LEITURA
Na busca de material adequado para a leitura, há que identificar o texto. Para tal,
existem vários elementos auxiliares, como segue:
a) O título – apresenta-se acompanhado ou não por subtítulo, estabelece o assunto
e, às vezes até a intenção do autor;
b) A data da publicação – fornece elementos para certificar-se de sua atualização e
aceitação (número de edições), exceção feita para textos clássicos;
c) A “orelha”ou contracapa – permite verificar as credenciais ou qualificações do
autor; é onde se encontra, geralmente, uma apreciação da obra, assim como
indicações do “público”a que se destina;
d) O índice ou sumário – apresenta tanto os tópicos abordados na obra quanto as
divisões a que o assunto está sujeito;
e) A introdução, prefácio ou nota do autor – propicia indícios sobre os objetivos do
autor e, geralmente, da metodologia por ele empregada;
f) As referências bibliográficas – tanto final como as citações de rodapé, permite
obter uma idéia das obras consultadas e suas características gerais.
1 FASES
A leitura informativa engloba várias fases ou etapas, que podem ser assim
sintetizadas:
a) De reconhecimento ou prévia – leitura rápida, cuja finalidade é procurar um
assunto de interesse ou verificar a existência de determinadas informações.
b) Exploratória ou pré-leitura – leitura de sondagem, tendo em vista localizar
informações, uma vez que já se tem conhecimento de sua existência.
c) Seletiva – leitura que visa à seleção das informações mais importantes
relacionadas com o problema em questão.
d) Reflexiva – refere-se ao reconhecimento e à avaliação das informações, das
intenções e dos propósitos do autor.
e) Crítica – Implica saber escolher e diferenciar as idéias principais das
secundárias, hierarquizando-as pela ordem de importância.
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f) Interpretativa – Relaciona as informações do autor com os problemas para os
quais, através da leitura de textos, está-se buscando uma solução.
g) Explicativa – Leitura com o intuito de verificar os fundamentos de verdade
enfocados pelo autor (geralmente necessária para a redação de monografias ou
teses).
1.1 Sublinhar e resumir
a) Nunca assinalar nada na primeira leitura, cuja finalidade é apenas organizar o
texto na mente;
b) Sublinhar apenas as idéias principais e os detalhes importantes, usando dois
traços para as palavras-chave e um para pormenores mais significativos;
c) Quando aparecem passagens que se configuram como um todo relevante para a
idéia desenvolvida no texto, elas devem ser inteiramente assinaladas com uma
linha vertical, à margem. Da mesma forma, passagens que despertam dúvidas,
devem ser assinaladas com um ponto de interrogação;
d) Cada parágrafo deve ser reconstituído a partir das palavras sublinhadas;
e) Cada palavra não compreendida deve ser entendida mediante consulta a
dicionário e, se necessário, seu sentido anotado no espaço intermediário para
facilitar a leitura. Muitas vezes o texto que segue esclarece a dúvida.
A elaboração de um esquema fundamenta-se na hierarquia das palavras, frases e
parágrafos-chave que, destacados após várias leituras, devem apresentar ligações entre
as idéias sucessivas para evidenciar o raciocínio desenvolvido.
Um resumo consiste na capacidade de condensação de um texto, parágrafo, frase,
reduzindo-o a seus elementos de maior importância. Diferente do esquema, o resumo
forma parágrafos com sentido completo: não indica apenas os tópicos, mas condensa
sua apresentação.
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2 ANÁLISE DE TEXTO
A análise de um texto refere-se ao processo de conhecimento de determinada
realidade e implica o exame sistemático dos elementos: portanto, é decompor um todo
em suas partes, a fim de poder efetuar um estudo mais completo.
É a análise que vai permitir observar os componentes de um conjunto, perceber
suas possíveis relações, ou seja, passar de uma idéia-chave para um conjunto de idéias
mais específicas, passar à generalização e, finalmente, à crítica.
A análise de texto tem como objetivo:
a) Aprender a escolher o mais importante dentro do texto;
b) Reconhecer a organização e estrutura de uma obra ou texto;
c) Reconhecer o valor do material;
d) Distinguir fatos, hipóteses e problemas;
e) Perceber como as idéias se relacionam;
f) Identificar as conclusões e a base que as sustentam.
2.1 Partes da Análise de Texto
Análise dos elementos
Análise das relações
Análise da estrutura
2.2 Tipos de Análise de Textos
Textual, temática, interpretativa e crítica, problematização, conclusão pessoal.
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3 SEMINÁRIO
É uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate.
O seminário pode ser individual ou grupo
Pode ser aplicado em qualquer setor do conhecimento: temas constantes de um
programa disciplinar; temas novos, referentes à disciplina em questão; temas atuais, de
interesse geral.
Componentes: Coordenador, organizador, relator ou relatores, secretário, comentador,
debatedores.
3.1 Exemplo do Procedimento em Seminário
a) Preparação: os assuntos são discutidos e a avaliados pelo grupo, com
distribuição de material.
b) Roteiro: Não deve ser mero resumo, mas expressar o que foi entendido. Deve
expressar, através das unidades as palavras-chave escolhidas, deve ser
apresentado dividido em unidades, com linguagem objetiva; a transcrição de
trechos só deve ser feita quando necessário. E como conclusão - interpretação
pessoal.
c) Avaliação deve abranger vários itens: Sobre o procedimento na elaboração do
roteiro (conteúdo, seqüência, unidade);Exposição oral; Seleção e uso do material
didático.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de
metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. p.19-43.
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