ARTE RUPESTRE: UM PATRIMÔNIO A SER CONHECIDO1
Suely Lima de Assis Pinto ([email protected]) – CAJ/UFG2
Márcia Santos Anjo Reis ([email protected]) – CAJ/UFG3
Alípio Rodrigues de Sousa Neto (alí[email protected]) – CAJ/UFG4
Elizabeth Gottschalg Raimann ([email protected]) – CAJ/UFG5
Valéria Moreira de F. Guimarães ([email protected]) – CAJ/UFG6
Thaisa de Oliveira Lima ([email protected]) – CAJ/UFG7
1 – Introdução
O projeto que ora se apresenta como relato de experiência se configura em uma
exposição fotográfica intitulada “O passado presente na arte” que objetivou promover, tanto o
incentivo à cultura, quanto a participação em atividades artísticas voltadas para o
conhecimento da realidade do homem como ser histórico, criador de cultura. Objetivou ainda,
maior contato com o patrimônio histórico e artístico da região do sudoeste goiano, inserindo
as alunas do curso de Pedagogia em especial, e a comunidade escolar de Jataí e região, ao
universo
cultural
deste
imenso
patrimônio
chamado
cerrado
e
suas
especifidades/particularidades da região do sudoeste goiano. Tudo isto mediado pelo papel do
Museu Histórico de Jataí Francisco Honório de Campos como espaço expositivo/educativo.
A exposição apresentou um painel sobre a presença do homem na região do
sudoeste goiano e reuniu 25 fotografias que registram uma comunicação do homem anterior à
escrita estabelecida por meio de desenhos e gravuras. As imagens encontradas nos sítios
arqueológicos desta região representam complexas composições com temas cotidianos ou
cerimoniais, bem como, representações geométricas, símbolos das comunidades indígenas
que habitavam o cerrado.
1.1 – O ensino da arte e a formação estética e cultural
O ensino de arte-educação no Brasil tem sido marcado por grandes mudanças ao
longo de sua história. Autores como Ana Mae Barbosa, Maria Heloisa Ferraz, Maria
Felisminda Fusari, Lucimar Bello, Irene Tourinho, Ana Amélia Bueno Buoro, entre outros,
discutem o ensino da arte e ressaltam a importância de se compreender as diferentes
concepções históricas pelo qual este ensino passou, para que haja uma efetiva reflexão sobre a
prática na sala de aula. Mesmo assim, o que se percebe é que estas mudanças, que se
acentuaram mais efetivamente na década de 1990, ainda não se efetivaram na prática em
muitas regiões no Brasil.
A produção da arte contemporânea nas diferentes formas de expressão (artes
plásticas, música, teatro, dança, literatura, instalações, fotografia, etc) mediam o processo
formativo e a formação humana a partir de sua fruição. Esta é a intencionalidade da Proposta
Triangular mediante a leitura da obra na sala de aula, que consiste na frequentação à este
universo artístico. A arte e seu ensino, a partir dos anos 1980, contemplam mudanças no
processo de compreensão da relação obra de arte/fruição. Sendo esta proposta inserida ao
contexto educacional brasileiro há trinta anos atrás, porque ainda debatemos este assunto
como se fosse uma proposta recém constituída? O que falta na realidade educacional para que
a inserção da arte no cotidiano do aluno como um sujeito “consumidor” desta produção seja
uma realidade?
Ao se pensar na produção artística contemporânea, principalmente as produções
mediadas pelas novas tecnologias, que envolvem um público interativo, participante, é que se
percebe que a realidade educacional se distancia cada dia mais da possibilidade de experiência
estética. Sendo assim, como constituir uma formação estética na sala de aula que possibilitará
a formação da sensibilidade deste aluno, e, portanto, a oportunidade de formação de um
sujeito fruidor? Compreendendo que esta educação sensível pode ser mediada pela família,
nos processo educativos que se constituem em diferentes meios de socialização, quando isto
não ocorre, de quem seria essa responsabilidade?
Diferentes reflexões sobre o ensino da arte e o não desenvolvimento da qualidade
estética da arte-educação nas escolas ao longo da historicidade deste ensino foram realizadas
nos últimos anos. Ao repensar esta questão, hoje 36 anos após a LDB 52/71, refletindo ainda,
sobre a nova LDB 9394/96, percebe-se que a situação não se difere das análises já realizadas
da década de 80 para cá.
O ensino ainda se encontra repleto de problemas, os professores, ainda, em sua
maioria, são leigos no ensino da arte e continuam procurando compreender os pressupostos
teórico-metodológico desta disciplina. Mesmo assim, esta busca por parte dos professores é
muito rara e solitária. Na realidade, continuam com as atividades de desenho para colorir, ou
técnicas diversas que variam a cada aula, ou mesmo, presos às atividades de datas
comemorativas e festividades escolares. É possível perceber no contexto atual, que apenas os
grandes centros contam com professores habilitados nas escolas. Mesmo assim, segundo
Barbosa, os professores relutaram e ainda relutam em fazer leitura de imagens.
Em Jataí, contexto que abrange o Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás
tem-se em média quarenta escolas municipais, nenhuma delas possui professor habilitado em
arte. Normalmente são Pedagogos, (alunos ou ex-alunos do Campus/UFG) no caso da
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primeira fase do ensino fundamental, e na segunda fase, professores de diferentes formações.
Vê-se, portanto, uma realidade muito relatada por teóricos da arte-educação, e que, em
cidades do interior, ainda persistem. Esses professores pedagogos possuem pouco espaço no
currículo para uma formação em arte.
Percebe-se que uma mudança efetiva nesta realidade só será possível a partir de
um conhecimento que sensibilize o aluno/professor, a percorrer suas próprias experiências, ou
seja, uma olhar sobre o mundo, mediado por uma formação estética e cultural.
Peixoto (2003) mostra que a distância entre o público e a arte, foi construída
historicamente. A autora define a importância da arte e do acesso do público a ela, em um
processo de fruição e aprendizado e ressalta a necessidade desta distância ser extinta. A arte,
“concebida como produto da criação e do trabalho de indivíduos histórica e socialmente
datados (...) é portadora de todas as características e possibilidade inerentes à vida humana em
sociedade” (PEIXOTO, 2003, p. 94).
Nesse sentido, a autora afirma que negando-se a servir o mercado, à coisificação e
banalização da arte e por extensão, do homem e da vida, a obra de arte, se, disponibilizada ao
grande público, inclusive leigos em arte, proporcionaria condições para fruição-criação
estética, como forma de apropriação humana em um processo de auto-constituição humana e
construção de sua própria história.
Refletindo sobre esta questão percebe-se que ao longo da escolaridade o homem é
expropriado dessa possibilidade de mediação no processo de constituir-se humano. A vida, ou
a sociedade capitalista inserida no sistema educacional negou essa mediação. A arte esta aí,
inserida no mercado, no cotidiano, na mídia, nos “fazeres especiais”8 mas, não são concebidas
como formadoras.
Nogueira (2002) analisa a formação cultural dos professores pedagogos e a
importância dessa formação como limiar de uma mudança. Pode-se dizer, que a formação
cultural possibilitará uma autonomia para o aprendizado do pedagogo e assim, para sua
compreensão do universo de produção artística.
Segundo a autora, aqueles professores que tiveram uma influência da arte na
infância, tanto na escolaridade, quanto na socialização (em casa, cursos de arte ou música)
possuíam maior formação cultural. E afirma que esse conhecimento do professor influencia
em sua prática pedagógica, possibilitando-lhe, levar a cultura e o universo dessa produção
artística, para a sala de aula. Ela explica que a arte na escola é historicamente discriminada e
que isso não é diferente na academia. E aponta que mesmo diante destes confrontos buscou
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levar os alunos a freqüentarem eventos culturais, e com isso, possibilitar um mínimo de
experiência estética ou formação cultural.
Ao se refletir sobre a arte como mediadora de formação, é na apropriação do
objeto estético num processo de fruição que o conhecimento se efetiva. Mas como afirmou
Peixoto (2003), existe uma distância entre o público e a arte que deve ser extinta para que essa
formação se efetive, em um processo de fruição. Mas, como se viu, é um universo muito
distante da escola, e da formação do pedagogo. A escolarização do processo formativo negou
historicamente que todo este universo de saberes mediassem o conhecimento.
Diante, então, de uma teoria do ensino da arte, percebe-se que, mesmo que os
pressupostos que envolvem o ensino sejam compreendidos e mediados, pelo aluno/professor
eles não se efetivam na sala de aula das escolas. Autores da arte-educação ressaltam que é
preciso levar a arte para a sala de aula num processo de alfabetização visual - Barbosa (1991),
Rossi (2003), Buoro (2003). Essa alfabetização desenvolverá um indivíduo crítico, capaz de
compreender a realidade e discernir o universo de informações com os quais são
bombardeados pelo mundo imagético e midiático. No entanto, para que esta ação se efetive é
preciso compreender a arte que vai para a escola, e que, na maioria das vezes, dado ao
desconhecimento do professor, é mediada pela indústria cultural (Medrano e Valentim, 2001).
Com base no exposto, compreende-se que o ensino da arte nesse momento se
configura como um desafio. É possível, praticamente três décadas depois da proposta
triangular ter se configurado na ação educativa do MAC/USP, ainda se conseguir provocar
alguma mudança? Segundo Nogueira (2002), sim, por meio de uma formação cultural para
professores pedagogos – aqui configurados como aluno/professor. Acredita-se, assim como os
diferentes autores aqui citados, que essa mediação do professor é extremamente importante,
porém, isto só será possível, quando a arte provocar um novo sentido em sua vida,
possibilitando sua formação cultural. E é com esta perspectiva que projetos como estes, aqui
mencionados, vão se configurando - por meio de um novo olhar para a cultura, o patrimônio
histórico e artístico cultural9, os “ fazeres especiais”. Somente assim vão se “pintando novos
olhares”.
1.2 – O patrimônio histórico e artístico do sudoeste goiano em exposição
O patrimônio cultural de Jataí se constitui de patrimônio natural e construído. Este
patrimônio refere-se a todos os espaços que indicam a presença do homem no mundo. Um
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destes espaços de grande relevância são os sítios arqueológicos que indicam a presença do
homem na região do sudoeste goiano.
A presença do homem em Goiás pode ser encontrada em diferentes sítios
arqueológicos. No Sudoeste Goiano muitos destes sítios possuem vestígios da arte rupestre.
As pinturas e as gravuras produzidas por populações pré-coloniais, que ocuparam os abrigos
das grutas da região de Serranópolis têm aproximadamente 11.000 anos. Estes sítios
arqueológicos são importante patrimônio que precisa ser preservado.
Segundo Schmitz, (1997) essas pinturas podem ser encontradas nas paredes e tetos
das grutas de seus abrigos; as gravuras, também chamadas de petróglifos, podem ser vistas
nas paredes e em blocos caídos. Essas pinturas e gravuras são encontradas em espaços
abrigados, claros, nunca ao relento e nem em lugares completamente escuros.
A maior parte dos elementos pintados são classificadas pelos pesquisadores em
motivos geometrizantes e naturalistas ou representativos. Para eles as pinturas geométricas
são aquelas que mostram elementos naturais não reconhecíveis de imediato e as que
apresentam objetos, animais ou humanos são consideradas representativas ou naturalistas.
as pinturas e gravuras de Serranópolis certamente fazem parte das tradições
simbólicas e gráficas do Brasil, especialmente das savanas tropicais, mas seus
elementos foram apreendidos, manipulados e reproduzidos dentro de um contexto
local, étnico, cultural, que lhes deu um caráter próprio, que precisa ser reconhecido
quando procuramos incorporá-las em grandes esquemas nacionais”. (SCHMITZ,
1997, p. 63)
O autor afirma ainda, que estas populações organizavam-se em forma de bandos e que os
indivíduos relacionavam-se entre si na base de um complexo sistema de parentesco.
Hoje, já se percebe uma grande diferença de conservação da coloração das
imagens desde as primeiras pesquisas realizadas nesta região - década de 1970. Frente a essas
alterações, e com um olhar artístico e preservacional, Izaltino Guimarães passou a percorrer o
espaço do cerrado, antes habitado pelo indígena, com o intuito de fotografar, re-registrando e
redocumentando os espaços antes percorrido pelos pesquisadores Pedro Inácio Schmitz, Altair
Sales Barbosa, Binômino da Costa Lima e outros.
Parte do trabalho fotográfico de Izaltino Guimarães foi, então, apresentado nesta
exposição já mencionada e organizada sob a curadoria de três professores do curso de
Pedagogia do CAJ/UFG, no Museu Histórico de Jataí Francisco Honório de Campos na
cidade de Jataí. Os curadores desta exposição produziram um catálogo que permitiu aos
visitantes conhecerem a trajetória do fotógrafo nesse importante trabalho de registro do
patrimonio artístico e cultural.
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No projeto de extensão, foi também planejada uma ação educativa no intuito de
levar as crianças das séries iniciais do ensino fundamental das escolas da rede municipal,
estadual e privada da cidade de Jataí e discentes do curso de graduação do curso de Pedagogia
a conhecer e a valorizar a arte rupestre e os petróglifos da região. A ação educativa, com a
participação das crianças, foi executada pelas monitoras do projeto de extensão previa a
divulgação do projeto nas escolas e o desenvolvimento de atividades educativas no museu
voltadas à temática por meio de uma metodologia dialógica e reflexiva, bem como, a leitura
de imagens voltada para o incentivo ao processo de preservação do espaço natural – o cerrado
e as grutas da região. A exposição ficou aberta à visitação durante cinco meses e nesse
período o acervo fotográfico foi visitado por alunos do curso de Pedagogia e alunos das séries
iniciais do ensino fundamental das escolas da rede municipal e particular da cidade de Jataí.
O trabalho desenvolvido ao longo desse projeto de extensão e cultura permitiu aos
envolvidos um enriquecimento cultural e ao mesmo tempo uma valorização do patrimônio
cultural, histórico e natural da região. Possibilitou as monitoras vivenciarem a pesquisa aliada
ao ensino e, quanto aos alunos da Pedagogia, perceber a relação teoria e prática de forma
integrada contribuindo assim para sua formação profissional.
Pintura rupestre (geometrizante).
Pousada das Araras, Serranópolis – GO
Petróglifo – pés de aves. Gruta do Urubu,
Serranópolis – GO.
Pintura rupestre (naturalista).
Fazenda Água Limpa, Palestina - GO
Petróglifo – painel de petróglifos.
Pousada das Araras, Serranópolis – GO
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BIBLIOGRAFIA
ADORNO, T. W. Educação e emancipação. 2. ed. Tradução de Wolfgang Leo Maar. Rio de
Janeiro: Paz e terra, 2000.
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.
_________. Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. 2ed. São Paulo: Cortez, 2003
BUORO, Anamélia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. 2. ed.
São Paulo: EDUC/Fapesp/Cortez, 2003.
MEDRANO, Eliziara M. O. e VALENTIM, Lucy Mara. A indústria cultural invade a escola
brasileira. In: Indústria cultural e educação. caderno CEDES, n. 54, 2001.
NOGUEIRA, Monique A. A formação cultural de professores ou a arte da fuga. Tese de
Doutorado, Faculdade de Educação da USP. São Paulo: 2002
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distancia a ser extinta. Campinas,
SP: Autores Associados, 2003.
PESSOA, Jadir de Morais. Saberes em Festa: gestos de ensinar e aprender na cultura
popular. Goiânia: Editora da UCG; Editora Kelps, 2005.
PINTO, Suely Lima de Assis; REIS Márcia Santos Anjo e NETO, Alípio Rodrigues de Sousa.
O passado presente na arte. Jataí, 2007. Catálogo de exposição fotográfica.
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre:
Mediação, 2003.
SCHMITZ, Pedro Ignácio. Serranópolis II: as pinturas e gravuras do abrigo. São Leopoldo,
RS: Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, 1997. Arqueologia nos cerrados do Brasil
Central. Relatório de Pesquisas.
1
Este trabalho refere-se a uma exposição fotográfica, intitulada “O passado presente na arte”, e consiste em
um projeto de Extensão e Cultura do Curso de Pedagogia – Campus Jataí/UFG – A exposição apresenta um
painel sobre a presença do homem na região do sudoeste goiano, marcas de vida dos povos da pré-história,
registradas pela lente do fotógrafo Izaltino Guimarães. O trabalho reúne 25 fotografias que registram uma
comunicação do homem anterior à escrita estabelecida por meio de desenhos e gravuras.
2
Mestre em Educação – FE/UFG, especialista em Educação do Ensino superior e em Museologia, graduação em
Artes Visuais/UFG, doutoranda em História – FCHF/UFG, professora do curso de Pedagogia do Campus de
Jataí – CAJ/UFG, coordenadora/curadora do Projeto de Extensão e Cultura “ O Passado Presente na Arte”.
3
Mestre em Educação – FE/UFU, especialização em Educação, Sanitarismo básico e em Ciências Físicas e
Biológicas, graduação em Ciências e em Matemática, professora do curso de Pedagogia do CAJ/UFG,
coordenadora de graduação do CAJ/UFG, coordenadora do curso de Especialização em Educação Infantil,
curadora do Projeto de Extensão e Cultura “ O Passado Presente na Arte.
4
Mestre em Educação – FE/UFMG, graduação em História/UFG, professor do curso de Pedagogia – CAJ/UFG,
curador do Projeto.
5
Mestre em Educação – FE/UFU, graduação em Pedagogia ILES/ULBRA de Itumbiara/GO, professora do
curso de Pedagogia – CAJ/UFG, coordenadora da ação educativa do Projeto.
7
6
Graduanda em Pedagogia – 2º. Período, aluna-bolsista do projeto.
7
Graduanda em Pedagogia – 4º. Período, aluna-bolsista do projeto.
8
Refere-se aqui, ao texto de RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino
das artes visuais. São Paulo: Mercado das letras, 2006.
9
Concluindo a reflexão aqui apresentada, ressalta-se que, na cidade de Jataí, já como diferentes ações na busca
por uma realidade cultural diferenciada, criaram-se na última década dois museus, Museu Histórico de Jataí
Francisco Honório de Campos e Museu de Arte Contemporânea – sendo que, este último, realizou no ano de
2007 o V Salão Nacional de Artes Plásticas, com participação efetiva de artistas de diferentes regiões brasileira.
Isto, já se configura, mesmo que de forma tímida, na possibilidade de inserção do aluno/professor, bem como de
seus alunos/crianças no universo de produção da arte contemporânea, e o curso de Pedagogia deve ser mediador
nesse processo de formação cultural.
SCHMITZ, Pedro Ignácio. Serranópolis II: as pinturas e gravuras do abrigo. São Leopoldo, RS: Instituto
Anchietano de Pesquisas/UNISINOS, 1997. Arqueologia nos cerrados do Brasil Central. Relatório de Pesquisas.
8
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