dispositivo para sentar-se
cartola. chapéu alto - quartola. pequena pipa
comprimento. extensão - cumprimento. saudação
coro (cantores) - couro (pele de animal)
deferimento. concessão - diferimento. adiamento
delatar. denunciar - dilatar. retardar, estender
descrição. representação - discrição. reserva
descriminar. inocentar - discriminar. distinguir
despensa. compartimento - dispensa. desobriga
destratar. insultar - distratar. desfazer(contrato)
emergir. vir à tona - imergir. mergulhar
eminência. altura, excelência - iminência. proximidade de ocorrência
emitir. lançar fora de si - imitir. fazer entrar
enfestar. dobrar ao meio - infestar. assolar
enformar. meter em fôrma - informar. avisar
entender. compreender - intender. exercer vigilância
lenimento. suavizante - linimento. medicamento para fricções
migrar. mudar de um local para outro - emigrar. deixar um país para
morar em outro - imigrar. entrar num país vindo de outro
peão. que anda a pé - pião. espécie de brinquedo
recrear. divertir - recriar. criar de novo
se. pronome átono, conjugação - si. espécie de brinquedo
vadear. passar o vau - vadiar. passar vida ociosa
venoso. relativo a veias - vinoso. que produz vinho
vez. ocasião, momento - vês. verbo ver na 2ª pessoa do singular
DENOTAÇAO E CONOTAÇAO
A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se
no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
interpretações.
Observe os exemplos
Denotação
As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro.
Conotação
As estrelas do cinema.
O jardim vestiu-se de flores
O fogo da paixão
SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
figurado:
Construí um muro de pedra - sentido próprio
Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
A água pingava lentamente – sentido próprio.
Exs.:
cinzeiro = cinza + eiro
endoidecer = en + doido + ecer
predizer = pre + dizer
Os principais elementos móficos são :
RADICAL
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra.
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
enterrar = en + terra + ar
pronome = pro + nome
PREFIXO
É o elemento mórfico que vem antes do radical.
Exs.: anti - herói
in - feliz
SUFIXO
É o elemento mórfico que vem depois do radical.
Exs.: med - onho
cear – ense
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a seguinte divisão:
• palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)
• palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
• palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)
• palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor,
aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de formação:
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de composição.
• justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol,
sexta-feira);
• aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta, de perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco tipos de derivação.
• prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);
• sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);
• parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo
e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável
pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
• regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se
substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda /
de ajudar);
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
• imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva
("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio
a comum).
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das
palavras.
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros
processos para formação de palavras, como:
Língua Portuguesa
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Veja alguns coletivos que merecem destaque:
alavão - de ovelhas leiteiras
alcateia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos
antologia - de trechos literários escolhidos
armada - de navios de guerra
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
arquipélago - de ilhas
assembleia - de parlamentares, de membros de associações
atilho - de espigas de milho
atlas - de cartas geográficas, de mapas
banca - de examinadores
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
bando - de aves, de pessoal em geral
cabido - de cônegos
cacho - de uvas, de bananas
cáfila - de camelos
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves
cancioneiro - de poemas, de canções
caravana - de viajantes
cardume - de peixes
clero - de sacerdotes
colmeia - de abelhas
concílio - de bispos
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa
congregação - de professores, de religiosos
congresso - de parlamentares, de cientistas
conselho - de ministros
consistório - de cardeais sob a presidência do papa
constelação - de estrelas
corja - de vadios
elenco - de artistas
enxame - de abelhas
enxoval - de roupas
esquadra - de navios de guerra
esquadrilha - de aviões
falange - de soldados, de anjos
farândola - de maltrapilhos
fato - de cabras
fauna - de animais de uma região
feixe - de lenha, de raios luminosos
flora - de vegetais de uma região
frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus
girândola - de fogos de artifício
horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
junta - de bois, médicos, de examinadores
júri - de jurados
legião - de anjos, de soldados, de demônios
malta - de desordeiros
manada - de bois, de elefantes
matilha - de cães de caça
ninhada - de pintos
nuvem - de gafanhotos, de fumaça
panapaná - de borboletas
pelotão - de soldados
penca - de bananas, de chaves
pinacoteca - de pinturas
plantel - de animais de raça, de atletas
quadrilha - de ladrões, de bandidos
ramalhete - de flores
réstia - de alhos, de cebolas
récua - de animais de carga
romanceiro - de poesias populares
resma - de papel
revoada - de pássaros
súcia - de pessoas desonestas
vara - de porcos
vocabulário - de palavras
• Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas
por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo,
grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino
/ sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
• Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau);
• Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua
compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
• Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma sequência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de
siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
• Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,
ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE
IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES).
SUBSTANTIVOS
Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá nome aos seres em geral.
São, portanto, substantivos.
a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: trabalho, corrida, tristeza beleza altura.
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie:
rio, cidade, pais, menino, aluno
b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento.
Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: Tocantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.
c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, propriamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifique que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo concreto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta,
fada, bruxa, saci.
d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só
existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo,
pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão,
portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres:
trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adjetivos
trabalhar
- trabalho
correr
- corrida
alto
- altura
belo
- beleza
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua
portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal.
b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:
florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,
tempo, sol.
d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-decolônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.
COLETIVOS
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
de seres da mesma espécie.
Língua Portuguesa
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e
grau.
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Gênero
Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou feminino: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta.
Podemos classificar os substantivos em:
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma
para o masculino, outra para o feminino:
aluno/aluna
homem/mulher
menino /menina
carneiro/ovelha
Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas
pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo:
padrinho/madrinha
bode/cabra
cavaleiro/amazona
pai/mãe
b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única
forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
em:
1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam
animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, devemos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fêmea
2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que
designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo artigo, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a
estudante, este dentista.
3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam
pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por artigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o cônjuge, a pessoa, a criatura.
Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém,
armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.
4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hífens (ou hífenes).
Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.
5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, animais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis.
Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
fósseis; réptil, répteis.
Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, barris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tônicos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses;
burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases.
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os
substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix,
os ônix.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o substantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo primitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezitos.
Substantivos só usados no plural
afazeres
arredores
cãs
confins
férias
núpcias
olheiras
viveres
AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
São masculinos
o anátema
o telefonema
o teorema
o trema
o edema
o eclipse
o lança-perfume
o fibroma
o estratagema
o proclama
São femininos
o grama (unidade de peso) a abusão
o dó (pena, compaixão)
a aluvião
o ágape
a análise
o caudal
a cal
o champanha
a cataplasma
o alvará
a dinamite
o formicida
a comichão
o guaraná
a aguardente
o plasma
o clã
Plural dos Nomes Compostos
a derme
a omoplata
a usucapião
a bacanal
a líbido
a sentinela
a hélice
1. Somente o último elemento varia:
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; claraboia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns;
b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grãomestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres;
c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo
ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guardacomida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sempre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, melamelas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
Mudança de Gênero com mudança de sentido
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;
pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-semrabo, burros-sem-rabo;
b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade
ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pomboscorreio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
banana-maçã, bananas-maçã.
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pomboscorreios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
Veja alguns exemplos:
o cabeça (o chefe, o líder)
o capital (dinheiro, bens)
o rádio (aparelho receptor)
o moral (ânimo)
o lotação (veículo)
o lente (o professor)
anais
belas-artes
condolências
exéquias
fezes
óculos
pêsames
copas, espadas, ouros e paus (naipes)
a cabeça (parte do corpo)
a capital (cidade principal)
a rádio (estação transmissora)
a moral (parte da Filosofia, conclusão)
a lotação (capacidade)
a lente (vidro de aumento)
Plural dos Nomes Simples
1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
corações; grandalhão, grandalhões.
b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
guardiães.
c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.
3. Ambos os elementos são flexionados:
a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couvesflores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartascompromissos.
b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amorperfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida,
caras-pálidas.
Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
São invariáveis:
a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pisa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
Língua Portuguesa
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b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-nãomolha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nemdesocupa-o-copo;
c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
perde-ganha, os perde-ganha.
Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guardamarinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, padres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou
salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate.
ADJETIVOS
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
Gênero
Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêneros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mulher simples; aluno feliz - aluna feliz.
b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, outra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem
alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa
Adjetivos Compostos
Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona.
Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latinoamericanos; cívico-militar, cívico-militares.
1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o
segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos
amarelo-ouro, paredes azul-piscina.
2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: surdos-mudos > surdas-mudas.
3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.
Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é semelhante a dos substantivos.
Número
a) Adjetivo simples
Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples:
pessoa honesta
pessoas honestas
regra fácil
regras fáceis
homem feliz
homens felizes
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam invariáveis:
blusa vinho
blusas vinho
camisa rosa
camisas rosa
b) Adjetivos compostos
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último elemento varia, tanto em gênero quanto em número:
Graus do substantivo
Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais
podem ser: sintéticos ou analíticos.
Analítico
Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tamanho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.
Sintético
acordos sócio-político-econômico
acordos sócio-político-econômicos
causa sócio-político-econômica
causas sócio-político-econômicas
acordo luso-franco-brasileiro
acordo luso-franco-brasileiros
lente côncavo-convexa
lentes côncavo-convexas
camisa verde-clara
camisas verde-claras
sapato marrom-escuro
sapatos marrom-escuros
Observações:
1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável:
camisa verde-abacate
camisas verde-abacate
sapato marrom-café
sapatos marrom-café
blusa amarelo-ouro
blusas amarelo-ouro
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis:
blusa azul-marinho
blusas azul-marinho
camisa azul-celeste
camisas azul-celeste
3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
variam:
menino surdo-mudo
meninos surdos-mudos
menina surda-muda
meninas surdas-mudas
Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.
Principais sufixos aumentativos
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,
ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão,
povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentuça.
Principais Sufixos Diminutivos
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,
ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho,
montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim,
pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo,
homúncula, apícula, velhusco.
Observações:
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adquirem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc.
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afetivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente formal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz,
ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e diminutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bonzinho, pequenito.
Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lugar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais
diferentes para designar o sexo:
bode - cabra
genro - nora
burro - besta
padre - madre
carneiro - ovelha
padrasto - madrasta
cão - cadela
padrinho - madrinha
cavalheiro - dama
pai - mãe
compadre - comadre
veado - cerva
frade - freira
zangão - abelha
frei – soror
etc.
Língua Portuguesa
Graus do Adjetivo
As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser expressas em dois graus:
- o comparativo
- o superlativo
Comparativo
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma
outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual,
superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:
- Comparativo de igualdade:
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral.
Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente.
- Comparativo de superioridade:
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro.
Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico.
- Comparativo de inferioridade:
47
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A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.
Cairo - cairota
Canaã - cananeu
Catalunha - catalão
Chicago - chicaguense
Coimbra - coimbrão, conimbricense
Córsega - corso
Croácia - croata
Egito - egípcio
Equador - equatoriano
Filipinas - filipino
Florianópolis - florianopolitano
Fortaleza - fortalezense
Gabão - gabonês
Genebra - genebrino
Goiânia - goianense
Groenlândia - groenlandês
Guiné - guinéu, guineense
Himalaia - himalaico
Hungria - húngaro, magiar
Iraque - iraquiano
João Pessoa - pessoense
La Paz - pacense, pacenho
Macapá - macapaense
Maceió - maceioense
Madri - madrileno
Marajó - marajoara
Moçambique - moçambicano
Montevidéu - montevideano
Normândia - normando
Pequim - pequinês
Porto - portuense
Quito - quitenho
Santiago - santiaguense
São Paulo (Est.) - paulista
São Paulo (cid.) - paulistano
Terra do Fogo - fueguino
Três Corações - tricordiano
Tripoli - tripolitano
Veneza - veneziano
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensidade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo:
- Superlativo absoluto
Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser:
Esta cidade é poluidíssima.
Esta cidade é muito poluída.
- Superlativo relativo
Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a
outros seres:
Este rio é o mais poluído de todos.
Este rio é o menos poluído de todos.
Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico:
- Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade muito trabalhador, excessivamente frágil, etc.
- Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – antiquíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.
Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o comparativo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
NORMAL
COM. SUP.
SUPERLATIVO
ABSOLUTO
RELATIVO
bom
melhor
ótimo
melhor
mau
pior
péssimo
pior
grande
maior
máximo
maior
pequeno
menor
mínimo
menor
Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos:
acre - acérrimo
ágil - agílimo
agradável - agradabilíssimo
agudo - acutíssimo
amargo - amaríssimo
amável - amabilíssimo
amigo - amicíssimo
antigo - antiquíssimo
áspero - aspérrimo
atroz - atrocíssimo
audaz - audacíssimo
benéfico - beneficentíssimo
benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo
célebre - celebérrimo
cristão - cristianíssimo
cruel - crudelíssimo
doce - dulcíssimo
eficaz - eficacíssimo
feroz - ferocíssimo
fiel - fidelíssimo
frágil - fragilíssimo
frio - frigidíssimo
humilde - humílimo (humildíssimo)
incrível - incredibilíssimo
inimigo - inimicíssimo
íntegro - integérrimo
jovem - juveníssimo
livre - libérrimo
magnífico - magnificentíssimo
magro - macérrimo
maléfico - maleficentíssimo
manso - mansuetíssimo
miúdo - minutíssimo
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
pessoal - personalíssimo
pobre - paupérrimo (pobríssimo)
possível - possibilíssimo
preguiçoso - pigérrimo
próspero - prospérrimo
provável - probabilíssimo
público - publicíssimo
pudico - pudicíssimo
sábio - sapientíssimo
sagrado - sacratíssimo
salubre - salubérrimo
sensível - sensibilíssimo
simples – simplicíssimo
tenro - tenerissimo
terrível - terribilíssimo
tétrico - tetérrimo
velho - vetérrimo
visível - visibilíssimo
vulnerável - vuInerabilíssimo
voraz - voracíssimo
Locuções Adjetivas
As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais substantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem
ser substituídas por um adjetivo correspondente.
PRONOMES
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome
substantivo.
• Ele chegou. (ele)
• Convidei-o. (o)
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo.
• Esta casa é antiga. (esta)
• Meu livro é antigo. (meu)
Classificação dos Pronomes
Há, em Português, seis espécies de pronomes:
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas
de tratamento:
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões;
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo;
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde;
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vários, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo.
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas.
Adjetivos Gentílicos e Pátrios
Argélia – argelino
Bagdá - bagdali
Bizâncio - bizantino
Bogotá - bogotano
Bóston - bostoniano
Braga - bracarense
Bragança - bragantino
Brasília - brasiliense
Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
bucarestense
Campos - campista
Língua Portuguesa
Caracas - caraquenho
Ceilão - cingalês
Chipre - cipriota
Córdova - cordovês
Creta - cretense
Cuiabá - cuiabano
EI Salvador - salvadorenho
Espírito Santo - espírito-santense,
capixaba
Évora - eborense
Finlândia - finlandês
Formosa - formosano
Foz do lguaçu - iguaçuense
Galiza - galego
Gibraltar - gibraltarino
Granada - granadino
Guatemala - guatemalteco
Haiti - haitiano
Honduras - hondurenho
Ilhéus - ilheense
Jerusalém - hierosolimita
Juiz de Fora - juiz-forense
Lima - limenho
Macau - macaense
Madagáscar - malgaxe
Manaus - manauense
Minho - minhoto
Mônaco - monegasco
Natal - natalense
Nova lguaçu - iguaçuano
Pisa - pisano
Póvoa do Varzim - poveiro
Rio de Janeiro (Est.) - fluminense
Rio de Janeiro (cid.) - carioca
Rio Grande do Norte - potiguar
Salvador – salvadorenho, soteropolitano
Toledo - toledano
Rio Grande do Sul - gaúcho
Varsóvia - varsoviano
Vitória - vitoriense
48
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PRONOMES PESSOAIS
Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do discurso:
1ª pessoa:
quem fala, o emissor.
Eu sai (eu)
Nós saímos (nós)
Convidaram-me (me)
Convidaram-nos (nós)
2ª pessoa:
com quem se fala, o receptor.
Tu saíste (tu)
Vós saístes (vós)
Convidaram-te (te)
Convidaram-vos (vós)
3ª pessoa:
de que ou de quem se fala, o referente.
Ele saiu (ele)
Eles sairam (eles)
Convidei-o (o)
Convidei-os (os)
Os pronomes pessoais são os seguintes:
NÚMERO
singular
plural
PESSOA
1ª
2ª
3ª
1ª
2ª
3ª
CASO RETO
eu
tu
ele, ela
nós
vós
eles, elas
CASO OBLÍQUO
me, mim, comigo
te, ti, contigo
se, si, consigo, o, a, lhe
nós, conosco
vós, convosco
se, si, consigo, os, as, lhes
PRONOMES DE TRATAMENTO
Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a
você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
Veja, a seguir, alguns desses pronomes:
PRONOME
Vossa Alteza
Vossa Eminência
Vossa Excelência
Magnificência
Vossa Reverendíssima
Vossa Santidade
Vossa Senhoria
Vossa Majestade
ABREV.
V. A.
V .Ema
V.Exa
V. Mag a
V. Revma
V.S.
V.Sa
V.M.
EMPREGO
príncipes, duques
cardeais
altas autoridades em geral Vossa
reitores de universidades
sacerdotes em geral
papas
funcionários graduados
reis, imperadores
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-
Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de
preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas
MIM e TI:
Ninguém irá sem EU. (errado)
Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Ninguém irá sem MIM. (certo)
Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e
TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam
como sujeito de um verbo no infinitivo.
Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obrigatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de
sujeito.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em
que os referidos pronomes não sejam reflexivos:
Querida, gosto muito de SI.
(errado)
Preciso muito falar CONSIGO.
(errado)
Querida, gosto muito de você.
(certo)
Preciso muito falar com você.
(certo)
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos:
Ele feriu-se
Cada um faça por si mesmo a redação
O professor trouxe as provas consigo
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais
pronomes devem ser substituídos pela forma analítica:
Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As combinações possíveis são as seguintes:
me+o=mo
me + os = mos
te+o=to
te + os = tos
lhe+o=lho
lhe + os = lhos
nos + o = no-lo
nos + os = no-los
vos + o = vo-lo
vos + os = vo-los
lhes + o = lho
lhes + os = lhos
cês.
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,
ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito.
Considera-se errado seu emprego como complemento:
Convidaram ELE para a festa (errado)
Receberam NÓS com atenção (errado)
EU cheguei atrasado (certo)
ELE compareceu à festa (certo)
2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
pronomes retos:
Convidei ELE (errado)
Chamaram NÓS (errado)
Convidei-o. (certo)
Chamaram-NOS. (certo)
3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposição, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se correto seu emprego como complemento:
Informaram a ELE os reais motivos.
Emprestaram a NÓS os livros.
Eles gostam muito de NÓS.
4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
errado seu emprego como complemento:
Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
Língua Portuguesa
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos
a, as.
me+a=ma
me + as = mas
te+a=ta
te + as = tas
- Você pagou o livro ao livreiro?
- Sim, paguei-LHO.
Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que
representa o livreiro) com O (que representa o livro).
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos
indiretos:
O menino convidou-a.
(V.T.D )
O filho obedece-lhe.
(V.T. l )
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de
verbos transitivos diretos:
Eu lhe vi ontem.
(errado)
Nunca o obedeci.
(errado)
Eu o vi ontem.
(certo)
Nunca lhe obedeci.
(certo)
49
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APOSTILAS OPÇÃO
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse infinitivo:
Deixei-o sair.
Vi-o chegar.
Sofia deixou-se estar à janela.
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5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
franco.
1.
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvolvendo as orações reduzidas de infinitivo:
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
A mim, ninguém me engana.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonasmo vicioso e sim ênfase.
2.
11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
exercendo função sintática de adjunto adnominal:
Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
3.
12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de modéstia:
Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes.
Vós sois minha salvação, meu Deus!
13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando
falamos dessa pessoa:
Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Vossa Excelência já aprovou os projetos?
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª
pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como
pronomes de terceira pessoa:
Você trouxe seus documentos?
Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
COLOCAÇÃO DE PRONOMES
Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições:
1. Antes do verbo - próclise
Eu te observo há dias.
2. Depois do verbo - ênclise
Observo-te há dias.
3. No interior do verbo - mesóclise
Observar-te-ei sempre.
Ênclise
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
direto ou indireto.
O pai esperava-o na estação agitada.
Expliquei-lhe o motivo das férias.
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
3. Com o imperativo afirmativo:
Companheiros, escutai-me.
4. Com o infinitivo impessoal:
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
destino na mesa.
Língua Portuguesa
4.
Próclise
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
interrogativos e conjunções.
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
Quem lhe ensinou esses modos?
Quem os ouvia, não os amou.
Que lhes importa a eles a recompensa?
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Papai do céu o abençoe.
A terra lhes seja leve.
Com o gerúndio precedido da preposição EM:
Em se animando, começa a contagiar-nos.
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse.
Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja
pausa entre eles.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra.
Mesóclise
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam
precedidos de palavras que reclamem a próclise.
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris.
Dir-se-ia vir do oco da terra.
Mas:
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris.
Jamais se diria vir do oco da terra.
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
Lembrarei-me (!?)
Diria-se (!?)
O Pronome Átono nas Locuções Verbais
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal.
Podemos contar-lhe o ocorrido.
Podemos-lhe contar o ocorrido.
Não lhes podemos contar o ocorrido.
O menino foi-se descontraindo.
O menino foi descontraindo-se.
O menino não se foi descontraindo.
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico
ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio.
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Descartes ."
Tenho-me levantado cedo.
Não me tenho levantado cedo.
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o
auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta.
Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na linguagem escrita.
PRONOMES POSSESSIVOS
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o
livro pertence a 1ª pessoa (eu)
Eis as formas dos pronomes possessivos:
50
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS.
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS.
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS.
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS.
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de
você).
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambiguidade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s).
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles.
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio.
Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pronomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância.
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as
suas mãos).
Não me respeitava a adolescência.
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face.
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
1. Cálculo aproximado, estimativa:
Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história
O nosso homem não se deu por vencido.
Chama-se Falcão o meu homem
3. O mesmo que os indefinidos certo, algum
Eu cá tenho minhas dúvidas
Cornélio teve suas horas amargas
4. Afetividade, cortesia
Como vai, meu menino?
Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo
No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de parentes de família.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensidade.
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando
não sabia o que dizer.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
coisa designada em relação à pessoa gramatical.
Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
livro está longe de ambas as pessoas.
Os pronomes demonstrativos são estes:
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
AQUELE (e variações), próprio (e variações)
MESMO (e variações), próprio (e variações)
SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)
Emprego dos Demonstrativos
1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que
fala).
Este documento que tenho nas mãos não é meu.
Isto que carregamos pesa 5 kg.
b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente:
Este coração não pode me trair.
Esta alma não traz pecados.
Língua Portuguesa
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Tudo se fez por este país..
c) Para indicar o momento em que falamos:
Neste instante estou tranquilo.
Deste minuto em diante vou modificar-me.
d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do
momento em que falamos:
Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile.
Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem.
Um dia destes estive em Porto Alegre.
e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no
qual se inclui o momento em que falamos:
Nesta semana não choveu.
Neste mês a inflação foi maior.
Este ano será bom para nós.
Este século terminará breve.
f) Para indicar aquilo de que estamos tratando:
Este assunto já foi discutido ontem.
Tudo isto que estou dizendo já é velho.
g) Para indicar aquilo que vamos mencionar:
Só posso lhe dizer isto: nada somos.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos.
2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se:
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com
quem se fala):
Esse documento que tens na mão é teu?
Isso que carregas pesa 5 kg.
b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente:
Esse teu coração me traiu.
Essa alma traz inúmeros pecados.
Quantos vivem nesse pais?
c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que desejamos distância:
O povo já não confia nesses políticos.
Não quero mais pensar nisso.
d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa:
Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde.
O que você quer dizer com isso?
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que
falamos:
Um dia desses estive em Porto Alegre.
Comi naquele restaurante dia desses.
f) Para indicar aquilo que já mencionamos:
Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distante.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se:
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á
3ª.
Aquele documento que lá está é teu?
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante.
Naquele instante estava preocupado.
Daquele instante em diante modifiquei-me.
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
século, para exprimir que o tempo já decorreu.
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
variações) para a primeira:
Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
e aquela tranquila.
5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Com um frio destes não se pode sair de casa.
Nunca vi uma coisa daquelas.
6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter
reforçativo:
Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
ISSO ou AQUELE (e variações).
Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro.
51
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APOSTILAS OPÇÃO
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O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres.
Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames.
A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os
homens superiores.
8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante:
A menina ia cair, nisto, o pai a segurou
9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE,
ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO.
Tal era a situação do país.
Não disse tal.
Tal não pôde comparecer.
Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitudes tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha
QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como
Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL
ou OUTRO TAL:
Suas manias eram tais quais as minhas.
A mãe era tal quais as filhas.
Os filhos são tais qual o pai.
Tal pai, tal filho.
É pronome substantivo em frases como:
Não encontrarei tal (= tal coisa).
Não creio em tal (= tal coisa)
PRONOMES RELATIVOS
Veja este exemplo:
Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
modo vago, impreciso, indeterminado.
1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO,
SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO
Exemplos:
Algo o incomoda?
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve.
Não faças a outrem o que não queres que te façam.
Quem avisa amigo é.
Encontrei quem me pode ajudar.
Ele gosta de quem o elogia.
2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA
CERTAS.
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de
modo impreciso à 3ª pessoa do discurso.
Exemplos:
Que há?
Que dia é hoje?
Reagir contra quê?
Por que motivo não veio?
Quem foi?
Qual será?
Quantos vêm?
Quantas irmãs tens?
A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo
casa é um pronome relativo.
PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos.
A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.
No exemplo dado, o antecedente é casa.
Outros exemplos de pronomes relativos:
Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
O lugar onde paramos era deserto.
Traga tudo quanto lhe pertence.
Leve tantos ingressos quantos quiser.
Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso?
Eis o quadro dos pronomes relativos:
VARIÁVEIS
Masculino
o qual
os quais
cujo
cujos
quanto
quantos
Feminino
a qual
as quais
cuja
cujas
quanta
quantas
INVARIÁVEIS
quem
que
onde
Observações:
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL.
O médico de quem falo é meu conterrâneo.
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem
sempre um substantivo sem artigo.
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
Tenho tudo quanto quero.
Leve tantos quantos precisar.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
EM QUE.
A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
PRONOMES INDEFINIDOS
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de
Língua Portuguesa
VERBO
CONCEITO
“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situandoas no tempo.
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e
gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas.
Assim fiz. Morreram.”
(Clarice Lispector)
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:
a) Estado:
Não sou alegre nem sou triste.
Sou poeta.
b) Mudança de estado:
Meu avô foi buscar ouro.
Mas o ouro virou terra.
c) Fenômeno:
Chove. O céu dorme.
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de
estado e fenômeno, situando-se no tempo.
FLEXÕES
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de flexões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em
si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:
• a ação de cantar.
• a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós).
• o número gramatical (plural).
• o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito).
• o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no
passado (indicativo).
• que o sujeito pratica a ação (voz ativa).
Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural:
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular).
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser
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a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço.
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adormecemos.
2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces.
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis.
3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser
a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela
adormece.
b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles
adormecem.
3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante
em relação ao fato que comunica. Há três modos em português.
a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
A cachorra Baleia corria na frente.
b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.
Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um
pedido
Corra na frente, Baleia.
4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,
em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são:
a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Fecho os olhos, agito a cabeça.
b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
em que se fala:
Fechei os olhos, agitei a cabeça.
c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
presente.
Veja o esquema dos tempos simples em português:
Presente (falo)
INDICATIVO
Pretérito perfeito ( falei)
Imperfeito (falava)
Mais- que-perfeito (falara)
Futuro do presente (falarei)
do pretérito (falaria)
Presente (fale)
SUBJUNTIVO
Pretérito imperfeito (falasse)
Futuro (falar)
Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
dos tempos simples.
Infinitivo impessoal (falar)
Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
FORMAS NOMINAIS
Gerúndio (falando)
Particípio (falado)
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
a) agente do fato expresso.
O carroceiro disse um palavrão.
(sujeito agente)
O verbo está na voz ativa.
b) paciente do fato expresso:
Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
(sujeito paciente)
O verbo está na voz passiva.
c) agente e paciente do fato expresso:
O carroceiro machucou-se.
(sujeito agente e paciente)
O verbo está na voz reflexiva.
6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
Falo - Estudam.
Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
fora do radical.
Falamos - Estudarei.
7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
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cantei - cantarei – cantava - cantasse.
b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou
nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa,
como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fenômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o
mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: matado - morto - enxugado - enxuto.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação.
verbo ser: sou - fui
verbo ir: vou - ia
QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
explícito. Quase todos os verbos são pessoais.
O Nino apareceu na porta.
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais:
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar,
etc.
Garoava na madrugada roxa.
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer:
Houve um espetáculo ontem.
Há alunos na sala.
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos
claros.
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico.
Fazia dois anos que eu estava casado.
Faz muito frio nesta região?
O VERBO HAVER (empregado impessoalmente)
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
3ª pessoa do singular - quando significa:
1) EXISTIR
Há pessoas que nos querem bem.
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá.
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
2) ACONTECER, SUCEDER
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
Não haja desavenças entre vós.
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
Há meses que não o vejo.
Haverá nove dias que ele nos visitou.
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
O fato aconteceu há cerca de oito meses.
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
pretérito imperfeito, e não no presente:
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos.
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava.
4) REALIZAR-SE
Houve festas e jogos.
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e
seguido de infinitivo):
Em pontos de ciência não há transigir.
Não há contê-lo, então, no ímpeto.
Não havia descrer na sinceridade de ambos.
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas.
E não houve convencê-lo do contrário.
Não havia por que ficar ali a recriminar-se.
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo):
De há muito que esta árvore não dá frutos.
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De há muito não o vejo.
O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª
pessoa do singular:
Vai haver eleições em outubro.
Começou a haver reclamações.
Não pode haver umas sem as outras.
Parecia haver mais curiosos do que interessados.
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser
construída de três modos:
Hajam vista os livros desse autor.
Haja vista os livros desse autor.
Haja vista aos livros desse autor.
CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
sentido da frase.
Exemplo:
Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Outros exemplos:
Os calores intensos provocam as chuvas.
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
Todos te louvariam.
Serias louvado por todos.
Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
Condenar-te-iam.
Serias condenado.
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
a) Presente
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
- um fato que ocorre no momento em que se fala.
Eles estudam silenciosamente.
Eles estão estudando silenciosamente.
- uma ação habitual.
Corra todas as manhãs.
- uma verdade universal (ou tida como tal):
O homem é mortal.
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
maior realce à narrativa.
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis".
É o chamado presente histórico ou narrativo.
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
Amanhã vou à escola.
Qualquer dia eu te telefono.
b) Pretérito Imperfeito
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar:
- um fato passado contínuo, habitual, permanente:
Ele andava à toa.
Nós vendíamos sempre fiado.
- um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre
por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis.
Era uma vez...
- um fato presente em relação a outro fato passado.
Eu lia quando ele chegou.
c) Pretérito Perfeito
Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já
ocorrido, concluído.
Estudei a noite inteira.
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Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o
momento presente.
Tenho estudado todas as noites.
d) Pretérito mais-que-perfeito
Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em
relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado):
A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou.
e) Futuro do Presente
Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato
futuro em relação ao momento em que se fala.
Irei à escola.
f) Futuro do Pretérito
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar:
- um fato futuro, em relação a outro fato passado.
- Eu jogaria se não tivesse chovido.
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto.
- Seria realmente agradável ter de sair?
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às
vezes, ironia.
- Daria para fazer silêncio?!
Modo Subjuntivo
a) Presente
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar:
- um fato presente, mas duvidoso, incerto.
Talvez eles estudem... não sei.
- um desejo, uma vontade:
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
b) Pretérito Imperfeito
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma
hipótese, uma condição.
Se eu estudasse, a história seria outra.
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo.
e) Pretérito Perfeito
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar
um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as
características do modo subjuntivo).
Que tenha estudado bastante é o que espero.
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito
do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato
passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo:
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranquilamente.
e) Futuro
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já concluído em relação a outro fato futuro.
Quando eu voltar, saberei o que fazer.
VERBOS IRREGULARES
DAR
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão
Pretérito perfeito
dei, deste, deu, demos, destes, deram
Pretérito mais-que-perfeito
dera, deras, dera, déramos, déreis, deram
Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem
Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
MOBILIAR
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam
Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem
Imperativo
mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem
AGUAR
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam
Pretérito perfeito
aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram
Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem
MAGOAR
Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam
Pretérito perfeito
magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoaram
Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem
Conjugam-se como
magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar
54
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APIEDAR-SE
Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedaisvos, apiadam-se
Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedeivos, apiedem-se
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A
MOSCAR
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, musquem
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U
RESFOLEGAR
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais,
resfolgam
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis,
resfolguem
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece
NOMEAR
Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam
Pretérito imperfeito
nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,
nomeavam
Pretérito perfeito
nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem
Conjugam-se como
nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear
COPIAR
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
Pretérito imperfeito
copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram
Pretérito mais-que-perfeito
copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiáreis, copiaram
Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem
Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem
ODIAR
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam
Pretérito imperfeito
odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam
Pretérito perfeito
odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram
Pretérito mais-que-perfeito
odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis,
odiaram
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem
Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar
CABER
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
Pretérito perfeito
coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam
Pretérito mais-que-perfeito
coubera, couberas, coubera, coubéramos,
coubéreis, couberam
Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,
coubessem
Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
imperativo negativo
CRER
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam
Conjugam-se como crer, ler e descrer
DIZER
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Pretérito perfeito
disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram
Pretérito mais-que-perfeito
dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis,
disseram
Futuro do presente
direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão
Futuro do pretérito
diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam
Pretérito imperfeito
dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
dissesse
Futuro
disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem
Particípio
dito
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
FAZER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
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Pretérito perfeito
fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram
Pretérito mais-que-perfeito
fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram
Futuro do presente
farei, farás, fará, faremos, fareis, farão
Futuro do pretérito
faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam
Imperfeito do subjuntivo
fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis,
fizessem
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer
PERDER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam
PODER
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem
Pretérito Imperfeito
podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Pretérito perfeito
pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam
Pretérito mais-que-perfeito
pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis,
puderam
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam
Pretérito imperfeito
pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis,
pudessem
Futuro
puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem
Infinitivo pessoal
pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Gerúndio
podendo
Particípio
podido
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
imperativo negativo
PROVER
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem
Pretérito imperfeito
provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam
Pretérito perfeito
provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram
Pretérito mais-que-perfeito
provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram
Futuro do presente
proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão
Futuro do pretérito
proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam
Imperativo
provê, proveja, provejamos, provede, provejam
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam
Pretérito imperfeito
provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
provessem
Futuro
prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem
Gerúndio
provendo
Particípio
provido
QUERER
Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem
Pretérito perfeito
quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram
Pretérito mais-que-perfeito
quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram
Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram
Pretérito imperfeito
quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis,
quisessem
Futuro
quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem
REQUERER
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem
Pretérito perfeito
requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste,
requereram
Pretérito mais-que-perfeito
requerera, requereras, requerera, requereramos,
requerereis, requereram
Futuro do presente
requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis,
requererão
Futuro do pretérito
requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis, requereriam
Imperativo
requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram
Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais,
requeiram
Pretérito Imperfeito
requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos,
requerêsseis, requeressem,
Futuro
requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
requerem
Gerúndio
requerendo
Particípio
requerido
O verbo REQUERER não se conjuga como querer.
REAVER
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito perfeito
reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram
Pretérito mais-que-perfeito
reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,
reouveram
Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem
Futuro
reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
reouverem
O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresenta a letra v
SABER
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Pretérito perfeito
soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Pretérito mais-que-perfeito
soubera, souberas, soubera, soubéramos,
soubéreis, souberam
Pretérito imperfeito
sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
soubessem
Futuro
souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
VALER
Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
TRAZER
Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
Pretérito imperfeito
trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
Pretérito perfeito
trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
Pretérito mais-que-perfeito
trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,
trouxéreis, trouxeram
Futuro do presente
trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Futuro do pretérito
traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Imperativo
traze, traga, tragamos, trazei, tragam
Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
Pretérito imperfeito
trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
trouxessem
Futuro
trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem
Infinitivo pessoal
trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
Gerúndio
trazendo
Particípio
trazido
VER
Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Pretérito perfeito
vi, viste, viu, vimos, vistes, viram
Pretérito mais-que-perfeito
vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês
Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam
Pretérito imperfeito
visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem
Futuro
vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Particípio
visto
ABOLIR
Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem
Pretérito imperfeito
abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam
Pretérito perfeito
aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
Pretérito mais-que-perfeito
abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis,
aboliram
Futuro do presente
abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão
Futuro do pretérito
aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam
Presente do subjuntivo não há
Presente imperfeito
abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis,
abolissem
Futuro
abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Imperativo afirmativo abole, aboli
Imperativo negativo
não há
Infinitivo pessoal
abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Infinitivo impessoal
abolir
Gerúndio
abolindo
Particípio
abolido
O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I.
AGREDIR
Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam
Imperativo
agride, agrida, agridamos, agredi, agridam
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I.
Língua Portuguesa
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
COBRIR
Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem
Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram
Imperativo
cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram
Particípio
coberto
Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir
FALIR
Presente do indicativo falimos, falis
Pretérito imperfeito
falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam
Pretérito mais-que-perfeito
falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram
Pretérito perfeito
fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente
falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão
Futuro do pretérito
faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam
Presente do subjuntivo não há
Pretérito imperfeito
falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
Futuro
falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Imperativo afirmativo fali (vós)
Imperativo negativo
não há
Infinitivo pessoal
falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Gerúndio
falindo
Particípio
falido
FERIR
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados.
MENTIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam
Imperativo
mente, minta, mintamos, menti, mintam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir.
FUGIR
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo
foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
IR
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Pretérito imperfeito
ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Pretérito perfeito
fui, foste, foi, fomos, fostes, foram
Pretérito mais-que-perfeito
fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram
Futuro do presente
irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
Futuro do pretérito
iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão
Imperativo negativo
não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Pretérito imperfeito
fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Futuro
for, fores, for, formos, fordes, forem
Infinitivo pessoal
ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Gerúndio
indo
Particípio
ido
OUVIR
Presente do indicativo
Presente do subjuntivo
Imperativo
Particípio
ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem
ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
ouvido
PEDIR
Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Pretérito perfeito
pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
Imperativo
pede, peça, peçamos, pedi, peçam
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
POLIR
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Imperativo
pule, pula, pulamos, poli, pulam
REMIR
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
RIR
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Pretérito imperfeito
ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam
Pretérito perfeito
ri, riste, riu, rimos, ristes, riram
56
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Pretérito mais-que-perfeito
rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Futuro do presente
rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
Futuro do pretérito
riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Pretérito imperfeito
risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro
rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Infinitivo pessoal
rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Gerúndio
rindo
Particípio
rido
Conjuga-se como rir: sorrir
VIR
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Pretérito imperfeito
vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham
Pretérito perfeito
vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Pretérito mais-que-perfeito
viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Futuro do presente
virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
Futuro do pretérito
viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Pretérito imperfeito
viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Futuro
vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
Infinitivo pessoal
vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Gerúndio
vindo
Particípio
vindo
Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Palavras Denotativas
Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, terão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Mas que olhos lindos!
Veja só que maravilha!
NUMERAL
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração.
O numeral classifica-se em:
- cardinal - quando indica quantidade.
- ordinal - quando indica ordem.
- multiplicativo - quando indica multiplicação.
- fracionário - quando indica fracionamento.
SUMIR
Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo
some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
Exemplos:
Silvia comprou dois livros.
Antônio marcou o primeiro gol.
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço.
O galinheiro ocupava um quarto da quintal.
ADVÉRBIO
Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio, exprimindo uma circunstância.
QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS
Os advérbios dividem-se em:
1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, etc.
2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
mal, quase, apenas, etc.
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc.
6) NEGAÇÃO: não.
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
provavelmente, etc.
Há Muitas Locuções Adverbiais
1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entrada, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em geral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vistos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máquina, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
etc.
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
Advérbios Interrogativos
Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Língua Portuguesa
57
Romanos
I
II
Arábicos
1
2
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
3
4
5
6
7
8
9
10
11
XII
12
XIII
13
XIV
14
XV
15
XVI
16
XVII
17
XVIII
18
XIX
19
XX
XXX
20
30
Algarismos
Cardinais
um
dois
Ordinais
primeiro
segundo
três
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
onze
terceiro
quarto
quinto
sexto
sétimo
oitavo
nono
décimo
décimo
primeiro
doze
décimo
segundo
treze
décimo
terceiro
quatorze
décimo
quarto
quinze
décimo
quinto
dezesseis
décimo
sexto
dezessete
décimo
sétimo
dezoito
décimo
oitavo
dezenove décimo nono
vinte
trinta
vigésimo
trigésimo
Numerais
Multiplica- Fracionários
tivos
simples
duplo
meio
dobro
tríplice
terço
quádruplo
quarto
quíntuplo
quinto
sêxtuplo
sexto
sétuplo
sétimo
óctuplo
oitavo
nônuplo
nono
décuplo
décimo
onze avos
doze avos
treze avos
quatorze
avos
quinze avos
dezesseis
avos
dezessete
avos
dezoito avos
dezenove
avos
vinte avos
trinta avos
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
XL
40
quarenta
L
50
cinquenta
LX
60
sessenta
LXX
70
setenta
LXXX
XC
80
90
oitenta
noventa
C
CC
CCC
CD
100
200
300
400
D
500
DC
600
DCC
700
DCCC
800
CM
900
M
1000
quadragésimo
quinquagésimo
sexagésimo
septuagésimo
octogésimo
nonagésimo
cem
centésimo
duzentos ducentésimo
trezentos trecentésimo
quatrocen- quadringentos
tésimo
quinhenquingentétos
simo
seiscentos sexcentésimo
setecen- septingentétos
simo
oitocentos octingentésimo
novecen- nongentésitos
mo
mil
milésimo
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
quarenta
avos
cinquenta
avos
sessenta
avos
setenta avos
oitenta avos
noventa
avos
centésimo
ducentésimo
trecentésimo
quadringentésimo
quingentésimo
sexcentésimo
septingentésimo
octingentésimo
nongentésimo
milésimo
Emprego do Numeral
Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.
empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro)
Luis X (décimo)
ano I (primeiro)
Pio lX (nono)
século lV (quarto)
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
geral.
Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, indeterminado).
lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
CONJUNÇÃO
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
Coniunções Coordenativas
ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc.
ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
senão, no entanto, etc.
3)
ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer,
etc.
4)
CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por
consequência.
5)
EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque,
pois, etc.
1)
2)
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
De 11 em diante, empregam-se os cardinais:
Leão Xlll (treze)
ano Xl (onze)
Pio Xll (doze)
século XVI (dezesseis)
Luis XV (quinze)
capitulo XX (vinte)
10)
Conjunções Subordinativas
CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.
CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc.
COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc.
CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc.
CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que,
etc.
INTEGRANTES: que, se, etc.
FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de
forma que, de modo que, etc.
PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais,
etc.
TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc.
VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES
Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
XX Salão do Automóvel (vigésimo)
VI Festival da Canção (sexto)
lV Bienal do Livro (quarta)
XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
Examinemos estes exemplos:
1º) Tristeza e alegria não moram juntas.
2º) Os livros ensinam e divertem.
3º) Saímos de casa quando amanhecia.
Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao
emprego do ordinal.
Hoje é primeiro de setembro
Não é aconselhável iniciar período com algarismos
16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é
uma conjunção.
A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordinais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois
(= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um,
página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a
folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o
numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da
mesma oração.
ARTIGO
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando
orações: são também conjunções.
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa
da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a
conjunção E é coordenativa.
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção
QUANDO é subordinativa.
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas.
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determinálos. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
As conjunções coordenativas podem ser:
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas
também, mas ainda, senão também, como também, bem como.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
Não aprovo nem permitirei essas coisas.
Dividem-se em
• definidos: O, A, OS, AS
• indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado).
Língua Portuguesa
58
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
2)
3)
4)
5)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os livros não só instruem mas também divertem.
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam
as flores.
Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, compensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, apesar disso, em todo caso.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham.
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia.
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele.
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico.
Hoje não atendo, em todo caso, entre.
Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou,
ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos.
Ou você estuda ou arruma um emprego.
Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
"Já chora, já se ri, já se enfurece."
(Luís de Camões)
Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.
As árvores balançam, logo está ventando.
Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável.
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.
Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, porque, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
causar incêndios.
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
4)
5)
6)
7)
8)
Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversativo:
Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam.
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."
(Jorge Amado)
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à
outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que
traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou
hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
Abrangem as seguintes classes:
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
que, uma vez que, desde que.
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
efeito).
Como estivesse de luto, não nos recebeu.
Desde que é impossível, não insistirei.
2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
(= como).
Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
(Paulo Mendes Campos)
"Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
(Antônio Olavo Pereira)
"E pia tal a qual a caça procurada."
(Amadeu de Queirós)
"Por que ficou me olhando assim feito boba?"
(Carlos Drummond de Andrade)
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
Os governantes realizam menos do que prometem.
3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
Língua Portuguesa
menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
(= embora não).
Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
Beba, nem que seja um pouco.
Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
afirmações.
Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
(= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
Ficaremos sentidos, se você não vier.
Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
"Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
que os mosquitos se opusessem."
(Ferreira de Castro)
Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não
são como (ou conforme) dizem.
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar."
(Machado de Assis)
Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto,
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de
forma que, de maneira que, sem que, que (não).
Minha mão tremia tanto que mal podia escrever.
Falou com uma calma que todos ficaram atônitos.
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí.
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam.
Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.
Finais: para que, a fim de que, que (= para que).
Afastou-se depressa para que não o víssemos.
Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
À medida que se vive, mais se aprende.
À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados.
Observação:
São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida
que e na medida em que. A forma correta é à medida que:
"À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem."
(Maria José de Queirós)
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que,
etc.
Venha quando você quiser.
Não fale enquanto come.
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia.
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Cavalcânti)
10) Integrantes: que, se.
Sabemos que a vida é breve.
Veja se falta alguma coisa.
Observação:
Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB,
porém, não consigna esta espécie de conjunção.
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que,
por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc.
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex59
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
to. Assim, a conjunção que pode ser:
1) Aditiva (= e):
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai.
A nós que não a eles, compete fazê-lo.
2) Explicativa (= pois, porque):
Apressemo-nos, que chove.
3) Integrante:
Diga-lhe que não irei.
4) Consecutiva:
Tanto se esforçou que conseguiu vencer.
Não vão a uma festa que não voltem cansados.
Onde estavas, que não te vi?
5) Comparativa (= do que, como):
A luz é mais veloz que o som.
Ficou vermelho que nem brasa.
6) Concessiva (= embora, ainda que):
Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo.
Beba, um pouco que seja.
7) Temporal (= depois que, logo que):
Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
8) Final (= pare que):
Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
9) Causal (= porque, visto que):
"Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo
Coaraci)
A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pedisse. (sem que = embora não)
2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito.
(sem que = se não,caso não)
3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
(sem que = que não)
4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo
valor de uma interjeição.
Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
FRASE
Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
O tempo está nublado.
Socorro!
Que calor!
ORAÇÃO
Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal.
A fanfarra desfilou na avenida.
As festas juninas estão chegando.
PERÍODO
Período é a frase estruturada em oração ou orações.
O período pode ser:
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta).
Fui à livraria ontem.
• composto - quando constituído por mais de uma oração.
Fui à livraria ontem e comprei um livro.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
São dois os termos essenciais da oração:
SUJEITO
Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa.
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes)
PREPOSIÇÃO
O sujeito pode ser :
- simples:
Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois termos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o
segundo, um subordinado ou consequente.
- composto:
Exemplos:
Chegaram a Porto Alegre.
Discorda de você.
Fui até a esquina.
Casa de Paulo.
Preposições Essenciais e Acidentais
As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,
DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
ATRÁS.
Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a outras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora,
conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo,
segundo, senão, tirante, visto, etc.
INTERJEIÇÃO
Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem
ser:
-
alegria: ahl oh! oba! eh!
animação: coragem! avante! eia!
admiração: puxa! ih! oh! nossa!
aplauso: bravo! viva! bis!
desejo: tomara! oxalá!
dor: aí! ui!
silêncio: psiu! silêncio!
suspensão: alto! basta!
Língua Portuguesa
- oculto:
- indeterminado:
- Inexistente:
quando tem um só núcleo
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas;
núcleo: rosas)
quando tem mais de um núcleo
O burro e o cavalo saíram em disparada.
(suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo)
ou elíptico ou implícito na desinência verbal
Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu)
quando não se indica o agente da ação verbal
Come-se bem naquele restaurante.
quando a oração não tem sujeito
Choveu ontem.
Há plantas venenosas.
PREDICADO
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito.
O predicado classifica-se em:
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo
do sujeito.
Nosso colega está doente.
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,
PERMANECER, etc.
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a
comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Nosso colega está doente.
A moça permaneceu sentada.
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou
transitivo.
O avião sobrevoou a praia.
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento.
O sabiá voou alto.
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio
de proposição.
Minha equipe venceu a partida.
60
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com
auxílio de preposição.
Ele precisa de um esparadrapo.
• Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de
complemento com auxilio de preposição.
Damos uma simples colaboração a vocês.
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais
predicativo do sujeito.
Os rapazes voltaram vitoriosos.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico.
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto
direto ou indireto.
Elegemos o nosso candidato vereador.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
•
3. APOSTO
Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
desenvolve ou resume outro termo da oração.
Dr. João, cirurgião-dentista,
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
4. VOCATIVO
Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou
interpelar alguém ou alguma coisa.
Tem compaixão de nós, ó Cristo.
Professor, o sinal tocou.
Rapazes, a prova é na próxima semana.
PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES
No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
Fui ao cinema.
O pássaro voou.
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Chama-se termos integrantes da oração os que completam a
significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à
compreensão do enunciado.
PERÍODO COMPOSTO
No período composto há mais de uma oração.
(Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens
folgam.)
1. OBJETO DIRETO
Período composto por coordenação
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.
Apresenta orações independentes.
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.)
2. OBJETO INDIRETO
Período composto por subordinação
Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
transitivo indireto.
As crianças precisam de CARINHO.
3. COMPLEMENTO NOMINAL
Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de
um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por
um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo)
Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
(advérbio).
Apresenta orações dependentes.
(É bom) (que você estude.)
Período composto por coordenação e subordinação
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este
período é também conhecido como misto.
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.)
ORAÇÃO COORDENADA
Oração coordenada é aquela que é independente.
As orações coordenadas podem ser:
- Sindética:
4. AGENTE DA PASSIVA
Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na
voz passiva.
A mãe é amada PELO FILHO.
O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO.
Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
alguma circunstância.
São termos acessórios da oração:
1. ADJUNTO ADNOMINAL
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
substantivos. Pode ser expresso:
• pelos adjetivos: água fresca,
• pelos artigos: o mundo, as ruas
• pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
• pelos numerais : três garotos; sexto ano
• pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
2. ADJUNTO ADVERBIAL
Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo,
lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Cheguei cedo.
José reside em São Paulo.
Língua Portuguesa
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção
coordenativa.
Viajo amanhã, mas volto logo.
- Assindética:
Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou
ponto e vírgula.
Chegou, olhou, partiu.
A oração coordenada sindética pode ser:
1. ADITIVA:
Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,
também:
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM.
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ.
2. ADVERSATIVA:
Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste
(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc).
A espada vence MAS NÃO CONVENCE.
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO.
3. ALTERNATIVAS:
Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra
(ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc).
Mudou o natal OU MUDEI EU?
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel,
61
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!”
Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.
(C. Meireles)
7) AGENTE DA PASSIVA
4. CONCLUSIVAS:
Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS,
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE,
etc).
Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO.
Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ.
5. EXPLICATIVAS:
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.)
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR.
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS.
ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE
É aquela que vem entre os termos de uma outra oração.
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos:
CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc.
ORAÇÃO PRINCIPAL
Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
por um conectivo.
ELES DISSERAM que voltarão logo.
ELE AFIRMOU que não virá.
PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
um adjetivo.
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
1) EXPLICATIVAS:
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma
informação.
Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará.
Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.
2) RESTRITIVAS:
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
indispensáveis ao sentido da frase:
Pedra QUE ROLA não cria limo.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
um advérbio.
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão:
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE.
O tambor soa PORQUE É OCO.
ORAÇÃO SUBORDINADA
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
nem sempre é a primeira do período.
Quando ele voltar, eu saio de férias.
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
comparação.
O som é menos veloz QUE A LUZ.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite:
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram.
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava.
Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função
de um substantivo.
Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas
substantivas classificam-se em:
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese:
SE O CONHECESSES, não o condenarias.
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO?
1) SUBJETIVA (sujeito)
Convém que você estude mais.
Importa que saibas isso bem. .
É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)
Desejo QUE VENHAM TODOS.
Pergunto QUEM ESTÁ AI.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
com outro:
Fiz tudo COMO ME DISSERAM.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI.
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado:
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA!
Tenho medo disso QUE ME PÉLO!
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto:
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR.
3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.
4) COMPLETIVA NOMINAL
Complemento nominal.
Ser grato A QUEM TE ENSINA.
Sou favorável A QUE O PRENDAM.
5) PREDICATIVA (predicativo)
Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
Não sou QUEM VOCÊ PENSA.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade:
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo.
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na
oração principal:
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam.
6) APOSITIVAS (servem de aposto)
10) MODAIS: exprimem modo, maneira:
Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
Língua Portuguesa
62
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais:
gerúndio, infinitivo e particípio.
Exemplos:
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO.
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ.
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
conseguirás.
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS
ATENTOS.
• AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
entristeceu-se.
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES
MAIS.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procureme.
15)
16)
tivo a que se referem.
Trouxe anexas as fotografias que você me pediu.
A expressão em anexo é invariável.
Trouxe em anexo estas fotos.
Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substituem advérbios em MENTE, permanecem invariáveis.
Vocês falaram alto demais.
O combustível custava barato.
Você leu confuso.
Ela jura falso.
CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos,
sofrem variação normalmente.
Esses pneus custam caro.
Conversei bastante com eles.
Conversei com bastantes pessoas.
Estas crianças moram longe.
Conheci longes terras.
CONCORDÂNCIA VERBAL
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
CASOS GERAIS
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
1)
2)
Principais Casos de Concordância Nominal
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
13)
14)
O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
gênero e número com o substantivo.
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
normalmente para o plural.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
para o masculino plural.
Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
próximo:
Trouxe livros e revista especializada.
O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próximo.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
sujeito.
Meus amigos estão atrapalhados.
O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predicativo no gênero da pessoa a quem se refere.
Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
vão para o singular ou para o plural.
Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
Já estudei o primeiro e segundo livros.
O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
que se referem.
Ela mesma veio até aqui.
Eles chegaram sós.
Eles próprios escreveram.
A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
Muito obrigado. (masculino singular)
Muito obrigada. (feminino singular).
A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica
invariável quando é advérbio.
Quero meio quilo de café.
Minha mãe está meio exausta.
É meio-dia e meia. (hora)
As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan-
Língua Portuguesa
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)
12)
63
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
O menino chegou. Os meninos chegaram.
Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular.
O pessoal ainda não chegou.
A turma não gostou disso.
Um bando de pássaros pousou na árvore.
Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural.
Os Estados Unidos são um grande país.
Os Lusíadas imortalizaram Camões.
Os Alpes vivem cobertos de neve.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular.
Flores já não leva acento.
O Amazonas deságua no Atlântico.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica.
Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferentemente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram).
O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o
sujeito paciente.
Vende-se um apartamento.
Vendem-se alguns apartamentos.
O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o
verbo para a 3ª pessoa do singular.
Precisa-se de funcionários.
A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no
singular e o verbo no singular ou no plural.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem)
A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul.
A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
Mais de um jurado fez justiça à minha música.
As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular.
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição.
Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
sujeito.
Deu uma hora.
Deram três horas.
Bateram cinco horas.
Naquele relógio já soaram duas horas.
A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
Ela é que faz as bolas.
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
13)
14)
Eu é que escrevo os programas.
O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é
um pronome relativo.
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
Fui eu que fiz a lição
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possíveis.
• que: Fui eu que fiz a lição.
• quem: Fui eu quem fez a lição.
• o que: Fui eu o que fez a lição.
Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a
este sua impessoalidade.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem.
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PARECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
Aquilo é ilusão.
2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER concorda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
Que são florestas equatoriais?
Quem eram aqueles homens?
3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
a expressão numérica.
São oito horas.
Hoje são 19 de setembro.
De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
PARA = passagem
A regência verbal trata dos complementos do verbo.
ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• pretender (transitivo indireto)
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
2. OBEDECER - transitivo indireto
Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
3. PAGAR - transitivo direto e indireto
Já paguei um jantar a você.
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
Prefiro Comunicação à Matemática.
6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Informei-lhe o problema.
7. ASSISTIR - morar, residir:
Assisto em Porto Alegre.
• amparar, socorrer, objeto direto
O médico assistiu o doente.
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto
Assistimos a um belo espetáculo.
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto
Assiste-lhe o direito.
8. ATENDER - dar atenção
Atendi ao pedido do aluno.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto
Atenderam o freguês com simpatia.
4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
fica no singular.
Três batalhões é muito pouco.
Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
A moça queria um vestido novo.
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto
O professor queria muito a seus alunos.
5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
Maria era as flores da casa.
O homem é cinzas.
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto
Todos visamos a um futuro melhor.
• APONTAR, MIRAR - objeto direto
O artilheiro visou a meta quando fez o gol.
• pör o sinal de visto - objeto direto
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
concorda com o predicativo.
Dançar e cantar é a sua atividade.
Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
concorda com o pronome.
A ciência, mestres, sois vós.
Em minha turma, o líder sou eu.
8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
apenas um deles deve ser flexionado.
Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramaticalmente do outro.
A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
adjetivos).
Exemplos:
Língua Portuguesa
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores.
Desobedeceram às leis do trânsito.
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
• exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos.
Ele estabeleceu-se na Avenida São João.
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
Essas tuas justificativas não procedem.
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se
com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
O secretário procedeu à leitura da carta.
14. ESQUECER E LEMBRAR
• quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
Esqueci o nome desta aluna.
Lembrei o recado, assim que o vi.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto:
64
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Esqueceram-se da reunião de hoje.
Lembrei-me da sua fisionomia.
15.
•
•
•
•
•
•
•
Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa.
perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos.
pagar - Pago o 13° aos professores.
dar - Daremos esmolas ao pobre.
emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
ensinar - Ensino a tabuada aos alunos.
agradecer - Agradeço as graças a Deus.
pedir - Pedi um favor ao colega.
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto:
O amor implica renúncia.
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
COM:
O professor implicava com os alunos
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposição EM:
Implicou-se na briga e saiu ferido
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A:
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
como sujeito:
O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente dificuldade, será objeto indireto.
Custou-me confiar nele novamente.
Custar-te-á aceitá-la como nora.
Funções da Linguagem
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva,
expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem
avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular
ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja,
não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos,
jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O
Popular, 16 out. 2008.
Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas
emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do
emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto,
apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação,
interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois
transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva.
Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou
romântico.
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do
bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros
amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces,
Carlos Drummond de Andrade)
Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o
receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos),
sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam
estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa
(Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de
função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de
autoridade.
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!
Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é
quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um
Língua Portuguesa
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o
código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.
Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o
emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida
ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando
atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.
Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos
através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das
palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de
combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma
combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro,
de acordo com o poeta.
Por Sabrina Vilarinho
EMPREGO DO QUE E DO SE
A palavra que em português pode ser:
Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.
Nesse caso, será acentuada e seguida de ponto de exclamação. Usa-se
também a variação o quê! A palavra que não exerce função sintática
quando funciona como interjeição.
Quê! Você ainda não está pronto?
O quê! Quem sumiu?
Substantivo: equivale a alguma coisa.
Nesse caso, virá sempre antecedida de artigo ou outro determinante, e
receberá acento por ser monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto. Quando a palavra
que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe
de palavra (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, etc.)
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto
direto)
Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o
verbo ter.
Equivale a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função
sintática.
Tenho que sair agora.
Ele tem que dar o dinheiro hoje.
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo
algum para o sentido.
Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio
nome indica, é usada apenas para dar realce. Como partícula expletiva,
aparece também na expressão é que.
65
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Quase que não consigo chegar a tempo.
Elas é que conseguiram chegar.
Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando
funciona como advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto
adverbial; no caso, de intensidade.
Que lindas flores!
Que barato!
Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:
• pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o
na oração consequente. Equivale a o qual e flexões.
Não encontramos as pessoas que saíram.
• pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
as orações que estão na voz passiva sintética. É também chamada de
pronome apassivador. Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel
é apenas apassivar o verbo.
Vendem-se casas.
Aluga-se carro.
Compram-se joias.
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a um verbo que não é
transitivo direto, tornando o sujeito indeterminado. Não exerce propriamente
uma função sintática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se de
que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa do singular.
Trabalha-se de dia.
Precisa-se de vendedores.
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome pessoal, ela deverá
estar sempre na mesma pessoa do sujeito da oração de que faz parte. Por
isso o pronome oblíquo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
• pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito,
objeto direto, objeto indireto, etc.)
Que aconteceu com você?
* objeto direto
Ele cortou-se com o facão.
• pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função
sintática de adjunto adnominal.
* objeto indireto
Ele se atribui muito valor.
Que vida é essa?
* sujeito de um infinitivo
“Sofia deixou-se estar à janela.”
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce
função sintática. Como conjunção, a palavra que pode relacionar tanto
orações coordenadas quanto subordinadas, daí classificar-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como
conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da
oração que introduz. Por exemplo:
Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa)
Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva)
Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o
nome de conjunção subordinativa integrante.
Desejo que você venha logo.
A palavra se
A palavra se, em português, pode ser:
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce
função sintática. Como conjunção, a palavra se pode ser:
* conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada substantiva.
Perguntei se ele estava feliz.
* conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condicional (equivale a caso).
Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo
algum para o sentido. Nesse caso, a palavra se não exerce função sintática. Como o próprio nome indica, é usada apenas para dar realce.
Passavam-se os dias e nada acontecia.
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais.
Nesse caso, o se não exerce função sintática.
Ele arrependeu-se do que fez.
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza
Língua Portuguesa
Por Marina Cabral
CONFRONTO E RECONHECIMENTO DE FRASES
CORRETAS E INCORRETAS
O reconhecimento de frases corretas e incorretas abrange praticamente
toda a gramática.
Os principais tópicos que podem aparecer numa frase correta ou incorreta
são:
- ortografia
- acentuação gráfica
- concordância
- regência
- plural e singular de substantivos e adjetivos
- verbos
- etc.
Daremos a seguir alguns exemplos:
Encontre o termo em destaque que está erradamente empregado:
A) Senão chover, irei às compras.
B) Olharam-se de alto a baixo.
C) Saiu a fim de divertir-se
D) Não suportava o dia-a-dia no convento.
E) Quando está cansado, briga à toa.
Alternativa A
Ache a palavra com erro de grafia:
A) cabeleireiro ; manteigueira
B) caranguejo ; beneficência
C) prazeirosamente ; adivinhar
D) perturbar ; concupiscência
E) berinjela ; meritíssimo
Alternativa C
Identifique o termo que está inadequadamente empregado:
A) O juiz infligiu-lhe dura punição.
B) Assustou-se ao receber o mandato de prisão.
C) Rui Barbosa foi escritor preeminente de nossas letras.
66
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
D) Com ela, pude fruir os melhores momentos de minha vida.
E) A polícia pegou o ladrão em flagrante.
Alternativa B
O acento grave, indicador de crase, está empregado CORRETAMENTE
em:
A) Encaminhamos os pareceres à Vossa Senhoria e não tivemos resposta.
B) A nossa reação foi deixá-los admirar à belíssima paisagem.
C) Rapidamente, encaminhamos o produto à firma especializada.
D) Todos estávamos dispostos à aceitar o seu convite.
Alternativa C
Assinale a alternativa cuja concordância nominal não está de acordo com o
padrão culto:
A) Anexa à carta vão os documentos.
B) Anexos à carta vão os documentos.
C) Anexo à carta vai o documento.
D) Em anexo, vão os documentos.
Alternativa A
Identifique a única frase onde o verbo está conjugado corretamente:
A) Os professores revêm as provas.
B) Quando puder, vem à minha casa.
C) Não digas nada e voltes para sua sala.
D) Se pretendeis destruir a cidade, atacais à noite.
E) Ela se precaveu do perigo.
Alternativa E
Encontre a alternativa onde não há erro no emprego do pronome:
A) A criança é tal quais os pais.
B) Esta tarefa é para mim fazer até domingo.
C) O diretor conversou com nós.
D) Vou consigo ao teatro hoje à noite.
E) Nada de sério houve entre você e eu.
Alternativa A
Que frase apresenta uso inadequado do pronome demonstrativo?
A) Esta aliança não sai do meu dedo.
B) Foi preso em 1964 e só saiu neste ano.
C) Casaram-se Tânia e José; essa contente, este apreensivo.
D) Romário foi o maior artilheiro daquele jogo.
E) Vencer depende destes fatores: rapidez e segurança.
Alternativa C
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Palavras fora do lugar podem prejudicar e até impedir a compreensão
de uma ideia. Cada palavra deve ser posta na posição funcionalmente
correta em relação às outras, assim como convém dispor com clareza as
orações no período e os períodos no discurso.
Sintaxe de colocação é o capítulo da gramática em que se cuida da ordem ou disposição das palavras na construção das frases. Os termos da
oração, em português, geralmente são colocados na ordem direta (sujeito +
verbo + objeto direto + objeto indireto, ou sujeito + verbo + predicativo). As
inversões dessa ordem ou são de natureza estilística (realce do termo cuja
posição natural se altera: Corajoso é ele! Medonho foi o espetáculo), ou de
pura natureza gramatical, sem intenção especial de realce, obedecendo-se,
apenas a hábitos da língua que se fizeram tradicionais.
Sujeito posposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos:
(1) nas orações intercaladas (Sim, disse ele, voltarei); (2) nas interrogativas,
não sendo o sujeito pronome interrogativo (Que espera você?); (3) nas
reduzidas de infinitivo, de gerúndio ou de particípio (Por ser ele quem é...
Sendo ele quem é... Resolvido o caso...); (4) nas imperativas (Faze tu o
que for possível); (5) nas optativas (Suceda a paz à guerra! Guie-o a mão
da Providência!); (6) nas que têm o verbo na passiva pronominal (Eliminaram-se de vez as esperanças); (7) nas que começam por adjunto adverbial
(No profundo do céu luzia uma estrela), predicativo (Esta é a vontade de
Deus) ou objeto (Aos conselhos sucederam as ameaças); (8) nas construídas com verbos intransitivos (Desponta o dia). Colocam-se normalmente
Língua Portuguesa
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
depois do verbo da oração principal as orações subordinadas substantivas:
é claro que ele se arrependeu.
Predicativo anteposto ao verbo. Ocorre, entre outros, nos seguintes casos: (1) nas orações interrogativas (Que espécie de homem é ele?); (2) nas
exclamativas (Que bonito é esse lugar!).
Colocação do adjetivo como adjunto adnominal. A posposição do adjunto adnominal ao substantivo é a sequência que predomina no enunciado
lógico (livro bom, problema fácil), mas não é rara a inversão dessa ordem:
(Uma simples advertência [anteposição do adjetivo simples, no sentido de
mero]. O menor descuido porá tudo a perder [anteposição dos superlativos
relativos: o melhor, o pior, o maior, o menor]). A anteposição do adjetivo,
em alguns casos, empresta-lhe sentido figurado: meu rico filho, um grande
homem, um pobre rapaz).
Colocação dos pronomes átonos. O pronome átono pode vir antes do
verbo (próclise, pronome proclítico: Não o vejo), depois do verbo (ênclise,
pronome enclítico: Vejo-o) ou no meio do verbo, o que só ocorre com
formas do futuro do presente (Vê-lo-ei) ou do futuro do pretérito (Vê-lo-ia).
Verifica-se próclise, normalmente nos seguintes casos: (1) depois de
palavras negativas (Ninguém me preveniu), de pronomes interrogativos
(Quem me chamou?), de pronomes relativos (O livro que me deram...), de
advérbios interrogativos (Quando me procurarás); (2) em orações optativas
(Deus lhe pague!); (3) com verbos no subjuntivo (Espero que te comportes);
(4) com gerúndio regido de em (Em se aproximando...); (5) com infinitivo
regido da preposição a, sendo o pronome uma das formas lo, la, los, las
(Fiquei a observá-la); (6) com verbo antecedido de advérbio, sem pausa
(Logo nos entendemos), do numeral ambos (Ambos o acompanharam) ou
de pronomes indefinidos (Todos a estimam).
Ocorre a ênclise, normalmente, nos seguintes casos: (1) quando o verbo inicia a oração (Contaram-me que...), (2) depois de pausa (Sim, contaram-me que...), (3) com locuções verbais cujo verbo principal esteja no
infinitivo (Não quis incomodar-se).
Estando o verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, a mesóclise é de regra, no início da frase (Chama-lo-ei. Chama-lo-ia). Se o
verbo estiver antecedido de palavra com força atrativa sobre o pronome,
haverá próclise (Não o chamarei. Não o chamaria). Nesses casos, a língua
moderna rejeita a ênclise e evita a mesóclise, por ser muito formal.
Pronomes com o verbo no particípio. Com o particípio desacompanhado de auxiliar não se verificará nem próclise nem ênclise: usa-se a forma
oblíqua do pronome, com preposição. (O emprego oferecido a mim...).
Havendo verbo auxiliar, o pronome virá proclítico ou enclítico a este. (Por
que o têm perseguido? A criança tinha-se aproximado.)
Pronomes átonos com o verbo no gerúndio. O pronome átono costuma
vir enclítico ao gerúndio (João, afastando-se um pouco, observou...). Nas
locuções verbais, virá enclítico ao auxiliar (João foi-se afastando), salvo
quando este estiver antecedido de expressão que, de regra, exerça força
atrativa sobre o pronome (palavras negativas, pronomes relativos, conjunções etc.) Exemplo: À medida que se foram afastando.
Colocação dos possessivos. Os pronomes adjetivos possessivos precedem os substantivos por eles determinados (Chegou a minha vez), salvo
quando vêm sem artigo definido (Guardei boas lembranças suas); quando
há ênfase (Não, amigos meus!); quando determinam substantivo já determinado por artigo indefinido (Receba um abraço meu), por um numeral
(Recebeu três cartas minhas), por um demonstrativo (Receba esta lembrança minha) ou por um indefinido (Aceite alguns conselhos meus).
Colocação dos demonstrativos. Os demonstrativos, quando pronomes
adjetivos, precedem normalmente o substantivo (Compreendo esses problemas). A posposição do demonstrativo é obrigatória em algumas formas
em que se procura especificar melhor o que se disse anteriormente: "Ouvi
tuas razões, razões essas que não chegaram a convencer-me."
Colocação dos advérbios. Os advérbios que modificam um adjetivo, um
particípio isolado ou outro advérbio vêm, em regra, antepostos a essas
palavras (mais azedo, mal conservado; muito perto). Quando modificam o
verbo, os advérbios de modo costumam vir pospostos a este (Cantou
admiravelmente. Discursou bem. Falou claro.). Anteposto ao verbo, o
adjunto adverbial fica naturalmente em realce: "Lá longe a gaivota voava
rente ao mar."
67
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Figuras de sintaxe. No tocante à colocação dos termos na frase, salientem-se as seguintes figuras de sintaxe: (1) hipérbato -- intercalação de um
termo entre dois outros que se relacionam: "O das águas gigante caudaloso" (= O gigante caudaloso das águas); (2) anástrofe -- inversão da ordem
normal de termos sintaticamente relacionados: "Do mar lançou-se na gelada areia" (= Lançou-se na gelada areia do mar); (3) prolepse -- transposição, para a oração principal, de termo da oração subordinada: "A nossa
Corte, não digo que possa competir com Paris ou Londres..." (= Não digo
que a nossa Corte possa competir com Paris ou Londres...); (4) sínquise -alteração excessiva da ordem natural das palavras, que dificulta a compreensão do sentido: "No tempo que do reino a rédea leve, João, filho de
Pedro, moderava" (= No tempo [em] que João, filho de Pedro, moderava a
rédea leve do reino). ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise)
Por Cristiana Gomes
É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a,
lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise),
no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
ÊNCLISE
Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
- Tornarei-me……. (errada)
- Tinha entregado-nos……….(errada)
Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.
- Entregar-lhe (correta)
- Não posso recebê-lo. (correta)
Outros casos:
- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.
- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa,
ocorrerá a próclise:
Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.
- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
PRÓCLISE
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
Usamos a próclise nos seguintes casos:
Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio
ou particípio.
(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada,
ninguém, nem, de modo algum.
- Nada me perturba.
- Ninguém se mexeu.
- De modo algum me afastarei daqui.
- Ela nem se importou com meus problemas.
(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme,
embora, logo, que.
- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
- É necessário que a deixe na escola.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.
(3) Advérbios
- Aqui se tem paz.
- Sempre me dediquei aos estudos.
- Talvez o veja na escola.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de
atrair o pronome.
- Aqui, trabalha-se.
(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)
(5) Em frases interrogativas.
- Quanto me cobrará pela tradução?
(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).
- Deus o abençoe!
- Macacos me mordam!
- Deus te abençoe, meu filho!
(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.
- Em se plantando tudo dá.
- Em se tratando de beleza, ele é campeão.
(8) Com formas verbais proparoxítonas
- Nós o censurávamos.
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu –
amaria, amarias, …)
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se
houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
- Havia-lhe contado a verdade.
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o
pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
Infinitivo
- Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar
ou depois do verbo principal.
Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade.
- Não ia dizendo-lhe a verdade.
Figuras de Linguagem
Figuras sonoras
Aliteração
repetição de sons consonantais (consoantes).
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características
marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes
veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs,
vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
Assonância
repetição dos mesmos sons vocálicos.
- Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.
Língua Portuguesa
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do
litoral." (Caetano Veloso)
(E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me
deu." (Fernando Pessoa)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Assíndeto
ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto.
Ocorre muito nas or. coordenadas.
Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios."
Paranomásia
o emprego de palavras parônimas (sons parecidos).
Polissíndeto
Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre
Antonio Vieira)
repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período.
Onomatopeia
criação de uma palavra para imitar um som
Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois
dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A
boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..."
(Cecília Meireles)
Linguagem figurada
Ex: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. "E sob as
ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o
sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...)" (Carlos Drummond de Andrade)
Anacoluto
termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, iniciase uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha vida, tudo não passa de alguns
anos sem importância (sujeito sem predicado) / Quem ama o feio, bonito
lhe parece (alteraram-se as relações entre termos da oração)
Elipse
Anáfora
omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Casos mais
comuns:
repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois,
compraríeis a casa?
b) substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no ligar
de o estádio Maracanã
c) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar
de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas.
d) conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me
entenda.
e) verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho
que queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos - E o rapaz: - Não
sei de nada !, em vez de E o rapaz disse:
Zeugma
omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode
necessitar adaptações de número e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo,
nas or. comparativas. Ex: Alguns estudam, outros não, por: alguns estudam, outros não estudam. / "O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque) omissão de era
Hipérbato
alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar anacolutos.
Ex: Morreu o presidente, por: O presidente morreu.
Obs1.: Bechara denomina esta figura antecipação.
Obs2.: Se a inversão for violenta, comprometendo o sentido drasticamente,
Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na sínquise
Obs3.: RL considera anástrofe um tipo de hipérbato
Anástrofe
anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao
termo regente.
Ex: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso da
morte vos cobre a todos.
Obs.: para Rocha Lima é um tipo de hipérbato
Pleonasmo
Ex: "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta
/ Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico Buarque)
Obs.: repetição em final de versos ou frases é epístrofe; repetição no início
e no fim será símploce. Classificações propostas por Rocha Lima.
Silepse
é a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita. Existem três
tipos:
a) de gênero (masc x fem): São Paulo continua poluída (= a cidade de São
Paulo). V. Sª é lisonjeiro
b) de número (sing x pl): Os Sertões contra a Guerra de Canudos (= o livro
de Euclides da Cunha). O casal não veio, estavam ocupados.
c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pess - os brasileiros, mas
quem fala ou escreve também participa do processo verbal)
Antecipação
antecipação de termo ou expressão, como recurso enfático. Pode gerar
anacoluto.
Ex.: Joana creio que veio aqui hoje.
O tempo parece que vai piorar
Obs.: Celso Cunha denomina-a prolepse.
Figuras de palavras ou tropos
(Para Bechara alterações semânticas)
Metáfora
emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de
comparação implícita, sem termo comparativo.
Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. /
"Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior)
Obs1.: Rocha Lima define como modalidades de metáfora: personificação
(animismo), hipérbole, símbolo e sinestesia. ? Personificação - atribuição de
ações, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados. (A lua sorri
aos enamorados) ? Símbolo - nome de um ser ou coisa concreta assumindo valor convencional, abstrato. (balança = justiça, D. Quixote = idealismo,
cão = fidelidade, além do simbolismo universal das cores)
Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas
Catacrese
repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar a ideia.
uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na
ausência de termo específico.
Ex: Vi com meus próprios olhos. "E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao
seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes), Ao pobre não lhe
devo (OI pleonástico)
Ex.: Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-se um deles a
enterrar o dedo no tornozelo inchado." - O verbo enterrar era usado primitivamente para significar apenas colocar na terra.
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da ignorância, perdendo o
caráter enfático (hemorragia de sangue, descer para baixo)
Obs1.: Modernamente, casos como pé de meia e boca de forno são considerados metáforas viciadas. Perderam valor estilístico e se formaram
Língua Portuguesa
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graças à semelhança de forma existente entre seres.
Obs2.: Para Rocha Lima, é um tipo de metáfora
Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não
veja, que eu não conheça perfeitamente."
Metonímia
Prosopopeia, personificação, animismo
substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado.
é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e
inanimados.
Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor
pelo possuído, ou vice-versa - barbearia) / Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro
é malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela
obra - copos).
Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao
Bosco / Aldir Blanc)
Antonomásia, perífrase
substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre nome e seu aposto.
Ex: O mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o leão,
Escritor Maldito = Lima Barreto
Obs.: Rocha Lima considera como uma variação da metonímia
Sinestesia
interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão,
audição, gustação e tato).
Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava ...
/ Na dolência velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfumava. /
Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava /
Brancas sonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava."
(Cruz e Souza)
Obs.: Para Rocha Lima, representa uma modalidade de metáfora
Anadiplose
é a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no
começo de outro membro de frase.
Ex: "Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente
condena os motivos dados."
Figuras de pensamento
Antítese
aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido.
Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios"
(Vinicius de Moraes)
Obs.: Paradoxo - ideias contraditórias num só pensamento, proposição de
Rocha Lima ("dor que desatina sem doer" Camões)
Eufemismo
consiste em "suavizar" alguma ideia desagradável
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado)
Obs.: Rocha Lima propõe uma variação chamada litote - afirma-se algo
pela negação do contrário. (Ele não vê, em lugar de Ele é cego; Não sou
moço, em vez de Sou velho). Para Bechara, alteração semântica.
Hipérbole
exagero de uma ideia com finalidade expressiva
Ex: Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela é louca pelos filhos
(gosta muito dos filhos)
Obs.: Para Rocha Lima, é uma das modalidades de metáfora.
Ironia
utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor
irônico.
Obs.: Para Rocha Lima, é uma modalidade de metáfora.
PREFIXOS E SUFIXOS MAIS COMUNS
(faculdades, funções, estados, doenças, etc)
algos = dor nevralgia, mialgia
bios = vida biologia, biopsia
crásis = temperamento compleição, idiossincrasia
átron = articulação disartria, artralgia
afé = tato disafia, anafilaxia
bulé-vontade abúlico, abulia
cáris = graça eucaristia, carisma
crátos = poder, força democracia, plutocracia
dipsa = sede dipsomania, dipsético
doxa = opinião, glória paradoxo, doxomania
edema = inchação edematoso, edemaciar
éstesis = sensação sensibilidade, estética, anestesia
éros, érotos = amor erótico, erotofobia
étos, éteos = costume tradição, ética, cacoete
foné = voz áfono, fonógrafo
fobos = medo, horror,
aversão fobia, acrofobia
frén, frenós = mente esquizofrenia, frenologia
genos = nascimento eugenia, genética
horama = visão panorama, cosmorama
hedoné = prazer hedonismo, hedonista
hipnos = sono hipnotismo, hipnose
icon = imagem iconoteca, iconoclasta
gnósis = conhecimento diagnóstico, agnóstico
lalia = fala eulalia, dislalia
logos = palavra, discurso logomaquia, logorréia
lépsis = convulsão epilepsia, catalepsia
léxis, léxeos = dicção dislexia léxico
lete = esquecimento letargia, letargiar
mania = loucura megalomania, manicômio
manteia (mancia) =
adivinhação quiromancia, oniromancia
mísos - aversão, ódio misógino, misantropia
mneme = menória amnésia, mnemônico
nárce = entorpecimento narcótico, narcotizar
nósos = doença nosocômio, nosofobia
óneiros (oniros) = sonho onírico, oniromancia
oréxis = fome anorexia, cinorexia
paidéia (pedia) = instrução, correção ortopedia, enciclopédia
pépsis = digestão dispepsia, péptico
peretós = febre antipirético, piretoterapia
plegé = paralisação paraplégico, hemiplegia
pneuma, pneumatos = respiração pneumática, pneumoplegia
pseudos = mentira
falsidade pseudônimo, pseudófobo
psiqué = alma psicologia, psiquiatria
ragé = corrimento hemorragia, blenorragia
spasmós = convulsão espasmo, espasmofilia
sfignós = pulsação esfigmômetro, esfigmógrafo
terapéia(terapia) =
tratamento, cura terapeuta, hidroterapia
timós = mente ciclotimia, lipotimia
Obs.: Rocha Lima designa como antífrase
REDAÇÃO OFICIAL
Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta.
Gradação
MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
2a edição, revista e atualizada
Brasília, 2002
apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
Língua Portuguesa
70
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Apresentação
Com a edição do Decreto no 100.000, em 11 de janeiro de 1991, o Presidente da República autorizou a criação de comissão para rever, atualizar,
uniformizar e simplificar as normas de redação de atos e comunicações
oficiais. Após nove meses de intensa atividade da Comissão presidida pelo
hoje Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, apresentou-se a primeira edição do MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA
DA REPÚBLICA.
A obra dividia-se em duas partes: a primeira, elaborada pelo diplomata
Nestor Forster Jr., tratava das comunicações oficiais, sistematizava seus
aspectos essenciais, padronizava a diagramação dos expedientes, exibia
modelos, simplificava os fechos que vinham sendo utilizados desde 1937,
suprimia arcaísmos e apresentava uma súmula gramatical aplicada à
redação oficial. A segunda parte, a cargo do Ministro Gilmar Mendes,
ocupava-se da elaboração e redação dos atos normativos no âmbito do
Executivo, da conceituação e exemplificação desses atos e do procedimento legislativo.
A edição do Manual propiciou, ainda, a criação de um sistema de controle sobre a edição de atos normativos do Poder Executivo que teve por
finalidade permitir a adequada reflexão sobre o ato proposto: a identificação
clara e precisa do problema ou da situação que o motiva; os custos que
poderia acarretar; seus efeitos práticos; a probabilidade de impugnação
judicial; sua legalidade e constitucionalidade; e sua repercussão no ordenamento jurídico.
Buscou-se, assim, evitar a edição de normas repetitivas, redundantes
ou desnecessárias; possibilitar total transparência ao processo de elaboração de atos normativos; ensejar a verificação prévia da eficácia das normas
e considerar, no processo de elaboração de atos normativos, a experiência
dos encarregados em executar o disposto na norma.
Decorridos mais de dez anos da primeira edição do Manual, fez-se necessário proceder à revisão e atualização do texto para a elaboração desta
2a Edição, a qual preserva integralmente as linhas mestras do trabalho
originalmente desenvolvido. Na primeira parte, as alterações principais
deram-se em torno da adequação das formas de comunicação usadas na
administração aos avanços da informática. Na segunda parte, as alterações
decorreram da necessidade de adaptação do texto à evolução legislativa na
matéria, em especial à Lei Complementar no 95, de 26 de fevereiro de
1998, ao Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002, e às alterações constitucionais ocorridas no período.
Espera-se que esta nova edição do Manual contribua, tal como a primeira, para a consolidação de uma cultura administrativa de profissionalização dos servidores públicos e de respeito aos princípios constitucionais
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, com a
consequente melhoria dos serviços prestados à sociedade.
PEDRO PARENTE
Chefe da Casa Civil da Presidência da República
Sinais e Abreviaturas Empregados
* = indica forma (em geral sintática) inaceitável ou agramatical.
§ = parágrafo
adj. adv. = adjunto adverbial
arc. = arcaico
art. = artigo
cf. = confronte
CN = Congresso Nacional
Cp. = compare
f.v. = forma verbal
fem.= feminino
ind. = indicativo
i. é. = isto é
masc. = masculino
obj. dir. = objeto direto
obj. ind. = objeto indireto
p. = páginap. us. = pouco usado
pess. = pessoa
Língua Portuguesa
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pl. = plural
pref. = prefixo
pres. = presente
Res. = Resolução do Congresso Nacional
RI da CD = Regimento Interno da Câmara dos Deputados
RI do SF = Regimento Interno do Senado Federal
s. = substantivo
s.f. = substantivo feminino
s.m. = substantivo masculino
sing. = singular
tb. = também
v. = ver ou verbo
v. g; = verbi gratia
var. pop. = variante popular
PARTE I
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
CAPÍTULO I
ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL
1. O que é Redação Oficial
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual
o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Interessa-nos
tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo.
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe,
no artigo 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade
princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que
devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A
transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto
legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Além de atender à disposição constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradição. Há normas para sua elaboração que remontam ao período de nossa história imperial, como, por exemplo, a obrigatoriedade – estabelecida por decreto imperial de 10 de dezembro de 1822 – de
que se aponha, ao final desses atos, o número de anos transcorridos desde
a Independência. Essa prática foi mantida no período republicano.
Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas
devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.
Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço
Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público
(no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto
dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).
Outros procedimentos rotineiros na redação de comunicações oficiais
foram incorporados ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de
cortesia, certos clichês de redação, a estrutura dos expedientes, etc. Mencione-se, por exemplo, a fixação dos fechos para comunicações oficiais,
regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justiça, de 8 de julho
de 1937, que, após mais de meio século de vigência, foi revogado pelo
Decreto que aprovou a primeira edição deste Manual.
Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o
entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência –
de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente
71
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que
deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e
clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.
distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as transformações,
tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas de si mesma
para comunicar.
A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à
evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da
língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da
correspondência particular, etc.
A língua escrita, como a falada, compreende diferentes níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a um amigo,
podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que incorpore
expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico,
não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente.
Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso que se faz
da língua, a finalidade com que a empregamos.
Apresentadas essas características fundamentais da redação oficial,
passemos à análise pormenorizada de cada uma delas.
1.1. A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita.
Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique, b)
algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No
caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este
ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o
que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão
que comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o conjunto
dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes
da União.
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado
aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora
se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, uma desejável padronização,
que permite que comunicações elaboradas em diferentes setores
da Administração guardem entre si certa uniformidade;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas
possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer
tom particular ou pessoal.
Desta forma, não há lugar na redação oficial para impressões pessoais,
como as que, por exemplo, constam de uma carta a um amigo, ou de um
artigo assinado de jornal, ou mesmo de um texto literário. A redação oficial
deve ser isenta da interferência da individualidade que a elabora.
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, ainda, para que seja
alcançada a necessária impessoalidade.
1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos
e expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui
entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a
conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o
que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem
adequada. O mesmo se dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade
precípua é a de informar com clareza e objetividade.
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse
objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados
grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem
sua compreensão dificultada.
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma imediata
qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com outros
elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação,
etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por essa
Língua Portuguesa
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter impessoal, por
sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é
aquele em que a) se observam as regras da gramática formal, e b) se
emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. É
importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na
redação oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos vocabulares, das
idiossincrasias linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a
pretendida compreensão por todos os cidadãos.
Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão. De
nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de linguagem
rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem
próprios da língua literária.
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas
expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas
sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a
utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático,
como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão
limitada.
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a
exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de
difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se
ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a
outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos.
Outras questões sobre a linguagem, como o emprego de neologismo e
estrangeirismo, são tratadas em detalhe em 9.3. Semântica.
1.3. Formalidade e Padronização
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem
a certas regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa
formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto
ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma
autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3. Emprego dos Pronomes
de Tratamento); mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à
civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração federal é una, é natural
que as comunicações que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente
para todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, da
apresentação dos textos.
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo II, As Comunicações Oficiais, a respeito de normas específicas para cada tipo de expediente.
1.4. Concisão e Clareza
72
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto
oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade,
é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o
qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto.
É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias
ou repetições desnecessárias de ideias.
O esforço de sermos concisos atende, basicamente ao princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de empregar o mínimo de
palavras para informar o máximo. Não se deve de forma alguma entendê-la
como economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de
alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundárias. Estas
últimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhá-las, exemplificá-las;
mas existem também ideias secundárias que não acrescentam informação
alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo,
por isso, ser dispensadas.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, conforme já
sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se definir como claro aquele
texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza
não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais
características da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que
poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto;
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento
geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita,
como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível
uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos linguísticos
que nada lhe acrescentam.
É pela correta observação dessas características que se redige com
clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido.
A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais
provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção.
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser
desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com
que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser
dispensados.
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que
são elaboradas certas comunicações quase sempre compromete sua
clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida
por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a
máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no
redigir.
Por fim, como exemplo de texto obscuro, que deve ser evitado em todas as comunicações oficiais, transcrevemos a seguir um pitoresco quadro,
constante de obra de Adriano da Gama Kury, a partir do qual podem ser
feitas inúmeras frases, combinando-se as expressões das várias colunas
em qualquer ordem, com uma característica comum: nenhuma delas tem
sentido!
CAPÍTULO II
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
se, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de
comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento, a forma dos
fechos e a identificação do signatário.
2.1. Pronomes de Tratamento
2.1.1. Breve História dos Pronomes de Tratamento
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga
tradição na língua portuguesa. De acordo com Said Ali, após serem incorporados ao português os pronomes latinos tu e vos, “como tratamento
direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra”, passou-se a
empregar, como expediente linguístico de distinção e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior.
Prossegue o autor:
“Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a
palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim aproximavam-se os vassalos de seu rei com
o tratamento de vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o tratamento ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia eclesiástica
vossa reverência, vossa paternidade, vossa eminência, vossa santidade.”
A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento indireto já estava em voga também para os ocupantes de certos cargos públicos. Vossa
mercê evoluiu para vosmecê, e depois para o coloquial você. E o pronome
vós, com o tempo, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual
emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-nos
às autoridades civis, militares e eclesiásticas.
2.1.2. Concordância com os Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com
quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que
integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o
substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de
tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará
seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”).
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o
substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem,
o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar
satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular
tradição. São de uso consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo;
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos
de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
Deputados Federais e Senadores;
Ministros do Tribunal de Contas da União;
Deputados Estaduais e Distritais;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
2. Introdução
A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir os
preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais da Redação Oficial.
Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente, que
serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análi-
Língua Portuguesa
c) do Poder Judiciário:
73
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Ministros dos Tribunais Superiores;
Membros de Tribunais;
Juízes;
Auditores da Justiça Militar.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de
Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido
do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70064-900 – Brasília. DF
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo
(DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto
para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
12345-000 – Curitiba. PR
Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do
superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de
Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de
tratamento Senhor.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o
apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por
terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por
doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade
às comunicações.
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade.
Corresponde-lhe o vocativo:
Magnífico Reitor,
(...)
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:
Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é:
Santíssimo Padre,
(...)
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,
(...)
Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas
a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa
Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
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A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2.2. Fechos para Comunicações
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de
arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que
vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da
Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificálos e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois
fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente
disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.
2.3. Identificação do Signatário
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República,
todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da
autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da
identificação deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura)
NOME
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
(espaço para assinatura)
NOME
Ministro de Estado da Justiça
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao menos a última
frase anterior ao fecho.
3. O Padrão Ofício
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade
do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos
de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por
ora busquemos as suas semelhanças.
3.1. Partes do documento no Padrão Ofício
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o
expede:
Exemplos:
Mem. 123/2002-MF
Aviso 123/2002-SG
Of. 123/2002-MME
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à
direita:
Exemplo:
Brasília, 15 de março de 1991.
c) assunto: resumo do teor do documento
Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço.
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é
apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas:
“Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta;
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver
mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos
distintos, o que confere maior clareza à exposição;
74
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a
posição recomendada sobre o assunto.
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em
que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte:
– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o
encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada,
deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado
(tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela
qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho,
anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral
de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”
ou
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação
Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas
agrícolas na região Nordeste.”
– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum
comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar
parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de
desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.
f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações);
g) assinatura do autor da comunicação; e
h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do Signatário).
3.2. Forma de diagramação
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de
apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no
texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poderse-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos
em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e
direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem
espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da
margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0
cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não
comportar tal recurso, de uma linha em branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra
forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento;
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich
Text nos documentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o
arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira:
tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do
conteúdo
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
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3.3.1. Definição e Finalidade
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao
passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
3.3.2. Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício,
com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário (v. 2.1 Pronomes de
Tratamento), seguido de vírgula.
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:
– nome do órgão ou setor;
– endereço postal;
– telefone e endereço de correio eletrônico.
3.4. Memorando
3.4.1. Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em
mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de
comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a
exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando
em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de
procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número
de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no
próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação.
Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado,
assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que
se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
3.4.2. Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício,
com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo
que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
4. Exposição de Motivos
4.1. Definição e Finalidade
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a
exposição de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.
4.2. Forma e Estrutura
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão
ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acompanha a exposição de
motivos que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante.
3.3. Aviso e Ofício
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75
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A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta
projeto de ato normativo.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva
algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura
segue o modelo antes referido para o padrão ofício.
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Presidente
da República a sugestão de alguma medida a ser adotada ou a que lhe
apresente projeto de ato normativo – embora sigam também a estrutura do
padrão ofício –, além de outros comentários julgados pertinentes por seu
autor, devem, obrigatoriamente, apontar:
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medida ou do ato normativo proposto;
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato
normativo o ideal para se solucionar o problema, e eventuais alternativas existentes para equacioná-lo;
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual
ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de motivos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte modelo previsto
no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002.
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou órgão
equivalente) no
, de
de
de 200 .
5. Mensagem
5.1. Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes
Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder
Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração
Pública; expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão
legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de
deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer
comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos e da
Nação.
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá a redação final.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional
têm as seguintes finalidades:
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou financeira.
Os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime
normal (Constituição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a
4o). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com solicitação de urgência.
Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da
Presidência da República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).
Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais), as
mensagens de encaminhamento dirigem-se aos Membros do Congresso
Nacional, e os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretário
do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe a
deliberação congressual sobre as leis financeiras em sessão conjunta, mais
precisamente, “na forma do regimento comum”. E à frente da Mesa do
Congresso Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constituição,
art. 57, § 5o), que comanda as sessões conjuntas.
As mensagens aqui tratadas coroam o processo desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange minucioso exame técnico, jurídico e
econômico-financeiro das matérias objeto das proposições por elas encaminhadas.
Língua Portuguesa
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Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da
União. Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da
exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de
Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao Congresso.
b) encaminhamento de medida provisória.
Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Presidente da República encaminha mensagem ao Congresso, dirigida a seus
membros, com aviso para o Primeiro Secretário do Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, autenticada pela Coordenação de Documentação da Presidência da República.
c) indicação de autoridades.
As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação de pessoas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribunais
Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do Banco Central,
Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm
em vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela
Casa do Congresso Nacional competência privativa para aprovar a indicação.
O curriculum vitae do indicado, devidamente assinado, acompanha a
mensagem.
d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da
República se ausentarem do País por mais de 15 dias.
Trata-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), e a
autorização é da competência privativa do Congresso Nacional.
O Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a
ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa
do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas.
e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de concessão
de emissoras de rádio e TV.
A obrigação de submeter tais atos à apreciação do Congresso Nacional
consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão
efeitos legais a outorga ou renovação da concessão após deliberação do
Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na mensagem a urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do
art. 223 já define o prazo da tramitação.
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a mensagem o correspondente processo administrativo.
f) encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior.
O Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as contas
referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e
parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1o), sob
pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedimento disciplinado no art. 215 do seu Regimento
Interno.
g) mensagem de abertura da sessão legislativa.
Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação do País e solicitação de providências que julgar necessárias (Constituição, art.
84, XI).
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da Presidência da
República. Esta mensagem difere das demais porque vai encadernada e é
distribuída a todos os Congressistas em forma de livro.
h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos).
Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa onde se originaram os
autógrafos. Nela se informa o número que tomou a lei e se restituem dois
exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da
República terá aposto o despacho de sanção.
76
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Concisão e Clareza).
i) comunicação de veto.
Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1o), a
mensagem informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as
disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai publicado na íntegra no Diário Oficial da União (v. 4.2. Forma e Estrutura), ao contrário das
demais mensagens, cuja publicação se restringe à notícia do seu envio ao
Poder Legislativo. (v. 19.6.Veto)
j) outras mensagens.
Também são remetidas ao Legislativo com regular frequência mensagens com:
– encaminhamento de atos internacionais que acarretam encargos
ou compromissos gravosos (Constituição, art. 49, I);
– pedido de estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e
prestações interestaduais e de exportação (Constituição, art. 155,
§ 2o, IV);
– proposta de fixação de limites globais para o montante da dívida
consolidada (Constituição, art. 52, VI);
– pedido de autorização para operações financeiras externas (Constituição, art. 52, V); e outros.
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
– convocação extraordinária do Congresso Nacional (Constituição,
art. 57, § 6o);
– pedido de autorização para exonerar o Procurador-Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2o);
– pedido de autorização para declarar guerra e decretar mobilização
nacional (Constituição, art. 84, XIX);
– pedido de autorização ou referendo para celebrar a paz (Constituição, art. 84, XX);
– justificativa para decretação do estado de defesa ou de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o);
– pedido de autorização para decretar o estado de sítio (Constituição, art. 137);
– relato das medidas praticadas na vigência do estado de sítio ou de
defesa (Constituição, art. 141, parágrafo único);
– proposta de modificação de projetos de leis financeiras (Constituição, art. 166, § 5o);
– pedido de autorização para utilizar recursos que ficarem sem despesas correspondentes, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual (Constituição, art. 166, §
8o);
– pedido de autorização para alienar ou conceder terras públicas
com área superior a 2.500 ha (Constituição, art. 188, § 1o); etc.
5.2. Forma e Estrutura
As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da margem esquerda:
Mensagem no
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do
destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita.
6.2. Forma e Estrutura
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos
formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet.
7. Fax
7.1. Definição e Finalidade
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de
comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da
Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o
envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência,
quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico.
Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma
de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax
e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.
7.2. Forma e Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que
lhes são inerentes.
É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, de folha
de rosto, i. é., de pequeno formulário com os dados de identificação da
mensagem a ser enviada.
8. Correio Eletrônico
8.1 Definição e finalidade
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos.
8.2. Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação
oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais).
O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve
ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do
destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo
deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo..
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de
confirmação de recebimento.
8.3 Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio
eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceita como
documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a
identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signatário.
6. Telegrama
6.1. Definição e Finalidade
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos
burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial
expedida por meio de telegrafia, telex, etc.
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos
e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas
àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax
e que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu custo
elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão (v. 1.4.
Língua Portuguesa
PROVA SIMULADA I
01.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras.
Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
O chefe deferia da opinião dos subordinados.
O processo foi julgado em segunda estância.
O problema passou despercebido na votação.
Os criminosos espiariam suas culpas no exílio.
02.
(A)
(B)
(C)
A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é:
Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido.
A colega não se contera diante da situação.
77
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
(D)
(E)
Se ele ver você na rua, não ficará contente.
Quando você vir estudar, traga seus livros.
03.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O particípio verbal está corretamente empregado em:
Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos.
Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas.
O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime.
O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos.
A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda.
04.
Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
conformidade com a norma culta.
Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
interior da concha de moluscos reúne outras características interessantes, como resistência e flexibilidade.
Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
componentes para a indústria.
Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
componentes para a indústria.
Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de componentes para a indústria.
Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de
componentes para a indústria.
Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
componentes para a indústria.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
10.
(A)
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
05.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
06.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
07.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
09.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(C)
(D)
(E)
11.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
12.
O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que
ele está empregado conforme o padrão culto.
Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa.
De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
correta em:
As características do solo são as mais variadas possível.
A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.
Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
flexão de grau.
Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá durante as férias.
No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas palavras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
08.
(B)
Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
estatal ciência e tecnologia.
à ... sobre o ... do ... para
a ... ao ... do ... para
à ... do ... sobre o ... a
à ... ao ... sobre o ... à
a ... do ... sobre o ... à
Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
ao ... a ... à
àquele ... à ... à
àquele...à ... a
ao ... à ... à
àquele ... a ... a
Língua Portuguesa
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
13.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
14.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
15.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
16.
78
Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
norma culta.
Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
trarão grandes benefícios às pesquisas.
Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
com o meio ambiente.
Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvolvendo projetos na área médica.
Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apresentadas pelos economistas.
Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
litoral ou aproveitam férias ali.
A frase correta de acordo com o padrão culto é:
Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às
chuvas.
Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos reclamações.
Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à
cultura.
Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da
culpa.
Faltam conferir três pacotes da mercadoria.
A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negócios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de seleção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investidores.
(Texto adaptado)
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investidores e dos investidores, no texto, são, respectivamente:
seus ... lhes ... los ... lhes
delas ... a elas ... lhes ... deles
seus ... nas ... los ... deles
delas ... a elas ... lhes ... seu
seus ... lhes ... eles ... neles
Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo
com o padrão culto.
Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
direto e indireto em:
Apresentou-se agora uma boa ocasião.
A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
A conta, deixamo-la para ser revisada.
Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo.
Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reverendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
17.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
18.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se
programar e participar do referido evento.
Atenciosamente,
ZZZ
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por
Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos
Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos
Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos
Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos
Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos
Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
respeitam as regras de pontuação.
Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
Policial, confessou sua participação no referido furto.
Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
20.
I.
II.
III.
IV.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(B)
(C)
(D)
(E)
III e IV.
I, II e III.
I, III e IV.
II, III e IV.
22.
O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
Ao transformar os dois períodos simples num único período composto, a alternativa correta é:
O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
23.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
24.
O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamente, apenas a:
Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
25.
O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
sobre o balcão.
19.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem
a
processo e livro.
livro do processo.
processos e processo.
livro de registro.
registro e processo.
Analise as proposições de números I a IV com base no período
acima:
há, no período, duas orações;
o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
de registro é um adjunto adnominal de livro.
Está correto o contido apenas em
II e IV.
III e IV.
I, II e III.
I, II e IV.
I, III e IV.
I.
II.
III.
IV.
V.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
26.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
27.
21.
I.
II.
III.
IV.
(A)
O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
pelo Juiz;
o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalente ao da palavra mas;
em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acórdão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
Está correto o contido apenas em
II e IV.
Língua Portuguesa
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
28.
(A)
79
O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraquecidos galhos da velha árvore.
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre
o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
Quem podou? e Quando podou?
Qual jardineiro? e Galhos de quê?
Que jardineiro? e Podou o quê?
Que vizinho? e Que galhos?
Quando podou? e Podou o quê?
O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia.
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibilidades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento
correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontuação em:
O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas.
O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas.
O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia.
Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas.
Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas.
Felizmente, ninguém se machucou.
Lentamente, o navio foi se afastando da costa.
Considere:
felizmente completa o sentido do verbo machucar;
felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de
modo;
felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do
fato;
lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
Está correto o contido apenas em
I, II e III.
I, II e IV.
I, III e IV.
II, III e IV.
III, IV e V.
O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,
indicando concessão, é:
para poder trabalhar fora.
como havia programado.
assim que recebeu o prêmio.
porque conseguiu um desconto.
apesar do preço muito elevado.
É importante que todos participem da reunião.
O segmento que todos participem da reunião, em relação a
É importante, é uma oração subordinada
adjetiva com valor restritivo.
substantiva com a função de sujeito.
substantiva com a função de objeto direto.
adverbial com valor condicional.
substantiva com a função de predicativo.
Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabelecida pelo termo como é de
comparatividade.
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
(B)
(C)
(D)
(E)
adição.
conformidade.
explicação.
consequência.
29.
A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de
franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão
contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos diversificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
possíveis franqueados.
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
relaciona corretamente as ideias do texto, é:
digo ... portanto ... mas
como ... pois ... mas
ou seja ... embora ... pois
ou seja ... mas ... portanto
isto é ... mas ... como
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A)
B)
C)
D)
E)
34.
A)
B)
C)
30.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados.
A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzida, sem alterar o sentido da frase, é:
Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
Concluído o processo de seleção dos investidores ...
Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
Se concluído do processo de seleção dos investidores...
Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...
A MISÉRIA É DE TODOS NÓS
Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social
que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tamanho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças
em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro
período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil
também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmente. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo.
No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando
uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo
tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte
oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos.
Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.
Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural,
esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem
posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cidades, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e
se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações
é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente
em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da
pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada simples.
Veja, ed. 1735
31.
A)
B)
C)
D)
E)
O título dado ao texto se justifica porque:
a miséria abrange grande parte de nossa população;
a miséria é culpa da classe dominante;
todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
a miséria deveria ser preocupação de todos nós;
um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.
32.
A)
B)
C)
D)
E)
A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no
Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da colonização?'':
tem sua resposta dada no último parágrafo;
representa o tema central de todo o texto;
é só uma motivação para a leitura do texto;
é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;
é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.
33.
Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil
Língua Portuguesa
D)
E)
35.
A)
B)
C)
D)
E)
36.
que ela:
é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em
outras áreas;
tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes
cidades;
atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam
para a classe dominante;
é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a
de outros indicadores sociais;
tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas
décadas.
O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é:
Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros
indicadores sociais melhoraram;
Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se
mantém onipresente;
A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos
incompetentes;
Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas,
a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo;
Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da
miséria que leva à criminalidade.
As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na
quantidade, exceto:
frequência escolar;
liderança diplomática;
mortalidade infantil;
analfabetismo;
desempenho econômico.
E)
''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com
essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil:
já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança
na América Latina;
já mostra que é mais forte que seus países vizinhos;
está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no
cenário exterior;
pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficientemente forte para tornar-se líder;
ainda é inexperiente no trato com a política exterior.
37.
A)
B)
C)
D)
E)
Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora:
apareça algumas vezes nas grandes cidades;
se manifeste de formas distintas;
esteja escondida dos olhos de alguns;
seja combatida pelas autoridades;
se torne mais disseminada e cruel.
38.
''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma empreitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma
INCORRETA é:
não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial;
não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica;
não é uma questão vital = é uma questão desimportante;
não é um problema universal = é um problema particular;
não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida.
A)
B)
C)
D)
A)
B)
C)
D)
E)
39.
A)
E)
40.
A)
B)
C)
D)
E)
80
''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse
segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria:
mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria;
mantenha.
A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos
abaixo é:
''Como entender a resistência da miséria...'';
''No decorrer das últimas décadas...'';
''...desde que se passou a registrá-las...'';
''...começa a exercitar seus músculos.'';
''...por ter se tornado um forte oponente...''.
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PROTESTO TÍMIDO
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o
lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era
um menino.
B)
Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, braços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os
gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esburacada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de
sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo
mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abandonado.
44
Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de
sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns
mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatrulha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém
tomava conhecimento da existência do menino.
C)
D)
E)
IIIII IV -
A)
B)
C)
D)
E)
45
Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acordasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu
problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?
(....)
Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imaginação não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem
onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a
ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e
lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos
desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos
disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) para
nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimento que
sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. Mas estamos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o Brasil, conquistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor
abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de menores.
Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, cedo
terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte.
A)
B)
C)
D)
E)
46
A)
B)
C)
D)
E)
47
Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua,
exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi
com um monte de lixo.
Fernando Sabino
A)
B)
C)
D)
E)
41
48
A)
B)
C)
D)
E)
42
A)
B)
C)
D)
E)
43
A)
Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor
definição:
registro de fatos históricos em ordem cronológica;
pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano;
seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bastante variados;
pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.
O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfeito - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:
do passado para o presente;
da descrição para a narração;
do impessoal para o pessoal;
do geral para o específico;
do positivo para o negativo.
''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
deve a que:
o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
Língua Portuguesa
A)
B)
C)
D)
E)
49
A)
B)
C)
D)
E)
50
A)
81
o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
inútil;
a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pessoas.
''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a
seguir:
Daqui há pouco vou sair.
Está no Rio há duas semanas.
Não almoço há cerca de três dias.
Estamos há cerca de três dias de nosso destino.
As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver
são:
I - II
I - III
II - IV
I - IV
II - III
O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do
texto é:
o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos abordados
na crônica;
o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino
a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é
a sujeira;
a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para o
texto;
os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crônica.
Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mesma
forma que:
salvo-conduto;
abaixo-assinado;
salário-família;
banana-prata;
alto-falante.
A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo do
texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para isso é
que o autor:
se utiliza de comparações depreciativas;
lança mão de vocábulo animalizador;
centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino;
mostra precisão em todos os dados fornecidos;
usa grande número de termos adjetivadores.
''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto
significa que:
a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava
morto;
a posição do menino era idêntica à de um morto;
para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou
morto;
não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava
dormindo ou morto;
o cronista não sabia sobre a real situação do menino.
Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos
históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é:
''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...'';
''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte'';
''...escreveríamos toda a obra de Dickens'';
''...isto é problema para o juizado de menores'';
''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.
''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento
do texto é uma:
metonímia;
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
B)
C)
D)
E)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
comparação ou símile;
metáfora;
prosopopeia;
personificação.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
RESPOSTAS – PROVA I
01.
D
11.
B
21.
02.
A
12.
A
22.
03.
C
13.
C
23.
04.
E
14.
E
24.
05.
A
15.
C
25.
06.
B
16.
A
26.
07.
D
17.
B
27.
08.
E
18.
E
28.
09.
C
19.
D
29.
10.
D
20.
A
30.
_______________________________________________________
B
A
C
E
D
E
B
C
D
B
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
D
B
A
A
B
C
C
A
A
B
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
D
B
C
E
A
A
D
C
B
C
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Língua Portuguesa
82
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pertinência: é a característica associada a um
elemento que faz parte de um conjunto;
Pertence ou não pertence
Se
Sistema numérico decimal e as quatro operações fundamentais com números naturais.
Operações com números inteiros, fracionários e decimais.
Razão e proporção. Regra de três simples e regra de três
composta. Porcentagem. Média aritmética e média ponderada.
Equações de primeiro e segundo graus.
Formas geométricas básicas. Sistema métrico decimal: medidas de comprimento, de superfície, de capacidade, de volume e de tempo.
Sistema monetário brasileiro.
é um elemento de
elemento
, nós podemos dizer que o
pertence ao conjunto
. Se
e podemos escrever
não é um elemento de
dizer que o elemento
podemos escrever
, nós podemos
não pertence ao conjunto
e
.
1. Conceitos primitivos
Antes de mais nada devemos saber que conceitos
primitivos são noções que adotamos sem definição.
TEORIA DOS CONJUNTOS
Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto, o de elemento e o de pertinência de um elemento
a um conjunto. Assim, devemos entender perfeitamente
a frase: determinado elemento pertence a um conjunto,
sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é
elemento e o que significa dizer que um elemento pertence ou não a um conjunto.
CONJUNTO
Em matemática, um conjunto é uma coleção de
elementos. Não interessa a ordem e quantas vezes os
elementos estão listados na coleção. Em contraste,
uma coleção de elementos na qual a multiplicidade,
mas não a ordem, é relevante, é chamada
multiconjunto.
2 Notação
Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a
seguinte notação:
Conjuntos são um dos conceitos básicos da
matemática. Um conjunto é apenas uma coleção de
entidades, chamadas de elementos. A notação padrão
lista os elementos separados por vírgulas entre chaves
(o uso de "parênteses" ou "colchetes" é incomum)
como os seguintes exemplos:
• os conjuntos são indicados por letras maiúsculas:
A, B, C, ... ;
• os elementos são indicados por letras
minúsculas: a, b, c, x, y, ... ;
• o fato de um elemento x pertencer a um conjunto
C é indicado com x ∈ C;
• o fato de um elemento y não pertencer a um
conjunto C é indicado y ∉ C.
{1, 2, 3}
{1, 2, 2, 1, 3, 2}
{x : x é um número inteiro tal que 0<x<4}
3. Representação dos conjuntos
Os três exemplos acima são maneiras diferentes de
representar o mesmo conjunto.
Um conjunto pode ser representado de três
maneiras:
É possível descrever o mesmo conjunto de
diferentes maneiras: listando os seus elementos (ideal
para conjuntos pequenos e finitos) ou definindo uma
propriedade de seus elementos. Dizemos que dois
conjuntos são iguais se e somente se cada elemento
de um é também elemento do outro, não importando a
quantidade e nem a ordem das ocorrências dos
elementos.
•
por enumeração de seus elementos;
•
por
descrição
de
uma
propriedade
característica do conjunto;
•
através de uma representação gráfica.
Um conjunto é representado por enumeração
quando todos os seus elementos são indicados e
colocados dentro de um par de chaves.
Exemplo:
Conceitos essenciais
a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto
formado pelos algarismos do nosso sistema de
numeração.
b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t,
u, v, x, z ) indica o conjunto formado pelas letras do
nosso alfabeto.
c) Quando um conjunto possui número elevado de
elementos, porém apresenta lei de formação bem clara,
Conjunto: representa uma coleção de objetos,
geralmente representado por letras maiúsculas;
Elemento: qualquer um dos componentes de um
conjunto,
geralmente
representado
por letras
minúsculas;
Matemática
1
A Opção Certa Para a Sua Realização
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A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
podemos representa-lo, por enumeração, indicando os
primeiros e os últimos elementos, intercalados por
reticências. Assim:
C = ( 2; 4; 6;... ; 98 ) indica o
conjunto dos números pares positivos, menores do
que100.
d) Ainda usando reticências, podemos representar,
por enumeração, conjuntos com infinitas elementos que
tenham uma lei de formação bem clara, como os
seguintes:
Por esse tipo de representação gráfica, chamada
diagrama de Euler-Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈
C, z ∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ C, d ∉ C.
4 Número de elementos de um conjunto
Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de elementos deste conjunto, e indicamos com n(C),
ao número de elementos diferentes entre si, que pertencem ao conjunto.
Exemplos
D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números
inteiros não negativos;
E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos
números inteiros;
F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números
ímpares positivos.
a) O conjunto A = { a; e; i; o; u }
é tal que n(A) = 5.
b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal
que n(B) = 10.
c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n
(C) = 99.
A representação de um conjunto por meio da descrição de uma propriedade característica é mais sintética que sua representação por enumeração. Neste caso, um conjunto C, de elementos x, será representado
da seguinte maneira:
5 Conjunto unitário e conjunto vazio
Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C,
tal que n (C) = 1.
C = { x | x possui uma determinada propriedade }
Exemplo: C = ( 3 )
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que
possui uma determinada propriedade:
E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c,
tal que n(C) = 0.
Exemplos
2
Exemplo: M = { x | x = -25}
O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira: A =
{ x | x é algarismo do nosso sistema de numeração }
O conjunto vazio é representado por
{
} ou por
∅.
O conjunto G = { a; e; i; o, u } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira G =
{ x | x é vogal do nosso alfabeto }
Exercício resolvido
Determine o número de elementos dos seguintes
com juntos :
O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser
representado por descrição da seguinte maneira:
a)
A = { x | x é letra da palavra amor }
b)
B = { x | x é letra da palavra alegria }
c)
c é o conjunto esquematizado a seguir
d)
D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
e)
E é o conjunto dos pontos comuns às
relas r e s, esquematizadas a seguir :
H = { x | x é par positivo }
A representação gráfica de um conjunto é bastante
cômoda. Através dela, os elementos de um conjunto
são representados por pontos interiores a uma linha
fechada que não se entrelaça. Os pontos exteriores a
esta linha representam os elementos que não pertencem ao conjunto.
Exemplo
Resolução
a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de
possuir dote letras, possui apenas seis letras distintas
entre si.
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que
pertencem a C: c e C e d e C
d) observe que:
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo
Matemática
2
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8 = 2 . 4 é o 4º par positivo
.
.
.
.
.
.
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo
Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n
n
elementos, então este conjunto terá 2 subconjuntos.
Exemplo
O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo,
2
ele terá 2 = 4 subconjuntos.
logo: n(D) = 49
Exercício resolvido:
e)
As duas retas, esquematizadas na
figura, possuem apenas um ponto comum.
Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário.
1. Determine o número de subconjuntos do conjunto
C = (a; e; i; o; u ) .
6 igualdade de conjuntos
Resolução: Como o conjunto C possui cinco
5
elementos, o número dos seus subconjuntos será 2 =
32.
Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e
indicaremos com A = 8, se ambos possuírem os mesmos elementos. Quando isto não ocorrer, diremos que
os conjuntos são diferentes e indicaremos com A ≠ B.
Exemplos .
Exercícios propostas:
2. Determine o número de subconjuntos do conjunto
C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 }
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o}
2
e) { x | x = 100} = {10; -10}
2
f) { x | x = 400} ≠ {20}
Resposta: 1024
3. Determine o número de subconjuntos do conjunto
1 1 1 2 3 3
; ; ; ; 
2 3 4 4 4 5 
C=  ;
7 Subconjuntos de um conjunto
Resposta: 32
Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de
um conjunto B se todo elemento, que pertencer a A,
também pertencer a B.
B) OPERAÇÕES COM CONJUNTOS
1 União de conjuntos
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o
conjunto A estará "totalmente dentro" do conjunto B :
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou
reunião de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
Usando os diagramas de
representando com hachuras a
conjuntos, temos:
Indicamos que A é um subconjunto de B de duas
maneiras:
Euler-Venn, e
interseção dos
a) A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de
B ou A está contido em B ou A é parte de B;
b) B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B
inclui A.
Exemplos
Exemplo
a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d}
c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c}
Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = { x | x
é brasileiro} ; temos então que A ⊂ B e que B ⊃ A.
Observações:
2 Intersecção de conjuntos
• Quando A não é subconjunto de B, indicamos
com A ⊄ B ou B
A.
• Admitiremos que o conjunto vazio está contido
em qualquer conjunto.
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseção de A com B, e indicamos com A ∩ B, ao conjunto
constituído por todos os elementos que pertencem a A
e a B.
8 Número de subconjuntos de um conjunto dado
Matemática
Usando os diagramas de
representando com hachuras a
conjuntos, temos:
3
Euler-Venn, e
intersecção dos
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Exemplos
a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia,
como no exemplo a, dizemos que os conjuntos são
disjuntos.
Exercícios resolvidos
3. No diagrama seguinte temos:
n(A) = 20
n(B) = 30
n(A ∩ B) = 5
1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t
), determinar os seguintes conjuntos:
f) B ∩ C
a) A ∪ B
b) A ∩ B
g) A ∪ B ∪ C
c) A ∪ C
h) A ∩ B ∩ C
i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
d) A ∩ C
e) B ∪ C
Resolução
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
Determine n(A ∪ B).
Resolução
A ∪ B = {x; y; z; w; v }
A ∩ B = {x }
A ∪ C = {x; y;z; u; t }
A ∩ C = {y }
B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
B ∩ C= ∅
A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}
A ∩ B ∩ C= ∅
(A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30
elementos de B, estaremos considerando os 5
elementos de A n B duas vezes; o que, evidentemente,
é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair
uma vez os 5 elementos de A n B; teremos então:
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja:
2. Dado o diagrama seguinte, represente com
hachuras os conjuntos: :
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então:
a) A ∩ B ∩ C
b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
n(A ∪ B) = 45.
4 Conjunto complementar
Dados dois conjuntos A e B, com
B ⊂ A,
chamamos de conjunto complementar de B em relação
a A, e indicamos com CA B, ao conjunto A - B.
Observação: O complementar é um caso particular
de diferença em que o segundo conjunto é subconjunto
do primeiro.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e
representando com hachuras o complementar de B em
relação a A, temos:
.Resolução
Matemática
4
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6. Números imaginários aparecem como soluções
2
de equações como x + r = 0 onde r > 0. O símbolo
usualmente representa este conjunto.
7. Números complexos é a soma dos números
reais e dos imaginários:
. Aqui tanto r quanto s
podem ser iguais a zero; então os conjuntos dos
números reais e o dos imaginários são subconjuntos do
conjunto dos números complexos. O símbolo
usualmente representa este conjunto.
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}
Observação: O conjunto complementar de B
em relação a A é formado pelos elementos que
faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se
igualar a A.
NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS,
IRRACIONAIS E REAIS.
Exercícios resolvidos:
Conjuntos numéricos podem ser representados de
diversas formas. A forma mais simples é dar um nome
ao conjunto e expor todos os seus elementos, um ao
lado do outro, entre os sinais de chaves. Veja o exemplo abaixo:
A = {51, 27, -3}
4. Sendo A = { x; y; z } , B = { x; w; v } e C = { y;
u; t }, determinar os seguintes conjuntos:
A–B
B–A
A–C
C-A
B–C
C–B
Esse conjunto se chama "A" e possui três termos,
que estão listados entre chaves.
Resolução
a)
b)
c)
d)
e)
f)
A - B = { y; z }
B - A= {w;v}
A - C= {x;z}
C – A = {u;t}
B – C = {x;w;v}
C – B = {y;u;t}
Os nomes dos conjuntos são sempre letras maiúsculas. Quando criamos um conjunto, podemos utilizar
qualquer letra.
Vamos começar nos primórdios da matemática.
- Se eu pedisse para você contar até 10, o que você
me diria?
- Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove
e dez.
Exemplos de conjuntos compostos por números
Nota: Nesta seção, a, b e c são números naturais,
enquanto r e s são números reais.
Pois é, estes números que saem naturalmente de
sua boca quando solicitado, são chamados de números
.
NATURAIS, o qual é representado pela letra
1. Números naturais são usados para contar. O
símbolo
usualmente representa este conjunto.
Foi o primeiro conjunto inventado pelos homens, e
tinha como intenção mostrar quantidades.
*Obs.: Originalmente, o zero não estava incluído
neste conjunto, mas pela necessidade de representar
uma quantia nula, definiu-se este número como sendo
pertencente ao conjunto dos Naturais. Portanto:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
2. Números inteiros aparecem como soluções de
equações como x + a = b. O símbolo
usualmente
representa este conjunto (do termo alemão Zahlen que
significa números).
3.
Números racionais aparecem como soluções
Obs.2: Como o zero originou-se depois dos outros
números e possui algumas propriedades próprias, algumas vezes teremos a necessidade de representar o
conjunto dos números naturais sem incluir o zero. Para
isso foi definido que o símbolo * (asterisco) empregado
ao lado do símbolo do conjunto, iria representar a ausência do zero. Veja o exemplo abaixo:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
de equações como a + bx = c. O símbolo
usualmente representa este conjunto (da palavra
quociente).
4. Números algébricos aparecem como soluções
de equações polinomiais (com coeficientes inteiros) e
envolvem raízes e alguns outros números irracionais. O
símbolo
conjunto.
ou
usualmente
representa
este
Estes números foram suficientes para a sociedade
durante algum tempo. Com o passar dos anos, e o
aumento das "trocas" de mercadorias entre os homens,
foi necessário criar uma representação numérica para
as dívidas.
5. Números reais incluem os números algébricos
e os números transcendentais. O símbolo
usualmente representa este conjunto.
Com isso inventou-se os chamados "números nega-
Matemática
5
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N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
tivos", e junto com estes números, um novo conjunto: o
conjunto dos números inteiros, representado pela letra
.
Conjunto dos Números Inteiros
São todos os números que pertencem ao conjunto
dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negativos).
O conjunto dos números inteiros é formado por todos os números NATURAIS mais todos os seus representantes negativos.
Note que este conjunto não possui início nem fim
(ao contrário dos naturais, que possui um início e não
possui fim).
São representados pela letra Z:
Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos,
eles são:
Assim como no conjunto dos naturais, podemos representar todos os inteiros sem o ZERO com a mesma
notação usada para os NATURAIS.
Z* = {..., -2, -1, 1, 2, ...}
- Inteiros não negativos
São todos os números inteiros que não são negativos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao
conjunto dos números naturais.
Em algumas situações, teremos a necessidade de
representar o conjunto dos números inteiros que NÃO
SÃO NEGATIVOS.
É representado por Z+:
Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}
Para isso emprega-se o sinal "+" ao lado do símbolo
do conjunto (vale a pena lembrar que esta simbologia
representa os números NÃO NEGATIVOS, e não os
números POSITIVOS, como muita gente diz). Veja o
exemplo abaixo:
Z+ = {0,1, 2, 3, 4, 5, ...}
- Inteiros não positivos
São todos os números inteiros que não são positivos. É representado por Z-:
Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
- Inteiros não negativos e não-nulos
É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse subconjunto por Z*+:
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
Z*+ = N*
Obs.1: Note que agora sim este conjunto possui um
início. E você pode estar pensando "mas o zero não é
positivo". O zero não é positivo nem negativo, zero é
NULO.
Ele está contido neste conjunto, pois a simbologia
do sinalzinho positivo representa todos os números
NÃO NEGATIVOS, e o zero se enquadra nisto.
- Inteiros não positivos e não nulos
São todos os números do conjunto Z- excluindo o
zero. Representa-se por Z*-.
Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
Se quisermos representar somente os positivos (ou
seja, os não negativos sem o zero), escrevemos:
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
Conjunto dos Números Racionais
Os números racionais é um conjunto que engloba
os números inteiros (Z), números decimais finitos (por
exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos
periódicos (que repete uma sequência de algarismos
da parte decimal infinitamente), como "12,050505...",
são também conhecidas como dízimas periódicas.
Pois assim teremos apenas os positivos, já que o
zero não é positivo.
Ou também podemos representar somente os inteiros NÃO POSITIVOS com:
Os racionais são representados pela letra Q.
Z - ={...,- 4, - 3, - 2, -1 , 0}
Conjunto dos Números Irracionais
É formado pelos números decimais infinitos nãoperiódicos. Um bom exemplo de número irracional é o
número PI (resultado da divisão do perímetro de uma
circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265
.... Atualmente, supercomputadores já conseguiram
calcular bilhões de casas decimais para o PI.
Obs.: Este conjunto possui final, mas não possui início.
E também os inteiros negativos (ou seja, os não positivos sem o zero):
Z*- ={...,- 4, - 3, - 2, -1}
Assim:
Também são irracionais todas as raízes não exatas,
como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...)
Conjunto dos Números Naturais
São todos os números inteiros positivos, incluindo o
zero. É representado pela letra maiúscula N.
Caso queira representar o conjunto dos números naturais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um *
ao lado do N:
Conjunto dos Números Reais
É formado por todos os conjuntos citados anteriormente (união do conjunto dos racionais com os irracionais).
Representado pela letra R.
Matemática
6
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Representação geométrica de
A cada ponto de uma reta podemos associar um único número real, e a cada número real podemos associar um único ponto na reta.
Dizemos que o conjunto
é denso, pois entre dois
números reais existem infinitos números reais (ou seja,
na reta, entre dois pontos associados a dois números
reais, existem infinitos pontos).
Veja a representação na reta de
Exemplos:
35 – 18 + 13 =
17 + 13 = 30
Veja outro exemplo: 47 + 35 – 42 – 15 =
82 – 42 – 15=
40 – 15 = 25
Quando uma expressão numérica contiver os sinais
de parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { }, procederemos do seguinte modo:
1º Efetuamos as operações indicadas dentro dos
parênteses;
2º efetuamos as operações indicadas dentro dos
colchetes;
3º efetuamos as operações indicadas dentro das
chaves.
:
Fonte:
http://www.infoescola.com/matematica/conjuntosnumericos/
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS (N)
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Veja a operação: 2 + 3 = 5 .
A operação efetuada chama-se adição e é indicada
escrevendo-se o sinal + (lê-se: “mais") entre os números.
35 +[ 80 – (42 + 11) ] =
= 35 + [ 80 – 53] =
= 35 + 27 = 62
2)
18 + { 72 – [ 43 + (35 – 28 + 13) ] } =
= 18 + { 72 – [ 43 + 20 ] } =
= 18 + { 72 – 63} =
= 18 + 9 = 27
CÁLCULO DO VALOR DESCONHECIDO
Quando pretendemos determinar um número natural em certos tipos de problemas, procedemos do seguinte modo:
- chamamos o número (desconhecido) de x ou
qualquer outra incógnita ( letra )
- escrevemos a igualdade correspondente
- calculamos o seu valor
Os números 2 e 3 são chamados parcelas. 0 número 5, resultado da operação, é chamado soma.
2 → parcela
+ 3 → parcela
5 → soma
A adição de três ou mais parcelas pode ser efetuada adicionando-se o terceiro número à soma dos dois
primeiros ; o quarto número à soma dos três primeiros
e assim por diante.
Exemplos:
1) Qual o número que, adicionado a 15, é igual a 31?
3+2+6 =
5 + 6 = 11
Solução:
Seja x o número desconhecido. A igualdade correspondente será:
x + 15 = 31
Veja agora outra operação: 7 – 3 = 4
Quando tiramos um subconjunto de um conjunto,
realizamos a operação de subtração, que indicamos
pelo sinal - .
7
→ minuendo
–3 →
subtraendo
4
→ resto ou diferença
Calculando o valor de x temos:
x + 15 = 31
x + 15 – 15 = 31 – 15
x = 31 – 15
x = 16
Na prática , quando um número passa de um lado
para outro da igualdade ele muda de sinal.
0 minuendo é o conjunto maior, o subtraendo o subconjunto que se tira e o resto ou diferença o conjunto
que sobra.
2) Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11.
Qual é esse número?
Somando a diferença com o subtraendo obtemos o
minuendo. Dessa forma tiramos a prova da subtração.
Solução:
Seja x o número desconhecido. A igualdade correspondente será:
x – 25 = 11
x = 11 + 25
x = 36
4+3=7
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
Para calcular o valor de uma expressão numérica
envolvendo adição e subtração, efetuamos essas operações na ordem em que elas aparecem na expressão.
Matemática
1)
Passamos o número 25 para o outro lado da igual7
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dade e com isso ele mudou de sinal.
2)
3) Qual o número natural que, adicionado a 8, é igual a 20?
Solução:
x + 8 = 20
x = 20 – 8
x = 12
9 . 6 – 4 . 12 + 7 . 2 =
= 54 – 48 + 14 =
= 20
Não se esqueça:
Se na expressão ocorrem sinais de parênteses colchetes e chaves, efetuamos as operações na ordem
em que aparecem:
1º) as que estão dentro dos parênteses
2º) as que estão dentro dos colchetes
3º) as que estão dentro das chaves.
4) Determine o número natural do qual, subtraindo
62, obtemos 43.
Solução:
x – 62 = 43
x = 43 + 62
x = 105
Exemplo:
22 + {12 +[ ( 6 . 8 + 4 . 9 ) – 3 . 7] – 8 . 9 }
= 22 + { 12 + [ ( 48 + 36 ) – 21] – 72 } =
= 22 + { 12 + [ 84 – 21] – 72 } =
= 22 + { 12 + 63 – 72 } =
= 22 + 3 =
= 25
Para sabermos se o problema está correto é simples, basta substituir o x pelo valor encontrado e realizarmos a operação. No último exemplo temos:
x = 105
105 – 62 = 43
DIVISÃO
MULTIPLICAÇÃO
Observe a operação: 30 : 6 = 5
Observe: 4 X 3 =12
Também podemos representar a divisão das seguintes maneiras:
A operação efetuada chama-se multiplicação e é indicada escrevendo-se um ponto ou o sinal x entre os
números.
Os números 3 e 4 são chamados fatores. O número
12, resultado da operação, é chamado produto.
fatores
produto
A multiplicação de qualquer número por 0 é igual a 0.
5
30
=5
6
observe agora esta outra divisão:
A multiplicação de três ou mais fatores pode ser efetuada multiplicando-se o terceiro número pelo produto
dos dois primeiros; o quarto numero pelo produto dos
três primeiros; e assim por diante.
32
6
2
5
32 = dividendo
6 = divisor
5 = quociente
2 = resto
3 x 4 x 2 x 5 =
12 x 2 x 5
24 x 5 = 120
Essa divisão não é exata e é chamada divisão aproximada.
EXPRESSÕES NUMÉRICAS
Sinais de associação
O valor das expressões numéricas envolvendo as
operações de adição, subtração e multiplicação é obtido do seguinte modo:
- efetuamos as multiplicações
- efetuamos as adições e subtrações, na ordem
em que aparecem.
ATENÇÃO:
1) Na divisão de números naturais, o quociente é
sempre menor ou igual ao dividendo.
2) O resto é sempre menor que o divisor.
3) O resto não pode ser igual ou maior que o divisor.
4) O resto é sempre da mesma espécie do dividendo. Exemplo: dividindo-se laranjas por certo
número, o resto será laranjas.
5) É impossível dividir um número por 0 (zero),
porque não existe um número que multiplicado
3.4 + 5.8– 2.9=
=12 + 40 – 18
= 34
Matemática
0
ou
Essa divisão é exata e é considerada a operação
inversa da multiplicação.
SE 30 : 6 = 5, ENTÃO 5 x 6 = 30
Por convenção, dizemos que a multiplicação de
qualquer número por 1 é igual ao próprio número.
1)
6
O dividendo (D) é o número de elementos do conjunto que dividimos o divisor (d) é o número de elementos do subconjunto pelo qual dividimos o dividendo e o
quociente (c) é o número de subconjuntos obtidos com
a divisão.
3 X 4 = 12
3
X 4
12
30
8
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1736 : x = 56
1736 = 56 . x
56 . x = 1736
x. 56 = 1736
x = 1736 : 56
x = 31
por 0 dê o quociente da divisão.
PROBLEMAS
1)
2)
Determine um número natural que, multiplicado por 17, resulte 238.
X . 17 = 238
X = 238 : 17
X = 14
Prova: 14 . 17 = 238
Determine um número natural que, dividido
por 62, resulte 49.
x : 62 = 49
x = 49 . 62
x = 3038
3)
Determine um número natural que, adicionado
a 15, dê como resultado 32
x + 15 = 32
x = 32 – 15
x =17
4)
Quanto devemos adicionar a 112, a fim de obtermos 186?
x + 112 = 186
x = 186 – 112
x = 74
5)
Quanto devemos subtrair de 134 para obtermos 81?
134 – x = 81
– x = 81 – 134
– x = – 53
(multiplicando por –1)
x = 53
Prova: 134 – 53 = 81
6)
O dobro de um número é igual a 30. Qual é o
número?
2 . x = 30
2x = 30
x = 30 : 2
x = 15
11)
O dobro de um número mais 4 é igual a 20.
Qual é o número ?
2 . x + 4 = 20
2 x = 20 – 4
2 x = 16
x = 16 : 2
x=8
12)
Paulo e José têm juntos 12 lápis. Paulo tem o
dobro dos lápis de José. Quantos lápis tem
cada menino?
José: x
Paulo: 2x
Paulo e José: x + x + x = 12
3x = 12
x = 12 : 3
x=4
José: 4 - Paulo: 8
13)
A soma de dois números é 28. Um é o triplo
do outro. Quais são esses números?
um número: x
o outro número: 3x
x + x + x + x = 28 (os dois números)
4 x = 28
x = 28 : 4
x = 7 (um número)
Ricardo pensou em um número natural, adicionou-lhe 35, subtraiu 18 e obteve 40 no resultado. Qual o número pensado?
x + 35 – 18 = 40
x= 40 – 35 + 18
x = 23
Prova: 23 + 35 – 18 = 40
7)
Adicionando 1 ao dobro de certo número obtemos 7. Qual é esse numero?
2 . x +1 = 7
2x = 7 – 1
2x = 6
x =6:2
x =3
O número procurado é 3.
Prova: 2. 3 +1 = 7
8)
Subtraindo 12 do triplo de certo número obtemos 18. Determinar esse número.
3 . x -12 = 18
3 x = 18 + 12
3 x = 30
x = 30 : 3
x = 10
9)
10)
3x = 3 . 7 = 21 (o outro número).
Resposta: 7 e 21
14)
EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDO AS
QUATRO OPERAÇÕES
Sinais de associação:
O valor das expressões numéricas envolvendo as
quatro operações é obtido do seguinte modo:
- efetuamos as multiplicações e as divisões, na
Dividindo 1736 por um número natural, encontramos 56. Qual o valor deste numero natural?
Matemática
Pedro e Marcelo possuem juntos 30 bolinhas.
Marcelo tem 6 bolinhas a mais que Pedro.
Quantas bolinhas tem cada um?
Pedro: x
Marcelo: x + 6
x + x + 6 = 30 ( Marcelo e Pedro)
2 x + 6 = 30
2 x = 30 – 6
2 x = 24
x = 24 : 2
x = 12 (Pedro)
Marcelo: x + 6 =12 + 6 =18
9
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
-
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
37 : 33 = 3 7 – 3 = 34
510 : 58 = 5 10 – 8 = 52
ordem em que aparecem;
efetuamos as adições e as subtrações, na ordem
em que aparecem;
3ª) para elevar uma potência a um outro expoente,
conserva-se base e multiplicam-se os expoentes.
2 4
2.4
Exemplo: (3 ) = 3
= 38
4ª) para elevar um produto a um expoente, elevase cada fator a esse expoente.
Exemplo 1) 3 .15 + 36 : 9 =
= 45 + 4
= 49
Exemplo 2) 18 : 3 . 2 + 8 – 6 . 5 : 10 =
= 6 . 2 + 8 – 30 : 10 =
= 12 + 8 – 3 =
= 20 – 3
= 17
(a. b)m = am . bm
3
2 . 2 . 2 em que os três
Esse produto pode ser escrito ou indicado na forma
3
2 (lê-se: dois elevado à terceira potência), em que o 2
é o fator que se repete e o 3 corresponde à quantidade
desses fatores.
3
Assim, escrevemos: 2 = 2 . 2 . 2 = 8 (3 fatores)
(3. 5)2 = 32 . 52
Suponha que desejemos determinar um número
que, elevado ao quadrado, seja igual a 9. Sendo x esse
2
número, escrevemos: X = 9
De acordo com a potenciação, temos que x = 3, ou
2
seja: 3 = 9
A operação que se realiza para determinar esse
número 3 é chamada radiciação, que é a operação
inversa da potenciação.
A operação realizada chama-se potenciação.
O número que se repete chama-se base.
O número que indica a quantidade de fatores iguais
a base chama-se expoente.
O resultado da operação chama-se potência.
3
=
8
2
3
expoente
base
3
RADICIAÇÃO
POTENCIAÇÃO
Considere a multiplicação:
fatores são todos iguais a 2.
3
Exemplos: (4 . 7) = 4 . 7 ;
Indica-se por:
2
(lê-se: raiz quadrada de 9 é igual a 3)
9 =3
Daí , escrevemos:
2
9 = 3 ⇔ 32 = 9
Na expressão acima, temos que:
- o símbolo chama-se sinal da raiz
- o número 2 chama-se índice
- o número 9 chama-se radicando
- o número 3 chama-se raiz,
potência
Observações:
1) os expoentes 2 e 3 recebem os nomes especiais de quadrado e cubo, respectivamente.
2) As potências de base 0 são iguais a zero. 02 =
- o símbolo
2
9 chama-se radical
0.0=0
As raízes recebem denominações de acordo com o
índice. Por exemplo:
3) As potências de base um são iguais a um.
3
Exemplos: 1 = 1 . 1 . 1 = 1
15 = 1 . 1 . 1 . 1 . 1 = 1
30 = 1 ; 50 = 1 ; 120 = 1
1
a potência de expoente um é igual à base (a =
a)
21 = 2 ;
71 = 7 ;
1001 =100
PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS
8
2+8
raiz quinta de 32 e assim por diante
01) Calcule:
a) 10 – 10 : 5 =
c) 20 + 40 : 10 =
e) 30 : 5 + 5 =
g) 63 : 9 . 2 – 2 =
i) 3 . 15 : 9 + 54 :18 =
= 310
5 . 5 6 = 51+6 = 57
2ª) para dividir potências de mesma base, conserva-se a base e subtraem-se os expoentes.
am : an = am - n
b) 45 : 9 + 6 =
d) 9. 7 – 3 =
f) 6 . 15 – 56 : 4 =
h) 56 – 34 : 17 . 19 =
j) 24 –12 : 4+1. 0 =
Respostas:
Exemplos:
Matemática
raiz quarta de 81
EXERCÍCIOS
am . an = a m + n
2
raiz cúbica de 125
No caso da raiz quadrada, convencionou-se não escrever o índice 2.
Exemplo : 2 49 = 49 = 7, pois 72 = 49
1ª) para multiplicar potências de mesma base,
conserva-se a base e adicionam-se os expoentes.
Exemplos: 3 . 3 = 3
raiz quadrada de 36
3
36
125
4
81
5
32
4) Por convenção, tem-se que:
0
- a potência de expoente zero é igual a 1 (a = 1,
a ≠ 0)
-
2
10
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
a) 8
c) 24
e) 11
g) 12
i) 8
02)
a)
b)
c)
d)
e)
f)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
certa e perde 3 pontos por exercício que erra.
Ao final de 50 exercícios tinha 130 pontos.
Quantos exercícios acertou? (35)
b) 11
d) 60
f) 76
h) 18
j) 21
16) Um edifício tem 15 andares; cada andar, 30 salas; cada sala, 3 mesas; cada mesa, 2 gavetas;
cada gaveta, 1 chave. Quantas chaves diferentes serão necessárias para abrir todas as gavetas? (2700).
Calcule o valor das expressões:
3
2
2 +3 =
2
2
3.5 –7 =
3
3
2 . 3 – 4. 2 =
3
2
2
5 –3 .6 +2 –1=
2
4
2
(2 + 3) + 2 . 3 – 15 : 5 =
2
4
2
1 + 7 – 3 . 2 + (12 : 4) =
Respostas:
a) 17
c) 22
e) 142
17) Se eu tivesse 3 dúzias de balas a mais do que
tenho, daria 5 e ficaria com 100. Quantas balas
tenho realmente? (69)
18) A soma de dois números é 428 e a diferença
entre eles é 34. Qual é o número maior? (231)
b) 26
d) 20
f) 11
19) Pensei num número e juntei a ele 5, obtendo 31.
Qual é o número? (26)
03) Uma indústria de automóveis produz, por dia,
1270 unidades. Se cada veículo comporta 5
pneus, quantos pneus serão utilizados ao final
de 30 dias? (Resposta: 190.500)
20) Qual o número que multiplicado por 7 resulta
56? (8)
21) O dobro das balas que possuo mais 10 é 36.
Quantas balas possuo? (13).
04) Numa divisão, o divisor é 9,o quociente é 12 e o
resto é 5. Qual é o dividendo? (113)
22) Raul e Luís pescaram 18
peixinhos. Raul
pescou o dobro de Luís. Quanto pescou cada
um? (Raul-12 e Luís-6)
05) Numa divisão, o dividendo é 227, o divisor é 15
e o resto é 2. Qual é o quociente? (15)
PROBLEMAS
06) Numa divisão, o dividendo é 320, o quociente é
45 e o resto é 5. Qual é o divisor? (7)
07) Num divisão, o dividendo é 625, o divisor é 25 e
o quociente é 25. Qual ê o resto? (0)
08) Numa chácara havia galinhas e cabras em igual
quantidade. Sabendo-se que o total de pés desses animais era 90, qual o número de galinhas?
Resposta: 15 ( 2 pés + 4 pés = 6 pés ; 90 : 6 =
15).
09) O dobro de um número adicionado a 3 é igual a
13. Calcule o número.(5)
10) Subtraindo 12 do quádruplo de um número obtemos 60. Qual é esse número (Resp: 18)
11) Num joguinho de "pega-varetas", André e Renato fizeram 235 pontos no total. Renato fez 51
pontos a mais que André. Quantos pontos fez
cada um? ( André-92 e Renato-143)
Vamos calcular o valor de x nos mais diversos casos:
1) x + 4 = 10
Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inversa da adição:
x = 10 – 4
x=6
2) 5x = 20
Aplicando a operação inversa da multiplicação, temos:
x = 20 : 5
x=4
3) x – 5 = 10
Obtêm-se o valor de x, aplicando a operação inversa da subtração:
x = 10 + 5
x =15
12) Subtraindo 15 do triplo de um número obtemos
39. Qual é o número? (18)
4) x : 2 = 4
Aplicando a operação inversa da divisão, temos:
x=4.2
x=8
13) Distribuo 50 balas, em iguais quantidades, a 3
amigos. No final sobraram 2. Quantas balas
coube a cada um? (16)
14) A diferença entre dois números naturais é zero
e a sua soma é 30. Quais são esses números?
(15)
15) Um aluno ganha 5 pontos por exercício que a-
Matemática
COMO ACHAR O VALOR DESCONHECIDO EM UM
PROBLEMA
Usando a letra x para representar um número, podemos expressar, em linguagem matemática, fatos e
sentenças da linguagem corrente referentes a esse
11
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
número, observe:
- duas vezes o número
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
idade de uma é o triplo da idade da outra. Qual a idade de cada uma?
Solução:
3x + x = 40
4x = 40
x = 40 : 4
x = 10
3 . 10 = 30
Resposta: 10 e 30 anos.
2.x
- o número mais 2
x+2
- a metade do número
x
2
- a soma do dobro com a metade do número
2⋅ x +
x
2
PROBLEMA 6
A soma das nossas idades é 45 anos. Eu sou 5 anos mais velho que você. Quantos anos eu tenho?
x + x + 5 = 45
x + x= 45 – 5
2x = 40
x = 20
20 + 5 = 25
Resposta: 25 anos
x
- a quarta parte do número
4
PROBLEMA 1
Vera e Paula têm juntas R$ 1.080,00. Vera tem o
triplo do que tem Paula. Quanto tem cada uma?
Solução:
x + 3x = 1080
4x= 1080
x =1080 : 4
x= 270
3 . 270 = 810
Resposta: Vera – R$ 810,00 e Paula – R$ 270,00
PROBLEMA 7
Sua bola custou R$ 10,00 menos que a minha.
Quanto pagamos por elas, se ambas custaram R$
150,00?
Solução:
x + x – 10= 150
2x = 150 + 10
2x = 160
x = 160 : 2
x = 80
80 – 10 = 70
Resposta: R$ 70,00 e R$ 80,00
PROBLEMA 2
Paulo foi comprar um computador e uma bicicleta.
Pagou por tudo R$ 5.600,00. Quanto custou cada
um, sabendo-se que a computador é seis vezes
mais caro que a bicicleta?
Solução:
x + 6x = 5600
7x = 5600
x = 5600 : 7
x = 800
6 . 800= 4800
R: computador – R$ 4.800,00 e bicicleta R$ 800,00
PROBLEMA 8
José tem o dobro do que tem Sérgio, e Paulo tanto
quanto os dois anteriores juntos. Quanto tem cada
um, se os três juntos possuem R$ 624,00?
Solução:
x + 2x + x + 2x = 624
6x = 624
x = 624 : 6
x = 104
Resposta:S-R$ 104,00; J-R$ 208,00; P- R$ 312,00
PROBLEMA 3
Repartir 21 cadernos entre José e suas duas irmãs,
de modo que cada menina receba o triplo do que
recebe José. Quantos cadernos receberá José?
Solução:
x + 3x + 3x = 21
7x = 21
x = 21 : 7
x =3
Resposta: 3 cadernos
PROBLEMA 4
Repartir R$ 2.100,00 entre três irmãos de modo que
o 2º receba o dobro do que recebe o 1º , e o 3º o
dobro do que recebe o 2º. Quanto receberá cada
um?
Solução:
x + 2x + 4x = 2100
7x = 2100
x = 2100 : 7
x = 300
300 . 2 = 600
300 . 4 =1200
Resposta: R$ 300,00; R$ 600,00; R$ 1200,00
PROBLEMA 9
Se eu tivesse 4 rosas a mais do que tenho, poderia
dar a você 7 rosas e ainda ficaria com 2. Quantas
rosas tenho?
Solução:
x+4–7 = 2
x+4 =7+2
x+4 =9
x =9–4
x =5
Resposta: 5
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS (Z)
Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N
= {0, 1, 2, 3, 4, 5, .....,}
Assim, os números precedidos do sinal + chamamse positivos, e os precedidos de - são negativos.
Exemplos:
Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....}
PROBLEMA 5
A soma das idades de duas pessoas é 40 anos. A
Matemática
12
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2)
Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....}
O conjunto dos números inteiros relativos é formado
pelos números inteiros positivos, pelo zero e pelos números inteiros negativos. Também o chamamos de
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS e o representamos pela letra Z, isto é: Z = {..., -3, -2, -1, 0, +1,
+2, +3, ... }
O zero não é um número positivo nem negativo. Todo número positivo é escrito sem o seu sinal positivo.
Exemplo:
+ 3 = 3 ; +10 = 10
Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 ,
1, 2, 3, ...}
PROPRIEDADES DA ADIÇÃO
A adição de números inteiros possui as seguintes
propriedades:
1ª) FECHAMENTO
A soma de dois números inteiros é sempre um número inteiro: (-3) + (+6) = + 3 ∈ Z
2ª) ASSOCIATIVA
Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a
+ (b + c) = (a + b) + c
Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)
(+3) + (-2) = (-1) + (+2)
+1 = +1
N é um subconjunto de Z.
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
Cada número inteiro pode ser representado por um
ponto sobre uma reta. Por exemplo:
... -3
... C’
-2
B’
-1
A’
0 +1 +2
0
A B
(+3) + (-4) + (+2) + (-8) =
(+5) + (-12) = -7
+3
C
+4 ...
D ...
3ª) ELEMENTO NEUTRO
Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a
e0+a=a
Isto significa que o zero é elemento neutro para a
adição.
Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2
Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o
número zero.
4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO
Se a é um número inteiro qualquer, existe um único
número oposto ou simétrico representado por (-a),
tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)
Nas representações geométricas, temos à direita do
zero os números inteiros positivos, e à esquerda do
zero, os números inteiros negativos.
Exemplos: (+5) + ( -5) = 0
Observando a figura anterior, vemos que cada ponto é a representação geométrica de um número inteiro.
( -5) + (+5) = 0
5ª) COMUTATIVA
Se a e b são números inteiros, então:
a+b=b+a
Exemplos:
ponto C é a representação geométrica do número +3
ponto B' é a representação geométrica do número -2
Exemplo:
(+4) + (-6) = (-6) + (+4)
-2 = -2
ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS
1) A soma de zero com um número inteiro é o próprio número inteiro: 0 + (-2) = -2
2) A soma de dois números inteiros positivos é um
número inteiro positivo igual à soma dos módulos
dos números dados: (+700) + (+200) = +900
3) A soma de dois números inteiros negativos é um
número inteiro negativo igual à soma dos módulos dos números dados: (-2) + (-4) = -6
4) A soma de dois números inteiros de sinais contrários é igual à diferença dos módulos, e o sinal é
o da parcela de maior módulo: (-800) + (+300) =
-500
SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para
5ºC, sofrendo, portanto, um aumento de 8ºC, aumento
esse que pode ser representado por: (+5) - (-3) = (+5) +
(+3) = +8
ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS
A soma de três ou mais números inteiros é efetuada
adicionando-se todos os números positivos e todos os
negativos e, em seguida, efetuando-se a soma do número negativo.
Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eliminando os parênteses
- (+4 ) = -4
- ( -4 ) = +4
Exemplos:
Matemática
1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) =
(+17) + (-11) = +6
Portanto:
A diferença entre dois números dados numa certa
ordem é a soma do primeiro com o oposto do segundo.
Exemplos: 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4
2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7
3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = -7
Observação:
Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais
podem ser resumidos do seguinte modo:
(+)=+
+(-)=13
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
- (+)=Exemplos:
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(+2 ) . (+3 ) . (-2 ) =
(+6 ) . (-2 ) = -12
- (- )=+
- ( -2) = +2
- (+3) = -3
+(-6 ) = -6
+(+1) = +1
Podemos concluir que:
- Quando o número de fatores negativos é par, o
produto sempre é positivo.
- Quando o número de fatores negativos é ímpar,
o produto sempre é negativo.
PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO
A subtração possui uma propriedade.
FECHAMENTO: A diferença de dois números inteiros é sempre um número inteiro.
MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS
INTEIROS POSITIVOS
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6
Exemplo:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6
Logo: (+3) . (+2) = +6
Observando essa igualdade, concluímos: na multiplicação de números inteiros, temos:
(+) . (+) =+
2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É
NEGATIVO
Exemplos:
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12
ou seja: (+3) . (-4) = -12
PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO
No conjunto Z dos números inteiros são válidas as
seguintes propriedades:
1ª) FECHAMENTO
Exemplo:
(+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z
Então o produto de dois números inteiros é inteiro.
2ª) ASSOCIATIVA
Exemplo:
(+2 ) . (-3 ) . (+4 )
Este cálculo pode ser feito diretamente, mas também podemos fazê-lo, agrupando os fatores de duas
maneiras:
(+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 )
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
-24 = -24
De modo geral, temos o seguinte:
Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
então: a . (b . c) = (a . b) . c
3ª) ELEMENTO NEUTRO
Observe que:
(+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4
2) Lembremos que: -(+2) = -2
(-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15
ou seja: (-3) . (+5) = -15
Conclusão: na multiplicação de números inteiros,
temos: ( + ) . ( - ) = (-).(+)=Exemplos :
(+5) . (-10) = -50
(+1) . (-8) = -8
(-2 ) . (+6 ) = -12
(-7) . (+1) = -7
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEIROS NEGATIVOS
Exemplo:
(-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18
isto é: (-3) . (-6) = +18
Conclusão: na multiplicação de números inteiros,
temos: ( - ) . ( - ) = +
Exemplos: (-4) . (-2) = +8
(-5) . (-4) = +20
As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser
resumidas na seguinte:
(+).(+)=+
(+).(-)=(- ).( -)=+
(-).(+)=Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é igual a 0: (+5) . 0 = 0
PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS
Exemplos:
1)
(+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) =
(-20) . (-2 ) . (+3 ) =
(+40) . (+3 ) = +120
2)
(-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) =
Matemática
Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
a . (+1 ) = a
e
(+1 ) . a = a
O número inteiro +1 chama-se neutro para a multiplicação.
4ª) COMUTATIVA
Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
e
(-4 ) . (+2 ) = - 8
Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a .
b = b . a, isto é, a ordem dos fatores não altera o produto.
5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À
SUBTRAÇÃO
Observe os exemplos:
(+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 )
(+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )
Conclusão:
Se a, b, c representam números inteiros quaisquer,
temos:
a) a . [b + c] = a . b + a . c
A igualdade acima é conhecida como propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição.
b) a . [b – c] = a . b - a . c
A igualdade acima é conhecida como propriedade distributiva da multiplicação em relação à sub14
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observacões :
1
1
(+2 ) significa +2, isto é, (+2 ) = +2
1
1
( -3 ) significa -3, isto é, ( -3 ) = -3
tração.
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS
CÁLCULOS
CONCEITO
Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multiplicado por 2, dê 16.
16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16
O EXPOENTE É PAR
Calcular as potências
4
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16
4
(+2) = +16
4
2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16
4
(-2 ) = +16
O número procurado é 8. Analogamente, temos:
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12
A divisão de números inteiros só pode ser realizada
quando o quociente é um número inteiro, ou seja,
quando o dividendo é múltiplo do divisor.
4
isto é,
isto é,
4
Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
Então, de modo geral, temos a regra:
Quando o expoente é par, a potência é sempre um
número positivo.
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro.
Outros exemplos:
Exemplos:
( -8 ) : (+2 ) = -4
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro
6
(-1) = +1
2
(+3) = +9
O EXPOENTE É ÍMPAR
Calcular as potências:
3
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
isto é, (+2) = + 8
3
2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
ou seja, (-2) = -8
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é
a mesma que vimos para a multiplicação:
(+):(+)=+ (+):( -)=(- ):( -)=+ ( -):(+)=-
3
3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8
Exemplos:
( +8 ) : ( -2 ) = -4
(+1 ) : ( -1 ) = -1
(-10) : ( -5 ) = +2
(-12) : (+3 ) = -4
Daí, a regra:
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
mesmo sinal da base.
PROPRIEDADE
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z
3
Outros exemplos: (- 3) = - 27
4
(+2) = +16
PROPRIEDADES
Portanto, não vale em Z a propriedade do fechamento para a divisão. Alem disso, também não são
válidas as proposições associativa, comutativa e do
elemento neutro.
PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3
2
3
2
5
Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 )
( -2 )2 . ( -2 )3 . ( -2 )5 = ( -2 ) 2 + 3 + 5 = ( -2 )10
POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
CONCEITO
A notação
3
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 )
Para multiplicar potências de mesma base, mantemos a base e somamos os expoentes.
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
(+2 ) 5 : (+2 )2 = (+2 )5-2 = (+2 )3
( -2 )7 : ( -2 )3 = ( -2 )7-3 = ( -2 )4
é um produto de três fatores iguais
Analogamente:
4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 )
Para dividir potências de mesma base em que o expoente do dividendo é maior que o expoente do divisor,
mantemos a base e subtraímos os expoentes.
POTÊNCIA DE POTÊNCIA
é um produto de quatro fatores iguais
Portanto potência é um produto de fatores iguais.
[( -4 )3]5 = ( -4 )3 . 5 = ( -4 )15
Para calcular uma potência de potência, conservamos a base da primeira potência e multiplicamos os
expoentes .
2
Na potência (+5 ) = +25, temos:
+5 ---------- base
2 ---------- expoente
+25 ---------- potência
Matemática
POTÊNCIA DE UM PRODUTO
4
4
4
4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
Para calcular a potência de um produto, sendo n o
expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
15
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
POTÊNCIA DE POTÊNCIA
3 5
3.5
15
= ( -4 )
[( -4 ) ] = ( -4 )
Para calcular uma potência de potência, conservamos a base da primeira potência e multiplicamos os
expoentes .
POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
(+2 )5 : (+2 )5 = (+2 )5-5 = (+2 )0
5
5
(+2 ) : (+2 ) = 1
e
0
Consequentemente: (+2 ) = 1
0
( -4 ) = 1
Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
Observação:
2
2
2
Não confundir -3 com ( -3 ) , porque -3 significa
2
-( 3 ) e portanto
2
POTÊNCIA DE UM PRODUTO
4
4
4
4
[( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )] = ( -2 ) . (+3 ) . ( -5 )
Para calcular a potência de um produto, sendo n o
expoente, elevamos cada fator ao expoente n.
POTÊNCIA DE EXPOENTE ZERO
5
5
5-5
0
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
5
5
e
(+2 ) : (+2 ) = 1
0
0
( -4 ) = 1
Consequentemente: (+2 ) = 1
Qualquer potência de expoente zero é igual a 1.
2
-3 = -( 3 ) = -9
2
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
2
Logo: -3
≠ ( -3 )2
2
CÁLCULOS
O EXPOENTE É PAR
Calcular as potências
4
4
(+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +16 isto é, (+2)
= +16
4
4
( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = +16 isto é, (-2 )
= +16
4
4
Observamos que: (+2) = +16 e (-2) = +16
Então, de modo geral, temos a regra:
Quando o expoente é par, a potência é sempre um
número positivo.
6
Outros exemplos: (-1) = +1
2
(+3) = +9
O EXPOENTE É ÍMPAR
Exemplos:
Calcular as potências:
3
1) (+2 ) = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
3
isto é, (+2) = + 8
3
2) ( -2 ) = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
3
ou seja, (-2) = -8
3
3
Observamos que: (+2 ) = +8 e ( -2 ) = -8
Daí, a regra:
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o
mesmo sinal da base.
3
4
Outros exemplos: (- 3) = - 27
(+2) = +16
PROPRIEDADES
PRODUTO DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
3
2
3
2
5
Exemplos: (+2 ) . (+2 ) = (+2 ) +2 = (+2 )
2
3
5
2+3+5
10
( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = ( -2 )
= ( -2 )
Para multiplicar potências de mesma base, mantemos a base e somamos os expoentes.
QUOCIENTE DE POTÊNCIAS DE MESMA BASE
5
2
5-2
3
(+2 ) : (+2 ) = (+2 ) = (+2 )
7
3
7-3
4
( -2 ) : ( -2 ) = ( -2 ) = ( -2 )
Para dividir potências de mesma base em que o expoente do dividendo é maior que o expoente do divisor,
mantemos a base e subtraímos os expoentes.
Matemática
2
2
Observação: Não confundir-3 com (-3) , porque -3
2
2
2
significa -( 3 ) e portanto: -3 = -( 3 ) = -9
2
enquanto que: ( -3 ) = ( -3 ) . ( -3 ) = +9
2
Logo: -3
≠ ( -3 )2
NÚMEROS PARES E ÍMPARES
Os pitagóricos estudavam à natureza dos números, e
baseado nesta natureza criaram sua filosofia e modo de
vida. Vamos definir números pares e ímpares de acordo
com a concepção pitagórica:
• par é o número que pode ser dividido em duas partes iguais, sem que uma unidade fique no meio, e
ímpar é aquele que não pode ser dividido em duas
partes iguais, porque sempre há uma unidade no
meio
Uma outra caracterização, nos mostra a preocupação
com à natureza dos números:
• número par é aquele que tanto pode ser dividido
em duas partes iguais como em partes desiguais,
mas de forma tal que em nenhuma destas divisões
haja uma mistura da natureza par com a natureza
ímpar, nem da ímpar com a par. Isto tem uma única exceção, que é o princípio do par, o número 2,
que não admite a divisão em partes desiguais, porque ele é formado por duas unidades e, se isto pode ser dito, do primeiro número par, 2.
Para exemplificar o texto acima, considere o número
10, que é par, pode ser dividido como a soma de 5 e 5,
mas também como a soma de 7 e 3 (que são ambos
ímpares) ou como a soma de 6 e 4 (ambos são pares);
mas nunca como a soma de um número par e outro ímpar. Já o número 11, que é ímpar pode ser escrito como
soma de 8 e 3, um par e um ímpar. Atualmente, definimos
números pares como sendo o número que ao ser dividido
por dois têm resto zero e números ímpares aqueles que
ao serem divididos por dois têm resto diferente de zero.
Por exemplo, 12 dividido por 2 têm resto zero, portanto 12
é par. Já o número 13 ao ser dividido por 2 deixa resto 1,
portanto 13 é ímpar.
MÚLTIPLOS E DIVISORES
DIVISIBILIDADE
Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4,
6 ou 8. Ex.: O número 74 é divisível por 2, pois termina em
16
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Portanto:
4.
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos é um número divisível
por 3. Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 e 6 é divisível por 3
Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à direita do número e, à direita dessa barra, escrever os divisores primos; abaixo do número escrevem-se os quocientes obtidos. A decomposição em fatores primos estará
terminada quando o último quociente for igual a 1.
Um número é divisível por 5 quando o algarismo das
unidades é 0 ou 5 (ou quando termina em o ou 5). Ex.: O
número 320 é divisível por 5, pois termina em 0.
Exemplo:
60 2
30 2
15 3
5 5
1
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
Um número é divisível por 10 quando o algarismo das
unidades é 0 (ou quando termina em 0). Ex.: O número
500 é divisível por 10, pois termina em 0.
NÚMEROS PRIMOS
Um número natural é primo quando é divisível apenas
por dois números distintos: ele próprio e o 1.
Exemplos:
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois
números diferentes: ele próprio e o 1.
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois
números distintos: ele próprio e o 1.
• O número natural que é divisível por mais de dois
números diferentes é chamado composto.
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4.
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divisível apenas por um número (ele mesmo).
• O número 2 é o único número par primo.
DIVISORES DE UM NÚMERO
Consideremos o número 12 e vamos determinar todos
os seus divisores Uma maneira de obter esse resultado é
escrever os números naturais de 1 a 12 e verificar se
cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores.
1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12
= = = =
=
==
Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos
divisores do número 12, temos:
D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12}
Na prática, a maneira mais usada é a seguinte:
1º) Decompomos em fatores primos o número considerado.
12 2
6 2
3 3
1
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS
(FATORAÇÃO)
Um número composto pode ser escrito sob a forma de
um produto de fatores primos.
2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores
primos e, à sua direita e acima, escrevemos o numero 1 que é divisor de todos os números.
1
12 2
6 2
3 3
1
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma:
2
60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 2 . 3 . 5 que é chamada de forma fatorada.
Para escrever um número na forma fatorada, devemos
decompor esse número em fatores primos, procedendo
do seguinte modo:
3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e escrevemos o produto obtido na linha correspondente.
x1
12 2
2
6 2
3 3
1
Dividimos o número considerado pelo menor número
primo possível de modo que a divisão seja exata.
Dividimos o quociente obtido pelo menor número primo possível.
Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo
menor número primo possível, até que se obtenha o quociente 1.
4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos
divisores já obtidos, escrevendo os produtos nas
linhas correspondentes, sem repeti-los.
x1
12 2
2
6 2
4
3 3
1
Exemplo:
60
2
0
30
2
0
15
5
3
0
5
12 2
6 2
1
Matemática
60 = 2 . 2 . 3 . 5
17
x1
2
4
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
3 3
1
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3, 6, 12
comuns e não-comuns com seus maiores expoentes. Esse produto é o M.M.C procurado.
Os números obtidos à direita dos fatores primos são
os divisores do número considerado. Portanto:
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12}
Exemplos:
1)
1
2
3, 6
9, 18
18 2
9 3
3 3
1
2)
Decompondo em fatores primos esses números, temos:
12 2
18
2
6 2
9
3
3 3
3
3
1
1
D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
2
2
12 = 2 . 3
18 = 2 . 3
2
2
Resposta: M.M.C (12, 18) = 2 . 3 = 36
1
2
3, 6
5, 10, 15, 30
30 2
15 3
5 5
1
Exemplos: Calcular o M.M.C (12, 18)
D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}
Observação: Esse processo prático costuma ser simplificado fazendo-se uma decomposição simultânea dos
números. Para isso, escrevem-se os números, um ao
lado do outro, separando-os por vírgula, e, à direita da
barra vertical, colocada após o último número, escrevemse os fatores primos comuns e não-comuns. 0 calculo
estará terminado quando a última linha do dispositivo for
composta somente pelo número 1. O M.M.C dos números
apresentados será o produto dos fatores.
MÁXIMO DIVISOR COMUM
Exemplo:
Calcular o M.M.C (36, 48, 60)
36, 48, 60 2
18, 24, 30 2
9, 12, 15 2
9, 6, 15 2
9, 3, 15 3
3, 1, 5 3
1, 1 5 5
1, 1, 1
Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou
mais números o maior dos divisores comuns a esses
números.
Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois
números é o chamado método das divisões sucessivas
(ou algoritmo de Euclides), que consiste das etapas seguintes:
1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a
divisão for exata, o M.D.C. entre esses números é
o menor deles.
2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o
menor dos dois números) pelo resto obtido na divisão anterior, e, assim, sucessivamente, até se
obter resto zero. 0 ultimo divisor, assim determinado, será o M.D.C. dos números considerados.
4
RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS
CONCEITO
Consideremos o seguinte problema:
Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25.
2
2
Solução: (+5 ) = +25
e
( -5 ) =+25
Resposta: +5 e -5
Exemplo:
Calcular o M.D.C. (24, 32)
32
24
24
8
8
1
0
3
Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de
+25.
Outros exemplos:
Número
+9
+16
+1
+64
+81
+49
+36
Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou
mais números o menor dos múltiplos (diferente de zero)
comuns a esses números.
O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou
mais números, chamado de decomposição em fatores
primos, consiste das seguintes etapas:
1º) Decompõem-se em fatores primos os números
apresentados.
2º) Determina-se o produto entre os fatores primos
Matemática
2
Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 2 . 3 . 5 = 720
O símbolo
é
Raízes quadradas
+ 3 e -3
+ 4 e -4
+ 1 e -1
+ 8 e -8
+ 9 e -9
+ 7 e -7
+6 e -6
25 significa a raiz quadrada de 25, isto
25 = +5
Como 25 = +5 , então: − 25 = −5
Agora, consideremos este problema.
18
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
recem.
2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que aparecem.
3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem.
Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é 25?
2
2
(-5 ) = +25
Solução: (+5 ) = +25 e
Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado
seja -25, isto é,
números inteiros.
− 25 não existe no conjunto Z dos
Exemplos:
1) 2 + 7 . (-3 + 4) =
2 + 7 . (+1) = 2 + 7 = 9
Conclusão: os números inteiros positivos têm, como
raiz quadrada, um número positivo, os números inteiros
negativos não têm raiz quadrada no conjunto Z dos números inteiros.
3)
-(-4 +1) – [-(3 +1)] =
-(-3) - [-4 ] =
+3 + 4 = 7
4)
–2( -3 –1) +3 . ( -1 – 3) + 4
2
3
-2 . ( -4 ) + 3 . ( - 4 ) + 4 =
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4
-32 – 192 + 4 =
-212 + 4 = - 208
A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que
n
a = b.
5
b = a ⇒ an = b
32 = 2
5
32
índice
radicando
2
radical
3
3
8 = 2 pois 2 3 = 8
PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0)
1ª)
2ª)
n
3ª)
n
4ª)
5ª)
m: p
n
n: p
a = a
a⋅b = n a ⋅n b
n
n
a:b = a : b
n
( a)
m
m n
= m an
a = m⋅n a
15
4
10
3
3
6
5
= 3 x5
(-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =
(-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) =
-3 - (- 5) =
- 3 + 5 = +2
7)
–5 : (+25) - (-4 ) : 2 - 1 =
-25 : (+25) - (+16) : 16 - 1 =
-1 - (+1) –1 = -1 -1 –1 = -3
8)
2 . ( -3 ) + (-40) : (+2) - 2 =
2 . (+9 ) + (-40) : (+8 ) - 4 =
+18 + (-5) - 4 =
+ 18 - 9 = +9
2
2
2
EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM NÚMEROS INTEIROS ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES
Para calcular o valor de uma expressão numérica com
números inteiros, procedemos por etapas.
1ª ETAPA:
a) efetuamos o que está entre parênteses
b) eliminamos os parênteses
2
3
2
( )
Os números racionais são representados por um
numeral em forma de fração ou razão,
[
]
3º ETAPA:
a) efetuamos o que está entre chaves { }
b) eliminamos as chaves
Em cada etapa, as operações devem ser efetuadas na
seguinte ordem:
1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que apa-
a
, sendo a e b
b
números naturais, com a condição de b ser diferente de
zero.
1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado
(a, b) de números naturais, sendo b ≠ 0, corresponde
um número fracionário
Matemática
4
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS (Q)
3 = 12 3
2ª ETAPA:
a) efetuamos o que está entre colchetes
b) eliminamos os colchetes
2
6)
3 = 3
6 = 2⋅ 3
( x)
2
=
(-288) : (-12) - (-125) : ( -5 ) =
(-288) : (+144) - (-125) : (+25) =
(-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3
2
4
5
5
=
4
16
16
3
5)
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8
m
2
5
pois 2 = 32
raiz
Outros exemplos :
2
(-1 ) + (-2 ) : (+2 ) =
-1+ (+4) : (+2 ) =
-1 + (+2 ) =
-1 + 2 = +1
RADICIAÇÃO
n
3
2)
a
.O termo a chama-se numeb
rador e o termo b denominador.
2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser representado por uma fração de denominador 1. Logo, é possível reunir tanto os números naturais como os fracionários num único conjunto, denominado conjunto dos
números racionais absolutos, ou simplesmente conjunto dos números racionais Q.
Qual seria a definição de um número racional abso19
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
luto ou simplesmente racional? A definição depende
das seguintes considerações:
a) O número representado por uma fração não muda de valor quando multiplicamos ou dividimos
tanto o numerador como o denominador por um
mesmo número natural, diferente de zero.
Exemplos: usando um novo símbolo: ≈
≈ é o símbolo de equivalência para frações
2 2 × 5 10 10 × 2 20
≈
≈
≈
≈
≈ ⋅⋅⋅
3 3 × 5 15 15 × 2 30
20
= 5,
4
e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as frações, com exceção daquelas que possuem como de2
3
nominador 10, 10 , 10 ...
f) frações iguais: são as que possuem os termos iguais
b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as
frações equivalentes a uma fração dada.
3 6 9 12
, , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fra1 2 3 4
3
ção: )
1
Agora já podemos definir número racional : número
racional é aquele definido por uma classe de equivalência da qual cada fração é um representante.
3
3
=
,
4
4
0 0
= = ⋅⋅⋅
1 2
(definido pela classe de equivalência que representa o mesmo
número racional 0)
1 2
1 = = = ⋅⋅⋅
1 2
fracionária;
nária
 4
 2  A parte natural é 2 e a parte fracio 7
4
.
7
h) irredutível: é aquela que não pode ser mais simplificada, por ter seus termos primos entre si.
3
,
4
NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚMERO FRACIONÁRIO:
8
8:4 2
=
=
12 12 : 4 3
5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES.
Para comparar duas ou mais frações quaisquer primeiramente convertemos em frações equivalentes de
mesmo denominador. De duas frações que têm o
mesmo denominador, a maior é a que tem maior numerador. Logo:
1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalên2 4 6
cia que representa o
número racional 1/2).
6
8
9
1 2 3
<
<
⇔ < <
12 12 12
2 3 4
mesmo
NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS
Decimais: quando têm como denominador 10 ou
uma potência de 10
(ordem crescente)
De duas frações que têm o mesmo numerador, a
maior é a que tem menor denominador.
Exemplo:
5 7
,
,⋅ ⋅ ⋅ etc.
10 100
b) próprias: aquelas que representam quantidades
menores do que 1.
1 3 2
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
2 4 7
c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou
maiores que 1.
5
3
,
, etc.
12 7
4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que
não possua termos primos entre si, basta dividir os dois
ternos pelo seu divisor comum.
(definido pela classe de equiva-
lência que representa o mesmo
número racional 1)
e assim por diante.
8 8
= , etc.
5 5
g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao
numeral formado por uma parte natural e uma parte
NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO
NATURAL:
0=
8
= 4 , etc.
2
7 7
>
2 5
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
A soma ou a diferença de duas frações é uma outra
fração, cujo calculo recai em um dos dois casos seguintes:
1º CASO: Frações com mesmo denominador. Observemos as figuras seguintes:
5 8 9
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
5 1 5
d) aparentes: todas as que simbolizam um número
natural.
Matemática
20
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
3
6
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2
6
5
6
Indicamos por:
5 3
+ =
8 6
15 12
=
+
=
24 24
15 + 12
=
=
24
27 9
=
=
24 8
1 2
1) + =
3 4
4
6
=
+
=
12 12
4+6
=
=
12
10 5
=
=
12 6
3 2 5
+ =
6 6 6
2)
Observações:
Para adicionar mais de duas frações, reduzimos todas ao mesmo denominador e, em seguida, efetuamos
a operação.
2
6
5
6
3
6
Indicamos por:
5 2 3
− =
6 6 6
Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo
denominador, procedemos do seguinte modo:
adicionamos ou subtraímos os numeradores e
mantemos o denominador comum.
simplificamos o resultado, sempre que possível.
Exemplos.
2 7 3
a) + + =
15 15 15
2+7+3
=
=
15
12 4
= =
15 5
3 5 1 1
b) + + + =
4 6 8 2
18 20 3 12
= + + + =
24 24 24 24
18+ 20+ 3 +12
=
=
24
53
=
24
Havendo número misto, devemos transformá-lo em
fração imprópria:
Exemplo:
1 5
1
+
+3 =
3 12
6
7
5 19
+
+
=
3 12
6
28
5
38
+
+
=
12 12 12
28 + 5 + 38 71
=
12
12
2
Exemplos:
3 1 3 +1 4
+ =
=
5 5
5
5
4 8 4 + 8 12 4
+ =
=
=
9 9
9
9 3
7 3 7−3 4 2
− =
= =
6 6
6
6 3
2 2 2−2 0
− =
= =0
7 7
7
7
Observação: A subtração só pode ser efetuada
quando o minuendo é maior que o subtraendo, ou igual
a ele.
Se a expressão apresenta os sinais de parênteses (
), colchetes [ ] e chaves { }, observamos a mesma
ordem :
1º) efetuamos as operações no interior dos parênteses;
2º) as operações no interior dos colchetes;
3º) as operações no interior das chaves.
Exemplos:
2º CASO: Frações com denominadores diferentes:
Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com
denominadores diferentes, procedemos do seguinte
modo:
• Reduzimos as frações ao mesmo denominador.
• Efetuamos a operação indicada, de acordo com o
caso anterior.
• Simplificamos o resultado (quando possível).
Exemplos:
Matemática
21
2 3 5 4
1) +  −  −  =
3 4 2 2
9  1
 8
=
+
− =
 12 12  2
17 1
=
− =
12 2
17
6
=
−
=
12 12
11
=
12
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
  3 1   2 3 
2)5 −  −  − 1 +  =
  2 3   3 4 
  9 2   5 3 
= 5 −  −  −  +  =
  6 6   3 4 
 7   20 9 
= 5 −  −  +  =
 6   12 12 
 30 7  29
= − −
=
 6 6  12
23 29
=
−
=
6 12
46 29
=
−
=
12 12
17
=
12
NÚMEROS RACIONAIS
Dizemos que:
1
2
3
=
=
2
4
6
- Para obter frações equivalentes, devemos multiplicar ou dividir o numerador por mesmo número diferente de zero.
1 2
2
1 3
3
Ex:
⋅
=
ou
. =
2 2
4
2 3
6
Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador, por um mesmo número diferente
de zero.
Quando não for mais possível efetuar as divisões
dizemos que a fração é irredutível.
Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos que uma unidade dividida em duas partes iguais e
indicamos 1/2.
onde: 1 = numerador e
2 = denominador
Exemplo:
18 2
9
3
:
=
=
⇒ Fração Irredutível ou Sim12 2
6
6
plificada
Exemplo:
Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12
1
3 (12 : 3 ) ⋅ 1
(12 : 4 ) ⋅ 3 temos: 4 e 9
e
=
e
12
12
3
4
12
12
Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos
(das três partes hachuramos 2).
A fração
4
1
é equivalente a
.
12
3
A fração
3
9
equivalente
.
4
12
Quando o numerador é menor que o denominador
temos uma fração própria. Observe:
Observe:
Exercícios:
1) Achar três frações equivalentes às seguintes frações:
1
2
1)
2)
4
3
2
3
4
4 6 8
Respostas: 1)
,
,
2)
, ,
8 12 16
6 9 12
Quando o numerador é maior que o denominador
temos uma fração imprópria.
FRAÇÕES EQUIVALENTES
Duas ou mais frações são equivalentes, quando representam a mesma quantidade.
Matemática
1
3
e
3
4
COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES
a) Frações de denominadores iguais.
Se duas frações tem denominadores iguais a maior
será aquela: que tiver maior numerador.
22
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
Ex.:
3
1
>
4 4
ou
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exercícios: Colocar em ordem crescente:
2
2
5
4
5 2
4
2)
3) ,
e
e
e
1)
5
3
3
3
6 3
5
1 3
<
4 4
b) Frações com numeradores iguais
Se duas frações tiverem numeradores iguais, a menor será aquela que tiver maior denominador.
7 7
7
7
Ex.:
>
ou
<
4 5
5
4
c) Frações com numeradores e denominadores
receptivamente diferentes.
Reduzimos ao mesmo denominador e depois comparamos. Exemplos:
2
1
>
denominadores iguais (ordem decrescente)
3
3
4
4
>
numeradores iguais (ordem crescente)
5
3
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES
Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador por um número diferente de zero.
Quando não for mais possível efetuar as divisões,
dizemos que a fração é irredutível. Exemplo:
18 : 2 9 : 3 3
=
=
12 : 2 6 : 3 2
Respostas: 1)
3)
(12 : 2).1 + (12 : 4).3 + (12.3).2 6 + 9 + 8 23
=
=
12
12
12
4 2
2) − = M.M.C.. (3,9) = 9
3 9
(9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10
=
=
9
9
9
Exercícios. Calcular:
2 5 1
5 1
2 1 1
1) + +
2) −
3) + −
7 7 7
6 6
3 4 3
8
7
4 2
Respostas: 1)
2)
=
3)
7
12
6 3
MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
Para multiplicar duas ou mais frações devemos multiplicar os numeradores das frações entre si, assim
como os seus denominadores.
Exemplo:
2 3 2 3
6
3
. = x =
=
5 4 5 4 20 10
Exercícios: Calcular:
2 5
2 3 4
1) ⋅
2) ⋅ ⋅
5 4
5 2 3
Exemplo:
2
4
?
⇒ numeradores diferentes e denomina3
5
dores diferentes m.m.c.(3, 5) = 15
Matemática
=
4
5
3
<
<
3
6
2
b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo
denominador depois soma ou subtrai.
Ex:
1 3 2
M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
1) + + =
2 4 3
1
3
e
3
4
(15 : 3).2
(15.5).4
?
15
15
crescente)
4
5
<
3
3
1) Adição e Subtração
a) Com denominadores iguais somam-se ou subtraem-se os numeradores e conserva-se o denominador
comum.
2
5
1
2 + 5 +1 8
Ex:
+
+
=
=
3
3
3
3
3
4
3
4−3
1
−
=
=
5
5
5
5
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINADOR COMUM
Calcular o M.M.C. (3,4) = 12
(12 : 3 ) ⋅ 1 e (12 : 4 ) ⋅ 3 temos:
1
3
e
=
12
12
3
4
4
9
e
12
12
4
3
1
A fração
é equivalente a
. A fração
equiva12
4
3
9
lente
.
12
2)
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Fração irredutível ou simplificada.
9
36
Exercícios: Simplificar 1)
2)
12
45
3
4
Respostas: 1)
2)
4
5
Ex.:
2
2
<
5
3
Respostas: 1)
10
12
<
(ordem
15
15
10 5
=
12 6
 1 3  2 1
3)  +  ⋅  − 
5 5 3 3
24 4
4
2)
=
3)
30 5
15
DIVISÃO DE FRAÇÕES
Para dividir duas frações conserva-se a primeira e
multiplica-se pelo inverso da Segunda.
23
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Outros exemplos:
34
635
2187
= 3,4 2)
= 6,35 3)
=218,7
1)
10
100
10
4 2
4 3
12
6
: = . =
=
5 3
5 2
10
5
Exemplo:
Exercícios. Calcular:
4 2
8 6
1) :
2)
:
3 9
15 25
 2 3  4 1
3)  +  :  − 
5 5 3 3
Respostas: 1) 6
2)
20
9
Note que a vírgula “caminha” da direita para a esquerda, a quantidade de casas deslocadas é a mesma
quantidade de zeros do denominador.
Exercícios. Representar em números decimais:
35
473
430
1)
2)
3)
10
100
1000
3) 1
POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES
Respostas: 1) 3,5
Eleva o numerador e o denominador ao expoente
dado. Exemplo:
3
2) 4,73 3) 0,430
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
3
2
8
2
  = 3 =
3
27
3
 
Ex.:
Exercícios. Efetuar:
3
1)  
4
2
 1
2)  
2
Respostas: 1)
4
9
16
2
 4   1
3)   −  
3 2
2)
1
16
3)
3
119
72
RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES
Extrai raiz do numerador e do denominador.
4
4 2
=
=
Exemplo:
9
9 3
Exercícios. Efetuar:
1)
1
9
16
25
2)
Respostas: 1)
1
3
3)
2)
4
5
9  1
+ 
16  2 
2
OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS
Adição e Subtração
Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou subtraem-se unidades de mesma ordem. Exemplo 1:
10 + 0,453 + 2,832
10,000
+
0,453
2,832
_______
13,285
3) 1
NÚMEROS DECIMAIS
Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc,
chama-se fração decimal.
3
4
7
Ex:
,
,
, etc
10
100
100
Exemplo 2:
47,3 - 9,35
47,30
9,35
______
37,95
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
3
= três décimos,
10
4
= quatro centésimos
100
7
= sete milésimos
1000
Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
3
4
7
=0,3
= 0,04
= 0,007
10
100
1000
Matemática
Exercícios. Efetuar as operações:
1) 0,357 + 4,321 + 31,45
2) 114,37 - 93,4
3) 83,7 + 0,53 - 15, 3
Respostas: 1) 36,128
2) 20,97
3) 68,93
MULTIPLICAÇÃO COM NÚMEROS DECIMAIS
Multiplicam-se dois números decimais como se fossem inteiros e separam-se os resultados a partir da
24
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
direita, tantas casas decimais quantos forem os algarismos decimais dos números dados.
Exemplo:
5,32 x 3,8
5,32 → 2 casas,
x 3,8→ 1 casa após a virgula
______
4256
1596 +
______
20,216 → 3 casas após a vírgula
DIVISÃO
Para dividir os números decimais, procede-se assim:
1) iguala-se o número de casas decimais;
2) suprimem-se as vírgulas;
3) efetua-se a divisão como se fossem números inteiros.
Exemplos:
♦ 6 : 0,15 =
6,00
0,15
Exercícios. Efetuar as operações:
1) 2,41 . 6,3
2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6
3) 31,2 . 0,753
000
40
Igualam – se as casas decimais.
Cortam-se as vírgulas.
7,85 : 5 = 7,85 : 5,00
785 : 500 = 1,57
Respostas: 1) 15,183
3) 23,4936
Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto
285
2) 629,9
DIVISÃO DE NÚMEROS DECIMAIS
Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o
divisor e quando o dividendo for menor que o divisor
acrescentamos um zero antes da vírgula no quociente.
Ex.:
a) 3:4
3 |_4_
30 0,75
20
0
b) 4,6:2
4,6 |2,0
=
46 | 20
60 2,3
0
Obs.: Para transformar qualquer fração em número
decimal basta dividir o numerador pelo denominador.
Ex.: 2/5 = 2
|5 ,
então 2/5=0,4
20 0,4
Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma
vírgula ao quociente e zeros ao resto
♦ 2 : 4 0,5
Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vírgula no quociente e zero no dividendo
♦ 0,35 : 7 =
0,350 7,00 350 : 700 =
0,05
Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vírgula no quociente e um zero no dividendo. Como 350
não é divisível por 700, acrescenta-se outro zero ao
quociente e outro ao dividendo
Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, ....
vezes menor, desloca-se a vírgula para a esquerda,
respectivamente, uma, duas, três, ... casas decimais.
Exemplos:
25,6 : 10 = 2,56
04 : 10 = 0,4
315,2 : 100 = 3,152
018 : 100 = 0,18
0042,5 : 1.000 = 0,0425
0015 : 1.000 = 0,015
Exercícios
1) Transformar as frações em números decimais.
1
1
4
1)
2)
3)
4
5
5
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8
3) 0,25
2) Efetuar as operações:
1) 1,6 : 0,4
2) 25,8 : 0,2
3) 45,6 : 1,23
4) 178 : 4,5-3,4.1/2
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4
Respostas: 1) 4
2) 129 3) 35,07
4) 37,855 5) 200,0833....
centena
dezena
Unidade
simples
décimo
centésimo
milésimo
1 000
100
10
1
0,1
0,01
0,001
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
Procedemos do seguinte modo:
1º) Lemos a parte inteira (como um número natural).
2º) Lemos a parte decimal (como um número natural), acompanhada de uma das palavras:
- décimos, se houver uma ordem (ou casa) decimal
- centésimos, se houver duas ordens decimais;
- milésimos, se houver três ordens decimais.
Multiplicação de um número decimal por 10, 100,
1000
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000.....
vezes maior, desloca-se a vírgula para a direita, respectivamente, uma, duas, três, . . . casas decimais.
2,75 x 10 = 27,5
6,50 x 100 = 650
0,125 x 100 = 12,5
2,780 x 1.000 = 2.780
0,060 x 1.000 = 60
0,825 x 1.000 = 825
Matemática
milhar
Exemplos:
1) 1,2
25
Lê-se: "um inteiro e
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dois décimos".
irracionais.
2) 12,75
Lê-se: "doze inteiros
e setenta e cinco
centésimos".
Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos
indicar que o número zero foi excluído de um conjunto.
3) 8,309
Lê-se: "oito inteiros e
trezentos e nove
milésimos''.
N.
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de
Observações:
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte decimal é lida.
Exemplos:
a) 0,5
- Lê-se: "cinco
décimos".
b) 0,38
- Lê-se: "trinta e oito
centésimos".
c) 0,421
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos
indicar que os números negativos foram excluídos de
um conjunto.
Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram
excluídos de Z.
Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos
indicar que os números positivos foram excluídos de
um conjunto.
Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram
excluídos de Z.
- Lê-se: "quatrocentos
e vinte e um
milésimos".
Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o
símbolo (+) ou com o símbolo (-).
2) Um número decimal não muda o seu valor se acrescentarmos ou suprimirmos zeros â direita do
último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " .......
Exemplos
a) Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram
excluídos de Z.
b) Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos
foram excluídos de Z.
3) Todo número natural pode ser escrito na forma
de número decimal, colocando-se a vírgula após
o último algarismo e zero (ou zeros) a sua direita.
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00...
Exercícios resolvidos
1. Completar com ∈ ou ∉ :
a) 5
Z
g)
*
b) 5
Z−
h)
*
c) 3,2
Z+
i)
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS (R)
CORRESPONDÊNCIA ENTRE
NÚMEROS E
PONTOS DA RETA, ORDEM, VALOR ABSOLUTO
Há números que não admitem representação
decimal finita nem representação decimal infinita e
periódico, como, por exemplo:
π = 3,14159265...
d)
e)
2 = 1,4142135...
3 = 1,7320508...
2
∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são
chamados de irracionais.
Z
4
Q
( − 2)2
Q-
j)
2
R
k)
4
R-
1
não é inteiro.
4
4
e) ∈ , pois
= 4 é inteiro.
1
f) ∉ , pois 2 não é racional.
Podemos então definir os irracionais como sendo
aqueles números que possuem uma representação
decimal infinita e não periódico.
Chamamos então de conjunto dos números reais, e
indicamos com R, o seguinte conjunto:
R= { x | x é racional ou x é irracional}
Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto
dos números racionais com o conjunto dos números
Matemática
Z
Q*
f)
Q
Resolução
a) ∈ , pois 5 é positivo.
b) ∉ , pois 5 é positivo e os positivos foram
*
excluídos de Z −
c) ∉ 3,2 não é inteiro.
5 = 2,2360679...
Estes números não são racionais: π ∈ Q,
1
4
4
1
2
3
26
d)
∉ , pois
g)
∉ , pois
3 não é racional
h)
∈ , pois
4 = 2 é racional
i)
∉ , pois
( − 2)2
=
4 = 2 é positivo, e os
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APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) ⊂
b) ⊄
positivos foram excluídos de Q− .
2 é real.
j)
∈ , pois
k)
4 = 2 é positivo, e os positivos foram
excluídos de R−
b) N
c) N
Z
*
e) Q +
Z+
Q
*
R+
Resolução:
a)
b)
c)
⊄ , pois 0 ∈ N e 0 ∉ Z * .
⊂, pois N = Z +
⊂ , pois todo número natural é também
d)
racional.
⊄ , pois há números racionais que não são
inteiros como por exemplo,
e)
2
.
3
e) ⊄
4.
∉ , pois
2. Completar com ⊂ ou ⊄ :
a) N
Z*
d) Q
c) ⊄
d) ⊂
Reta numérica
Uma maneira prática de representar os números reais é através da reta real. Para construí-la, desenhamos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a nosso gosto,
um ponto origem que representará o número zero; a
seguir escolhemos, também a nosso gosto, porém à
direita da origem, um ponto para representar a unidade,
ou seja, o número um. Então, a distância entre os pontos mencionados será a unidade de medida e, com
base nela, marcamos, ordenadamente, os números
positivos à direita da origem e os números negativos à
sua esquerda.
⊂ , pois todo racional positivo é também real
positivo.
Exercícios propostos:
1. Completar com ∈ ou ∉
a) 0
N
b) 0
c) 7
d) - 7
e) – 7
1
f)
7
7
Q
EXERCÍCIOS
Dos conjuntos a seguir, o único cujos elementos
são todos números racionais é:
 1

a) 
, 2, 3, 5, 4 2 
 2

i) 7 2
Q
c)
j) 7
R*
1)
N*
g)
Z
Z+
Q−
h)
7
1
Q +*
Q
2. Completar com ∈ ou ∉
a) 3
Q
d) π
Q
b) 3,1
Q
e) 3,141414... Q
c) 3,14
Q
3. Completar com ⊂ ou ⊄ :
*
*
N*
d) Z −
a) Z +
b) Z −
N
e) Z −
Q
c) R+
4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os
conjuntos N, Z, Q e R .
Respostas:
1.
a) ∈
e) ∈
i) ∈
f) ∈
b) ∉
j) ∈
g) ∈
c) ∈
h) ∉
d) ∉
2.
a) ∈
b) ∈
c) ∈
d) ∉
e) ∈
d)
{
{
2)
Se
b)
a)
b)
R
R+
2

, 0,
 − 1,
7

c)
2,

3 

}
4 , 5, 7 }
− 3, − 2, − 2, 0
0,
9,
5 é irracional, então:
m
5 escreve-se na forma
, com n ≠0 e m, n ∈ N.
n
5 pode ser racional
m
5 jamais se escreve sob a forma
, com n ≠0 e
n
m, n ∈ N.
d)
2 5 é racional
3)
Sendo N, Z, Q e R, respectivamente, os conjuntos
dos naturais, inteiros, racionais e reais, podemos
escrever:
∀x ∈ N⇒x∈R
c) Z ⊃ Q
d) R ⊂ Z
∀x ∈Q⇒x∈Z
a)
b)
4)
a)
b)
c)
d)
e)
Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 }, podemos
afirmar que:
∀ x ∈ A ⇒ x é primo
∃ x ∈ A | x é maior que 7
∀ x ∈ A ⇒ x é múltiplo de 3
∃ x ∈ A | x é par
nenhuma das anteriores
5)
Assinale a alternativa correta:
3.
Matemática
27
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APOSTILAS OPÇÃO
a)
b)
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d)
Os números decimais periódicos são irracionais
Existe uma correspondência biunívoca entre os
pontos da reta numerada, e o conjunto Q.
Entre dois números racional existem infinitos números racionais.
O conjunto dos números irracionais é finito
6)
a)
b)
c)
d)
Podemos afirmar que:
todo real é racional.
todo real é irracional.
nenhum irracional é racional.
algum racional é irracional.
14)
a)
b)
c)
7)
a)
b)
c)
d)
Podemos afirmar que:
entre dois inteiros existe um inteiro.
entre dois racionais existe sempre um racional.
entre dois inteiros existe um único inteiro.
entre dois racionais existe apenas um racional.
d)
c)
a)
b)
escrito em linguagem simbólica é:
{ x ∈ R | 3< x < 15 } c) { x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 15 }
{ x ∈ R | 3 ≤ x < 15 } d) { x ∈ R | 3< x ≤ 15 }
Assinale a alternativa falsa:
R* = { x ∈ R | x < 0 ou x >0}
3∈ Q
Existem números inteiros que não são números
naturais.
é a representação de { x ∈ R | x ≥ 7 }
15) O número irracional é:
8)
a)
Podemos afirmar que:
N⇒a-b∈N
N⇒a:b∈N
R⇒a+b∈R
Z⇒a:b∈Z
b)
c)
d)
∀a, ∀b
∀a, ∀b
∀a, ∀b
∀a, ∀b
9)
Considere as seguintes sentenças:
I)
II)
7 é irracional.
0,777... é irracional.
∈
∈
∈
∈
III) 2 2 é racional.
Podemos afirmar que:
a) l é falsa e II e III são verdadeiros.
b) I é verdadeiro e II e III são falsas.
c) I e II são verdadeiras e III é falsa.
d) I e II são falsas e III é verdadeira.
10) Considere as seguintes sentenças:
I)
A soma de dois números naturais é sempre um
número natural.
II) O produto de dois números inteiros é sempre um
número inteiro.
III) O quociente de dois números inteiros é sempre
um número inteiro.
Podemos afirmar que:
a) apenas I é verdadeiro.
b) apenas II é verdadeira.
c) apenas III é falsa.
d) todas são verdadeiras.
11) Assinale a alternativa correta:
a) R ⊂ N
c) Q ⊃ N
b) Z ⊃ R
d) N ⊂ { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 }
12) Assinale a alternativa correto:
a) O quociente de dois número, racionais é sempre
um número inteiro.
b) Existem números Inteiros que não são números
reais.
c) A soma de dois números naturais é sempre um
número inteiro.
d) A diferença entre dois números naturais é sempre
um número natural.
a)
0,3333...
e)
b)
345,777...
d)
4
5
7
16) O símbolo R − representa o conjunto dos números:
a) reais não positivos
c) irracional.
b) reais negativos
d) reais positivos.
17) Os possíveis valores de a e de b para que a número a + b 5 seja irracional, são:
a)
a = 0 e b=0
c)
a=1eb=
c) a = 0 e b =
5
d) a =
2
16 e b = 0
18) Uma representação decimal do número
a) 0,326...
c) 1.236...
b) 2.236...
d) 3,1415...
5 é:
19) Assinale o número irracional:
a) 3,01001000100001...
e) 3,464646...
b) 0,4000... d) 3,45
20) O conjunto dos números reais negativos é representado por:
a) R*
c) R
b) R_
d) R*
21) Assinale a alternativo falso:
a) 5 ∈ Z
b) 5,1961... ∈ Q
5
c)
− ∈Q
3
22) Um número racional compreendido entre
3 e
6 é:
a)
3,6
c)
b)
6
3
d)
3. 6
2
3+ 6
2
23) Qual dos seguintes números é irracional?
13) O seguinte subconjunto dos números reais
Matemática
a)
28
3
125
c)
27
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b)
4
24)
é a representação
gráfica de:
{ x ∈ R | x ≥ 15 } b) { x ∈ R | -2≤ x < 4 }
{ x ∈ R | x < -2 } d) { x ∈ R | -2< x ≤ 4 }
a)
c)
1
1) d
2) c
3) a
4) e
d)
5) b
6) c
7) b
8) c
169
RESPOSTAS
9) b
13) b
10) c
14) d
11) b 15) d
12) c
16) b
17) c
18) b
19) a
20) b
Transformações de unidades: Cada unidade de
comprimento é dez (10) vezes maior que a unidade
imediatamente. inferior. Na prática cada mudança de vírgula
para a direita (ou multiplicação por dez) transforma uma
unidade imediatamente inferior a unidade dada; e cada
mudança de vírgula para a esquerda (ou divisão por dez)
transforma uma unidade na imediatamente superior.
45 Km ⇒ 45 . 1.000 = 45.000 m
500 cm ⇒ 500 ÷ 100 = 5 m
8 Km e 25 m ⇒ 8.000m + 25m = 8.025 m
ou 8,025 Km.
Ex.:
21) b
22) b
23) c
24) d
Resumo
SISTEMA DE MEDIDAS LEGAIS
A) Unidades de Comprimento
B) Unidades de ÁREA
C) Áreas Planas
D) Unidades de Volume e de Capacidade
E) Volumes dos principais sólidos geométricos
F) Unidades de Massa
Permitido de um polígono: o perímetro de um polígono
é a soma do comprimento de seus lados.
A) UNIDADES DE COMPRIMENTO
Medidas de comprimento:
Medir significa comparar. Quando se mede um
determinado comprimento, estamos comparando este
comprimento com outro tomado como unidade de medida.
Portanto, notamos que existe um número seguido de um
nome: 4 metros — o número será a medida e o nome será a
unidade de medida.
Podemos medir a página deste livro utilizando um
lápis; nesse caso o lápis foi tomado como unidade de medida
ou seja, ao utilizarmos o lápis para medirmos o comprimento
do livro, estamos verificando quantas vezes o lápis (tomado
como medida padrão) caberá nesta página.
Perímetro de uma circunferência: Como a abertura do
compasso não se modifica durante o traçado vê-se logo que
os pontos da circunferência distam igualmente do ponto zero
(0).
Para haver uma uniformidade nas relações humanas
estabeleceu-se o metro como unidade fundamental de
medida de comprimento; que deu origem ao sistema métrico
decimal, adotado oficialmente no Brasil.
Múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico: Para
escrevermos os múltiplos e sub-múltiplos do sistema métrico
decimal, utilizamos os seguintes prefixos gregos:
KILO significa 1.000 vezes
HECTA
DECA
DECI
CENTI
MILI
Elementos de uma circunferência:
significa 100 vezes
significa 10 vezes
significa décima parte
significa centésima parte
significa milésima parte.
1km = 1.000m
1hm = 100m
1dam = 10m
e
1 m = 10 dm
1 m = 100 cm
1 m = 1000 mm
O perímetro da circunferência é calculado multiplicando-se 3,14 pela medida do diâmetro.
3,14 . medida do diâmetro = perímetro.
Matemática
29
A Opção Certa Para a Sua Realização
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B) UNIDADES DE ÁREA: a ideia de superfície já é
nossa conhecida, é uma noção intuitiva. Ex.: superfície da
mesa, do assoalho que são exemplos de superfícies planas
enquanto que a superfície de uma bola de futebol, é uma
superfície esférica.
Damos o nome de área ao número que mede uma
superfície numa determinada unidade.
Metro quadrado: é a unidade fundamental de medida
de superfície (superfície de um quadrado que tem 1 m de
lado).
Perímetro: é a soma dos quatro lados.
Triângulo: a área do triângulo é dada pelo produto da
base pela altura dividido por dois.
Propriedade: Toda unidade de medida de superfície é
100 vezes maior do que a imediatamente inferior.
Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:
Múltiplos
2
2
2
km : 1.000.000 m m
2
2
hm : 10.000 m
2
2
dam : 100 m
Submúltiplos
2
2
cm : 0,0001 m
2
2
dm : 0,01 m
2
2
mm : 0,000001m
2
1km = 1000000 (= 1000 x 1000)m
2
2
1 hm = 10000 (= 100 x 100)m
2
2
1dam =100 (=10x10) m
Perímetro – é a soma dos três lados.
Trapézio: a área do trapézio é igual ao produto da
semi-soma das bases, pela altura.
2
Regras Práticas:
• para se converter um número medido numa unidade
para a unidade imediatamente superior deve-se
dividi-lo por 100.
• para se converter um número medido numa unidade,
para uma unidade imediatamente inferior, deve-se
multiplicá-lo por 100.
Perímetro – é a soma dos quatro lados.
Losango: a área do losango é igual ao semi-produto
das suas diagonais.
Medidas Agrárias:
2
centiare (ca) — é o m
2
2
are (a) —é o dam (100 m )
2
2
hectare (ha) — é o hm (10000 m ).
Perímetro – á a soma dos quatro lados.
C) ÁREAS PLANAS
Retângulo: a área do retângulo é dada pelo produto da
medida de comprimento pela medida da largura, ou, medida
da base pela medida da altura.
Área de polígono regular: a área do polígono regular é
igual ao produto da medida do perímetro (p) pela medida do
apotema (a) sobre 2.
Perímetro: a + a + b + b
Quadrado: a área do quadrado é dada pelo produto
“lado por lado, pois sendo um retângulo de lados iguais, base
= altura = lado.
Perímetro – soma de seus lados.
UNIDADES DE VOLUME E CAPACIDADE
Unidades de volume: volume de um sólido é a medida
deste sólido.
Matemática
30
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Chama-se metro cúbico ao volume de um cubo cuja
aresta mede 1 m.
Propriedade: cada unidade de volume é 1.000 vezes
maior que a unidade imediatamente inferior.
Volume do cubo: o cubo é um paralelepipedo
retângulo de faces quadradas. Um exemplo comum de cubo,
é o dado.
Múltiplos e sub-múltiplos do metro cúbico:
MÚLTIPIOS
SUB-MÚLTIPLOS
3
3
3
3
km ( 1 000 000 000m )
dm (0,001 m )
3
3
3
3
cm (0,000001m )
hm ( 1 000 000 m )
3
3
3
3
dam (1 000 m )
mm (0,000 000 001m )
Como se vê:
3
1 km3 = 1 000 000 000 (1000x1000x1000)m
3
3
1 hm = 1000000 (100 x 100 x 100) m
3
3
1dam = 1000
(10x10x10)m
3
O volume do cubo é dado pelo produto das medidas
de suas três arestas que são iguais.
3
3
V = a. a . a = a cubo
1m =1000 (= 10 x 10 x 10) dm
3
3
1m =1000 000
(=100 x 100 x 100) cm
3
3
1m = 1000000000 ( 1000x 1000x 1000) mm
Unidades de capacidade: litro é a
fundamental de capacidade. Abrevia-se o litro por l.
Volume do prisma reto: o volume do prisma reto é
dado pelo produto da área da base pela medida da altura.
unidade
O litro é o volume equivalente a um decímetro cúbico.
Múltiplos
hl ( 100 l)
dal ( 10 l)
Submúltiplos
dl (0,1 l)
cl (0,01 l)
ml (0,001 l)
litro l
Como se vê:
1 hl = 100 l
1 dal = 10 l
VOLUMES
GEOMÉTRICOS
Volume do cilindro: o volume do cilindro é dado pelo
produto da área da base pela altura.
1 l = 10 dl
1 l = 100 cl
1 l = 1000 ml
DOS
PRINCIPAIS
SÓLIDOS
Volume do paralelepípedo retângulo: é o mais comum
dos sólidos geométricos. Seu volume é dado pelo produto de
suas três dimensões.
F) UNIDADES DE MASSA
— A unidade fundamental para se medir massa de um
corpo (ou a quantidade de matéria que esse corpo possui), é
o kilograma (kg).
3
— o kg é a massa aproximada de 1 dm de água a 4
graus de temperatura.
Matemática
31
A Opção Certa Para a Sua Realização
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— Múltiplos e sub-múltiplos do kilograma:
Como se vê:
1kg = 1000g
1 hg = 100 g e
1 dag = 10g
1g = 10 dg
1g= 100 cg
1g = 1000 mg
4 + 8 + 12 + 20
44
=
= 11
4
4
ma =
Múltiplos
Submúltiplos
kg (1000g)
dg (0,1 g)
hg ( 100g) cg (0,01 g)
dag ( 10 g)
mg (0,001 g)
Média Aritmética Ponderada (mv):
A média aritmética ponderada de vários números aos
quais são atribuídos pesos (que indicam o número de vezes
que tais números figuraram) consiste no quociente da soma
dos produtos — que se obtém multiplicando cada número
pelo peso correspondente, pela soma dos pesos.
Ex.: No cálculo da média final obtida por um aluno
durante o ano letivo, usamos a média aritmética ponderada.
A resolução é a seguinte:
Matéria
Português
Matemática
História
Para a água destilada, 1.º acima de zero.
volume
capacidade
massa
2
1dm
1l
1kg
mp =
Medidas de tempo:
Não esquecer:
1dia = 24 horas
1 hora = sessenta minutos
1 minuto = sessenta segundos
1 ano = 365 dias
1 mês = 30 dias
Média geométrica
Numa proporção contínua, o meio comum é
denominado média proporcional ou média geométrica dos
extremos. Portanto no exemplo acima 8 é a média
proporcional entre 4 e 16. O quarto termo de uma proporção
contínua é chamado terceira proporcional. Assim, no nosso
exemplo, 16 é a terceira proporcional depois de 4 e 8.
Para se calcular a média proporcional ou geométrica
de dois números, teremos que calcular o valor do meio
comum de uma proporção continua. Ex.:
4
X
=
X 16
4 . 16 x . x
2
x = 64
x
64 =8
4.º proporcional: é o nome dado ao quarto termo de
uma proporção não continua. Ex.:
4 12
=
, 4 . x = 8 . 12
8
F
96
x=
=24.
4
Nota: Esse cálculo é idêntico ao cálculo do elemento
desconhecido de uma proporção).
Média Aritmética Simples: (ma)
A média aritmética simples de dois números é dada
pelo quociente da soma de seus valores e pela quantidade
das parcelas consideradas.
Ex.:
determinar a ma de: 4, 8, 12, 20
Matemática
Notas
60,0
40,0
70,0
Peso
5
3
2
60 . 5 + 40 3 + 70 . 2
5+3+2
=
300 + 120 + 140
= 56
10
ÂNGULO
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ângulo É a região de um plano concebida pela
abertura de duas semi-retas que possuem uma origem
em comum, dividindo este plano em duas partes. A
abertura do ângulo é uma propriedade invariante deste
e é medida, no SI, em radianos.
Unidades de medidas para ângulos
De forma a medir um ângulo, um círculo com centro
no vértice é desenhado. Como a circunferência do
círculo é sempre diretamente proporcional ao
comprimento de seu raio, a medida de um ângulo é
independente do tamanho do círculo. Note que ângulos
são adimensionais, desde que sejam definidos como a
razão dos comprimentos.
• A medida em radiano de um ângulo é o
comprimento do arco cortado pelo ângulo,
dividido pelo raio do círculo. O SI utiliza o radiano
como o unidade derivada para ângulos. Devido
ao seu relacionamento com o comprimento do
arco, radianos são uma unidade especial. Senos
e cossenos cujos argumentos estão em radianos
possuem propriedades analíticas particulares, tal
como criar funções exponenciais em base e.
• A medida em graus de um ângulo é o
comprimento de um arco, dividido pela
circunferência de um círculo e multiplicada por
360. O símbolo de graus é um pequeno círculo
sobrescrito °. 2π radianos é igual a 360° (um
círculo completo), então um radiano é
aproximadamente 57° e um grau é π/180
radianos.
• O gradiano, também chamado de grado, é uma
medida angular onde o arco é divido pela
circunferência e multiplicado por 400. Essa forma
é usado mais em triangulação.
• O ponto é usado em navegação, e é definida
32
A Opção Certa Para a Sua Realização
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como 1/32 do círculo, ou exatamente 11,25°.
• O círculo completo ou volta completa representa
o número ou a fração de voltas completas. Por
exemplo, π/2 radianos = 90° = 1/4 de um círculo
completo.
O ângulo nulo é um ângulo que tem 0º.
A classificação dos ângulos é
(normalmente) circunferência em graus.
por
sua
Tipos de ângulos
Com relação às suas medidas, os ângulos podem
ser classificados como
• Nulo: Um ângulo nulo mede 0º ou 0 radianos.
• Agudo: Ângulo cuja medida é maior do que 0º
(ou 0 radianos) e menor do que 90º (ou π/2
radianos).
• Reto: Um ângulo reto é um ângulo cuja medida é
exatamente 90º (ou π/2 radianos). Assim os seus
lados
estão
localizados
em
retas
perpendiculares.
• Obtuso: É um ângulo cuja medida está entre 90º
e 180º (ou entre π/2 e π radianos).
• Raso: Ângulo que mede exatamente 180º (ou π
radianos), os seus lados são semi-retas opostas.
• Côncavo: Ângulo que mede mais de 180º (ou π
radianos) e menos de 360º (ou 2π radianos).
• Giro ou Completo: Ângulo que mede 360º (ou
2π radianos). Também pode ser chamado de
Ângulo de uma volta.
O ângulo reto (90º) é provavelmente o ângulo mais
importante, pois o mesmo é encontrado em inúmeras
aplicações práticas, como no encontro de uma parede
com o chão, os pés de uma mesa em relação ao seu
tampo, caixas de papelão, esquadrias de janelas, etc...
Um ângulo de 360 graus é o ângulo que completa o
círculo. Após esta volta completa este ângulo coincide
com o ângulo de zero graus mas possui a grandeza de
360 graus (360 º).
Observação: É possível obter ângulos maiores do
que 360º mas os lados destes ângulos coincidirão com
os lados dos ângulos menores do que 360º na medida
que ultrapassa 360º. Para obter tais ângulos basta
subtrair 360º do ângulo até que este seja menor do que
360º.
VELOCIDADE
A velocidade é uma grandeza vetorial, ou seja, tem
direção e sentido, além do valor numérico. Duas
velocidades só serão iguais se tiverem o mesmo
módulo, a mesma direção e o mesmo sentido.
Velocidade é a grandeza física que informa com que
rapidez e em qual direção um móvel muda de posição
no tempo. Sua determinação pode ser feita por meio de
um valor médio (que relaciona o deslocamento total de
um corpo ao intervalo de tempo decorrido desde que
ele deixou a posição inicial até quando chegou ao fim
do percurso) ou do valor instantâneo, que diz como a
posição varia de acordo com o tempo num determinado
Matemática
instante.
A velocidade média de um trem que percorre cem
quilômetros em duas horas é de cinquenta quilômetros
por hora. O valor médio da velocidade de um corpo é
igual à razão entre o espaço por ele percorrido e o
tempo gasto no deslocamento, de acordo com a
fórmula v = s/t. A representação gráfica da velocidade
deve ser feita, em cada ponto, por um segmento
orientado que caracteriza seu módulo, sua direção
(tangente à trajetória) e seu sentido (que coincide com
o sentido do movimento). No intervalo de duas horas, a
velocidade do trem pode ter variado para mais ou para
menos em torno da velocidade média. A determinação
da velocidade instantânea se faz por meio do cálculo
da velocidade média num intervalo de tempo tão
próximo de zero quanto possível. O cálculo diferencial,
inventado por Isaac Newton com esse fim específico,
permite determinar valores exatos da velocidade
instantânea de um corpo.
Sistema Monetário Brasileiro: Moeda
MOEDA: (do latim "moneta") - deriva do nome da deusa
JUNO MONETA, templo que manufaturavam as moedas
romanas.
DINHEIRO: Sinônimo de moeda, origem do latim: DENARIUS.
Nos tempos primitivos a moeda era qualquer produto que
servisse como instrumento de troca, Exemplos:
· Chá na Índia;
· Arroz no Japão;
· Sal e colares em certos países africanos;
· No Brasil, no Rio de Janeiro, o açúcar teve curso forçado
como moeda, no Maranhão, o tecido de algodão substituiu
o dinheiro em algumas ocasiões.
Em 1874, foi proibida no Brasil, a CIRCULAÇÃO dos gêneros
alimentícios utilizados como moeda.
MOEDA: Qualquer objeto que sirva como meio de troca
em um sistema econômico;
MOEDA METÁLICA: Cunhagem da moeda em metais preciosos, trazendo seu peso impresso. Hoje trazem impressos
os seus valores;
PAPEL-MOEDA Emissão de recibos pelos cunhadores de
moedas. Atualmente é a moeda escritural emitida pelo Banco Central de cada país.
MOEDA-ESCRITURAL: Foi criada pelo sistema bancário.
Emprestavam os valores acima do lastro do sistema bancário.
ENCAIXE: BACEN (Banco Central) determina uma porcentagem que podem ser emprestada sobre os depósitos efetuados em um banco.
MOEDA FIDUCIÁRIA: Moeda que tem curso obrigatório, por
Lei, em um país. No Brasil a Moeda Fiduciária é o Real R$.
PRINCIPAIS FUNÇÕES DA MOEDA
· Intermediário de trocas;
· Medida de valor;
· Reserva de Valor;
· Liberatória;
· Padrão de pagamentos diferidos;
· Instrumento de poder.
Intermediário de Trocas: Esta função permite a superação
de economia de escambo e a passagem à economia monetária;
Medida de valor: a utilização generalizada da moeda implica na criação de uma
33
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
unidade-padrão de medida pela qual são convertidos os
valores de todos os bens e serviços;
Reserva de valor: outra função exercida pela moeda, pois
pode servir como umareserva de valor, desde o momento
que é recebida até o instante em que é gasta por quem a
detenha.
Poder Liberatório: o poder de saldar dívidas, liquidar débitos, livrar seu detentor de sair de uma posição passiva. Esta
particularidade da moeda dá-se o nome de: poder liberatório.
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DEMANDA DE MOEDA PARA ESPECULAÇÃO: ocorre
quando aquela parcela da renda das pessoas que poderia
ser aplicada em títulos fica retida, pelo fato de a taxa de juros estar baixa e as pessoas aguardarem sua elevação para comprar títulos.
DEMANDA DE MOEDA PARA TRANSAÇÕES: como os
recebimentos e pagamentos não são sincronizados, as
pessoas precisam reter moeda para pagar suas despesas.
DEMANDA DE MOEDA POR PRECAUÇÃO: refere-se
àquela parte da renda das pessoas retida para fazer frente
a imprevistos.
Características essenciais da moeda.
Padrão de pagamentos diferidos: À medida que a moeda
tem, sob garantia do Estado, o poder de saldar dívidas,
sendo ademais, uma medida de valor, ela torna, automaticamente, padrão de pagamentos diferidos. Esta função da
moeda resulta de sua capacidade de facilitar a distribuição
de pagamentos ao longo do tempo, que para concessão de
crédito ou de diferentes formas de adiantamentos.
MERCADO MONETÁRIO: é onde se encontram a oferta e a
demanda por moeda e se determina a taxa de juros de equilíbrio.
MOEDA ESCRITURAL: criada pelo sistema bancário, ao
emprestar ou aplicar uma quantidade de moeda superior à
que era originalmente introduzida no sistema bancário como depósito em um dos bancos componentes do sistema.
MOEDA METÁLICA: moeda cunhada em metal precioso
que trazia impresso o seu peso. Atualmente, são cunhadas
em metal não precioso, trazendo impresso o seu valor.
MOEDA-FIDUCIÁRIA: emitida pelos bancos centrais de
cada país, tendo curso obrigatório por lei.
MOEDA: é todo objeto que serve para facilitar as trocas de
bens e serviços numa economia.
OFERTA DE MOEDA: é a quantidade de moeda que o governo resolve emitir, num determinado período, através das
autoridades monetárias.
PADRÃO-OURO: sistema monetário em que o papel-moeda
emitido pelas autoridades monetárias tem uma relação com
a quantidade de ouro que o país possui. Atualmente, não é
mais seguido.
PAPEL-MOEDA: surgiu com a emissão de recibos pelos
cunhadores, e assegurava ao seu portador certa quantidade de ouro expressa no documento. Atualmente, é a moeda
emitida pelos bancos centrais de cada país.
POLÍTICA FISCAL: são medidas do governo que objetivam
diminuir a demanda através da carga tributária.
POLÍTICA MONETÁRIA: são medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a quantidade de moeda em circulação
na economia.
CRÉDITO A CURTO PRAZO: é o crédito cujo período para
pagamento é inferior a cinco meses.
CRÉDITO A LONGO PRAZO: é o crédito cujo período para
pagamento é superior a cinco anos.
CRÉDITO A MÉDIO PRAZO: é o crédito cujo período para
pagamento é superior a cinco meses e inferior a cinco anos.
CRÉDITO DE CONSUMO: concedido às pessoas para que
elas possam adquirir bens de consumo.
CRÉDITO DE PRODUÇÃO: é concedido às empresas para
que elas façam frente às despesas decorrentes da produção, como as despesas de investimento ou giro.
CRÉDITO PARA O ESTADO: é o crédito que o governo
utiliza para as despesas de investimento ou consumo.
CRÉDITO: é a troca de um bem, ou a concessão de uma
quantia de moeda, pela promessa de pagamento futuro.
CREDOR E DEVEDOR: são as pessoas envolvidas na operação de crédito. A primeira é a que empresta a quantia em
moeda, sob a promessa de recebê-la no futuro. O devedor
é a pessoa que deve pagar o empréstimo.
Matemática
As características mais relevantes da moeda, estudada desde Adam Smith são as seguintes:
· Indestrutibilidade e inalterabilidade;
· Homogeneidade;
· Divisibilidade;
·Transferibilidade;
· Facilidade de manuseio e transporte.
Indestrutibilidade e inalterabilidade: A moeda deve ser
suficientemente durável, no sentido de que não destrua ou
se deteriore com o seu manuseio. Além disso, Indestrutibilidade e inalterabilidade são obstáculos à sua falsificação,
constituindo-se, em elementos de fundamental importância
para a confiança e a aceitação geral da moeda.
Homogeneidade Duas unidades monetárias distintas, mas
de igual valor, devem ser rigorosamente iguais. Ex. se o arroz fosse dado como moeda, aceita pelas duas partes, se o
comprador pensasse em pagar sua dívida com arroz miúdos e quebrados, enquanto o vendedor imaginava receber
arroz em grãos inteiros e graúdos. A possibilidade de tal
equívoco criada pela inexistência de homogeneidade é um
exemplo da necessidade de que duas unidades monetárias
do mesmo valor sejam rigorosamente iguais.
Divisibilidade A moeda deve possuir múltiplos e submúltiplos em quantidade tal que as transações de grande porte
assim como as pequenas possam ser realizadas sem nenhuma restrição. Outro aspecto é quanto ao fracionamento.
(troco)
Transferibilidade Outra característica da moeda é quanto à
facilidade com que deve processar-se sua transferência, de
um detentor para outro.
Facilidade de manuseio e transporte o manuseio e o transporte da moeda não deve oferecer obstáculos, isto é, prejudicar sua utilização.
Meios de pagamentos. (Vide Revista Conjuntura econômica.
Em Conjuntura Estatística: Moeda - Base monetária, meios
de pagamentos e quase-moeda).
Meios de pagamentos.- Base monetária.
M1 - Papel-moeda em poder do público + os depósitos a vista
(nos bancos comerciais);
M2 - M1 + títulos federais;
M3 - M2 + depósitos de poupança;
M4 - M3 + depósitos a prazo.
Alex Mendes
RAZÕES E PROPORÇÕES
1. INTRODUÇÃO
Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um reajuste de R$ 80,00, como você reagiria? Acharia caro,
34
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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normal, ou abaixo da expectativa? Esse mesmo valor,
que pode parecer caro no reajuste da mensalidade,
seria considerado insignificante, se tratasse de um
acréscimo no seu salário.
Naturalmente, você já percebeu que os R$ 80,00
nada representam, se não forem comparados com um
valor base e se não forem avaliados de acordo com a
natureza da comparação. Por exemplo, se a mensalidade escolar fosse de R$ 90,00, o reajuste poderia ser
considerado alto; afinal, o valor da mensalidade teria
quase dobrado. Já no caso do salário, mesmo considerando o salário mínimo, R$ 80,00 seriam uma parte
mínima. .
A fim de esclarecer melhor este tipo de problema,
vamos estabelecer regras para comparação entre
grandezas.
2. RAZÃO
Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada
20 habitantes, 5 são analfabetos", "De cada 10 alunos,
2 gostam de Matemática", "Um dia de sol, para cada
dois de chuva".
Em cada uma dessas. frases está sempre clara uma
comparação entre dois números. Assim, no primeiro
caso, destacamos 5 entre 20; no segundo, 2 entre 10, e
no terceiro, 1 para cada 2.
3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3
partes de zinco.
De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos.
5
20
De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática.
3. PROPORÇÃO
Há situações em que as grandezas que estão sendo
comparadas podem ser expressas por razões de antecedentes e consequentes diferentes, porém com o
mesmo quociente. Dessa maneira, quando uma pesquisa escolar nos revelar que, de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de Matemática, poderemos supor que,
se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola, 20
deverão gostar de Matemática. Na verdade, estamos
afirmando que 10 estão representando em 40 o mesmo
que 20 em 80.
Escrevemos:
2
10
1
2
quociente
a
, ou a : b.
b
Nessa expressão, a chama-se antecedente e b,
consequente. Outros exemplos de razão:
c
, com b e d ≠ 0,
d
a
c
teremos uma proporção se
=
.
b
d
Dadas duas razões
a
e
b
A proporção também pode ser representada como a
: b = c : d. Qualquer uma dessas expressões é lida
assim: a está para b assim como c está para d. E importante notar que b e c são denominados meios e a e
d, extremos.
A proporção
3
=
7
9
, ou 3 : 7 : : 9 : 21, é
21
lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9
está para 21. Temos ainda:
3 e 9 como antecedentes,
7 e 21 como consequentes,
7 e 9 como meios e
3 e 21 como extremos.
3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL
O produto dos extremos é igual ao produto dos
meios:
Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor.
a c
= ⇔ ad = bc ; b, d ≠ 0
b d
1
10
Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou
todas.
Exemplo:
Se 6
24
Matemática
20
80
=
Exemplo:
A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o
Razão =
10
40
A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o
nome de proporção.
c. Um dia de sol, para cada dois de chuva.
Razão =
(zinco).
Na expressão acima, a e c são chamados de
antecedentes e b e d de consequentes. .
Teremos, pois:
Razão =
2
3
(ferro) Razão =
5
5
Razão =
Todas as comparações serão matematicamente
expressas por um quociente chamado razão.
Razão =
6
6
Razão =
35
=
24 , então 6
96
. 96
= 24 . 24 = 576.
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APOSTILAS OPÇÃO
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Duas grandezas São diretamente proporcionais
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
numa determinada razão, a outra diminui (ou
aumenta) nessa mesma razão.
3.2
ADIÇÃO
(OU
SUBTRAÇÃO)
DOS
ANTECEDENTES E CONSEQUENTES
Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos antecedentes está para a soma (ou diferença) dos consequentes assim como cada antecedente está para seu
consequente. Ou seja:
a
c
=
, entao
b
d
a - c
a
ou
=
=
b - d
b
Se
a + c
b + d
c
d
=
a
b
=
3. PROPORÇÃO INVERSA
Grandezas como tempo de trabalho e número de
operários para a mesma tarefa são, em geral, inversamente proporcionais. Veja: Para uma tarefa que 10
operários executam em 20 dias, devemos esperar que
5 operários a realizem em 40 dias.
c
,
d
Essa propriedade é válida desde que nenhum
denominador seja nulo.
Exemplo:
21 + 7
28
7
=
=
12 + 4
16
4
Podemos destacar outros exemplos de grandezas
inversamente proporcionais:
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você
dobrar a velocidade com que anda, mantendo fixa a
distância a ser percorrida, reduzirá o tempo do percurso pela metade.
Número de torneiras de mesma vazão e tempo para
encher um tanque, pois, quanto mais torneiras estiverem abertas, menor o tempo para completar o tanque.
21
7
=
12
4
21 - 7
14
7
=
=
12 - 4
8
4
Podemos concluir que :
Duas grandezas são inversamente proporcionais
quando, aumentando (ou diminuindo) uma delas
numa determinada razão, a outra diminui (ou
aumenta) na mesma razão.
GRANDEZAS PROPORCIONAIS E DIVISÃO
PROPORCIONAL
1. INTRODUÇÃO:
No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem
números, tais como: preço, peso, salário, dias de trabalho, índice de inflação, velocidade, tempo, idade e outros. Passaremos a nos referir a cada uma dessas situações mensuráveis como uma grandeza. Você sabe
que cada grandeza não é independente, mas vinculada
a outra conveniente. O salário, por exemplo, está relacionado a dias de trabalho. Há pesos que dependem
de idade, velocidade, tempo etc. Vamos analisar dois
tipos básicos de dependência entre grandezas proporcionais.
2. PROPORÇÃO DIRETA
Grandezas como trabalho produzido e remuneração
obtida são, quase sempre, diretamente proporcionais.
De fato, se você receber R$ 2,00 para cada folha que
datilografar, sabe que deverá receber R$ 40,00 por 20
folhas datilografadas.
Podemos destacar outros exemplos de grandezas
diretamente proporcionais:
Velocidade média e distância percorrida, pois, se
você dobrar a velocidade com que anda, deverá, num
mesmo tempo, dobrar a distância percorrida.
Área e preço de terrenos.
Altura de um objeto e comprimento da sombra projetada por ele.
Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de
reconhecer a natureza da proporção, e destacar a
razão. Considere a situação de um grupo de pessoas
que, em férias, se instale num acampamento que cobra
R$100,00 a diária individual.
Observe na tabela a relação entre o número de
pessoas e a despesa diária:
Número de
pessoas
1
2
4
5
10
Despesa
diária (R$ )
100
200
400
500
1.000
Você pode perceber na tabela que a razão de aumento do número de pessoas é a mesma para o aumento da despesa. Assim, se dobrarmos o número de
pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa.
Esta é portanto, uma proporção direta, ou melhor, as
grandezas número de pessoas e despesa diária são
diretamente proporcionais.
Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a
quantia a ser gasta pelo grupo seja sempre de
R$2.000,00. Perceba, então, que o tempo de permanência do grupo dependerá do número de pessoas.
Analise agora a tabela abaixo :
Assim:
Matemática
36
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APOSTILAS OPÇÃO
Número de
pessoas
Tempo
de
permanência
(dias)
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1
2
4
5
10
20
10
5
4
2
Dividir um número em partes inversamente proporcionais a outros números dados é encontrar partes
desse número que sejam diretamente proporcionais aos inversos dos números dados e cuja soma
reproduza o próprio número.
Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o
tempo de permanência se reduzirá à metade. Esta é,
portanto, uma proporção inversa, ou melhor, as grandezas número de pessoas e número de dias são inversamente proporcionais.
No nosso problema, temos de dividir 160 em partes
inversamente proporcionais a 3 e a 5, que são os números de atraso de A e B. Vamos formalizar a divisão,
chamando de x o que A tem a receber e de y o que B
tem a receber.
x + y = 160
4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS
4. 1 Diretamente proporcional
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de
um mesmo objeto, sendo que A o fez durante 6 horas e
B durante 5 horas. Como, agora, elas deverão dividir
com justiça os R$ 660,00 apurados com sua venda?
Na verdade, o que cada um tem a receber deve ser
diretamente proporcional ao tempo gasto na confecção
Teremos:
X
6
=
Y
5
vem
660
11
=
= Substituindo
X
6
⇒ X =
6
X + Y por
⋅
660
11
660,
= 360
Como X + Y = 660, então Y = 300
Concluindo, A deve receber R$ 360,00 enquanto B,
R$ 300,00.
4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL
E se nosso problema não fosse efetuar divisão em
partes diretamente proporcionais, mas sim inversamente? Por exemplo: suponha que as duas pessoas, A e B,
trabalharam durante um mesmo período para fabricar e
vender por R$ 160,00 um certo artigo. Se A chegou
atrasado ao trabalho 3 dias e B, 5 dias, como efetuar
com justiça a divisão? O problema agora é dividir R$
160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5,
pois deve ser levado em consideração que aquele que
se atrasa mais deve receber menos.
Matemática
y
1
5
x
x + y
⇒
=
1
8
3
15
Mas, como x + y = 160, então
160
x
160
1
=
⇒ x =
⋅
8
1
8
3
15
3
15
x + y
1
1
+
3
5
=
⇒ x = 160 ⋅
x
1
3
⇒
15
1
⋅
⇒ x = 100
8
3
Como x + y = 160, então y = 60. Concluindo, A
deve receber R$ 100,00 e B, R$ 60,00.
Esse sistema pode ser resolvido, usando as
propriedades de proporção. Assim:
X + Y
6 + 5
=
Resolvendo o sistema, temos:
Dividir um número em partes diretamente
proporcionais a outros números dados é
encontrar partes desse número que sejam
diretamente proporcionais aos números dados e
cuja soma reproduza o próprio número.
do objeto.
No nosso problema, temos de dividir 660 em partes
diretamente proporcionais a 6 e 5, que são as horas
que A e B trabalharam.
Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A
tem a receber, e de y o que B tem a receber.
Teremos então:
X + Y = 660
x
1
3
4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA
Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreiteira foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o
trabalho em duas turmas, prometendo pagá-las proporcionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira:
na primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5
dias; na segunda turma, 12 homens trabalharam durante 4 dias. Estamos considerando que os homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A empreiteira
tinha R$ 29.400,00 para dividir com justiça entre as
duas turmas de trabalho. Como fazê-lo?
Essa divisão não é de mesma natureza das anteriores. Trata-se aqui de uma divisão composta em partes
proporcionais, já que os números obtidos deverão ser
proporcionais a dois números e também a dois outros.
Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias,
produzindo o mesmo resultado de 50 homens, trabalhando por um dia. Do mesmo modo, na segunda turma, 12 homens trabalharam 4 dias, o que seria equivalente a 48 homens trabalhando um dia.
Para a empreiteira, o problema passaria a ser,
portanto, de divisão diretamente proporcional a 50 (que
é 10 . 5), e 48 (que é 12 . 4).
37
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para dividir um número em partes de tal forma que
uma delas seja proporcional a m e n e a outra a p
e q, basta divida esse número em partes
proporcionais a m . n e p . q.
Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes
inversamente proporcionais a certos números é o
mesmo que fazer a divisão em partes diretamente proporcionais ao inverso dos números dados.
Resolvendo nosso problema, temos:
Chamamos de x: a quantia que deve receber a
primeira turma; y: a quantia que deve receber a
segunda turma. Assim:
rem no mesmo sentido, as grandezas são diretamente
proporcionais; se em sentidos contrários, são inversamente proporcionais.
Nesse problema, para estabelecer se as setas têm
o mesmo sentido, foi necessário responder à pergunta:
"Considerando a mesma velocidade, se aumentarmos
o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a
resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas são
diretamente proporcionais.
Já que a proporção é direta, podemos escrever:
6
900
=
8
x
x
y
x
y
=
ou
=
10 ⋅ 5
12 ⋅ 4
50
48
x + y
x
⇒
=
50 + 48
50
29400 x
Como x + y = 29400, então
=
98
50
29400 ⋅ 50
⇒x=
⇒ 15.000
98
Portanto y = 14 400.
Concluindo, a primeira turma deve receber R$
15.000,00 da empreiteira, e a segunda, R$ 14.400,00.
Então: 6 . x = 8 . 900
REGRA DE TRÊS SIMPLES
Retomando o problema do automóvel, vamos
resolvê-lo com o uso da regra de três de maneira
prática.
Grandeza 2: distância
percorrida
(km)
6
900
8
x
= 1 200
Vamos analisar outra situação em que usamos a
regra de três.
Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h,
percorre um certo espaço durante 8 horas. Qual será o
tempo necessário para percorrer o mesmo espaço com
uma velocidade de 60 km/h?
Grandeza 1: tempo
(horas)
Grandeza 2: velocidade
(km/h)
8
90
x
60
A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço
percorrido, se aumentarmos a velocidade, o tempo
aumentará?" é negativa. Vemos, então, que as grandezas envolvidas são inversamente proporcionais.
Como a proporção é inversa, será necessário invertermos a ordem dos termos de uma das colunas, tornando a proporção direta. Assim:
Devemos dispor as grandezas, bem como os valores envolvidos, de modo que possamos reconhecer a
natureza da proporção e escrevê-la.
Assim:
Grandeza 1: tempo
(horas)
7200
6
Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8
horas.
Observação: Firmas de projetos costumam cobrar
cada trabalho usando como unidade o homem-hora. O
nosso problema é um exemplo em que esse critério
poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria
homem-dia. Seria obtido o valor de R$ 300,00 que é o
resultado de 15 000 : 50, ou de 14 400 : 48.
REGRA DE TRÊS SIMPLES
⇒ x =
8
60
x
90
Escrevendo a proporção, temos:
8
60
8 ⋅ 90
=
⇒ x=
= 12
x
90
60
Concluindo, o automóvel percorrerá a mesma
distância em 12 horas.
Regra de três simples é um processo prático utilizado
para resolver problemas que envolvam pares de
grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Essas grandezas formam uma proporção em que se
conhece três termos e o quarto termo é procurado.
Observe que colocamos na mesma linha valores
que se correspondem: 6 horas e 900 km; 8 horas e o
valor desconhecido.
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes,
para indicar a natureza da proporção. Se elas estive-
Matemática
38
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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REGRA DE TRÊS COMPOSTA
Vamos agora utilizar a regra de três para resolver
problemas em que estão envolvidas mais de duas
grandezas proporcionais. Como exemplo, vamos analisar o seguinte problema.
Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias
produzem 2 000 peças. Quantas máquinas serão necessárias para se produzir 1 680 peças em 6 dias?
Como nos problemas anteriores, você deve verificar
a natureza da proporção entre as grandezas e escrever
essa proporção. Vamos usar o mesmo modo de dispor
as grandezas e os valores envolvidos.
Grandeza 1:
número de máquinas
Grandeza 2:
dias
Grandeza 3:
número de peças
10
20
2000
x
6
1680
Natureza da proporção: para estabelecer o sentido
das setas é necessário fixar uma das grandezas e
relacioná-la com as outras.
Supondo fixo o número de dias, responda à questão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o
número de peças fabricadas?" A resposta a essa questão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são diretamente proporcionais.
Agora, supondo fixo o número de peças, responda à
questão: "Aumentando o número de máquinas, aumentará o número de dias necessários para o trabalho?"
Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as grandezas
1 e 2 são inversamente proporcionais.
Para se escrever corretamente a proporção, devemos fazer com que as setas fiquem no mesmo sentido,
invertendo os termos das colunas convenientes. Naturalmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a
coluna da grandeza 2.
10
x
6
2000
20
1680
PORCENTAGEM
1. INTRODUÇÃO
Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha
vitrinas, frequentemente se vê às voltas com
expressões do tipo:
"O índice de reajuste salarial de março é de
16,19%."
"O rendimento da caderneta de poupança em
fevereiro foi de 18,55%."
"A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi
de 381,1351%.
"Os preços foram reduzidos em até 0,5%."
Mesmo supondo que essas expressões não sejam
completamente desconhecidas para uma pessoa, é
importante fazermos um estudo organizado do assunto
porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é ferramenta indispensável para a maioria dos problemas
relativos à Matemática Comercial.
2. PORCENTAGEM
O estudo da porcentagem é ainda um modo de
comparar números usando a proporção direta. Só que
uma das razões da proporção é um fração de denominador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situação em que você tiver de calcular 40% de R$ 300,00, o
seu trabalho será determinar um valor que represente,
em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso pode ser resumido na proporção:
40
x
=
100
300
Então, o valor de x será de R$ 120,00.
Sabendo que em cálculos de porcentagem será
necessário utilizar sempre proporções diretas, fica
claro, então, que qualquer problema dessa natureza
poderá ser resolvido com regra de três simples.
3. TAXA PORCENTUAL
O uso de regra de três simples no cálculo de porcentagens é um recurso que torna fácil o entendimento
do assunto, mas não é o único caminho possível e nem
sequer o mais prático.
Para simplificar os cálculos numéricos, é
necessário, inicialmente, dar nomes a alguns termos.
Veremos isso a partir de um exemplo.
Agora, vamos escrever a proporção:
10
6
2000
=
⋅
x
20
1680
Exemplo:
Calcular 20% de 800.
20
de 800 é dividir 800 em
100
100 partes e tomar 20 dessas partes. Como a
centésima parte de 800 é 8, então 20 dessas partes
será 160.
Calcular
(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a
duas outras é proporcional ao produto delas.)
10 12000
10 ⋅ 33600
=
⇒ x=
= 28
x
33600
12000
Concluindo, serão necessárias 28 máquinas.
20%, ou
Chamamos: 20% de taxa porcentual;
principal; 160 de porcentagem.
800 de
Temos, portanto:
Matemática
39
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APOSTILAS OPÇÃO
Principal: número sobre o qual se vai calcular a
porcentagem.
Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100
partes do principal.
Porcentagem: número que se obtém somando
cada uma das 100 partes do principal até
conseguir a taxa.
A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao
calcularmos uma porcentagem de um principal conhecido, não é necessário utilizar a montagem de uma
regra de três. Basta dividir o principal por 100 e tomarmos tantas destas partes quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nos problemas de juros simples, usaremos a seguinte nomenclatura: dinheiro depositado ou emprestado denomina-se capital.
O porcentual denomina-se taxa e representa o juro
recebido ou pago a cada R$100,00, em 1 ano.
O período de depósito ou de empréstimo denominase tempo.
A compensação em dinheiro denomina-se juro.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE JUROS SIMPLES
Vejamos alguns exemplos:
1.° exemplo: Calcular os juros produzidos por um
capital de R$ 720 000,00, empregado a 25% ao ano, durante 5 anos.
De acordo com os dados do problema, temos:
25% em 1ano ⇒ 125% (25 . 5) em 5 anos
125
125% =
= 1,25
100
Exemplo:
Calcular 32% de 4.000.
Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que
é a centésima parte de 4 000. Agora, somando 32 partes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 280 que é a resposta para o problema.
Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar
o resultado dessa divisão por 32 é o mesmo que multi32
plicar o principal por
ou 0,32. Vamos usar esse
100
raciocínio de agora em diante:
Nessas condições, devemos resolver o seguinte
problema:
Calcular 125% de R$ 720 000,00. Dai:
x = 125% de 720 000 =
1,25 . 720 000 = 900 000.
900.000 – 720.000 = 180.000
Resposta: Os juros produzidos são de R$
180.000,00
Porcentagem = taxa X principal
JUROS SIMPLES
2.° exemplo: Apliquei um capital de R$ 10.000,00 a
uma taxa de 1,8% ao mês, durante 6 meses. Quanto esse capital me renderá de juros?
1,8% em 1 mês ⇒ 6 . 1,8% = 10,8% em 6 meses
10,8
= 0,108
10,8% =
100
Dai:
x = 0,108 . 10 000 = 1080
Resposta: Renderá juros de R$ 1 080,00.
Consideremos os seguintes fatos:
• Emprestei R$ 100 000,00 para um amigo pelo
prazo de 6 meses e recebi, ao fim desse tempo,
R$ 24 000,00 de juros.
• O preço de uma televisão, a vista, é R$ 4.000,00.
Se eu comprar essa mesma televisão em 10
prestações, vou pagar por ela R$ 4.750,00. Portanto, vou pagar R$750,00 de juros.
No 1.° fato, R$ 24 000,00 é uma compensação em
dinheiro que se recebe por emprestar uma quantia por
determinado tempo.
3.° exemplo: Tomei emprestada certa quantia durante 6 meses, a uma taxa de 1,2% ao mês, e devo
pagar R$ 3 600,00 de juros. Qual foi a quantia emprestada?
De acordo com os dados do problema:
1,2% em 1 mês ⇒ 6 . 1,2% = 7,2% em 6 meses
7,2
7,2% =
= 0,072
100
Nessas condições, devemos resolver o seguinte
problema:
3 600 representam 7,2% de uma quantia x. Calcule
x.
No 2.° fato, R$ 750,00 é uma compensação em dinheiro que se paga quando se compra uma mercadoria
a prazo.
Assim:
Quando depositamos ou emprestamos certa
quantia por determinado tempo, recebemos uma
compensação em dinheiro.
Quando pedimos emprestada certa quantia por
determinado tempo, pagamos uma compensação em dinheiro.
Quando compramos uma mercadoria a prazo,
pagamos uma compensação em dinheiro.
Dai:
3600 = 0,072 . x ⇒ 0,072x = 3 600 ⇒
3600
x=
0,072
x = 50 000
Resposta: A quantia emprestada foi
50.000,00.
Pelas considerações feitas na introdução, podemos
dizer que :
Juro é uma compensação em dinheiro que se
recebe ou que se paga.
Matemática
40
de
R$
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APOSTILAS OPÇÃO
4.° exemplo: Um capital de R$ 80 000,00, aplicado
durante 6 meses, rendeu juros de R$ 4 800,00.
Qual foi a taxa (em %) ao mês?
De acordo com os dados do problema:
x% em 1 mês ⇒ (6x)% em 6 meses
Devemos, então, resolver o seguinte problema:
4 800 representam quantos % de 80 000?
Dai:
4 800 = 6x . 80 000 ⇒ 480 000 x = 4 800
4 800
48
x=
⇒ x=
⇒ x = 0,01
480 000
4 800
1
=1%
0,01 =
100
Resposta: A taxa foi de 1% ao mês.
Resolva os problemas:
- Emprestando R$ 50 000,00 à taxa de 1,1% ao
mês, durante 8 meses, quanto deverei receber
de juros?
- Uma pessoa aplica certa quantia durante 2 anos,
à taxa de 15% ao ano, e recebe R$ 21 000,00 de
juros. Qual foi a quantia aplicada?
- Um capital de R$ 200 000,00 foi aplicado durante
1 ano e 4 meses à taxa de 18% ao ano. No final
desse tempo, quanto receberei de juros e qual o
capital acumulado (capital aplicado + juros)?
- Um aparelho de televisão custa R$ 4 500,00.
Como vou comprá-lo no prazo de 10 meses, a loja cobrará juros simples de 1,6% ao mês. Quanto
vou pagar por esse aparelho.
- A quantia de R$ 500 000,00, aplicada durante 6
meses, rendeu juros de R$ 33 000,00. Qual foi
a taxa (%) mensal da aplicação
- Uma geladeira custa R$ 1 000,00. Como vou
compra-la no prazo de 5 meses, a loja vendedora cobrara juros simples de 1,5% ao mês. Quanto pagarei por essa geladeira e qual o valor de
cada prestação mensal, se todas elas são iguais.
- Comprei um aparelho de som no prazo de 8 meses. O preço original do aparelho era de R$
800,00 e os juros simples cobrados pela firma foram de R$ 160,00. Qual foi a taxa (%) mensal
dos juros cobrados?
Respostas
R$ 4 400,00
R$ 70 000,00
R$ 48 000,00 e R$ 248 000,00
R$ 5 220,00
1,1%
R$ 1 075,00 e R$ 215,00
2,5%
JUROS COMPOSTOS
1. Introdução
O dinheiro e o tempo são dois fatores que se
encontram estreitamente ligados com a vida das
pessoas e dos negócios. Quando são gerados excedentes de fundos, as pessoas ou as empresas,
aplicam-no a fim de ganhar juros que aumentem o
capital original disponível; em outras ocasiões, pelo
contrário, tem-se a necessidade de recursos
Matemática
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financeiros durante um período de tempo e deve-se
pagar juros pelo seu uso.
Em período de curto-prazo utiliza-se, geralmente,
como já se viu, os juros simples. Já em períodos de
longo-prazo, utiliza-se, quase que exclusivamente, os
juros compostos.
2. Conceitos Básicos
No regime dos juros simples, o capital inicial sobre o
qual calculam-se os juros, permanece sem variação
alguma durante todo o tempo que dura a operação. No
regime dos juros compostos, por sua vez, os juros que
vão sendo gerados, vão sendo acrescentados ao
capital inicial, em períodos determinados e, que por sua
vez, irão gerar um novo juro adicional para o período
seguinte.
Diz-se, então, que os juros capitalizam-se e que se
está na presença de uma operação de juros
compostos.
Nestas operações, o capital não é constante através
do tempo; pois aumenta ao final de cada período pela
adição dos juros ganhos de acordo com a taxa
acordada.
Esta diferença pode ser observada através do
seguinte exemplo:
Exemplo 1: Suponha um capital inicial de R$
1.000,00 aplicado à taxa de 30.0 % a.a. por um período
de 3 anos a juros simples e compostos. Qual será o
total de juros ao final dos 3 anos sob cada um dos
rearmes de juros?
Pelo regime de juros simples:
J = c . i . t = R$ 1.000,00 (0,3) (3) = R$ 900,00
Pelo regime de juros compostos:
n
J = Co  1 + i − 1 =


(

)

[
]
J = R$1.000,00 (1,3) − 1 = R$1.197,00
3
Demonstrando agora, em detalhes, o que se passou
com os cálculos, temos:
Ano Juros simples
Juros Compostos
1 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
2 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
3 R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
R$ 900,00
R$ 1.000,00(0,3) = R$ 300,00
R$ 1.300,00(0,3) = R$ 390,00
R$ 1.690,00(0,3) = R$ 507,00
R$ 1.197,00
Vamos dar outro exemplo de juros compostos:
Suponhamos que você coloque na poupança R$
100,00 e os juros são de 10% ao mês.
Decorrido o primeiro mês você terá em sua
poupança: 100,00 + 10,00 = 110,00
No segundo mês você terá:110,00 + 11,00 =111,00
No terceiro mês você terá: 111,00 + 11,10 = 111,10
41
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E assim por diante.
Para se fazer o cálculo é fácil: basta calcular os
juros de cada mês e adicionar ao montante do mês
anterior.
EQUAÇÕES
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras,
unidos por sinais de operações.
2
2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x
+ 2 , é o mesmo
3
que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, x, y
e z representam um número qualquer.
2
2
Chama-se valor numérico de uma expressão algébrica quando substituímos as letras pelos respectivos
valores dados:
Exemplos:
4 3
4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Expressão polinômio: É toda expressão literal
constituída por uma soma algébrica de termos ou monômios.
2
Exemplos: 1)2a b – 5x
Polinômios na variável x são expressões polinomiais
com uma só variável x, sem termos semelhantes.
Exemplo:
2
5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
2
3
n
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0,
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes.
Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monômio de maior grau.
2
Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões:
1) 3x – 3y para x = 1 e y =3
2) x + 2a
para x =–2 e a = 0
2
3) 5x – 2y + a
para x =1, y =2 e a =3
Respostas: 1) –6
2) –2 3) 4
Exercícios
1) Dar os graus e os coeficientes dos monômios:
2
a)–3x y z grau
coefciente__________
7 2 2
b)–a x z grau
coeficiente__________
c) xyz grau
coeficiente__________
2) Dar o grau dos polinômios:
4
2
a) 2x y – 3xy + 2x
grau __________
5 2
b) –2+xyz+2x y
grau __________
Termo algébrico ou monômio: é qualquer número
real, ou produto de números, ou ainda uma expressão
na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e
literais.
Exemplo:
4
5x , –2y,
3 x , –4a ,
Respostas:
1) a) grau 4, coeficiente –3
b) grau 11, coeficiente –1
c) grau 3, coeficiente 1
2) a) grau 5
b) grau 7
3,–x
Partes do termo algébrico ou monômio.
Exemplo:
sinal (–)
5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
5
x ybz parte literal
Obs.:
1) As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas como variáveis (valor variável)
2) quando o termo algébrico não vier expresso o coeficiente ou parte numérica fica subentendido que
este coeficiente é igual a 1.
3
4
3
Exemplos:
3
3
3
1) a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes.
3
3
3
2) –x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes.
Grau de um monômio ou termo algébrico: E a soma dos expoentes da parte literal.
Matemática
CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS
Adição e Subtração de monômios e expressões polinômios: eliminam-se os sinais de associações, e reduzem os termos semelhantes.
Exemplo:
2
2
3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a)
2
2
3x + 2x – 1 + 3a + x – 2x + 2 – 4a =
2
2
3x + 1.x + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 =
2
(3+1)x + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 =
2
4x + 0x – 1.a + 1 =
2
4x – a + 1
4
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são semelhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.
4 2
Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy
2
Exemplo:
3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituindo
2
os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+ 4
→ 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão.
2
2)3x + 2b+ 1
Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as
mesmas usadas para expressões numéricas no conjunto
Z.
Exercícios. Efetuar as operações:
1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a)
2
2
2
2) 4x – 7x + 6x + 2 + 4x – x + 1
42
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2
 x+ y=7 -I
Exemplo 1: 
 x − y = 1 - II
2) 9x – 3x + 3
Respostas: 1) 2x +3a
MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
Soma-se membro a membro.
2x +0 =8
2x = 8
8
x=
2
x=4
Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os
coeficientes e após o produto dos coeficientes escrevem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada
letra o novo expoente igual à soma de todos os expoentes dessa letra e repetem-se em forma de produto as
letras que não são comuns aos dois monômios.
Exemplos:
4 3
2 3
4+1
3+2
1+3
. y . z .a.b =
1) 2x y z . 3xy z ab = 2.3 .x
5 5 4
6abx y z
2
2+1 1 +1
3 2
2) –3a bx . 5ab= –3.5. a .b . x = –15a b x
Exercícios: Efetuar as multiplicações.
2
3 3
1) 2x yz . 4x y z =
3
2 2 2
2) –5abx . 2a b x =
5 4
2
Respostas: 1) 8x y z
3
Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este valor em qualquer uma das equações ( I ou II ),
Substitui em I fica:
4+y=7 ⇒ y=7–4 ⇒ y=3
Se quisermos verificar se está correto, devemos
substituir os valores encontrados x e y nas equações
x+y=7
x–y=1
4 +3 = 7
4–3=1
3 5
2) –10a b x
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}
2x + y = 11 - I
Exemplo 2 : 
 x + y = 8 - II
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica
que exprime uma relação de igualdade.
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica
somente para determinado valor numérico atribuído à
variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
Note que temos apenas a operação +, portanto devemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, escolhendo a II, temos:
2x + y = 11
2x + y = 11
→

 x + y = 8 . ( - 1)
- x − y = − 8
Exemplo: 5 + x = 11
↓
↓
0
0
1 .membro
2 .membro
soma-se membro a membro
2x + y = 11
+

 - x- y =-8
onde x é a incógnita, variável ou oculta.
x+0 = 3
x=3
Resolução de equações
Para resolver uma equação (achar a raiz) seguiremos os princípios gerais que podem ser aplicados numa
igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma igualdade para outro, sua operação deverá ser invertida.
Exemplo:
2x + 3 = 8 + x
fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o
2.º membro com as operações invertidas.
Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, dizemos ainda que é o conjunto verdade (V).
Exercícios
Resolva as equações :
1) 3x + 7 = 19
2) 4x +20=0
3) 7x – 26 = 3x – 6
Respostas: 1) x = 4 ou V = {4}
2) x = –5 ou V = {–5}
3) x = 5 ou V = {5}
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS
OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES
Resolução por adição.
Matemática
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fica
3 + y = 8, portanto y = 5
Exemplo 3:
-Ι
5x + 2y = 18

- ΙΙ
3x - y = 2
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por
2 (para “desaparecer” a variável y).
5x + 2y = 18
5 x + 2 y = 18
⇒

3x
y
=
2
.(2)

6 x − 2 y = 4
soma-se membro a membro:
5x + 2y = 18
6x – 2y = 4
22
11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x =
⇒x=2
11
Substituindo x = 2 na equação I:
5x + 2y = 18
5 . 2 + 2y = 18
10 + 2y = 18
2y = 18 – 10
2y = 8
8
y=
2
43
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
y =4
então V = {(2,4)}
quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
quadrado do 2.º.
Exercícios. Resolver os produtos notáveis:
2
2
2
2
1) (a – 2)
2) (4 – 3a)
3) (y – 2b)
Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear:
7 x − y = 20
5 x + y = 7
8 x − 4 y = 28
2) 
3) 
1) 
5 x + y = 16
8 x − 3 y = 2
2x − 2y = 10
Respostas: 2.º caso
2
1) a – 4a +4
4
2
2
3) y – 4y b + 4b
Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )}
INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU
Distinguimos as equações das inequações pelo sinal,
na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequações são sinais de desigualdade.
> maior que, ≥ maior ou igual, < menor que ,
≤ menor ou igual
Exemplo 1: Determine os números naturais de modo
que 4 + 2x > 12.
4 + 2x > 12
2x > 12 – 4
8
2x > 8 ⇒ x >
⇒ x>4
2
Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo
que 4 + 2x ≤ 5x + 13
4+2x ≤ 5x + 13
2x – 5x ≤ 13 – 4
–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
−9
3x ≥ – 9, onde x ≥
ou x ≥ – 3
3
Exercícios. Resolva:
1) x – 3 ≥ 1 – x,
2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Respostas: 1) x ≥ 2
2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
PRODUTOS NOTÁVEIS
1.º Caso: Quadrado da Soma
2
2
2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
↓ ↓
2
2
1.º 2.º
⇒ a + 2ab +b
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao quadrado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
quadrado do 2.º.
Resumindo: “O produto da soma pela diferença é
igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º.
Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela diferença:
1) (a – 2) (a + 2)
2) (2a – 3) (2a + 3)
2
2
3) (a – 1) (a + 1)
Respostas: 3.º caso
2
2
1) a – 4
2) 4a – 9
4
3) a – 1
FATORAÇÃO ALGÉBRICA
1.º Caso: Fator Comum
Exemplo 1:
2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica:
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos
no início (Fator comum e distributiva são “operações
inversas”)
Exercícios. Fatorar:
1) 5 a + 5 b
2) ab + ax
Respostas: 1.º caso
1) 5 .(a +b )
3) 4a. (c + b)
3) 4ac + 4ab
2) a. (b + x)
Exemplo 2:
2
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
porque MDC (3, 6) = 3.
2
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo
2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2).
Exercícios. Fatorar:
2
2
1) 4a + 2a
2) 3ax + 6a y
Respostas: 1.º caso
2) 3a .(x + 2ay)
2
2) 9 + 12a + 4a
2.º Caso : Quadrado da diferença
2
2
2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b
↓ ↓
2
2
1.º 2.º
⇒ a – 2ab + b
2
3.º Caso: Produto da soma pela diferença
2
2
2
2
(a – b) (a + b) = a – ab + ab +b = a – b
↓ ↓ ↓ ↓
1.º 2.º 1.º 2.º
Exercícios. Resolver os produtos notáveis
2
2
2
2
1)(a+2)
2) (3+2a)
3) (x +3a)
Respostas: 1.º caso
2
1) a + 4a + 4
4
2
2
3) x + 6x a + 9a
2) 16 – 24a + 9a
3
3) 4a + 2a
2
1) 2a .(2a + 1)
2
3) 2a (2a + 1)
2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “operação inversa” dos produtos notáveis caso 1)
Exemplo 1
2
2
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex-
Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
Matemática
44
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a 2 = a e b2 = b e o
tremo a2 + 2ab + b2 ⇒
2
2
2
termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b)
(quadrado da soma).
Exemplo 2:
2
4a + 4a + 1
⇒ extrair as raízes dos extremos
2
4a + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen2
2
tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)
Exercícios
Fatorar os trinômios (soma)
2
2
2
1) x + 2xy + y
2) 9a + 6a + 1
2
3) 16 + 8a + a
Para resolver uma equação fracionária, devemos achar o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os
dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos
então uma equação do 1.º grau.
1
7
+ 3 = , x ≠ 0,
m.m.c. = 2x
Ex:
x
2
1
7
2x . +3 =
. 2x
x
2
2x
14 x
+ 6x =
, simplificando
x
2
2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau.
Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x
2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
2
Respostas: 2.º caso
2
2) (3a + 1)
1) (x + y)
2
3) (4 + a)
Exercícios
Resolver as equações fracionárias:
3 1
3
1)
+ =
x≠0
x 2 2x
1
5
2) + 1 =
x≠0
x
2x
Fazendo com trinômio (quadrado da diferença)
2
2
x – 2xy + y , extrair as raízes dos extremos
x2 = x e
2
y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então:
2
2
x – 2xy + y = (x – y)
Exemplo 3:
2
16 – 8a + a , extrair as raízes dos extremos
Respostas: Equações:
}
2
16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a,
2
2
então: 16 – 8a + a = (4 – a)
Exercícios
Fatorar:
2
2
1) x – 2xy + y
1) V = {–3} 2) V = { 3
RADICAIS
4 = 2, 1 = 1, 9 = 3, 16 = 4 , etc., são raízes exa2) 4 – 4a + a
2
2
3) 4a – 8a + 4
2
Respostas: 2.º caso
2
2) (2 – a)
1) (x – y)
2
3) (2a – 2)
3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que
é um binômio)
tas são números inteiros, portanto são racionais:
2=
1,41421356...,
3
= 1,73205807...,
5
=
2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são
números inteiros. São números irracionais. Do mesmo
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., são
racionais, já 3 9 = 2,080083823052..,
2,714417616595... são irracionais.
3
20
=
Exemplo 1
2
2
Exemplos:
Exemplo 2:
2
4 – a , extrair as raízes dos extremos
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
Exercícios. Fatorar:
2
2
2
1) x – y
2) 9 – b
Respostas: 3.º caso
2) (3 + b) (3 – b)
= sinal
da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o
índice e o radicando forem iguais.
b2 = b, então fica: a – b = (a + b) . (a – b)
2
Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando
a2 = a e
2
a – b , extrair as raízes dos extremos
4 = 2,
1)
a2
2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2
“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes
2
3) 16x – 1
1) (x + y) (x – y)
3) (4x + 1) (4x – 1)
Operações: Adição e Subtração
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhantes.
Exemplos:
EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS
1) 3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2
São Equações cujas variáveis estão no denominador
2) 53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6
4
1
3
Ex:
= 2,
+
= 8, note que nos dois exemx
x
2x
plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre diferente de zero.
Matemática
Multiplicação e Divisão de Radicais
Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e
usamos a propriedade: n a ⋅ n b = n ab
45
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
128
64
32
16
8
4
2
1
fica
Exemplos
2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2
1)
3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12
2)
3)
3
3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3
4)
3
5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20
3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90
5)
3
Exercícios
3⋅ 8
Respostas: 1)
3) 3 6 ⋅ 3 4 ⋅ 3 5
5⋅ 5
2)
24
3
2) 5 3)
Exemplos:
18
1)
2
20
2)
10
3
3)
= 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3
15
3
5
2
e
3
3
3
Respostas: 1)
16
3
Exercícios
Racionalizar:
1
1)
5
2
24
3)
2
2 3
são frações equivalentes. Dizemos que
3
3 é o fator racionalizante.
= 3 15 : 3 5 = 3 15 : 5 = 3 3
2)
6
2) 2 3) 2
n n
a
Outros exemplos:
simplificar índice
2
3
1
3
2
3
21
22
22
=
2 ⋅ 3 22
3
2
=
3)
2
6
2
devemos fazer:
23 4
3
21 ⋅ 22
1)
1
3
2)
4
3
Respostas: 1)
32 , decompondo 32 fica:
32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2
=
23
23 4 3
= 4
2
16
4
3
3
2
3)
2
3
2)
3 2
2
3)
3
2
3
3
3
18
3
EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com
variável toda equação de forma:
2
ax + bx + c = 0
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0.
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
Matemática
⋅
2
Exercícios.
Racionalizar:
12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3
2) Simplificar
32 2
16 2
8
2
4
2
2
2
3
2
1)Simplificar 12
decompor 12 em fatores primos:
12 2
6
3
2
3
3
3)
5
2) 2
5
Respostas: 1)
Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
2
2)
Simplificação de Radicais
zes exatas usando a propriedade
com expoente do radicando.
Exemplos:
3) 2. 3 5
2) 5 2
Racionalização de Radiciação
Em uma fração quando o denominador for um radical
2
devemos racionalizá-lo. Exemplo:
devemos multipli3
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical
do denominador.
2
3
2 3
2 3 2 3
⋅
=
=
=
3
3
3
3⋅3
9
= 20 : 10 = 20 : 10 = 2
6
3) 3 40
50
2)
Respostas: 1) 2 5
Exercícios. Efetuar as divisões
1)
20
1)
120
Para a divisão de radicais usamos a propriedade
a
= a : b = a:b
também com índices iguais
b
3
3
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2
Exercícios
Simplificar os radicais:
Efetuar as multiplicações
1)
2
2
2
2
2
2
2
Exemplos:
46
A Opção Certa Para a Sua Realização
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2
3x - 6x + 8 = 0
2
2x + 8x + 1 = 0
2
x + 0x – 16 = 0
2
- 3y - 9y+0 = 0
2
∆ = b - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:
2
y -y+9 =0
2
5x + 7x - 9 = 0
x=
COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
Os números a, b, c são chamados de coeficientes da
equação do 2.º grau, sendo que:
2
• a representa sempre o coeficiente do termo x .
• b representa sempre o coeficiente do termo x.
• c é chamado de termo independente ou termo
constante.
Exemplos:
2
a)3x + 4x + 1= 0
a =3,b = 4,c = 1
2
c) – 2x –3x +1 = 0
a = –2, b = –3, c = 1
RESUMO
NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:
2
ou
∆ = b - 4ac
2
x=
x=
−b± ∆
2a
Exemplos:
2
a) 2x + 7x + 3 = 0
a = 2, b =7, c = 3
2
2
− (+ 7 ) ± (7 ) − 4 ⋅ 2 ⋅ 3
−b± b − 4ac
⇒ x=
x=
2⋅2
2a
− (+ 7 ) ± 49 − 24
− (+ 7 ) ± 25
⇒x =
4
4
− (+ 7 ) ± 5
−7 + 5 -2 -1
x=
⇒x'=
=
=
4
4
4 2
−7 − 5 -12
x"=
=
=-3
4
4
−1

S =  , - 3
2


x=
Respostas:
1) a =3, b = 5 e c = 0
2)a = 2, b = –2 e c = 1
3) a = 5, b = –2 e c =3
4) a = 6, b = 0 e c =3
EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Temos uma equação completa quando
coeficientes a , b e c são diferentes de zero.
Exemplos:
ou
2
b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3
2
∆ = b – 4.a. c
2
∆ =7 – 4 . 2 . 3
∆ = 49 – 24
∆ = 25
− (+ 7 ) ± 25
− (+ 7 ) ± 5
⇒x =
x=
4
4
−7 + 5 -2 -1
⇒
‘x'=
=
=
4
4 2
−7 − 5 -12
x"=
=
=-3
4
4
−1

S =  , - 3
2

os
2
São equações completas.
Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0,
costuma-se escrever a equação sem termos de coeficiente nulo.
Exemplos:
2
x – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)
2
x + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo independente ou termo constante)
2
x = 0,
b = 0, c = 0 (Não estão escritos
o termo x e termo independente)
e
Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA
DA FORMULA.
FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
2
ax + bx + c = 0
EXERCÍCIOS
Resolva as equações do 2.º grau completa:
2
1) x – 9x +20 = 0
2
2) 2x + x – 3 = 0
2
3) 2x – 7x – 15 = 0
2
4) x +3x + 2 = 0
2
5) x – 4x +4 = 0
Respostas
1) V = { 4 , 5)
−3
2) V = { 1,
}
2
−3
3) V = { 5 ,
}
2
EXERCÍCIOS
Escreva as equações na forma normal:
2
2
2
2
1) 7x + 9x = 3x – 1
2) 5x – 2x = 2x + 2
2
2
Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x – 2x –2 = 0
Resolução de Equações Completas
Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a
fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara.
2
A expressão b - 4ac, chamado discriminante de
equação, é representada pela letra grega ∆ (lê-se deita).
Matemática
−b ± b − 4 a c
2a
2
b) y + 0y + 3 = 0
a = 1,b = 0, c = 3
2
d) 7y + 3y + 0 = 0
a = 7, b = 3, c = 0
Exercícios
Destaque os coeficientes:
2
2
1)3y + 5y + 0 = 0
2)2x – 2x + 1 = 0
2
2
3)5y –2y + 3 = 0
4) 6x + 0x +3 = 0
3x – 2x – 1= 0
2
y – 2y – 3 = 0
2
y + 2y + 5 = 0
−b± ∆
2a
47
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Relações entre coeficiente e raízes
4) V = { –1 , –2 }
5) V = {2}
2
EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA
Estudaremos a resolução das equações incompletas
2
do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax + bx =
0 onde c = 0
Seja a equação ax + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x”
as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos
coeficientes a, b, c.
x'=
Exemplo:
2
2x – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência
(menor expoente)
x . (2x – 7) = 0
ou
Os números reais 0 e
⇒ x=
7
)
2
2
Equação da forma: ax + c = 0, onde b = 0
S={0;
−b+ ∆ −b− ∆
2a
−2b
b
⇒ x'+ x"= −
x'+x"=
2a
a
Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” =
-b/a
b
Relação da soma: x ' + x " = −
a
Exemplos
2
a) x – 81 = 0
2
x = 81→transportando-se o termo independente
para o 2.º termo.
RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES
x'⋅ x "=
x = ± 81 →pela relação fundamental.
x=±9
S = { 9; – 9 }
x'⋅x "=
2
− 25 ,
− 25 não representa número real,
2
x= ± 9
x=±3
S = { ±3}
x'⋅x "=
b2 − b2 + 4ac
4a2
x'⋅x "=
4ac
4a2
⇒
⇒
⇒ x '⋅x " =
c
a
Daí o produto das raízes é igual a
x '⋅ x " =
Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0
A equação incompleta ax = 0 admite uma única
solução x = 0. Exemplo:
2
3x = 0
0
2
x =
3
2
x =0
c
ou seja:
a
c
( Relação de produto)
a
Sua Representação:
• Representamos a Soma por S
b
S=x'+x"= −
a
• Representamos o Produto pôr P
2
Matemática
4a2
b2 −  b2 − 4ac 


x '⋅ x " =
2
4a
9x – 81= 0
2
9x = 81
81
2
x =
9
2
x = 9
x = + 0
S={0}
Exercícios
2
1) 4x – 16 = 0
2
2) 5x – 125 = 0
2
3) 3x + 75x = 0
(− b + ∆ )⋅ (− b − ∆ )
( )
isto é − 25 ∉ R
a equação dada não tem raízes em IR.
S=φ
ou S = { }
c)
−b+ ∆ −b− ∆
⋅
⇒
2a
2a
 − b2  − ∆ 2



x'⋅x "= 
⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒
2
4a
b) x +25 = 0
2
x = –25
x = ±
−b− ∆
2a
x'+x"=
7
2
7
são as raízes da equação
2
e x"=
RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES
−b+ ∆ −b − ∆
x'+ x"=
+
⇒
2a
2a
x=0
2x – 7 = 0
−b+ ∆
2a
P = x '⋅x " =
c
a
Exemplos:
2
1) 9x – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45.
(-72) = 72 = 8
b
S=x'+x"= − =a
9
9
c 45
P = x '⋅ x " = =
=5
a 9
Respostas:
1) V = { –2, + 2}
2) V = { –5, +5}
3) V = { 0, –25}
48
A Opção Certa Para a Sua Realização
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A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2
2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
(21) = - 21 = −7
b
S=x'+x"= − =a
3
3
c + (- 24 ) − 24
P = x '⋅x " = =
=
= −8
a
3
3
a = 4,
REPRESENTAÇÃO
Representando a soma
x’ + x” = S
Representando o produto x’ . x” = P
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0
2
3) 4x – 16 = 0
b = 0, (equação incompleta)
c = –16
b 0
S = x ' + x "= − = = 0
a 4
c + (- 16 ) − 16
P = x '⋅ x " = =
=
= −4
a
4
4
a = a+1
2
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)
c = 2a+2
[
b
- (a + 1)] a + 1
S=x'+x"= − ==
=1
a
a +1
a +1
c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'⋅x " = =
=
=2
a
a +1
a +1
Exemplos:
a) raízes 3 e – 4
S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
x – Sx + P = 0
2
x + x – 12 = 0
b) 0,2 e 0,3
S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5
P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
x – Sx + P = 0
2
x – 0,5x + 0,06 = 0
Se a = 1 essas relações podem ser escritas:
b
x'+ x"= −
x ' + x " = −b
1
c
x'⋅x "=
x '⋅ x "=c
1
c)
5
3 10 + 3 13
+ =
=
2
4
4
4
5 3 15
P=x.x=
. =
2 4
8
2
x – Sx + P = 0
13
15
2
x –
x+
=0
4
8
a = 1, b =–7, c = 2
(
b
- 7)
S=x'+x"= − ==7
a
1
c 2
P = x'⋅x " = = = 2
a 1
EXERCÍCIOS
Calcule a Soma e Produto
2
1) 2x – 12x + 6 = 0
2
2) x – (a + b)x + ab = 0
2
3) ax + 3ax–- 1 = 0
2
4) x + 3x – 2 = 0
d) 4 e – 4
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0
P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16
2
x – Sx + P = 0
2
x –16 = 0
Exercícios
Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são:
−4
1) 3 e 2
2) 6 e –5
3) 2 e
5
Respostas:
1) S = 6 e P = 3
2) S = (a + b) e P = ab
−1
3) S = –3 e P =
a
4) S = –3 e P = –2
4) 3 +
5e3–
5
5) 6 e 0
Respostas:
2
2
1) x – 5x+6= 0
2) x – x – 30 = 0
−6 x
8
2
3)x –
–
=0
5
5
2
2
4) x – 6x + 4 = 0
5) x – 6x = 0
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
2
Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x
+ bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
temos:
x’ + x”= –b
b = – ( x’ + x”)
x’ . x” = c
c = x’ . x”
2
3
4
S = x’+ x” =
Exemplo:
2
x –7x+2 = 0
Daí temos: x + bx + c = 0
5
e
2
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por meio
de uma equação ou de um sistema de equações do 2.º
grau.
Para resolver um problema do segundo grau deve-se
Matemática
49
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seguir três etapas:
• Estabelecer a equação ou sistema de equações correspondente ao problema (traduzir matematicamente), o enunciado do problema para linguagem
simbólica.
• Resolver a equação ou sistema
• Interpretar as raízes ou solução encontradas
Exemplo:
Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
seu dobro é igual a 15?
número procurado : x
2
equação: x + 2x = 15
Resolução:
2
x + 2x –15 = 0
2
2
∆ =b – 4ac
∆ = (2) – 4 .1.(–15)
∆ = 64
− 2 ± 64
−2 ± 8
x=
x=
2 ⋅1
2
−2 + 8 6
x'=
= =3
2
2
−2 − 8 −10
x"=
=
= −5
2
2
Pela primeira equação, que vamos chamar de I:
∆ = 4 + 60
Substituindo na segunda:
Logo:
Os números são 3 e – 5.
Verificação:
2
x + 2x –15 = 0
2
(3) + 2 (3) – 15 = 0
9 + 6 – 15 = 0
0=0
(V)
S = { 3 , –5 }
Equacionando:
2
x + 2x –15 = 0
2
(–5) + 2 (–5) – 15 = 0
25 – 10 – 15 = 0
0=0
(V)
Usando a fórmula:
RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:
1) O quadrado de um número adicionado com o quádruplo do mesmo número é igual a 32.
2) A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo
número é igual a 10. Determine esse número.
3) O triplo do quadrado de um número mais o próprio
número é igual a 30. Determine esse numero.
4) A soma do quadrado de um número com seu quíntuplo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.
Respostas:
1) 4 e – 8
3) −10 3 e 3
Logo
2) – 5 e 2
4) 0 e 3
SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2° GRAU
Como resolver
Para resolver sistemas de equações do 2º grau, é importante dominar as técnicas de resolução de sistema
de 1º grau: método da adição e método da substituição.
Substituindo em I:
Imagine o seguinte problema: dois irmãos possuem
idades cuja soma é 10 e a multiplicação 16. Qual a
idade de cada irmão?
Matemática
50
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Logo:
As idades dos dois irmãos são, respectivamente, de 2
e 8 anos. Testando:
a multiplicação de 2 X 8 = 16 e a soma 2 + 8 = 10.
Outro exemplo
Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma
dos quadrados seja 13.
Substituindo em II:
Da primeira, que vamos chamar de II:
Substituindo em II:
Aplicando na segunda:
Os números são 3 e - 2 ou 2 e - 3.
De Produtos notáveis:
Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do
2º grau, lembrando de que suas representações gráficas constituem uma reta e uma parábola, respectivamente. Resolver um sistema envolvendo equações
desse modelo requer conhecimentos do método da
substituição de termos. Observe as resoluções comentadas a seguir:
Exemplo 1
Dividindo por 2:
Isolando x ou y na 2ª equação do sistema:
x+y=6
x=6–y
Substituindo o valor de x na 1ª equação:
x² + y² = 20
(6 – y)² + y² = 20
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da equação por 2)
Matemática
51
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y² – 6y + 8 = 0
∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
∆ = 36 – 32
∆=4
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∆ = b² – 4ac
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3)
∆ = 4 + 12
∆ = 16
a = 1, b = –2 e c = –3
a = 1, b = –6 e c = 8
Determinando os valores de x em relação aos valores
de y obtidos:
Determinando os valores de x em relação aos valores
de y obtidos:
Para y = 4, temos:
x=6–y
x=6–4
x=2
Par ordenado (2; 4)
Para y = 2, temos:
x=6–y
x=6–2
x=4
Par ordenado (4; 2)
Para y = 3, temos:
x=y–3
x=3–3
x=0
Par ordenado (0; 3)
Para y = –1, temos:
x=y–3
x = –1 –3
x = –4
Par ordenado (–4; –1)
S = {(0; 3) e (–4; –1)}
S = {(2: 4) e (4; 2)}
GEOMETRIA NO PLANO E NO ESPAÇO.
PERÍMETRO.
Exemplo 2
1.POSTULADOS
a) A reta é ilimitada; não tem origem nem
extremidades.
b) Na reta existem infinitos pontos.
c) Dois pontos distintos determinam uma única reta
(AB).
Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
x=y–3
Substituindo o valor de x na 1ª equação:
x² + 2y² = 18
(y – 3)² + 2y² = 18
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação
por 3)
2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois
subconjuntos, denominando-se cada um deles semireta.
y² – 2y – 3 = 0
Matemática
52
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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3. SEGMENTO
Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB .
8. ÂNGULO RETO
Considerando ângulos suplementares e congruentes entre si, diremos que se trata de ângulos
retos.
Ficam determinadas as semi-retas: AB e BA .
AB ∩ BA = AB
A
intersecção
segmento
das
duas
semi-retas
define
o
AB .
9. MEDIDAS
1 reto ↔ 90° (noventa graus)
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180°
4. ÂNGULO
A união de duas semi-retas de mesma origem é um
ângulo.
1° ↔ 60' (um grau - sessenta minutos)
1' ↔ 60" (um minuto - sessenta segundos)
As subdivisões
centésimos etc.
do
segundo
são:
décimos,
5. ANGULO RASO
É formado por semi-retas opostas.
90o = 89o 59’ 60”
10. ÂNGULOS COMPLEMENTARES
São ângulos cuja soma é igual a um ângulo reto.
6. ANGULOS SUPLEMENTARES
São ângulos que determinam por soma um ângulo
raso.
7. CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS
O conceito de congruência é primitivo. Não há
definição. lntuitivamente, quando imaginamos dois
ângulos coincidindo ponto a ponto, dizemos que
possuem a mesma medida ou são congruentes (sinal
de congruência: ≅ ).
Matemática
11. REPRESENTAÇÃO
x é o ângulo; (90° – x) seu complemento e
(180° – x) seu suplemento.
12. BISSETRIZ
É a semi-reta que tem origem no vértice do ângulo e
o divide em dois ângulos congruentes.
53
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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13. ANGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE
São ângulos formados com as semi-retas apostas
duas a duas.
x = 30°
Resp. : os ângulos medem 80º
Ângulos apostos pelo vértice são congruentes
(Teorema).
3) As medidas de dois ângulos complementares
estão entre si como 2 está para 7. Calcule-as.
Resolução: Sejam x e y as medidas de 2
ângulos complementares. Então:
x + y = 90 o
x + y = 90 o


⇔
x 2 ⇔ x
2

=
+1 = +1


y 7
7

y
x + y = 90o

x + y 9
 y =7

14. TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS
PARALELAS
Se uma reta transversal forma com duas retas de
um plano ângulos correspondentes congruentes, então
as retas são paralelas.
x + y = 90 o

⇔  90o 9
=

7
 y
⇒ x = 20° e y = 70°
Resp.: As medidas são 20° e 70°.
4) Duas retas paralelas cortadas por uma
transversal formam 8 ângulos. Sendo 320° a
soma dos ângulos obtusos internos, calcule os
demais ângulos.
) )
a ≅ m
) )
b ≅n
) )  ângulos correspondentes congruentes
c ≅ p
) )
d ≅ q 
Consequências:
a) ângulos alternos congruentes:
) )
d ≅ n = 180 0 (alternos
) )
c ≅ m = 180 0 internos)
Resolução:
De acordo com a figura seguinte, teremos pelo
enunciado:
â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔
) )
a ≅ p (alternos
) )
b ≅ q externos)
Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:
)
)
) )
a + b = 180° ou 160° + b = 180° ⇒ b = 20°
Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os
agudos 20°.
b) ângulos colaterais suplementares:
) )
a + q = 180 o 
) )
(colaterais externos)
b + p = 180 o 
) )
d + m = 180 o 
(colaterais internos)
) )
c + n = 180 o 
5) Na figura, determine x.
15. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Determine o complemento de 34°15'34".
Resolução:
89° 59' 60"
- 34° 15' 34"
55° 44' 26"
Resp.: 55° 44' 26"
2) As medidas 2x + 20° e 5x – 70° são de ângulos
opostos pelo vértice. Determine-as.
Resolução:
2x + 20° = 5x – 70° ⇔
⇔ + 70° + 20° = 5x – 2x ⇔
⇔
90° = 3x ⇔
Matemática
â = 160°
Resolução: Pelos ângulos alternos internos:
x + 30° = 50° ⇒
x = 20°
16. TRIÂNGULOS
16.1 – Ângulos
54
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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∆ ABC = AB ∪ BC ∪ CA
AB; BC; CA são os lados
) ) )
A; B; C
são ângulos internos
)
) )
A ex ; B ex ; C ex são angulos externos
LEI ANGULAR DE THALES:
) ) )
A + B + C = 180°
Obs. : Se o triângulo possui os 3 ângulos menores
que 90°, é acutângulo; e se possui um dos seus
ângulos maior do que 90°, é obtusângulo.
Consequências:
) )
)
) )
A + A ex = 180° 
) ) )
 ⇒ Aex = B + C
A + B + C = 180°
16.3 - Congruência de triângulos
Dizemos que dois triângulos são congruentes
quando os seis elementos de um forem congruentes
com os seis elementos correspondentes do outro.
Analogamente:
)
)
B ex = A +
)
)
C ex = B +
)
C
)
A
)
)
 A ≅ A'
 )
)
B ≅ B'
)
)
C ≅ C'
Soma dos ângulos externos:
)
)
)
A ex + B ex + Cex = 360°
e
AB ≅ A' B'

BC ≅ B' C'

AC ≅ A' C'
⇔ ∆ABC ≅ ∆A' B' C'
16.4 - Critérios de congruência
16.2 – Classificação
LAL:
Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois lados e o ângulo entre eles
congruentes.
LLL:
Dois triângulos serão congruentes se possuírem os três lados respectivamente congruentes.
ALA : Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois ângulos e o lado entre eles
congruentes.
LAAO : Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois ângulos e o lado oposto a um
deles congruentes.
16.5 - Pontos notáveis do triângulo
a) O segmento que une o vértice ao ponto médio
do lado oposto é denominado MEDIANA.
O encontro das medianas é denominado
BARICENTRO.
Matemática
55
A Opção Certa Para a Sua Realização
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terceiro lado é 13.
2) O perímetro de um triângulo é 13 cm. Um dos
lados é o dobro do outro e a soma destes dois
lados é 9 cm. Calcule as medidas dos lados.
Resolução:
G é o baricentro
Propriedade: AG = 2GM
BG = 2GN
CG = 2GP
b) A perpendicular baixada do vértice ao lado
oposto é denominada ALTURA.
O encontro das alturas é denominado
ORTOCENTRO.
a + b + c = 13
a
= 2b
a + b
= 9
b =3
Portanto:
3b = 9
e
a = 6
c = 4
As medidas são : 3 cm; 4 cm; 6 cm
3) Num triângulo isósceles um dos ângulos da
base mede 47°32'. Calcule o ângulo do vértice.
Resolução:
c) INCENTRO é o encontro das bissetrizes internas do triângulo. (É centro da circunferência
inscrita.)
d) CIRCUNCENTRO é o encontro das mediatrizes
dos lados do triângulo, lÉ centro da
circunferência circunscrita.)
16.6 – Desigualdades
Teorema: Em todo triângulo ao maior lado se opõe
o maior ângulo e vice-Versa.
Em qualquer triângulo cada lado é menor do que a
soma dos outros dois.
x + 47° 32' + 47° 32' = 180° ⇔
x + 94° 64' = 180° ⇔
x + 95° 04' = 180° ⇔
x = 180° – 95° 04' ⇔
x = 84° 56'
rascunho:
179° 60'
– 95° 04'
84° 56'
16.7 - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de
um triângulo, determine o maior número inteiro
possível para ser medida do terceiro lado em
cm.
Resolução:
Resp. : O ângulo do vértice é 84° 56'.
4) Determine x nas figuras:
a)
x < 6 + 8
6 < x + 8
8 < x + 6
⇒ x < 14
⇒ x > –2
⇒ x > 2
⇒ 2 < x < 14
b)
Assim, o maior numero inteiro possível para medir o
Matemática
56
A Opção Certa Para a Sua Realização
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17.4 – Quadriláteros
a) Trapézio:
"Dois lados paralelos".
AB // DC
Resolução:
a) 80° + x = 120° ⇒ x = 40°
b) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°
5) Determine x no triângulo:
Resolução:
b) Paralelogramo:
“Lados opostos paralelos dois a dois”.
AB // DC
)
)
∆ABC isósceles, vem: B ≅ C e portanto:
)
)
)
)
)
B ≅ C = 50° , pois A + B + C = 180° .
e AD // BC
Sendo
Propriedades:
1) Lados opostos congruentes.
2) Ângulos apostos congruentes.
3) Diagonais se encontram no ponto médio
Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130°
17. POLIGONOS
O triângulo é um polígono com o menor número de
lados possível (n = 3),
c) Retângulo:
"Paralelogramo com um ângulo reto".
De um modo geral dizemos; polígono de n lados.
17.1 - Número de diagonais
Propriedades:
1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais congruentes.
d =
d) Losango:
"Paralelogramo com os quatro lados congruentes".
n ( n - 3)
2
( n = número de lados )
De 1 vértice saem (n – 3) diagonais.
De n vértices saem n . (n – 3) diagonais; mas, cada
uma é considerada duas vezes.
Logo ;
d =
n ( n - 3)
2
Propriedades:
1) Todas as do paralelogramo.
2) Diagonais são perpendiculares.
3) Diagonais são bissetrizes internas.
17.2 - Soma dos ângulos internos
Si = 180° ( n – 2 )
17.3 - Soma dos ângulos externos
e) Quadrado:
"Retângulo e losango ao mesmo tempo".
Se = 360°
Matemática
57
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Exemplo: calcule x
Obs: um polígono é regular quando é equiângulo e
equilátero.
SEMELHANÇAS
Resolução :
∆ABC ~ ∆MNC ⇔
1. TEOREMA DE THALES
Um feixe de retas paralelas determina sobre um
feixe de retas concorrentes segmentos correspondentes proporcionais.
AB
AC
x 9
=
⇒ = ∴x = 6
MN
MC
4 6
4. RELAÇÕES MÉTRICAS
RETÂNGULO
NO
TRIÂNGULO
Na figura:
AB
EF
MN
=
=
= ...
CD
PQ
GH
AC
EG
MP
=
=
= ...
BC
FG
NP
etc...
A é vértice do ângulo reto (Â = 90° )
)
)
B + C = 90°
2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Dada a correspondência entre dois triângulos,
dizemos que são semelhantes quando os ângulos
correspondentes forem congruentes e os lados
correspondentes proporcionais.
m = projeção do cateto c sobre a hipotenusa a
n = projeção do cateto b sobre a hipotenusa a
H é o pé da altura AH = h.
4.1 – Relações
3. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA
a) (AAL)
Dois triângulos possuindo dois ângulos
correspondentes
congruentes
são
semelhantes.
b)
(LAL)
Dois triângulos, possuindo dois
lados proporcionais e os ângulos entre
eles formados congruentes, são semelhantes.
c)
(LLL)
Dois triângulos, possuindo os
três
lados
proporcionais,
são
semelhantes.
a)
AB
HB
⇔
⇔
CB
AB
⇔ AB 2 = CB ⋅ HB
ou
2
c =a.m
∆AHC ~ ∆BAC ⇔
(I)
AC HC
=
⇔
BC AC
⇔ AC 2 = BC ⋅ HC
ou
Representação:
)
)
 A ≅ A'
)
)
∆ABC ~ ∆A' B' C' ⇔ B ≅ B'
)
)
C
≅
C
'

∆AHB ~ ∆CAB ⇔
2
b =a.n
(II)
Cada cateto é média proporcional entre a
hipotenusa e a sua projeção sobre a mesma.
e
b)
∆AHB ~ ∆CHA ⇔
AH HB
=
⇔
CH HA
⇔ AH 2 = CH ⋅ HB
ou
AB
BC
AC
=
=
= k
A' B' B' C' A' C'
(III)
A altura é média proporcional entre os segmentos que determina sobre a hipotenusa
razão de semelhança
Matemática
h2 = m . n
58
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APOSTILAS OPÇÃO
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Consequências:
(I) + (II) vem:
c 2 + b 2 = am + an ⇔
⇔ c 2 + b 2 = a (m + n ) ⇔
o número
a
⇔ c DE
+ bPITÁGORAS
=a
4.2 - TEOREMA
2
2
2
2
a +b =c
é denominado Potência do ponto
2
P em relação à circunferência.
δ 2=
2
d2 − R 2
6. POLÍGONOS REGULARES
a) Quadrado:
Exemplo:
Na figura, M é ponto médio de
e
δ2
BC , Â = 90°
O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos catetos.
M̂ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.
Resolução:
a) Teorema de Pitágoras:
BC 2 = AB2 + AC2 ⇒ BC2 = 52 + 2 2 ⇒
⇒ BC = 29 ≅ 5,38
e
AB BC
b) ∆ABC ~ ∆MBI ⇔
=
MB BI
AB = lado do quadrado ( l 4)
OM = apótema do quadrado (a4)
OA = OB = R = raio do círculo
29
MB =
2
Relações:
ou
•
•
5
29
2
=
29
29
⇔ BI =
= 2,9
BI
10
•
AB 2 = R 2 + R 2 ⇒
AB
OM =
⇒
2
a4 =
Área do quadrado:
l4
2
S 4 = l 24
AI = 2,1
b) Triângulo equilátero:
Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:
AI = 5 - 2,9
⇒
5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO
AC =
l 3 (lado do triângulo)
OA = R
OH = a
(raio do círculo)
(apótema do triângulo)
Relações:
•
Nas figuras valem as seguintes relações:
2
2
⇒
h=
l3 3
2
(altura em função do lado)
δ 2 =PA . PB=PM . PN
Matemática
2
AC = AH + HC
59
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•
⇒
AO = 2 OH
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2) As diagonais de um losango medem 6m e 8m.
Calcule o seu perímetro:
Resolução:
R = 2a
(o raio é o dobro do apótema)
l3 = R 3
•
(lado em função do raio)
• Área:
S=
l 23 3
4
l 2 = 4 2 + 32 ⇒
l = 5m
(área do triângulo equilátero em função do lado)
O perímetro é: P = 4 X 5 m = 20 m
c) Hexágono regular:
3) Calcule x na figura:
AB =
l 6 (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo)
OM = a (apótema)
Relações:
∆ OAB é equilátero
•
• OM é altura
Resolução:
PA . PB = PM . PN
⇒
∆ OAB ⇒
4 + 2 x = 40
a=
• Área:
S = 6 ⋅ S ∆ABC ⇒
⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10
⇔
S=
3R
R 3
2
2
⇔
⇔ 2 x = 36 ⇔
x=18
4) Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja
2
área é 9 3 m :
Resolução:
3
2
l2 3
l2 3
⇒9 3=
∴ l = 6m
4
4
l 3
6 3
h=
⇒h=
∴ h=3 3 m
2
2
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
S=
7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 9 cm
e 12 cm. Calcule as suas projeções sobre a
hipotenusa.
Resolução:
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3
TEOREMA DE PITÁGORAS
Relembrando: Triângulo retângulo é todo triângulo
que possui um ângulo interno reto. ( = 90º)
2
2
a) Pitágoras: a = b + c
2
⇒
⇒ a2 =122 + 92 ⇒ a = 15 cm
2
⇒ 92 = 15 . m ⇒
m = 5,4
cm
2
⇒ 122 = 15 . n ⇒
n = 9,6
cm
b) C = a . m
c) b = a . n
Matemática
60
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Tomando como referência o ângulo E. dizemos que:
Obs: Num triângulo retângulo o lado oposto ao ângulo reto é chamado hipotenusa e os lados adjacentes
ao ângulo reto são chamados catetos.
Teorema de Pitágoras
Enunciado: Num triângulo retângulo, o quadrado da
medida da hipotenusa é igual à soma dos quadrados
das medidas dos catetos.
• AC é o cateto oposto de B:
• AB é o cateto adjacente ao ângulo B.
Exemplo:
Tomando como referência o ângulo C, dizemos que:
• AC o cateto adjacente ao ângulo C;
Exemplo numérico:
• AB é o cateto oposto ao ângulo C.
Exercícios:
1) Num triângulo retângulo os catetos medem 8 cm
e 6 cm; a hipotenusa mede:
Razões trigonométricas
Num triângulo retângulo, chama-se seno de um ângulo agudo o número que expressa a razão entre a
medida do cateto oposto a esse ângulo e a medida da
hipotenusa.
a) 5 cm
b) 14 cm
c) 100 cm
d) 10 cm
O seno de um ângulo o indica-se por sen α.
2) Num triângulo retângulo os catetos medem 5 cm
e 12 cm. A hipotenusa mede:
a) 13cm
b) 17 cm c) 169 cm
d) 7 cm
3) O valor de x na figura abaixo é:
sen B =
medida do cateto oposto a B
b
⇒ sen B =
medida da hipotenusa
a
sen C =
Respostas: 1) d
2) a
medida do cateto oposto a C
c
⇒ sen C =
medida da hipotenusa
a
Num triângulo retângulo, chama-se cosseno de um ângulo agudo o número que
expressa a razão entre a medida do cateto
adjacente ao ângulo e a medida da hipotenusa.
3) x = 3
O cosseno de um ângulo a indica-se por cos α.
RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS DO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Vamos observar o triângulo retângulo ABC (reto em
A).
cos B =
medida do cateto adjacente a B
c
⇒ cos B =
medida da hipotenusa
a
cos C =
medida do cateto adjacente a C
b
⇒ cos C =
medida da hipotenusa
a
Num triângulo retângulo chama-se tangente de um
ângulo agudo o número que expressa a razão entre a
medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente a esse ângulo.
A tangente de um ângulo a indica-se por tg α
Nos estudos que faremos nesta unidade, se faz necessário diferenciar os dois catetos do triângulo. Usamos para isso a figura que acabamos de ver.
Matemática
tg C =
61
cateto oposto a C
c
⇒ tg C = .
cateto adjacente a C
b
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RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NUM TRIÂNGULO QUALQUER
No triângulo da figura destacamos:
• h1 : medida de altura relativa ao lado BC:
• h2 : medida da altura relativa ao lado AB,
no ∆ retângulo ABH1 ( H1 é reto):
Resolução:
Pela lei dos senos:
8
x
8
x
=
⇒
=
sen 45° sen 60°
2
3
2
2
h
sen B = 1 ⇒ h1 = c ⋅ sen B
c
⇒
⇒
No ∆ retângulo ACH1 ( H1 é reto):
sen C =
h1
⇒ h1 = b ⋅ sen C
b
8 3 x 2
8 3 2
=
⇒x=
.
2
2
2
2
`x =
8 6
⇒
2
x=4 6
LEI DOS COSENOS
1. No triângulo acutângulo ABC,
2
c - 2am
2
2
temos b = a +
Comparando 1 e 2. temos:
c . sen B = b . sen C ⇒
c
b
=
sen C sen B
No ∆ retângulo BCH2 ( H é reto):
h
sen B = 2 ⇒ h2 = a . sen B
a
No triângulo retângulo ABH. temos: cos B =
No ∆ retângulo ACH2 (H é reto):
h
sen A = 2 ⇒ h2 = b . sen A
b
Comparando 4 e 5, temos:
a . sen B = b . sen A ⇒
a
b
=
sen A sen B
Comparando 3 e 5. temos:
a
b
c
=
=
sen A sen B sen C
m
c
⇒
m = C . cos b
2
2
2
Substituindo 2 em 1: b = a + c - 2ac . cos B
A expressão foi mostrada para um triângulo acutângulo. Vejamos, agora, como ela é válida, também. para
os triângulos obtusângulos:
2
2
No triângulo obtusângulo ABC, temos: b = a + c
+ 2am
2
Observação: A expressão encontrada foi desenvolvida a partir de um triângulo acutângulo. No entanto,
chegaríamos à mesma expressão se tivéssemos partido de qualquer triângulo. Daí temos a lei dos senos:
a
b
c
=
=
sen A sen B sen C
º
No triângulo retângulo AHB. temos: cos ( 180 – B)
m
=
c
º
Exemplo: No triângulo da figura calcular a medida x:
Matemática
Como cos (180 – B) = – cos B, por uma propriedade
não provada aqui, temos que:
m
– cos B =
⇒ m = – c . cos B
c
62
A Opção Certa Para a Sua Realização
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Substituindo 2 em 1, temos:
2
2
2
b = a + c + 2 . a .( –c . cos B )
2
2
2
b = a + c – 2 a c . cos B
Dai a lei dos cosenos:
5) Calcule  e Ĉ num triângulo ABC onde b = 1, c
=
º
3 +1 e B̂ = 15 .
6) Calcule a num triângulo ABC, onde b = 4 cm, c =
º
3 cm e  = 30 .
2
2
2
a = b + c – 2 b . c . cos A
2
2
2
b = a + c – 2 a . c . cos B
2
2
2
c = a + b – 2 a . b . cos C
7) Calcule as diagonais de um paralelogramo cujos
2 cm e formam um ângulo de
lados medem 6cm e
º
45 .
Exemplo:
No triângulo abaixo calcular a medida de b
8) Calcule a área de um triângulo ABC, sabendo
que o lado AB mede 2cm, o lado BC mede 5cm e que
º
esses lados formam entre si um ângulo de 30 .
9) Calcule a medida da diagonal maior do losango
da figura abaixo:
Resolução: Aplicando ao triângulo dado a lei dos
cosenos:
2
2
2
º
b = 10 + 6 – 2 . 10 . 6 . cos 60
1
2
b = 100 + 36 – 120 .
2
2
b = 76 ⇒ b =
76 ⇒ b = 2 19
Exercícios
Resolva os seguintes problemas:
Respostas
1) b = 2 2 cm, c =
º
º
1) Num triângulo ABC, calcule b e c, sendo  = 30 ,
º
B̂ = 45 e a = 2cm
6 +
2) Â = 30 ; Ĉ = 45
º
3) ( 2 3 +
2 ) cm
6 –
2 cm
4) x = 100 2 cm
º
2) Num triângulo ABC, calcule  e Ĉ , sendo B̂ =
º
105 , b =
2
cm e c =
2
5) Ĉ = 45 ; Â = 120
6− 2
cm.
2
7 cm
6) a =
7) d1 = 26 ; d2 =
2
8) 2,5 cm
3) Calcule o perímetro do triângulo abaixo:
9)
º
50
108 cm
ÁREA DAS FIGURAS PLANAS
RETÂNGULO
A=b.h
4) Calcule x na figura:
A = área
b = base
h = altura
Perímetro: 2b + 2h
Exemplo 1
Matemática
63
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h = 4cm
b =2.h
b = 2 . 4 = 8cm
A =8.4
A
= 32 m
2
TRIÂNGULO
Perímetro: é a soma dos três lados.
Qual a área de um retângulo cuja altura é 2 cm e
seu perímetro 12 cm?
Solução:
A = b. h
h
2 +b+2+b
2b+4
2b
2b
b
b
A=4 .2
A = 8 cm
= 2 cm
= 12
= 12
= 12 - 4
=8
= 8 ÷ 2=4
=4cm
Área do triângulo:
A =
2
b ⋅ h
2
Exemplo 4:
A altura de um triângulo é 8 cm e a sua base é a
metade da altura. Calcular sua área.
QUADRADO
PERÍMETRO: L + L + L + L = 4L
Área do quadrado:
A =
Solução:
b ⋅ h
2
h = 8cm
A = l ⋅ l = l2
b =
A=
h 8
= = 4 cm
2 2
8⋅4
2
A = 16 m
2
TRAPÉZIO
Perímetro: B + b + a soma dos dois lados.
Exemplo 2
Qual a área do quadrado de 5 cm de lado?
Solução:
A = l2
Área do trapézio:
B = base maior
b = base menor
h = altura
l = 5 cm
A=5
2
A = 25 cm
2
PARALELOGRAMO
Exemplo 5:
Calcular a área do trapézio de base maior de 6 cm,
base menor de 4 cm. e altura de 3 cm.
Solução:
A = área do paralelogramo:
A=
A=B.H
2
B = 6 cm
b = 4 cm
h
= 3 cm
A =
Perímetro: 2b + 2h
A
Exemplo 3
A altura de um paralelogramo é 4 cm e é a
metade de sua base. Qual é suá área ?
Solução:
A = b .h
Matemática
(B + b ) ⋅ h
64
( 6 + 4) ⋅ 3
2
= 15 cm
2
A Opção Certa Para a Sua Realização
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LOSANGO
Cálculos:
A b = área do polígono da base.
D= diagonal maior
d = diagonal menor
Perímetro = é a soma dos quatro lados.
Área do losango:
A =
A l = soma das áreas laterais.
A T = A l + 2A b
D ⋅ d
2
V = Ab . h
(área total).
(volume)
1.1 – Cubo
Exemplo 6:
Calcular a área do losango de diagonais 6 cm
e 5 cm.
O cubo é um prisma onde todas as faces são
quadradas.
D ⋅ d
2
6 ⋅ 5
A =
2
AT = 6 . a
A =
Solução:
A = 15 cm
V=a
2
(área total)
3
(volume)
2
a = aresta
CIRCULO
Área do círculo:
A = π R2
A = área do círculo
R = raio
π = 3,14
Para o cálculo das diagonais teremos:
Exemplo 7
O raio de uma circunferência é 3 cm. Calcular a sua
área.
A = π R2
A = 3,14 . 3
A = 3,14 . 9
d=a 2
2
A = 28,26 cm
D=a 3
2
(diagonal de uma face)
(diagonal do cubo)
1.2 - Paralelepípedo reto retângulo
Geometria no Espaço
1. PRISMAS
São sólidos que possuem duas faces apostas
paralelas e congruentes denominadas bases.
dimensões a, b, c
a l = arestas laterais
AT = 2 ( ab + ac + bc )
h = altura (distância entre as bases)
V = abc
Matemática
65
(área total)
(volume)
A Opção Certa Para a Sua Realização
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(diagonal)
D = a2 + b2 + c 2
2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora
do plano dessa base.
A b = πR 2
Para a pirâmide temos:
A b = área da base
( área da base)
A l = 2πR ⋅ h
( área lateral )
A l = álea dos triângulos faces laterais
(área total)
total )
A T = 2 A b + (Aárea
l
AT = Al + Ab
V = Ab ⋅h
(volume)
1
V = Ab ⋅ h
3
( volume )
3.1 - Cilindro equilátero
2.1 - Tetraedro regular
É a pirâmide onde todas as faces são triângulos
equiláteros.
Quando a secção meridiana
quadrada, este será equilátero.
do
cilindro
for
Logo:
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
Tetraedro de aresta a :
a 6
h=
3
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3
( altura )
4. CONE CIRCULAR RETO
AT = a2 3
(área total)
a3 2
V=
12
( volume )
g é geratriz.
∆ ABC é secção meridiana.
3. CILINDRO CIRCULAR RETO
As bases são paralelas e circulares; possui uma
superfície lateral.
Matemática
66
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Perímetro do círculo maior: 2 π R
Área da superfície: 4 π R
Volume:
2
4
πR 3
3
Área da secção meridiana:
2
2
g =h +R
2
A l = πRg
(área lateral)
A b = πR 2
(área da base)
AT = Al + Ab
(área total)
v=
1
⋅ Ab ⋅ h
3
(volume)
EXERCICIOS PROPOSTOS 1
4.1 - Cone equilátero
Se o ∆ ABC for equilátero, o cone será denominado equilátero.
h=R 3
A b = πR 2
1)
Os 3/4 do valor do suplemento de um angulo de
60° são:
a) 30° b) 70º
c) 60º d) 90º e) 100º
2)
A medida de um ângulo igual ao dobro do seu
complemento é:
a) 60° b) 20º c) 35º d) 40º e) 50°
3)
O suplemento de 36°12'28" é:
a) 140º 27’12”
b) 143°47'32"
c) 143°57'42"
d) 134°03'03"
e) n.d.a.
4)
número de diagonais de um polígono convexo de
7 lados é:
a) 6 b) 8
c) 14
d) 11 e) 7
5)
O polígono que tem o número de lados igual ao
número de diagonais é o:
a) quadrado
b) pentágono
c) hexágono
d) de15 lados
e) não existe
6)
O número de diagonais de um polígono convexo é
o dobro do número de vértices do mesmo. Então o
número de lados desse polígono é:
a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 7
7)
A soma dos ângulos internos de um pentágono é
igual a:
a) 180° b) 90° c) 360°
d) 540° e) 720°
8)
Um polígono regular tem 8 lados; a medida de um
dos seus ângulos internos é:
a) 135°
b) 45°
c) 20°
d) 90°
e) 120°
9)
O encontro das bissetrizes internas de um
triângulo é o:
(altura)
(base)
A l = πR ⋅ 2R = 2πR 2 (área lateral)
A T = 3πR 2
1
V = πR 3 3
3
(área total)
(volume)
5. ESFERA
Matemática
π R2.
67
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
a) bicentro
b) baricentro
c) incentro
d) metacentro
e) n.d.a.
10) As medianas de um triângulo se cruzam num
ponto, dividindo-se em dois segmentos tais que
um deles é:
a) o triplo do outro
b) a metade do outro
c) um quinto do outro
d) os
2
do outro
3
e) n.d.a.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4)
A paralela a um dos lados de um triângulo divide os
outros dois na razão 3/4. Sendo 21cm e 42 cm as
medidas desses dois lados. O maior dos segmentos
determinado pela paralela mede:
a) 9cm
b) 12cm c) 18 cm
d) 25 cm e) 24 cm
5)
Num trapézio os lados não paralelos prolongados
determinam um triângulo de lados 24 dm e 36 dm. O
menor dos lados não paralelos do trapézio mede 10
dm. O outro lado do trapézio mede:
a) 6 dm
b) 9 dm
c) 10 dm
d) 13 dm
e) 15 dm
6)
Num triângulo os lados medem 8 cm; 10 cm e 15 cm.
O lado correspondente ao menor deles, num segundo
triângulo semelhante ao primeiro, mede 16cm. O
perímetro deste último triângulo é:
a) 60 cm b) 62 cm
c) 66 cm
d) 70 cm e) 80 cm
7)
Dois triângulos semelhantes possuem os seguintes
perímetros: 36 cm e 108 cm. Sendo 12 cm a medida
de um dos lados do primeiro, a medida do lado
correspondente do segundo será:
a) 36 cm b) 48 cm
c) 27 cm
d) 11 cm e) 25 cm
8)
A base e a altura de um retângulo estão na razão
11) Entre os.critérios abaixo, aquele que não garante a
congruência de triângulos é:
a) LLL
b) ALA c) LAAO d) AAA
e) LAL
12) O menor valor inteiro para o terceiro lado de um
triângulo, cujos outros dois medem 6 e 9, será:
a) 4 b) 10 c) 6 d) 7 e) 1
13) Num paralelogramo de perímetro 32cm e um dos
lados10cm, a medida para um dos outros lados é:
a) 6 cm b) 12 cm c) 20 cm
d) 22 cm e) 5 cm
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
11) d
6) e
1) d
7) d
12) a
2) a
13) a
8) a
3) b
4) c
9) c
10) b
5) b
12
5
. Se a diagonal mede 26cm, a base medida será:
a) 12 cm b) 24 cm
c) 16 cm
d) 8 cm
e) 5 cm
9)
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2
A altura relativa à hipotenusa de um triângulo mede
14,4 dm e a projeção de um dos catetos sobre a
mesma 10,8 dm. O perímetro do triângulo é:
a) 15 dm
b) 32 dm
c) 60 dm
d) 72 dm e) 81 dm
10) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo
retângulo de catetos 5 cm e 12 cm, mede:
a) 4,61cm
b) 3,12 cm
c) 8,1 cm
d) 13,2 cm
e) 4 cm
1)
Na figura
AB = 4 cm BC = 6 cm MN = 8 cm
Então, NP vale:
a) 10 cm b) 8 cm c) 1 2 cm d) 6 cm
e) 9 cm
2)
Com as retas suportes dos lados (AD e BC) não
paralelos do trapézio ABCD, construímos o ∆ ABE.
Sendo AE = 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cm. O valor de
BE é:
a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm
3)
11) Duas cordas se cruzam num círculo. Os segmentos
de uma delas medem 3 cm e 6 cm; um dos
segmentos da outra mede 2 cm. Então o outro
segmento medirá:
a) 7 cm
b) 9 cm c) 10 cm
d) 11 cm e) 5 cm
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
1) c
5) e
9) d
2) b
6) c
10) a
3) d
7) a
11) b
4) e
8) b
O lado AB de um ∆ ABC mede 16 cm. Pelo ponto D
pertencente ao lado AB, distante 5 cm de A, constróise paralela ao lado BC que encontra o lado AC em E
a 8 cm de A. A medida de AC é:
a) 15,8 cm b) 13,9 cm c) 22,6 cm
d) 25,6 cm e) 14 cm
Matemática
68
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
LEI Nº 4.928 DE 17 DE JANEIRO DE 1992.
§ 2o O início, e as alterações verificadas serão comunicados ao órgão de
pessoal, pelo chefe da unidade administrativa ou do serviço em que
estiver lotado o servidor.
SEÇÃO IV - DA POSSE
Art. 28. É competente para dar exercício, a autoridade a que for o servidor diretamente subordinado.
Art. 24. Posse é a aceitação expressa das atribuições e responsabilidades do cargo, com o compromisso de bem servir, formalizada com a
lavratura de termo firmado pelo empossado e pela autoridade que presidir o ato.
Art. 29. O exercício terá início no prazo de sete dias, contados do primeiro dia útil subseqüente ao da data da posse.
§ 1o O prazo previsto no “caput” deste artigo poderá ser prorrogado por
mais sete dias, a juízo da autoridade competente.
§ 1o São autoridades competentes para dar posse:
I. O prefeito;
§ 2o O servidor que deva ter exercício em outra localidade, terá trinta
dias de prazo para fazê-lo.
II. O Presidente da Câmara Municipal;
Art. 30. A promoção ou o acesso não interrompem o tempo de exercício,
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data da
publicação do respectivo ato.
III. O Secretário de unidade administrativa;
IV. O Dirigente superior de autarquia pública;
V. O Dirigente superior de fundação pública.
Art. 31. No caso de servidor legalmente afastado, o prazo para entrar em
exercício em novo cargo será contado da data em que voltar ao serviço.
§ 2o A autoridade que der posse confirmará, sob pena de responsabilidade, o atendimento das condições e a satisfação dos requisitos básicos
para esse fim.
Art. 32. O servidor deverá ter exercício na unidade administrativa em
cuja lotação houver vaga.
§ 3o Salvo menção expressa do regime de acumulação remunerada
lícita, no ato da posse, ninguém poderá ser empossado sem apresentar
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou
função em administração direta, autárquica ou fundacional, ou em empresas públicas ou sociedades de economia mista das esferas de governo dos municípios, estados, territórios, Distrito Federal ou da União.
Art. 33. Nenhum servidor poderá ter exercício em unidade administrativa
diferente daquela em que estiver lotado, salvo os casos expressamente
permitidos por este Estatuto.
Art. 34. O servidor que não entrar em exercício dentro do prazo legal
será exonerado do cargo.
Art. 35. Os efeitos funcionais e financeiros só serão considerados e
devidos a partir do exercício do cargo.
§ 4o A posse em cargo comissionado determina o concomitante afastamento do servidor do cargo de provimento efetivo, isolado ou de carreira
de que for titular ou para o qual se encontre designado em regime de
substituição eventual ou temporária.
SUBSEÇÃO ÚNICA - DAS JORNADAS, HORÁRIOS E REGIMES DE
TRABALHO
§ 5o Havendo acumulação de cargos comissionados, o direito à percepção incidirá sobre apenas um, resguardada a opção pela remuneração
mais vantajosa.
Art. 36. Compete ao Município de Londrina, em legislação específica,
disciplinar, dentro dos limites constitucionais, do direito administrativo e
do direito comparado, os assuntos que dizem respeito a jornadas, horários e regimes de trabalho de seus servidores.
§ 6o A posse de servidor que tiver sido nomeado para outro cargo, em
regime de acumulação remunerada lícita, decorrente de aprovação em
concurso público, dependerá de exame médico e perícia oficial do Município de Londrina.
SEÇÃO VI - DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 37. O servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará
sujeito a estágio probatório por período de três anos de efetivo exercício,
durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para
o desempenho do cargo, observados os seguintes requisitos:
§ 7o A posse de servidor que tiver sido nomeado para outro cargo,
decorrente de processo de promoção, independerá de exame médico,
desde que se encontre em pleno exercício do cargo.
I. disciplina;
Art. 25. A posse deverá ocorrer no prazo de trinta dias, contados a partir
do primeiro dia útil subseqüente à data de publicação do ato de provimento.
II. assiduidade;
III. eficiência;
§ 1o O prazo fixado neste artigo poderá ser prorrogado até o máximo de
trinta dias, a requerimento do interessado.
IV. pontualidade;
V. responsabilidade;
§ 2o Em se tratando de servidor em licença ou afastado por qualquer
outro motivo legal, o prazo será contado a partir do primeiro dia útil
subseqüente ao término do impedimento.
VI. idoneidade moral.
§ 1º Ao servidor em estágio probatório não serão concedidas ou autorizadas as licenças e afastamentos previstos nos artigos 83, III, 84, III e IV,
e 90, VII e X.
§ 3o Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a licença para tratar
de assuntos particulares, cujo prazo para a posse dar-se-á na forma do
“caput” deste artigo.
§ 4o Será tornado sem efeito o ato de provimento, se a posse não ocorrer nos prazos legalmente estabelecidos.
§ 2º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos artigos, 65, incisos II a IV,VI, VIII a XVIII, 84,
inciso II, 88, e, 90, incisos I a VI, VIII e IX,
Art. 26. Após tomar posse e antes de entrar em exercício, o servidor
apresentará, ao órgão de pessoal, os elementos necessários à abertura
de seu cadastro de assentamentos funcional e financeiro.
casos em que não haverá o cômputo do período de licença ou afastamento como de efetivo exercício, para fins de estágio probatório.
§ 3º Suspender-se-á, também, o estágio probatório do servidor que vier a
exercer função gratificada, na forma dos artigos 65, inciso V, 84, inciso II,
177 e 178, quando for evidenciada incompatibilidade integral desse
exercício com as atribuições típicas do respectivo cargo de provimento
efetivo, através de regular processo administrativo.
SEÇÃO V - DO EXERCÍCIO
Art. 27. Exercício é o ato pelo qual o servidor assume as atribuições e
responsabilidades do cargo.
§ 1o O início, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no
assentamento funcional do servidor.
Estatuto Funcionários
§ 4º Ocorrendo a situação acima, órgão de gestão de pessoal competente, notificará o servidor para, querendo, apresentar resposta no prazo de
1
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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cinco dias, após o que será relatado e encaminhado ao titular do órgão
para decisão em trinta dias.
Art. 206. O servidor será obrigado a repor, de uma só vez, a importância
do prejuízo causado à Fazenda Municipal em virtude de alcance, desfalque, omissão ou remissão.
§ 5º O estágio probatório, suspenso na forma dos parágrafos anteriores,
será retomado a partir do término do impedimento, e os dias de suspensão serão desconsiderados como de efetivo exercício para o cômputo do
período integral do estágio probatório, devendo ser acrescidos à previsão
inicial de término.
Art. 207. Excetuando-se os casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser liquidada mediante desconto em folha,
parceladamente.
Parágrafo único. Por erro de cálculo ou redução contra a Fazenda
Municipal, não tendo havido má-fé, será aplicada a pena de repreensão
e, na reincidência, a de suspensão.
Art. 38. O servidor em estágio probatório será avaliado semestralmente
por comissão instituída para essa finalidade, com base em sistema
estabelecido pelo órgão de pessoal competente através de regulamento
específico.
Art. 208. Em se tratando de danos causados a terceiros, responderá o
servidor perante a Fazenda Municipal, em ação regressiva, proposta
depois de transitar em julgado a decisão judicial que houver condenado a
fazenda ao ressarcimento dos prejuízos.
§ 1º Nos 6 (seis) meses que antecedem o fim do período do estágio
probatório, o servidor será submetido à avaliação especial de desempenho, realizada por comissão constituída para essa finalidade, considerando-se, para todos os fins, as avaliações realizadas na forma do caput
deste artigo, e que será homologada pelo titular do órgão, com base em
todas as avaliações semestrais do servidor e de acordo com o que
dispuser regulamento específico, que concluirá pela manutenção do
servidor no cargo e conseqüente aquisição de estabilidade ou, ainda,
pela não permanência do servidor e regular exoneração.
Art. 209. A responsabilidade administrativa não exime o servidor da de
natureza civil ou criminal, que no caso couber, nem o pagamento de
indenização a que ficar obrigado, na forma dos artigos 206 e 207, o
exime de pena disciplinar em que incorrer.
___________________________________
§ 2º Ao servidor será dado conhecimento de todo o conteúdo da avaliação, mediante termo de ciência constante em seu formulário de avaliação
e, no caso de se recusar a assiná-lo, a ocorrência será registrada em
campo próprio do mesmo formulário, assinado por duas testemunhas da
recusa.
___________________________________
___________________________________
___________________________________
___________________________________
§ 3º Após a ciência ou recusa previstas no parágrafo anterior, o formulário deverá ser imediatamente encaminhado ao órgão de pessoal, que
procederá às diligências de costume.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
§ 4º Constatado, parecer contrário à permanência do servidor no estágio,
procederá à notificação do mesmo para, querendo, apresentar defesa no
prazo de cinco dias.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
§ 5º Apresentada a defesa ou encerrado o prazo acima, o órgão de
pessoal encaminhará o parecer e a defesa à autoridade máxima do
respectivo Poder, que decidirá sobre a exoneração ou manutenção do
servidor, considerando-se as avaliações semestrais do servidor e conforme regulamento específico.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
§ 6º Transcorrido o prazo a que alude o artigo 37, e não havendo a
exoneração, fica automaticamente ratificada a nomeação.
_______________________________________________________
§ 7º A apuração dos fatores mencionados no art. 37 deverá processar-se
de modo que a exoneração, se ocorrer, possa ser feita antes de findo o
período do estágio probatório.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
SEÇÃO III - DAS RESPONSABILIDADES
_______________________________________________________
SUBSEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
_______________________________________________________
Art. 205. O servidor é responsável por todos os prejuízos que, nessa
qualidade, causar à Fazenda municipal, por dolo ou culpa devidamente
apurados.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
Parágrafo único. Caracteriza especialmente a responsabilidade:
_______________________________________________________
I. pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda, ou por
não prestar contas, ou não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos
nas leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço;
_______________________________________________________
_______________________________________________________
II. pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem
os bens e os materiais sob sua guarda ou sujeitos a seu exame ou
fiscalização;
_______________________________________________________
_______________________________________________________
III. pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de
despachos, guias e outros documentos da receita, ou que tenham com
eles relação;
_______________________________________________________
IV. por qualquer erro de cálculo, redução ou omissão contra a Fazenda
Pública.
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
Estatuto Funcionários
2
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para
além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Promoção, prevenção e proteção à saúde;
Princípios e Diretrizes do SUS; Cadastramento familiar e
territorial; Conceito de territorialização, micro-área e área de
abrangência;
Principais problemas de saúde da população e recursos existentes para enfrentamento dos problemas;
Noções de ética e cidadania;
Saúde da criança, adolescente;
Instrumentos de avaliação de indicadores de saúde adulto e
idoso;
Sistema de informação da atenção básica - SIAB;
Conceito da estratégia saúde da família;
Visita domiciliar;
Constituição de equipe da Saúde da família;
Controle Social;
Atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde ACS;
Objetivos da estratégia saúde da família;
Aleitamento materno, saúde mental, violência intra-familiar;
Dengue;
Controle do Tabagismo;
Cartão Nacional do SUS;
Saúde da Mulher;
Programa Nacional de Imunização;
Bolsa Família;
Tuberculose; Hanseníase;
Programa Saúde na Escola.
Observe-se a ênfase no sujeito coletivo - a comunidade e a "criação"
(implícita) do conceito de empodeiramento (empowerment) como requisito
de suaatuação para melhoria de sua qualidade de vida e saúde. Após essa
conferência se sucederam algumas outras conferências internacionais
sobre a "promoção da saúde" com contribuições específicas para as dificuldades encontradas seja na organização das comunidades (responsabilidade individual e social), nos instrumentos e condições para modificações do
meio - ambiente como na administração dos recursos disponíveis para
serviços de saúde.
Rabello 4 assinala ainda que a promoção da saúde é uma proposta
pública mundial contemporânea na saúde pública disseminada pela Organização Mundial da Saúde desde 1984, constituindo-se como um
novo paradigma e que este se contrapõe ao modelo flexenerianoque se
expressa através do individualismo (atenção individual), da especialização,
da tecnologização e do curativismo na atenção à saúde, predominantes,
até então, nas práticas de saúde.
Doenças e agravos
A erradicação da violência e criação de ambientes seguros foi uma
condição imposta aos formuladores de políticas de promoção à saúde face
a crescente demanda por serviços de saúde ocasionados por causas
externas, mais especificamente acidentes de transporte e agressões, no
modo de adoecer e morrer de das populações. Pode se considerado um do
marcos dessa inclusão o "Plano de Ação Regional para Promoção da
Saúde" (CD 37.R14, 1993) da OPAS, 1994 inserindo tais ações no âmbito
do fortalecimento dos sistemas de vigilância com incorporação de informação social e de risco comportamental trabalhando na perspectiva de construir (transformar) municípios e cidades saudáveis.
A promoção da saúde consiste em políticas, planos e programas
de saúde pública com ações voltadas evitar que as pessoas se exponham
a fatores condicionantes e determinantes de doenças, a exemplo dos
programas de educação em saúde que se propõem a ensinar a população
a cuidar de sua saúde. Além disso, incentiva condutas adequadas à melhoria da qualidade de vida, distinguindo-se da atenção primária ou ações
da medicina preventiva que identificam precocemente o dano e ou controlam a exposição do hospedeiro ao agente causal em um dado meioambiente.
Um dos primeiros sistema de registros de informações relativas aos fatores risco foi realizado pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em 1984. Atualmente os dados são coletados mensalmente em 50
estados, o Distrito de Columbia, Porto Rico, Ilhas Virgens e Guam. Mais de
350 mil adultos são entrevistados a cada ano, por telefone cujos resultados
são divulgados publicamente na web. A produção de informações capazes
de evidenciar riscos bem como avaliar intervenções realizadas é uma etapa
essencial para o desenvolvimento de uma política de promoção da saúde.
O CDC monitora sistematicamente os comportamentos de risco à saúde,
práticas de saúde preventiva e acesso a cuidados de saúde relacionados
principalmente a doença crônica e lesões.
Segundo Arouca cada um desses elementos é determinado por um
conjunto de características que lhe são atribuídas, na "Historia Natural da
Doença", como, por exemplo, em relação à história natural
da sífilis adquirida:
Fatores do Agente - características biológicas, pré requisitos de unidade, baixa resistência;
Brasil
Segundo Rabelo, 2010 (o.c.) o Brasil não participou da 1ª Conferência
Internacional para Promoção em Saúde mas posteriormente aderiu ao
proposto pela Carta de Ottawa e participou das seguintes e como confirmado por diversos autores, a partir da década de 1980 ocorreu uma intensa
movimentação social em torno das políticas públicas, principalmente a de
saúde, culminando com a criação do SUS - Sistema Único de Saúde aperfeiçoando-se progressivamente na direção da construção efetiva de
uma estrutura governamental capaz de dar conta dessa proposição.
Fatores do Ambiente - geografia, clima, instabilidade familiar, baixo ingresso, moradia, facilidades inadequadas de recreação, facilidades diagnósticas;
Fatores do Hóspede - idade, sexo, raça, desenvolvimento da personalidade, ética e educação sexual, promiscuidade, profilaxia.(Leavell & Clarck,
1965)
O modelo teórico de explicação/intervenção denominado promoção da
saúde substitui (redefinindo) aquele modelo triádico agente-hospedeiroambiente (tido como ecológico) por um esquema quadripolar constituído
por: biologia humana, ambiente, estilo de vida e sistema de serviços de
saúde. 2 mais eficaz sobretudo para "dar conta" da elevação das doenças
crônico - degenerativas ou não - transmissíveis que caracterizam o mundo
moderno.
Atualmente segundo Portaria nº 687 MS/GM (2006) as ações específicas a serem realizadas nas três esferas de governo (federal, estadual,
municipal) são:
Divulgar, sensibilizar e mobilizar para promoção da saúde;
Alimentação saudável;
O principal documento, pós "Declaração de Alma-Ata" (1978), com essas recomendações surgiu na Primeira Conferência Internacional Sobre
Promoção
da
Saúde realizada
em
novembro
de
1986
em Ottawa, Canadá.3 onde a promoção da saúde foi definida como: o
processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua
qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle
deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico,
mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações,
satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A
saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de
Conhecimentos Específicos
Prática corporal e atividade física;
Prevenção e controle do tabagismo;
Redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso abusivo do álcool e de outras drogas;
Redução da morbi-mortalidade por acidentes de trânsito;
Prevenção da violência e estímulo à cultura da paz;
Promoção do desenvolvimento sustentável
1
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observe-se porém que a construção de um consenso e da equidade da
distribuição de recursos num país continental como o Brasil, com evidentes
desigualdades regionais devidas as particularidades culturais e decorrentes
da sua história de desenvolvimento econômico não são contornáveis apenas com o aparelhamento jurídico - político das instituições de saúde.
Através da participação da população nas decisões em fórum coletivos
específicos, (conselhos de saúde, conferências de saúde, etc.) almeja-se
uma transformação do estilo de vida nocivo à saúde e o enfrentamento da
velada "guerra" de interesses por investimentos em modelos assistenciais
específicos para conduzir as ações de saúde, estabelecer parcerias e
contratos com indústria de alimentos, fármacos, entre outras, além
do empodeiramento e extensão das políticas de promoção da saúde (intersetorialidade) aos demais setores governamentais.
Princípios Doutrinários
Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às
ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.
Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar
de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são
iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a
carência é maior.
Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o
tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar
uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
Princípios e Diretrizes do SUS; Cadastramento familiar e territorial;
Conceito de territorialização, micro-área e área de abrangência; Principais problemas de saúde da população e recursos existentes para
enfrentamento dos problemas;
Débora Carvalho Meldau
Princípios Organizativos
Sistema Único de Saúde
Estes princípios tratam, na realidade, de formas de concretizar o SUS
na prática.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o conjunto de todas as ações
e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações
mantidas pelo Poder Público.
Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados
em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada
área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com
definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é
um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o
comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à
divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que
façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos
disponíveis numa dada região.
ausência de doenças, o que nos legou um quadro repleto não só das
próprias doenças, como desigualdade, insatisfação dos usuário, exclusão,
baixa qualidade e falta de comprometimento profissional. No entanto, este
conceito foi ampliado, ao serem definidos os elementos condicionantes da
saúde, que são:
Meio físico (condições geográficas, água, alimentação, habitação, etc);
Meio sócio-econômico
da, educação, hábitos, etc);
e
cultural
(emprego,
Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à
saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e
garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a
responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou
seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas,
administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o
princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando
único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas
decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da
sociedade.
ren-
Garantia de acesso aos serviços de saúde responsáveis pela promoção, proteção e recuperação da saúde.
Ou seja, de acordo com a nova concepção de saúde, compreende-se
que “os níveis de saúde da população expressam a organização social e
econômica do país".
As reinvidicações do movimento que recebeu o nome de “Movimento
Sanitarista” foram apresentadas na 8° Conferência Nacional de Saúde, em
1986. Sendo que mais tarde, na Constituição de 1988 foram definidas as
ações relativas ao SUS, sendo considerado de “relevância pública”, ou
seja, é atribuído ao Poder Público a regulamentação, a fiscalização e o
controle das ações e dos serviços de saúde, independente da execução
direta do mesmo.
Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de
Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da
política de saúde.
Juntamente com o conceito ampliado de saúde, o SUS traz consigo
dois outros conceitos importantes: o de sistema e a ideia de unicidade. A
ideia de sistema significa um conjunto de várias instituições, dos três níveis
de governo e do setor privado contratado e conveniado, que interagem para
um fim comum. Já na lógica de sistema público, os serviços contratados e
conveniados seguem os mesmos princípios e as mesmas normas do serviço público. Todos os elementos que integram o sistema referem-se ao
mesmo tempo às atividades de promoção, proteção e recuperação da
saúde.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é a denominação do sistema
público e privado de saúde brasileiro, daí o nome "único", unifica o sistema
de saúde no Brasil. Considerado um dos maiores sistemas públicos de
saúde do mundo, segundo informações1 do Conselho Nacional de Saúde.
Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, como
forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um
“direito de todos” e “dever do Estado” e está regulado pela Lei nº.
8.080/1990,2 a qual operacionaliza o atendimento público da saúde.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Com o advento do SUS, toda a população brasileira passou a ter direito
à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
conforme rege o artigo 195 da Constituição. Fazem parte do Sistema Único
de Saúde, os centros e postos de saúde, os hospitais públicos - incluindo
os universitários, os laboratórios e hemocentros (bancos de sangue), os
serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância
Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa acadêmica e
científica, como a FIOCRUZ -Fundação Oswaldo Cruz - e o Instituto Vital
Brazil.
Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de
organização, sendo que é definido como único na Constituição um conjunto
de elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde, os princípios da universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização e da participação popular.
Podemos entender o SUS da seguinte maneira: um núcleo comum,
que concentra os princípios doutrinários, e uma forma e operacionalização,
os princípios organizativos.
Conhecimentos Específicos
2
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Ressalta-se que a discussão não era apenas para privatizar o modelo
existente até então no regime militar. Os neoliberais também se oporiam à
previsão do SUS na esfera constitucional4 , durante a Assembleia
Constituinte que resultou na Constituição de 1988.
A saúde pública no período militar
Antes da instituição do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação
do Ministério da Saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e
prevenção de doenças, (como, por exemplo, a vacinação), realizadas em
caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças;
servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento
pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência
Social (INAMPS).
A contraposição à privatização e a Reforma Sanitária
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no
início da década de 1970 como forma de oposição técnica e política ao
regime militar. Nesse contexto destacaram-se nessa luta também figuras do
âmbito político como Sérgio Arouca e David Capistrano.
O INAMPS, por sua vez, era uma autarquia federal vinculada ao
Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da
Previdência Social), e foi criado pelo regime militar em 1974 pelo
desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que
hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O Instituto tinha a
finalidade de prestar atendimento médico/dentário aos que contribuíam com
a previdência social, ou seja, somente aos contribuintes de toda forma e
seus dependentes.
Analisando o período, Felipe Asensi expõe que
a utilização dos serviços de saúde se encontrou vinculada à situação
empregatícia, ocasionando a exclusão de uma parcela relevante da população desempregada, seja por deficiências físicas, seja por insuficiências
na educação ou, mesmo, por inacessibilidade estrutural ao mercado de
trabalho formal. —Felipe Asensi
O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, ou seja, de
hospitais públicos, mas a maior parte do atendimento era realizado pela
iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração pelo governo
por quantidade de procedimentos realizados. Já os que não tinham a
carteira assinada utilizavam, sobretudo, as Santas Casas, instituições
filantrópico-religiosas que amparavam cidadãos necessitados e carentes.
Prof. Sérgio Arouca, presidente da 8ª CNS, realizada em março
de 1986 e um dos líderes e grandes entusiastas da Reforma Sanitária
da década de 1980.
Em 1979, o General João Baptista Figueiredo assumiu a presidência
com a promessa de abertura política e, de fato, a Comissão de Saúde
da Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de
1979, o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com
participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou a
conclusões altamente favoráveis ao mesmo.
A crise do INAMPS na década de 1980
A crise do petróleo que abateu a economia brasileira na segunda
metade da década de 1970 e no início da década de 1980 trouxe também
prejuízos financeiros - e políticos - para o INAMPS. Da abertura
democrática à Nova República, o déficit previdenciário aumentava ano após
ano4 . A doutrina especializada ousa em qualificar o período 1980-1983 no
âmbito das políticas sociais como a "crise da previdência social"4 . A
conjuntura da turbulência fiscal do Estado e, sobretudo, da previdência
social passou a colaborar com as teses e propostas de desinchaço da
máquina pública e, consequentemente, da redução da função do Estado
como garantidor de políticas sociais. O INAMPS estava incluído nessa
perspectiva.
Entretanto o grande acontecimento para a consolidação do direito à
saúde tal como é visto hoje ainda estava por vir. Hésio Cordeiro elucida:
Decidiu-se convocar a VIII Conferência Nacional de Saúde, através de
decreto presidencial, marcando-se sua realização para 17 a 21 de março
de 1986, em Brasília. A conferência seria precedida de pré-conferências e
reuniões estaduais preparatórias a serem realizadas em todo o país e
seriam elaborados documentos técnicos que serviriam de base para estas
reuniões prévias e de teses a serem debatidas na VIII CNS. Para a presidência da VIII CNS foi designado o prof. Antônio Sérgio da Silva Arouca,
presidente da Fiocruz, ficando a vice-presidência com o dr. Francisco
Xavier Beduschi, superintendente da SUCAM e Guilherme Rodrigues da
Silva, da FMUSP foi designado relator geral. Os temas propostos foram:
'Saúde como Direito', 'Reformulação do Sistema Nacional de Saúde' e
'Financiamento do Setor'.
,—Hésio Cordeiro
Nesse sentido, revela Waldir Pires, Ministro da Previdência Social
no governo Sarney (1985-1990):
A Previdência Social em 1985 era apontada como falida. Diziam,
até, os céticos, os inadvertidos, ou os que se movem por interesses pessoais e subalternos, que era inviável. Uma conspiração difursa, por alguns
não confessada, mas insistente, anunciava seu fim, indispensável, como
responsabilidade do Estado, para salvá-lo e para preservar-lhe o Tesouro
Público. Porque o déficit da Previdência, insistente, catastrófico, seria
irrecuperável.—Waldir Pires
A retórica da inviabilidade da previdência social e de um sistema de
saúde deficitário - advinda dos defensores do neoliberalismo - e
exemplificadas nos modelos político-econômicos implantados na Inglaterra,
por Thatcher,
no Chile,
por Pinochet e
nos Estados
Unidos,
por Reagan ganhava força na sociedade. Por isso, o sistema de saúde
vigente à época deveria ser privatizado.
Hésio Cordeiro expõe:
(...) o ministro Francisco Dornelles, preparando-se para assumir
o Ministério da Fazenda do governo Tancredo Neves ditava a máxima: 'não
se deve entregar o Ministério da Previdência a nenhum amigo'. A 'massa
falida', exemplo da inviabilidade da administração pública, na visão neoliberal, só poderia ter um destino: a privatização. A começar pela assistência
médico-hospitalar, cujo espólio deveria ser apropriado pelo seguro-saúde
privado, no sentido de promover um corte na capitalização precária da
saúde no sentido de uma organização mais tipicamente capitalista do
complexo médico-empresarial. 4
Hésio Cordeiro
Conhecimentos Específicos
Plenária da 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em março de
1986, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília.
3
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Foram ao todo 1.000 delegados com direito a voto e cerca de 3.000
participantes. A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história
do SUS por vários motivos. Ela foi aberta por José Sarney, o primeiro
presidente civil após o regime militar, e foi a primeira CNS a ser aberta à
sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da
Reforma Sanitária, muito em função do relatório final da Conferência ter
servido como base para os debates na Assembleia Constituinte, visto que
representavam demandas do movimento popular.
esforços e investimentos em zonas territoriais com piores índices
e déficits na prestação do serviço público.
Em Dos Princípios Fundamentais, artigo 3º, incisos III e IV, a
Constituição configura como um dos objetivos da República “reduzir as
desigualdades sociais e regionais” e "promover o bem de todos".
Descentralização
Está estabelecido em Da Saúde, artigo 198, que “as ações e serviços
públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de
governo [...]”. Por isso, o Sistema Único de Saúde está presente em todos
os níveis federativos - União, Estados, Distrito Federal e Municípios - de
forma que o que é da alçada de abrangência nacional será de
responsabilidade do Governo Federal, o que está relacionado à
competência de um Estado deve estar sob responsabilidade do Governo
Estadual, e a mesma definição ocorre com um Município. Dessa forma,
busca-se um maior diálogo com a sociedade civil local, que está mais perto
do gestor, para cobrá-lo sobre as políticas públicas devidas.
Além disso, a 8ª CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e
Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os
governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a
seção Da Saúde (artigo 196 até o artigo 200) da Constituição de 1988.
A Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública
brasileira ao definir, como já mencionado, a saúde como "direito de todos e
dever do Estado".
A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o
SUDS, com a universalização do atendimento; depois a incorporação do
INAMPS ao Ministério da Saúde, com o Decreto nº 99.060 6 e por fim a Lei
Orgânica da Saúde, nº 8.080,2 que fundou e operacionalizou o SUS.
Participação social
Em poucos meses foi lançada a lei nº 8.142,7 que imprimiu ao SUS
uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a
participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só
foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689.8
Também está prevista no mesmo artigo 198, inciso III, a “participação
da comunidade” nas ações e serviços públicos de saúde, atuando na
formulação e no controle da execução destes. O controle social, como
também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela já citada Lei nº
8.142/90.7 Os usuários participam da gestão do SUS através das
Conferências da Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os
níveis federativos - União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os
usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os
trabalhadores outro quarto. Busca-se, portanto, estimular a participação
popular na discussão das políticas públicas da saúde, conferindo maior
legitimidade ao sistema e às ações implantadas.
Os Princípios constitucionais do SUS
Uma leitura mais atenta da seção Da Saúde, (artigo 196 até o artigo
200) da Constituição, permite auferir que esta (a Constituição) estabeleceu
cinco princípios básicos que orientam o sistema jurídico em relação ao
SUS. São eles: a universalidade, a integralidade, a equidade, a
descentralização e a participação popular.
Universalidade
Não obstante, observa-se que o Constituinte Originário de 1988 não
buscou apenas implantar o sistema público de saúde universal e gratuito no
país, em contraposição ao que existia no período militar, que favorecia
apenas os trabalhadores com carteira assinada. Foi além e estabeleceu
também princípios que iriam nortear a interpretação que o mundo jurídico e
as esferas de governo fariam sobre o citado sistema. E a partir da leitura
desses princípios, nota-se a preocupação do Constituinte em reforçar a
defesa do cidadão frente ao Estado, garantindo meios não só para a
existência do sistema, mas também para que o indivíduo tenha voz para
lutar por sua melhoria e maior efetividade.
Este princípio pode ser auferido a partir da definição do artigo 196, que
considerou a saúde como um “direito de todos e dever do Estado”. Dessa
forma, o direito à saúde se coloca como um direito fundamental de todo e
qualquer cidadão, sendo considerado até mesmo cláusula pétrea ou seja,
não pode ser retirada da Constituição em nenhuma hipótese, por constituir
um direito e garantia individual, conforme a Seção Do Processo
Legislativo, artigo 60, parágrafo 4, inciso IV.
Por outro lado, o Estado tem o dever de garantir os devidos meios
necessários para que os cidadãos possam exercer plenamente esse direito,
sob pena de o estar restringindo e não cumprindo a sua função.
Referências
Ir para cima↑ "20 anos do SUS". Site Oficial do Conselho Nacional de
Saúde. Consultado em 24 de novembro de 2012.
↑ Ir para:a b Casa Civil da Presidência da República. Lei nº 8.080, de
19 de setembro de 1990.
Ir para cima↑ ASENSI, F. D. Indo além da judicialização: O
Ministério Público e a saúde no Brasil. Rio de Janeiro : Escola de Direito
do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas, Centro de Justiça e
Sociedade, 2010, p. 35.
↑ Ir para:a b c d CORDEIRO, H. Sistema Único de Saúde. Rio de
Janeiro: Ayuri Editorial, 1991. pp. 37, 38, 63, 65.
Ir para cima↑ PIRES, W. Prefácio. In: CORDEIRO, H. Sistema Único
de Saúde. Rio de Janeiro: Ayuri Editorial, 1991. pp. 13-14.
Ir para cima↑ Câmara dos Deputados. Decreto nº 99.060, de 7 de
Março de 1990.
↑ Ir para:a b Casa Civil da Presidência da República. Lei nº 8.142, de
28 de dezembro de 1990.
Ir para cima↑ Casa Civil da Presidência da República. Lei nº 8.689, de
27 de julho de 1993.
Ir para cima↑ Repasses financeiros. SUS. Página visitada em 10 de
novembro de 2013.
Ir para cima↑ Indicadores de saúde. Portal da Saúde_MS (2013).
Notas
Ir para cima↑ Conforme o relatório Demografia Médica no Brasil -Vol.2,
pág.51 - Conselho Federal de Medicina - fevereiro de 2013
Legislação
Legislação fundamental
Integralidade
A integralidade, conforme o artigo 198, no seu inciso II, confere ao
Estado o dever do “atendimento integral, com prioridade para as atividades
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais” em relação ao acesso
que todo e qualquer cidadão tem direito. Por isso, o Estado deve
estabelecer um conjunto de ações que vão desde a prevenção à
assistência curativa, nos mais diversos níveis de complexidade, como
forma de efetivar e garantir o postulado da saúde. Percebe-se, porém, que
o texto constitucional dá ênfase às atividades preventivas, que,
naturalmente, ao serem realizadas com eficiência, reduzem os gastos com
as atividades assistenciais posteriores.
Equidade
O princípio da equidade está relacionado com o mandamento
constitucional de que “saúde é direito de todos”, previsto no já mencionado
artigo 196 da Constituição. Busca-se aqui preservar o postulado
da isonomia, visto que a própria Constituição, em Dos Direitos e Deveres
Individuais e Coletivos,artigo 5º, institui que “todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza”.
Logo, todos os cidadãos, de maneira igual, devem ter seus direitos à
saúde garantidos pelo Estado. Entretanto, as desigualdades regionais e
sociais podem levar a inocorrência dessa isonomia, afinal uma área mais
carente pode demandar mais gastos em relação às outras. Por isso, o
Estado deve tratar "desigualmente os desiguais", concentrando seus
Conhecimentos Específicos
4
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de
outubro de 1988 — Título VIII ("Da Ordem Social"), Capítulo II ("Da
Seguridade Social"), Seção II ("Da Saúde").
Legislação básica
Lei nº 8.080 , de 19 de setembro de 1990 — Lei Orgânica da Saúde.
Lei nº 8.142 , de 28 de dezembro de 1990 — Dispõe sobre a
participação da comunidade e transferências intergovernamentais.
Lei nº 8.689 , de 27 de julho de 1993 — Extingue o INAMPS (Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social).
Decreto nº 1.232 , de 30 de agosto de 1994 — Regulamenta o repasse
financeiro dos fundos que envolvem a saúde pública.
Portarias do Ministério da Saúde
Portaria GM/MS nº 2.203, de 5 de novembro de 1996 — Norma
Operacional Básica do Sistema Único de Saúde (NOB; disponível em PDF).
Portaria GM/MS nº 1.886, de 18 de dezembro de 1997 — Programa de
Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programa de Saúde da Família
(PSF).
Portaria GM/MS nº 3.916, de 30 de outubro de 1998 — Política
Nacional de Medicamentos.
Portaria GM/MS nº 3.925, de 13 de novembro de 1998 — Manual para
a Organização da Atenção Básica no Sistema Único de Saúde.
Lei nº 9.782 , de 26 de janeiro de 1999 — Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA).
Lei nº 9.787 , de 10 de fevereiro de 1999 — Medicamento genérico.
Lei nº 9.961 , de 28 de janeiro de 2000 — Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).
Portaria GM/MS n. º 95, de 26 de janeiro de 2001 — Norma
Operacional da Assistência à Saúde (NOAS-SUS 2001; disponível em
PDF).
Portaria GM/MS n. º 17, de 5 de janeiro de 2001 (republicada em 16 de
fevereiro) — Cadastro Nacional de Usuários do Sistema Único de Saúde
(em PDF.
Portaria GM/MS nº 373, de 26 de fevereiro de 2002 — Norma
Operacional da Assistência à Saúde (NOAS-SUS 2002; disponível em
PDF).
A ética e a moral têm uma grande influência na cidadania, pois dizem
respeito à conduta do ser humano. Um país com fortes bases éticas e
morais apresenta uma forte cidadania.
O que é Ética:
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao
caráter. Ética é diferente de moral, pois moral se fundamenta na obediência
a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e
a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano.
Na filosofia, a ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para
encontrar o melhor modo de viver; a busca do melhor estilo de vida. A ética
abrange diversos campos, como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, política, e até mesmo educação física e dietética.
Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um
pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a
dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns
profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um
político e até mesmo um professor. Para estes casos, é bastante comum
ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial e
ética pública.
A ética pode ser confundida com lei, embora que, com certa frequência
a lei tenha como base princípios éticos. Porém, diferente da lei, nenhum
indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a
estas; mas a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas pela ética.
Ética no Serviço Público
O tema da ética no serviço público está diretamente relacionada com a
conduta dos funcionários que ocupam cargos públicos. Tais indivíduos
devem agir conforme um padrão ético, exibindo valores morais como a boa
fé e outros princípios necessários para uma vida saudável no seio da
sociedade.
Noções de ética e cidadania;
Quando uma pessoa é eleita para um cargo público, a sociedade deposita nela confiança, e espera que ela cumpra um padrão ético. Assim,
essa pessoa deve estar ao nível dessa confiança e exercer a sua função
seguindo determinados valores, princípios, ideais e regras. De igual forma,
o servidor público deve assumir o compromisso de promover a igualdade
social, de lutar para a criação de empregos, de desenvolver a cidadania e
de robustecer a democracia. Para isso ele deve estar preparado para pôr
em prática políticas que beneficiem o país e a comunidade a nível social,
econômico e político.
O que é Ética e Cidadania:
Ética e cidadania são dois conceitos fulcrais na sociedade humana. A
ética e cidadania estão relacionados com as atitudes dos indivíduos e a
forma como estes interagem uns com os outros na sociedade.
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao
caráter. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser”
ou “caráter”.
Um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz
de pensar de forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e desaprender
quando necessário, elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente
os casos de corrupção no âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não trabalham de forma ética.
Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em
que vive. O termo cidadania vem do latim, civitas que quer dizer “cidade”.
Um dos pressupostos da cidadania é a nacionalidade, pois desta forma
ele pode cumprir os seus direitos políticos. No Brasil os direitos políticos
são orquestrados pela Constituição Federal. O conceito de cidadania tem
se tornado mais amplo com o passar do tempo, porque está sempre em
construção, já que cada vez mais a cidadania diz respeito a um conjunto de
parâmetros sociais.
Ética Imobiliária
A ética no ramo imobiliário diz respeito à forma como os agentes ou
corretores imobiliários interagem com os possíveis clientes.
No mercado imobiliário, um dos valores mais importantes é a credibilidade, que é um valor que se conquista trabalhando de forma ética. Muitos
agentes imobiliários forçam uma venda ou um imóvel, sendo que muitas
vezes escondem detalhes que sabem que irão prejudicar o cliente no
futuro. Trabalhar de forma ética é pensar no bem comum e deixar o individualismo para trás. O profissional deve procurar a satisfação mútua das
partes. Quando um negócio é conduzido e fechado e forma ética, a probabilidade da fidelização do cliente é muito maior.
A cidadania pode ser dividida em duas categorias: cidadania formal e
substantiva. A cidadania formal é referente à nacionalidade de um indivíduo
e ao fato de pertencer a uma determinada nação. A cidadania substantiva é
de um caráter mais amplo, estando relacionada com direitos sociais, políticos e civis. O sociólogo britânico T.H. Marshall afirmou que a cidadania só
é plena se for dotada de direito civil, político e social.
O mundo imobiliário lida com mercadorias intangíveis, como a ética, o
bom senso, a criatividade, o profissionalismo, o conhecimento do produto,
etc. Desta forma, um agente imobiliário inteligente, profissional e ético atua
com justiça e decência, sabendo que o âmago da sua profissão não é lidar
com imóveis e sim construir relações saudáveis e tornar sonhos em realidade.
Com o passar dos anos, a cidadania no Brasil sofreu uma evolução no
sentido da conquista dos direitos políticos, sociais e civis. No entanto, ainda
há um longo caminho a percorrer, tendo em conta os milhões que vivem em
situação de pobreza extrema, a taxa de desemprego, um baixo nível de
alfabetização e a violência vivida na sociedade.
Conhecimentos Específicos
5
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O empresário Fábio Azevedo afirma que: "Para vender com ética, primeiro, venda para você mesmo, depois compre de você mesmo, se você
ficar satisfeito, estará no caminho."
• Monitorar o ganho de peso durante o primeiro mês de vida e as condições
da amamentação
• Verificar os testes de triagem neonatal, como o teste do “pezinho”, reflexo
vermelho e triagem auditiva.
• Incentivo ao aleitamento materno
• Suplementação vitamínica - Vitaminas A e D.
• Avaliação emocional, relação mãe-filho
• Orientação sobre a importância do seguimento na unidade de saúde, bem
como a importância da imunização e cuidados com a higiene.
• Valorização da criança e da família
• Detecção no exame físico de alguma anormalidade e sua eventual correção
• A ficha de atendimento e seguimento para os recém-nascidos matriculados
é a preconizada pelo programa “Mãe Paulistana”.
Ética a Nicômaco
O livro intitulado "Ética a Nicômaco" é da autoria de Aristóteles e foi
dedicado ao seu pai, cujo nome era Nicômaco. Esta é a principal obra de
Aristóteles sobre Ética e é constituída por dez livros, onde Aristóteles é
como um pai que está preocupado com a educação e felicidade do seu
filho, mas também tem por objetivo fazer com que as pessoas pensem
sobre as suas ações, colocando assim a razão acima das paixões, procurando a felicidade individual e coletiva, porque o ser humano vive em sociedade e as suas atitudes devem ter em vista o bem comum. Nas obras
aristotélicas, a ética é vista como parte da política que precede a própria
política, e está relacionada com o indivíduo, enquanto que a política retrata
o homem na sua vertente social.
2. Consulta médica da criança
2.1 Monitorar o crescimento através da avaliação de peso, estatura, índice
de massa corporal, perímetro cefálico, utilizando gráficos de crescimento
preconizado pelo Ministério da Saúde. O acompanhamento segue um cronograma diferenciado por faixa etária.
2.2 Prevenção e tratamento dos distúrbios do crescimento infantil.
2.3 Acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor segundo escalas de desenvolvimento.
2.4 Prevenção dos distúrbios do desenvolvimento infantil considerando a
variação de ritmo e intensidade propícias para cada criança
2.5 Orientação nutricional
o Incentivo ao aleitamento materno
o Utilização de suplementos e vitaminas
o Orientação da alimentação no primeiro ano de vida
o Os dez passos da alimentação
o Alimentação do escolar e pré-escolar
o Hábitos, crenças, tabus e modismos alimentares.
o Prevenção de doenças agudas e crônicas com anemia, verminose, hipertensão arterial, diabetes e etc..
Para Aristóteles, toda a racionalidade prática visa um fim ou um bem e
a ética tem como propósito estabelecer a finalidade suprema que está
acima e justifica todas as outras, e qual a maneira de alcançá-la. Essa
finalidade suprema é a felicidade, e não se trata dos prazeres, riquezas,
honras, e sim de uma vida virtuosa, sendo que essa virtude se encontra
entre os extremos e só é alcançada por alguém que demonstre prudência.
Esta obra foi muito importante para a história da filosofia, uma vez que
foi o primeiro tratado sobre o agir humano da história.
O que é Cidadania:
Cidadania significa o conjunto dedireitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em
que vive. O termo cidadania vem do latim, civitas que quer dizer “cidade”.
Este conceito de cidadania está arraigado à noção de direito, precipuamente no que se refere aos direitos políticos, sem os quais o indivíduo não
poderá intervir, nos negócios do Estado, onde permite, participar direta ou
indiretamente do governo e na consequente administração, através do voto
direto para eleger ou para concorrer, a um cargo público da maneira indireta. A cidadania pressupõe direitos e deveres e a serem cumpridos pelo
cidadão que serão responsáveis pela sua vivencia em sociedade.
2.6 Detecção e tratamento dos distúrbios relacionados à alimentação como
obesidade e ganho inadequado de peso.
2.7 Incentivo para a prática de atividades físicas, como prevenção de sobrepeso e obesidade.
2.8 Recuperação da saúde: atendimento eventual, dirigido a toda criança de
0 a 10 anos, inscrita em qualquer atividade do programa da Saúde da Criança. Tal atendimento não deve ser substitutivo de outra atividade na qual a
criança está inscrita, mas uma continuidade e complementação dela.
2.9 Avaliação da situação vacinal conforme calendário oficial do Ministério
da Saúde.
2.10 Orientação quanto à prevenção de acidentes dentro e fora da residência, dando ênfase aos principais perigos os quais a criança esta exposta.
2.11 Controle de Saúde Institucional: Atividade programada, dirigida às
crianças pertencentes a creches e instituições na área de atuação do Centro
de Saúde Escola. Serão desenvolvidas ações de caráter educativo e de
controle de crescimento e desenvolvimento, operacionalmente adequados e
em comum acordo com a situação institucional.
Um dos pressupostos da cidadania é a nacionalidade, para que possa
o cidadão exercer seus direitos políticos. Porém há indivíduos, que apesar
de serem nacionais de um Estado, não estão investidos de direitos políticos, que podem ter sido cassados ou negados, como por exemplo, temos
os presidiários que são impedidos de votar. Os direitos políticos são regulados no Brasil pela Constituição Federal, sendo o alistamento eleitoral e o
voto, obrigatórios para os maiores de 18 anos, porém é facultativo para os
analfabetos, pessoas com 16 e 17 anos e para indivíduos com mais de 70
anos.
A Constituição proíbe alistamento eleitoral dos estrangeiros e dos brasileiros em serviço militar obrigatório. A cidadania requer que o indivíduo
como habitante da cidade, como diz a raiz da palavra, cumpra seus deveres, e como um indivíduo de ação possa realizar tarefas para seu bem e
também para o maior desenvolvimento da comunidade onde vive, uma vez
que os problemas da cidade dizem respeito a todos os cidadãos.
3. Atendimento do Adolescente
3.1 Deve ser realizada em múltiplos níveis uma vez que o adolescente é
adverso à consulta médica
3.2 Ter uma visão global das alterações biopsicosociais por qual passa esta
faixa etária
3.3 Promover o interesse do adolescente em frequentar a unidade de saúde
3.4 Garantir ao adolescente sigilo absoluto do que será discutido e deixar
claro que este não será respeitado se houver risco de vida do próprio menor
ou de uma terceira pessoa
3.5 Monitorar o crescimento e desenvolvimento através das medidas de
peso, estatura e circunferência abdominal
3.6 Detecção e tratamento dos distúrbios de desenvolvimento como baixa
estatura e puberdade precoce, entre outros, através da avaliação por gráficos de crescimento e critérios de Tanner
3.7 Prevenção de distúrbios alimentares os quais podem levar á obesidade e
distúrbios do metabolismo.
3.8 Verificar aspectos sócio educacionais importantes como condições de
moradia e escolaridade
3.9 Dar ênfase aos aspectos emocionais por quais passam esta faixa etária
A cidadania é exercida pelo indivíduo, por grupos e até instituições que
através do empoderamento, isto é, através do poder que tem para realizar
tarefas sem necessitar de autorização ou permissão de alguém, realizam
ações ocasionando mudanças que as levam a evoluir e se fortalecer,
participando em comunidades, em políticas sociais, participando ativamente
de ONGs através do voluntariado, onde acontecem ações de solidariedade,
para o bem da população excluída das condições de cidadania. Estas
organizações conseguem complementar o trabalho do Estado, realizando
ações onde ele não consegue chegar. http://www.significados.com.br/eticae-cidadania/
Saúde da criança, adolescente;
Consulta Médica
1. Consulta do Recém-nascido
• Verificar as condições de nascimento e todos os possíveis problemas
relacionados à gravidez ao parto e período neonatal imediato
Conhecimentos Específicos
6
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e tentar evidenciar na consulta possíveis problemas de relacionamento intra
ou extra-familiar.
3.10 Orientar sobre atividade sexual, prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis e possível gravidez.
3.11 Prevenção do uso de drogas lícitas e ilícitas.
3.12 Ação nas instituições: Atividade programada, dirigida aos adolescentes
e aos profissionais das instituições da área de atuação do Centro de Saúde
Escola. Serão desenvolvidas ações de caráter educativo e de controle dos
fatores de risco aos quais estão submetidos.
necessidades levantadas após as visitas e consultas a estes.
Projeto de Prevenção e Promoção da Saúde de Crianças e Adolescentes
Instrumentos de avaliação de indicadores de saúde adulto e idoso;
1. Introdução
De acordo com as diretrizes do Sistema Único de Saúde a promoção e
prevenção encontra-se como uma das premissas básicas no atendimento à
população.
Promovendo a Saúde e Prevenindo a Dependência: identificando
indicadores de fragilidade em idosos independentes
- Grupos de orientação no CSEGPS, ao pré-escolar e escolar (3-10 anos)com temas de interesse para a idade. Tais temas podem ser sobre:
nutrição, higiene, rendimento escolar e aspectos emocionais.
- Trabalho com as famílias em grupos de orientação, em que se dará maior
importância para o entendimento pelo qual o adolescente está passando e
tentar minimizar os problemas na medida do possível.
Renato Peixoto Veras
INTRODUÇÃO
2. Objetivo Geral
Atuar na prevenção e promoção da saúde biopsicosocial e dos agravos
nutricionais de crianças e adolescentes, em sua maioria em situação de
risco nas instituições-abrigos da área de abrangência do Centro de Saúde
Escola “Geraldo de Paula Souza”.
O envelhecimento populacional, um fenômeno observado em vários
países, vem sendo alvo de preocupações nas várias esferas e implica
mudanças nos diversos setores de atenção, seja público ou privado.
Este segmento etário não é homogêneo. Mais de 80% das pessoas idosas estão bem de saúde, mantendo sua independência e autonomia,
podendo exercer todas as atividades próprias para uma pessoa de sua
idade. Por outro lado, os 20% que formam o grupo dos menos saudáveis
utiliza os serviços de saúde de forma muito mais intensa e suas doenças,
na maioria das vezes, são crônicas, de longa duração, e requerem equipes
de saúde qualificadas, exames sofisticados e de alto custo.25
3. Objetivos Específicos
Conhecer as instituições, sua dinâmica e população
Identificar junto às instituições necessidades quanto à promoção da saúde e
prevenção dos agravos nutricionais à saúde dos adolescentes
Conhecer as necessidades dos educadores e familiares, quanto aos cuidados dessas crianças e adolescentes
Integrar os profissionais do CSE para atenção multiprofissional nas ações de
promoção e prevenção.
Observa-se um esforço, sobretudo do setor privado, para equacionar
uma situação que vem se tornando um problema que afeta diretamente os
custos das operadoras de saúde suplementar. No entanto, ainda é precária
a infra-estrutura para atender de modo eficiente às necessidades desse
segmento populacional. Os problemas dos idosos são muitos e diversificados, afetando significativamente a qualidade de vida, produzindo estresse
familiar e gerando enorme ônus financeiro.24
4. Etapas
I. Visitas agendadas às instituições-abrigos da área de abrangência com
objetivo de conhecer o espaço físico e colher dados junto aos coordenadores a respeito do público-alvo e trabalho realizado.
II. Levantamento de demandas das instituições, em especial relativas às
possíveis ações em promoção e prevenção de saúde, tais como:
a) Trabalho terapêutico e educativo com mães e bebês da Casa da Mamãe
II, englobando aspectos de saúde física e mental de ambos;
b) Trabalho com crianças e adolescentes das instituições.
c) Trabalho com os educadores dos abrigos englobando aspectos da saúde
da criança (cuidados de higiene, nutrição, desenvolvimento da criança e do
adolescente, sexualidade, limites, etc) com a finalidade de fornecer subsídios para o trabalho destes com as crianças/adolescentes.
d) Trabalho com crianças/adolescentes e seus familiares/ responsáveis com
o objetivo de manter e fortalecer o vínculo ocorrido durante o abrigamento,
além de abordar aspectos relacionados à saúde física e mental das famílias.
Diante deste cenário, o setor saúde ainda busca meios eficazes que
possam equacionar adequadamente os problemas que acompanham o
processo de envelhecimento. Uma das formas de alcançar sucesso nessa
empreitada está relacionada à construção de novos modelos de atenção.
Modelos estes que fujam da prática hospitalocêntrica e partam para a
identificação precoce de problemas que podem ser tratados no âmbito
ambulatorial.
A adoção desta nova prática requer uma visão ampla dos problemas
que possivelmente poderão aparecer, caso não haja uma mudança intensa
no modo de pensar a atenção à saúde do idoso. Os idosos que mais necessitam de atenção são aqueles que apresentam maior grau de fragilidade, ou seja, maior potencial de adoecer gravemente, de recorrer a sucessivas internações, de sofrer quedas e outros eventos mórbidos graves –
enfim, aqueles com uma maior pluralidade de problemas nos campos
médico, psíquico e socioeconômico.
5. Áreas de atuação profissionais que devem fazer parte do projeto
Pediatria, saúde mental, nutrição, serviço social, enfermagem, e ginecologia
6. Modo de Funcionamento
e) Atividades educativas/terapêuticas nas instituições
f) Atividades educativas/terapêuticas no CSEGPS
g) Atendimento individual às crianças e adolescentes quando necessário
7. Ações
- Grupos de orientação na Casa Mãe Menina II, para as mães adolescentes,
quanto ao crescimento e desenvolvimento dos bebês e suas necessidades
biopsicosociais.
Estes grupos deverão ocorrer às sextas feiras, das 9 às 11 horas. As aprimorandas da PUC já estiveram lá e acertaram esse horário.
Os grupos ocorrerão no período de 27/04 até 27/05
A fragilidade reflete alterações fisiológicas da idade que não são específicas de doenças. Geralmente se apresenta na forma de sinais e sintomas
como fraqueza, fadiga, perda do apetite, desnutrição, desidratação e perda
de peso, além das síndromes geriátricas, tais como as anormalidades do
equilíbrio e de marcha, o condicionamento físico precário, a confusão
mental, a incontinência fecal e urinária, a depressão e a alta dependência.6
Um dos processos mais adequados, para responder a este problema
está relacionado à prática de rastreamento e identificação de idosos com
indicadores de fragilidade, qual seja, um modelo centrado na avaliação da
capacidade funcional.24
Algumas situações, como a falta de profissionais habilitados, impedem
um manejo adequado com essa população, sobretudo nos consultórios
médicos, onde a atenção ao idoso se dá de forma fragmentada. Isto ocorre,
sobretudo, pela dificuldade de se identificar corretamente os idosos com
risco de adoecer gravemente, os idosos com risco de hospitalização e
idosos susceptíveis de perder a capacidade de desempenhar as atividades
de vida diária.
- Trabalho com educadores, com grupos de orientação quanto à sexualidade, prevenção de DST/AIDS, gravidez na adolescência, nutrição, entre
outros assuntos e discussão das dificuldades encontradas na relação com
as crianças e adolescentes, quanto ao desenvolvimento biopsicosocial
dessas.
- Grupos de orientação no CSEGPS para o adolescente, de acordo com as
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Este estudo se propõe a apresentar os dados de uma avaliação dos idosos de um Centro de Convivência e teve como objetivo identificar, entre
os saudáveis, uma parcela acometida por problemas silenciosos, que são
identificados somente com um instrumental e um olhar específico do campo
da Geriatria. Tais idosos, possivelmente, serão aqueles que mais consumirão, e de forma inadequada, os recursos a eles oferecidos.
As variáveis utilizadas neste perfil foram: idade, gênero, estado civil,
escolaridade, bairro onde reside. As idades variaram de 53 a 90 anos,
sendo 70 anos a média de idade do grupo. Quanto ao gênero, 86% eram
do sexo feminino, proporção consonante com os demais espaços de convivência. Em geral, as mulheres são as que mais buscam essas atividades.
No que se refere ao estado civil, 64% encontravam-se nas categorias
de viúvo, solteiro ou separado, o que chama a atenção para a necessidade
de espaços de convivência capazes de evitar problemas como a solidão e o
isolamento.
Os problemas silenciosos e visíveis apenas após uma avaliação funcional são aqueles que mais induzem os indivíduos a buscarem várias
especialidades, porém, infelizmente, de forma fragmentada, o que certamente produzirá efeitos iatrogênicos e que, possivelmente, terão como
desfecho as sucessivas internações hospitalares.
Quanto à escolaridade, a maioria (40%) encontrava-se no grupo daqueles que frequentaram a escola por mais de 12 anos. No que se refere à
população idosa do Brasil, isto representa um bom padrão de escolaridade,
pois, segundo dados do IBGE, a maioria dos idosos do país possui baixo
grau de instrução (menos de 4 anos de estudo).
MÉTODOS
Entre os meses de outubro de 2005 a setembro de 2006, 430 idosos
ingressaram nas atividades de um Centro de Convivência da Zona Norte do
Rio de Janeiro e foram submetidos à avaliação do risco de internação
hospitalar, avaliação da capacidade funcional e um inquérito sobre morbidade auto-referida. Uma subamostra foi selecionada para apresentação
dos dados referentes à avaliação funcional e morbidade auto-referida.
No que se refere à área de residência, residem na Zona Norte nos bairros do Andaraí, Maracanã, Méier, Vila Isabel, Rio Cumprido e Tijuca –
sendo este o bairro de maior concentração, com 40% dos idosos.
Etapa 1. Avaliação da probabilidade de admissão hospitalar
O estudo compreendeu três etapas: 1. avaliação do risco de admissão
hospitalar; 2. avaliação do desempenho funcional; e 3. avaliação focada
nos principais problemas para a análise dos indicadores de fragilidade.
A maioria não apresentou risco de admissão hospitalar. Dentre os idosos avaliados, 12% apresentaram risco que variou entre baixo, médio e
alto. Intervir neste grupo implica diminuir o número de internações e, consequentemente, custos decorrentes da taxa de ocupação de leitos e taxa
de permanência, que nos idosos é sempre maior que nos demais estratos
etários.
As etapas 1 e 2 foram executadas por uma assistente social e uma enfermeira que, após treinamento, aplicaram instrumentos específicos da
prática geriátrica para rastrear déficits funcionais e identificar riscos de
internações hospitalares.
Etapa 2. Avaliação do desempenho funcional
A etapa 3 foi executada por uma geriatra, que analisava a avaliação inicial e imediatamente realizava uma avaliação focada nos principais problemas detectados, com o objetivo de estabelecer condutas adequadas aos
idosos com indicadores de fragilidade.
Para apresentar os dados referentes ao desempenho funcional, selecionamos as variáveis que mais se destacaram e podem ser visualizadas
no gráfico 1: acuidade visual, acuidade auditiva, continência urinária, atividades da vida diária, nutrição, estado mental, distúrbios do humor, ambiente domiciliar e suporte social.
Na etapa 1, para avaliar a probabilidade de admissão hospitalar, foi aplicado um instrumento composto de oito variáveis analisadas em um
pacote estatístico, com o objetivo de identificar aqueles idosos com maior
risco de recorrer à hospitalização em decorrência de quadros agudos.4
Gráfico 1 - Número de idosos que apresentaram comprometimento
quando avaliadas as áreas de visão, audição, continência urinária, atividade de vida diária, estado mental, humor, estado nutricional e problemas no
domicílio.
Este conjunto de variáveis, denominado Triagem Rápida, passou por
uma tradução direta a partir de seu original na língua inglesa e seu uso
oferece algumas vantagens, como: ser de fácil e rápida aplicação, com
duração média de dois minutos, e de fácil compreensão tanto para o entrevistador como para o idoso.12
Na etapa 2, para a avaliação do desempenho funcional, foi utilizado um
instrumento que contempla onze áreas funcionais. São elas: visão, audição,
função de braços e pernas, continência urinária, nutrição, estado mental,
distúrbio do humor, atividades de vida diária, ambiente no domicílio e
possibilidade de suporte social.11 Ainda nesta etapa eram colhidas informações acerca das principais patologias apresentadas pelo idoso. Estes eram
arguidos sobre a presença ou não das seguintes condições: tonteira, perda
visual, AVC, tremor, hipercolesterolemia, diabete mellitus, problema urinário, hipertensão arterial, catarata, perda auditiva, perda ponderal, glaucoma,
esquecimento e distúrbios osteoarticulares.
Acuidade visual
No que tange à perda visual, 13,6% apresentaram déficit no teste. Este
problema foi frequente entre os idosos, seja pelas alterações funcionais
induzidas pelo envelhecimento, seja pela maior prevalência de doenças
comprometendo a visão.
Terminadas essas avaliações, o idoso passava a etapa 3, para uma
consulta com a geriatra que, de posse desse conjunto de informações,
apresentava a impressão diagnóstica, estabelecia condutas pontuais e o
encaminhava, quando necessário, para uma avaliação geriátrica ampla em
consultório especializado.
Nos EUA, para cada grupo de 1000 pessoas entre zero e 54 anos, 6,01
apresentam algum grau de perda visual. Entre 55 e 84 anos, esse número
sobe para 104 pessoas em cada 1.000, e é de 216 pessoas em cada 1.000
indivíduos acima de 85 anos. A perda visual é a terceira causa de dependência para a realização de atividades de vida diária entre idosos nos
EUA.26
A pesquisa foi conduzida dentro dos preceitos éticos da Resolução de
Helsinki e das normas da Resolução nº 196/1996, da Comissão Nacional
de Ética em Pesquisa (CONEP).
RESULTADOS
Grande parte dessa perda visual não chega a ser diagnosticada e, portanto, não recebe tratamento, somando-se e agravando outras incapacidades funcionais. Dentre as alterações visuais devidas ao envelhecimento e
as secundárias a outras patologias, as maiores causas de perda visual
entre idosos são: degeneração senil da mácula, retinopatia diabética,
glaucoma e catarata.
Inicialmente será apresentado o Perfil sociodemográfico dos idosos avaliados. A seguir, os resultados serão apresentados de acordo com cada
etapa do estudo: etapa 1. avaliação do risco de admissão hospitalar; etapa
2. avaliação do desempenho funcional; e etapa 3. avaliação focada nos
principais problemas para a análise dos indicadores de fragilidade.
Perfil sociodemográfico dos idosos avaliados
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Perracini22 acrescenta que as complicações provocadas pela perda visual são numerosas e podem ter graves consequências médicas, além do
forte impacto sobre a qualidade de vida do idoso. Incluem maior tendência
a quedas, com todo o seu cortejo mórbido; intoxicações alimentares e
mesmo envenenamentos pela dificuldade para ler rótulos e os prazos de
validade de medicamentos. Ademais, pode favorecer a ocorrência de
acidentes no domicílio, ao se tropeçar em tapetes e objetos baixos e não
perceber desníveis e degraus. Também são muito comuns os acidentes na
rua que ocasionam quedas e atropelamentos.
No grupo estudado, o percentual de idosos com comprometimentos
nas atividades de vida diária era muito pequeno, porém necessariamente
deveria ser avaliado de maneira abrangente, evitando assim a instalação
de problemas maiores.
Nutrição
Entendida como um desvio do equilíbrio nutricional em um indivíduo, a
desnutrição pode se caracterizar tanto pela falta como pelo excesso de um
ou mais nutrientes no organismo.23
A menor velocidade para a leitura e diminuição da abrangência do
campo visual, traduzidos como dificuldade para ler, levam à perda de
interesse por uma atividade prazerosa e importante instrumento de integração social e atualização. Todos esses fatores favorecem a depressão, o
isolamento social, agravam co-morbidades e disfunções já presentes. Um
cuidadoso exame oftalmológico deve ser estimulado e repetido anualmente,
para identificar e corrigir, sempre que possível, esse agravo.
A nutrição é um importante determinante de saúde, adequada capacidade funcional física e cognitiva, vitalidade, qualidade de vida e longevidade. A quantidade e a variedade dos alimentos e a integração social promovida durante as refeições são importantes para o bem-estar psicológico das
pessoas. Quando há restrições a uma dieta equilibrada, sobrevém a desnutrição, com os efeitos deletérios sobre a saúde e o bem-estar que acarreta.
A carência global ou de um dos nutrientes necessários a homeostasia
provoca fragilidade, incapacidade funcional, agravação de co-morbidades
existentes, queda da vitalidade e susceptibilidade a novas doenças, aumento da morbidade e da mortalidade.
Acuidade auditiva
A presbiacusia é a terceira causa de incapacidade funcional em idosos,
com maior prevalência entre os homens. É um processo relacionado ao
envelhecimento quando não tiver sido causado por acidente de trabalho ou
doença.15 De grande importância dentre as afecções que acometem os
idosos, gera sentimentos de menor valia e inadequação, levando ao isolamento social, à depressão, e assim como a deficiência visual, também é
responsável pelo grande número de acidentes domésticos e na rua.
A desnutrição por excesso inclui a hipervitaminose e a obesidade. Obesidade é a forma mais comum de desnutrição entre idosos independentes, e pode mascarar uma carência protéica que é relativamente frequente,
grave e induz a um pior prognóstico nos casos de acidentes, doenças
agudas, cirurgias e fraturas.
O mesmo autor sustenta que não há tratamento clínico ou cirúrgico para recuperação da audição. O uso de órteses e técnicas de reabilitação
soluciona parcialmente o problema, pois nem todos os deficientes auditivos
vão se beneficiar dos mesmos. Mesmo dentre aqueles que poderiam se
beneficiar do uso das órteses, muitos não o fazem, seja pelo alto custo,
pelo preconceito, pela dificuldade de lidar com os controles e pelo pequeno
benefício em locais ruidosos. Com todas as dificuldades, o uso correto e
bem orientado das órteses pode recuperar uma boa qualidade de vida para
idosos totalmente isolados e deprimidos.
As formas mais frequentes de desnutrição no idoso são a obesidade, a
osteoporose e a hipoproteica. Agravam as doenças cardíacas, o câncer, o
AVC, o diabetes, e a osteoporose, doenças entre as dez principais causas
de morte nos idosos. Contribuem para a desnutrição: a desinformação, a
pobreza, a dificuldade para mudar hábitos alimentares errôneos, a presença de doenças crônicas, incapacidades funcionais, isolamento social,
polifarmácia, depressão, distúrbios cognitivos e desregulação do mecanismo de controle do apetite. A abordagem da desnutrição se faz, entre outras
coisas, com campanhas educativas e de esclarecimento, visitas regulares
ao geriatra, para identificação de desnutrição e suas causas, e orientação
nutricional para seu tratamento.
Continência urinária
A incontinência urinária é uma das grandes síndromes geriátricas, frequentemente negligenciada, subdiagnosticada e com alto grau de morbidade direta e indireta. Por ser uma situação que causa constrangimento, não
costuma ser mencionada às equipes de saúde, tendo que ser ativamente
buscada. O desconforto gerado determina isolamento social e perda da
auto-estima.13,14,19
Estado mental
Os testes de rastreio de declínio cognitivo têm o objetivo de detectar
pessoas que possivelmente estão começando a apresentar perdas. Uma
das razões importantes para a utilização destes em idosos é identificar em
estágio inicial algum tipo de demência.7
Os mesmo autores acrescentam que a incontinência urinária não tratada predispõe a infecções genito-urinárias que podem levar a uro-sepse,
maceração da pele facilitando a candidíase e formação de escaras; interrompe o sono e predispõe a quedas, sendo um dos principais fatores que
levam à institucionalização do idoso.
A demência é hoje um dos grandes problemas de saúde pública e seu
diagnóstico depende, além de uma avaliação clínica, do uso de testes que
demonstrem o declínio da memória, da percepção, linguagem, atividades
motoras, abstração e planejamento.1
Apesar de a doença poder acometer pessoas mais jovens, geralmente
é após os 60 anos que este problema começa a se manifestar. A demência
é uma doença, que apesar de todas as alterações que surgem, tem duração média de oito a dez anos após o aparecimento dos sintomas, podendo,
em alguns casos, apresentar uma expectativa de até vinte anos.
Existe tratamento eficaz, tanto clínico como cirúrgico, fato desconhecido por muitos idosos que sofrem as consequências danosas desse agravo
quando poderiam ter uma vida mais saudável e de melhor qualidade pela
intervenção correta.
Atividades de vida diária
Muitas vezes o diagnóstico da doença não acontece por falta de conhecimento deste processo por parte dos clínicos e, quando diagnosticada
corretamente, pode evitar uma série de outros problemas, como a condução inadequada do quadro, o uso de medicação ineficaz, o atraso na adoção de medidas de suporte ao idoso e à família, que oneram sobremaneira
o setor saúde.
A independência e dependência não são condições individuais. São situações que estão relacionadas à existência de outra pessoa ou a alguma
coisa. São condições que variam em seus aspectos gerais, tais como
afetividade, finanças, estado físico e cognitivo. Por exemplo, uma pessoa
pode estar temporariamente dependente de outra por alguma limitação
física, ao passo que outra pode ser complemente dependente por inabilidade cognitiva.
Distúrbios do humor
Um outro problema de igual importância na avaliação do idoso é a
depressão, muita vezes, não diagnosticada. Os distúrbios depressivos são
as formas mais frequentes de alteração do humor em pessoas idosas. O
reconhecimento desta patologia nos idosos é em geral difícil. Razão disto é
o fato de que os sintomas são, erroneamente, confundidos com
comportamentos esperados em pessoas idosas. Por outro lado, as
deteriorações cognitivas podem dificultar o estabelecimento de um
diagnóstico preciso.
O importante, porém, é não associar as sucessivas perdas, que comumente acometem os idosos, à perda de autonomia, visto que se trata de um
conceito inerente à capacidade de tomar decisões.
A dependência é um dos maiores problemas do envelhecimento.
Muitas vezes se configura em perda de espaço, de valores, de
autodeterminação, etc. Geralmente, decorre da condição de fragilidade, ou
seja, idosos mais vulneráveis às situações adversas e que afetarão o
desempenho nas atividades de vida diária.
Conhecimentos Específicos
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No teste de rastreio aplicado na amostra, 32% apresentavam estado
sugestivo da doença, o que requer melhor avaliação para fechar um
diagnóstico e estabelecer o tratamento.
Ambiente no domicílio
Os problemas no domicílio, tais como escadas sem corrimão, iluminação inadequada e tapetes soltos, são em grande parte responsáveis pelos
acidentes domésticos, podendo assim ocasionar quedas e problemas
maiores, como as fraturas.21
Investigar estas condições é fundamental para a prevenção de problemas maiores que podem influenciar negativamente no desempenho das
atividades de vida diária. Desta forma, a equipe fornecia orientações sobre
proceder nestes casos. Nos idosos aqui avaliados, 34% relataram alguma
alteração no domicílio.
Suporte social
A ausência de suporte social hoje, em nosso país, parece constituir um
grande problema, visto que não temos referências acerca dos recursos
existentes para a população idosa. No estudo realizado, apesar de a maioria dos idosos contar com uma rede composta por familiares, 11,5% da
amostra não contavam com este recurso. Isto vai incidir no uso indiscriminado de recursos e numa busca de atenção fragmentada e sem o devido
acompanhamento.
Etapa 3. Avaliação focada nos principais problemas para a análise
dos indicadores de fragilidade
Nesta etapa do estudo, a partir da morbidade auto-referida pelos 285
idosos, são elencados os principais problemas apresentados pelos sujeitos,
a saber: hipercolesterolemia, tonteira, diabetes mellitus, hipertensão arterial, catarata, depressão, esquecimento, distúrbios osteoarticulares e quedas. A distribuição percentual desses problemas está representada
no gráfico 2, e os problemassão discutidos a seguir. Nesta etapa também é
apresentada Avaliação Geriátrica Global.
Gráfico 2 - Número de idosos que referiram problemas de hipercolesterolemia, tonteira, diabetes mellitus, hipertensão arterial catarata, história
de depressão, queixa de esquecimento, queixas oestoarticulares e quedas.
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tos sociais.16 No grupo estudado, a prevalência foi de 22,4%, valor que se
encontra dentro da projeção estimada na literatura.
Diabetes Mellitus
A diabetes mellitus, embora em menor número de casos, faz com que
a alta morbidade que determina, se não for adequadamente tratada e
acompanhada, a coloque como um dos principais agravos entre idosos
avaliados. Nos EUA a prevalência de DM em indivíduos acima de 60 anos
incluídos em estudo da ADA de 1997 foi de 25%; destes, aproximadamente
50% foram diagnosticados no momento do estudo. No grupo estudado, a
prevalência foi de 14,7%.
Por não ter a apresentação clássica dos indivíduos mais jovens, pode
passar longo período sem ser diagnosticada, o que favorece o surgimento
de suas complicações, como retinopatia, nefropatia e neuropatia diabéticas,
responsáveis por condições clínicas altamente desfavoráveis, perda da
capacidade funcional, tratamentos onerosos e reinternações frequentes e
demoradas, por causa de suas complicações. Também está associada a
maiores incidência e gravidade das infecções de repetição, hipertensão
arterial e doença arterial coronariana.9,18
Hipertensão arterial
A hipertensão arterial sistêmica está fortemente ligada à ocorrência de
graves eventos cardiovasculares, como acidente vascular encefálico (maior
causa de dependência e óbito na faixa etária acima dos 60 anos), doença
arterial coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal
crônica – todas doenças de alta morbidade, tratamento e acompanhamentos longos e altamente dispendiosos e que causam frequentes reinternações.
Seu tratamento inclui, além de terapêutica medicamentosa, prática regular de atividade física, dieta para redução e/ou manutenção do peso
adequado e acompanhamento frequente dos níveis pressóricos.3,5
Na amostra avaliada, 56% dos idosos apresentaram quadro de hipertensão, muitos dos quais com uso incorreto de medicação ou com dose
com necessidade de ajustes.
Catarata
Uma das principais causas de diminuição da acuidade visual no idosos
é a catarata, opacidade do cristalino que ocorre progressiva e lentamente
com o avançar da idade, embora possa ter outras etiologias. No grupo
estudado, a prevalência foi de 29,1%.
Como é um agravo lentamente progressivo, pode passar despercebido
para o idoso, devido aos mecanismos de compensação de que ele, inconscientemente, lança mão. A opacidade do cristalino diminui a passagem de
luz, levando à diminuição da acuidade visual, dificuldade de adaptação a
ambientes de alta luminosidade, alteração da percepção das cores, perda
da sensibilidade para o contraste e diminuição da percepção de distância e
profundidade. Todas essas alterações são facilmente corrigidas através de
cirurgia com implante de lentes artificiais, um custo bastante pequeno, se
comparado aos custos das consequências de uma catarata não tratada.26
Depressão
Hipercolesterolemia
A hipercolesterolemia aparece em 45% dos idosos avaliados na amostra. Sua ligação com doenças cardiovasculares e síndrome metabólica
enfatiza a importância do tratamento desta condição e a necessidade de
acompanhamento regular para seu controle adequado.
Tonteira
Tonteira é uma queixa muito frequente entre idosos e pode estar relacionada a diversos fatores, dentre os quais efeitos colaterais de medicamentos e alterações no equilíbrio, devido a uma variedade de problemas
como alterações vestibulares, deficiência de vitamina B12, alterações
degenerativas da coluna cervical, déficits visuais e disfunções do sistema
nervoso central. Sua prevalência varia de 4 a 30% dos indivíduos acima de
65 anos, sendo mais frequente entre as mulheres. Está relacionada a
diversos agravos entre os idosos, além de piorar a qualidade de vida, pelas
limitações devidas ao medo de quedas, agravação de estados depressivos
e piora da auto-avaliação da saúde e diminuição da participação em even-
Conhecimentos Específicos
A depressão é um problema geralmente subdiagnosticado. O
profissional deve estar atento ao comportamento apresentado pelo idoso,
bem como aos demais aspectos biológicos e sociais que possam estar
interferindo nas condições de sua saúde.
Dentre as morbidades auto-referidas, 12% da amostra chegaram com a
história pregressa de depressão. Alguns em tratamento isolado, outros sem
medicações; No entanto, nenhum estava sendo acompanhado por um
geriatra.
Queixa de esquecimento
As queixas de esquecimento são em geral, muito comuns nas pessoas
idosas. Entretanto, tal situação acaba por passar despercebida na família e,
em alguns casos pelo próprio profissional da área da saúde. No estudo
realizado, 44,2% relataram o problema.
A queixa de esquecimento é tópico importante no campo da Geriatria,
devendo ser investigada e avaliada tanto na clínica, quanto com o uso de
instrumentos adequados. Uma queixa de esquecimento pode ser um sinali10
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
zador da instalação de declínio cognitivo ou de quadros mais importantes,
como as demências.2
Queixas osteoarticulares
Os problemas osteoarticulares são responsáveis pela perda de qualidade de vida, devido à dor crônica e de difícil resolução pelos métodos
terapêuticos atualmente disponíveis. Mais de 80% dos indivíduos acima de
55 anos têm evidências radiográficas de osteoartrite, a mais frequente das
causas de queixas osteoarticulares. As osteoartrites de quadril e joelho são
mais frequentes em mulheres e são as mais limitantes das doenças crônicas. Dentre os fatores modificáveis associados estão excesso de peso,
trauma, fatores mecânicos, fraqueza muscular, quantidade de massa
óssea, baixos níveis de estrogênio e deficiências nutricionais.8
Tal problema também favorece o isolamento social, pela dificuldade de
deambulação; perda da capacidade funcional levando à dependência;
depressão pela dor crônica e limitação funcional com restrição da mobilidade; predisposição a quedas com todo o seu cortejo mórbido. No grupo
avaliado, a queixa osteoarticular afetou 62% da amostra, o que requer uma
avaliação adequada, como, por exemplo, testes de equilíbrio de marcha.
Quedas
As quedas representam a principal causa de incapacidade entre os idosos.10 Entretanto, grande parte dos profissionais de saúde não se encontra preparada para enfrentar tal realidade, seja quanto à prevenção seja
quanto à necessidade de assistência imediata e adequada após a ocorrência da queda.
A queda não deve ser vista como um evento independente ou isolado,
e sim como um sintoma a ser investigado. Queda significa a perda do
equilíbrio postural, decorrente de fatores individuais isolados (aspectos
próprios do envelhecimento, associados ou não com aspectos patológicos)
e/ou fatores de incapacidade de superar a instabilidade causada por fatores
ambientais.20
Os mesmos autores sustentam que as quedas em indivíduos com 60
anos e mais de idade são tão frequentes que têm sido aceitas como uma
consequência inevitável, um efeito colateral “natural” do envelhecimento.
Tal observação repousa no fato de ocorrer cerca de uma queda por ano em
30% dos idosos que vivem em casa, e 50% daqueles institucionalizados.
Em torno de 47% das quedas ocorridas em idosos, surge algum tipo de
lesão e, destas, de 36 a 51% são caracterizadas como lesões graves. A
taxa de mortalidade desses agravos é significativa, pois no grupo de indivíduos com 65 anos ocorrem cerca de 50 óbitos por 100.000 habitantes /
ano. Aos 75 anos, esse coeficiente sobe para 150 óbitos por 100.000
habitantes / ano e, aos 85 nos, eleva-se para 525 óbitos por 100.000 habitantes / ano.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mobilidade, o estado nutricional, uma avaliação psíquica que aborde as
alterações de humor e uma avaliação do estado cognitivo.
Neste estudo, a Avaliação Geriátrica Global é a fase final da etapa 03.
Essa atividade foi executada por uma geriatra, a partir da avaliação inicial
(etapas 1 e 2) e focando os principais problemas detectados (etapa 3). Uma
avaliação global neste grupo teria os seguintes objetivos: melhorar a acurácia do diagnóstico, otimizar o tratamento médico, melhorar o resultado das
intervenções, melhorar a função e a qualidade de vida e reduzir o uso
desnecessário de serviços, a fim de estabelecer condutas adequadas aos
idosos com indicadores de fragilidade.
Dentre os idosos da amostra, apesar de apenas 10% apresentarem urgência na avaliação geriátrica, foi observado que em 83% a avaliação
global poderia influenciar positivamente na conduta, através da indicação
de possíveis redirecionamentos nos tratamentos. Uma vez que este estudo
teve apenas um objetivo exploratório e por não ser este centro de convivência um espaço de intervenção, foi encaminhado ao médico responsável
por cada idoso, um relatório desta Avaliação Geriátrica Global.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A avaliação realizada com os idosos faz parte de um novo paradigma
na atenção ao idoso. Com este olhar, busca-se investigar de maneira
integral o ser que envelhece acometido por múltiplas patologias.
A avaliação geriátrica, realizada de forma adequada, permite que se dê
conta de um conjunto de fatores que se associam e levam à incapacidade
funcional. Assim, avaliar o idoso com o foco nas questões que poderão se
tornar um problema se constitui em chave para a otimização de recursos de
toda natureza.
A reabilitação de funções e a atenção focada nos problemas que são
buscados ativamente é fator preponderante para minimizar as condições
desfavoráveis e o alto custo para a atenção a este estrato etário.
NOTAS
a Médico, doutorado no Guy's Hospital da Universidade de Londres.
Professor adjunto na UERJ, diretor da Universidade Aberta da Terceira
Idade (UnATI). Pesquisador 1 do CNPq. E-mail: [email protected]
b Enfermeira, doutorado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem
Ana Ney da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutorado em
Gerontologia pela Universidade de Jönköping, Suécia. Professora adjunta
na Faculdade de Enfermagem da UERJ e vice-diretora na Universidade
Aberta da Terceira Idade (UnATI-UERJ). E-mail: [email protected]
c Médica,
Hospital da Lagoa,
mail: [email protected].
Ministério
da
Saúde.
E-
Em 53% dos casos nos quais não há evidências de ferimentos, não se
pode pensar em evento benigno, pois acarretam com frequência eventos
danosos ao idoso, relacionando-se, em especial, ao receio de uma nova
queda, com perda de confiança para caminhar, gerando diminuição da
mobilidade, por vezes forçada pelos familiares, profissionais de saúde, ou
até mesmo auto-imposta. Limitam, dessa forma, suas AVD e AIVD, com
sérios riscos à sua saúde física e mental.10
d Assistente Social, mestre em Psicopedagogia de La Educación pela
Universidad de La Habana, especialidade Serviço Social do Idoso. Email: [email protected]
As fraturas são as lesões mais temidas, sendo que as de colo de fêmur
representam a principal causa de hospitalização aguda por queda. A taxa
de mortalidade em ano após a queda chega a 50% e metade dos que
sobrevivem fica totalmente dependente.
Almeida OP. Queixa de problema com a memória e o diagnóstico da
demência. Arq Neuropsiquiatr 1988: 56 (3-A):412-18
No grupo avaliado, 30% relataram história de quedas no último ano,
dentre os quais aproximadamente 7% com mais de três quedas em um
ano.
Avaliação geriátrica global
REFERÊNCIAS
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A Geriatria, segundo o Royal College of Physicians of London (1996) é
o “ramo da medicina que cuida dos fatores clínicos, sociais, preventivos e
de reabilitação, importantes na manutenção da saúde e da independência
da população idosa, bem como do tratamento de suas doenças e incapacidades”.
Brandão AP, Brandão AA, Freitas EV, Magalhães MEC, Pozzan R. Hipertensão arterial no idoso. In: Freitas EV, et al, organizadores. Tratado de
Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. p. 249262.
A avaliação global pode ser entendida como uma busca ativa de problemas. Para tanto, vai requerer uma avaliação funcional na qualk poderão
ser observadas as atividades básicas e instrumentais de vida diária, a
8:1
Conhecimentos Específicos
Buchener DM, Wagner. Prevention frail health. Clin Geriatr Med 1992;
11
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
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de Janeiro: Interciência, 2004. p. 175-86.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB
Sistema de Informação Atenção Básica é um sistema (software), desenvolvido pelo DATASUS em 1998, cujo objetivo centra-se em agregar, armazenar e processar as informações relacionadas à Atenção Básica (AB) usando
como estratégia central a Estratégia de Saúde da Família (ESF).
É por meio das informações coletadas pelo software do SIAB que o Ministério da Saúde toma decisões de gestão da Atenção Básica em nível nacional.
Entretanto, o SIAB não deve ser compreendido e utilizado somente para
esse fim. Este sistema é parte necessária da estratégia de SF, pois contém
os dados mínimos para o diagnóstico de saúde da comunidade, das intervenções realizadas pela equipe e os resultados sócio-sanitários alcançados.
Dessa forma, todos os profissionais das Equipes de Atenção Básica (EAB)
devem conhecer e utilizar o conjunto de dados estruturados pelo SIAB a fim
de traçar estratégias, definir metas e identificar intervenções que se fizerem
necessárias na atenção da população das suas respectivas áreas de cobertura, bem como avaliar o resultado do trabalho desenvolvido pela equipe.
As fichas que estruturam o trabalho das EAB e que produzem os dados que
compõem o SIAB são utilizadas para realizar o Cadastramento, Acompanhamento Domiciliar e para o Registro de Atividades, Procedimentos e
Notificações das pessoas adscritas nos territórios das EAB. Estas fichas são
organizadas conforme lista abaixo:
* Ficha para cadastramento das famílias (Ficha A);
Mills J. Age-related changes in the auditory system. In. Hazzard WR,
et al, editors. Principles of Geriatric Medicine and Gerontology. 5th. New
York: Mc Graw Hill; 2003, p.1239-1251
* Ficha para acompanhamento (Fichas B);
Nanda A, Besdine R W, Dizziness. In. Hazzard WR, et al, editors.
Principles of Geriatric Medicine and Gerontology. 5th. New York: Mc Graw
Hill; 2003. p. 1543-1552.
Ficha de hipertensos (Ficha B-HA);
Ficha de gestantes (Ficha B-GES);
Ficha de diabéticos (Ficha B-DIA);
Nardi AE Questões atuais sobre depressão. São Paulo: Lemos
Editorial; 1998.
Ficha de pessoas com tuberculose (Ficha B-TB);
Nasri F. Diabetes mellitus no idoso. In: Freitas EV, et al, organizadores. Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2002. p. 496-501
Ouslander JG, Johnson II TM. Incontinence. In. Hazzard WR, et al,
editors. Principles of Geriatric Medicine and Gerontology. 5th. New York:
Mc Graw Hill; 2003. p. 1571-1586.
Paixão Jr CM, Heckmann M. Distúrbios da postura, marcha e quedas.
In: Freitas EV, et al, organizadores. Tratado de Geriatria e Gerontologia.
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Pereira SEM, Buksman S, Perracie M, et al. Quedas em idosos. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia; 2001.
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contemporânea em saúde. Rio de Janeiro: UnATI-Relume-Dumará; 2002.
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Veras RP. País jovem com cabelos brancos: a saúde do idoso no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, UERJ; 1994.
Watson G. Assessment and rehabilitation of older adults with low vision. In. Hazzard WR, et al, editors. Principles of Geriatric Medicine and
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Sistema de informação da atenção básica - SIAB;
Conhecimentos Específicos
Ficha de pessoas com hanseníase (Ficha B-HAN);
* Ficha para acompanhamento da criança – Ficha C (Cartão da Criança);
* Ficha para registro de atividades, procedimentos e notificações (Ficha
D).
Antes de registrar/digitar as informações no SIAB, as fichas preenchidas
pelos profissionais são consolidadas em três blocos centrais:
* Cadastramento das famílias (Fichas A);
* Relatório de Situação de Saúde e Acompanhamento das Famílias
(SSA);
* Relatório de Produção e Marcadores para Avaliação (PMA).
Após registradas as informações o SIAB se torna uma fonte rica de dados
que abarca informações importantes e abrangentes na área da saúde que
além de servir para auxiliar as EAB em seu processo de trabalho, serve
também como fonte para vários tipos de pesquisas, para os órgãos governamentais, para as comunidades acadêmicas das áreas de enfermagem,
medicina entre outros que utilizam tais dados a fim de compor pesquisas nas
áreas de saúde coletiva.
Conceito da estratégia saúde da família;
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção
básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é
tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por
favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de
aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de
12
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e
coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo: (I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e
Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de
saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de
Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da
Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
Visita domiciliar;
As visitas domiciliares assumem papel fundamental na organização do trabalho das equipes do Programa de Saúde da Família
(PSF). Contudo, romper com o paradigma biomédico exige uma
vigilância nem sempre fácil ou simples, com o objetivo de ampliar o
olhar do profissional.
Constituição de equipe da Saúde da família;
As equipes são compostas por:
01 médico de família
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Direitos dos Usuários do SUS
A “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” traz informações para que
você conheça seus direitos na hora de procurar atendimento de saúde. Ela
reúne os seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro
o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado. A
Carta é uma importante ferramenta para que você conheça seus direitos e,
assim, ajude o Brasil a ter um sistema de saúde ainda mais efetivo.
Os princípios da Carta são:
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas
de saúde
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu
problema
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre
de qualquer discriminação
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus
valores e seus direitos
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento
aconteça da forma adequada
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde
para que os princípios anteriores sejam cumpridos
Lei nº 8142 de 1990
Resolução 333 de 2003
01 enfermeiro
Atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde - ACS;
01 auxiliar de enfermagem
Atribuições específicas do Agente Comunitário de Saúde
05 a 07 agentes comunitários de saúde
Agente Comunitário de Saúde (ACS) mora na comunidade e está vinculado
à USF que atende a comunidade. Ele faz parte do time da Saúde da Família!
Quando ampliada conta ainda com:
01 dentista
01 auxiliar de consultório dentário
01 técnico em higiene dental
Controle Social;
Controle Social no SUS
Quem é o agente comunitário? È alguém que se destaca na comunidade,
pela capacidade de se comunicar com as pessoas, pela liderança natural
que exerce. O ACS funciona como elo entre e a comunidade. Está em
contato permanente com as famílias, o que facilita o trabalho de vigilância e
promoção da saúde, realizado por toda a equipe. É também um elo cultural,
que dá mais força ao trabalho educativo, ao unir dois universos culturais
distintos: o do saber científico e o do saber popular.
O seu trabalho é feito nos domicílios de sua área de abrangência. As atribuições específicas do ACS são as seguintes:
- Realizar mapeamento de sua área;
A lei 8142/90, determina duas formas de participação da população na
gestão do Sistema Único de Saúde – SUS: Conferências de Saúde e
Conselhos de Saúde. Conferências de Saúde - no artigo 1º da 8142/90
parágrafo 1º diz:
- Cadastrar as famílias e atualizar permanentemente esse cadastro;
- A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4(quatro) anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e
propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente,
por este ou pelo Conselho de Saúde.
- Orientar as famílias para utilização adequada dos serviços de saúde,
encaminhando-as e até agendando consultas, exames e atendimento
odontólogico, quando necessário;
Conselhos de Saúde – no artigo 1º da 8142/90 parágrafo 2º diz:
- O Conselho de Saúde, é um órgão colegiado de caráter permanente e
deliberativo do Sistema Único de Saúde- SUS
O colegiado do Conselho de Saúde é composto por:
- 25% de representantes do governo e prestadores de serviços, 25% de
profissionais de saúde e 50% de usuários, atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução das políticas de saúde,
inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cuja decisões serão
homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera
de governo.
- Realizar, por meio da visita domiciliar, acompanhamento mensal de todas
as famílias sob sua responsabilidade;
A Resolução nº 333 de 04/11/2003, do Conselho Nacional de Saúde
aprova diretrizes para a Criação , reformulação , estruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde.
- Traduzir para a ESF a dinâmica social da comunidade, suas necessidades, potencialidades e limites;
Conhecimentos Específicos
- Identificar indivíduos e famílias expostos a situações de risco;
- Identificar área de risco;
- Realizar ações e atividades, no nível de suas competências, na áreas
prioritárias da Atenção Básicas;
- Estar sempre bem informado, e informar aos demais membros da equipe,
sobre a situação das família acompanhadas, particularmente aquelas em
situações de risco;
- Desenvolver ações de educação e vigilância à saúde, com ênfase na
promoção da saúde e na prevenção de doenças;
- Promover a educação e a mobilização comunitária, visando desenvolver
ações coletivas de saneamento e melhoria do meio ambiente, entre outras;
- Identificar parceiros e recursos existentes na comunidade que possa ser
potencializados pela equipe
13
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Objetivos da estratégia saúde da família;
VIII - Promoção e estímulo à participação da comunidade no controle
social, no planejamento, na execução e na avaliação das ações;
Um grande número de doenças que acometem os indivíduos é evitável por
ações preventivas já conhecidas e comprovadamente eficazes. É, portanto,
fundamental que todos os cidadãos tenham acesso à prevenção destas
doenças, por meio das ações básicas de saúde.
IX - Acompanhamento e avaliação sistemática das ações implementadas,
visando à readequação do processo de trabalho.
O Programa Saúde da Família e dos Agentes Comunitários de Saúde
(cidadãos da própria comunidade que são treinados para realizar visitas
domiciliares e orientar as famílias) leva até elas o acesso ao tratamento e à
prevenção das doenças. Estas equipes vão até os domicílios das pessoas
para reconhecer os principais problemas, evitando o deslocamento desnecessário às Unidades de Saúde e, juntos, procuram as melhores soluções
para enfrentar os desafios locais que possam determinar os problemas de
saúde, antes que eles se instalem de modo mais grave.
Junto com a comunidade, cada equipe deve elaborar um plano para enfrentar os principais problemas detectados e trabalhar para desenvolver a
educação em saúde preventiva, promovendo a qualidade de vida dos
habitantes daquela área. No documento “Saúde da Família: uma estratégia
para a reorientação do modelo assistencial” (Brasília – 1998) do Ministério
da Saúde, os objetivos da implantação do modelo de saúde da família são:
· Humanizar as práticas de saúde por meio da conquista do vínculo entre
os profissionais de saúde e a população;
· Identificar e intervir sobre fatores de risco em que a população esteja
exposta;
· Prestar assistência integral, contínua, com resolutividade e boa qualidade às necessidades de saúde da população adscrita;
· Desenvolver ações intersetoriais visando o estabelecimento de parcerias;
· Contribuir para a democratização do conhecimento do processo saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social da saúde;
· Estimular o reconhecimento da saúde como um direito de cidadania e
expressão da qualidade de vida;
· Estimular a organização da comunidade para que exerçam de maneira
efetiva seu papel nas ações de controle social.
A Portaria Nº 648, de 28 de março de 2006, aprova a Política Nacional de
Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a
organização da Atenção Básica para o Programa de Saúde da Família
(PSF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Além das
características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica,
são características do processo de trabalho da Saúde da Família:
I - Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e
utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde
considerando as características sociais, econômicas, culturais demográficas e epidemiológicas do território;
II - Definição precisa do território de atuação, mapeamento e reconhecimento da área adscrita, que compreenda o segmento populacional determinado
com atualização contínua;
III - Diagnóstico, programação e implantação das atividades segundo
critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas de saúde
mais frequente;
IV - Prática do cuidado familiar ampliado, efetivada por meio do conhecimento da estrutura e da funcionalidade das famílias, que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos,
das famílias e da própria comunidade;
V - Trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e
profissionais de diferentes formações;
VI - Promoção e desenvolvimento de ações intersetoriais, buscando parcerias e integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção
da saúde, de acordo com prioridades e sob a coordenação da gestão
municipal;
VII - Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma
abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de
confiança com ética, compromisso e respeito;
Conhecimentos Específicos
Dessa forma, as equipes de saúde da família compostas por profissionais:
médico (1), enfermeiro (1), técnico de enfermagem (1 ou 2), agentes comunitários de saúde (até 12), dentista (1 para cada 2 ESF) e auxiliar de consultório dentário (1), cumprem seu papel tanto na unidade de saúde, quanto
no domicílio, estabelecendo o vínculo de corresponsabilidade com as
famílias e facilitando a identificação. E, também o atendimento e o acompanhamento dos agravos à saúde dos indivíduos e famílias da comunidade.
Toda a equipe deverá cumprir uma carga-horária de 40 horas semanais.
Aleitamento materno, saúde mental, violência intra-familiar;
O aleitamento materno pode ser considerado uma prática natural, decorrente do parto, voltada para nutrir o bebê. O leite materno provê todos os
nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento dos recémnascidos até os seis meses de vida, sendo necessário complementar a
alimentação do bebê com outros alimentos a partir dos seis meses . É
recomendado pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério de
Saúde do Brasil que o aleitamento exclusivo (somente o leite materno, sem
a necessidade de chás, água, sucos ou outros alimentos) seja oferecido por
seis meses, sendo complementado com outros alimentos por dois anos ou
mais.
O QUE É SAÚDE MENTAL?
A maior parte das pessoas, quando ouvem falar em “Saúde Mental” pensam em “Doença Mental”. Mas, a saúde mental implica muito mais que a
ausência de doenças mentais.
Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito,
que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas
vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as
mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando
têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições
importantes nos diferentes ciclos da vida.
A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage
às exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções.
TER SAÚDE MENTAL É...
- Estar bem consigo mesmo e com os outros;
- Aceitar as exigências da vida;
- Saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis,
mas que fazem parte da vida;
- Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário;
Violência intrafamiliar
Toda omissão que prejudique o bem estar, a integridade física ou psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro da
família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por membro da família,
incluindo pessoas que passam assumir função parental, ainda que sem
laços e consanguinidade.
Dengue;
Dores na cabeça, nos músculos e nas articulações, febre, comprometimento das vias aéreas superiores e até hemorragias são alguns sintomas do
dengue.
Dengue é uma doença das regiões tropicais e subtropicais, causada por
quatro tipos de vírus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes, principalmente A. aegypti, também transmissor da febre amarela. O mosquito se
infecta ao picar uma pessoa contaminada, nos três dias seguintes à manifestação dos sintomas, e incuba o vírus durante oito a 11 dias antes de
poder transmiti-lo a outra pessoa, por meio de gotículas de saliva que penetram na pele da vítima. Uma vez infectada, a vítima fica imunizada contra
aquele tipo de vírus, mas pode contrair os três restantes.
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
O vírus instala-se quase sempre no fígado, rins ou baço, e os sintomas
manifestam-se cerca de uma semana após a picada, para desaparecer por
volta do quinto dia. Na forma mais grave da doença, o dengue hemorrágico,
que pode provocar choque e até morte, ocorre hemorragia gastrintestinal e
das mucosas. Não existe tratamento específico para o dengue; a terapia
consiste em aliviar os sintomas. As pessoas suspeitas de ter contraído a
doença devem ser isoladas temporariamente e protegidas por cortinados e
repelentes, a fim de evitar a propagação. A forma de combate mais eficiente
consiste na erradicação do mosquito transmissor, pelo aterro de alagados, e
por saneamento e pulverização com inseticidas das áreas infestadas, além
da educação sanitária.
Controle do Tabagismo;
Uma das consequências da descoberta da América, para os europeus,
foi o conhecimento do fumo, originário desse continente e cujo uso, comum
entre os aborígines, estendeu-se por todo o mundo, apesar de seus efeitos
nocivos à saúde.
Fumo, ou tabaco, é uma planta herbácea anual da família das solanáceas -- a que também pertencem o tomate, a batata, a berinjela e o pimentão -- e do gênero Nicotiana (designação dada por Lineu em homenagem a
Jean Nicot, embaixador da França em Lisboa, e a quem se atribui a introdução do fumo na Europa). As folhas de fumo, preparadas de várias maneiras,
são fumadas, cheiradas ou mascadas. A palavra tabaco vem do árabe tabaq
ou tubaq, designativo de plantas que tonteavam e adormeciam, e foi usada
pelos europeus para identificar as folhas (e, por extensão, a planta) que
embriagavam os antilhanos, quando fumadas.
O gênero abrange cerca de sessenta espécies, mas as que se cultivam
com fins industriais são a N. tabacum, a mais importante, e N. rustica. Os
indígenas americanos plantavam, além dessas, N. bigelovii, N. attenuata e
N. trigonophylla. A espécie N. tabacum apresenta sistema radicular pivotante, com abundantes raízes secundárias. O caule, de um a três metros de
altura, é herbáceo ou semilenhoso. As flores são róseas e as sementes,
marrons, são minúsculas: a cápsula que as encerra contém de 2.500 a
3.000 unidades.
As folhas, grandes, elípticas, acuminadas e sésseis, têm o limbo recoberto de pêlos e de uma substância gomosa característica. Medem entre
quarenta e setenta centímetros mas podem, de acordo com a variedade e
com a fertilidade do solo, chegar a um metro de comprimento. A N. tabacum
tem numerosos tipos e variedades, que se ampliam continuamente mediante
a criação de linhagens híbridas, originadas das formas ancestrais: havanensis, brasiliensis, virgínica e purpúrea. No Brasil, as variedades mais conhecidas são, para cigarros, coker, maria, sês, rippel, herval baixo e dixie bright;
para charutos, brasil-bahia, virgínia, sumatra e havana; e para fumo em
corda, goiano, jordão e jorginho.
Tipos de fumo. Segundo seu emprego, o fumo classifica-se em três categorias: tabaco de mascar, de aspirar (rapé) e de fumar. Os dois primeiros,
amplamente empregados no passado, hoje são de uso restrito. Quase todo
o tabaco atualmente cultivado destina-se à produção de cigarros, charutos,
fumo para cachimbo e fumo de corda, também chamado fumo de rolo,
consumido sobretudo em zonas rurais. A obtenção de cada um desses tipos
resulta de condições específicas de cultivo e beneficiamento.
Diversas qualidades de fumo entram na composição dos cigarros, conforme o produto desejado. De uma mistura padrão participam vários subtipos, cada um com características peculiares de aroma, sabor, combustibilidade etc. Nos cigarros leves e claros, por exemplo, o gosto definitivo é dado
pela adição de adoçantes como cacau, mel e outros.
Das variedades destinadas ao charuto, exigem-se aroma, coloração e
textura que só se obtêm em condições muito especiais. É por isso que
certos fumos, como os de Cuba, da Bahia ou de Sumatra são famosos em
todo o mundo. Os métodos de cultivo e de cura são específicos para a
produção de um bom fumo de charuto e o tratamento final de fermentação
das folhas curadas dá o toque final para que o tabaco assim obtido tenha
exclusivamente essa finalidade. As misturas empregadas para o fumo de
cachimbo recebem tratamento que lhes confere maciez e são aromatizadas
Conhecimentos Específicos
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com baunilha, cumaru, chocolate, extratos de frutas e outros compostos
perfumados.
Cultivo e beneficiamento. Vários tipos de solo prestam-se ao cultivo do
fumo, muito difundido no mundo inteiro. Os que garantem, porém, melhor
qualidade são os de textura de leve a média, de boa profundidade, bem
drenados, com fertilidade média e pH entre 5,2 e 5,7. Os solos de textura
mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes, para
charutos ou fumo de corda, enquanto dos mais arenosos se obtêm fumos
leves, apropriados à fabricação de cigarros.
A adubação deve ser equilibrada, segundo as necessidades da planta e
o potencial do solo, e consta sobretudo de nitrogênio, fósforo e potássio.
Geralmente, o plantio inicial é feito em sementeiras, de onde as mudas são
transferidas para o local definitivo ao atingirem uma altura média de vinte
centímetros. A distância entre as fileiras e de uma planta para outra varia de
acordo com o tipo em cultivo. Para melhor controle da qualidade do fumo,
utilizam-se a capação e a desbrota, que consistem na eliminação da inflorescência e dos brotos.
Desde a sementeira até o fim de seu ciclo, o fumo está sujeito a grande
número de pragas: nematóides, insetos, fungos e vírus. A praga principal é o
mandarová, lagarta que devora as folhas e contra a qual são eficazes os
inseticidas fosforados. Para evitar os nematóides, o meio adequado é o da
rotação de culturas, alternando-se o fumo com outras plantas não sensíveis
a esses vermes. Pulverizações com fungicidas do grupo dos carbamatos
controlam a mela e o mofo azul, moléstias que podem destruir a sementeira.
A colheita é feita sempre manualmente, folha por folha, quando estas atingem a maturação, evidenciada pela mudança de cor, do verde para o
amarelo. À medida que são colhidas, as folhas são enfiadas pelo pedúnculo
num cordão fino e levadas para a secagem ou cura, primeira das duas
etapas do beneficiamento, que pode ser feita em estufa ou pelo ar, em
galpões.
Usa-se a secagem em estufa, mediante a aplicação de ar quente durante quatro ou cinco dias, para a produção do fumo claro. A secagem em
galpão, muito mais lenta, destina-se à produção de fumo preto. Em seguida,
as folhas, classificadas segundo a cor, o tamanho e a integridade, são
reunidas em manocas (molhos) de 12 a 25 unidades, atadas com outra folha
e submetidas à etapa seguinte, a da fermentação, destinada a reduzir a
percentagem de nicotina, aumentar a combustibilidade do fumo e uniformizar sua coloração. Finalmente, o fumo é reunido em fardos para a industrialização ou a exportação.
Produção e subprodutos. A produção global de fumo manteve-se em
crescimento nos últimos decênios do século XX. A partir de meados da
década de 1970, a China empurrou os Estados Unidos para o segundo lugar
da produção mundial. Vinham em seguida a Índia e o Brasil, este com a
maior produção da América Latina, seguido do México, Argentina e Colômbia. A de Cuba foi reduzida pelos problemas do mofo azul.
No Brasil, o cultivo de fumo ocorre em todas as regiões. Os maiores
produtores são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e
Minas Gerais. A indústria fumageira do país é o maior contribuinte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que por sua vez representa mais da
metade na formação do preço dos cigarros.
Entre os subprodutos do fumo destacam-se os resíduos, a nicotina, o
óleo da semente e os aromatizantes. Todos os resíduos, inclusive as hastes,
podem ser transformados em valioso adubo orgânico. A nicotina, alcalóide
extraído por processos químicos, é usada sob a forma de sulfato de nicotina
como inseticida agrícola. Pode ser obtida a partir de folhas imprestáveis,
resíduos ou fumos cultivados especialmente para tal fim. Pela oxidação da
nicotina e tratamentos subsequentes produz-se o ácido nicotínico, também
chamado niacina ou fator P-P, droga usada no tratamento da pelagra e em
certos casos substituída, com a mesma finalidade, pela nicotinamida ou
vitamina B3.
O óleo das sementes, extraído por pressão ou com o emprego de solventes, é utilizado pela indústria de sabões, tintas e vernizes. Purificado e
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
desodorizado, é comestível. A torta da extração do óleo, rica em proteínas,
pode ser usada em rações. Alguns tipos de fumo exalam, após a cura e a
fermentação, um aroma de interesse para a perfumaria. Tratados com éter
de petróleo, fornecem um resinóide odorífico usado em certos tipos de
perfumes masculinos.
Tabagismo. Dá-se o nome de tabagismo ao consumo do fumo e à intoxicação, aguda ou crônica, decorrente desse hábito. O efeito nocivo do
tabaco ocorre sobretudo nos aparelhos respiratório, circulatório e digestivo,
assim como no sistema nervoso. Na mucosa brônquica, a fumaça do cigarro
provoca lesões do epitélio cilíndrico ciliado, das células secretoras de muco,
alterações da dinâmica etc.
O tabaco pode causar bronquite crônica, enfisema pulmonar e, embora
não existam ainda provas cabais, o câncer, sobretudo de pulmão. Entre os
que fumam cachimbo ou mascam fumo picado, também parece haver maior
incidência de câncer dos lábios, da boca e da faringe. Em vários países,
sobretudo a partir da década de l980, desencadearam-se campanhas destinadas a reduzir o aparecimento de novos fumantes na população jovem. Na
Itália, proíbe-se toda e qualquer publicidade do fumo; no Reino Unido,
interditou-se a propaganda na televisão. Nos Estados Unidos e, a partir de
1989, no Brasil, são obrigatórias advertências nos maços de cigarros, em
anúncios e em pontos de venda.
Cartão Nacional do SUS;
O Cartão Nacional de Saúde é um instrumento que possibilita a vinculação
dos procedimentos executados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
ao usuário, ao profissional que os realizou e também à unidade de saúde
onde foram realizados. Para tanto, é necessária a construção de cadastros
de usuários, de profissionais de saúde e de unidades de saúde. A partir
desses cadastros, os usuários do SUS e os profissionais de saúde recebem
um número nacional de identificação.
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partir da proposição do SUS e respeitando as características da nova
política de saúde.
Na análise preliminar foram considerados os dados obtidos por intermédio
dos estudos e pesquisas promovidos pela Área Técnica de Saúde da
Mulher para avaliar as linhas de ação desenvolvidas. Destaque para o
Balanço das Ações de Saúde da Mulher 1998-2002, o Estudo da Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil, a Avaliação do Programa de Humanização
do Pré-natal e Nascimento, a Avaliação dos Centros de Parto Normal e a
Avaliação da Estratégia de Distribuição de Métodos Anticoncepcionais.
Em seguida, a Área Técnica buscou a parceria dos diferentes departamentos, coordenações e comissões do Ministério da Saúde. Incorporou as
contribuições do movimento de mulheres, do movimento de mulheres
negras e de trabalhadoras rurais, sociedades científicas, pesquisadores e
estudiosos da área, organizações não governamentais, gestores do SUS e
agências de cooperação internacional. Por fim, submeteu a referida Política
à apreciação da Comissão Intersetorial da Mulher, do Conselho Nacional de
Saúde.
Em julho de 2005, foram operacionalizadas as ações previstas no Plano de
Ação construído e legitimado por diversos setores da sociedade e pelas
instâncias de controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).
Destacamos que o Sistema Único de Saúde tem três esferas de atuação:
federal, estadual e municipal. O nível federal tem principalmente, as atribuições de formular, avaliar e apoiar políticas; normalizar ações; prestar cooperação técnica aos Estados, ao Distrito Federal e municípios; e controlar,
avaliar as ações e os serviços, respeitadas as competências dos demais
níveis. A direção estadual do SUS tem como principais atribuições promover a descentralização de serviços; executar ações e procedimentos de
forma complementar aos municípios; prestar apoio técnico e financeiro aos
municípios. À direção municipal do SUS compete, principalmente, a execução, controle, avaliação das ações e serviços das ações de saúde.
Programa Nacional de Imunização;
Saúde da Mulher;
O Programa “Assistência Integral à saúde da Mulher: bases de ação programática” (PAISM) foi elaborado pelo Ministério da Saúde e apresentado
na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da explosão demográfica em 1983, a discussão se pautava predominantemente sobre o controle
da natalidade. O Ministério da Saúde teve um papel fundamental, pois
influenciou no âmbito do Governo Federal e este por sua vez, se posicionou
e defendeu o livre arbítrio das pessoas e das famílias brasileiras em relação
a quando, quantos e qual o espaçamento entre os/as filhos/as.
Trata-se de um documento histórico que incorporou o ideário feminista para
a atenção à saúde integral, inclusive responsabilizando o estado brasileiro
com os aspectos da saúde reprodutiva. Desta forma as ações prioritárias
foram definidas a partir das necessidades da população feminina, o que
significou uma ruptura com o modelo de atenção materno-infantil até então
desenvolvido.
O PAISM, enquanto diretriz filosófica e política, incorporou também, princípios norteadores da reforma sanitária, a ideia de descentralização, hierarquização, regionalização, equidade na atenção, bem como de participação
social. Além disso, propôs formas mais simétricas de relacionamento entre
os profissionais de saúde e as mulheres, apontando para a apropriação,
autonomia e maior controle sobre a saúde, o corpo e a vida. Assistência,
em todas as fases da vida, clínico ginecológica, no campo da reprodução
(planejamento reprodutivo, gestação, parto e puerpério) como nos casos de
doenças crônicas ou agudas. O conceito de assistência reconhece o cuidado médico e de toda a equipe de saúde com alto valor às praticas educativas, entendidas como estratégia para a capacidade crítica e a autonomia
das mulheres.
Em 2003 teve início a construção da Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde da Mulher - Princípios e Diretrizes, quando a equipe técnica de
saúde da mulher avaliou os avanços e retrocessos alcançados na gestão
anterior.
Em maio de 2004 o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde da Mulher - Princípios e Diretrizes, construída a
Conhecimentos Específicos
O Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde do Brasil (MS)
foi criado em setembro de 1973 e institucionalizado pelo decreto nº 78.231
de 12 de agosto de 1976 e divulga o Calendário Básico de Vacinação que
contempla imunobiológicos fornecidos gratuitamente à população e serve
de base para elaboração de calendários vacinais de outras instituições
como a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Em 18 de janeiro de 2012, o MS publicou o Novo
Calendário Básico de Vacinação que traz as seguintes novidades: substituição das duas primeiras doses da Vacina Oral contra Poliomielite (VOP)
pela Vacina Injetável Inativada (VIP) e a introdução da vacina Pentavalente.
No Brasil, em 1962, devido a sua eficácia, incidência mínima de reações
adversas e baixo custo, a VOP - também denominada Sabin, criada em
1961 a partir de vírus vivos atenuados - passou a ser utilizada em larga
escala. Essa vacina apresenta como vantagens indiscutíveis a forte imunização intestinal e a imunização dos comunicantes dos vacinados devido a
circulação do vírus na comunidade, além de ser mais facilmente administrada (via oral) e menos onerosa para o Governo. Após a década de 1980,
alcançou grande cobertura nacional devido à implementação de campanhas de vacinação, imortalizadas na figura do "Zé Gotinha", permitindo o
controle da doença, sendo que o último caso de paralisia infantil foi registrado em território nacional no ano de 1989. Ainda que relativamente raras,
observou-se a ocorrência de reações vacinais graves após a administração
de doses de VOP, o que levou o Governo a introduzir no Calendário Básico
de Vacinação a VIP - também denominada Salk, foi a primeira vacina
contra a paralisia infantil criada ainda em 1954 e constituída por vírus
inativados pelo formaldeído - , esperando reduzir a incidência de paralisia
reacional, mais comum após as primeiras doses da vacina oral. Porém, a
terceira dose (aos seis meses) e os reforços anuais continuam a ser realizados com o uso da VOP como forma de impedir a circulação do vírus
selvagem por via intestinal, promover a imunização de grupo - vantagens
não obtidas com a vacina injetável - e permitir a continuidade da mobilização nacional através da campanhas anuais de vacinação. Segundo a
Sociedade Brasileira de Imunização, a continuação do calendário vacinal
com a VOP segue recomendação da Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS), que orienta aos países das Américas o uso da vacina oral,
com vírus atenuado, até a erradicação mundial da poliomielite, o que garan16
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
te uma proteção de grupo uma vez que o vírus ainda circula em cerca de
25 países.
Já a Pentavalente, refere-se à junção da vacina Tetravalente (que confere
proteção contra as doenças bacterianas: Tétano, Difteria, Coqueluche além
de Meningite e outras doenças causadas pelo Haemophilus influenzae do
grupo B) à vacina contra a hepatite B. Essa medida visa reduzir o número
de injeções e facilitar a sua administração. A Pentavalente deverá ser
aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida. Infelizmente, o componente
Pertussis, responsável pela imunização contra Coqueluche e pela maioria
das reações vacinais adversas, continua a ser celular. Para reduzir tais
reações, seria necessário substituir esse componente pelo acelular, já
presente na rede particular ou nos CRIES - Centro de Referência de Imunibiológicos Especiais - onde pode ser administrado gratuitamente sob prescrição médica.
A partir de 2013, será disponibilizada na rede pública a vacina Tetraviral
que visa imunizar contra Caxumba, Rubéola e Sarampo (já contempladas
pela Tríplice Viral) e Varicela. A Tetraviral estará disponível para todas as
crianças de 15 meses nascidas a partir de junho de 2012 e que já receberam a primeira dose da Tríplice Viral. A dose única da vacina contra varicela
protege contra as formas graves da doença, mas na rede particular continuam a ser disponibilizadas duas doses da vacina, que devem ser administradas com interval mínimo de três meses e imunizam contra todas as
formas da doença. Além disso, segundo a SBIm, em até quatro anos, o
Governo pretende introduzir no Calendário Básico de Vacinação a vacina
Heptavalente, que unirá a Pentavalente à VIP e à vacina contra Meningite
C conjugada.
Bolsa Família;
Bolsa Família
O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda
que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em
todo o país. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem
como foco de atuação os 16 milhões de brasileiros com renda familiar per
capita inferior a R$ 70 mensais e está baseado na garantia de renda,
inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos.
O Bolsa Família possui três eixos principais: a transferência de renda
promove o alívio imediato da pobreza; as condicionalidades reforçam o
acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social; e as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a
situação de vulnerabilidade.
Todos os meses, o governo federal deposita uma quantia para as famílias
que fazem parte do programa. O saque é feito com cartão magnético,
emitido preferencialmente em nome da mulher. O valor repassado depende
do tamanho da família, da idade dos seus membros e da sua renda. Há
benefícios específicos para famílias com crianças, jovens até 17 anos,
gestantes e mães que amamentam.
A gestão do programainstituído pela Lei 10.836/2004 e regulamentado
pelo Decreto nº 5.209/2004, é descentralizada e compartilhada entre a
União, estados, Distrito Federal e municípios. Os entes federados trabalham em conjunto para aperfeiçoar, ampliar e fiscalizar a execução.
A seleção das famílias para o Bolsa Família é feita com base nas informações registradas pelo município no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal, instrumento de coleta e gestão de dados que tem
como objetivo identificar todas as famílias de baixa renda existentes no
Brasil.
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Após ter sido considerada sob controle, a tuberculose ressurgiu na década de 1990 como uma das principais doenças infecciosas letais. Em
alguns países, o aumento dramático do número de casos da doença deveuse à disseminação da AIDS. Vinculado a esse fenômeno, o surgimento de
linhagens de bactérias resistentes aos medicamentos contra elas empregados ameaçava transformar a tuberculose num flagelo semelhante ao que
varreu o mundo antes da descoberta dos antibióticos.
Tuberculose é uma doença infecciosa crônica causada por várias espécies de bactérias álcool-ácido-resistentes do gênero Mycobacterium. A forma
clínica mais frequente da doença é a tuberculose pulmonar, causada pelo M.
tuberculosis (bacilo de Koch), mas podem ocorrer lesões cerebrais (neurotuberculose), osteoarticulares, cutâneas (lúpus) e ganglionares, produzidas
ora pelo bacilo de origem humana, ora pelo bacilo de procedência bovina. O
bacilo de Koch é uma bactéria extremamente pequena e resistente, em
forma de bastonete. Pode viver em condições de aridez por meses seguidos
e consegue resistir a desinfetantes de ação moderada.
Evolução da doença. A contaminação ocorre de duas formas: pela aspiração de bactérias expelidas pelo doente (via respiratória) ou pela ingestão
de leite contaminado por M. bovis (via gastrointestinal). Ao tossir, espirrar e
falar, o doente expele milhares de gotículas, cada uma das quais contém de
um a quatro bacilos, capazes de permanecer várias horas em suspensão no
ar. Uma pessoa que inale essas gotículas pode ser infectada. Após o contágio, forma-se nos pulmões um foco de infecção de natureza exsudativa.
Surgem assim, como reação do organismo ao bacilo, as lesões microscópicas que dão nome à doença: os tubérculos, formados por um núcleo de
células e tecidos mortos destruídos pelas bactérias e rodeados por células
fagocitárias de defesa e por uma zona externa de tecido fibroso.
A tuberculose pulmonar primária ocorre sobretudo em crianças. A infecção não apresenta sintomas e o indivíduo infectado desenvolve imunidade
permanente. O foco inflamatório é absorvido, sofre transformação conjuntiva
e calcifica-se. Em alguns casos, entretanto, o bacilo se dissemina rapidamente pelos pulmões, cai na corrente sanguínea e pode alcançar qualquer
órgão do corpo, especialmente as meninges, onde causa a meningite tuberculosa. Essa doença, a tuberculose miliar, é de evolução rápida e altamente
letal.
Nos adultos, a tuberculose toma forma diferente. Os sinais mais claros
da doença são fraqueza, perda de peso e tosse persistente. Como esses
sintomas não regridem, a saúde geral do paciente se deteriora. O avanço do
bacilo nos pulmões é lento. Ao invés de formar um nódulo duro e calcificado,
produz uma massa de aspecto queijoso que rompe os tecidos respiratórios e
forma cavidades nos pulmões. A doença ganha os brônquios, e o bacilo
pode então ser expelido pelo indivíduo. Se algum vaso sanguíneo é afetado,
o doente começa a tossir sangue.
As lesões podem atingir uma área pulmonar extensa, o que diminui a
área disponível para a troca de gases na respiração. Se não for tratado, o
paciente morre por falha na circulação de ar, toxemia geral e exaustão. Em
alguns casos, a infecção se estende a outros sistemas orgânicos e pode
afetar praticamente todos os órgãos: nodos linfáticos, articulações, ossos,
pele, intestinos, órgãos genitais, rins e bexiga.
Diagnóstico. A tuberculose é geralmente diagnosticada pela detecção
de bacilos de Koch no exame microscópico da cultura de escarro, urina,
lavagens gástricas e do fluido cérebro-espinhal. Uma radiografia do tórax
pode revelar sombras características das lesões produzidas pela doença.
Outro método de diagnóstico é o teste tuberculínico. Injeta-se no antebraço
do paciente uma quantidade mínima de tuberculina, proteína produzida em
meio artificial de cultura no decorrer do crescimento de M. tuberculosis. Uma
reação local alérgica produzida em até 48 horas revela que o indivíduo já
esteve exposto ao bacilo no passado, mas não está necessariamente infectado.
Com base nesses dados, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) seleciona, de forma automatizada, as famílias que serão
incluídas para receber o benefício. No entanto, o cadastramento não implica a entrada imediata das famílias no programa e o recebimento do benefício
O teste ajuda o médico a distinguir a tuberculose de outras doenças
pulmonares em que as lesões, vistas na radiografia, lembram as da tuberculose. A abreugrafia, criada pelo brasileiro Manuel Dias de Abreu, é indicada
nos censos sanitários de grandes populações, devido ao baixo custo e à
eficiência na descoberta de lesões assintomáticas.
Tuberculose; Hanseníase;
Prevenção e tratamento. A manutenção de boas condições de higiene e
nutrição da população e o reconhecimento e tratamento precoce dos doentes infectados são os principais requisitos para a prevenção da tuberculose.
Tuberculose
Conhecimentos Específicos
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A vacina BCG (bacilo de Calmette-Guérin), composta de bacilos atenuados,
foi empregada em alguns países, com sucesso, no controle da infecção em
crianças, mas se mostrou pouco eficaz na imunização contra a tuberculose
pulmonar adulta. A principal forma de prevenção da tuberculose é, portanto,
evitar a exposição à doença, o que significa tratar os doentes rapidamente,
se possível em isolamento.
O tratamento da tuberculose pulmonar consiste na associação de medicamentos a boa alimentação e descanso. Diversos antibióticos descobertos
nas décadas de 1940 e 1950 revolucionaram o combate ao bacilo de Koch.
Dessas drogas, as primeiras usadas foram a estreptomicina, a isoniazida e o
ácido para-aminossalicílico, todas três capazes de erradicar o bacilo do
organismo humano. Outras drogas eficazes são o etambutol, a rifampicina, a
tiacetazona e a pirazinamida. Para evitar que o bacilo se torne resistente a
uma das drogas, usa-se administrar os medicamentos de forma associada.
Mesmo que a infecção seja estancada rapidamente, a cura completa exige
tratamento durante vários meses.
Declínio e ressurgimento. Até meados do século XX não existia uma terapia eficaz contra a tuberculose. De fato, do século XVIII ao XX, a doença
foi a principal causa de morte no Ocidente, em todas as faixas etárias. O
emprego de antibióticos a partir da década de 1950 resultou em índices de
cura de até 95%. Até então, a maioria dos pacientes era tratada em sanatórios especiais. À medida que novos antibióticos foram descobertos, o tratamento da tuberculose deixou de exigir a internação dos doentes. Era necessário apenas um período de isolamento de duas semanas, após o qual
estava eliminado o risco de contaminação.
Diante desse avanço, acreditava-se na década de 1970 que a tuberculose estava sob controle em praticamente todo o mundo. Com o passar dos
anos, no entanto, algumas cepas de bacilos tornaram-se resistentes às
drogas empregadas contra elas. Essa situação resultou do uso inadequado
dos medicamentos disponíveis, seja pela insuficiência, seja pela irregularidade no emprego. As bactérias super-resistentes tornaram o tratamento
mais difícil, tóxico e caro e ainda prolongaram o período de contágio.
O tratamento de pacientes infectados por cepas resistentes a dois ou
mais antibióticos passou a exigir a combinação de drogas menos potentes e
mais tóxicas por um período prolongado (até dois anos) e, em alguns casos,
a remoção cirúrgica da porção doente do pulmão. Segundo cálculos divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente um
terço da população mundial estava infectada pelo M. tuberculosis, em meados da década de 1990, e a cada ano adoeciam entre oito e dez milhões de
pessoas, das quais três milhões morriam. Isso significou um aumento de
13,4% na taxa de mortalidade por cem mil habitantes, em comparação com
o período 1983-1987.
Conexão com a AIDS. A interação entre a AIDS e a tuberculose tornouse, no final do século XX, um grave problema sanitário. A infecção pelo HIV,
vírus causador da AIDS, compromete a ação das células de defesa que
combatem o bacilo de Koch, o que transforma a AIDS num dos principais
fatores de risco para o desenvolvimento da tuberculose. Enquanto um
indivíduo sem AIDS, mas com tuberculose latente, tem uma probabilidade
de dez por cento de desenvolver a tuberculose ativa ao longo de toda a sua
vida, o infectado pelo HIV tem um risco de dez por cento de contrair tuberculose num período de um ano. Nos doentes que já apresentam sintomas da
AIDS, esse risco é ainda maior: ultrapassa trinta por cento.
Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, verificou-se em 1991
uma inversão na tendência de declínio do número de casos de tuberculose
notificados no país. No início da década de 1980, considerava-se que o
controle sanitário da doença estava próximo, e, em virtude disso, os doentes
passaram a ser atendidos preferencialmente em postos de saúde. Internavam-se apenas os pacientes em estado mais grave. Mesmo assim, registrou-se uma redução de quatro por cento no número de casos de tuberculose.
O agravamento da situação socioeconômica do país, associada às deficiências do sistema de saúde e ao avanço da AIDS, fez aumentar, porém, o
número de casos de doentes crônicos de tuberculose. Em 1992, foram
registrados no país 85.955 novos casos da doença, a maior parte dos quais
na região Sudeste (41.201) e Nordeste (24.615).
Além disso, a tuberculose passou a ser, no Brasil, a doença oportunista
mais comum manifestada por aidéticos, depois da candidíase. Dos mais de
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43.000 casos de AIDS notificados no país até 1993, 18,4% apresentavam
tuberculose.
Hanseníase
Também chamada lepra ou morfeia, a hanseníase é uma das doenças
que mais atemorizaram o homem de todos os tempos. Durante séculos, os
indivíduos afetados pela moléstia foram submetidos ao isolamento e confinados em leprosários ou lazaretos, ilhas e outros lugares separados dos
núcleos habitacionais, onde levavam vida de sofrimento e miséria.
A hanseníase é uma doença infecciosa de origem bacteriana causada
pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), desccrito pelo médico norueguês Gerhard Armauer Hansen em 1874. As formas de transmissão ainda
não estão devidamente esclarecidas, mas acredita-se que o contágio pode
ser direto, de uma pessoa para outra, sendo necessário um convívio prolongado e íntimo, em condições sanitárias deficientes, ou indireto, por meio da
roupa. O período de incubação é prolongado, entre três e seis anos.
Associada à miséria, más condições de higiene, habitações precárias e
educação sanitária deficiente, a hanseníase foi totalmente erradicada nos
países desenvolvidos, como os da Europa central e da Escandinávia. Muito
de sua fama desapareceu, graças aos progressos da medicina, que constatou ser ela bem menos contagiosa do que outras doenças infecciosas comuns e curável com tratamento adequado e contínuo.
Outro fator associado à propagação da hanseníase é o clima quente e
úmido, condição típica dos trópicos. Entre as áreas onde ainda é grande a
incidência da hanseníase estão a Índia, Zaire, Costa do Marfim, República
Centro-Africana, algumas partes do Brasil, as Guianas e diversas regiões da
Oceania. Nas zonas de clima temperado sua importância é mínima e fica
reduzida a certos pontos da região mediterrânea.
A hanseníase ataca principalmente o tecido epidérmico e o sistema nervoso, e se manifesta de duas formas básicas: a lepra lepromatosa (L),
origem de numerosas lesões em mucosas, pele, olhos e membros, caracterizada por ulcerações e necrose (destruição e morte) dos tecidos afetados; e
a lepra tuberculóide (T), com uma série de placas e manchas na pele, dolorosas a princípio e depois indolores em consequência da perda da sensibilidade na região afetada. Em ambas as formas se dão alterações do sistema
nervoso.
O tratamento baseia-se na administração de sulfonas e seus derivados.
Entre as medidas de manutenção estão a administração de antibióticos em
infecções secundárias, a adequada dieta alimentar e a reabilitação mediante
procedimentos ortopédicos. Embora haja controvérsia a respeito, algumas
correntes defendem que, em grupos de alto risco, a administração da vacina
contra a tuberculose, a BCG (Bacilo Calmet-Guérin), oferece bons resultados de imunização. Essa reação, aparentemente, está ligada às semelhanças entre o bacilo de Hansen e o bacilo de Koch.
Hanseníase no Brasil. A incidência da hanseníase ainda é alta no Brasil
e constitui grave problema de saúde pública. Relacionada às características
do pauperismo, a doença existe em todos os estados brasileiros, porém
principalmente nos situados na Amazônia, onde também encontra as condições climáticas ideais para a difusão.
Pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro,
refizeram no começo da década de 1990 o roteiro da expedição científica à
Amazônia que Carlos Chagas liderou em 1912. Constataram que, quase
oitenta anos depois, são piores as condições de saneamento básico, mais
graves os níveis de miséria e ausente a assistência médica preventiva na
região, o que explica o aumento de casos de doenças endêmicas.
Programa Saúde na Escola.
O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação
permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade
de vida dos educandos.
O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes
por meio de ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças e
agravos à saúde e de atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das
vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e
jovens da rede pública de ensino.
18
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica,
gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de
forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
As ações de educação e saúde do PSE ocorrerão nos Territórios pactuados
entre os gestores municipais de educação e de saúde definidos segundo a
área de abrangência das Equipes de Saúde da Família (Ministério da Saúde), tornando possível a interação entre os equipamentos públicos da saúde
e da educação (escolas, centros de saúde, áreas de lazer como praças e
ginásios esportivos, outros).
As ações do PSE devem estar pactuadas no projeto político-pedagógico
das escolas. Esse planejamento deve considerar: o contexto escolar e
social e o diagnóstico local de saúde do educando.
O PSE foi constituído por cinco componentes:
a) Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens
que estão na escola pública;
b) Promoção da Saúde e ações de Prevenção de doenças e de agravos à
saúde. O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) integra-se a esse
componente ;
c) Educação Continuada e Capacitação dos Profissionais da Educação e da
Saúde e de Jovens;
d) Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes;
e) Monitoramento e Avaliação do Programa.
Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se
propõe a ser um novo desenho da política de educação e saúde uma vez
que:
(1) trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla
para a cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;
(2) permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas
de saúde e educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e
adolescentes; e
(3) promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais,
comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social
da política pública.
QUESTÕES DO SUS – CONCURSO
http://zecaalves.no.comunidades.net/index.php?pagina=1
01 - Com relação às disposições da Lei n° 8.080/90 referentes à Saúde do
Trabalhador, assinale a alternativa correta.
a) O Sistema Único de Saúde não se responsabiliza pela informação ao
trabalhador, à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os
riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, ficando
essas informações a cargo das instituições privadas.
b) A partir da homologação dessa lei, a avaliação do impacto que as novas
tecnologias provocam à saúde ficaram a cargo do Ministério da Ciência e
Tecnologia e suas representações estaduais.
c) A direção municipal do Sistema Único de Saúde deve indicar a entidade
sindical responsável pela revisão periódica da listagem oficial de doenças
originadas no processo de trabalho.
d) As políticas de saúde do trabalhador incluem a responsabilidade na
formação dos recursos
humanos, promovendo cursos de reciclagem e garantindo sua satisfação
no trabalho.
e) Devem ser desenvolvidas atividades voltadas à recuperação e
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho.
02 - São princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) que constam na Lei
8080/90:
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a) centralização, universalidade e integralidade.
b) hierarquização, centralização e integralidade.
c) universalidade, igualdade e integralidade.
d) universalidade, participação popular e autonomia.
e) integralidade, participação popular e autonomia.
03 - A Lei nº 8.080/90, no seu capítulo III, dispõe sobre a articulação das
políticas e programas de saúde e as principais atividades a serem desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde, a cargo das comissões intersetoriais. Sobre o disposto na lei, considere as seguintes atividades:
I. Alimentação e nutrição
II. Biodiversidade
III. Segurança
IV. Ciência e tecnologia
Cumprem ao Sistema Único de Saúde:
a) Somente I.
b) Somente II.
c) Somente III e IV.
d) Somente II e III.
e) Somente I e IV.
04 - Quanto à competência da direção municipal do sistema de saúde
(SUS) regida pela Lei n° 8.080/90, considere as seguintes atribuições:
I. Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e
gerir e executar os serviços públicos de saúde.
II. Participar do planejamento, programação e organização da rede nacional
e independente do Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua
direção estadual.
III. Acompanhar o processo de licitação para definir a gestão de laboratórios públicos de saúde e hemocentros.
IV. Executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras independentemente da União e dos
Estados.
É(são) da competência da direção municipal do Sistema Único de Saúde
(SUS):
a) Somente III.
b) Somente I.
c) Somente I e II.
d) Somente II e IV.
e) Somente III e IV.
05 - Considere as seguintes afirmativas, relacionadas à participação da
iniciativa privada na assistência à saúde, conforme as disposições da Lei nº
8080/90:
I. As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência para
participar do Sistema Único de Saúde.
II. Os princípios éticos e as normas que regem o seu funcionamento devem
ser submetidos à apreciação pelo órgão de direção do Sistema Único de
Saúde.
III. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros
de cobertura assistencial serão estabelecidos mediante negociação das
tabelas praticadas, visando atingir uma média de valores de mercado.
IV. Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços
contratados é vetado exercer cargo de chefia ou função de confiança no
Sistema Único de Saúde.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa III é verdadeira.
c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
06 - Com relação às disposições da Lei n° 8.080/90, considere as seguintes
afirmativas:
I. A vigilância sanitária engloba um conjunto de ações capaz de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde.
II. À direção estadual do Sistema Único de Saúde compete participar do
controle dos agravos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde
humana.
19
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
III. Nos estados, o Sistema Único de Saúde organiza-se em distritos.
IV. A assistência terapêutica integral, incluindo medicamentos, não está
prevista no Sistema Único de
Saúde.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa IV é verdadeira.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras
e) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
07 - À direção municipal do Sistema Único de Saúde, conforme a Lei n°
8080/90, compete:
a) executar as ações de vigilância sanitária em relação às fronteiras internacionais.
b) planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde,
como gerir e executar os serviços públicos de saúde.
c) planejar, executar e gerir os laboratórios de análises de produtos farmacológicos e os hemocentros.
d) participar e gerir a programação de serviços de saúde no âmbito estadual.
e) programar e coordenar as campanhas estaduais de vacinação.
08 - Com relação às disposições da Lei n° 8.080/90, considere as seguintes
afirmativas:
I. A alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos
bens e serviços essenciais são fatores determinantes e condicionantes
do estado de saúde de uma população.
II. As ações previstas em lei devem ser praticadas pela iniciativa pública,
ficando vetada a participação da iniciativa privada em qualquer instância.
III. A saúde é um direito fundamental do ser humano, e é um dever das
pessoas, da família, das empresas e da sociedade prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.
IV. O Estado deve garantir a saúde a partir da execução de políticas econômicas e sociais que visem a redução de riscos de doenças.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa II é verdadeira.
b) Somente a afirmativa III é verdadeira.
c) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras
09 - Qual dos princípios abaixo NÃO faz parte da Lei Orgânica de Saúde nº
8.080/90?
a) Integralidade.
b) Universalidade.
c) Igualdade.
d) Centralização.
e) Direito à informação, das pessoas assistidas, sobre sua saúde.
10 - Com relação aos objetivos das políticas de recursos humanos do
Sistema Único de Saúde, de acordo com o disposto na Lei n° 8.080/90,
considere as seguintes afirmativas:
I. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do
Sistema Único de Saúde, só poderão ser exercidos em regime de tempo
integral.
II. Prevê a organização de um sistema de formação de recursos humanos
em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além da
elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal.
III. Prevê que os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou
empregos não poderão exercer
suas atividades em mais de um estabelecimento do Sistema Único de
Saúde.
IV. Dispõe sobre a extinção gradativa da dedicação exclusiva nos serviços
do Sistema Único de Saúde.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Somente a afirmativa I é verdadeira.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
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11 - Indique a frase correta:
a) Todos perceberam que ela estava meia decepcionada.
b) Proibido entrada de pessoas estranhas.
c) Ana mesmo confirmou a participação do grupo.
d) Foi muito comentado pelas revistas a relação dos dois.
12 - O principal propósito é reorganizar a prática da atenção à saúde em
novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais
perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.
Trata-se:
a) Programa de Saúde da Família (PSF).
b) Sistema Único de Saúde (SUS).
c) Fundo Nacional de Saúde (FNS).
d) Instituto Nacional do Câncer.
13 - São princípios básicos do SUS, exceto:
a) Participação da comunidade.
b) Integralidade.
c) Centralização.
d) Universalização.
14 - Assinale a alternativa que indica o número máximo de pessoas que
uma equipe de saúde de família pode ser responsável:
a) 2500.
b) 1500.
c) 3500.
d) 4500.
15 - Assinale a alternativa correta sobre o número mínimo de membros de
uma equipe do PSF:
a) 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 6 a 8 agentes comunitários de saúde.
b) 1 médico, 1 enfermeiro, 2 auxiliar de enfermagem, 4 a 6 agentes comunitários de saúde.
c) 1 médico, 2 enfermeiro, 2 auxiliar de enfermagem, 6 a 8 agentes comunitários de saúde.
d) 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 4 a 6 agentes comunitários de saúde.
16 - Qual é a capacidade de resolução de uma unidade básica do PSF
quando funcionando adequadamente?
a) 55%.
b) 35%.
c) 85%.
d) 15%.
17 - Atende a todos os integrantes de cada família, independente de sexo e
idade, desenvolve com os demais integrantes da equipe, ações preventivas
e de promoção da qualidade de vida da população. Essas são as atribuições de qual membro da equipe do PSF?
a) Enfermeiro.
b) Médico.
c) Auxiliar de enfermagem.
d) Agente comunitário de saúde (ACS).
18 - Faz a ligação entre as famílias e o serviço de saúde, visitando cada
domicílio pelo menos uma vez por mês, realiza o mapeamento de cada
área, o cadastramento das famílias e estimula a comunidade para práticas
que proporcionem melhores condições de saúde e de vida. Essas são as
atribuições de qual membro da equipe do PSF?
a) Enfermeiro.
b) ACS.
c) Auxiliar de enfermagem.
d) Médico.
19 - Processo particular de expressão das condições de vida de uma sociedade, representando as
diferentes qualidades do processo vital e as diferentes competências
para enfrentar desafios,
agressões, conflitos, mudança. Tem uma dupla e contraditória natureza:
biológica e psicológica. Tratase de:
20
A Opção Certa Para a Sua Realização
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a) Processo saúde-doença.
b) Processo transmissão.
c) Processo diagnóstico.
d) Processo terapêutico.
20 - A direção do SUS é exercida no âmbito da União pelo(a):
a) Secretaria de Saúde.
b) Congresso Federal.
c) Ministério da Saúde.
d) Presidente da República.
21 - Tem por finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para a
formação e educação continuada dos recursos humanos do SUS, assim
como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições (ensino profissional e superior). Trata-se de(a):
a) Comissões permanentes de integração entre serviços de saúde e instituições de ensino.
b) Comissões intersetoriais de integração entre serviços de saúde e instituições de ensino.
c) Comissões interestaduais de integração entre serviços de saúde e instituições de ensino.
d) Comissões intermunicipais de integração entre serviços de saúde e
instituições de ensino.
22 - São atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municípios, exceto:
a) Implementar o Sistema Nacional de sangue, componentes e derivados.
b) Realizar pesquisas e estudos na área de saúde.
c) Elaboração e atualização periódica dos planos de saúde.
d) Controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde.
23 - À direção nacional do SUS compete, exceto:
a) Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição.
b) Formar consórcios administrativos intermunicipais.
c) Coordenar e participar na execução da vigilância epidemiológica.
d) Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse
para a saúde.
24 - São etapas da implantação do PSF, exceto:
a) Solicitar formalmente ao Ministério da Saúde a adesão do município ao
PSF.
b) Selecionar, contratar e capacitar os profissionais que atuarão no programa.
c) Identificar as áreas prioritárias para a implantação do programa; mapear
o número de habitantes em cada área.
d) Calcular o número de equipes e de agentes comunitários necessários.
25 - Assinale a alternativa incorreta:
a) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
b) É autorizada a participação direta ou indiretamente de empresas ou de
capitais estrangeiros na assistência à saúde.
c) Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros
de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do
SUS, aprovados no Conselho Nacional de Saúde.
d) Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a
cobertura assistencial à
população de uma determinada área, o SUS poderá recorrer aos serviços
ofertados pela iniciativa
privada.
26 - Serão co-financiadas pelo SUS, pelas universidades e pelo orçamento
fiscal, além de recursos de instituição de fomento e financiamento ou de
origem externa e receita própria das instituições executoras. Trata-se:
a) Atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em
saúde.
b) Ações de saneamento.
c) Recuperação de viciados.
d) Ações de vacinação.
27 - Assinale a alternativa que indica corretamente qual foi a primeira
modalidade de seguro para trabalhadores do setor privado:
a) SUS (Sistema Único de Saúde).
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b) IAP (Institutos de Aposentadorias e Pensões).
c) INPS (Instituto Nacional de Previdência Social).
d) CAP (Caixas de Aposentadorias e Pensões).
28 - São características até hoje do sistema previdenciário, exceto:
a) Instituição, por iniciativa do Estado, da implementação de um seguro
social com caráter altamente controlador dos segmentos de trabalhadores
dos setores essenciais à economia brasileira.
b) A forma tripartite de financiamento - empregadores, trabalhadores
e Estado - este último
arrecadando recursos para tal fim a partir da criação de novos impostos.
c) O acesso do trabalhador e seus dependentes à assistência médica na
condição de filiado ao segurosocial.
d) O caráter assistencialista e universalizante do seguro social.
29 - A contribuição dos empregados, que era um porcentual sobre o faturamento da empresa, passa a ser um percentual sobre a sua folha de
salários, com o que a receita das instituições torna-se função dos salários.
Essa alteração ocorreu:
a) Do INPS para o SUS.
b) Do IAP para o INPS.
c) Do CAP para o IAP.
d) Do INPS para o CAP.
30 - Não se trata de uma característica do atual perfil de organização de
serviços de saúde no país:
a) Com acentuadas distorções na sua forma de financiamento.
b) Acentuadamente estatizado.
c) Altamente centralizado.
d) Com clara divisão de trabalho entre os setores público e privado.
31 - Assinale a alternativa que indica o tipo de país que mais gasta em
saúde per capita:
a) América Latina.
b) Países em transição demográfica.
c) Países com economia de mercado consolidada.
d) Sudeste asiático.
32 - Em relação à organização do SUS é incorreto afirmar:
a) O detalhamento das diretrizes e das modalidades operacionais previstas
para esse sistema foram
regulamentadas pelas leis 8080 de 1990 e 8142 de 1991 conhecidas como
Lei Orgânica da Saúde
(LOS).
b) Pode-se dividir as esferas de atendimento como terciária, secundária e
primária correspondendo à esfera terciária os chamados centros de saúde
(a saúde em nível de distritos).
c) Possui como objetivo a universalização da assistência, ou seja, busca o
combate à pobreza e principalmente a exclusão social.
d) Está organizado ao nível das três esferas governamentais como serviço
público de saúde (federal,
estadual e municipal) competindo a cada esfera sua organização ao seu
nível, ou seja, à esfera federal compete a formulação de políticas nacionais,
à estadual, políticas estaduais de saúde e à municipal, políticas municipais
de saúde.
33 - Em relação à articulação entre o setor público de saúde e o setor
privado de saúde pode-se afirmar que:
a) Dentre os dois segmentos do setor privado, o lucrativo e o não-lucrativo,
o setor lucrativo é o que mais se articula ao SUS por meio de contratos
para a prestação de serviços.
b) Não há qualquer tipo de articulação entre estes sistemas, uma vez que
funcionam de maneira completamente independente.
c) O segmento não-lucrativo do setor privado abrange instituições filantrópicas, tais como as Santas Casas de Misericórdia, sendo que boa parte delas
vinculam-se ao SUS por meio de contratos para prestação de serviços.
d) O segmento lucrativo tem como sua parcela mais expressiva o chamado
sistema supletivo de assistência médica abarcando apenas as cooperativas
médicas e os planos de administração.
21
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
34 - Os estabelecimentos assistenciais que compõem a rede de serviços de
saúde - estatais e privados - são usualmente classificados em postos de
saúde, centros de saúde, unidades mistas, policlínicas, pronto-socorros e
hospitais. Assinale a alternativa que melhor correlaciona o estabelecimento e sua função:
a) Centro de saúde: presta assistência à saúde de determinada
população valendo-se de procedimentos mais simplificados, praticamente
sem incorporações de equipamentos.
b) Policlínica: tipo de serviço que apresenta atendimento ambulatorial
especializado concentrando-se nas cidades de médio e grande porte e nas
regiões economicamente mais desenvolvidas, atua no nível da atenção
secundária na modalidade ambulatorial.
c) Pronto-socorro: estabelecimento voltado para a assistência médica em
regime de internação.
d) Hospital: estabelecimento com pequena incorporação de tecnologias,
atua no nível primário de
atenção.
35 - Assinale a alternativa incorreta a respeito do PSF:
a) A estratégia do PSF foi iniciada em junho de 1991, com a implantação do
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
b) Em janeiro de 1994, foram formadas as primeiras equipes de Saúde da
Família.
c) A proporção média é de um Agente Comunitário de Saúde para 1000
pessoas acompanhadas.
d) Deve prestar atendimento de bom nível, prevenindo doenças, evitando
internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida da população.
36 - “...Em conseqüência, a atuação do Estado no setor passa cada vez
mais a ser regida pela lógica que define sua competência como sendo por
excelência medidas de caráter coletivo, da esfera da Saúde Pública, cabendo ao setor privado, em larga medida financiado pela Previdência
Social, a assistência médica individual. E nesse processo, progressivamente, o setor público vai assumindo um caráter suplementar, tendo de suprir a
ausência do setor privado onde este não tem interesse por inviabilidade de
retorno econômico...” utilizando-se deste trecho retirado do livro “Saúde no
Brasil” de Amélia Cohn e Paulo E. Elias é possível afirmar:
a) Está havendo uma inversão do inicialmente proposto, uma vez que o
setor público está cada vez mais atuando supletivamente, papel este que
deveria ser função do setor privado.
b) Não há qualquer problema com esta divisão, uma vez que o financiador
é o SUS o atendimento é feito de forma igualitária.
c) Isto foi uma verdade até 1988 que com o novo texto constitucional colocou o setor privado em sua função de suplente do sistema público.
d) O lucro não é o principal objetivo do setor privado uma vez que assume
papéis que inviabilizam muitas vezes este ganho.
37 - Assinale a alternativa correta a respeito da lei 8142:
a) Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da
saúde.
b) Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
c) Dispõe sobre licitação e contratos da Administração.
d) Da nova redação ao artigo 177 da Constituição Federal, alterando e
inserindo parágrafos.
38 - Reunir-se-á a cada quatro anos com a representação de vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes
para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes,
convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo
Conselho de Saúde. Trata-se:
a) Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
b) Conferencia de Saúde.
c) Conselho de Saúde.
d) Ministério da Saúde.
39 - Assinale a alternativa incorreta a respeito do PSF:
a) Identificar os principais problemas de saúde e situações de risco aos
quais a população que ela atende está exposta.
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b) Elaborar, sem a participação da comunidade, um plano local para enfrentar os determinantes do processo saúde-doença.
c) Desenvolver ações educativas e intersetoriais para enfrentar os problemas de saúde identificados.
d) Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e
racionalizada à demanda, organização espontânea, da Unidade de
Saúde da Família, na comunidade, no domicílio e o acompanhamento
no atendimento nos serviços de referência ambulatorial ou hospitalar.
40 - Consiste na complementação da renda familiar, com recursos da
União, para melhoria da alimentação e das condições de saúde e nutrição.
Trata-se do programa de saúde:
a) Brasil Sorridente.
b) Cartão Nacional de Saúde.
c) Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
d) Bolsa Alimentação.
41 - O objetivo é facilitar o atendimento, possibilitando uma identificação
mais rápida do paciente, a
marcação de consultas e exames e melhorar o acesso aos medicamentos
pela rede do SUS. Trata-se
do programa:
a) HumanizaSUS.
b) Sistema de Informação da Atenção Básica.
c) Banco de preços em Saúde-AIDS.
d) Cartão Nacional de Saúde.
42 - Tem a função de monitorar os indicadores de saúde das populações, a
partir de informações dos agentes e das equipes de Saúde da Família.
Trata-se do programa:
a) Sistema de Informação da Atenção Básica.
b) Programa Saúde da Família.
c) Cartão Nacional de Saúde.
d) Projeto Expande.
43 - Lançado em 2001 e desenvolvido juntamente com as Secretarias de
Assistência à Saúde e Secretaria Executiva, ambos do Ministério da Saúde.
Tem como principal objetivo estruturar a integração da assistência oncológica no Brasil a fim de obter um padrão de alta qualidade na cobertura da
população. Trata-se do programa:
a) Programa Saúde da Família.
b) ReforSUS.
c) Projeto Expande.
d) Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama Viva Mulher.
44 - O Bolsa Família é um programa de transferência de renda destinado
às famílias em situação de
pobreza, com renda per capita até _________ mensais. Assinale a alternativa que melhor preenche a
lacuna:
a) R$ 100,00.
b) R$ 200,00.
c) R$ 50,00.
d) R$ 150,00.
45 - Em relação à participação da comunidade no SUS, pode-se afirmar
que a legislação vigente:
a) Prevê a participação somente dos usuários do SUS.
b) Prevê somente a participação dos usuários do SUS e dos representantes
dos poderes públicos.
c) Não contempla a representação dos profissionais de saúde.
d) Determina que os Conselhos de Saúde constituam a instância de participação da comunidade.
46 - Fazem parte do segmento lucrativo do setor privado de saúde, exceto:
a) Medicina de grupo.
b) Cooperativas médicas.
c) Planos de administração.
d) Instituições originalmente organizadas pelas diversas comunidades de
imigrantes.
22
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APOSTILAS OPÇÃO
47 - Presta assistência à saúde de determinada população valendo-se de
procedimentos mais simplificados, praticamente sem incorporação de
equipamentos e contando de forma permanente apenas com recursos
humanos de nível elementar ou médio. Essa descrição é de:
a) Posto de saúde.
b) Centro de saúde.
c) Policlínica ou posto de assistência médica.
d) Pronto-socorro.
48 - Qual é a porcentagem, aproximada, da participação da esfera federal
nos gastos públicos em
saúde?
a) 10 a 20%.
b) 30 a 40%.
c) 50 a 60%.
d) 70 a 80%.
49 - Assinale a alternativa que indica qual a principal causa de mortalidade
no país:
a) Neoplasias.
b) Doenças do aparelho circulatório.
c) Doenças do aparelho respiratório.
d) Causas externas (homicídio, suicídio).
50 - Não é uma atuação do SUS a execução da ação:
a) De vigilância sanitária.
b) De saúde do idoso.
c) De saúde do trabalhador.
d) NDA
51 - Para receberem os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), os
Municípios, Estados e Distrito Federal deverão contar com, exceto:
a) Fundo de saúde.
b) Conselho de saúde.
c) Plano de saúde.
d) Perfil demográfico da região.
52 - Segundo a Lei nº 8080/90, que regulamenta o Sistema Único de Saúde
(SUS), a participação da iniciativa privada na assistência à saúde é:
(A) livre;
(B) obrigatória;
(C) minoritária;
(D) prioritária;
(E) proibida.
53 - Segundo a Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS
01/2002 -, a responsabilidade do Ministério da Saúde sobre a política de
alta complexidade se traduz, entre outras, nas seguintes atribuições, EXCETO:
(A) definição de normas nacionais;
(B) definição de incorporação dos procedimentos a serem ofertados à
população pelo Sistema Único da
Saúde;
(C) transferência para os Estados da definição do elenco de procedimentos
de alta complexidade;
(D) controle do cadastro nacional de prestadores de serviços;
(E) formulação de mecanismos voltados à melhoria da qualidade dos
serviços prestados.
54 - A Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) NOB/96 identifica quatro papéis básicos do gestor federal, EXCETO:
(A)
exercer a gestão do SUS, no âmbito nacional;
(B)
promover as condições e incentivar o gestor estadual com vistas ao
desenvolvimento dos
sistemas municipais, de modo a conformar o SUS-Estadual;
(C)
fomentar a harmonização, a integração e a modernização dos
sistemas estaduais compondo,
assim, o SUS-Nacional;
(D)
centralizar todas as ações de saúde no âmbito nacional;
(E)
exercer as funções de normalização e de coordenação no que se
refere à gestão nacional do
SUS.
Conhecimentos Específicos
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
55 - É uma instância colegiada do Sistema Único de Saúde:
(A)
Ministério da Saúde;
(B)
Fundo Municipal de Saúde;
(C)
Conferência de Saúde;
(D)
Secretaria de Assistência à Saúde;
(E)
Secretaria de Vigilância à Saúde.
56 - Segundo a Lei nº 8142/90, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), a Conferência de
Saúde deve reunir-se a cada:
(A)
ano;
(B)
dois anos;
(C)
três anos;
(D)
quatro anos;
(E)
cinco anos.
57 - A realização das funções de controle e avaliação em saúde devem ser
feitas:
(A)
pela Presidência da República;
(B)
por todos os níveis do sistema de saúde;
(C)
pelo órgão específico do Ministério da Saúde;
(D)
pelos governos estaduais;
(E)
pelos conselhos comunitários.
58 - Segundo a Norma Operacional da Assistência à Saúde - NOAS
01/2002 -, os municípios poderão habilitar-se à gestão do sistema de saúde
de forma:
(A)
plena;
(B)
semiplena;
(C)
plena somente em relação à atenção básica ampliada;
(D)
semiplena somente em relação à atenção básica ampliada;
(E)
semiplena somente em relação à atenção terciária.
59 - Segundo a Lei nº 8080/90, constitui um critério para o estabelecimento
de valores a serem
transferidos a estados, Distrito Federal e municípios:
(A)
participação paritária dos usuários no conselho de saúde;
(B)
prioridade para o atendimento hospitalar;
(C)
desempenho técnico, econômico e financeiro no período atual;
(D)
eficiência na arrecadação de impostos;
(E)
perfil epidemiológico da população a ser coberta.
60 - As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único que visa:
(A)
o atendimento voltado para atividades preventivas;
(B)
o atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
(C)
apenas ações de promoção da saúde;
(D)
apenas ações de prevenção secundária;
(E)
o atendimento voltado apenas para as atividades assistenciais.
61 - NÃO se inclui entre os objetivos do Sistema Único de Saúde:
(A)
identificação dos fatores determinantes da saúde;
(B)
formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos
econômico e social, a redução de riscos de doenças e de outros agravos;
(C)
assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações
assistenciais e das atividades preventivas;
(D)
divulgação dos fatores determinantes da saúde;
(E)
participação prioritária da iniciativa privada na assistência à saúde.
GABARITO
01. E
02. C
03. E
04. B
05. D
06. E
07. B
08. C
23
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
C) Pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação
do cuidado, do vínculo e continuidade.
D) Pela integralidade, responsabilização, humanização da eqüidade e da
participação social.
E) Todas as alternativas anteriores completam o enunciado.
09. D
10. A
11. B
12. A
13. C
14. D
15. D
16. C
17. B
18. B
19. A
20. C
21. A
22. D
23. B
24. A
25. B
26. A
27. D
28. D
29. C
30. B
31. C
32. B
33. C
34. B
35. C
36. A
37. A
38. B
39. B
40. D
41. D
42. A
43. C
44. A
45. D
46. D
47. B
48. D
49. B
50. B
51. D
52. A
53. C
54. D
55. C
56. D
57. B
58. A
59. E
60. B
61. E
03. No papel da Vigilância Sanitária encontramos como causa de
preocupação a Leptospirose, uma zoonose que ocorre em várias
regiões. Sobre esta zoonose é INCORRETO afirmar que:
A) A transmissão ao homem pode ocorrer por exposição direta ou indireta à
urina de animais infectados, através do contato
com água e lama contaminadas.
B) Entre os animais de companhia, o cão é uma fonte comum de infecção e
tem sido identificado como elemento na transmissão de leptospiras ao
homem.
C) Os agentes causadores da Leptospirose animal são os mesmos da
Leptospirose humana.
D) O cão quando vacinado não transmite Leptospirose.
E) A transmissão de pessoa a pessoa é muito rara.
04. Em consonância com a Lei Federal nº8080/1990 e considerando as
diretrizes de Constituição Federal na descentralização políticoadministrativa, com direção única em cada esfera de governo ocorrerá:
A) Com ênfase na descentralização dos serviços para o município.
B) Pela regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde.
C) Em função da capacitação de pessoal técnico.
D) A partir da resolutividade dos conselhos administrativos hospitalares.
E) As alternativas A e B completam o enunciado.
05. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver os
serviços de saúde e a estes, aplica-se o princípio da direção:
Autárquica.
Hospitalar.
Única.
Paralela.
E) Consorciada.
06. Analise abaixo as atribuições comuns da União, Estados, Municípios e Distrito Federal no âmbito administrativo, considerando a Lei
Federal nº8080/1990:
I. Organização e coordenação do sistema de informação de saúde.
II. Administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em
cada ano, à saúde.
III. Elaboração e atualização periódica do plano de saúde.
IV. Fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de
atendimento emergencial.
Estão corretas apenas as alternativas:
A) I, II e III B) I, II, III e IV C) I, III e IV D) II, III e IV E) I e II
PROVA SIMULADA II
01. Considerando as competências estabelecidas no Regulamento da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, são serviços submetidos ao
controle e fiscalização sanitária, EXCETO:
A) Os serviços realizados em regime de internação.
B) Todos os serviços voltados para a atenção ambulatorial, seja de rotina
ou de emergência.
C) A engenharia genética pelas fontes de radiação e outros processos.
D) Os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.
E) Aqueles serviços que impliquem à incorporação de novas tecnologias.
02. A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de
saúde, no âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção e a
proteção da saúde. Tal prática é desenvolvida:
A) Através do exercício de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e
participativas sob a forma de trabalho em equipe.
B) Pelo contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde.
Conhecimentos Específicos
07. O Pacto pela Saúde/2006 promove a consolidação do SUS e na
estruturação de prioridades, o Pacto pela Vida estabelece para a
Saúde do idoso:
1. Promoção do envelhecimento ativo e saudável.
2. Atenção integral e integrada à saúde de pessoa idosa.
3. Estímulo às ações intersetoriais, visando a integralidade da atenção.
4. A implantação de serviços de atenção domiciliar.
5. O acolhimento preferencial em unidades de saúde respeitando o critério
de risco.
Pode-se afirmar que a quantidade de itens corretos é igual a:
A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5
08. A Lei Orgânica de Saúde (Lei nº8080/90) define que a saúde tem
como fatores determinantes e condicionantes: alimentação, moradia,
saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Neste sentido,
promover a saúde é:
A) Atuar para mudar positivamente os elementos considerados determinantes na situação saúde/doença.
B) A promoção à saúde depende do acesso à informação, de direitos
sociais, de praticar princípios que caracterizam uma
24
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
sociedade democrática como a eqüidade, a solidariedade, o respeito aos
direitos e à justiça social.
C) As propostas de integralidade podem ser buscadas, no caso da promoção, eximindo a aproximação das pessoas e a
cultura popular.
D) As alternativas A e B estão corretas.
E) As alternativas A, B e C estão corretas.
09. Por controle social, entende-se em saúde, a participação da sociedade civil no planejamento, implementação,
monitoramento e avaliação dos serviços. Este é um princípio garantido pela Constituição Federal e regulamentado:
A) Pela Lei nº6.259/1975 da Vigilância Epidemiológica. D) Em função do
Pacto pela Saúde – 2006.
B) Pela Lei nº8.142/1990 da participação na Gestão do SUS. E) Pelas
Diretrizes Operacionais do Pacto pela Vida.
C) Através das competências gerais da ANVISA.
10. Torna-se fundamental a elaboração de uma política de Vigilância
Sanitária respaldada em princípios básicos, como:
A) O reconhecimento do direito inalienável que tem todas as pessoas à
saúde.
B) A obrigação do Estado frente aos direitos das pessoas.
C) A obrigação do Estado face a uma atuação disciplinada e determinada
em função de abusos.
D) A inclusão de gastos no controle de doenças veiculadas e definidas pela
Vigilância Sanitária.
E) As alternativas A e B estão corretas.
11. Um dos objetivos da regulação do SUS é
(A) garantir a efetividade do atendimento nos serviços de urgência e emergência, propiciando reciclagem aos profissionais.
(B) tornar os serviços de saúde de um município autônomos em relação à
Programação Pactuada e Integrada.
(C) tornar o planejamento de saúde mais flexível.
(D) economizar recursos de alta complexidade.
(E) organizar e garantir o acesso da população a ações e serviços em
tempo oportuno, de forma ordenada e equânime.
12. Segundo a Lei n.o 8.080/90, o SUS é constituído por
(A) serviços de saúde próprios, exclusivamente.
(B) serviços de saúde próprios e entidades filantrópicas, exclusivamente.
(C) ações e serviços de saúde, prestados exclusivamente por órgãos de
saúde estaduais.
(D) ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas
federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo Poder Público.
(E) serviços de saúde próprios e organizações sociais, exclusivamente.
13. O Sistema de Único de Saúde (SUS), no Brasil, é responsável pelo
cuidado à saúde de todos os brasileiros. Considerando que o sistema é
universal e equânime, podemos afirmar que:
(A) Todos os brasileiros possuem direito de ser atendidos no SUS, sem
distinção de raça, credo, classe social, escolaridade ou qualquer outra
característica;
(B) Somente os brasileiros menores de 80 anos possuem direito de serem
atendidos no SUS, os acima de 80 anos devem recorrer à justiça para
serem atendidos;
(C) Os deputados, senadores e demais políticos possuem preferência no
atendimento pelo SUS, na frente dos demais brasileiros;
(D) O SUS está organizado para atender somente à população pobre, já as
classes, média e alta, não podem utilizar o SUS e precisam adquirir planos
ou seguros privados de saúde;
(E) O SUS é estruturado para atender somente às pessoas com doença
simples, segundo a Lei Orgânica da Saúde, 8080/90. Os demais doentes,
mais graves, deverão procurar a justiça para garantir o seu atendimento.
14. Marque a opção com a definição CORRETA para os princípios e diretrizes do SUS.
(A) Descentralização – esse princípio define que o sistema de saúde se
organize tendo uma única direção, com um único gestor em cada esfera de
governo;
Conhecimentos Específicos
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(B) Equidade – o SUS deve promover a justiça social, traduz-se no tratamento igual para todos, investir mais onde e para quem as necessidades
forem maiores;
(C) Universalidade – significa que o SUS deve atender a todos, sem distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção necessária, com um custo
limite para cada paciente;
(D) Hierarquização – A maioria das necessidades em saúde da população é
resolvida nos serviços das maternidades, das policlínicas, dos prontossocorros e hospitais. Algumas situações, porém, necessitam de serviços
com equipamentos e profissionais com outro potencial de resolução, como
na Atenção Primária à Saúde com ou sem equipes de Saúde da Família;
(E) Regionalização – orienta a centralização das ações e serviços de saúde, dificultando a pactuação entre os gestores. Tem como objetivo garantir
o direito à saúde da população, reduzindo desigualdades sociais e territoriais.
15. O SUS – Sistema Único de Saúde – é um conjunto de ações e serviços
de saúde prestados por órgãos e instituições públicas. É um dos objetivos
do SUS:
A) Atender exclusivamente à parcela mais pobre da população.
B) Extinguir os hospitais particulares.
C) Assistir às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde.
D) Desafogar a superlotação dos hospitais particulares.
E) Arrecadar recursos para financiar a previdência social.
16. A integralidade é um princípio fundamental do SUS e significa:
A) Ter todos os recursos necessários ao atendimento em uma única Unidade de Saúde.
B) Atender a todos sem qualquer tipo discriminação.
C) Garantia de acesso a todos os níveis de complexidade do Sistema de
Saúde.
D) Que a sociedade deve participar das decisões do SUS.
E) União de todas as esferas do governo para gerir o SUS.
Nas questões que se seguem, assinale:
C – se a proposição estiver correta
E – se a mesma estiver incorreta
17. O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais pactuado
entre as três esferas de gestão (União, estados e municípios) do Sistema
Único de Saúde, com o objetivo de promover inovações nos processos e
instrumentos de gestão. Sua implementação se dá por meio da adesão de
municípios, estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG),
que, renovado anualmente, substitui os anteriores processos de habilitação
e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação.
18. As transferência dos recursos também foram modificadas, passando a
ser divididas em seis grandes blocos de financiamento (Atenção, Básica,
Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde, Assistência Farmacêutica, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde).
19. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio-cultural e busca a promoção
de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos
ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver
de modo saudável.
20. Visando à operacionalização da Atenção Básica, definem-se como
áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional a eliminação
da hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a
saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso, a saúde bucal e a
promoção da saúde. Outras áreas serão definidas regionalmente de acordo
com prioridades e pactuações definidas nas CIBs.
21. As condições de trabalho, de moradia, de alimentação, do meio ambiente e de lazer, dentre outras, determinam nossa maior ou menor saúde.
25
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
22. A Promoção da Saúde é uma das estratégias do setor saúde para
buscar a melhoria da qualidade de vida da população. Seu objetivo é produzir a gestão compartilhada entre usuários, movimentos sociais, trabalhadores do setor sanitário e de outros setores, produzindo autonomia e coresponsabilidade.
23. A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), aprovada em 30 de
março de 2006, dá diretrizes e aponta estratégias de organização das
ações de promoção da saúde nos três níveis de gestão do Sistema Único
de Saúde (SUS) para garantir a integralidade do cuidado.
24. No SUS, a estratégia de promoção da saúde é retomada como uma
possibilidade de enfocar os aspectos que determinam o processo saúdeadoecimento em nosso País – como, por exemplo: violência, desemprego,
subemprego, falta de saneamento básico, habitação inadequada e/ou
ausente, dificuldade de acesso à educação, fome, urbanização desordenada, qualidade do ar e da água ameaçada e deteriorada; e potencializam
formas mais amplas de intervir em saúde.
25. Na Constituição Federal de 1988, o estado brasileiro assume como
seus objetivos precípuos a redução das desigualdades sociais e
regionais, a promoção do bem de todos e a construção de uma sociedade solidária sem quaisquer formas de discriminação. Tais objetivos
marcam o modo de conceber os direitos de cidadania e os deveres do
estado no País, entre os quais a saúde (BRASIL, 1988).
26. No esforço por garantir os princípios do SUS e a constante melhoria dos
serviços por ele prestados, e por melhorar a qualidade de vida de sujeitos e
coletividades, entende-se que é urgente superar a cultura administrativa
fragmentada e desfocada dos interesses e das necessidades da sociedade,
evitando o desperdício de recursos públicos, reduzindo a superposição de
ações e, conseqüentemente, aumentando a eficiência e a efetividade das
políticas públicas existentes.
27. Nesse sentido, a elaboração da Política Nacional de Promoção da
Saúde é oportuna, posto que seu processo de construção e de implantação/implementação – nas várias esferas de gestão do SUS e na interação
entre o setor sanitário e os demais setores das políticas públicas e da
sociedade – provoca a mudança no modo de organizar, planejar, realizar,
analisar e avaliar o trabalho em saúde.
28. A Organização Mundial de Saúde define como promoção da saúde o
processo que permite às pessoas aumentar o controle e melhorar a sua
saúde. A promoção da saúde representa um processo social e político, não
somente incluindo ações direcionadas ao fortalecimento das capacidades e
habilidades dos indivíduos, mas também ações direcionadas a mudanças
das condições sociais, ambientais e econômicas para minimizar seu impacto na saúde individual e pública. Entende-se por promoção da saúde o
processo que possibilita as pessoas aumentar seu controle sobre os determinantes da saúde e através disto melhorar sua saúde, sendo a participação das mesmas essencial para sustentar as ações de promoção da saúde
(HPA, 2004)
29. A Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS do Ministério da Saúde (MS)
é responsável nacionalmente por todas as ações de vigilância, prevenção e
controle de doenças. As atividades da Secretaria incluem a coordenação de
programas de: (i) prevenção e controle das doenças transmissíveis de
relevância nacional, como aids, dengue, malária, hepatites virais, doenças
imunopreveníveis, leishmaniose, hanseníase e tuberculose; (ii) o Programa
Nacional de Imunizações (PNI); (iii) investigação de surtos de doenças; (iv)
coordenação da rede nacional de laboratórios de saúde pública; (v) gestão
de sistemas de informação de mortalidade, agravos de notificação obrigatória e nascidos vivos, (vi) realização de inquéritos de fatores de risco, (vii)
coordenação de doenças e agravos não-transmissíveis e (viii) análise de
situação de saúde, incluindo investigações e inquéritos sobre fatores de
risco de doenças não transmissíveis, entre outras ações.
Quanto aos princípios do SUS:
30. Universalidade - "A saúde é um direito de todos", como afirma a
Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que o Estado tem a
Conhecimentos Específicos
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos
sadios por força de lei.
31. Integralidade - A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos
quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras
palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem
ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.
32. Eqüidade - Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o
sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e
regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei
Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político
consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.
33. Participação da comunidade - O controle social, como também é
chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários
participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que
ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos
de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos
Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários
têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro
quarto.
34. Descentralização político-administrativa - O SUS existe em três níveis,
também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma
com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido
papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos
serviços de saúde; as transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou
seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço oferecido, e não no
número de atendimentos.
35. Hierarquização e regionalização - Os serviços de saúde são divididos
em níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido
diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas
quando necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência
e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a sua eficiência e
eficácia. Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é
responsável pela saúde de uma parte da população. Os serviços de maior
complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de
abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor
complexidade.
36. O controle social na gestão do SUS se dará através das seguintes
instâncias colegiadas, nos termos da Lei Federal 8.142/1990:
1. Conferência de Saúde.
2. Conselho de Saúde.
3. Conselho de Classe Médica.
4. Comissões Tripartite de Gestores.
5. Conselho Nacional de Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
Pode-se afirmar com base no enunciado, que a quantidade de alternativas
corretas é igual a:
A) 5
B) 4
C) 3
D) 2
E) 1
37. São princípios do Sistema Único de Saúde:
I. Universalidade.
II. Integralidade.
III. Participação comunitária.
IV. Eqüidade.
V. Regionalização.
Marque a opção correta:
A) apenas a I, II e IV estão corretas
B) apenas a I, III e V estão corretas
C) apenas a II, III e IV estão corretas
D) apenas a II, IV e V estão corretas
E) apenas a III, IV e V estão corretas
38. Em relação aos Princípios e Diretrizes do Sistema Único de Saúde,
quando descreve a “assistência, entendida como conjunto articulado e
26
A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do
sistema” está se referindo à:
A) autonomia.
B) integralidade.
C) participação comunitária.
D) prevenção da doença.
E) promoção da saúde.
Nas questões que se seguem, assinale:
C – se a proposição estiver correta
E –se a mesma estiver incorreta
39. O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos
sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados
da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos
governos federal, estaduais e municipais. Significa uma ação prioritária no
campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados e com
a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros
para o alcance desses resultados.
40. O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores do SUS em
torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de
saúde da população brasileira. A definição de prioridades deve ser
estabelecida através de metas nacionais, estaduais, regionais ou
municipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser agregadas
às prioridades nacionais, conforme pactuação local. Os estados/região/município devem pactuar as ações necessárias para o
alcance das metas e dos objetivos propostos.
41. A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde,
no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da
saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação
e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de
trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados,
pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os
problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o
contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se
pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do
cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização,
da humanização, da equidade e da participação social.
42. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio-cultural e busca a promoção
de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos
ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver
de modo saudável.
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
que se destinam a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de
populações que vivem em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva
dos problemas de saúde.
47. A Vigilância em Saúde, visando à integralidade do cuidado, deve inserir-se na construção das redes de atenção à saúde, coordenadas pela
Atenção Primária à Saúde. As redes de atenção à saúde consistem em
estruturas integradas de provisão de ações e serviços de saúde institucionalizados pela política pública, em um determinado espaço regional, a partir
do trabalho coletivamente planejado e do aprofundamento das relações de
interdependência entre os atores envolvidos.A integralidade é compreendida como a garantia de acesso a todos os serviços indispensáveis para as
necessidades de saúde, adequando a competência dos profissionais ao
quadro epidemiológico, histórico e social da comunidade e do usuário. A
Atenção Primária à Saúde caracteriza-se por um conjunto de ações de
saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, danos e riscos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde, tendo a estratégia de
Saúde da Família como prioridade para sua organização.
48. São requisitos básicos para o ingresso no serviço público do Município:
I - a nacionalidade brasileira ou equiparada;
II - o gozo dos direitos políticos;
III.- a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos; e
VI - ser julgado apto em inspeção de saúde por serviço médico competente.
49. Ao entrar em exercício, o funcionário nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de até dois
anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação
para desempenho do cargo, observados os seguintes requisitos:
I - idoneidade moral;
II - assiduidade;
III - disciplina; e
IV - produtividade.
50. Pelo exercício irregular de as atribuições, o funcionário responde civil,
penal e administrativamente.
RESPOSTAS
01.
D
11.
02.
A
12.
03.
E
13.
04.
B
14.
05.
C
15.
06.
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16.
07.
E
17.
08.
D
18.
09.
B
19.
10.
E
20.
43. A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária
para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de
Saúde.
E
D
A
A
C
C
C
C
C
C
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
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C
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C
C
C
C
C
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
C
C
C
C
C
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A
B
C
C
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
C
C
C
C
C
C
C
C
C
C
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44. A promoção da saúde, como uma das estratégias de produção de
saúde, ou seja, como um modo de pensar e de operar articulado às demais
políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro, contribui na construção de ações que possibilitam responder às necessidades
sociais em saúde.
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45. No SUS, a estratégia de promoção da saúde é retomada como uma
possibilidade de enfocar os aspectos que determinam o processo saúdeadoecimento em nosso País – como, por exemplo: violência, desemprego,
subemprego, falta de saneamento básico, habitação inadequada e/ou
ausente, dificuldade de acesso à educação, fome, urbanização desordenada, qualidade do ar e da água ameaçada e deteriorada; e potencializam
formas mais amplas de intervir em saúde.
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46. A Vigilância em Saúde tem como objetivo a análise permanente da
situação de saúde da população, articulando-se num conjunto de ações
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Conhecimentos Específicos
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A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO
A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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Conhecimentos Específicos
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Agente Comunitário de Saúde