RELATÓRIO DE ATIVIDADES GERAL – ANO 2013
I.
IDENTIFICAÇÃO
1.1 ENTIDADE
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DE FRANCA
1.2 CNPJ
N.º 45.316.338/0001-95
1.3 Endereço completo
1.4 Telefone / Fax / E-mail
1.5 Data da Fundação
Av. Dom Pedro I, 1871 – Jardim Petráglia
Franca – S.P
CEP: 14.409-170
Tel: (16) 3712 – 9700 Fax: (16) 3712-9726
E-mail: [email protected] Site: www.apaefranca.org.br
24/01/1970
C.N.A.S – N.º 240.003/74
1.6 Registros
Certificado de Fins Filantrópicos – Protocolo de Renovação
71010.005143/2009-83 / 71000.063823/2012-36
Municipal – N.º 1.985 de 30/06/71
1.7 Utilidade Pública
Estadual – N.º 2.403 de 08/08/80
Federal – N.º 95.244 de 16/11/87
Nome: Erismar Amando Tanja – Gestão 2014 - 2016
1.8 Presidente -
Endereço: Rua Alípio Rezende Araújo, 1625 – Jardim Aeroporto II – Franca – SP.
De segunda à sexta-feira nos períodos :
1.9 Turnos de Funcionamento
Manhã: das 7h30 às 11h30
Tarde: das 13h00 às 17h00
1.10 Área de atendimento
Assistência Social, saúde e educação.
1.11 Segmento Atendido
Pessoas com Deficiência Intelectual e/ou múltipla.
Ada Maria Liboni Soares
Denise Santiago de Sousa Ramos
1.12 Coordenadores dos
Trabalhos
Kaylla Aparecida Benedito
Marta Maria Campos Cardoso
Viviane Cristina Silva Vaz
Ernestina Mª de Assunção Cintra
Niura Aparecida Costa Agostine
1
II.
INTRODUÇÃO
A Cidade de Franca possui uma população de 318.640, segundo censo do IBGE de 2010.
Segundo este mesmo censo, existe 4.153 pessoas de ambos os sexos, residentes na zona urbana e rural com
deficiência mental/intelectual no município. Além das pessoas com deficiência intelectual, é importante
considerar a população com deficiência motora, que somado os três níveis de dificuldade (com alguma
dificuldade, grande dificuldade e não consegue de modo algum), foi identificado um número de 19.325
pessoas no município de Franca.
O crescimento urbano da cidade tem exigido políticas públicas intersetoriais nas diversas áreas
como saúde, habitação, educação e assistência social, em especial que considerem a singularidade e a
necessidade de atendimento à pessoa com deficiência.
A APAE de Franca, fundada em 1970, é uma entidade que trabalha na Habilitação e
Reabilitação da Pessoa com Deficiência e na Defesa e Garantia de Direitos da pessoa com Deficiência.
Atua preponderante na área da assistência social visando prevenir o preconceito e a exclusão numa
articulação intersetorial com as políticas de educação e saúde visando a garantia de atendimento integral à
pessoa com deficiência.
Na área da assistência social, trabalhou com a Defesa e Garantia de Direitos e no atendimento
as pessoas com deficiência, através do Serviço de Proteção Social Especial de Média Complexidade para
Pessoas com Deficiência e suas famílias.
A APAE de Franca tem por MISSÃO: “promover e articular ações de defesa de direitos e
prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade
de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade mais justa e solidária”.
Os serviços socioassistenciais são destinados para pessoas com deficiência intelectual e
múltipla, encaminhados pela rede socioassistencial, de saúde e de educação. Os serviços ofertados são
gratuitos, sem discriminação de qualquer natureza para usuários de Franca e outros municípios da região.
III.
FINALIDADES ESTATUTÁRIAS
As finalidades estatutárias demonstram os serviços de assistência social, saúde e educação
desenvolvidos pela entidade, além das ações de defesa e garantia de direitos que perpassam as áreas de
atendimento.
2
I – promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, preferencialmente
intelectual e múltipla, e transtornos globais do desenvolvimento, em seus ciclos de vida: crianças,
adolescentes, adultos e idosos, buscando assegurar-lhes o pleno exercício da cidadania;
II – prestar serviço de habilitação e reabilitação ao público definido no inciso I deste artigo, e a
promoção de sua integração à vida comunitária no campo da assistência social, realizando atendimento,
assessoramento, defesa e garantia de direitos, de forma isolada ou cumulativa às pessoas com deficiência,
preferencialmente intelectual e múltipla, e para suas famílias;
III – prestar serviços de educação especial às pessoas com deficiência, preferencialmente
intelectual e múltipla;
IV – oferecer serviços na área da saúde, desde a prevenção, visando assegurar uma melhor
qualidade de vida para as pessoas com deficiência, preferencialmente intelectual e múltipla.
IV.
OBJETIVO GERAL
Promover a Habilitação e Reabilitação das pessoas com deficiência e suas Famílias, nas áreas
da assistência social, saúde, educação, através de equipe multiprofissional, visando a defesa e garantia de
direitos, promoção da autonomia, inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos usuários, em
consonância com as legislações que regem estas políticas e com a política de atendimento à pessoa com
deficiência.
V.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Trabalhar na Habilitação e Reabilitação da pessoa com deficiência e suas famílias, através da
Defesa e Garantia de Direitos e da prestação de Serviços de Proteção Social, visando a proteção as
situações de vulnerabilidade, risco social e pessoal, promovendo a autonomia, garantia de direitos,
inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos usuários, em consonância com a legislação que
rege a política de assistência social e a política de atendimento à pessoa com deficiência;

Promover a integração ao mundo do trabalho, favorecendo a autonomia e independência da pessoa
com deficiência;

Oferecer atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência intelectual e múltipla,
que não puderem se beneficiar com a inclusão em classes comuns do ensino regular, norteado pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, Lei de Diretrizes e Base da Educação e demais
legislação correlata;
3

Oferecer atendimento de saúde especializado, por equipe multiprofissional à pessoa com
deficiência, visando sua habilitação e reabilitação clinica funcional, melhoria da qualidade de vida,
ampliação de potencialidades laborais, independência nas atividades de vida diária e prevenção aos
agravos que contribuem para a ocorrência de deficiências
VI.
ORIGEM DOS RECURSOS
Os recursos financeiros utilizados no desenvolvimento dos serviços desenvolvidos foram
provenientes de subvenções e convênios firmados com órgãos governamentais e captação junto à sociedade
civil, através de telemarketing, eventos e outras doações.
Dos recursos públicos recebidos na área da assistência social, parte foi cofinanciamento da
Secretaria Municipal de Ação social, via subvenção e auxílio, do Estado recebemos recurso através de
convênio para melhoria da infraestrutura física e aquisição de equipamentos e material permanente, da
união recebemos recurso do piso de transição de média complexidade, repassado pelo Fundo Municipal de
Assistência Social.
Na área da educação, temos um convênio com o município que prevê a cessão de
profissionais, merenda escolar e parte do transporte escolar. O Estado repassa recurso através de convênio,
para atendimento educacional especializado a parte dos educandos atendidos, que não conseguem serem
inseridos na rede regular de ensino. No âmbito nacional, recebemos um repasse anual do FNDE – PDDE –
Programa Dinheiro Direto na Escola.
Da saúde temos um convenio com a Secretaria Municipal da Saúde, para atendimento
especializado as pessoas com deficiência, estimulação neurossensorial e psicomotora, por equipe
multiprofissional às pessoas com deficiência intelectual e múltipla, em que os serviços executados são
pagos de acordo com a tabela SUS – Sistema único de Saúde. Do estado recebemos um complemento anual
para as ações de atenção a saúde.
A contrapartida da entidade
foi captada junto a sociedade civil, resultado de ações do
telemarketing, Leilão União de Forças e Festa de San Gennaro, além de outras doações. Os recursos
recebidos foram aplicados na operacionalização dos serviços de saúde, educação e assistência social.
A entidade mantém sua escrituração contábil segregada por área de atuação (Saúde, Educação
e Assistência Social), nos termos da Lei nº 12.101/09, Decreto nº 7.237/10 e demais exigências legais.
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VII. INFRAESTRUTURA
A APAE de Franca possui sede própria com uma área total de 29.840m². Atualmente conta
com 3.753,53m² de área construída, dividida em blocos de atendimentos. Os blocos são compostos por:
salas de atendimento socioassistencial, sala de reunião, sala de oficinas para as famílias, sala de música, de
atividades culturais e de dança, de informática, cozinha didática pedagógica, sala de recursos didáticos
pedagógicos, salas de aula, salas dos coordenadores, consultório médico e odontológico, salas de
atendimento terapêutico, área administrativa, cozinha industrial, câmara de congelamento, refeitório,
lavanderia, almoxarifado geral e de alimentos. Temos ainda as áreas externas compostas por parques
infantis, quadra coberta, campo de futebol com pista de atletismo, academia ao ar livre e pista de
hipoterapia. Todos os blocos possuem conjunto de sanitários adaptados às necessidades das pessoas com
deficiência atendidas.
No primeiro semestre de 2013, foi finalizada a construção do bloco socioassistencial, que foi
mobiliado no segundo semestre. A sala de reuniões e de oficinas qualificou muito o trabalho, considerando
a importância de espaços adequados para realização das atividades.
Outra melhoria concluída no segundo semestre foi a piscina de hidroterapia e a troca da van
que transporta os usuários, ambas com recursos financeiros destinados pelo Governo do Estado e
contrapartida da entidade. Foi adquirido também, com recursos do Governo estadual, equipamentos que
contribuíram na melhoria da infraestrutura e do atendimento as pessoas com deficiência, como: tabelas de
basquete, carrossel e balanço adaptado para parque, computadores e outros equipamentos.
Além das melhorias citadas, os serviços de manutenção foram realizados quando necessário,
visando a conservação predial e a infraestrutura física em pleno funcionamento.
VIII. DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS, PROJETOS E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
JUNTO AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.

Da admissão
Visando a integralidade do atendimento a pessoa com deficiência a entidade ofertou serviços
nas áreas da saúde, educação e assistência social, considerando os benefícios do atendimento
multidisciplinar a pessoa com deficiência.
5
O critério de admissão foi a identificação de deficiência intelectual ou múltipla, com
prioridade de atendimento para crianças e adolescentes de ambos os sexos de Franca e municípios da
região.
Para admissão nos serviços foi feita uma avaliação admissional, por equipe multiprofissional
(equipe de avaliação), que tem a finalidade de identificar a deficiência, se o caso é passível de atendimento
na APAE e a proposta de atendimento para o recém admitido.
No decorrer de 2013 foram realizadas 115 avaliações, sendo 89 admitidos, 13 casos não eram
publico alvo da APAE e outros 13 ficaram em monitoramento para reavaliação, pois a equipe de avaliação
não concluiu a avaliação. Dos casos atendidos, 36,52% eram para a estimulação precoce, considerando a
necessidade do início da estimulação o mais precoce possível.
Considerando os princípios da educação inclusiva, os casos admitidos para a escola de
educação especial, somente foram atendidos com encaminhamento da Diretoria Regional de Ensino ou da
Secretaria Municipal de Educação, pois o atendimento educacional especializado foi ofertado para o
educando que comprovadamente não conseguiu se beneficiar no atendimento da rede regular de ensino.
IX.
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Nos termos do plano de trabalho apresentado, a APAE executou o Serviço de Proteção Social
especial de Média Complexidade para Pessoas com Deficiência e suas Famílias.
No contexto deste Serviço, e considerando as demandas de atendimento e a singularidade das
pessoas com deficiência a entidade ofertou várias atividades que tiveram por objetivo estimular a
criatividade, convivência, participação em diversos ambientes da comunidade, contribuindo para a
autonomia e independência dos atendidos.
Considerando que a Assistência social tem por finalidade promover a autonomia, a inclusão e
a melhoria da qualidade de vida das pessoas atendidas é que a entidade desenvolveu o Serviço de Proteção
Social destinado às pessoas com deficiência, dado a necessidade de acompanhamento especializado,
visando prevenir o preconceito e a exclusão e potencializar sua independência.
A Assistência Social política pública não contributiva, que provê os mínimos sociais, é
realizada através de um conjunto integrado de ações do poder público com o apoio da sociedade civil,
direcionada às famílias e indivíduos em vulnerabilidade ou risco pessoal e social, de acordo com os
objetivos, princípios e diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social LOAS – Lei 8.742/1993.
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Os serviços foram ofertados gratuitamente sem discriminação de qualquer natureza nos termos
da Lei Orgânica da Assistência Social, Política Nacional de Assistência Social, Tipificação Nacional dos
Serviços Sociassistenciais e demais legislação que rege a Assistência Social.
No decorrer do ano foram desenvolvidas ações diversificadas, com propostas diferenciadas,
considerando o potencial e interesse dos usuários.
Público alvo:
Pessoa com deficiência intelectual e múltipla, de ambos os sexos, com prioridade para a
criança e adolescente, residentes na zona urbana e rural de Franca e respectivas famílias.
Meta de atendimento:
A meta pactuada junto ao Município de Franca é de 854 usuários. Considerando a não
discriminação de qualquer natureza, a entidade atendeu também usuários de municípios da região de
pequeno porte, que não possuem rede de atendimento especializado a pessoa com deficiência. Estes
atendimentos foram cofinanciados pelo município de origem e/ou recursos da entidade.
9.1 DOS SERVIÇOS, PROJETOS E ATIVIDADES DESENVOLVIDOS:
Ações de apoio e orientação sociofamiliar:
Este atendimento foi ofertado a todas as famílias e usuários da entidade. As famílias foram
atendidas por equipe multiprofissional, que desenvolveu seu trabalho numa perspectiva multidisciplinar.
Dentre as demandas de atendimento estão os benefícios sociais, como os programas de
transferência de renda, Benefício de Prestação Continuada, desconto na tarifa de luz, atendimento
psicossocial e outros. Houve também procura por encaminhamento e orientação referente a garantia de
direitos básicos, como fraldas, dietas, medicação, aquisição de órteses e próteses e outros.
Outra ação realizada foi o contato com as famílias para orientações sobre o Programa Ação
Jovem, critérios de inclusão e exclusão, saldo não sacado e possível suspensão, além das ações
socioeducativas realizadas junto aos usuários.
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Para as famílias que se encontravam em situação de fragilidade socioeconômica foi destinado
recursos materiais, especialmente alimentos, como alternativa de superação do momento de insegurança
social.
Os atendimentos demandaram orientação e encaminhamento para a rede de serviços do
município, bem como interlocução com outras políticas públicas e com o Sistema de Garantia de direitos,
visando superar as situações de vulnerabilidade e risco apresentadas.
As principais dificuldades encontradas nesta ação foram o desconhecimento sobre os direitos
das pessoas com deficiência e a falta do trabalho em rede, prejudicando a agilidade no atendimento.
Dentre os avanços percebidos podemos citar o vínculo estabelecido com os profissionais, em
especial com o assistente social, dado a acolhida, apoio em situações de fragilidade e acompanhamento
sistemático das mesmas.
A equipe técnica responsável por estas ações estavam compostas por coordenador, assistente
social, psicólogo, terapeuta ocupacional e apoio jurídico quando necessário.
Visando a integralidade do atendimento à pessoa com deficiência, este serviço foi realizado
numa interface com a área da saúde e educação. Esse trabalho foi executado de 2º à 6ª feira a 911 usuários
(média mensal) e suas famílias.
 Apoio e orientação a pessoas com deficiência e famílias da comunidade:
Esse serviço teve a finalidade de ofertar pronto atendimento aos usuários que possuem
cadastro na entidade, mas que não frequentam um programa específico, porém foi referência para as
famílias que não conseguem acessar a rede de serviços do município ou que procuraram por orientação
especializada.
Somente no segundo semestre foram atendidos 89 usuários, e destes 09 usuários recebem
acompanhamento de forma mais sistemática, inclusive no domicilio, devido a situações de extrema
vulnerabilidade como presença de pessoas idosas na família, mais de uma pessoa com deficiência, vivência
de rua, dependência química e comorbidades.
Houve articulação com a rede socioassistencial e também com outras políticas públicas,
levando em consideração a complexidade do atendimento à pessoa com deficiência.
Principais ações desenvolvidas:
Visita Domiciliar, contato telefônico e atendimento individual;
Orientação e acompanhamento para inserção no mercado de trabalho, em vagas oferecidas
para pessoas com deficiência no comércio e na indústria;
Orientação e preenchimento de formulários que beneficiem na aquisição de bens e serviços
como isenção de tributos na aquisição de automóvel, preenchimento e orientação para inclusão e renovação
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do programa federal Passe Livre, Benefício de Prestação Continuada, orientação para renovação do passe
municipal.
Elaboração de relatório de atendimento para fins de processo judicial, para Conselho Tutelar,
Delegacia de Defesa da Mulher, Defensoria Pública e CREAS.
Orientação e encaminhamento para a rede de serviços nas áreas de educação e saúde.
Orientação e encaminhamento para retorno aos programas ofertados internamente na entidade.
Acolhimento, apoio e orientação em situação de conflitos familiares.
Fortalecimento das famílias no enfretamento as situações de violação de direitos e
encaminhamentos monitorados ao Sistema de Garantia de Direitos;
Fornecimento de benefícios eventuais e/ou encaminhamento para a rede socioassistencial,
suprindo a ausência de recursos materiais básicos à sobrevivência da família;
Orientação e encaminhamento a outras demandas apresentadas, bem como atendimento e
orientação à comunidade local, através de palestras, acerca dos trabalhos desenvolvidos pela entidade e da
questão da deficiência, disseminando informações, trabalhando o preconceito e promovendo a inclusão
social.
Promoção da autonomia e independência dos usuários
Estas atividades visam a promoção da qualidade de vida, proporcionando melhoria na
independência e autonomia dos atendidos.
Os usuários foram estimulados a traçar caminhos que possibilite o fazer, criando para isso,
estratégias que o incentive a agir enquanto cidadão, superando ou minimizando o impacto de suas
limitações no cotidiano, estimulando suas capacidades e potenciais nas atividades de vida diária e vida
prática.
Na oficina de educação alimentar foram desenvolvidas atividades em que um grupo de 60
usuários participou de todo o processo de elaboração de receitas, compra de ingredientes, preparação dos
alimentos, organização e limpeza do ambiente. Outro grupo com 50 usuários foram incentivados no
preparo do lanche do café da manhã.
Estes adolescentes participaram também de palestra com a nutricionista que trabalhou a
questão da educação alimentar e a importância de hábitos saudáveis para a qualidade de vida dos mesmos.
Ainda na perspectiva de promover a autonomia e independência dos usuários, foram
trabalhadas as atividades de vida diária que envolve autocuidado, higiene pessoal e sua importância na
saúde pessoal e no convívio social como trabalho, namoro, grupos de amigos, etc. Nestas atividades
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tivemos o treinamento de banho sistematicamente com 12 adolescentes e outros 216 foram orientados,
sobre os bons hábitos de higiene e acompanhados nas atividades básica de vida diária.
As crianças foram estimuladas nas refeições diárias a alimentar-se com independência,
utilizando de tecnologias assistivas quando necessário. Outro foco de atenção foi com relação a
independência na escovação dos dentes e utilização do banheiro, com orientação as famílias, para que o
mesmo processo ocorra em casa.
Este trabalho foi realizado semanalmente sob a responsabilidade das terapeutas ocupacionais,
com apoio do profissional de nutrição, psicologia e outros.
Treino de habilidades sociais: Nesta atividade os adolescentes foram estimulados a explorar
os espaços comunitários, vivenciar o contato com as regras e normas de outros ambientes, socialização com
a comunidade, valorização do respeito e educação nos diversos ambientes.
Segurança alimentar e nutrição:
A oferta de alimentação aos usuários foi composta
pelo café da manhã, almoço e lanche da tarde. Este benefício
foi essencial no atendimento às pessoas com deficiência,
considerando que boa parte dos atendidos vive em situação de
vulnerabilidade e insegurança alimentar.
No refeitório foi realizada a observação e auxilio
durante as refeições, onde foi possível adequar a postura na
mesa, a maneira correta de segurar os talheres e manusear os
alimentos do prato e os bons hábitos nesta atividade tais como
mastigação adequada.
Na área da alimentação o profissional responsável é
a nutricionista, que elabora os cardápios diários, supervisiona a
compra, armazenamento e preparo dos alimentos. Outra ação
deste profissional foi junto às famílias de extrema vulnerabilidade, com acompanhamento domiciliar dos
casos mais críticos, como desnutrição grave e ou usuários de sonda gástrica, cujas famílias estavam com a
função protetiva prejudicada. Este trabalho foi realizado juntamente com o assistente social e equipe da
saúde quando necessário.
O benefício da alimentação foi ofertado numa interface com a educação e foram atendidos em
média 620 usuários diariamente.
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Inserção e apoio ao mercado de trabalho
Com o objetivo de auxiliar no processo de inserção no mercado de trabalho, ofertamos
serviços de preparação e acompanhamento aos adolescentes e jovens trabalhadores.
A preparação para o mercado de trabalho aconteceu com a parceria no SENAC/Franca, e pelo
trabalho desenvolvido pela própria entidade.
Houve um aumento na solicitação de jovens trabalhadores, pelas indústrias principalmente. Há
uma dificuldade em suprir essa demanda, pelo grau de exigência (escolaridade) e também pela falta de
princípios inclusivos do empregador.
Um desafio que precisa ser discutido e enfrentado é a participação das pessoas com deficiência
intelectual nos concursos públicos, onde as exigências em relação a escolaridade não permite sequer sua
inscrição.
O maior número de vagas de trabalho se concentra na indústria de calçado, que oscila em
relação a estabilidade da economia, causando insegurança nas pessoas com deficiência que aspiram o
trabalho, mas temem ficar sem o BPC e o trabalho numa situação de desemprego.
Encerramos o ano com 38 adolescentes e jovens inseridos no programa, sendo 06 na condição
de estagiários, 05 aprendizes e 27 contratados pelo regime de CLT.
 PET-Trampolim:
O Programa de Educação para o Trabalho em parceria
com o SENAC encerrou no segundo semestre a 2ª Turma num total
de 17 adolescentes e jovens concluintes. Uma adolescente que
residia na zona rural teve problemas com transporte e não conseguiu
realizar o curso nesse ano, outra saiu do curso para cuidar da mãe
que passou por problemas sérios de saúde durante o ano, porém há
possibilidades de realizar na próxima turma, e um jovem apresentou
problemas de comportamento grave, além da deficiência intelectual possui também doença mental, o
mesmo foi afastado do curso para tratamento específico. Daqueles que concluíram, 02 jovens manifestou
interesse em realizar o curso de manicure e com auxílio da equipe do SENAC se inscreveram no programa
de bolsa, sendo as mesmas contempladas, e outro jovem se inscreveu no curso de auxiliar de escritório.
Acreditamos que a parceria com o SENAC foi de extrema importância, pois além de proporcionar aos
adolescentes a convivência comunitária, despertou nas famílias o olhar para as potencialidades e não
apenas para as dificuldades dos filhos, superando dessa forma os limites e as barreiras sociais.
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Muitas famílias durante a reunião de
avaliação colocaram do sentimento de satisfação dos
filhos de poderem participar do curso num espaço como o
SENAC, dos mesmos utilizarem sozinhos o transporte
coletivo, de conhecerem rotinas de trabalho de outras
empresas, enfim de vivenciarem situações que elevam o
amadurecimento e a responsabilidade.
Incluir
intelectual
no
a
mercado
pessoa
de
com
deficiência
trabalho
exige
comprometimento de todos os envolvidos, família, empregador, sociedade, e ainda é um grande desafio,
pois muitas vezes a exigência e o rigor da colocação no mercado não são consideradas a questão das
deficiências e suas limitações. Há um discurso idealista dos movimentos inclusivistas que colocam a pessoa
com deficiência no mesmo patamar de uma pessoa sem deficiência, negar a deficiência é negar as
particularidades da pessoa que necessita de apoios e serviços especializados.
Durante o ano realizamos reuniões com a equipe do SENAC e APAE, com o objetivo
monitorar e avaliar o desenvolvimento do curso e dos participantes, bem como discutir os casos mais
complexos, atividades externas, participação em eventos.
No mês de dezembro realizamos uma reunião de sensibilização para famílias e
adolescentes que participarão do curso PET-Trampolim em 2014. Foram passadas todas as informações
sobre a dinâmica do curso, os objetivos, toda estrutura oferecida pela APAE e o SENAC e também sobre o
treinamento para utilização do transporte coletivo.
Oficina das Famílias
O serviço de atendimento destinado às famílias foram desenvolvidos visando a superação da
fragilidade socioeconômica e fortalecimento dos vínculos familiares. Este serviço está vinculado aos
programas desenvolvidos pela assistência social e conta com
equipe técnica de referência, e também equipe compartilhada
com outros serviços da área.
Com o término do bloco socioassistencial, o
programa ganhou mais quatro salas, uma para o coordenador do
programa, outra para a equipe de referência, uma exclusiva para
reuniões com as famílias, com recursos audiovisuais e outra para
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execução de cursos e atividades para as famílias e usuários, melhorando tanto a oferta como a qualidade do
serviço prestado.
Foram ofertados cursos nas áreas de artesanato,
curso de informática básica e o grupo de atividade física,
divididos nos período da manhã e da tarde. Foi atendido um total
de 60 famílias entre as que iniciaram os cursos e as que
começaram, mas não terminaram.
No decorrer do ano foi dado continuidade aos cursos oferecidos
pela Secretaria de Desenvolvimento Social, através do Ateliê da
Família e tivemos os cursos de bordado livre, ponto cruz, crochê
e patch apliquê. As famílias participantes demonstram interesses por cursos de artesanato, colocam que
aprendem a superar limites, descobrem capacidades e relatam que a convivência com o grupo auxilia no
fortalecimento de vínculos e na superação de dificuldades em comum.
A avaliação do trabalho foi realizada em momentos diversos com o grupo, através de
conversas dialogadas, e percebemos que as famílias participantes se sentem mais seguras com esse método
de avaliação, considerando que algumas não dominam a escrita.
Esses espaços também foram utilizados para realizar orientações e favorecer a participação
dos membros das famílias em cursos e programas oficiais de educação profissional como os ofertados pelo
SENAC e SENAI, PRONATEC programas de trabalho para adolescentes como o Programa Aprendiz
Legal e divulgação e orientação para cursos ofertados pelo Pró-Criança.
Boa parte das famílias atendidas são beneficiárias dos programas de transferência de renda e
possuem fragilidade econômica, sendo um grande desafio encontrar caminhos que possam superar essa
fragilidade, como agravante, muitas mães saíram do trabalho formal para suprir os cuidados necessários
que demanda a pessoa com deficiência.
Na execução desta atividade, contamos com o coordenador, assistente social, educador físico,
terapeuta ocupacional, psicólogo e instrutores de curso.
Grupo psicossocial
Os encontros dos grupos psicossociais ocorreram
de forma planejada e respeitando os temas solicitados pelas
famílias ou decididos juntos, com orientações e intervenções
que a equipe considerou oportuna.
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Nos trabalhos foram utilizados dinâmicas de grupo facilitando a descontração, discussão e
reflexão acerca dos temas. Durante os encontros, observou-se a interação entre elas, que se sentiam
confortáveis na atividade grupal.
Importante ressaltar que as participantes mais assíduas demonstraram-se mais autoconfiantes
relataram melhoria do relacionamento familiar, além do fortalecimento dos vínculos entre as participantes e
confiança mutua.
As mães relataram no grupo que se sentem acolhidas,
pois podem expressar seus sentimentos, angustias, conflitos pessoais
e que o grupo é o único espaço dedicado a elas, pois as
responsabilidades com os filhos, casa, marido, dificultam estes
momentos.
Relatamos abaixo alguns depoimentos de participantes:
SM - “Não quero deixar de participar nunca, é muito
bom, me sinto bem e lembrada por vocês” – chorou ao saber que iria mudar de programa, mas quer
continuar no grupo.
CS – “Quando cheguei, não sabia o que ia encontrar, só tinha meu filho autista, depois passei a
participar tive muitos motivos pra sorrir e fui muito bem acolhida, adoro as profissionais, aprendo muito
com vocês, até meu filho melhorou e o pai que era ausente está voltando para casa, tenho até BPC que nem
sabia que existia. Quero só agradecer”.
R – “Hoje sou aceita do meu jeito, aprendi a ser menos ansiosa com a Silvia que pega no meu
pé com muito carinho. (risos), não suporto feriados e férias, porque fico sem vir aqui. Quero passear mais,
fora da APAE”.
Destacamos que os grupos são realizados na entidade, porém existem algumas atividades que
são externas, como passeios ao shopping, Castelinho, Parque Fernando Costa, os quais as famílias gostam
muito.
Os encontros contam com uma média de 15 a 20 participantes por grupo. Este trabalho foi
realizado pela assistente social e psicólogo, com a presença de outros profissionais quando necessário.
Grupo de convivência - adolescente
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Esse serviço foi desenvolvido como estratégia no
enfretamento das situações de risco pessoal vivenciada pelos
jovens e adolescentes. A equipe técnica é composta pelo
coordenador de projetos sociais, assistente social, psicólogo,
monitor e terapeuta ocupacional. Foram atendidos 22
adolescentes, sendo que 17 contam com transporte da
instituição, todos receberam refeição e lanche no período de
atendimento.
Foram realizadas ações e atividades de convivência,
ações socioeducativas, recreativas, de esporte e lazer, visando
apoiar as famílias na tarefa do cuidar, prevenindo as situações de
violência e risco social.
Trabalhou-se também habilidades básicas e atividades
de vida diária. Os atendidos são divididos em dois grupos com dez usuários cada, porém foram atendidos
22 no total, a frequência é de três vezes na semana, em turnos de 6 horas diárias.
O grupo vem sendo trabalho pela equipe multidisciplinar há dois anos, e percebemos uma
melhora na convivência e socialização, três usuários do grupo foram indicados para participar do Programa
de Educação para o Trabalho - PET-Trampolim, na terceira turma que iniciará em 2014.
Houve 06 reuniões de equipe para avaliar e propor alterações no planejamento geral do serviço
como composição do grupo, rever as atividades propostas, buscar envolver a família no planejamento do
serviço.
Em relação às atividades realizadas foram ofertadas aulas de judô, atividades esportivas,
atividades de cuidados pessoais, atividades de incentivo a autonomia e atividades externa. O serviço terá
continuidade no mês de janeiro, sendo que foram programadas atividades diferenciadas devido ao projeto
de férias.
Para o próximo ano está previsto o aumento do número de vagas, de 10 para 15 adolescentes
em cada grupo, totalizando 30 usuários. A demanda pelo serviço tem sido grande, devido a ausência na
comunidade de serviços que acolham a pessoa com deficiência, e o aumento das famílias vulneráveis que
apresentam situações de violências das mais diversas.
A dinâmica do trabalho consiste no atendimento do usuário e no trabalho com as famílias com
objetivo de fortalecer e de auxiliar na busca de estratégias que favoreçam os cuidados destinados a pessoa
com deficiência, bem como dos membros familiares. Para o próximo ano, há a previsão conforme a
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disponibilidade orçamentária, de ampliar esse serviço para a faixa etária dos 06 aos 10 anos, dado as
situações de violência identificadas nesta idade.
Grupo de convivência – jovem e adulto
O atendimento aos jovens e adultos foi proposto com
a finalidade de acolher os usuários que estão em situação de
vulnerabilidade com demanda de cuidado integral: casos em que
os pais já faleceram ou estão idosos, a falta da possibilidade de
serem cuidados integralmente pela família, em decorrência de
trabalho, ou ainda negligência por parte de familiares que fragiliza
a função protetiva.
Neste contexto os jovens e adultos permaneceram na entidade o período integral, em
atividades diversificadas e ocupacionais de acordo com o nível de atenção exigido. Participaram de oficinas
de trabalhos manuais, atividades de convivência, recreativas e de lazer de acordo com a habilidade e
interesse dos mesmos.
A pessoa com deficiência precisa de atendimento nos diferentes ciclos etários, além da
importância de estar em constante estimulação, pois a deficiência é inerente à pessoa. Percebemos que a
rede de serviços do município ainda tem muita resistência em receber a pessoa com deficiência, precisam
estar preparados para este público.
Os casos que saíram da entidade, em boa parte, são os jovens que tinham condições de serem
inseridos no mercado de trabalho, os casos mais comprometidos, permanecem na entidade, pois não
encontram outro local com atendimento semelhante ao que a entidade oferece.
A execução deste serviço foi realizada pelo pedagogo, educador físico, terapeuta ocupacional,
monitor e coordenador.
Ações
socioassistenciais
–
Atividades
esportivas, culturais de lazer e de convivência.
As ações esportivas e recreativas são desenvolvidas
com foco nas atividades de convivência onde a pessoa com
16
deficiência é estimulada a superar limites, desenvolvendo seu potencial através das atividades propostas.
As principais ações desenvolvidas foram na área do esporte onde os usuários optaram pela
modalidade que mais se identificam. Além dos treinos específicos, foram realizados circuitos integrados,
em que participam de judô, atletismo, futebol de campo, basquetebol, jogos de mesa e outros.
Na área da dança são estimulados a desenvolverem novas
coreografias, diversificando os tipos de danças de forma prazerosa e
descontraída.
Nas atividades musicais, foi trabalho com o conjunto
musical e a fanfarra, com ensaios sistemáticos, pois as pessoas com
deficiência precisam ser trabalhadas constantemente.
O resultado deste trabalho pode ser observado em
apresentações diversas na cidade e região, promovendo espaços de pertencimento e convivência na
comunidade.
Estas atividades são desenvolvidas pelos educadores físicos e conta com o apoio de outros
profissionais quando necessário.
Defesa e Garantia de Direitos:
As ações de defesa e garantia de direitos são inerentes aos serviços ofertados e foram
desenvolvidas
pela equipe da assistência social, especialmente junto aos casos que apresentaram
situações de violação de direitos.
Percebemos um nítido aumento nos casos de violência sofrida pela pessoa com deficiência,
sabemos através de fontes oficiais e através de pesquisas acadêmicas que em situações de pobreza material,
dependência química, precariedade das condições habitacionais e presença de pessoas com deficiência e
idoso há um aumento dos índices de violência intrafamiliar.
Além do trabalho de acompanhamento da família foi necessário oferecer serviços que auxiliem
as famílias nessas situações com o objetivo de proteger e prevenir que a pessoa com deficiência sofra
violência.
O serviço trabalhou na perspectiva de ofertar ações de atendimento, orientação e
acompanhamento aos usuários e suas famílias. Além da violência intrafamiliar a pessoa com deficiência
não raramente vive situações de violência urbana e violência social, direitos garantidos constitucionalmente
(órteses, próteses, medicação de uso contínuo, vaga em creche, transporte) muitas vezes precisaram ser
acessados através do sistema de garantia de direitos.
17
Visando agilizar os atendimentos e o encaminhamento dos casos apresentados, os profissionais
procuraram órgãos do sistema de garantia de direitos, considerando que ações judiciais tem sido a
alternativa para a garantia dos direitos de uma população em que a própria deficiência os coloca em
situação de desvantagem com os demais.
Considerando que a entidade, tem o compromisso com a defesa e ampliação dos direitos da
pessoa com deficiência, incentivou e favoreceu a participação nos espaços de construção e consolidação
das políticas públicas, como nos Conselhos de Direitos.
A mesma representou o segmento pessoa com deficiência nos conselhos da saúde, da pessoa
com deficiência, assistência social, direitos da criança e adolescente. Se fez presente também, como
movimento social, no Colegiado da Assistência Social da Federação das APAEs do Estado de São Paulo.
Como espaço de escuta e fortalecimento da própria pessoa com deficiência iniciou-se uma
proposta de trabalho denominado de autodefensoria, onde além do trabalho em grupo, os adolescentes e
jovens devem elegeram seus representantes para compor a diretoria da entidade, e levar para equipe técnica
assuntos, temas e situações que precisam ser debatidas.

Autodefensoria e Família:
No mês de novembro foi possível concretizar o
inicio do programa de autodefensoria e família, que consiste
numa prerrogativa do Estatuto Social da entidade, com a
finalidade de favorecer a participação dos usuários e famílias
nos trabalhos desenvolvidos pela entidade.
Em relação ao programa de autodefensoria, foi
realizado reuniões preparatórias de orientação em relação ao
objetivo do programa e do processo e critérios de escolha dos candidatos que seria os representantes dos
adolescentes.
Foi estabelecido pelo grupo que poderiam participar
os adolescentes que tivessem frequência nas atividades da
APAE, que fosse disciplinado e tivesse boas relações com
profissionais e usuários, escolheram 04 candidatos do sexo
masculino e 04 candidatas do sexo feminino, para concorrerem
duas vagas cada. Todos os participantes discutiram questões
para serem trabalhadas no grupo de autodefensoria como:
preconceito,
consequências
da
interdição
judicial,
18
relacionamento afetivo (namoro, casamento, filhos), inclusão escolar, ascensão profissional e conflitos
familiares. Participaram do processo os adolescentes acima de 16 anos, com autonomia e independência
para atividades de vida diária.
Outra ação destes adolescentes e jovens acima de 16 anos, foi a votação para a escolha do
Presidente da entidade, considerando que tem este direito assegurado no Estatuto Social, momento que
despertou nos jovens a consciência de seus direitos enquanto cidadãos e usuários da entidade.
9.2 Interlocução com a rede de Serviços
É uma prerrogativa da LOAS o trabalho articulado com as demais políticas públicas,
considerando a complexidade da demanda institucional e dos usuários. Neste contexto elencamos abaixo o
quantitativo dos atendimentos e a articulação com a rede de serviços, bem como os encaminhamentos,
visitas realizadas e outros atendimentos.
Encaminhamentos realizados: CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Diretoria de
Ensino, Ministério Público, Casa do Diabético, Hospital das Clinicas - RP, AACD,
Delegacia da Mulher, Secretaria de Ação Social, Defensoria Pública, INSS,
Delegacia de Ensino, Secretaria Municipal de Educação, Pronto Socorro Municipal,
Secretaria da Saúde, NGA, Empresa São José, Santa Casa de Franca, Hosp. Clinica
1341
Ribeirão Preto – “Rede Lucy Montoro”, Centrinho de Bauru, Associação Atlética
Banco do Brasil,Unidade Básica de Saúde, APAEs de outros municípios, LBV,
Centro Oftalmológico, Sistema de Garantia de Direitos e outros.
Atendimento a indivíduos em Prestação de Serviço a Comunidade.
Participação em Conselhos Municipais: CMDCAF, CMAS, Educação, Pessoa
com Deficiência e Saúde.
Visitas domiciliares e hospitalares: as visitas domiciliares e hospitalares fazem
parte do instrumental de trabalho e foram realizadas com o objetivo de conhecer a
03
126
935
dinâmica familiar e realizar orientações que se fizeram necessárias.
Visitas Institucionais: Magazine Luiza, Defensoria Pública, Hospital das Clinicas
Ribeirão Preto – “Rede Lucy Montoro”, Defensoria Pública de Franca, Diretoria
34
19
Regional de Saúde, NGA – 16, Secretaria de Saúde, Ambulatório de Alto Risco –
ACAR, SENAC, Primeiro Acampamento da Saúde, Ginásio Poliesportivo de
Franca, dentre outros.
Visitas recebidas: Câmara de Vereadores, Estudantes da UNESP, alunos da
UNIFRAN, Ambulatório de Alto Risco – ACAR, APAE de Cajuru, SENAC –
Franca, ESAC – Franca, Federação das APAEs do Estado de São Paulo,
15
CMDCAF, Projeto Guri, Pestalozzi, Escola Florestan Fernandes, Grupo de
Gestantes da UBS – Restinga, Franca Basquete e outros.
Orientações e contatos telefônicos
6880
Atendimentos Individuais e familiares
5182
Participantes dos grupos psicossociais
684
Reuniões com os pais
158
Jovens acompanhados e inseridos no Programa Estadual Ação Jovem
41
Reuniões interdisciplinares
370
Reuniões do serviço social (APAE)
13
Alunos do curso de Serviço Social em estágio
24
Benefícios eventuais:
– Doação de cesta básica
48
9.3 Participação da equipe técnica em cursos e eventos:
A entidade possui larga experiência no atendimento da
pessoa com deficiência intelectual associada ou não com outra
deficiência, e possui um corpo técnico especializado. Esse
aprimoramento constante é favorecido pela instituição através da
valorização do corpo técnico, com incentivo na participação de
cursos de capacitação e eventos científicos que elevem o
conhecimento e reflitam no atendimento da pessoa com deficiência.
Seguindo uma organização interna, os profissionais participaram dos seguintes eventos:
04/02 – Curso de Mediação de conflitos – Secretaria Municipal de Ação Social;
20
06/02 – Reunião do Colegiado da Assistência Social em Jaú;
20/02 – Reunião do Conselho de Segurança;
28/02 – Seminário – “Contribuições Técnicas para Elaboração do Plano de Acompanhamento
Familiar” - Escola Paulista de Magistratura;
06/03 – Reunião conselho Regional das APAEs – Batatais;
19/03 – Reunião Federação Estadual das APAES – Araras;
09/04 – Reunião Conselho Gestor da Fundação Casa – ACIF – Franca;
11/04 – Seminário CONDECA do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e Adolescente;
25/04 – Reunião do Colegiado de Assistência social – Jaú;
12/04 – Reunião da Federal Estadual Franca – Todos pelos Direitos;
02/05 – Curso Defensoria Pública – Serviço de Acolhimento Institucional;
23/05 – Reunião Colegiado da Assistência Social – Autodefensoria e família – Catanduva;
05/06 – Reunião CONSEAS – Orientações sobre as Conferências municipais;
11/06 – Pré-conferencia Municipal de Assistência Social com trabalhadores;
12/06 – Conferência Lúdica do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente de
Franca;
26/06 – Reunião da Federação Estadual das APAEs – Bauru.
24 e 25.07 – Conferência Municipal de Assistência Social – CMAS;
07.08 – Audiência Pública - Inclusão – Ministério Público;
26.08 – Semana de Prevenção às Deficiências – SENAI;
27.08 – Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – SENAI;
28.08 - Semana de Prevenção às Deficiências – SENAI;
04.09 – Simpósio Internacional de Educação – UNI-FACEF;
27.09 – II Seminário da Assistência Social – Federação das APAEs do Estado de SP.
01 a 03.10 – Conferencia Estadual de Assistência Social - CONSEAS
14.10-18.10 – Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais
10;15 e 17.10 – ONG e o Combate a Extrema Pobreza - SEDS;
25.10 – Sinais de Alerta do Câncer na Infância – Hospital do Câncer;
29.10 – A Concepção da Busca Ativa na Assistência Social – SEDAS;
10.11 – Família na Escola – Diretoria de Ensino e Escola Vicente Minicucci;
12.11 – III Fórum de Combate e Prevenção do Abuso e Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes – SEDAS – CREAS;
27.11 – Reunião do Colegiado de Assistência Social – FEAPAES – SP;
21
04.12 – I Audiência Pública com Entidades - Conselho Municipal de Assist. Social;
16 a 19.12 – IX Conferência Nacional de Assistência Social - CNAS;
X.
SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
A entidade está inscrita no Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde - CNES sob o nº
2035901, e os serviços de saúde realizados foram destinados integralmente aos usuários do SUS – Sistema
Único de Saúde,
O atendimento foi ofertado na perspectiva da Habilitação e Reabilitação neuro sensorial e
motora da Pessoa com deficiência, através de equipe multiprofissional. O trabalho foi desenvolvido de
forma individual e/ou grupal. O atendimento foi de ação continuada, considerando os benefícios do
mesmo na ampliação das potencialidades, independência e melhoria da qualidade de vida, prevenindo
alterações secundárias.
Os serviços de atenção a saúde contou com os atendimentos de:
estimulação precoce;
ambulatorial (médicos, dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicologia e
serviço social) e atendimento itinerante (no domicilio).
10.1 Público alvo
Pessoa com deficiência intelectual e múltipla, usuários do SUS – Sistema Único da Saúde, de
ambos os sexos, que necessitam de atendimento especializado na área da saúde.
10.2 Quantitativo dos atendimentos
Foi atendida uma média de 833 pacientes por mês, nos serviços de Estimulação Precoce,
Atendimento ambulatorial e Atendimento Itinerante. No decorre do ano foram realizados 73.573
procedimentos de média complexidade às pessoas com deficiência intelectual e múltipla, usuários do SUS
– Sistema Único de Saúde.
22
10.3 Dos atendimentos realizados
Estimulação precoce
O atendimento na estimulação precoce foi destinado às crianças de 0 a 3 anos de idade que
apresentou atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, síndromes, intercorrências do parto,
prematuridade, entre outros. No decorrer do ano foram atendidas 67 crianças neste serviço,
considerando os benefícios de iniciar a estimulação o mais precoce possível.
O atendimento foi realizado por equipe multiprofissional de forma grupal e individual, de
acordo com o caso apresentado. Foi realizada também orientação às famílias para que possam estimular
seus filhos no domicilio.
As famílias participaram dos atendimentos juntamente com os filhos, e foram orientadas a
realizar os exercícios, na instituição e no domicilio.
Além da estimulação, este trabalho proporcionou com outras atividades para as famílias
atendidas, a saber:

Grupo de acolhida à família, recém-chegada à APAE, sendo trabalho angustias,
inseguranças, medos, frente a questão da deficiência do filho;

Reuniões comemorativas em datas especiais, contextualizando a família e criança
dentro de sua cultura;

Comemoração do dia das crianças em Buffet infantil;

Apresentação de filmes e realização de encontros, que tiveram por finalidade refletir
sobre temas referente ao desenvolvimento físico e emocional da criança e família;

Grupo para adaptação das famílias e crianças para a educação infantil, trabalhando
anseios e expectativas do grupo;

Atividades livres como, brincadeiras, massagem relaxante entre outras;
Este trabalho fortaleceu os vínculos afetivos entre mãe e bebê, estimulando trocas afetivas
durante os exercícios de forma lúdica e interativa. As terapias que foram realizadas em grupo promoveu a
troca de experiências entre as mães, estabelecendo uma relação vínculo e apoio mútuo.
23
Atendimento Ambulatorial
No Serviço Ambulatorial foi ofertado atendimento médico, odontológico, fisioterapêutico,
fonoaudiológico, terapia ocupacional, psicológico e serviço social.
Este atendimento possibilitou o acesso dos usuários aos serviços de saúde, na perspectiva do
cuidado integral da pessoa com deficiência, com foco na habilitação e reabilitação, com equipe técnica
multiprofissional, a saber:

Atendimento médico especializado
Este atendimento possibilitou o acompanhamento nas especialidades de neurologia, pediatria,
psiquiatria, dermatologia as pessoas com deficiência atendidas na entidade.
Este atendimento foi um diferencial nos serviços de saúde, pois considerando o público alvo
da entidade, possibilitou o acompanhamento sistemático dos casos atendidos e a evolução do paciente após
a prescrição médica.

Fonoaudiologia
O atendimento de fonoaudiologia foi realizado de forma individual e grupal, visando a
reabilitação do sistema sensório motor oral, para melhoria das funções: mastigação, deglutição, respiração,
bem como a melhora dos órgãos fonoarticulatórios, desenvolvimento e adequação da linguagem.
Foi realizado também orientações junto aos cuidadores (pais, avós e responsáveis) com
finalidade de continuidade da estimulação no domicilio, proporcionando melhor qualidade de vida ao
paciente.

Odontologia
O atendimento odontológico foi realizado em período integral e possibilitou a atenção as
questões relativas a saúde bucal das pessoas com deficiência atendidas. Foi realizado procedimentos
odontológicos básicos, preventivos e restauradores, bem como orientação às famílias nos cuidados da
higiene bucal dos filhos.
 Fisioterapia
O atendimento de fisioterapia foi realizado de forma individualizada de acordo com o
diagnóstico patológico e fisioterapêutico de cada paciente, com a utilização de diversas técnicas, de
acordo com as necessidades do paciente.
A fisioterapia contribuiu para a recuperação ou manutenção da coordenação motora, da
força, do equilíbrio e da marcha. A proposta terapêutica foi prescrita de forma individualizada, levando
24
em conta a necessidade de cada paciente, fase do desenvolvimento motor que este se encontra, suas
necessidades e limitações.
Outro trabalho realizado por estes profissionais foi a prescrição de órteses para evitar
deformidades, cadeiras de rodas, de banho e encaminhamentos para outros profissionais quando
necessário. Foi realizado também o acompanhamento dos usuários de cadeiras de rodas, para ajustes,
posicionamento de acordo com a necessidade do paciente.
As famílias foram orientadas a estimular os filhos no domicilio, onde os resultados foram
significativos para a qualidade de vida da pessoa com deficiência.

Fisioterapia respiratória
A fisioterapia respiratória foi ofertada na perspectiva da prevenção aos problemas pulmonares,
considerando a pré-disposição da pessoa com deficiência a transtornos respiratórios.
Diante deste contexto este trabalho preveniu a obstrução e acúmulo de secreções nas vias
aéreas permeáveis, prevenindo patologias secundárias, promovendo um padrão ventilatório adequado.
Este trabalho foi realizado integrado com outras terapias, com orientação a família nos
cuidados diários, contribuindo para a qualidade de vida da pessoa com deficiência.

Terapia ocupacional
O atendimento da terapeuta ocupacional foi realizado visando a promoção da independência e
autonomia dos usuários. Considerando que a deficiência é inerente a pessoa com deficiência, foi necessário
trabalhar com a comunicação alternativa e tecnologias assistivas, visando estimular as funções existentes,
promovendo a independência nas atividades de vida diária.

Hipoterapia
A hipoterapia é um atendimento que utiliza o cavalo como instrumento terapêutico, com
planejamento e utilização de estratégias que desenvolva e potencialize as habilidades motoras das pessoas
com deficiência atendidas.
Esta terapia foi realizada de forma individualizada e contribuiu na aquisição e
desenvolvimento das funções psicomotoras dos atendidos, proporcionando ganhos físicos e psicológicos.

Psicologia
O trabalho da psicologia é realizado em conjunto com a equipe multiprofissional, com
acompanhamento familiar, através da orientação e acompanhamento psicológico às famílias, bem como
25
apoio no que tange os aspectos do desenvolvimento afetivo – emocional e de estruturação da
personalidade da criança com deficiência. Outra ação realizada com o serviço social foi a coordenação
dos grupos psicossociais realizados junto às famílias.

Serviço Social
O atendimento do assistente social foi realizado com foco na garantia de direitos sociais em
especial o direito a saúde. Usuários e famílias foram acompanhados e orientados, considerando
a
singularidade de cada um e a complexidade dos casos apresentados.
O assistente social foi o interlocutor entre família e equipe técnica, considerando questões
econômicas, culturais e sociais que interferem no atendimento.
Foi realizado ainda encaminhamentos para a rede de atendimento
do município, a
incompletude institucional e a necessidade de garantir a integralidade do atendimento à pessoa com
deficiência.
Atendimento Itinerante
O atendimento Itinerante prevê a atenção no domicilio para pacientes que não tem
possibilidade de frequentar a entidade, necessitando do trabalho dos profissionais no domicilio com apoio e
orientação às famílias.
O atendimento fonoaudiológico foi realizado com o objetivo de auxiliar os cuidadores durante
a alimentação dos pacientes, orientação quanto a postura, utensílios e cuidados, prevenindo
comprometimentos pulmonares decorrentes de condutas inadequadas. Outro aspecto abordado foi a
estimulação da fala e linguagem, além do sistema sensório motor oral, evitando prejuízos destas funções.
A fisioterapia trabalha na capacitação dos familiares com a finalidade de prevenir
deformidades, normalizar o tônus, vez que os pacientes encontram-se acamados e com mobilidade
reduzida. Foi realizado também prescrição de cadeiras de rodas, de banho e órteses, quando necessário,
facilitando os cuidados com os pacientes.
O paciente e família foram acompanhados pelo psicólogo, assistente social, atendimento de
médico e dentista e outros profissionais quando necessário.
XI.
EDUCAÇÃO – ESCOLA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Escola de Educação Especial “João Maria Vianney” é mantida pela APAE de Franca, o
atendimento educacional especializado ofertado na Escola foi destinado às pessoas com deficiência
26
intelectual, múltipla e/ou transtorno global do desenvolvimento, que não puderem ser incluídas em classes
da rede regular de ensino.
O trabalho realizado teve como princípios normativos aqueles estabelecidos pela Constituição
Federal, a lei n.º 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 – de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o
Estatuto da Criança e do Adolescente e todas as leis que regem a Educação Especial no Brasil.
O processo educacional dos alunos esteve pautado por um atendimento educacional
especializado, com metodologias adequadas às necessidades específicas de cada um e o envolvimento de
equipe técnica e famílias.
De acordo com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o objetivo geral da Escola é o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua iniciação para o
trabalho.
A educação básica foi composta por Educação Infantil e Ensino Fundamental, ambos na
modalidade Educação Especial.
No atendimento integral da pessoa com deficiência foi necessário uma articulação intersetorial
com a política de saúde e assistência social, visando a melhoria da qualidade de vida a inclusão na vida
comunitária e no trabalho.
11.1 PÚBLICO-ALVO:
De acordo com a legislação vigente, o público-alvo do trabalho desenvolvido no ano letivo de
2013 foi:
 Educandos com deficiência intelectual e múltipla e transtornos globais do desenvolvimento
que necessitam de apoio pervasivo, oriundos das Escolas de Educação Especial ou encaminhados pelas
Redes de Ensino, cujas necessidades de recursos e apoios extrapolam, comprovadamente, as
disponibilidades das escolas da rede comum de ensino, visando o desenvolvimento de suas potencialidades,
valorização, iniciação para o trabalho e o pleno exercício de sua cidadania.
27
11.2 METODOLOGIA:
Para o desenvolvimento de cada ação e o cumprimento dos objetivos foram desenvolvidos
Projetos, Atividades em Sequencia, Datas Comemorativas e do Calendário Cívico, além do conteúdo
programático, especificado dentro da Proposta Pedagógica.
Foram realizadas reuniões bimestrais envolvendo a Coordenação e Professores para
planejamento, organização de estratégias e avaliação do trabalho desenvolvido e da evolução de cada
aluno.
No início do ano letivo realizou-se a reunião de pais com a Coordenação e Professores em que
foram informados os objetivos de cada sala e as estratégias a serem utilizadas. Ao final de cada bimestre
ocorreram as reuniões de Pais para relato e avaliação das ações.
Os professores receberam capacitações semanais e no decorrer de todo o ano letivo foram
oferecidos cursos e oficinas pedagógicas para aprimoramento do trabalho pedagógico.
Dentro de conceito do trabalho multidisciplinar, as ações foram desenvolvidas em parceria
com as áreas da Assistência Social e da Saúde, porém sempre com foco no desenvolvimento pedagógico do
educando.
A implantação do modelo teórico do sistema funcional e multidimensional do AAIDD ocorreu
dentro das seguintes dimensões:
1 – Habilidades intelectuais: estas habilidades se refletem na capacidade para compreender o
ambiente e reagir a ele adequadamente. Inclui raciocínio, pensamento abstrato, compreensão de ideais
complexas, desenvolvimento da aprendizagem, através de experiências vivenciadas, da capacidade de
planejamento e da busca de estratégias para a solução de problemas.
2 – Comportamento adaptativo: são as habilidades conceituais, sociais e práticas adquiridas
pelo indivíduo para que possa funcionar em sua vida diária.
3 – Participação, interações e papéis sociais: aquisição de habilidades que possibilitem sua
socialização com a família, participação em atividades de recreação e lazer, conquista de amigos, e
relacionamento sociais diversos.
28
4 – Saúde: acesso aos serviços de terapia, uso de medicação adequada, evitar situações de
risco, cuidado com sua própria segurança.
5 – Contexto: conhecer as relações com os diversos ambientes, proporcionando possibilidades
de inclusão social.
Outra metodologia utilizada foi à implantação e efetivação do trabalho com o as adaptações
curriculares, facilitando o desenvolvimento destas habilidades essenciais à participação em todos os
ambientes sociais.
Buscou-se também o fortalecimento da parceria com a família, pois sem esta, o trabalho
desenvolvido pela escola não se efetiva.
11.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
De acordo com o Plano de Ação para o ano de 2013, foram desenvolvidos os seguintes
objetivos:
 Oferecer ensino acadêmico com adaptações no currículo;
 Estimular, de acordo com os interesses e as potencialidades do aluno, a aquisição de
autonomia e independência nas habilidades básicas, de maneira funcional;
 Desenvolver as competências sociais e promover a inclusão do aluno na comunidade;
 Viabilizar apoio multidisciplinar entre as áreas de Educação, Saúde e Assistência Social;
 Desenvolver projetos pedagógicos que contribuam para o bem-estar e melhoria da
qualidade de vida do aluno e sua família;
 Dar ao aluno oportunidade de desenvolver habilidades nas áreas de funcionalidade
acadêmica, comunicação, autocuidado, vida familiar, vida social, autonomia, saúde/segurança e
lazer/trabalho, através do desenvolvimento dos conteúdos curriculares e de projetos pedagógicos.
Para avaliar e construir um planejamento centrado nas necessidades atuais e futuras do aluno,
á que se contar com o envolvimento de equipe pedagógica, técnica, família e comunidade.
11.4 PROJETOS E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
29
EDUCAÇÃO INFANTIL – 98 ALUNOS
 Projeto Eu e meu Corpo
O “Projeto Eu e meu Corpo” surgiu da necessidade que as crianças tem de conhecer e explorar
o próprio corpo. Foram realizadas atividade explorando os movimentos do corpo e os conceitos utilizando
as formas geométricas:
 Leitura do livro Cheré – o jacaré de chulé:
Já a leitura e vivência do livro Cheré o jacaré de chulé, em que cada criança lavou o pé do seu
amigo, possibilitou o autoconhecimento e o cuidado através da higiene:
ENSINO FUNDAMENTAL – 507 ALUNOS
 Projeto “Clact...clact...clact...” Cores e formas:
30
O trabalho com histórias é uma ferramenta de suma importância, pois promove aprendizagens
significativas para o aluno, visto que o enredo de uma história possui elementos primordiais para a
imaginação, a vivência e a criação de novas ideias, e ainda o desenvolvimento de competências e
habilidades.
 Projeto Profissões:
A maioria dos jovens brasileiros, principalmente os deficientes intelectuais não podem se
preparar para o futuro, pois precisam buscar sua sustentabilidade, este projeto teve como objetivo auxiliar
os alunos a conhecerem profissões, para que possam escolher seu campo de trabalho.
 Projeto Meio-ambiente:
Vivemos em um mundo em que é preciso “cuidar” do meioambiente. Precisamos plantar a semente da conscientização também para os
pequenos, para que as crianças de hoje percebam-se parte do ambiente,
zelando-o e sejam os conscientes adultos de amanhã.
31
 Projeto Trânsito:
Este projeto teve como objetivo atender as necessidades de nossos alunos uma vez que os
mesmos fazem uso de carros particulares e/ou transportes escolares que se deslocam através das vias
públicas diariamente.
 Projeto Água – fundo do mar:
A água enquanto recurso natural esgotável deve ser lembrado todos os dias, já que a
sobrevivência seria impossível sem ela, neste contexto o projeto teve como objetivo visualizar a
importância da água e sua economia.
32
 Projeto
Despertar
para
a
criatividade:
jardinagem
O projeto teve como finalidade preparar os alunos
para desenvolverem o melhor possível seu papel na sociedade e no
seu cotidiano, transformando o ambiente escolar em um espaço de
oportunidades voltado para a capacitação do aluno, no uso de suas
qualificações, resgatando sua autoestima e autonomia.
 Projeto Meu Corpo:
O projeto abordou temas relacionados com o corpo humano, exploramos os órgãos do sentido
(paladar, olfato, tato, audição e visão) que são imprescindíveis para a sobrevivência do ser.
 Projeto Páscoa:
O objetivo foi desenvolver um trabalho que respeitasse a crença de cada um, mas resgatando
os valores morais como: amizade, respeito, carinho etc.
 Projeto Índio:
Foi realizada uma pesquisa sobre a cultura indígena através
de livros e poesias, para que os alunos pudessem se aproximar mais do
universo indígena e conhecessem as origens do povo brasileiro.
 Projeto Folclore:
Através da roda de conversa foi possível verificar os
conhecimentos prévios dos alunos acerca do folclore brasileiro. E a partir
destas informações trabalhamos e reforçamos aspectos da cultura
folclórica brasileira.
33
 Projeto Estações do Ano:
Durante o desenvolvimento deste, foi possível estimular a percepção tátil, a coordenação
motora fina e grossa, as linhas, as cores, os aromas, as medidas, formas, texturas e a compreensão das
estações do ano.
 Projeto Cantando e Encantando com o Sítio do Pica-pau Amarelo:
O projeto teve como objetivo o desenvolvimento da capacidade linguística e criadora das
crianças, estimulando o gosto pela leitura, através das histórias, músicas e personagens.
 Projeto Dona Baratinha:
O objetivo foi proporcionar através da leitura de histórias o estabelecimento de relação entre
os textos e o cotidiano da criança, desenvolvendo consciência ambiental, imaginação, oralidade entre
outros.

Projeto Construindo Possibilidades:
O tema escolhido foi de fundamental importância no trabalho com alunos com deficiência
intelectual pervasivos. Permitindo que a aprendizagem tenha ocorrido pela descoberta, autoestima,
34
mudanças de comportamento que foram exploradas através da proposta no decorrer do trabalho.
 Projeto Conhecendo o Corpo Humano e suas Funções:
A partir do Projeto o aluno adquiriu competências necessárias para conseguir manter-se em
sociedade. Desenvolveu sua autonomia e independência, realizou descobertas, desenvolveu sua autoestima,
adquiriu hábitos e mudanças de comportamento.
 Projeto os Animais:
O tema ocasionou o interesse natural dos alunos que, em geral trouxeram várias informações relativas a
seu conhecimento prévio sobre os animais. A proposta do assunto animais foi uma possível justificativa,
pois eles têm uma importante presença em seu mundo cotidiano (desenhos animados, historias e jogos) e
alem disso possuem o importante caráter de identificação de suas vivencias pessoais e sociais.
 Projeto Tarsila do Amaral:
A arte surgiu com a necessidade do homem exprimir seus anseios, angústias, desejos,
desafios de seu cotidiano. O indivíduo se expressa por meio da música, escultura, literatura, pintura, etc. A
arte tem surgido como um caminho para fruir a sensibilidade, despertar sentimentos inerentes ao ser
humano, como alegria, tristeza e prazer. Diante disso pensamos na possibilidade de apresentar aos alunos
uma artista brasileira, Tarsila do Amaral, que tão bem retrata os valores e temas sociais de nosso país, os
quais continuam atuais.
 Laboratório de Informática - programas atendidos em 2013:
 Educação Infantil;
 Ensino Fundamental;
 Sócio Educacional;
 Educação Especial para o Trabalho.
35
Os softwares educativos facilitam a aprendizagem, são elaborados para divertir enquanto
ensinam, fazendo com que a criança aprenda os conceitos e conteúdos trabalhados no dia-a-dia de forma
lúdica. Morellato (2004) destaca que softwares do tipo jogo, nesse caso, desempenham dupla função: a
lúdica e a educativa, que educam de maneira atraente e motivadora, pois permite manifestar um grande
número de interações, como tomada de decisões, escolha de estratégias e respeito às regras impostas; além
de permitir representações simbólicas e desenvolvimento do imaginário do aluno.
E com a evolução da tecnologia educacional, inúmeros programas são desenvolvidos para
auxiliar o aluno no processo de ensino e aprendizagem permitindo assim o educador realizar diferentes
tipos de abordagens no ensino.
Morellato (2004) diz que alunos com necessidades educacionais especiais interagem com o
computador de forma adequada, e que o fascínio pela máquina funciona como agente motivador e, por isso,
a aprendizagem acontece informalmente e de maneira prazerosa.
Quanto mais o aluno interage com o computador, mais informações ele recebe, as quais
colaboram para a construção do seu conhecimento (VALENTE, 1999). Esta interação faz com que alunos
com necessidades educacionais especiais, sejam mais audaciosos, despidos de insegurança, contribuindo
com o seu desenvolvimento intelectual de maneira natural.
O professor através dos softwares educativos, estimulou os alunos no desenvolvimento do
raciocínio lógico, a criatividade, a imaginação, a atenção e concentração, a socialização, a motricidade, e
adquirir autoestima e autonomia.
 SÍNTESE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
Em parceria com a professora da sala de aula foram desenvolvidos alguns projetos (anexo
fotos) tendo como atividades: jogos da memória; quebra-cabeça; labirinto; jogos de reconhecimento de
objetos, formas, cores, letras, números, noções de contagem, animais, nome próprio e dos colegas; desenho
e pintura; pesquisas na internet com os Temas: Meio Ambiente, Reciclagem, Festa Junina; Google Mapas
(localização geográfica), Biografia e obra de Tarsila do Amaral, Música Aquarela do Cantor Toquinho;
Vídeos/Filmes e ou Documentários com os Temas: Carnaval, Índio, Animais, Meio Ambiente, Tarsila do
Amaral, Música Aquarela, Folclore, Contos de Fadas, Natal e outros.
36
 Regras da sala e Conhecendo o Computador:
 Apostila Windows e como Conectar e Desconectar o Pc

 Atividades Diversificadas
37
 Pesquisa/Vídeos na Internet e Desenho
 Paint - Projeto Tarsila Do Amaral:
 Projeto Aquarela (Captura de Imagens pela Internet e Montagem de Vídeo)
38
 Projeto Meio Ambiente – Água:
 Projeto Animais:
 Projeto Chapéuzinho Vermelho

39
 Corpo Humano:
 Folclore
 Google Mapas (Localização Geográfica):
40
 Natal:
 Educação Física Escolar 2013
 Síntese das atividades desenvolvidas nos Programas:
A Educação Física Escolar através de experiências de se movimentar proporcionou ao
educando vivências corporais no qual o levaram a ter consciência do corpo através de diferentes linguagens
(danças, jogos, ginástica, atividades rítmicas, esportes), atividades lúdicas e recreativas. As turmas dos
educandos foram divididas conforme o grau de habilidade e capacidade física, com atendimentos duas vezes
por semana.
As metas estabelecidas foram alcançadas e contribuiu para o desenvolvimento integral do
educando sendo estas:
* Consciência Corporal:
* Habilidades motoras (correr, saltar, arremessar, lançar, girar, rolar, etc);
* Capacidades físicas (agilidade, destreza, equilíbrio, flexibilidade, coordenação, velocidade);
* Orientação espacial (dentro/fora, alto/baixo, frente/atrás/lado, longe/perto);
* Vivenciar diferentes esportes (basquete, futsal, atletismo, vôlei, handebol, dama, peteca, tênis
de mesa);
41
Educação Infantil:
Ensino Fundamental:
42
 Foi desenvolvido no decorrer do ano diversos projetos, como:
 Carnaval e Festa Junina:
Foram trabalhados em parceria com os programas em forma de gincana envolvendo alunos,
professores, coordenadores e técnicos. Foi elaborado da seguinte forma:
* Decoração dos blocos (motivos de carnaval e junino);
* Montagem de coreografia: tema de carnaval e festa junina;
* Cada sistema apresentar uma mascara para decoração do painel central (carnaval);
* Cada sala confeccionou um cartaz para decoração da quadra (festa junina);
* Cada programa apresentar:
- Rei momo e rainha
- Casal caracterizado de caipira (alunos);
* Encerramento final:
- Carnaval: grande baile carnavalesco;
- Festa Junina: quadrilha envolvendo alunos, funcionários.
 Atletismo: “Correndo para o futuro”
Teve por objetivo dar oportunidades de descobrir, brincar e conhecer diferentes formas de
praticar o atletismo, levando o educando a ampliar habilidades motoras e adquirir novos conhecimentos em
relação ao quando, como e os porquês do atletismo. De forma gradativa irão aumentar a capacidade de
dominar seus movimentos e praticar corridas, saltos, lançamentos e arremessos, pois em cada fase do
desenvolvimento humano a criança apresenta um comportamento motor característico que vai se
modificando a partir de experiências.
43
 Circo - objetivo: Resgatar os valores da cultura circense.
Foram realizadas atividades motoras adaptadas com o tema circo sendo: (equilíbrio estático e
dinâmico), andar sobre a corda, rodar aros sobre bastões. Integração, pintura facial, educadores físicos
trabalhando durante o projeto vestidos a caráter.
 Páscoa – possibilitar através de jogos e brincadeiras conhecer os símbolos da páscoa e seus
valores.
Atividades realizadas: - Coelho sai da toca, Caça ao tesouro ( buscando os símbolos pascoal),
saltos.
 Copa das Confraternizações – teve por finalidade buscar através do esporte futebol a
integração e conhecer a cultura de cada país.
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Desenvolvimento: As atividades foram desenvolvidas por sistemas, sendo que cada sala representava
um país. Houve também uma integração com aula de música, na hora da competição colocava o hino do país
e durante os jogos musicas típica. A competição foi realizada através de chutes no qual a trave foi dividida
em 5 partes com diferentes pontuações. Todos os alunos da sala e também o professor realizava o chute e
iam somando os pontos. Foram feitas adaptações para cada grupo poder participar de forma justa, isto foi
muito importante, pois nem sempre os que tinham melhor habilidade motora tiveram as melhores
pontuações. Todos foram premiados com medalhas.
Encerramento: Jogo oficial no campo entre funcionários, alunos e alunos da Escola Profº Otávio
Martins de Souza.
 Resgatando as brincadeiras antigas - brincadeiras de rodas, confecção de peteca, pula
vareta, pique – esconde, soltar bolha de sabão e pipa, carrinho de rolimã e amarelinha.
 Além dos projetos, foi desenvolvida atividades de lazer direcionadas, como:
* Show musical: participação do conjunto musical portal;
* Circuitos motores;
* Atividades com cama elástica, piscina de bolinha, playground, boate (Dia da criança, recreando
com Noel);
* Futebol recreativo entre os sistemas envolvendo alunos, professores e técnicos.
45
 Atividades com a comunidade:
* Jogo futebol entre os alunos da Escola Estadual Profº Otávio Martins de Souza e alunos e
funcionários da APAE;
*Apresentação de musica do Projeto Guri.
* Passeio no parque e circo.
* Apresentação de balé.
Os educadores físicos estiveram presentes na organização de todos os eventos culturais,
recreativos e projetos, envolvendo os alunos, coordenando e aplicando dinâmicas com os alunos, bem como
em encerramento do ano letivo com os professores no HTPC.
46
Conclusão:
A proposta do trabalho foi única para todos os programas, a mudança no atendimento da
Educação Física Escolar com as turmas divididas conforme o grau de habilidade e capacidade física,
contribuiu para o aprendizado dos educandos. Estas mudanças possibilitou aos educadores físicos uma
visão mais abrangente de todo o setor escolar, vivenciando novas experiências, com isto houve um
crescimento profissional.
XII. CAPACIDADE DE ATENDIMENTO
A capacidade de atendimento da entidade está em torno de 950 usuários, porém este número
tem sido discutido internamente, pois considerando os princípios da inclusão e que a entidade deve atender
os casos mais comprometidos, os grupos não podem ser numerosos. Dependendo do tipo de deficiência,
nos caso mais graves, o grupo não pode ter mais do que 5 integrantes, o que exige ampliação de espaço e
de equipe técnica.
Em 2013 encerramos o ano com uma média de 911 atendidos, e temos uma demanda por
atendimento especialmente para grupos de pessoas com deficiência acima de 30 anos, outra demanda é por
atendimento especializado para o autista.
XIII. RECURSOS FINANCEIROS UTILIZADOS
Na execução dos serviços contamos com cofinanciamento de poder público e sociedade civil,
considerando as especificidades dos serviços ofertados as pessoas com deficiência atendidas na entidade.
Recebemos recursos da esfera municipal, estadual e federal, das áreas da saúde, educação e
assistência social. Recebemos ainda recursos via emenda parlamentar, para construção e aquisição de
equipamentos, melhorando sobre maneira a qualidade dos serviços prestados.
A APAE entrou com contrapartida financeiramente para a manutenção dos serviços. Os
recursos próprios.
Ressaltamos que em todas as ações da entidade existiu contrapartida financeira, que foi
captada através de eventos, doações e promoções, demonstrada no quadro abaixo, nos termos do balanço
do exercício de 2013.
47
Receitas e despesas totais e custo médio per capta
Receitas Totais
R$ 9.313.416,35
Isenção de impostos
R$ 1.033.840,62
Ganho de capital
R$ 40.000,00
Despesas totais
R$ 9.330.917.56
INSS Patronal
R$ 1.033.840,62
Custo médio per capta
R$ 758,97
Número de usuários em 2013 (média/mês)
911
Número de funcionários contratados pela Entidade
176
Número de funcionários cedidos pelo Município
30
Estagiários remunerados
27
Total geral de funcionários
233
Resultado Contábil
R$ 22.498,79
Demonstrativo dos Recursos Recebidos por Área de Atuação e Fonte de
Financiamento – Interface das Políticas de saúde, educação e assistência social.
AREAS DE
ATUAÇÃO
ESFERAS/FONTE DE
FINANCIAMENTO
ASSISTÊNCIA
SOCIAL
Município de Franca
Municípios vizinhos
Fundo Munic. Dir, Criança e
Adolesc.
Estado
União
Sociedade civil –
PERCENTUAL
POR ESFERA
DE GOVERNO
9,45%
0,55%
PERCENTUAL
POR ÁREA DE
ATUAÇÃO
30.899,35
0,33%
32,83%
R$ 238.332,97
2,56
2,48%
VALORES
R$ 880.358,34
R$ 51.037,69
R$
R$ 231.215,44
R$ 1.365.149,89
14,66%
48
Telemarketing, eventos,
doações e outros
Receitas Financeiras
Isenção de impostos
Dedução Cofins
Município de Franca – Cessão
de profissionais
Estado
União
Sociedade civil –
Telemarketing, eventos,
doações e outros
SAÚDE
Receitas Financeiras
Isenção de impostos
Dedução Cofins
Município de Franca – Cessão
de profissionais
Estado
União
Sociedade civil –
EDUCAÇÃO
Telemarketing, eventos,
doações e outros
Receitas Financeiras
Isenção de impostos
Dedução Cofins
RECEITAS TOTAIS
R$ 4.365,50
R$ 339.944,59
R$ (84.040,75)
0,05%
R$ 307.637,46
3,30%
R$ 524.50
R$ 920.224,94
0,01%
9,88%
R$ 1.158.415,19
12,44%
R$ 3.190,27
R$ 517.327,42
R$ (71.699,75)
0,03%
R$ 1.440.819,86
15,47%
R$ 869.722,42
R$ 38.656,42
9,34%
0,42%
R$ 736.173,66
7,90%
R$ 2.851,83
R$ 424.955,82
R$ (92.646,71)
0,03%
2,75%
30,45%
4,78
36,73%
3,57%
R$ 9.313.416,35
XIV. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS:
Na execução dos serviços descritos neste relatório, a entidade manteve equipe técnica
especializada, de acordo com o previsto para cada área de atuação.
Considerando a integralidade dos atendimentos, a equipe técnica foi composta por
profissionais da área da assistência social, saúde e educação que desenvolveram um trabalho
interdisciplinar, numa interface com as principais políticas públicas.
Elencaremos abaixo os profissionais por área, que trabalharam diretamente na execução dos
serviços ofertados.
49
Assistência Social – equipe composta por coordenador da área, coordenador de projetos
sociais,
assistentes
sociais,
psicólogos,
professor
de
educação física,
instrutor
de
música,
monitores/cuidadores, terapeuta ocupacional e nutricionista.
Saúde – equipe foi composta por coordenador da área, médicos, fisioterapeutas, dentistas,
fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais.
Educação – equipe contou com diretor escolar, coordenadores pedagógicos, professores
especializados em educação especial, professores de educação física e auxiliares de sala.
Ressaltamos que os profissionais da área administrativa e auxiliares gerais, comuns às três
áreas, teve seu custo rateado entre a saúde, educação e assistência social, conforme orientações legais,
demonstrado no balanço da entidade.
XV. ABRANGENCIA TERRITORIAL:
A APAE de Franca é referencia no atendimento a pessoa com deficiência e recebe pessoas de
Franca e municípios de pequeno porte da região que não possuem atendimento especializado para a pessoa
com deficiência.
A forma de acesso aos serviços da instituição se dá através de encaminhamento da rede
socioassistencial, saúde e educação mediante a disponibilidade de vagas, com exceção para os bebês dado a
necessidade de estimulação o mais precoce possível e casos de alta vulnerabilidade social.
XVI. DEMONSTRAÇÃO DA FORMA DE PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS:
O ano de 2013 foi um marco no que diz respeito a participação das famílias e usuários. Esta
participação vem sendo incentivada ao longo do trabalho social, neste ano colhemos o resultado deste
trabalho com a implantação do grupo de autodefensores, composto de usuários e com a eleição da diretoria
executiva composta majoritariamente por pais.
O grupo de autodefensores foi composto por pessoas com deficiência acima de 16 anos, são
ouvidos e estimulados a participar ativamente da vida da entidade, porém a partir do ano de 2013, dado a
alteração estatutária, passaram a ter direito a voto na eleição da Diretoria Executiva. Muitos jovens votaram
neste processo eleitoral e puderam escolher a nova Diretoria para gestão da entidade no triênio 2014 –
2016. Avaliamos que o resultado foi positivo, pois os jovens sentiram a responsabilidade da decisão e
exerceram sua cidadania através do voto.
50
A instituição é fruto do movimento social de pais, e buscamos sempre favorecer a participação
dos mesmos no processo de trabalho desenvolvido. Em 2013 um grupo de pais se sentiram motivados a
participar do processo eleitoral da entidade, concorrendo com uma chapa para a Diretoria - gestão 20142016. A articulação foi intensa e venceram a eleição, portanto no triênio 2014-2016 a entidade será dirigida
por um grupo com 99% de pais.
Outra forma de participação dos usuários e famílias aconteceram nos grupos de convivência,
nas oficinas para as famílias, nos grupos psicossociais e nas reuniões com as famílias, nesses espaços de
participação os profissionais são orientados a fazerem avaliação do trabalho e acolher as demandas das
mesmas que devem ser encaminhadas para a Diretoria.
XVII.
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO:
O monitoramento e avaliação dos serviços foram realizados junto à equipe técnica, com as
famílias e com os coordenadores das áreas, nesse processo identificamos:
 O registro detalhado das atividades e atendimentos socioassistencial melhorou com a
implantação do instrumental de coleta de dados quantitativos, porém precisa ser aperfeiçoado e fazer parte
da rotina de trabalho;
 A construção do bloco socioassistencial contribuiu para a referência e qualidade dos
serviços oferecidos na área, mas ainda continuamos com problemas de espaço físico para as atividades;
 Avaliamos que os serviços socioassistenciais ofertados pela entidade precisam ser
reordenados como forma de caracterizar melhor as ações desenvolvidas, pois temos atendimentos
compatíveis com o serviço de centro dia e atendimento no domicilio;
 Será necessária a implantação de um serviço especializado de atendimento ao autista, na
área da educação e saúde, considerando o número de casos e a necessidade de uma metodologia específica;
 Demanda de ampliação do espaço físico de atendimento da estimulação precoce.
XVIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os atendimentos ofertados pela APAE buscam a interface das políticas de educação, saúde e
assistência social. A existência concomitante destas três áreas de atuação beneficia amplamente a pessoa
com deficiência, que é atendida por equipe multiprofissional numa perspectiva interdisciplinar.
A manutenção dos serviços e de equipe especializada tem sido um desafio para a entidade,
pois o custo dos serviços tem exigido contrapartidas cada vez mais expressivas, considerando as exigências
51
legais, num setor em que mais de 80% das despesas são de pessoal, e os profissionais são a tecnologia dos
serviços.
Políticas de atenção às pessoas com deficiência têm sido implantadas, porém não podemos
deixar de levar em consideração os benefícios do atendimento integral e de ação continuada aos usuários, e
que os mesmos não sejam tratados de forma fragmentada, mas sim na sua integralidade.
A sustentabilidade da entidade tem sido motivo de preocupação da Diretoria, ações de
contenção de gastos têm sido implantadas com critérios, para que os atendimentos não sofram prejuízo de
continuidade.
A entidade continua na busca de sua missão de trabalhar na defesa e garantia de direitos e na
promoção da melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, para a qual conta com o
cofinanciamento do poder público, que tem a responsabilidade na gestão das políticas públicas, e conta
com apoio do Terceiro Setor nesta execução, visando uma sociedade mais justa e igualitária.
Franca, 25 de abril de 2014.
Erismar Amando Tanja
Presidente APAE - Franca
Gestão 2014 – 2016
Niura Ap. Costa Agostine
Diretora Técnica Administrativa
Ernestina Mª Assunção Cintra
Assistente Social
CRESS nº 22862
52
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1 RELATÓRIO DE ATIVIDADES GERAL – ANO 2013 - APAE