Complemento N ominal Dá­se o nome de complemento nominal ao termo que complementa o sentido de um nome ou um advérbio, conferindo­lhe uma significação completa ou, ao menos, mais específica. São duas as principais características do complemento nominal: ­ sempre seguem um nome, em geral abstrato; ­ ligam­se ao nome por meio de preposição, sempre obrigatória. Os complementos nominais podem ser formados por substantivo, pronome ou numeral. Exemplos: Meus filhos têm loucura por futebol. Em geral os nomes que exigem complementos nominais possuem formas correspondentes a verbos transitivos, pois ambos completam o sentido de outro termo. São exemplos dessa correlação: ­ obedecer aos pais Þ obediência aos pais ­ chegar em casa Þ chegada em casa ­ entregar a revista à amiga Þ entrega da revista à amiga ­ protestar contra a opressão Þ protesto contra a opressão DEP OI S DO ADVÉRBI O Casos há em que o advérbio necessita de informações adicionais para que o sentido da expressão seja completo. Assim, o complemento nominal une­se ao advérbio fornecendo esse tipo de informação e, nessa ligação, a presença da preposição é obrigatória. Exemplos: 1. É dispensável a tua presença, relativamente a prestação de contas da loja. [I nadequado] É dispensável a tua presença, relativamente à prestação de contas da loja. [Adequado] Agente da P assiva
Professora Francisca Maria É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando­lhe o ser que praticou a ação verbal. Exemplo: 1. O barulho acordou toda a vizinhança. [oração na voz ativa] ...[o barulho: sujeito] ...[acordou: verbo transitivo direto = pede um complemento verbal] ...[toda a vizinhança: ser para o qual se dirigiu a ação verbal = objeto direto] 2. Toda a vizinhança foi acordada pelo barulho. [oração na voz passiva] ...[toda a vizinhança: sujeito] ...[foi: verbo auxiliar / acordada: verbo principal no particípio] ...[pelo barulho: ser que praticou a ação = agente da passiva] O agente da passiva é um complemento exigido somente por verbos transitivos diretos (aqueles que pedem um complemento sem preposição). Objeto I ndireto Do ponto de vista da sintaxe, objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto e vem sempre acompanhado de preposição. Do ponto de vista da semântica, o objeto indireto é o ser ao qual se destina a ação verbal. Exemplo: 1. A cigana pedia dinheiro a moça. [I nadequado] A cigana pedia dinheiro à moça. [Adequado] ...[pedia = verbo transitivo direto e indireto] ...[dinheiro = objeto direto] ...[à moça = destinatário da ação verbal = objeto indireto] Adjunto Adverbial Não é difícil confundir objeto indireto e adjunto adverbial, pois ambos os termos são construídos com preposição. Uma regra prática para se determinar o objeto indireto e até mesmo o identificar na oração é indagar ao verbo se ele necessita de algum complemento preposicionado. Esse complemento será: 1) Adjunto adverbial, se estiver expressando um significado adicional, como lugar, tempo, companhia, modo e etc.
Professora Francisca Maria 2) Objeto indireto, se estiver apenas completando o sentido do verbo, sem acrescentar outra idéia à oração. Exemplos: 1. Ele sabia a lição de cor. [Adjunto adverbial " de modo" ] 2. Ele se encarregou do formulário. [Objeto indireto] Adjunto Adnominal É a palavra ou expressão que acompanha um ou mais nomes conferindo­lhe um atributo. Trata­se, portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere. Os adjuntos adnominais podem ser formados por artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome adjetivo, numeral e oração adjetiva. Exemplos: 1. Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente. ...[nosso: pronome adjetivo] ...[velho: adjetivo] 2. Todos querem saber a música que cantarei na apresentação. ...[a: artigo] ...[que cantarei na apresentação: oração adjetiva] Complemento nominal x Adjunto adnominal É comum confundirem­se duas categorias sintáticas da língua portuguesa. Isso se verifica em relação ao complemento nominal e adjunto adnominal, já que ambas as categorias seguem um nome e podem ser acompanhadas de preposição. É importante lembrar, então, as suas principais funções:
· complemento nominal: complementa o sentido do nome, conferindo­lhe uma significação extensa e específica. Ex.: Sua rapidez nas respostas é admirável.
· adjunto adnominal: acrescenta uma informação ao nome. Essa informação tem valor de adjetivo e, em princípio, é desnecessária para a compreensão da expressão. Ex.: Ela se dizia carioca da gema. Uma regra prática para distinguir essas duas categorias sintáticas é tentar transformar o termo relacionado ao nome em adjetivo ou oração adjetiva. Se for possível o emprego de uma dessas construções adjetivas, o termo selecionado será um adjunto adnominal. Do contrário, será um complemento nominal.
Professora Francisca Maria Exemplos: 1. O menino tinha uma fome de leão. ...[fome leonina = adjetivo] ...[fome que parecia ser de leão = oração adjetiva] ...[de leão: adjunto adnominal] 2. A leitura de jornais é aconselhável a um bom profissional. ...[de jornais: complemento nominal]
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Distinção dos tempos preposicionados