Edição 15 - Agosto de 2015 Ano 1 - Edição 2 - Junho de 2015 Negociações de acordos comerciais podem tornar a agropecuária brasileira ainda mais competitiva Na contramão do que vem acontecendo na economia, o setor agropecuário brasileiro, com suas tecnologias inovadoras e seus produtos de alta qualidade, continua destacando-se. O setor segue criando milhares de novos postos de trabalho e oportunidades no comércio exterior. As exportações totais brasileiras somaram US$ 112,86 bilhões de janeiro a julho deste ano. Os produtos do agronegócio responderam por 46,4% desse total, superando US$ 52,37 bilhões em vendas externas. Esse valor representa uma queda de 10,8% em relação ao mesmo período de 2014, quando os embarques do setor chegaram a US$ 58,72 bilhões. Apesar da queda na receita, o volume exportado aumentou 8,7%, passando de 84,5 milhões de toneladas em 2014, para 91,9 milhões de toneladas em 2015. Já as importações do setor somaram US$ 8,21 bilhões, valor 16,6% menor que aquele observado em igual período de 2014. Dessa forma, o saldo da balança comercial do agronegócio no acumulado do ano foi favorável ao Brasil em US$ 44,16 bilhões. Ainda que o setor tenha apresentado bons resultados no âmbito de comércio exterior, ainda existem dificuldades internas que preocupam os produtores: a complexidade fiscal do Brasil; a falta de uma política agrícola plurianual que permita ao produtor um planejamento ao longo prazo; infraestrutura ineficiente de portos, ferrovias e hidrovias; e o atraso do Brasil nas negociações de importantes acordos comerciais. Dentro da porteira, no entanto, o produtor tem feito a sua parte. O Brasil é hoje líder mundial na utilização de tecnologias agrícolas de ponta e modelos sustentáveis de produção, voltados para a maior produtividade e redução de custos. Além disso, as dificuldades econômicas são, em parte, contrabalanceadas pela desvalorização do real – que atingiu o seu menor valor em 12 anos, se comparado com o dólar. Apesar dos insumos importados utilizados na lavoura terem ficado mais caros para o produtor, os produtos brasileiros se tornaram mais competitivos internacionalmente. Além disso, a demanda externa por produtos agropecuários brasileiros pode aumentar ainda mais. É o que se espera caso saia do papel o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE). De acordo com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, a troca de proposta para o acordo deve ser feita até o último trimestre de 2015. As negociações do acordo entre Mercosul e UE se estendem há mais de 15 anos. A CNA defende a adoção de uma estratégia mais ofensiva de política comercial e tem grandes expectativas em relação à negociação de acordos comerciais num futuro próximo. A Confederação apoia iniciativas que deem maior acesso aos principais mercados consumidores de alimentos, por meio da redução de barreiras tarifárias e não tarifárias. Recentemente, o governo abriu consulta pública ao setor privado sobre negociações de acordos. Edição 15 - Agosto de 2015 MDIC abre consulta pública sobre negociações de acordos comerciais O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) abriu consulta pública ao setor privado sobre negociações de acordos comerciais com os seguintes países e bloco: México, Cuba, Canadá, Líbano, Tunísia e EFTA (Associação Europeia de Livre Comércio, composta por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça). A CNA convida as associações setoriais a contribuir com as consultas, por meio do link: http://www. mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1893&refr=1893, e a mobilizarem-se para respondê-las da forma mais completa possível. Essa iniciativa faz parte da estratégia defendida pela CNA de abertura de mercados internacionais para os produtos agropecuários brasileiros. Segundo representantes do Governo, é chegada a hora de ampliarmos a nossa presença no exterior e os acordos serão parte das estratégias para essa ação. A consulta para México e Cuba deve ser respondida até o dia 21 de setembro e a consulta para Canadá, Líbano, Tunísia e EFTA, até o dia 06 de novembro de 2015. Produtos em destaque no acumulado de 2015 A combinação da alta produtividade do setor agro- Unidos (USDA), o país deve manter o ritmo das imporpecuário brasileiro e da desvalorização do real criou tações da oleaginosa nos próximos meses. Grande paruma janela de oportunidades para o produtor. Da- te da soja importada pelo país é triturada e utilizada na dos de comércio exterior divulgados pelo Ministério ração de animais. do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) confirmaram a potência do setor. Dentre os produtos que demostraram bons resultados estão a soja em grão, as carnes de aves e suína, o café, o milho e o amendoim. Soja A soja em grão lidera as exportações brasileiras, com US$ 15,73 bilhões em receitas de janeiro a julho de 2015. Esse valor é quase duas vezes maior que o do segundo produto mais exportado pelo Brasil no ano, os minérios de ferro e seus concentrados. Apesar da queda na receita de exportação de soja em grãos, em relação ao mesmo período de 2014, o volume embarcado aumentou 8%, atingindo 40,7 milhões de toneladas. Fonte: AliceWeb/MDIC Elaboração: SRI/CNA Milho De acordo com a Conab, a safra 2014/2015 de grãos chegou a 208,8 milhões de toneladas, volume 7,9% maior que a colheita anterior. O crescimento se deve ao ganho de produtividade do milho na segunda safra, principalmente no centro-oeste e no estado do ParaA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ná. Estima-se que a segunda safra do milho chegue a estima que a produção brasileira de soja chegue a 54 milhões de toneladas, 11,6% a mais que na safra 96,2 milhões de toneladas em 2014/2015, 11,7% a 2013/2014. mais que na safra anterior. A maior produção e a alta do dólar poderão ajudar a balancear as contas do Com uma maior safra, a expectativa para os próximos meses é positiva para os produtores brasileiros de miprodutor. lho, que podem aproveitar o bom momento para coA China é o principal destino da soja brasileira, res- mercializar o grão. Nos primeiros sete meses do ano, pondendo por 76,5% da receita de exportações do as exportações de milho do Brasil somaram US$ 1,21 produto no acumulado de 2015, US$ 12 bilhões. E bilhão, ou 6,6 milhões de toneladas. O volume foi segundo o Departamento de Agricultura dos Estados 11,1% superior ao registrado no mesmo período do 2 Edição 15 - Agosto de 2015 Aves e suínos ano passado. Em receita, o aumento foi de 1,2%. Os principais importadores de milho brasileiro são Vietnã, responsável por 22,5% do total, e Irã, 20,2%. Os produtores brasileiros de aves e suínos também têm obtido bons resultados no comércio exterior. Apesar da existência de barreiras, esses setores seguem se destacando – uma consequência dos avanços nas áreas de sanidade animal, sustentabilidade e qualidade do produto. Nos sete meses de 2015, foram registrados US$ 32,49 milhões em vendas externas, ou 382 mil toneladas. Já a carne de frango in natura soma US$ 3,65 bilhões em exportações no acumulado do ano, ou 2,2 milhões de toneladas. Houve uma queda de 6,4% na receita e aumento de 6,2% em volume, em relação ao mesmo período de 2014. Fonte: AliceWeb/MDIC Elaboração: SRI/CNA Café em grão A receita de exportações de café brasileiro aumentou 4,5% nos primeiros sete meses de 2015, se comparada ao mesmo período do ano passado, fechando em US$ 3,62 bilhões. O café obteve a quinta maior receita de exportação entre os produtos agropecuários este ano. Mais de 20 milhões de sacas foram exportadas, volume 0,5% menor que no ano passado. No que se refere à carne suína in natura, o Brasil se mantém entre os quatro maiores produtores e exportadores mundiais. O maior produtor mundial de suínos é a China, que produz mais da metade dos suínos do mundo, seguida por União Europeia, Estados Unidos e Brasil. Ainda que esteja entre os principais produtores, o Brasil representa apenas 3% da produção e 8% das exportações mundiais de suínos. O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ) afirma que o volume das exportações de café conilon apresentou aumento de 66%. Já o café arábica registrou queda de 6,9% no volume exportado nesses sete primeiros meses de 2015. Esse ano, a União Europeia foi responsável por 49,6% do valor de exportações brasileiras de café. Só a Alemanha respondeu por 17% do total exportado pelo Brasil. Fonte: AliceWeb/MDIC Elaboração: SRI/CNA As exportações de carne suína in natura do Brasil chegaram a US$ 647,97 milhões, ou 248,5 mil toneladas, no acumulado de 2015. A Rússia é a principal compradora desse produto brasileiro. Os embarques para o parceiro somaram US$ 108,3 milhões, representando 59% do valor total dessa carne exportada pelo Brasil. Fonte: AliceWeb/MDIC Elaboração: SRI/CNA Nessa safra, houve algumas peculiaridades que interferiram no mercado de café, como a chuva durante o processo de colheita e o atraso na florada do café em algumas regiões do país, como Minas Gerais, responsável por mais de 50% da safra brasileira. Esses fatores dificultam a estimativa do volume efetivamente produzido. O trabalho de abertura de mercado para a carne suína brasileira tem como foco países da Ásia, como a Coreia do Sul e o Japão, e a retomada do comércio com a África do Sul. Além disso, o setor espera aumentar o consumo doméstico de carne suína, ainda considerado baixo em comparação ao consumo de carne de frango e de carne bovina. No entanto, 85% da produção brasileira de suínos se destinam ao mercado interno, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No que se refere ao preço, a cotação internacional do café atingiu um valor baixo em julho de 2015. Entretanto, houve uma recuperação nas primeiras duas semanas de agosto. A saca de 60 quilos do café arábica, com vencimento para setembro de 2015, está cotada a US$ 169,50 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Amendoim O Brasil deve colher safra recorde de amendoim em 2014/2015. Segundo a Conab, serão 346,2 mil tone- 3 Edição 15 - Agosto de 2015 ladas, um crescimento de 10% em relação à safra anterior. Desse total, 90% (310 mil toneladas) são colhidas em São Paulo, 3% em Minas Gerais, 2% no Rio Grande do Sul e o restante nos demais estados produtores. ou 54 mil toneladas. Dessa forma, houve aumento de 30% na receita e 47% no volume exportado pelo Brasil. A UE é a maior compradora de amendoim brasileiro, seguida por Argélia, Rússia e México. O amendoim é comumente utilizado, também, na renovação dos canaviais. Isso porque o amendoim é uma leguminosa e pode fornecer nutrientes à terra, como o nitrogênio. O Brasil, no entanto, não é um grande produtor no cenário mundial de amendoim. Nos primeiros sete meses do ano, foram US$ 65,22 milhões exportados pelo Brasil, Fonte: AliceWeb/MDIC Elaboração: SRI/CNA Brasil registra avanço tecnológico nos 10 anos da Lei de Biossegurança* Em 2005, o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou a Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105) que regulamentou todos os aspectos do uso de organismos geneticamente modificados (OGM) no Brasil, incluindo pesquisas, testes a campo, transporte, importação, produção, armazenamento e comercialização. O projeto de lei tramitou no Congresso Nacional por dois anos e foi amplamente discutido. Cientistas, produtores rurais, representantes de organizações nãogovernamentais, do governo, do Ministério Público e diversos setores da sociedade civil, participaram ativamente das audiências públicas que antecederam a aprovação, enriquecendo o debate e legitimando seu caráter democrático. Além disso, a discussão sobre o tema gerou uma mobilização popular incomum e o assunto teve ampla cobertura da imprensa. Os agricultores estiveram entre aqueles que mais se envolveram no processo. Desde 1995, o Brasil já contava com normas de segurança e uso da biotecnologia. Entretanto, existiam conflitos entre essa lei e a Lei Meio Ambiente, gerando instabilidade jurídica que desestimulava a pesquisa e o desenvolvimento da área. Dez anos depois, o Brasil aprovou a Lei de Biossegurança que harmonizou o ambiente institucional e pavimentou o caminho para que o marco regulatório brasileiro fosse reconhecido internacionalmente como um dos mais rigorosos e completos do mundo. Nos anos que sucederam a aprovação da Lei de Biossegurança, as sementes GM contribuíram de maneira significativa para alavancar a produtividade da agricultura e consolidar o país como um fornecedor de grãos para parceiros internacionais. Sem as características agronômicas introduzidas nas plantas, seria bem mais difícil que o agricultor brasileiro atingisse altos índices de produtividade e exportasse alimentos para o mundo todo. É notável a diferença entre o número de tecnologias disponíveis antes e depois do advento da Lei. Até o final de 2005, apenas quatro produtos GM estavam liberados para comercialização: uma soja tolerante a herbicida (TH), um algodão resistente a insetos (RI) e duas vacinas de uso veterinário. Entre 2006 e abril de 2015, foram aprovadas 67 tecnologias GM. Nesse período o país passou a contar com inovações para milho, feijão, vacinas para uso veterinário, combate à dengue e produção de biocombustíveis por meio de microrganismos. No início, as liberações comerciais continham características agronômicas decorrentes da introdução de um único gene. Atualmente, as sementes transgênicas com dois, três e até quatro genes que combinam diferentes TH e diversas RI já são realidade para as culturas de soja, milho e algodão. Esse aumento de complexidade é uma tendência mundial e os próximos períodos serão marcados pelo desenvolvimento de plantas resistentes a estresses abióticos (seca, excesso de água, solos salinos e outros) e com características nutricionais melhoradas. Além de propiciar um ambiente estável para empresas investirem em pesquisa e desenvolvimento, a Lei de Biossegurança também atesta a segurança dos derivados da biotecnologia. Ela estabelece uma série de meca- 4 Edição 15 - Agosto de 2015 nismos de controle, que vão desde o desenvolvimento até o monitoramento dos produtos no mercado. Entre eles está a exigência de que todas as avaliações de biossegurança no Brasil sejam rigorosamente técnicas, cabendo à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), a análise do OGM sob o aspecto de saúde humana, vegetal e ambiental. Fonte: CTNBio abril 2015 Elaboração: Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) e CNA As decisões da CTNBio, composta por cientistas e especialistas nas áreas afins à biotecnologia, são sempre tomadas caso a caso e levam em consideração os princípios da precaução e da equivalência substancial. É esse rigor científico que garante a segurança dos OGM cultivados no Brasil e exportados para diversos países. to da biotecnologia e da agricultura no Brasil. A combinação bem sucedida desses dois setores transformou o país em um players mundial no que se refere à agricultura tropical. Nesses 10 anos de vigência do marco regulatório, ele se mostrou um parceiro inequívoco da sociedade, uma vez que tem garantido a pesquisa e o desenvolvimento de produtos que estão de acordo com as necessidades do agricultor e com os mais recentes avanços da biotecnologia. A aprovação da Lei de Biossegurança e o criterioso trabalho da CTNBio foram essenciais para o fortalecimen- *Este artigo é uma contribuição de Adriana Brondani, doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia. Índia e China requerem temas de segurança alimentar no topo da agenda em Nairóbi Segundo o representante, a China e a Índia estão coordenando em conjunto os temas de interesse dos países em desenvolvimento e, para colocar em prática as discussões, criaram um grupo de trabalho. Índia e China se uniram com a intenção de apresentar um documento destacando as principais questões enfrentadas pelos países em desenvolvimento, incluindo o tema de segurança alimentar e dos subsídios para formação de estoques públicos. O documento deve ser apresentado esse semestre, antes da realização da 10ª Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que acontecerá entre os dias 15 e 18 de dezembro, em Nairóbi, Quênia. A informação foi dada por um representante oficial na OMC. Além dos temas de segurança alimentar, outra questão predominante na agenda é o corte de subsídios agrícolas pelos países desenvolvidos, tema de grande interesse do Brasil. Vale ressaltar que, em 2003, os países em desenvolvimento criaram o G-20, grupo que tinha como 5 Edição 15 - Agosto de 2015 objetivo fazer com que as negociações agrícolas na OMC refletissem o nível de ambição do mandato das negociações da Rodada de Doha e os interesses desses países. O grupo, no entanto, não tem sido ativo e o movimento de chineses e indianos o enfraquece ainda mais. transparência na utilização dos subsídios aplicados na formação desses estoques e não se sabe o potencial de distorção de mercado que eles podem gerar. A Rodada Doha da OMC, lançada em 2001, se encontra num impasse desde 2008, quando a falta de consenso entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre os subsídios agrícolas impediu que as negociações avançassem. O mesmo tema parece continuar paralisando a rodada, sete anos depois. Tanto a China quanto a Índia estão lutando para que se encontre uma solução definitiva para a questão dos estoques públicos para fins de segurança alimentar. Por outro lado, o tema preocupa o Brasil, pois não há Seminário internacional debate desafio de alimentar o planeta e intensificar a sustentabilidade agricultura, pecuária e abastecimento do Brasil e representante do GPS no Brasil, também acredita que essa é a hora de agir. Em sua opinião, os debates sobre esse tema têm sido valiosos na produção de diagnósticos, mas “agora o fundamental é construirmos uma agenda de trabalho objetiva”. Para Manuel Otero, representante do IICA no Brasil, é hora das alianças – envolvendo setor público e privado, setor urbano e rural e todos os ministérios – acelerarem o processo de transformações que exige o momento atual. A expectativa de crescimento populacional mundial e o aumento da renda em países asiáticos, africanos e latino-americanos, alimentam as preocupações dos líderes mundiais sobre a segurança alimentar. A pergunta principal é: como atender ao crescimento da demanda mundial de alimentos e ao mesmo tempo intensificar a sustentabilidade? Essa complexa equação será debatida no seminário intitulado “Cone Sul, Fonte Estratégica de Alimentos para a Humanidade – Alimento, Bem-Estar e Sociedade – Desafios e Oportunidades”´, que será realizado, em Brasília, nos dias 17 e 18 de setembro. “Precisamos também rever o posicionamento dos países produtores do Cone Sul diante dos desafios gigantescos e complexos colocados pela nova realidade do comércio internacional”, comentou o Embaixador Botafogo Gonçalves, coordenador do painel do evento que vai debater este tema específico. O evento é promovido pelo Instituto Fórum do Futuro, pelo Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA), e pelo Grupo de Países do Sul (GPS), reunindo gestores públicos, privados e pesquisadores do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Estes países, segundo avaliação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), deverão responder por 60% da oferta suplementar de alimentos gerados pelo novo quadro de demanda. Serão discutidas ainda as questões de sanidade, visão de futuro e gestão multidimensional de risco. O evento será patrocinado pelo Banco Mundial e pelos Sistemas CNA/ SENAR e OCB/SESCOOP, e conta com o apoio de diversas entidades, como EMBRAPA, FAO, Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE) e outros. Para o Ministro Alysson Paolinelli, Presidente do Conselho Consultivo do Fórum do Futuro, é preciso envolver as sociedades nas escolhas que vão determinar o equilíbrio entre a oferta e a demanda. “É o bem-estar da humanidade que está em jogo”, disse Paolinelli, que detém o World Food Prize, considerado o “Nobel” da alimentação. Roberto Rodrigues, ex-ministro da A organização do Seminário criou um Hot-Site que oferece um espaço de debate “on-line”, além de toda a programação e Bibliotecas com artigos, vídeos e documentos a respeito dos temas. Para mais informações, visite www.seminarioconesul2015.com. 6