Curso de Avaliação de Tecnologia em Saúde Tecnologia e Práticas Educacionais Cristina Mizoi Tema Central: Qualidade, Segurança e Comunicação Avaliação de Tecnologia em Saúde • Conceitos: – medicamentos, – equipamentos, – procedimentos técnicos, – sistemas organizacionais, educacionais e de suporte, – programas e protocolos assistenciais. • Desafios: – os profissionais de saúde e gestores resistentes às mudanças – capacitação gestores para gerir, manter e melhorar o processo de incorporação de tecnologias. – capacitação de recursos humanos para uso das tecnologias, Comparação de Erros em Serviços de Saúde com outros Setores do Mercado Reference: Clinical Advisory Board, 2005 Quão perigosos são os Serviços de Saúde DANGEROUS (>1/1000) 100.000 REGULATED ULTRA-SAFE (<1/100K) HealthCare Total lives lost per year Driving 10.000 1.000 Scheduled Airlines 100 Mountain Climbing Bungee Jumping 10 Chemical Manufacturing Chartered Flights European Railroads Nuclear Power 1 1 10 100 1.000 10.000 100.000 Number of encounters for each fatality 1.000.000 10.000.000 Cenário Nacional Capital humano Formação: sólida e atualização contínua Conhecimentos básicos: informática, domínio de vários idiomas Polivalência: condições de atuar em várias áreas Cultura ampla: domínio de informações culturais e tecnológicas Ser criativo, ter idéias Capacidade de inovação: predisposição para mudanças Capacidade analítica: postura crítica, interpretação antecipada das necessidades futuras da sociedade Interação: emoção e razão integradas para potencializar o desempenho Nova Geração e a Tecnologia Anos 70 • 20% TV • Brincadeiras de rua e jogos de tabuleiros Anos 80 (Geração Y) • 56% TV • Grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. • Elevada auto-estima (presentes, atenções). • Realizando múltiplas tarefas • Não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira • Lutam por salários ambiciosos desde cedo. Anos 90 (Geração Z) • 87% TV • Nativas digitais, familiarizadas com a rede digitais, telefones móveis e mp3 players, • Acesso a internet pelo celular (conectadas) Nova Geração e a Tecnologia Novo milênio • Estímulos de diferentes meios de comunicação • Brinquedo é tecnologia • Redução das fronteiras entre criança, adolescente e adulto • Menor tolerância a frustração • Aprendem negociar Tecnologia e aprendizado • 1939 a 1945 – Segunda Guerra Mundial – 15% dos soldados dispararam contra o inimigo • 1960 a 1975- Guerra do Vietnã – 95% dos soldados dispararam para matar (vídeo game e simulação) • EUA, 1997 – adolescente de 14 anos – 08 tiros certeiros – Videogame Formação Profissional Discussão de casos • Problem based learning (PBL) – A metodologia da Aprendizagem Baseada em Problema – Esta metodologia apresenta como características principais o fato de ser centrada no aluno, se desenvolver em pequenos grupos tutoriais, apresentar problemas em contexto clínico, ser um processo ativo, cooperativo, integrado e interdisciplinar e orientada para a aprendizagem do adulto. • Educação à distância • Laboratório de Habilidades e Simulação Inovação Revista New Scientist: •Banner Good Samaritan Medical Center, no Arizona (EUA) •Oito cirurgiões recém-formados e em fase de treinamento que manobrassem durante uma hora os controles sem fio do Wiimote, da Nintendo. Lançado no ano passado, esse modelo traz sensores de movimento que permitem a reprodução simultânea dos mínimos movimentos executados pela mão do jogador no ambiente virtual. •O grupo que usou os games Wii mostrou um desempenho 50% melhor no controle de pinças e bisturis durante cirurgias virtuais do que aqueles que não fizeram o aquecimento Inovação Inovação Reabilitação por realidade virtual Inovação • Advanced Cardiac Life Support (ACLS) – CD room: teoria, testes e cases em ambiente virtual – Agendamento de teste prático com robôs Estratégia Educacional • A estratégia educacional escolhida deve estar pautada em estudos que evidenciam a mudança de tal comportamento; • Estudos evidenciam a relação entre a estratégia educacional e a mudança de comportamento e/ou resultados organizacionais; • As estratégias educacionais efetivas precisam ser suficientemente persuasivas, informativas e relevantes para o aprendizado Grol (1997), Farmer (2004) Estratégia Educacional Segundo dados de literatura, as estratégias educacionais que apresentam os melhores resultados para a mudança da prática profissional e para os resultados institucionais são as interativas e participativas. Estratégia educacional passiva: comumente utilizada para os profissionais da saúde como as reuniões educacionais e conferências Estratégias ativas: prontamente disponíveis para o profissional em um formato rápido e acessível. Ex: sistemas lembretes informatizados Estratégias interativas: têm a participação ativa do profissional que treina e de quem está sendo treinado. Implementação de estratégias para diferentes necessidades Estratégias Melhoria no conhecimento e atitude Melhoria nas habilidades Mudança da prática Visitas + ? + Workshop interativo + + + Lembretes + ? + Múltiplas intervenções + ? + Opinião de líderes clínicos + ? +/- Estratégia mediada pelo paciente ? - +/- Auditoria e feedback + ? +/- Material educacional + ? - Conferências + - - Consenso local + ? - Legenda: + Melhorias baseadas em evidências por trials controlados e randomizados ? Evidência não está clara ou não disponível - Sem melhoria baseadas nas evidências por trials controlados e randomizados Davis et al (1992) Estratégia e Aprendizado Procedimento Racional Estratégias com resultados efetivos Workshop e oficinas interativas 1A Auditoria e feedback (quando a adesão ao cumprimento de uma recomendação é baixa) 1A Visita de especialistas clínicos (combinadas com outras estratégias) 1A Opinião de líderes clínicos 1A Sistemas de lembretes 1A Materiais educacionais impressos relacionados a um contexto de mudança) (protocolos Acesso às informações eletrônicas 2A 6A Estratégias com pouco resultado ou não conclusivas Materiais educacionais impressos Grau de recomendação A. Resultado recomenda a intervenção B. Resultado não é conclusivo – não é suficiente para confirmar a hipótese C. Resultado contra indica a intervenção Níveis de evidência 1. Revisão sistemática 2. Ensaio clinico randomizado 3. Coorte 4. Caso controle 5. Séries de casos 6. Opinião de especialistas 7. Estudos pré clínicos (animais / in vitro) 1B Consenso local 1B Múltiplas intervenções 1B Auditoria e feedback 1B Estratégias sem resultado Palestras isoladas 1C Mizoi (2005) A PIRÂMIDE DA APRENDIZAGEM Índice de Eficiência da Aprendizagem Palestras 5% Leitura 10% Audiovisual 20% Demonstrações 30% Grupos de discussão 50% Praticar fazendo 75% Ensinar os outros / uso imediato 80% Fonte: NTL - Institute for Applied Behavioral Sciences História da Simulação 1960 - Educação Médica • Primeiro paciente simulado em uma aula de neurologia – paciente paraplégica com esclerose múltipla • "Hollywood Invades University of Southern California (USC) Medical School" 1979 - as técnicas de simulação têm sido adotadas como estratégia de treinamento e metodologia para avaliação de desempenho na aviação e áreas críticas de segurança (energia nuclear, serviço militar e indústrias) 1990 - o uso das técnicas de simulação aumentou consideravelmente na área da saúde e em particular na medicina em decorrência do foco na segurança do paciente e da premissa de que a habilidade técnica assegura proficiência somente em tarefas Simulação: Aviação • Treinamento para pilotos (Cockpit Resource Management ou Crew Resource Management - CRM) aprendizado de técnicas eficientes de trabalho em equipe Sala de aula • Falha na delegação de tarefas e responsabilidades • Falha na comunicação e identificação de prioridades • Falha na monitoração de instrumentos • Aprendem o que fazer e não somente o que evitar Earl Weiner, Robert Helmreich, Clay Foushee (1980) Simulação: Aviação Simulador de vôo: • Missões simuladas e realistas com seqüência de desafios (mau tempo, falha no equipamento, instruções confusas) • Cabines reais com elevadores hidráulicos para movimentação (mergulhar para o chão) • Sessão gravada em vídeo e seguida de depoimentos, análise crítica do próprio desempenho “crítica no comportamento e não na pessoa” Earl Weiner, Robert Helmreich, Clay Foushee, 1980 Simulação: Aviação Estatísticas das linhas aérea comprovam que o CRM melhora a segurança com uma redução substancial do índice de acidentes (>50% dos acidentes são causados por erro humano) Curso obrigatório para vôos comerciais e militares Aplicação do CRM para setores de segurança crítica como a área da saúde: tratamento intensivo, centros de atendimento de trauma e emergências cardiológica, salas de obstetrícia e unidades radiológicas Simulação: Medicina Técnicas CRM na área da saúde David Gaba, Steve Howard e Kevin Fish, 1992, Stanford Trabalho em equipe em sala cirúrgica Simulador de paciente Currículo em anestesia de várias universidades Simulação: To Err is Human • • • Considerando 33,6 milhões de admissões – Morreram por erro médico de 44.000 a 98.000 pacientes em um ano nos EUA. Nos EUA os custos com eventos adversos que podem ser prevenidos giram em torno de 8-29 bilhões de dólares anualmente Recomendações para segurança do paciente: – Estabelecimento de um programa de treinamento da equipe interdisciplinar que incorpora métodos de treinamento em equipe como a simulação – Reconhece o impacto do exame de qualificação médica no aprimoramento de habilidades críticas e no conhecimento.a Institute of Medicine Report (1999) Centro de Simulação Realística Einstein Simulação Realística: Conceito Por meio de cenários clínicos replica experiências da vida real e favorece um ambiente participativo e de interatividade. Permite o erro sem expor o paciente ao risco. Permite o pensamento reflexivo combinado com interações sociais, em um ambiente sem julgamentos. Os participantes utilizam essa estratégia para colaborar para a resolução de problemas da vida real. Simulação de relações interdisciplinares e interpessoais, permitindo maior eficácia no trabalho em grupo, que usualmente é exigido no atendimento dos pacientes em todos os serviços de saúde. Simulação Realística Câmeras e microfones nas salas Captação e a organização das imagens e do som, em tempo real, permitindo que os vários ambientes e cenários sejam monitorados para discussão no debriefing Espelhos especiais Servidor próprio Simulação Realística Objetivos • Desenvolver competências comportamentais (comunicação, liderança, tomada de decisão, comunicação da má noticia) • Desenvolver competências técnicas (urgências e emergências, processo de administração de medicamentos, protocolos, entre outros) • Realizar avaliação do conhecimento pratico e teórico (certificação, validação do procedimento, prova de residência médica) Simulação Realística Low cost and low technology • Manequins • Procedimentos básicos (ex: exame físico, punção venosa, etc) • Suporte básico de vida (compressão / ventilação) High cost and high technology • Simuladores de pacientes (robôs) • Atores profissionais • Simulares de realidade virtual • Raciocínio clinico (diagnóstico e intervenção) • Habilidades de comunicação (atitudinal) • Trabalho em equipe (competências) METODOLOGIA Desenvolvimento de competências (conhecimento, habilidades e atitudes) Definição de objetivos a serem alcançados Ambiente seguro, permite o erro Debriefing, discussão Instrutor qualificado Simulação Realística: Metodologia OBJETIVOS EDUCACIONAIS PUBLICO ALVO O conteúdo e a abordagem são customizados de acordo com o conhecimento do público alvo, assim como o uso dos equipamentos utilizados nos cenários, são de acordo com a realidade do ambiente de trabalho. Simulação Realística: Metodologia ESTACÕES PRATICAS - treino de habilidades práticas e revisão de conceitos CENARIOS – cases baseados na vida real incorporando os temas discutidos nas estações práticas, seguido da sessão de debriefing Simulação Realística: Metodologia AMBIENTE As instalações criam um ambiente semelhante a um hospital-virtual ou mesmo ambiente não hospitalar – consultório, unidade de internação, centro cirúrgico, rua, campo de futebol Simulação Realística: Metodologia PERSONAGEM • Atores – definição do perfil do personagem, performance e pontos críticos do cenário. • Simulador de paciente (robôs) – programação dos parâmetros de acordo com os cenários clínicos. • Manequins estáticos Simulação Realística: Metodologia INSTRUTORES Profissionais de referência em sua especialidade, evidenciado pelo conhecimento, prática e pesquisa, além de serem qualificados na metodologia de simulação realística. O instrutor é um facilitador do processo de aprendizado. Debriefing: visa reforçar pontos fortes e identificar oportunidades de melhoria. Permite ao profissional saber onde e como ocorreram os erros que potencialmente poderiam ter sido evitados, mas também permite o reconhecimento das competências a serem desenvolvidas. Simulação Realística: Metodologia CHECK LIST – formulário que contém os objetivos de cada cenário. Utilizado pelo instrutor para a condução do debriefing e para o acompanhamento pelos observadores. COMPORTAMENTO E/OU HABILIDADES TÉCNICAS 1. Apresentação do profissional (nome e formação) 2. Empatia (Capacidade para se colocar no lugar do outro, de saber ouvir e enxergar pelos olhos do outro) 3. Comunicação (Fala com clareza, de forma concisa e assertiva; escuta ativamente buscando o entendimento completo da mensagem) 4. Assertividade (Dentro do processo de comunicação falar a verdade, sem fazer julgamentos) 5. Administração de Conflitos (Demonstra equilíbrio para resolver conflitos; capaz de elaborar acordos e solucionar conflitos de modo justo) REALIZADO NÃO REALIZADO COMENTÁRIOS Simulação Realística: Metodologia PILOTO antes do Curso / Treinamento Simulação Realística: Comunicação e Humanização Tema: Comunicação do óbito Ambiente: Consultório Personagem: Ator. Filho do paciente, Cenário: Sr Jose Gomes, 65 anos, internado há uma semana na Unidade de Oncologia com diagnostico recente de neo de pulmão, estadio IV, já no momento do diagnostico inicial com metástase óssea (múltiplas), fígado e SNC. Iniciou tratamento com RXT para meta do SNC. Esta acompanhado por sua irmã, Joana. Durante a madrugada, foi admitido na UTI por dispnéia. Apresentou piora do quadro e faleceu nas primeiras horas de internação na UTI. Você e o medico de plantão e foi chamado para informar o óbito ao filho. Público alvo: Residentes de UTI Cenario Simulação Realística: Cultura e EAG Tema: Cultura - Eventos Adversos Graves Ambiente: Sala do Gestor Personagem: Enfermeira Daniela, atua na instituição há 10 anos Público alvo: Gestores Cenário: Sofia, 42 anos foi admitida para ressecção de tumor maligno duodenal não mestastático. ... Duas horas de cirurgia a paciente demonstra sinais de decréscimo da saturação, taquicardia e hipotensão. A paciente recebeu reposição, enquanto o cirurgião procurava sítios de hemorragia ou embolia. ....Após o retorno ao quarto, a paciente rapidamente evoluiu com febre alta, permanecendo assim durante 1 semana. A prescrição médica de antibióticos foi assim descrita....Durante os 7 dias de tratamento a paciente tinha recebido 3000 mg de Amicacina/dia. Durante este tempo a paciente demonstrou sinais de falência renal e de audição. Em 07 dias de tratamento, como a enfermeira responsável foi verificar o estoque de drogas administradas, o erro foi descoberto. O tratamento foi suspenso, mas as condições gerais da paciente se deterioraram e a falência progrediu. Dez dias depois a paciente morreu. Cenario Simulação Realística: Comunicação e Segurança Tema: Comunicação do erro Ambiente: quarto do paciente Personagem: Ator, Gabriel, filho do paciente Público alvo: Gestores Cenário: Sr. Eduardo Gomes, 76 anos, foi admitido na enfermaria devido a quedas recorrentes, relatando contínuas vertigens e instabilidade. ....As 7:30h, sua esposa o encontrou caído no chão com contusão facial e dor. ..... ..... O RX mostrou fratura na cabeça do fêmur à esquerda e fratura de rádio bilateral. O paciente foi encaminhado submetido a Artroplastia de quadril esquerda. Quando ele acordou foi diagnosticado hemiplegia do lado direito e ligeira afasia. .... A família atribui a piora do estado do paciente à cirurgia. .... Cenario Simulação Realística: Segurança do Paciente Tema: Time out – Check list cirúrgico Ambiente: Centro cirúrgico Personagem: Ator, Dr Alex Hussid, cirurgião famoso Público alvo: enfermeiros e técnicos de enfermagem Cenário: Sr. Júlio do Nascimento, 40 anos, .... No último check-up realizado há 01 mês atrás, constatou-se nódulo de pulmão direito, o qual imediatamente o fez procurar o melhor cirurgião torácico e um hospital de referência, pois como advogado, teve contato com alguns casos relacionados a erro médico. Hoje pela manhã, internou no quarto 001 para ser submetido: exerese de nódulo de pulmão direito e encontra-se na sala cirúrgica. Dr Alex Hussid, .... Realiza em média 10 cirurgias por semana em hospitais de 1ª linha. Dr. Alex mostra-se organizado, perfeccionista e não tolera atrasos. É metódico, gosta sempre da mesma equipe na sala cirúrgica e é muito resistente à mudanças. Cenario Simulação Realística: Segurança do Paciente Tema: Segurança do Paciente – Identificação Ambiente: Quarto do paciente Personagem: Pedro, 23 anos, é muito apegado ao pai e o acompanha durante todo a internação. Cenário: Paciente Antonio Carlos da Silva, 50 anos, 22 dias internado devido acidente automobilístico com trauma crânio encefálico (TCE) apresenta déficit importante na fala e na movimentação, recebe dieta por sonda nasoenteral e medicações endovenosas. Está internado na Clínica Médico Cirúrgica acompanhado por seu filho Pedro. Você entrará no quarto para administrar a medicação das 09 horas. Público alvo: Enfermeiros e técnicos de enfermagem Cenario Simulação Realística: Resultados RESULTADOS A eficácia do treinamento é avaliada por testes escritos pré e pós treinamento, avaliação de reação e acompanhamento dos indicadores de qualidade assistenciais Estudos em Simulação Bradley (2006) mostra a curva de crescimento das publicações relacionadas a simulação Futuro da Simulação O futuro dos objetivos e das propostas educacionais na simulação (Bradley 2006) Unificação das iniciativas de Simulação Graduação, Pós Graduação e Educação Médica Continuada Utilização rotineira pela Multidisciplinaridade Aprendizado interprofissional Aprendizado baseado em trabalho em equipe Aplicação integral e continua da simulação Tecnologia avançada combinando manequins, realidade virtual e softwares de fisiologia e farmacologia Revalidação e reacreditação 2000 2010 2020