Laboratório de Materiais do Centro Universitário da FEI http://www.fei.edu.br/mecanica/me541/LabMat.htm PREVISÃO DA VIDA EM FADIGA DO AÇO ABNT 4140 TEMPERADO E REVENIDO AUTOR: Ronnie Mikio Shibata [email protected] Dr. Rodrigo Magnabosco (Orientador) [email protected] Objetivos Prever a vida em fadiga de alto ciclo do aço ABNT 4140 temperado e revenido à 300ºC por 1 hora com relações entre tensão mínima e máxima iguais a 0,2 e 0,3. Materiais e métodos Composição química do material em estudo C Mn 0,78 0,43 Si 0,15 Cr 0,96 Mo 0,18 Ensaios Mecânicos Foram realizados ensaios de tração e de fadiga em uma máquina universal de ensaios MTS, com capacidade máxima de 250 kN, servo-controlada, dotada de software TESTWORKS 4 e programas de controle para ensaios de fadiga de alto ciclo. Essa máquina, por meio de controle de tensões, é capaz de manter a amplitude de deformações elásticas do ensaio de alto ciclo rigorosamente controlada. Tratamentos térmicos Os tratamentos térmicos foram realizados em um forno tipo poço, sendo que a têmpera foi realizada a 860ºC e o revenimento a 300ºC, ambos durante 1 hora, a vácuo, com resfriamento em óleo. Equação de Basquin-Morrow: σa= Ciclo de amplitude constante e representação das tensões máxima (σmáx), mínima (σmín), média (σm) e amplitude de tensão (σa). b (σf’-σm).(2Nf) σf’ : Coeficiente de resistência a fadiga b: Coeficiente de Basquin Nf : Número de ciclos até a fratura Resultados e discussão Ensaios de Tração Módulo de Elasticidade GPa Limite de Escoamento MPa Limite de Resistência MPa Limite Real de Ruptura MPa Along. Total em 50mm % Redução de Área % 205 4 1085 27 1891 30 2779 49 10,3 3,3 44,4 2,8 Ensaios de Fadiga Conclusões: O material ensaiado apresentou grande sensibilidade à concentradores de tensão. Os valores obtidos para os parâmetros de fadiga da equação de Basquin-Morrow são: σf’= 5678 MPa e b=-0,215 Os valores de tensão média não influem nos resultados dos ensaios de fadiga. Os valores do limite de ruptura obtidos dos ensaios de tração não são equivalentes com os valores do coeficiente de resistência à fadiga, como na maioria dos materiais metálicos. σf’ e b obtidos experimentalmente são diferentes se comparados com os valores encontrados em referências bibliográficas, devido a empenamento e conseqüentes tensões residuais nos corpos-de-prova estudados. Agradecimentos: Ao Centro Universitário da FEI pelo patrocínio do projeto e concessão de bolsa de iniciação científica ao aluno Ronnie Mikio Shibata Aos técnicos do LabMat (Marcos O. Gentil, Antônio M. Mirom, Romildo de Freitas, Arnaldo Raymundo ) e a Aline Szabo Ponce pela ajuda na execução dos ensaios.