“Espero uma 2ª volta ainda mais difícil”
Após a pausa competitiva devido à época festiva, Nuno Ferreira, treinador da equipa sénior feminina da AD Vagos, abre o jogo e fala sobre o campeonato da LFB, o papel das transmissões televisivas da Liga Feminina, faz o balanço da 1ª volta, projeta o que poderá ser a segunda metade do campeonato e antevê o confronto no recinto do Académico, o primeiro teste oficial de 2012 já este domingo com transmissão na SPORT TV. Tudo para conferir aqui.
Ao fim de 11 partidas, que balanço faz do campeonato da Liga Feminina no plano competitivo? Está mais forte?
Um campeonato cada vez mais competitivo e difícil. As equipas têm vindo a melhorar os seus plantéis e o equilíbrio é a nota dominante.
No seu entender, que repercussão têm tido as transmissões televisivas da Liga Feminina? Trouxe maior visibilidade e notoriedade ao campeonato? Sem dúvida que a visibilidade fazia falta á LFB, era o que precisávamos para conseguir dar a conhecer todo o potencial do basquetebol feminino em Portugal. Ser a única modalidade coletiva feminina com transmissões televisivas todas as semanas é, indubitavelmente, um passo de gigante a todos os níveis.
Existem, portanto, mais‐valias com os jogos televisionados?
Sem dúvida nenhuma!
Das 12 equipas em competição, qual foi a que mais o surpreendeu na 1ª volta?
Não me surpreenderam, mas acho que Académico, Montijo e ESSA Barreiro estão a fazer um campeonato muito positivo. No lado oposto está o Torres Novas. Até agora esperava mais das ribatejanas.
A AD Vagos passou por momentos de grande desgaste devido à participação na Eurocup. Ficou desiludido por não conseguir qualquer vitória na competição?
Desiludido pelas competências demonstradas, jamais! Fizemos uma excelente participação e apresentámos bons índices de jogo. Um amargo de boca por não termos conseguido vitórias, sim. Quanto ao desgaste, é uma realidade, mas não pode servir de desculpa para nada. Participar e competir com os melhores é o que mais queremos fazer.
E essa participação afetou o desempenho da equipa a nível interno? Não acho que tenha afetado em nada. Faz‐nos é perceber para onde temos que caminhar e como temos de trabalhar diariamente para sermos cada vez melhores. Ter de jogar a esse nível só nos traz mais capacidades.
Conseguiram terminar a 1ª volta no topo da tabela em igualdade pontual com o Algés, por sinal a única equipa que vos derrotou internamente esta época. Será o Algés o vosso grande adversário na luta pelo título?
Existem vários adversários com os mesmos objectivos da AD Vagos e do Algés, equipas que vão, com toda a certeza, elevar as suas capacidades e aparecer bem melhores. Outro fator a avaliar nas próximas semanas será o facto de algumas delas poderem fazer mudanças nos seus plantéis, com a entrada e saída de jogadoras.
Considera então que há formações que ainda têm uma palavra a dizer?
Vão surgir equipas que certamente não melhorar e outras nem por isso. Temos de estar atentos e ir avaliando as circunstâncias. Espero uma 2ª volta ainda mais difícil, mais ainda porque teremos dois pontos altos antes do início dos play‐offs, a Taça Federação e a Taça de Portugal, onde todas as equipas têm legítimas aspirações.
Falou numa 2ª volta mais difícil. O calendário mostra‐se muito pouco favorável à AD Vagos, pois terão de enfrentar quase todas as equipas da primeira metade da tabela fora de casa. Isso preocupa‐o?
Temos uma filosofia de nos preocuparmos com um jogo de cada vez. A nossa equipa é preparada para jogar em casa e fora sempre com a ambição de ganhar.
As jogadoras não sentirão maior pressão por saberem que terão de enfrentar os adversários mais complicados fora de portas?
Não sinto isso.
A fase regular não será, portanto, decisiva para a conquista do título?
Ficar bem classificado pode ser determinante...
A AD Vagos viu‐se privada das suas duas principais bases. Já poderá contar com alguma delas no próximo domingo no recinto do Académico?
Estamos a recuperar ambas sem antecipar prazos. Vamos ver se será possível a presença de alguma delas já neste jogo.
Então o plano de jogo será semelhante ao do jogo frente ao Boa Viagem...
Felizmente, as jogadoras que temos no plantel têm e merecem a minha total confiança. Vamos ser o que sempre somos, na certeza porém que a nossa abordagem ao jogo contra o Académico terá de ser diferente, quanto mais não seja porque o adversário é, também, diferente.
O Académico melhorou bastante desde o início do campeonato. Qual a sua antevisão para este primeiro teste de 2012?
É sempre um jogo complicado. É verdade que o Académico melhorou bastante e trabalharam mais. Essa é, aliás, a mensagem que o seu treinador está a passar para as jogadoras. A nós compete‐nos fazer o nosso trabalho, termos muita energia e respeitar todos os adversários. Sabemos que só fazendo um bom jogo poderemos chegar à vitória.
E como tenciona superá‐las nesta fase positiva?
Aplicando aquilo que treinamos e os nossos princípios de jogo. Preparar bem o nosso plano defensivo e aplicá‐lo com a maior eficácia possível. A intensidade com que jogarmos vai ser, com toda a certeza, decisiva.
Se lhe fossem concedidos três desejos para 2012, que pedidos faria?
Ter saúde, continuar a ter muito prazer em ser treinador de basquetebol e que o nosso trabalho diário e ambição nos consigam trazer títulos para Vagos.
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Saudações desportivas,
João Vieira,
AD Vagos
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