UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA OS SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA UFSCAR NA PÓSGRADUAÇÃO STRICTO SENSU São Carlos / SP 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA Daniele Marcelo Camargo OS SERVIDORES TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS DA UFSCAR NA PÓSGRADUAÇÃO STRICTO SENSU Monografia apresentada na Universidade Federal de São Carlos, como exigência para a obtenção do certificado de conclusão do Curso de Especialização em Gestão Pública Orientador: Prof. Dr. Bernardo Arantes do N. Teixeira São Carlos / SP 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Departamento de Engenharia de Produção CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA Aluno: Daniele Marcelo Camargo Título: Os Servidores Técnicos-Administrativos da UFSCar na Pós-Graduação Stricto Sensu A banca examinadora dos Trabalhos de conclusão considerou a candidata: ( ) aprovada __________________________________________ Prof. Dr. Bernardo Arantes do Nascimento Teixeira __________________________________________ Prof. Dr. Mauro Rocha Côrtes __________________________________________ Profa. Dra. Débora Cristina Morato Pinto DATA: ______/_____/_____ AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus por minha vida e coragem para enfrentar desafios. À minha família pela compreensão nos momentos de ausência. Ao Professor Doutor Bernardo Arantes do Nascimento Teixeira, Orientador deste trabalho e Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFSCar, por sua atenção e apoio. Ao Professor Doutor Mauro Rocha Cortes, coordenador do curso de Especialização em Gestão Pública, pela oportunidade e incentivo aos servidores da UFSCar. Aos amigos e companheiros de trabalho da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e da Secretaria Geral de Recursos Humanos. E aos amigos da 1ª Turma de Especialização em Gestão Pública da UFSCar. "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher." (Cora Coralina) Lista de Figuras Figura 1 Estrutura da Educação no Brasil............................................................................29 Figura 2 Organograma Universidade Federal de São Carlos...............................................44 Figura 3 Organograma Geral da UFSCar.............................................................................45 Figura 4 Relação de cursos recomendados e reconhecidos pela CAPES.............................57 Figura 5 Mestrados/Doutorados da UFSCar reconhecidos pela CAPES.............................62 Lista de Tabelas Tabela 1 Tabela de percentuais de Incentivo à Qualificação................................................87 Tabela 2 Afastamentos dos servidores da UFSCar para capacitação..................................96 Tabela 3 Afastamentos para capacitação por ano................................................................97 Tabela 4 Situação dos ServidoresTécnicos-Administrativos.............................................103 Tabela 5 Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos.....................................104 Tabela 6 Resumo................................................................................................................110 Tabela 7 Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar.................................110 Tabela 8 Acesso anual dos Técnicos-Administrativos nos Programas .............................111 Tabela 9 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores......................................114 Lista de Quadros Quadro 1 Programas de Pós-Graduação divididos por Centro.............................................61 Quadro 2 Alunos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar......................106 Quadro 3 Critérios de seleção de mestrado e doutorado nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar....................................................................................................................................117 Quadro 4 Servidores Técnicos-Administrativos interessados em cursar mestrado e doutorado na UFSCar.............................................................................................................................122 Lista de Gráficos Gráfico 1 Servidores afastados para capacitação...................................................................97 Gráfico 2 Afastamentos para capacitação por ano.................................................................98 Gráfico 3 Características dos Servidores afastados para capacitação....................................99 Gráfico 4 Cursos de pós-graduação freqüentados pelos Servidores...................................100 Gráfico 5 Universidades escolhidas para cursar pós-graduação.........................................101 Gráfíco 6 Docentes com pós-graduação.............................................................................102 Gráfico 7 Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos.....................................104 Gráfico 8 Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar..................................112 Gráfico 9 Situação dos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar............113 Gráfico 10 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores......................................114 Gráfico 11 Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos Servidores......................115 Lista de Siglas Sigla Nome BCo BSCA CANOA COVEST CCA CCET CECH CCBS ConsUni CoPG CEMA CCS CCEF CAPES CNPQ DAC DB DBV DCI DeCom DeCont DeDP DEd DEs DEsp DEnf DEQ DEP DECIv DEBE DEFMH DeFin DF DFisio DM DMed DME DL DePro DQ DeSS DRNPA DTO DeAMO DePsi DMP DeAP Biblioteca Comunitária Biblioteca Setorial do Centro de Ciência Agrárias Comissão para Assuntos de Natureza Orçamentária e Administrativa Comissão de Vestibulares Centro de Ciências Agrárias Centro de Ciência e Tecnologia Centro de Ciências Humanas Centro de Ciências Biológicas e Saúde Conselho Universitário Conselho de Pós-Graduação Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente Coordenadoria de Comunicação Social Coordenação do Curso de Educação Física Coordenação de Pessoal de Nível Superior Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Departamento de Artes e Comunicação Departamento de Botânica Departamento de Biotecnologia Vegetal Departamento de Ciência da Informação Departamento de Computação Departamento de Contabilidade Departamento de Desenvolvimento Pessoal Departamento de Educação Departamento de Estatística Departamento de Esportes Departamento de Enfermagem Departamento de Engenharia Química Departamento de Engenharia de Produção Departamento de Engenharia Civil Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva Departamento de Educação Física e Motricidade Humana Departamento Financeiro Departamento de Física Departamento de Fisioterapia Departamento de Matemática Departamento de Medicina Departamento de Metodologia de Ensino Departamento de Letras Departamento de Projetos Departamento de Química Departamento de Serviço Social Departamento de Recursos Naturais e Proteção Ambiental Departamento de Terapia Ocupacional Departamento de Departamento de Psicologia Departamento de Morfologia e Patologia Departamento de Administração de Pessoal DEMa DiFO DiCA Edufscar EDF FGV GR IFES MEC NAE NIT ProAd ProEx ProGrad ProPG ProPq ProACE PPGAeA PPGADR PPGAS PIPGCF PPGCiv PPGCEM PPGCM PPGCTS PPGCSo PPGDBC PPGEC PPGE PPGEES PPGECE PPGERN PPGENF PPGEST PPGFIL PPGF PPGFt PPGGEV PPGEP PPGEQ PPGEU PPGIS PPGM PPGL PPGPOL PPGPsi PPGQ PPGS PPGTO PAA PU RU Departamento de Engenharia de Materiais Divisão de Fiscalização de Obras Divisão de Controle Acadêmico Editora da UFSCar Escritório de Desenvolvimento Físico Fundação Getúlio Vargas Gabinete da Reitoria Instituição Federal de Ensino Superior Ministério da Educação Núcleo de Apoio a Eventos Núcleo de Informação Tecnológica em Materiais Pró-Reitoria de Administração Pró-Reitoria de Extensão Pró-Reitoria de Graduação Pró-Reitoria de Pós-Graduação Pró-Reitoria de Pesquisa Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente Programa de Pós-Graduação Agroecologia e Desenvolvimento Rural Programa de Pós-Graduação Antropologia Social Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas Programa de Pós-Graduação em Construção Civil Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade Programa de Pós-Graduação em Ciência Sociais Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação Programa de Pós-Graduação em Economia Programa de Pós-Graduação em Educação Programa de Pós-Graduação em Educação Especial Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Programa de Pós-Graduação em Estatística Programa de Pós-Graduação em Filosofia Programa de Pós-Graduação em Física Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia Programa de Pós-Graduação em Genética e Evolução Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som Programa de Pós-Graduação em Matemática Programa de Pós-Graduação em Linguística Programa de Pós-Graduação em Ciência Política Programa de Pós-Graduação em Psicologia Programa de Pós-Graduação em Química Programa de Pós-Graduação em Sociologia Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional Programa de Ação Afirmativa Prefeitura Universitária Restaurante Universitário SE SOC SRH SAC SAR SPDI SeEA Sin SESu SINTUFSCar T.A TNS UAC UEIM USE UNESP UNAERP USP UNICAMP UNIFESP UERJ UNED UNIARA Secretaria Executiva Secretaria de Órgãos Colegiados Secretaria de Recursos Humanos Secretaria de Assuntos Comunitários Secretaria de Apoio à Reitoria Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional Seção de Expedição e Arquivo Secretaria de Informática Secretaria de Educação Superior Sindicato dos Técnicos da UFSCar Técnico Administrativo Técnico de Nível Superior Unidade de Atendimento à Criança Unidade Especial de Informação e Memória Unidade Saúde Escola Universidade Estadual Paulista Universidade de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Universidade de Campinas Universidade de São Paulo Universidade Estadual do Rio de Janeiro Universidad Nacional de Educación a Distancia Centro Universitário de Araraquara Lista de Leis, Decretos, Portarias, Pareceres - Constituição Federal de 1988 - Lei 8112/90 - Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União - Lei no 7.596/87 - Lei n. 9.394/96 Lei de diretrizes e Bases da Educação - Lei nº 10.172/01 Plano Nacional de Educação - Lei nº 10.861/04 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes - Lei n. 11.091/05 -Plano de Carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (PCCTAE) - Lei 11784/08 - Altera PCCTAE - Decreto nº 94.664/87 - Aprova o Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos de que trata a Lei nº 7.596/87. - Decreto 5.707/06 - Política Nacional de Gestão de Pessoas - Decreto 5.773/06 - Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino. - Decreto 5824/06 - Diretrizes para incentivo à qualificação - Decreto n. 5.825/06 - Diretrizes para o Plano de Desenvolvimento do PCCTAE - Decreto n. 6.069/07- REUNI - Decreto 94.664/87 - Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos – P.U.C.R.C.E. - Portaria GR 432/90 – Dispõe sobre o afastamento de docentes para realização de atividades de capacitação - Portaria GR 887/08 – Dispõe sobre a Promoção na Carreira Docente - Portaria MEC 475/87- Expede Normas Complementares para a execução do Decreto nº 94.664, de 23 de julho de 1987. - Parecer Conselho Federal de Educação n. 977/65 - Portaria Normativa n. 7, de 22 de Junho de 2009 - Portaria 208/06/MPOG – Regulamenta a Política Nacional de Gestão de Pessoas. Sumário Apresentação.......................................................................................................................................17 Objetivos.............................................................................................................................................17 1. Justificativa............................................................................................................................18 2. Metodologia............................................................................................................................19 3. Introdução..............................................................................................................................22 4. A Administração Pública......................................................................................................25 4.1 Conceito..............................................................................................................................25 4.2 Características.....................................................................................................................25 4.3 Objetivos.............................................................................................................................26 5. O Sistema de Educação Superior...........................................................................................28 5.1 A Educação Superior...........................................................................................................28 5.1.1 A Universidade no Brasil.......................................................................................30 5.1.2 As Universidades Federais.....................................................................................32 5.2 A Autonomia Universitária.................................................................................................33 6. A Universidade Federal de São Carlos..................................................................................37 6.1 Apresentação.......................................................................................................................37 6.2 Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI..................................................................40 6.3 A Gestão da UFSCar...........................................................................................................43 6.4 Estrutura Organizacional da UFSCar..................................................................................44 6.4.1 A Secretaria Geral de Recursos Humanos..............................................................45 6.4.2 A Pró-Reitoria de Pós-Graduação..........................................................................46 6.4.3 O Conselho de Pós-Graduação...............................................................................47 7. O Sistema de Pós-Graduação.................................................................................................48 7.1 Bases da Pós-Graduação.....................................................................................................48 7.2 A Pós-Graduação no Brasil.................................................................................................49 7.2.1 A Pós-Graduação Stricto Sensu..............................................................................50 7.2.1.1 O Mestrado Acadêmico....................................................................................52 7.2.1.2 O Mestrado Profissional...................................................................................53 7.2.1.3 O Doutorado.....................................................................................................55 7.3 A Capes...............................................................................................................................56 7.4 A Pós-Graduação na UFSCar..............................................................................................58 7.4.1 Pós-Graduação Stricto Sensu..................................................................................58 7.4.2 Os Programas de Pós-Graduação...........................................................................60 7.4.3 Pós-Graduação Lato Sensu.....................................................................................63 8. O Servidor Público Federal....................................................................................................65 8.1 O Servidor da UFSCar..................................................................................................66 8.1.1 Corpo Docente........................................................................................................67 8.1.2 Corpo Técnico-Administrativo...............................................................................68 9. A Capacitação do Servidor Público.......................................................................................70 9.1 Conceito e Objetivos.....................................................................................................70 9.2 Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos TécnicosAdministrativos em Educação.............................................................................................72 9.3 A Capacitação do Servidor Técnico-Administrativo na UFSCar.................................74 9.3.1 Iniciativas da UFSCar para Qualificação de seus Servidores TécnicosAdministrativos......................................................................................................76 9.3.2 Programa de Apoio à Capacitação do Servidor.....................................................77 9.4 Iniciativas de Qualificação do Servidor nas Universidades Federais...........................79 9.5 Progressão Funcional do Servidor do Servidor T.A da UFSCar.................................83 9.5.1 Progressão Funcional por Capacitação...................................................................83 9.5.1.1 Progressão Funcional por Titulação.................................................................84 9.5.1.2 Adicional de Incentivo à Qualificação do Servidor.........................................85 9.5.1.3 Tramitação.......................................................................................................87 9.5.2 Progressão Funcional por Mérito...........................................................................88 9.6 Progressão Funcional do Servidor Docente da UFSCar...............................................88 9.6.1 Progressão Funcional por Titulação.......................................................................90 9.7 A Qualificação do Servidor Técnico-Administrativo e a Promoção do Servidor Docente................................................................................................................................91 10. O Afastamento para Capacitação..........................................................................................92 10.1 Afastamentos dos Servidores da UFSCar.....................................................................93 10.2 Tramitação do Afastamento..........................................................................................94 10.3 Servidores da UFSCar afastados para Capacitação......................................................96 10.3.1 Características dos Servidores afastados................................................................98 10.3.2 Cursos de Pós-Graduação freqüentados pelos Servidores.....................................99 10.3.3 Universidades escolhidas para cursar PósGraduação..........................................100 11. Os Servidores da UFSCar e a Pós-Graduação....................................................................102 11.1 Situação dos Servidores Docentes..............................................................................102 11.2 Situação dos Servidores Técnicos-Administrativos....................................................103 11.3 Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos.............................................103 11.4 Alunos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar.............................105 11.5 Situação dos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar....................111 11.6 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores..............................................113 11.7 Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos Servidores..............................114 11.8 Critérios de Seleção dos Programas de Pós-Graduação..............................................116 11.9 Os Servidores Técnicos-Administrativos e a Titulação..............................................120 11.10 O interesse dos Servidores Técnicos-Administrativos nos cursos de Pós-Graduação da UFSCar..............................................................................................................................121 Considerações.........................................................................................................................126 Conclusão................................................................................................................................128 Referências.............................................................................................................................131 Apêndice 1 Lista de Universidades Consultadas....................................................................135 Apêndice 2 Questionário enviado aos PPGs...........................................................................136 Apêndice 3 Lista de Servidores Afastados para Capacitação.................................................137 Apêndice 4 Critérios de Seleção nos PPGs.............................................................................145 Apêndice 5 Conceitos relacionados ao Trabalho....................................................................156 Anexo 1 ATO ProPG n. 07/2009..........................................................................................157 Resumo Em 2008, o Governo Federal editou a Lei 1.1784 que trata da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação – PCCTAE, que modificou alguns artigos da Lei 11.091/05, apresentando nova estrutura para essa Plano de Carreira, no que se refere a Progressão Funcional do servidor, seja ela por Capacitação Profissional, seja por Mérito. No que se refere a qualificação do servidor por obtenção de títulos em educação formal (graduação ou pós-graduação), a Lei trouxe um percentual maior de incentivo à qualificação acrescido aos vencimentos dos servidores técnicos-administrativos de todos nos níveis (Apoio, Médio, Superior). Com isso, houve uma maior procura pela titulação, ou seja, os servidores buscam cada vez mais a qualificação, principalmente pelos cursos de especialização, mestrado e doutorado. Na UFSCar há grande procura por esses cursos, visto que muitos servidores possuem graduação e interesse na pós-graduação. O trabalho analisa essa demanda e sugere medida de inclusão desses servidores nos Programas de PósGraduação da UFSCar. Palavras Chave: Qualificação UFSCar, Servidores Técnicos-Administrativos, Pós-Graduação, Abstract In 2008, the Federal Government issued the Law 1.1784 handles the restructuring of the Career Plan for Administrative Positions in Technical Education - PCCTAE, which changed some articles of Law 11.091/05, with new structure for the Career Plan, as Functional Progression refers to the server, whether for Professional Training, either by Merit. Regarding the qualifications of the server by obtaining formal qualifications in education (undergraduate or postgraduate), the Act has brought a higher percentage of incentive qualification plus the salaries of technical and administrative staff of all levels (Support, Medium, Superior). Thus, there was a greater demand by titration, ie, the servers are increasingly seeking the qualification, especially for specialized courses, master's and doctoral degrees. In UFSCar there is great demand for these courses, since many servers have an interest in undergraduate and graduate levels. The paper analyzes and suggests that demand as inclusion of these servers in the Graduate Programs UFSCar. Keywords: UFSCar, Technical and Administrative Staff, Graduate, Qualification 17 1. Apresentação O trabalho em questão é fruto de um levantamento feito na Universidade Federal de São Carlos – UFSCar, com base nas informações fornecidas pela Pró-Reitoria de PósGraduação (ProPG), Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e Programas de PósGraduação da UFSCar (PPGs) , bem como pesquisa em sites institucionais e em páginas de outras universidades federais e telefonemas. Os gráficos e as tabelas presentes no trabalho foram elaborados com base nas informações coletadas no âmbito da Universidade. O trabalho se baseia dados referentes à situação atual do servidor da UFSCar no que diz respeito à sua progressão funcional através da titulação, ou seja, a busca do servidor pela capacitação e qualificação profissional. Também aborda as ações da Universidade, de acordo com as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), no que diz respeito à valorização do servidor da UFSCar. O presente trabalho traz ainda, algumas ações de Universidades Federais preocupadas com a qualificação de seu pessoal. Por fim, sugere a possibilidade de reserva de vagas para servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar. O trabalho tem como base o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e na Lei 11.784/08 que reestruturou o Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos das Instituições de Ensino Superior vinculadas ao Ministério da Educação – P.C.C.T.A.E (Lei n. 11.091, de 12 de janeiro de 2005). No PDI, nas diretrizes gerais e específicas, encontra-se a preocupação da UFSCar com a valorização de seus servidores. 2. Objetivos O objetivo do trabalho foi demonstrar a importância da valorização do servidor através de seu aperfeiçoamento profissional, trazendo um levantamento da situação atual dos servidores técnicos-administrativos (T.As) e docentes da Universidade Federal de São Carlos, que estão aptos e possuem interesse em realizar uma Pós-Graduação e com base nisso sugerir medidas para inclusão dos servidores nos Programas de Pós-Graduação existentes, visando à qualificação de pessoal e a progressão funcional pela titulação. 18 Procurou-se demonstrar a situação atual dos servidores da UFSCar afastados para cursar pós-graduação e dos servidores que não possuem pós-graduação e com potencial (aptos) para cursar Mestrado e Doutorado, e propor a implantação de reserva de vagas nos cursos de mestrado e doutorado da UFSCar, com o intuito de buscar a qualificação de pessoal, buscando a implantação de melhorias na rotina dos servidores e na prestação dos serviços públicos, contribuindo, assim, para a satisfação desses profissionais. Almeja-se também a progressão funcional pela titulação, que proporciona ao servidor o Incentivo à qualificação, ou seja, um percentual acrescido em seus vencimentos. Após o diagnóstico da situação atual, o trabalho se propõe a discutir a proposta de criação de reservas de vagas para servidores nos cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) da UFSCar. 3. Justificativa A UFSCar, assim como as Universidades Federais estão crescendo de forma muito rápida, em decorrência direta do Projeto REUNI. Diante do contexto atual das Universidades Federais, em que as inovações conceituais, metodológicas e tecnológicas exigem um processo de aprendizagem permanente e deliberado, é necessário que os dirigentes e os servidores dessas instituições estejam preparados para os novos tempos. Um novo cenário também tem se delineado, suscitando novas formas de trabalho e novos fluxos de tarefas, influenciando os valores e cultura institucional .Nesse contexto, destaca-se a importância da capacitação dos servidores técnicos-administrativos em educação. Os servidores vem buscando a cada dia melhorar seu desempenho nas Instituições, buscando a qualificação e com isso a progressão funcional. A educação formal ao longo da vida tem sido uma tendência e uma necessidade atual. O desejo de continuar a aprender, a adquirir novos conhecimentos, leva o servidor a buscar novas possibilidades de qualificação a cada momento de sua vida. Com a edição da Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, que implantou o novo Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação nas Instituições Federais de Ensino, e da Lei 11.784/08 que reestruturou esse Plano, a capacitação passou a ser valorizada no processo de desenvolvimento do servidor em sua carreira funcional. Isto porque além da progressão por mérito, foi estabelecida a progressão por capacitação e o incentivo remunerado de qualificação por formação escolar. 19 4. Metodologia A estratégia de pesquisa adotada foi o estudo de caso. Buscou-se demonstrar um fenômeno vem ocorrendo na administração pública, especificamente nas Universidades Federais, analisando o que ocorre atualmente na UFSCar em relação à busca da qualificação pelo servidor, descrevendo e comparando com outras universidades federais. O estudo de caso busca estudar um fenômeno contemporâneo no seu contexto real, principalmente quando as fronteiras entre o fenômeno e seu contexto não estão bem delimitadas. São situações onde existem muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados, o estudo é baseado em várias fontes de evidências e no desenvolvimento prévio de proposições teóricas para coleta e análise de dados (YIN, 2003). No estudo de caso, o pesquisador tem uma grande integração com a situação problema a ser estudada (FERRAZ, 2009). “O estudo de caso reúne informações tão numerosas e detalhadas quanto possível com vistas a apreender a totalidade de uma situação” (BRUYNE, HERMAN;SCHOUTHEETE, 1977, p. 224). Segundo Yin (2005) os estudos de caso se constituem em uma estratégia preferida com vantagens de pesquisa quando as perguntas centrais são “como” e/ou ”por que” tendo o pesquisador um pequeno ou nenhum controle sobre um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto de vida real. Assim, o estudo em questão pode ser definido como descritivo, pois segundo Wisker (2001) ele auxilia a entender e saber mais sobre o objeto de estudo em determinado momento, sendo o objetivo desse tipo de estudo entender a fundo e detalhadamente um fenômeno. A pesquisa se utilizou do método qualitativo, uma vez que foram utilizadas algumas fontes de coleta de dados. A pesquisa qualitativa, segundo Bryman (1989) tem como características a contextualização, os dados de campo obtidos a partir da observação dos participantes, transcrição de entrevistas e documentos como fontes de dados, a cultura e a realidade das organizações, proximidade entre o pesquisador e o objeto de estudo. Segundo Berto e Nakano (1999, s.p.), “as pesquisas de natureza qualitativa buscam aproximar a teoria e os fatos, através da descrição e interpretação de episódios isolados ou únicos, privilegiando o conhecimento das relações entre contexto e ação”. Ainda de acordo 20 com os autores, esse tipo de método de pesquisa é menos estruturado e mais flexível quanto à proposição de hipóteses. Para Minayo (1994, p. 21), a pesquisa qualitativa preocupa-se com a realidade que não pode ser quantificada “(...) ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”. Coleta de Dados e Tipos de Dados Nesta pesquisa foi realizada a coleta dos dados por meio de fontes primárias e secundárias. Consideraram-se fontes primárias aquelas que forneceram os dados brutos, ou seja, os dados fornecidos pela SRH, ProPG e PPGs.. Consideraram-se dados secundários os dados resultantes da pesquisa bibliográfica e também documental. A pesquisa documental fez-se necessária para levantamento de dados de identificação da legislação que refere-se à progressão funcional dos TAs, e os afastamentos para capacitação e qualificação, e a política de recursos humanos da UFSCar. Segundo Ritchie (2005), existem dois grandes grupos de coleta de dados qualitativos: os originados de forma natural (como observação e análise de documentos, discurso e de conversas), e os gerados por intervenções da pesquisa (como método biográfico, entrevistas e grupos de discussões). O trabalho se baseou na análise documental, foi necessário fazer um levantamento sobre a legislação que norteia o assunto, ou seja, referente aos servidores técnicos em educação superior bem como à pós-graduação. Depois foram coletadas informações na PróReitoria de Pós-Graduação, Secretaria Geral de Recursos Humanos e Programas de PósGraduação. O assunto também foi pesquisado em sítios de outras instituições, catálogos, revistas de pós-graduação, artigos e livros. O fenômeno estudado foi observado pela autora que também participa do contexto da UFSCar. A pesquisa também fez uso de um questionário com duas questões e que foi enviado para todos os Programas de Pós-Graduação da UFSCar, contendo questões fechadas como um dos meios utilizado para a coleta de dados. As perguntas fechadas são aquelas que têm apenas uma resposta e são usadas para avaliar conhecimentos ou pedir informação. Os 33 Programas foram consultados através de e-mail, se haviam servidores docentes e técnicos-administrativos na pós-graduação, e também a forma de seleção dos cursos de mestrado e doutorado. Com base nas informações coletadas na ProPG, SRH e nas respostas 21 dos Programas de Pós-Graduação, foram feitas tabelas e gráficos detalhando a situação do servidor na busca pela Pós-Graduação. A partir dos dados obtidos, desenvolveu-se a análise de conteúdo, análise documental e a análise quantitativa ou estatística que “consistiu em reduzir os fenômenos observados a termos quantitativos, manipulando-os estatisticamente, permitindo obter generalizações sobre a natureza do fenômeno, ocorrência e significado” (LAKATOS ; MARCONI, 1991, p.82). Em última etapa foram consultadas algumas Universidades Federais, pelos sites e através de e-mails enviados aos setores de Recursos Humanos, com o objetivo de levantar informações sobre iniciativas de valorização do servidor técnico-administrativo e sua inclusão na Pós-Graduação. 22 5. Introdução A educação é considerada fator de fundamental importância para o desenvolvimento e crescimento sustentado de uma nação. O conhecimento, hoje, pode ser considerado como um bem, que vai além dos recursos materiais e é visto como fator de desenvolvimento humano. A educação leva o conhecimento à sociedade e deve ser considerada como um bem público, que propicia a inclusão social. Na sociedade atual, os conhecimentos ocupam papel central e as pessoas precisam lidar com eles tanto como cidadãos quanto como profissionais. A ciência passa a ser não só um bem cultural, mas a base do desenvolvimento econômico. No mundo do trabalho, a produtividade está diretamente associada à produção de novos conhecimentos científicos e técnicos, à introdução de inovações, à aplicação de conhecimentos. Os espaços de trabalho passam gradualmente a ser espaços de formação e, assim, é cada vez mais imperiosa a aproximação deles por parte das instituições educacionais. No Brasil a educação superior tem um papel crucial no desenvolvimento e aplicação de tecnologia de diversas áreas de conhecimento, além da educação formal da população proporcionar melhorias sociais e econômicas no país. Assim, a importância da educação superior e de suas instituições é cada vez maior para o Brasil continuar seu desenvolvimento e com um forte sistema de educação superior. A ampliação do acesso à educação superior, e consequentemente ao conhecimento, é tratada como essencial para o desenvolvimento do país e melhoria da qualidade de vida da população (SOUZA JÚNIOR; PAULA, 2004). Hoje mais do que nunca tende ser cada vez mais a base do desenvolvimento científico e tecnológico, e isto é o que está criando o dinamismo das sociedades atuais (Plano Nacional de Pós-Graduação 2005-2010). Nos últimos anos, como resultado conjugado de fatores demográficos, aumento das exigências do mercado de trabalho, além das políticas de melhoria do ensino médio, prevê-se uma explosão na demanda por educação superior. (BRASIL, 2001). Houve, portanto, um considerável aumento na procura por educação superior no Brasil. 23 Entretanto, nas últimas décadas, as universidades federais enfrentaram muitas dificuldades devido à falta de recursos financeiros, materiais e humanos, o que acabou por comprometer suas atividades. Reconhecendo o papel estratégico das universidades para o desenvolvimento econômico e social do país, o governo atual adotou uma série de medidas com o objetivo de retomar o crescimento do ensino superior público, que ficou estagnado por alguns anos. O Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) foi implantado para melhorar as condições das IFES existentes, e criar novas instituições, com o objetivo de expandir o ensino superior por todo país. O Governo Federal fez investimentos aumentando os recursos para custeio das instituições federais, recomposição de quadros de professores e implantação de quadro de carreira para servidores técnico-administrativos. A expansão e interiorização da universidade pública tem como meta a ampliação da oferta de vagas e consolidação da implementação das políticas afirmativas, promovendo o acesso de minorias no ensino superior, na expectativa de alavancar a produção do conhecimento e a qualidade de vida em diversas regiões do país. O REUNI propõe o acréscimo do número de vagas oferecido pelas universidades federais em 20% além do aumento da relação número de alunos/professor, mantendo a qualidade do ensino das universidades federais (GRUPO ASSESSOR REUNI, 2007). O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) também ressalta a necessidade de vagas nas Universidades tendo em vista o aumento na quantidade de concluintes do ensino médio. Segundo o PDI, o grande desafio das Instituições de Ensino Superior públicas é atender essa demanda com qualidade (UFSCar, 2004). Nesse contexto, e de acordo com o PDI, pode-se dizer que a UFSCar, desde sua criação até hoje, considera que a garantia da qualidade do ensino é diretamente proporcional à qualificação de seu pessoal docente e técnico-administrativo. E é neste documento que encontramos as diretrizes que denotam a preocupação com a capacitação e qualificação dos docentes e técnicos-administrativos (TAs) da Universidade. No entanto, a valorização dos servidores técnico-administrativos vem se apresentando como um grande desafio nesses últimos anos, devido às novas exigências apresentadas ao setor público, tornando-se imprescindíveis competências de diversas naturezas vinculadas aos diferentes campos de atuação. 24 O treinamento e a qualificação de pessoal próprio, sem dúvida, propiciam elevação do nível de informação e intercâmbio profissional nas diversas áreas; contribui para a maior diversidade de aptidões; e é um forte incentivo para a promoção e o desenvolvimento dos servidores técnico-administrativos e servidores docentes, trazendo também a satisfação pessoal. Baseado nisso, o Governo Federal implantou em 2005 o Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, com o objetivo de valorização da carreira desses servidores. Em 2008, foi editada a Lei 1.1784 que reestruturou o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação – PCCTAE, modificando, assim, alguns artigos da Lei 11.091/05, apresentando nova estrutura para essa Plano de Carreira, no que se refere à Progressão Funcional do servidor, seja ela por Capacitação Profissional, seja por Mérito. No que se refere à qualificação do servidor por obtenção de títulos em educação formal (graduação ou pós-graduação), a nova Lei trouxe um percentual maior de incentivo à qualificação acrescido aos vencimentos dos servidores TAs de todos nos níveis (Apoio, Médio, Superior). Com isso, houve uma maior procura pela titulação, ou seja, os servidores buscam cada vez mais a qualificação, principalmente pelos cursos de especialização, mestrado e doutorado. Por isso, é importante que o assunto mereça atenção especial por parte das dos dirigentes das universidades federais. Assim, ao investir em recursos humanos, as IFES podem contribuir para colocar o País à altura das exigências e desafios do momento atual, encontrando um caminho para administrar a nova fase de expansão das Universidades Federais, elevando o nível da qualificação de pessoal e consequentemente os serviços prestados. 25 6. 6.1 A Administração Pública Conceito A expressão “serviço público designa todo tipo de atividade de interesse geral que a Administração assume. Assumir é mais do que realizar: é responsabilizar-se, é titularizar, é colocar sob sua esfera de ação” (CRETELLA JUNIOR, 1973, p.35). Administração pública é uma expressão genérica que indica todo o conjunto de atividades envolvidas no estabelecimento e na implementação de políticas públicas. É percebida pela maioria dos acadêmicos, se não pela maior parte de seus praticantes, como parte da política que se concentra na burocracia e em suas relações com os ramos executivo, legislativo e judiciário do governo. Preocupa-se com questões tão amplas como equidade, representação, justiça, eficiência do governo e controle da discricionariedade administrativa (GRAHAM JÚNIOR, 1994, p.19). Segundo Magalhães (1949, p.48) “Administração pública é a aparelhagem de que o Estado dispõe para a prestação dos serviços públicos”. Para Waldo (1971) “Administração pública é a coordenação de recursos dos negócios do Estado, para atingir aos objetivos públicos”. Já para Wilson (1962), a administração pública, no sentido amplo, é todo o sistema de governo, todo o conjunto de idéias, atitudes, normas, processos, instituições e outras formas de conduta humana, que determinam como se distribui e se exerce a autoridade política e como se atendem aos interesses públicos. 26 6.1.2 Características As principais características da Administração Pública são a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, racionalidade e especialmente a eficiência. Segundo Deming (1990, p.147) “os serviços públicos devem ser julgados tanto por sua imparcialidade quanto por sua eficiência”. Nesse sentido, para Waldo (1996), a eficiência é o princípio e objetivo principal da administração, independentemente do que é administrado ser público ou privado. Princípio da eficiência significa que, toda ação administrativa tem que ser de bom atendimento, rapidez, urbanidade, segurança, transparente, neutro e sem burocracia, sempre visando a qualidade. A Administração Pública deve atender o cidadão na exata medida de sua necessidade, com agilidade, mediante adequada organização interna e ótimo aproveitamento dos recursos disponíveis, evitando desperdícios e garantindo uma maior rentabilidade social. O princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, rimando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social. O contribuinte, que paga a conta da Administração Pública, tem o direito de que essa administração seja eficiente, ou seja, tem o direito de exigir um retorno (segurança, serviços públicos, etc.) equivalente ao que pagou, sob a forma de tributos. Teixeira e Santana (1994, p.7) caracterizam a administração pública considerando a sociedade: A administração pública tem como característica específica uma relação de responsabilidade direta com o processo histórico global que se dá no desenvolvimento da sociedade: daí a necessidade de continuamente redefinir a sua missão em face dos novos imperativos, sob pena de comprometer a sua capacidade sinérgica (...) Introduzir mudança na administração pública, propor novas diretrizes e mecanismos de gestão, representa sempre ir de encontro a interesses estabelecidos, ultrapassados pelas novas exigências da sociedade e adequar-se a novos anseios e procedimentos, interferindo na cultura organizacional do aparelho administrativo do Estado. 27 6.1.3 Objetivos O objetivo da Administração Pública é beneficiar os interesses da coletividade como um todo, que é o objetivo principal de toda atividade administrativa Visa satisfazer às necessidades coletivas num regime de igualdade dos usuários, ou seja, é a utilização dos melhores meios sem se desvincular de seus princípios básicos da legalidade, eficiência e transparência. De acordo com Halachmi e Bovaird (1997), assim como a administração privada, a pública tem o objetivo de melhorar a eficiência administrativa, tanto que técnicas de aumento de produtividade são utilizadas também por essa esfera. Nesse sentido, a Administração Pública deve atender o cidadão na exata medida da necessidade deste com agilidade, mediante adequada organização interna e ótimo aproveitamento dos recursos disponíveis. Pode-se dizer que as administrações pública e privada gerenciam diferentes conflitos de interesse, a administração pública gerencia as demandas dos seus usuários, que são eleitores e contribuintes, já a privada serve a clientes. 28 7 O Sistema de Educação Superior 7.1 A Educação Superior A educação superior será ministrada em instituições de ensino superior públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização (Art. 45 da Lei n. 9.394/96) Diz o artigo 44 da Lei n. 9.394, que a educação superior abrangerá os seguintes cursos e programas: I – cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino; II – de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo; III – de pós-graduação, compreendendo programas de doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino. IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. 29 As universidades públicas têm importante papel a desempenhar no sistema, seja na pesquisa básica e na pós-graduação stricto sensu, seja como padrão de referência no ensino de graduação. No mundo contemporâneo, as rápidas transformações destinam às universidades o desafio de reunir em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, os requisitos de relevância, incluindo a superação das desigualdades sociais e regionais, qualidade e cooperação internacional. As universidades constituem, a partir da reflexão e da pesquisa, o principal instrumento de transmissão da experiência cultural e científica acumulada pela humanidade. Nessas instituições apropria-se o patrimônio do saber humano que deve ser aplicado ao conhecimento e desenvolvimento do País e da sociedade brasileira. A universidade é, simultaneamente, depositária e criadora de conhecimentos (PNPG 20052010). O Brasil tem hoje um sistema de ensino superior público que está a cargo dos governos federal, estadual e municipal, além do sistema privado que compreende instituições privadas, confessionais, comunitárias e filantrópicas. A complexidade institucional do sistema de ensino superior remete a uma grande diversidade que contempla universidades, centros universitários e instituições de caráter não universitárias, como institutos superiores de educação, os centros de educação tecnológica (CEFET e CEs), além de faculdades integradas e isoladas. O ensino superior é regido fundamentalmente pela Lei de diretrizes e Bases da Educação (LDB) (Lei n. 9.394/1996) que traz as normas gerais da educação nacional e pelo decreto n. 2.0306/1997. Também no Plano Nacional da Educação, estabelecido pela Lei nº 10.172/01; na Lei nº 10.861/04, que instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes e no Decreto nº 5.773/06. No que se refere à organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, as instituições de educação superior são criadas ou credenciadas como faculdades, centros universitários ou universidades. Pode-se dizer que oferta de educação básica de qualidade está nas mãos dessas instituições, na medida em que a elas compete primordialmente a formação de profissionais do magistério; a formação dos quadros profissionais, científicos e culturais de nível superior, a produção de pesquisa e inovação, a busca de solução para os problemas atuais são funções 30 que destacam a universidade no objetivo de projetar a sociedade brasileira num futuro melhor (PNPG 2005-2010). Figura 1 : Estrutura da Educação no Brasil Fonte: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=27419 > A educação superior no Brasil se compõe de um sistema complexo e diversificado de instituições públicas e privadas com diferentes tipos de cursos e programas, incluindo vários níveis de ensino, desde a graduação até a pós-graduação lato e stricto sensu. A base da atual estrutura e funcionamento da educação brasileira teve a sua definição com a aprovação da Lei n° 5.540/68, da Reforma Universitária A normatização desse amplo sistema encontra-se formalizada na Constituição, bem como na LDBN/96, acrescida de um conjunto amplo de Decretos, Regulamentos e Portarias complementares. 7.1.1 A Universidade no Brasil A Universidade tem um papel eminentemente social, como formadora de profissionais e cidadãos, que devem primar pela construção de um país melhor. Além da formação de pessoas, a Universidade representa o local de produção de conhecimento, tecnologia e discussões que atendam ou encaminhem as demandas da sociedade. O portal da SESU (Secretaria de Educação Superior) na internet define as Instituições Federais de Ensino (IFES) como o conjunto de instituições que atendem e apóiam e apóiam a 31 educação superior e são mantidas pelo governo federal. A União mantém as instituições federais públicas”(BRASIL, 2000). Para Wanderley (1983) a Universidade é uma instituição social, que através de ensino, pesquisa e extensão orienta e instrui profissionais, técnicos e intelectuais de nível superior necessários à sociedade. Duarte Filho (2007) admite que as instituições federais de ensino superior (IFES) compõem um “sistema com papel estruturante na integração e desenvolvimento do país, por meio, principalmente, da formação de profissionais altamente qualificados e da produção de conhecimento científico socialmente relevante e com altíssima qualidade acadêmica”. Para Santana (2007) a educação superior brasileira tem o papel de “prover especialização de alto nível, gerar pesquisa e estimular o pensamento crítico e contribuir para o desenvolvimento social e econômico. E para Ribeiro (2000, p. 74), a universidade deveria: objetivar a formação de cidadãos conscientes de seu papel social e de profissionais com conhecimento sólido e capacidade empreendedora para que possam, além de satisfazer as necessidades de mão de obra, vir a criar novas empresas e novos postos de trabalho. Deveria, sobretudo, buscar formas de responder aos anseios da sociedade como um todo, isto é dos contribuintes, inclusive aqueles menos favorecidos que, mesmo excluídos da responsabilidade formal de contribuição, acabam por arcar com impostos da classe empresarial embutidos em todos os bens e serviços que adquirem. As Universidades vem sofrendo algumas mudanças, passando a ter foco em resultados e eficiência de gestão. Rodrigues (2001) coloca que as mudanças nas demandas de mercado e na estrutura competitiva devido às mudanças sociais, tecnológicas, políticas e econômicas, desafiam a educação superior a reavaliar as suas estratégias e a forma como era conduzida. Com relação às universidades brasileiras, o Plano Nacional de Educação – Lei n. 10.172 de 9 de janeiro de 2001, traz que “para promover a renovação do ensino universitário brasileiro, é preciso, também, reformular o rígido sistema atual de controles burocráticos” (BRASIL, 2001). Para Catani et al. (2004, p. 252): Observaram-se paradoxos e mudanças importantes no processo de redefinição das Instituições de Ensino Superior, especialmente nas universidades públicas, a parte da busca de novos parâmetros de eficiência na gestão (...) Verifica-se, pouco a pouco, a partir dos anos 90, discussões, formulações políticas e teóricas, bem como medidas e ações concretas de “planejamento estratégico”, buscando significativo processo de 32 “remodelação organizacional” , sob óticas diversas (...) Começam a ocorrer mudanças organizacionais com a finalidade de produzir modificações nos perfis e nos projetos de desenvolvimento das universidades, no sentido de torná-las mais ágeis, eficientes e produtivas De acordo com o artigo 3º da Lei no 7.596/87, as universidades e demais instituições federais de ensino superior, estruturadas sob a forma de autarquia ou de fundação pública, terão um Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos para o pessoal docente e para os servidores técnicos e administrativos, aprovado, em regulamento, pelo Poder Executivo, assegurada a observância do princípio da isonomia salarial e a uniformidade de critérios tanto para ingresso mediante concurso público de provas, ou de provas e títulos, quanto para a promoção e ascensão funcional, com valorização do desempenho e da titulação do servidor. As instituições criadas e mantidas pelo Poder Público possuem personalidade jurídica. Por isso, estabelecem o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) bem como seus regimentos ou estatutos, preservando assim, a autonomia didático-pedagógica. Conforme o artigo 12 do Decreto 5.773/06, as instituições de educação superior, de acordo com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, serão credenciadas como faculdades, centros universitários e universidades. O início do funcionamento de instituição de educação superior está condicionado à edição prévia de ato de credenciamento pelo Ministério da Educação. As universidades, bem como os centros universitários possuem a prerrogativa de criar e implantar cursos sem prévia autorização do Poder Público, uma vez que possuem autonomia acadêmica. Isso não acontece em relação às faculdades e equiparadas. Entretanto nenhuma instituição de ensino superior, seja universidade ou não, pode conferir grau sem que o Poder Público reconheça o curso ministrado. 7.1.2 As Universidades Federais Nas décadas de 50 a 70 foram criadas as universidades federais em todo o Brasil, ao menos uma em cada estado. A descentralização do ensino superior foi a vertente seguida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor a partir de 1961. 33 As Universidades são instituições pluridisciplinares, que se caracterizam pela indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e de extensão e por terem, obrigatoriamente, em seu quadro docente,1/3 de professores com titulação de mestrado e doutorado e 1/3 de professores em regime de trabalho integral (art. 52, da Lei 9394/96). As IES públicas federais são subordinadas à União, podendo se organizar como autarquias (em regime especial) ou fundações públicas. As universidades federais são, atualmente, consideradas multifuncionais, desenvolvem atividades de ensino e extensão, além de, principalmente, estarem concentrando parte substancial da capacidade de pesquisa instalada no país. As universidades federais são públicas e ocupam posição fundamental no cenário acadêmico nacional, detendo papel estratégico no processo de desenvolvimento científico e tecnológico do país. Essas instituições gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, devendo obedecer ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Assim, é conferida às universidades autonomia para criar, organizar e extinguir cursos e programas de educação superior; fixar os currículos de seus cursos e programas; aumentar ou diminuir o número de vagas, de acordo com a capacidade de atendimento e as exigências do seu meio. De acordo com o Decreto 5.773/06, que trata do exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais, o sistema federal de ensino superior compreende as instituições federais de educação superior, as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada e os órgãos federais de educação superior. As competências para as funções de regulação, supervisão e avaliação são exercidas pelo Ministério da Educação, pelo Conselho Nacional de Educação - CNE, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- INEP, e pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior – CONAES (Art.3o). 7.2 Autonomia Universitária A Carta Magna preceitua o dever do Estado com a educação, que se efetiva mediante a garantia do acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística. 34 Nesse contexto, a autonomia universitária é necessária para o bom desempenho das Universidades e está prevista na Constituição Federal, na esfera administrativa, didáticocientífica, de gestão patrimonial e financeira. Possuem autonomia universitária as instituições de ensino superior que possuem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa. Cabe à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas. (art. 55 da Lei n. 9.394/96). Segundo o artigo 53 da Lei n. 9.394 /96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino; II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes; III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção artística e atividades de extensão; IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigências do seu meio; V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as normas gerais atinentes; VI - conferir graus, diplomas e outros títulos; VII - firmar contratos, acordos e convênios; VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos institucionais; 35 IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituição, nas leis e nos respectivos estatutos; X - receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira resultante de convênios com entidades públicas e privadas. Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-científica das universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre: I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos; II - ampliação e diminuição de vagas; III - elaboração da programação dos cursos; IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão; V - contratação e dispensa de professores; VI - planos de carreira docente. Diz o artigo 54 da citada Lei que: As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal. § 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo artigo anterior, as universidades públicas poderão: I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis; II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concernentes; 36 III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor; IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de organização e funcionamento; VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do Poder competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos; VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho. A Constituição Federal estabeleceu um mínimo de 18% da receita anual, resultante de impostos da União, para a manutenção e o desenvolvimento do ensino; assegurou, também, a gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais em todos os níveis e criou o Regime Jurídico Único, estabelecendo pagamento igual para as mesmas funções e aposentadoria integral para funcionários federais. Em seu artigo 207, reafirmou a indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão em nível universitário, bem como a autonomia das universidades. A autonomia consagrada no art. 207 da Constituição Federal é condição indispensável para que as universidades possam exercer plenamente seu papel estratégico e contribuindo para o desenvolvimento da nação. A UFSCar, assim como as demais Instituições Federais de Ensino Superior, goza de autonomia didático-pedagógica e empenhando-se para garantir a autonomia financeira, patrimonial e de gestão devidamente acompanhadas de mecanismos de avaliação e aprimoramento. 37 8. A Universidade Federal de São Carlos 8.1 Apresentação A Universidade Federal de São Carlos – UFSCar é uma Instituição Federal de Ensino Superior, vinculada ao Ministério da Educação pelo Decreto n. 4.566, de 1º de janeiro de 2003. Tem como um dos princípios fundamentais para o desenvolvimento de todas as suas atividades fim, o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Fundada em 1968, é a única instituição federal de ensino superior localizada no interior do Estado de São Paulo, destaca-se pelo alto nível de qualificação de seu corpo docente: 99% são doutores ou mestres. Em sua maioria, os professores desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão em regime de dedicação exclusiva. (UFSCar, <http//www.ufscar.br>). Em março de 1970, ela recebia seus primeiros alunos para os cursos de Licenciatura em Ciências, hoje já extinto, e Engenharia de Materiais, pioneiro na América Latina. Entre a assinatura do decreto presidencial que a criou, em 1º de dezembro de 1968, e o início das aulas, uma comissão formada na Prefeitura Municipal de São Carlos coordenou os trabalhos para implantação do Campus. Avaliadas as possibilidades, a Fazenda Trancham, situada às 38 margens da rodovia Washington Luís, foi apontada como a propriedade adequada para receber a UFSCar. Assim, as instalações da antiga fazenda foram adaptadas para receber a administração, salas de aula e laboratórios. Também nos anos 70 foram criados os três primeiros centros acadêmicos da instituição. Para abrigar um dos primeiros cursos instalados na Universidade foi criado o Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET). A partir de 1972 se consolidam as condições para a criação do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). O primeiro curso de Licenciatura em Ciências foi extinto e criado o de graduação em Ciências Biológicas. O primeiro curso na área de saúde, o de graduação em Enfermagem, é implantado em 1977. Com a criação do curso de Pedagogia, é criado em 1972 o Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Até o final dos anos 80 o corpo docente da área de Humanas estava vinculado majoritariamente ao Departamento de Fundamentos Científicos e Filosóficos da Educação. Com o processo de redepartamentalização realizado na Universidade surgiram os departamentos de Ciências Sociais, Educação, Filosofia, Metodologia de Ensino e Psicologia. Em 1976 foram criados os dois primeiros programas de pós-graduação stricto sensu da Instituição, com os cursos de mestrado em Educação e em Ecologia e Recursos Naturais. Atualmente são 56 cursos de pós-graduação, divididos em 33 Programas, sendo 32 cursos de mestrado, 2 cursos de mestrado profissional e 22 cursos de doutorado. Na década de 90 surgem mais novos cursos: o de Ciências Sociais, em 1991; Psicologia e Biblioteconomia e Ciência da Informação em 1994; Letras e Imagem e Som, em 1996; e Licenciatura em Música com habilitação em Educação Musical, em 2004. Em 1993, no campus de Araras já eram oferecidas vagas para o curso de Engenharia Agronômica, e, assim também foi criado o Centro de Ciências Agrárias (CCA). Hoje os 35 departamentos acadêmicos da Universidade estão divididos em quatro centros e também a unidade de Sorocaba: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) e Centro de Ciências Agrárias (CCA). De acordo com a Secretaria Geral de Recursos Humanos da UFSCar (SRH), a UFSCar conta atualmente com 962 professores e 868 funcionários técnico-administrativos, numa área construída maior que 150.000 metros quadrados e grande infra-estrutura, passando por ela cerca de 10.000 pessoas por dia. As atividades da UFSCar envolvem também cerca de 39 57 cursos de graduação presenciais, e 5 cursos de graduação à distância além de em 56 cursos de pós-graduação stricto sensu, e os cursos de pós-graduação lato sensu. A Universidade cresceu e conta hoje com três campi: o principal fica em São Carlos, município localizado a 235 km da capital do Estado, e tem 645 hectares de extensão, sendo 105 mil m2 de área construída. O segundo campus da Universidade, distante 94 km de São Carlos (e 170 km da capital), em Araras-SP, foi criado em janeiro de 1991, quando a UFSCar incorporou as unidades paulistas do extinto Programa Nacional de Melhoramento da Cana de Açucar (Planalsucar), órgão ligado ao Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA). O campus de Araras também possui unidades nos municípios de Anhembi e Valparaíso. Em 1993 começaram ser oferecidas vagas para o curso de Engenharia Agronômica. Também foi criado o Centro de Ciências Agrárias (CCA). Lá são oferecidos 6 cursos de graduação e 2 mestrados. O campus possui 230 hectares, sendo 25 mil m2 em áreas construídas. (UFSCar, 2009). Os campi de São Carlos e Araras possuem toda a infra-estrutura necessária para o funcionamento adequado das atividades da Universidade. São mais de 250 laboratórios, Biblioteca Comunitária e Biblioteca setorial, 4 ambulatórios, 2 teatros, 3 anfiteatros, 3 auditórios, ginásio de esportes, um parque esportivo com 8 quadras e 2 piscinas, 2 restaurantes universitários, 5 lanchonetes, 85 salas de aula e 376 vagas em moradia estudantil. Em 2006 foi construído o terceiro campus, em Sorocaba-SP, localizado próxima ao km 100 da rodovia João Leme dos Santos (SP-264), sendo oferecidos 14 cursos de graduação em 3 cursos de pós-graduação. No início de 2007 o campus de Sorocaba entrou em funcionamento, para atender a demanda da população daquela importante região, com quatro cursos de graduação: Ciências Biológicas com ênfase em Biologia da Conservação (Licenciatura e Bacharelado), Turismo, com ênfase em turismo ecológico e histórico-cultural e Engenharia de Produção. O primeiro edifício no novo campus foi concluído em junho de 2006 e as obras completas da primeira fase - em um total de 7 mil m². Tem cerca de 700 mil metros quadrados, com edifícios de Gestão Acadêmica, Administrativa, 11 salas de aula e 8 laboratórios didáticos e de informática, além de Restaurante Universitário e Biblioteca. As construções, assim como todas as atividades acadêmicas da unidade, são regidas pelo princípio do desenvolvimento sustentável. (UFSCar, 2009). O Programa de Atividades Ecológicas (PAE), foi criado em 1990, com o objetivo de gerir recursos naturais. Foi desenvolvido três anos após, o Programa Integrado de Manejo 40 Florestal (PIMFLOR). No mesmo ano, para atender às demandas de questões ambientais, foi criada a Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente (CEMA) (UFSCar, 2009). Ao longo de sua história outras unidades foram instaladas para que tanto as atividades acadêmicas como as administrativas tivessem o suporte necessário para seu funcionamento pleno. Dessa forma, atualmente a Universidade é composta pelas seguintes unidades: Biblioteca Comunitária (BCo), Restaurante Universitário (RU), Departamento de Atendimento Médico e Odontológico (DeAMO), Prefeitura Universitária (PU), Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH), Secretaria Geral de Informática (SIn), Coordenadoria de Comunicação Social (CSS), Secretaria Geral de Assuntos Comunitários (SAC), Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Institucionais (SPDI), Escritório de Desenvolvimento Físico (EDF) e Procuradoria Jurídica (PJ), Coordenadoria Especial para o Meio Ambiente (CEMA), Editora (EdufsCar) e Secretaria de Assuntos Internacionais(SRInter). A UFSCar possui também com as Pró-Reitorias de Graduação (ProGrad), PósGraduação (ProPG), Extensão (ProEx), Administração (ProAd) e de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE). Em 2004, com a aprovação das diretrizes relacionadas à estrutura organizacional da UFSCar constantes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), foi criada a Pró-Reitoria de Pesquisa, um desmembramento da Pró-reitoria de Pesquisa e PósGraduação (UFSCar, 2009). Com toda essa estrutura, prestes a completar 40 anos de existência, a Universidade Federal de São Carlos se propõe a formar profissionais cidadãos, competentes tecnicamente, que busquem e possam atuar de forma responsável, ética, justa e interativa com uma sociedade em constante mudança. 8.2 Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI A Universidade Federal de São Carlos – UFSCar – vem se consolidando como instituição capaz de implementar processos democráticos de decisão e de buscar instrumentos sistemáticos para lidar, de forma qualificada, com suas decisões diárias e com a análise, proposição, acompanhamento e avaliação de suas ações1. Nesse contexto foi elaborado o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, que possui diretrizes para planejamento e gestão, tendo como principais eixos, a gestão da 1 Texto retirado da página < http://www.ufscar.br/pdi2002/01_objetivo.htm> 41 Universidade de forma planejada, participativa e sustentável. No PDI é explicitado à sociedade seus propósitos , objetivos e metas quanto às suas atividades. A elaboração compartilhada do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar, envolvendo toda a comunidade universitária na reflexão sobre entraves, perspectivas e diretrizes para o desenvolvimento da instituição, teve como objetivo apontar o futuro que a instituição almeja. No PDI se encontram as diretrizes para desenvolvimento acadêmico, organizacional, físico e ambiental da UFSCar. Missão da UFSCar: Produzir e tornar acessível o conhecimento Transparece nos planos da UFSCar, desde o seu início, o entendimento de que a produção de conhecimento é a base de sustentação de todas as atividades da Universidade. No entanto, esta produção se realiza de modo articulado tanto com as atividades de ensino como com as de extensão, garantindo a qualidade diferenciada do fazer acadêmico, o que se constitui em um dos grandes desafios do dia a dia da UFSCar. (UFSCar, 2010, www.ufscar.br) Como afirmado no PDI (2005) apresentado segundo o formato SPIEnS/MEC para o período de 5 anos, é comum confundir-se a missão da universidade pública com as suas atividades-fim: o ensino, a pesquisa e a extensão. São estas três atividades que, de forma indissociada, dão concretude à missão da universidade de produzir e tornar acessível o conhecimento. Nesta conceituação sintética o tornar acessível envolve tanto a formação dos alunos como a interação com os diferentes segmentos da sociedade para o compartilhamento e (re)construção do conhecimento. (UFSCar, 2010, www.ufscar.br) No PDI (2004) esta missão foi desdobrada em princípios que expressam a sua razão de ser e seus valores. A comunidade da UFSCar elegeu no PDI dez princípios que expõem suas bases consensualmente compartilhadas, os compromissos fundamentais e determinantes dos seus planos de ação. De acordo com o PDI os princípios da UFSCar (UFSCar, 2004, p.20-21) são: I- Excelência acadêmica. II- Universidade compromissada com a sociedade. 42 III- Gratuidade do ensino público de graduação e pós-graduação stricto sensu. IV- Indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão. V- Livre acesso ao conhecimento. VI- Universidade promotora de valores democráticos e da cidadania. VII- Gestão democrática, participativa e transparente. VIII- Universidade ambientalmente responsável e sustentável. IX- Valorização da dedicação integral ao ensino, pesquisa e extensão. X- Integração da universidade no sistema nacional de ensino. É nas diretrizes específicas da UFSCar que se destaca a intenção da Universidade em relação à valorização dos servidores, as quais interessam diretamente este trabalho: - “Implantar política de capacitação contínua didático-pedagógica para os docentes que atuam na Universidade, permitindo-lhes o domínio de novas concepções do processo de ensino e de aprendizagem e de estratégias para o seu desenvolvimento”. - “Incentivar a qualificação do corpo docente”. - “Aprimorar e ampliar o processo de avaliação do desempenho docente, tendo como referência o perfil do profissional que a universidade quer formar”. - “Definir o perfil do servidor técnico-administrativo que a UFSCar deseja e necessita”. - “Orientar os processos de seleção e ingresso, capacitação e de avaliação do desempenho dos servidores técnico-administrativos tendo como referência o perfil definido e as novas demandas da universidade contemporânea”. - “Implantar uma política de capacitação continuada interna e integrada para os servidores técnico-administrativos”. - “Capacitar os servidores docentes e técnico-administrativos para uso de tecnologias de informação e comunicação”. - “Desenvolver processos de capacitação para gestão institucional e de projetos”. - “Aperfeiçoar políticas que promovam a qualidade de vida do servidor”. 43 A visão contemporânea da indissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão consubstanciada nas diretrizes do PDI compromete a Universidade não só com a produção de conhecimentos, mas com criação e recriação de conhecimentos que potencializem as transformações sociais. Uma universidade, em suma, onde os conceitos de qualidade, de excelência acadêmica, não se esgotem na produção científica de seus pesquisadores (entendida aqui na sua forma restrita – artigos científicos), mas dependam também da gênese e do destino desse conhecimento (PDI, 2005). As diretrizes relacionadas à produção e disseminação do conhecimento estão fundamentadas na idéia compartilhada pela comunidade universitária de que a produção de conhecimento é a base de todas as atividades de sustentação da Universidade e, estando articulada ao ensino e à extensão, garante a qualidade diferenciada do fazer acadêmico. Assim, o ensino, a pesquisa e a extensão não são entendidos como objetivos ou funções da Universidade, mas como atividades indissociáveis por meio das quais a Universidade dá concretude a seus objetivos de produzir o conhecimento e torná-lo acessível. Além disso, a disseminação do conhecimento produzido, e também do saber acumulado na UFSCar, é não só um princípio de atuação, mas também expressão do compromisso desta Universidade com a sociedade e com o desenvolvimento do país. (PDI, 2005). 8.3 A Gestão da UFSCar De acordo com o artigo 56 da Lei n. 9.394 /96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, as instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional. A administração superior da UFSCar é exercida pelo Conselho Universitário (ConsUni), órgão deliberativo máximo da Instituição, pelos órgãos deliberativos específicos e pela Reitoria, a partir de sua função executiva. Ao ConsUni competem as decisões para execução da política geral da Universidade, em conformidade com os seus Estatuto e Regimento Geral. Dentre suas atribuições destaca-se a formulação, aprovação, acompanhamento e avaliação da 44 Política Institucional de formação, produção e disseminação do conhecimento, pessoal, recursos financeiros, infra-estrutura e gestão da UFSCar. Os órgãos específicos estão organizados a partir dos conselhos de Graduação (CoG), Pós-Graduação (CoPG), Pesquisa (CoPq), Extensão (CoEx) e Administração (CoAd). Há também os Conselho de Centro (CoC), órgão deliberativo de cada Centro. A eles cabe formular, acompanhar e avaliar os planos de ações para ensino, pesquisa, extensão e administração no âmbito dos Centros, a partir da Política Institucional. Também é sua competência deliberar sobre atribuições específicas. Os departamentos, cursos de graduação e programas de pós-graduação também têm seus respectivos conselhos. Esta estrutura, fruto das diretrizes para uma nova estrutura organizacional da Universidade definidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), entrou em vigor em 1º de setembro de 2008, com a implantação definitiva do novo estatuto da UFSCar, aprovado pelo ConsUni em março de 2006 e pela Secretaria de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC) por meio da Portaria nº 984, de 29/11/2007, com alteração dada pela Portaria 465, de 26/06/2008. Assim, a gestão da Universidade Federal de São Carlos se dá através dessa estrutura de Órgãos Colegiados, que deliberam sobre políticas e normas institucionais e de outros setores administrativos, que promovem o funcionamento da Instituição, conforme a Figura 2: 45 Figura 2: Organograma da Universidade Federal de São Carlos. Fonte: Site da UFSCar - URL: <http://www2.ufscar.br/administracao/organograma.php> 8.4 Estrutura Organizacional da UFSCar Para a compreensão do tema abordado, se faz necessário conhecer o funcionamento da Pós-Graduação da UFSCar, bem como o papel da Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG), que são os setores envolvidos com o processo de capacitação e qualificação do servidores. É necessário uma visão da estrutura organizacional geral da UFSCar e, em detalhe, dos organogramas das Pró-Reitorias de Graduação, Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, bem como da Secretaria Geral de Recursos Humanos, por serem as unidades que se relacionam estritamente durante a execução do processo de aperfeiçoamento do servidor. REITORIA PROGRAD PROGRAD PROPG PROPQ PROPQ PROEX PROEX PROACE PROACE PROAD 46 CECH CCET CCBS SRH SIN CEMA CCS CCA SOROCABA Chefia de Gabinete SPDI P.U EDF PJ USE EDUFSCarRr FAI Figura 3: Organograma Geral da UFSCAR Fonte: Elaborado pela autora 8.4.1 A Secretaria Geral de Recursos Humanos A Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) foi criada em 1991, como resultado da experiência de um trabalho, iniciado com a implantação do primeiro Plano de Cargos e Salários e de Benefícios e Vantagens - PCS/85 que atribuía à área a responsabilidade de sua administração. A implantação da SRH veio acompanhada de uma nova estrutura administrativa para a UFSCar, aprovada pelo Conselho Universitário através do Parecer 146/91, a partir de princípios de racionalização, eficiência, organização e lógica administrativa. 2 A nova estrutura provocou uma expansão da questão relativa aos recursos humanos, deixando de existir uma preocupação meramente cartorial ou administrativa, priorizando o desenvolvimento e valorização dos Recursos Humanos da Instituição. A SRH faz parte da administração superior da Universidade, possui papel fundamental na seleção e desenvolvimento de servidores. Pertencem a SRH, o Departamento de Administração de Pessoal e o Departamento de Desenvolvimento de Pessoal. A SRH é responsável pela aplicação das diretrizes contidas no Plano de Desenvolvimento Institucional da UFSCar (PDI) no que diz respeito à valorização do servidor da UFSCar. Também é setor responsável gerenciamento dos programas vinculados ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. 2 Texto retirado da página < http://www2.srh.ufscar.br/historico> 47 As ações de planejamento, coordenação, execução e avaliação do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação – P.C.C.T.A.E e do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos – P.U.C.R.C.E, que rege a carreira docente, são de responsabilidade da SRH em conjunto com a Reitoria e das chefias de unidades acadêmicas e administrativas. É a SRH quem gerencia os programas vinculados ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. 8.4.2 A Pró-Reitoria de Pós-Graduação A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) é o setor administrativo da Reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ligado à Reitoria, que tem como atribuições: planejar, coordenar e fiscalizar as atividades acadêmicas no âmbito da pós-graduação (stricto sensu), para o cumprimento das normas regimentais, em consonância com a Conselho de PósGraduação (CoPG), órgão deliberativo, normativo e consultivo vinculado ao Conselho Universitário (CONSUNI). Compete fundamentalmente à ProPG coordenar e apoiar as atividades da pósgraduação. Administra a concessão de bolsas CAPES aos alunos. Além disso, supervisiona e analisa os afastamentos funcionais para as atividades de capacitação e participação em eventos científicos/educacionais, em consonância com o Conselho de Pós-Graduação (CoPG). Também gerencia o Programa de Apoio à Capacitação do servidor, analisando pedidos de ressarcimento a servidores afastados para frequentar cursos de pós-graduação. A ProPG tem ainda por finalidades assessorar, fornecer consultoria, analisar e emitir pareceres e diplomas de mestrado e doutorado, analisa a criação de novos programas de pósgraduação, gerencia verbas vindas de agências de fomento à pós-graduação, gerenciamento de bolsas de estudo, inclusive bolsas para o exterior. A ProPG analisa os afastamentos dos servidores e docentes, de acordo com a Portaria GR 432/90 e encaminha para aprovação do Conselho de Pós-Graduação (CoPG). Também analisa as promoções de docentes em sua carreira, encaminhando depois para o mesmo Conselho, a acordo com a Portaria GR 887/08. 48 A partir de abril de 2004, com a aprovação das diretrizes relacionadas à estrutura organizacional da UFSCar constantes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), foram tomadas medidas para as adequações estatutárias e regimentais necessárias visando à instalação da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq), vinda do desmembramento da atual PróReitoria de Pós-Graduação. 8.4.2.1 O Conselho de Pós-Graduação O Conselho de Pós-Graduação (CoPG) é o órgão ao qual compete a proposição das diretrizes gerais para a integração entre os diversos Programas na UFSCar. (art. 2º, Portaria GR 862/08). Assim como os demais órgãos deliberativos da UFSCar, foi implantado a partir da entrada em vigor do novo estatuto da Instituição. Sua criação é fruto das diretrizes para uma nova estrutura organizacional da Universidade definidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Suas principais atribuições serão a formulação, acompanhamento e avaliação da Política Institucional de Pós-Graduação, a partir das definições do Conselho Superior. O Conselho de Pós-Graduação também delibera questões relativas aos servidores, tais como a aprovação dos afastamentos dos servidores, qualificação de TAs e promoção de docentes. Homologa documentos de todas as defesas de teses e dissertações; aprova processos de afastamento para capacitação e para promoções de servidores docentes e TAs. 9. O Sistema de Pós-Graduação 9.1 Bases da Pós-Graduação De acordo com o Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2005-2010), que incorpora o princípio de que o sistema educacional é fator estratégico no processo de desenvolvimento socioeconômico e cultural da sociedade brasileira, representa uma referência institucional indispensável à formação de recursos humanos altamente qualificados e ao fortalecimento do potencial científico-tecnológico nacional. Cabe à pós-graduação a tarefa de 49 produzir os profissionais aptos a atuarem nos diferentes setores da sociedade e capazes de contribuir, a partir da formação recebida, para o processo de modernização do País (...) podese afirmar que a pós-graduação se constitui numa das realizações mais bem sucedidas no conjunto do sistema de ensino existente no País. A organização da educação nacional, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, art. 21 e 44), está dividida em dois níveis: a educação básica e a educação superior. O primeiro nível compreende três etapas: a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. O segundo nível compreende os cursos de graduação, pós-graduação e de extensão. Por isso, uma pós-graduação conseqüente com o princípio constitucional da igualdade de oportunidades supõe o fluxo de uma educação equânime, qualificada e democrática. Dentro do complexo universitário, a pós-graduação constitui um sistema de ensino que abrange as modalidades de mestrado e doutorado (pós-graduação stricto sensu) e as de aperfeiçoamento e especialização (pós-graduação lato sensu), de acordo com as normas do Conselho Federal de Educação e a legislação em vigor. Os cursos das duas primeiras modalidades formam profissionais graduados, conferindo-lhes o título de mestre e /ou doutor ao término de um processo de ensino e pesquisa, regido por normas específicas. Os cursos de outras modalidades preparam também profissionais graduados, através de processos acadêmicos de conteúdo e prazo restritos. (PNPG 2005-2010) A estrutura do Sistema Nacional de Pós-Graduação foi orientada pelo Parecer Conselho Federal de Educação n. 977/65 com as seguintes características para os cursos stricto sensu: é de natureza acadêmica e de pesquisas e mesmo atuando em setores profissionais tem objetivo essencialmente científico enquanto a especialização via de regra tem sentido prático-profissional, confere grau acadêmico enquanto a especialização concede certificado. O Parecer ressalta ainda, que o mestrado não constitui condição indispensável à inscrição no curso de doutorado. A pós-graduação stricto sensu engloba três tipos de cursos; de doutorado, de mestrado acadêmico e mestrado profissional. Um programa de pós-graduação pode surgir de qualquer combinação dessas três modalidades ou de cada uma delas oferecidas de forma isolada. Através do e de mestrado e doutorado, a Universidade garante a formação profissional de 50 professores universitários e de cientistas, preparando-os para desenvolver o conhecimento e formar novas gerações desses profissionais para toda a sociedade Sobre a diferença entre pós-graduação stricto sensu e lato sensu, diz o Parecer CFE n.977/65: Mas, a distinção importante está em que especialização e aperfeiçoamento qualificam a natureza e destinação específica de um curso, enquanto a pós-graduação, em sentido restrito, define o sistema de cursos que se superpõe à graduação com objetivos mais amplos e aprofundados de formação científica e cultural. Cursos pós-graduados de especialização ou aperfeiçoamento podem ser eventuais, ao passo que a pósgraduação em sentido próprio é parte integrante do complexo universitário, necessária à realização de fins essenciais da universidade. Ainda segundo o Parecer CFE n.977/65: Em resumo, a pós-graduação sensu estricto (sic) apresenta as seguintes características fundamentais: é de natureza acadêmica e de pesquisa e mesmo atuando em setores profissionais tem objetivo essencialmente científico, enquanto a especialização, via de regra, tem sentido eminentemente prático profissional; confere grau acadêmico e a especialização concede certificado; finalmente a pós-graduação possui uma sistemática formando estrato essencial e superior na hierarquia dos cursos que constituem o complexo universitário. 9.2 A Pós-Graduação no Brasil O sistema de pós-graduação começou a ser implantado na década de 50 no Brasil. No Brasil, desde o parecer Newton Sucupira, aprovado pelo então Conselho Federal de Educação em 1965, os cursos de pós-graduação dividem-se em dois níveis, o lato sensu e o stricto sensu: • lato sensu: considerados como cursos de especialização, são mais direcionados à atuação profissional e atualização dos bacharéis. Têm carga horária mínima de 360 horas e se encontram nesta categoria os cursos de especialização, os cursos de aperfeiçoamento, bem como os cursos designados como MBA (do inglês Master in Business Administration, ou mestre em administração de empresas), diferentemente dos EUA eles não são equiparáveis aos mestrados. • stricto sensu: são cursos voltados à formação científica e acadêmica e também ligados à pesquisa. Existem nos níveis do mestrado e doutorado. O curso de mestrado tem a duração recomendada de dois a dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve 51 uma dissertação e cursa as disciplinas relativas à sua pesquisa. Os doutorados têm a duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração da tese. As especializações não se submetem à avaliação sistemática da CAPES, mas a uma apreciação menos aprofundada, por parte do MEC. Indicadores seguros da regularidade do curso são a prova do credenciamento institucional e a declaração que o curso atende os requisitos enumerados pela Resolução CNE/CES nº 001/07. 9.2.1 A Pós-Graduação Stricto Sensu A pós-graduação no Brasil, apesar de existir há menos de 50 anos, tem contribuído para garantir uma presença atuante do País no contexto mundial. A pós-graduação constitui-se em atividades de estudo, pesquisa e inovação, consideradas componentes fundamentais para garantir uma presença atuante e autônoma de um país no contexto mundial. O desenvolvimento científico e tecnológico representa um fator determinante na geração de renda e na promoção de bem-estar social (CAPES, 2009). Embora as tentativas de implantação da pós-graduação, no Brasil, remontem à década de 30, a implantação formal só ocorreu em 1965 (CAPES, 2009). De acordo com informações disponibilizadas no sítio da Capes em dezembro de 2009, eram oferecidos no País 2.547 cursos de mestrado acadêmico e profissionalizante) e 1.312 de doutorado, sendo a engenharia responsável por 11% do total dos cursos. A consolidação da pós-graduação brasileira pode ser representada pela produção científica nacional que, em 2007, era de 2% do total da ciência mundial3. Para Dantas (2004), a concepção de pós-graduação está, definitivamente, integrada à idéia de pesquisa, desde o seu surgimento, sendo responsável pela maior parte da produção científica brasileira e pelo seu crescimento qualitativo e quantitativo nos últimos anos. Apesar do desenvolvimento da pós-graduação no Brasil, alguns dados merecem reflexão: 3 Produção científica brasileira é a 15. no mundo. <www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/artigo=010175 070711>. 52 - O número de pesquisadores nas universidades brasileiras é, aproximadamente, o mesmo que na Coréia do Sul, porém a população brasileira é o triplo da população sul coreana (APPOLONI, 2003); e - Somente 15% dos doutores no Brasil atuam no setor industrial, enquanto nos Estados Unidos esse percentual é de 85% (SILVEIRA; ARAÚJO, 2005). Jacob (2005), ao realizar uma análise sobre a pós-graduação e o desenvolvimento tecnológico no Brasil, comenta que a maioria dos programas de pós-graduação não oferece uma opção na área de tecnologia, entendida como capacitação para utilizar resultados de pesquisa básica e criar produtos ou processos novos (inovações). Apesar de algumas dificuldades, a pós-graduação brasileira ainda é uma das melhores em todo o Hemisfério Sul e tem contribuído de forma decisiva para o desenvolvimento do País. A expansão e qualidade do sistema de pós-graduação se devem ao financiamento público pelas várias agências de fomento nacionais (CAPES 4, CNPq5, FAPESP6) e de um processo contínuo de avaliação dos programas de pós-graduação criado em 1970. Como eram poucos os programas que ofereciam doutorado, os mestrados existentes adotaram um alto padrão de exigência e, sem dúvida, essa experiência pode imprimir na pós-graduação do Brasil, a marca da qualidade acadêmica. Embora no início fosse orientada por um modelo flexível, ao longo do seu desenvolvimento, a pós-graduação foi perdendo essa característica no interior das instituições. O sistema de avaliação, interpretando de forma rígida, contribuiu para consolidar um modelo marcadamente seqüencial: mestrado/doutorado (CAPES, 2004). A pós-graduação está estruturada nos cursos de mestrado e doutorado acadêmico e mestrado profissionalizante. Nesses cursos, são realizadas pesquisa básica e pesquisa aplicada 4 A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação. Foi criada pelo Decreto n. 29.741 de 11/07/1951, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender as necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”. As atividades tradicionais da Capes são: avaliação da pós-graduação stricto sensu; acesso e divulgação da produção científica; investimentos na formação de recursos de alto nível no País e exterior; e promoção da cooperação científica internacional. 5 O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é uma agência do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), criado pela Lei n. 1.310, de 15/01/1951. Tem por objetivo o objetivo o fomento da pesquisa científica e tecnológica e a formação de recursos humanos para a pesquisa no País. Sua história está diretamente ligada ao desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. 6 A Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo foi criada em 1960 pela Lei Orgânica 5.918, de 18 de outubro de 1960, sendo atualmente a maior das agências estaduais de pesquisa. Apóia a pesquisa científica e tecnológica por meio de bolsas e auxílios que contemplam todas as áreas do conhecimento. As bolsas são para os alunos de pós-graduação e os auxílios para os pesquisadores com titulação mínima de doutor, vinculados a instituições de ensino e de pesquisas paulistas. 53 que são atividades criadoras, destinadas unicamente à obtenção que resultem em inovações em produtos e realizadas na academia. Outra pesquisa é a tecnológica, que é muitas vezes “por encomenda”, de conhecimentos destinados a obter inovações, que em geral resultam em produtos (embora não necessariamente), e realizada nos países industrializados nas próprias empresas ou em instituições especializadas. (JACOB, 2005). 9.2.1.1 O Mestrado Acadêmico O mestrado acadêmico é uma preparação para a pesquisa e deve ser encarado como uma etapa em direção ao doutorado. O mestrado acadêmico, tradicional, busca expor o mestrando à literatura científica da área, treinando-o em atividades de pesquisa, buscando qualificá-lo para o magistério superior, sendo geralmente seguido pelo doutorado. Das dissertações do mestrado não é esperado que se produzam conhecimento, mas que sejam um exercício estruturado de aprendizagem de início, meio e fim. O mestrado acadêmico tem por objetivo iniciar o aluno na pesquisa. A área de conhecimento é bem focada e constitui-se em um subconjunto da área profissional (aquela estudada em todo um curso de graduação). Além de disciplinas mais avançadas, que incluem uma parcela significativa de pesquisa bibliográfica individual e de trabalho de interpretação, é desenvolvido um trabalho de iniciação à pesquisa científica. Espera-se que ao final do curso o aluno tenha adquirido capacidade de desenvolver trabalho autônomo. Este trabalho caracteriza-se pela busca de referências, métodos e tecnologias atuais e sua aplicação de forma criativa. Espera-se também, a demonstração de capacidade de redação de textos científicos. Esta capacidade é evidenciada, principalmente, pelo texto da dissertação de mestrado. É desejável a publicação ou submissão de artigo(s) em reconhecidas revistas especializadas e anais de congressos, durante e após o curso, o que evidenciará a importância da pesquisa realizada e seu reconhecimento pelos especialistas no Brasil e no mundo. Ao todo são 2.592 cursos de mestrado reconhecidos pela CAPES em todo o Brasil. 9.2.1.2 O Mestrado Profissional 54 "Mestrado Profissional" é a designação do Mestrado que enfatiza estudos e técnicas diretamente voltadas ao desempenho de um alto nível de qualificação profissional, com finalidade de ser um curso para alguém que está atuando profissionalmente. O Mestrado Profissional (MP) é um fenômeno relativamente recente na pós-graduação brasileira, já que os primeiros cursos datam de meados dos anos 90. É reconhecido como uma alternativa de formação stricto sensu para o ensino e pesquisa, sendo uma tentativa de orientar o ensino para a aplicação, ou seja, aplicar os conhecimentos na prática. O MP nasce regulamentado desde 1995, mas foi criado em 1998 pela CAPES, do MEC (Ministério da Educação). De acordo com o sítio da CAPES, o mestrado profissional responde a uma necessidade socialmente definida de capacitação profissional de natureza diferente da propiciada pelo mestrado acadêmico e não se contrapõe, sob nenhum ponto de vista, à oferta e expansão desta modalidade de curso, nem se constitui em uma alternativa para a formação de mestres segundo padrões de exigência mais simples ou mais rigorosos do que aqueles tradicionalmente adotados pela pós-graduação. Confere, pois, idênticos grau e prerrogativas, inclusive para o exercício da docência, e, como todo programa de pós-graduação stricto sensu, tem a validade nacional do diploma condicionada ao reconhecimento prévio do curso (Parecer CNE/CES 0079/2002). O MP pode variar quanto aos públicos a quem se destina, quanto à estrutura, ao local e tempo de duração, exigências de dedicação do estudante e natureza do ensino, orientando-se pelos princípios de flexibilidade, organicidade, inovação e aplicabilidade. Seu objetivo é um direcionamento claro para encontrar um caminho da resposta a uma pergunta específica proposta pela área profissional ou identificada pela universidade, assim entendido: o mestrado profissional configura a viabilidade de a Universidade atuar de forma próativa, usando os seus recursos para identificar áreas, problemas e impasses que se beneficiariam, e muito, do contato com que é investigado na sua rotina (GAZZOLA, 2003). O Mestrado Acadêmico e o Profissionalizante têm, pois, o mesmo nível de formação e padrão de qualidade equivalentes, embora cumpram propostas diferenciadas de habilitação profissional. 55 O objetivo e a forma de condução deste curso é orientada para o estudo e solução de problemas reais do ambiente organizacional. A dissertação de mestrado acadêmica é substituída por um trabalho de conclusão no qual deve ser demonstrada a competência do mestrando na resolução de problemas reais com métodos e técnicas atuais com aplicação de conhecimento científico ao ambiente profissional para o qual se volta o MP. Destina-se a profissionais que atuam em empresas ou instituições públicas e que manterão suas atividades durante o curso. A principal diferença entre o mestrado acadêmico (MA) e o mestrado profissional (MP) é o produto, ou seja, o resultado almejado. No MA o objetivo é quase sempre formar um pesquisador a longo prazo. No MP, o objetivo é formar pessoas que saibam utilizar a pesquisa de modo a agregar valor a suas atividades, sejam de interesse pessoal ou social, no mundo profissional, ou seja, externo à academia. Assim, o MP constitui basicamente uma oportunidade de maior aproximação entre os trabalhos conduzidos pelas universidades e as demandas existentes no campo social e profissional. O trabalho de conclusão de curso do MP preferencialmente constitui-se de casos de aplicação de conhecimento científico ao ambiente profissional para o qual se volta o MP. Segundo Claudio de Moura Castro, em seu artigo “A hora do mestrado profissional”, o que na realidade está freando o mestrado profissional é a sua estrutura atrelada à pósgraduação acadêmica que lhes tira a vida própria. Esta estrutura condena tais mestrados a uma vida acadêmica inapropriada para sua índole profissional. Ainda segundo o autor, é preciso buscar nestes cursos o equilíbrio que valorize o perfil do profissional que se quer produzir para se ajustar aos novos tempos, às novas exigências. Vale ressaltar que, apesar de existir uma certa resistência com relação ao Mestrado Profissional, há pesquisadores que dizem que esse mestrado merece ser visto como um acréscimo de qualidade ao sistema de pós-graduação stricto sensu vigente no País e não como uma modalidade competitiva aos cursos existentes hoje. A Portaria Normativa nº7, que dispõe sobre a oferta de mestrado profissional, assinada pelo Ministro da Educação Fernando Haddad, dia 22 de junho, teve como objetivo regulamentar o mestrado profissional, modalidade esta que estava sem regulamentação no país. Com isso, o mestrado profissional, assim como o acadêmico, é avaliado pela CAPES, que é órgão responsável pelo reconhecimento e avaliação de cursos de pós-graduação stricto sensu. 56 Esta Portaria atende as expectativas do público-alvo, profissionais de instituições públicas e privadas, pois dá igualdade nos direitos concedidos a quem se qualifica através do mestrado profissional e do acadêmico. No que se refere ao trabalho de conclusão do curso, a tradicional dissertação acadêmica poderá ser substituída por outras formas de avaliação, entre elas, elaboração de artigos; registro de patentes; desenvolvimento de protótipos; relatórios de pesquisa; e produção artística. Outra novidade estabelecida para o mestrado profissional é o corpo docente, pois podem lecionar nessa formação não apenas doutores mas também profissionais não titulados com comprovada experiência na área do curso. Atualmente, existem 277 mestrados profissionais no país reconhecidos pela CAPES , a maioria deles em instituições públicas. 9.2.1.3 O Doutorado Doutoramento ou doutorado é um grau académico concedido por uma instituição de ensino superior universitário, que pode ser uma universidade, um centro universitário, uma faculdade isolada. O doutorado obtém-se com a defesa de uma tese, que deve ser um trabalho original (o que não se exige no caso do mestrado). Considera-se uma continuação do mestrado acadêmico, embora seja permitido, aos melhores candidatos, o ingresso direto no doutorado. O título de Doutor é atribuído ao indivíduo que tenha recebido o último e mais alto grau acadêmico, o qual é conferido por uma universidade ou outro estabelecimento de ensino superior autorizado, após a conclusão de um curso de Doutorado, com o propósito de certificar a capacidade do candidato para desenvolver investigação num determinado campo da ciência (no seu conceito mais abrangente). Neste grau académico espera-se que o aluno adquira capacidade de trabalho independente e criativo. Esta capacidade deve ser demonstrada pela criação de novo conhecimento e será validada por publicações em bons veículos científicos ou pela obtenção de patentes. É essencial para a seleção ao doutorado a demonstração de qualidades e 57 experiência em pesquisa. Um bom currículo acadêmico na graduação é condição indispensável. A tese de doutorado é considerada o tipo mais representativo e consistente de trabalho científico monográfico. Trata-se da abordagem de um único tema, que exige pesquisa própria da área científica em que se situa, com os instrumentos metodológicos específicos. Essa pesquisa pode ser teórica, de campo, documental, experimental, histórica ou filosófica, mas sempre versando sobre um tema único, específico, delimitado e restrito. Além disso, exige-se da tese de doutorado contribuição suficientemente original a respeito do tema pesquisado. Ela deve representar um progresso para a área científica em que se situa. Quaisquer que sejam as técnicas de pesquisa aplicadas, a tese visa demonstrar argumentando e trazer uma contribuição nova relativa ao tema abordado. As agências de fomento, que nos anos 1980 e 1990 incentivaram a ida de brasileiros ao exterior para se doutorarem, concluíram na última década que o Brasil já conta com cursos de doutorado de qualidade suficiente para que seja possível cursá-los no País e não mais no exterior7. Hoje, cerca de metade dos programas que oferecem cursos de mestrado também oferecem de doutorado, de modo que este é mais restrito e mais exigente que aquele. Ao todo são 1.515 cursos de doutorado reconhecidos pela CAPES no país. 9.3 A CAPES A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior é a principal agência brasileira de fomento de bolsas de estudos à pós-graduação, financiando mais da metade das bolsas no país. Seu objetivo fundamental é formar recursos humanos para docência de nível superior, a pesquisa e o atendimento da demanda do setor público e privado. Também é responsável pela avaliação criteriosa de cursos novos de mestrado, mestrado profissional e doutorado e pelo acompanhamento dos cursos já existentes. A instituição analisa o desempenho da pós-graduação de todo Brasil, dando garantia de qualidade. A figura 4 mostra a relação de cursos de mestrado e doutorado do Brasil recomendados e reconhecidos pela CAPES, divididos por área. 7 Revista Brasileira de Pós-Graduação, v.2, n.4, p.31 , jul. 2005 58 Relação de Cursos Recomendados e Reconhecidos Conceito: TODOS Programas e Cursos de pós-graduação Totais de Cursos de pós-graduação GRANDE ÁREA Total M D F M/D Total M D F CIÊNCIAS AGRÁRIAS 320 116 2 16 186 506 302 188 16 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 237 56 2 11 168 405 224 170 11 CIÊNCIAS DA SAÚDE 479 130 15 46 288 767 418 303 46 CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA 278 99 8 11 160 438 259 168 11 CIÊNCIAS HUMANAS 406 184 4 7 211 617 395 215 7 CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 374 190 1 53 130 504 320 131 53 ENGENHARIAS 327 130 3 49 145 472 275 148 49 LINGÜÍSTICA, LETRAS E ARTES 163 78 0 0 85 248 163 85 0 MULTIDISCIPLINAR 335 144 15 84 92 427 236 107 84 2.919 1.127 50 277 1.465 4.384 2.592 1.515 277 Brasil: Data Atualização: 02/07/2010 Cursos: M - Mestrado Acadêmico, D - Doutorado, F - Mestrado Profissional Programas: M/D - Mestrado Acadêmico / Doutorado, M/F - Mestrado Acadêmico / Mestrado Profissional, D/F - Doutorado / Mestrado Profissional, M/D/F - Mestrado Acadêmico / Doutorado / Mestrado Profissional Figura 4 : Relação de cursos recomendados e reconhecidos pela CAPES Fonte: Portal Capes <http://conteudoweb.capes.gov.br/conteudoweb/ProjetoRelacaoCursosServlet? acao=pesquisarConceitoGrandeArea&conceito=34567>, acesso em: 12/07/2010 9.4 A Pós-Graduação na UFSCar A Pós-Graduação na UFSCar é constituída por cursos stricto sensu (mestrado e doutorado), ofertados pelos Programas de Pós-Graduação e pelos cursos lato sensu (especialização), oferecidos pelos departamentos. 9.4.1 Pós-Graduação Stricto Sensu 59 A pós-graduação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), iniciada em 1976, foi definida por princípios estabelecidos já no momento em que a Universidade iniciou suas primeiras atividades, em 1970. Isto porque, desde a sua criação, a UFSCar teve como política institucional priorizar a contratação de servidores técnicos – administrativos em regime de trabalho em tempo integral, e dedicação exclusiva no caso de docentes (SGUISSARDI, 1993 – p. 138). No sétimo ano de funcionamento da UFSCar foram iniciadas suas atividades de pósgraduação stricto sensu, com cursos de mestrado e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais e o curso de mestrado em Educação (áreas de concentração em Planejamento de Ensino e Pesquisa Educacional).. Essa implantação aconteceu porque nessas áreas a UFSCar já contava com um bom número de docentes com doutorado e, também, pelo reconhecimento, pela direção da Universidade, da vocação e missão da Instituição com as atividades de ensino, pesquisa e extensão.8 No Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, a UFSCar foi pioneira no país, implantando o primeiro mestrado na área, em 1977, e o doutorado em 2002. Nas décadas seguintes, o número de professores e a qualificação do corpo docente cresceram de maneira muito significativa, e, consequentemente o número de programas de pós-graduação foi bastante ampliado. Em 1988 foi implantado o Programa de Filosofia e Metodologia das Ciências e, em 1994, o de Ciências Sociais. Em março de 2006, o CEPE aprovou a inserção da modalidade mestrado profissional no Regimento Geral dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar, resultado da iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Química. Atualmente existem 2 mestrados profissionais em implantados: Mestrado Profissional em Química e Ensino de Ciências Exatas. Estão em funcionamento, atualmente, 56 cursos de pós-graduação stricto sensu, divididos em 33 Programas, sendo 32 cursos de mestrado, 2 cursos de mestrado profissional (PPGECE e PPGQ) e 22 cursos de doutorado. Eles estão distribuídos em três áreas do conhecimento, sendo que dois dos programas são interdisciplinares: Biotecnologia e Ciência, Tecnologia e Sociedade. O Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural (PPGADR) foi o primeiro programa interinstitucional da UFSCar, em parceria entre o Centro de Ciências Agrárias da Universidade e a Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna). A UFSCar 8 Texto retirado do Catálogo dos cursos de pós-graduação UFSCar 60 conta, também, com mais um programa interinstitucional: o Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PIPGCF), em parceria com a UNESP (Araraquara). Hoje, a pós-graduação da UFSCar vive mais um momento de expansão em sua história. Foram criados em 2009 quatro novos cursos de Pós-Graduação: mestrado em Agricultura e Ambiente (campus Araras), mestrado em Economia (campus Sorocaba), doutorado em Linguística (campus São Carlos), e mestrado em Terapia Ocupacional (campus São Carlos). Além disso, outras sete novas propostas de cursos foram aprovadas em 2010 pelo Conselho de Pós-Graduação (CoPG) e encaminhadas para aprovação na CAPES. As atividades dos Programas de Pós-Graduação abrangem estudos e trabalhos de formação em cursos de Mestrado de caráter acadêmico, de Mestrado Profissional e de Doutorado. Os parágrafos do artigo 1º da Portaria GR n. 862/08 que trata do Regimento Geral dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar faz as distinções entre esses três cursos: §1 – O Mestrado de caráter acadêmico visa possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de estudos que demonstrem o domínio dos instrumentos conceituais e metodológicos essenciais na sua área, qualificando-o como pesquisador e docente de nível superior, através de trabalhos de investigação e de ensino. §2 – O Mestrado Profissional visa possibilitar ao pós-graduando condições para o desenvolvimento de uma prática profissional transformadora, por meio da incorporação do método científico e da aplicação dos conhecimentos de novas técnicas e processos. §3 – O Doutorado visa o aprofundamento dos objetivos do Mestrado de caráter acadêmico e a produção, pelo doutorando, de um trabalho de investigação que represente uma contribuição real, original e criativa na respectiva área de conhecimento e que demonstre sua qualificação para formar pessoal nos níveis de Mestrado e Doutorado. Os cursos de Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado compõem-se de uma ou mais Áreas de Concentração, as quais indicam os principais campos de estudo do curso (art. 4º). Segundo o PDI (UFSCar, 2004), as atividades de pós-graduação na UFSCar têm como objetivo o processo contínuo de formação de recursos humanos e de produção de conhecimento, primando pela competência acadêmico-científica, pela criação de cursos inovadores e pela adoção de uma política de qualificação docente no País e no exterior. 61 Assim, a pós-graduação da UFSCar é de fundamental importância para o desenvolvimento técnico e científico do país e pelo elevado conceito que desfruta a Universidade dentro do cenário científico do Brasil. 9.4.2 Os Programas de Pós-Graduação Os 33 programas de pós-graduação englobam três tipos de cursos: doutorado, mestrado e mestrado profissional. Eles estão distribuídos pelos quatro centros acadêmicos da Universidade: Centro de Ciências Humanas (CECH), Centro de Ciências Biológicas (CCBS), Centro de Ciências Exatas (CCET), Centro de Ciências Agrárias (CCA) no campus de Araras, além do campus de Sorocaba. O quadro 1 apresenta todos os PPGs divididos por centros acadêmicos Campus UFSCar São Carlos Programa Antropologia Social Ciência Política Ciência, Tecnologia e Sociedade Educação Educação Especial Filosofia Imagem e Som Linguística Psicologia Sociologia Ciências Fisiológicas Ecologia e Recursos Naturais Enfermagem Fisioterapia Centro CECH CCBS 62 Genética e Evolução Terapia Ocupacional Construção Civil Ciência e Engenharia dos Materiais Ciência da Computação Biotecnologia Engenharia de Produção Engenharia Química Engenharia Urbana Ensino de Ciências Exatas Estatística Física Matemática Química Química Campus UFSCar Araras Programa Agricultura e Ambiente Agroecologia e Desenvolvimento Rural Campus UFSCar Sorocaba Programa Ciência dos Materiais Diversidade Biológica e Conservação Economia Quadro 1: Programas de Pós-Graduação divididos por Centros CCET Centro CCA Fonte: Elaborado pela autora Todos os cursos de pós-graduação oferecidos pela UFSCar são reconhecidos pela CAPES e mais de 50% deles são avaliados com conceitos entre 5 e 7, considerados níveis ótimos e de excelência, afirmando o Ensino Superior de qualidade. Segue figura 4 com a última avaliação feita pela agência de fomento CAPES em 2007, referente aos Programas da UFSCar. A Figura 5 apresenta os cursos de mestrado e doutorados da UFSCar reconhecidos pela CAPES. Mestrados/Doutorados Reconhecidos UFSCAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS / SP PROGRAMA AGRICULTURA E AMBIENTE AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO RURAL ANTROPOLOGIA SOCIAL BIOTECNOLOGIA CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CIÊNCIA DOS MATERIAIS CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS ÁREA (ÁREA DE AVALIAÇÃO) AGRONOMIA (CIÊNCIAS AGRÁRIAS I) CONCEITO M D F 3 - AGRONOMIA (CIÊNCIAS AGRÁRIAS I) 4 - - ANTROPOLOGIA (ANTROPOLOGIA / ARQUEOLOGIA) BIOTECNOLOGIA (BIOTECNOLOGIA) CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO (CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO) MATERIAIS (MATERIAIS) ENGENHARIA DE MATERIAIS E METALÚRGICA 3 4 4 4 - 4 4 - 3 7 7 - 63 (ENGENHARIAS II) CIÊNCIA POLÍTICA (CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES CIENCIA POLITICA INTERNACIONAIS) CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE SOCIAIS E HUMANIDADES (INTERDISCIPLINAR) CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS FISIOLOGIA (CIÊNCIAS BIOLÓGICAS II) CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃO CIVIL (ENGENHARIAS I) DIVERSIDADE BIOLÓGICA E CONSERVAÇÃO ECOLOGIA (ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE) ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS ECOLOGIA (ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE) ECONOMIA ECONOMIA (ECONOMIA) EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO (EDUCAÇÃO) EDUCAÇÃO ESPECIAL (EDUCAÇÃO DO EDUCAÇÃO ESPECIAL (EDUCAÇÃO) INDIVÍDUO ESPECIAL) ENFERMAGEM ENFERMAGEM (ENFERMAGEM) ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (ENGENHARIAS III) ENGENHARIA QUÍMICA ENGENHARIA QUÍMICA (ENGENHARIAS II) ENGENHARIA URBANA ENGENHARIA CIVIL (ENGENHARIAS I) ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS ENSINO (ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMATICA) ESTATÍSTICA (MATEMÁTICA / PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA ESTATÍSTICA) FILOSOFIA (FILOSOFIA/TEOLOGIA:subcomissão FILOSOFIA FILOSOFIA) FÍSICA FÍSICA (ASTRONOMIA / FÍSICA) FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL (EDUCAÇÃO FISIOTERAPIA FÍSICA) GENÉTICA E EVOLUÇÃO GENÉTICA (CIÊNCIAS BIOLÓGICAS I) IMAGEM E SOM COMUNICAÇÃO (CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I) LINGUÍSTICA LINGÜÍSTICA (LETRAS / LINGUÍSTICA) MATEMÁTICA (MATEMÁTICA / PROBABILIDADE E MATEMÁTICA ESTATÍSTICA) PSICOLOGIA PSICOLOGIA (PSICOLOGIA) QUÍMICA QUÍMICA (QUÍMICA) QUÍMICA QUÍMICA (QUÍMICA) SOCIOLOGIA SOCIOLOGIA (SOCIOLOGIA) TERAPIA OCUPACIONAL EDUCAÇÃO FÍSICA (EDUCAÇÃO FÍSICA) 4 4 - 3 5 4 3 5 3 4 5 5 4 - 5 5 - 3 4 6 4 - 4 6 4 - 3 4 4 - 5 5 - 5 5 - 5 5 - 5 3 3 5 4 - 5 5 - 5 7 5 3 5 7 5 - 4 - * M - Mestrado Acadêmico, D - Doutorado, F - Mestrado Profissional Figura 5: Mestrados/Doutorados da UFSCar reconhecidos pela CAPES Fonte: Portal CAPES <http//www.capes.gov.br> A realização sistemática da avaliação da pós-graduação tem permitido à CAPES, desde a implantação desse sistema em 1976, cumprir um papel importante para o desenvolvimento da educação e da pesquisa científica e tecnológica no Brasil. A avaliação dos Programas de Pós-Graduação acontece a cada três anos e ocorre na sede da CAPES, em Brasília/DF. A finalidade deste processo é avaliar a pós-graduação brasileira, com atribuição de notas, e fundamentar a deliberação do Conselho Nacional de Educação/MEC sobre a renovação de reconhecimento de cada programa/curso para o próximo triênio. Os resultados fornecem subsídios para a definição de planos e programas governamentais de desenvolvimento e investimentos no Sistema Nacional de Pós-Graduação. 9.4.3 Pós-Graduação Lato Sensu 64 Os cursos de especialização constituem-se hoje numa modalidade de formação que visa a verticalização do conhecimento técnico e científico, uma vez concluída a graduação. A sua versatilidade permite também que profissionais de todas as áreas os utilizem para atualização ou mesmo aprofundamento em novos campos. Os centros de produção científica e tecnológica, cada vez mais, utilizam essa modalidade como instrumento para disseminação dos resultados alcançados. A Portaria MEC n. 475 de 26.08.87 define curso de especialização como curso ministrado por instituição de ensino superior reconhecida, destinado a graduados da área em que se situem, com a carga horária mínima de 360 horas, exigência de frequência regular, verificação formal de aproveitamento e observância da titulação do corpo docente, estabelecida em Resolução do Conselho Federal de Educação - CFE. Na UFSCar a Pós-Graduação lato sensu é coordenada pela Pró-Reitoria de Extensão, que oferece diversos cursos de especialização nas três áreas do conhecimento. Vale ressaltar que, em 2008, a Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) juntamente com o Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar (DEP) deu um grande passo na iniciativa de qualificar seus servidores, oferecendo o primeiro curso de especialização em Gestão Pública, com 45 alunos em sua primeira turma. O curso, exclusivamente para os servidores TAs da UFSCar, foi uma ação voltada para promover o alinhamento com as diretrizes do Governo Federal, que propõem a Gestão por Competências. Essa modalidade de gestão é pautada nas capacidades e habilidades de cada servidor e busca estimulá-los a aplicar seus conhecimentos no desenvolvimento do trabalho dentro da instituição. Essa especialização foi uma estratégia de valorização do servidor da UFSCar, pois favorece a qualidade do trabalho, já que os conhecimentos adquiridos podem ser aplicados no trabalho diário. Outra iniciativa no sentido de apoiar o servidores TAs foi a reserva de vagas em vários cursos de especialização da UFSCar. De acordo com a Deliberação da Câmara de Extensão, nº 016/2002, os departamentos que oferecem cursos de especialização, extensão e outros, devem reservar 5% das vagas oferecidas aos servidores interessados. Assim, a Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) incentiva os servidores TAs que possuem Graduação a fazerem a pós-graduação lato-sensu, em nível de especialização. Cada Departamento, porém, é que estabelece os critérios para a seleção dos interessados. 65 10. O Servidor Público Federal O relatório do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, (BRASIL, 1997, p. 12) comenta que: A administração pública enfrenta hoje um grave problema: os servidores, sejam eles gerentes ou não estão, na maior parte do seu tempo, envolvidos com tarefas e questões que são produto do formalismo burocrático, o que acaba por levá-los a não se atentar aos resultados que deveriam, cada indivíduo e cada instituição, apresentar em favor da sociedade. Assim, a gestão das instituições públicas – inacessível, centralizada e regida – tornou-se um fim em si mesma, orientada basicamente para processos e tarefas, ao invés de resultados (...) O que decorre dessa situação, entre outras conseqüências, é (1) o desperdício de recursos públicos; (2) o desperdício das capacidades e competências dos servidores, que sofrem, ainda, a inibição de seu potencial criativo e, (3) a distância entre a decisão e a ação, em prejuízo do atendimento aos clientes e usuários”. 66 Segundo Segatto (2005, p.12) a reforma universitária e os ajustes e correções a ela feitos nas últimas três décadas, tiveram a pretensão de racionalização financeira, funcional e administrativa. Silva Junior (2004) considera que é essencial tornar o ensino superior público brasileiro mais eficiente e de melhor qualidade e atendimento oferecidos. Segundo ele, as Universidades públicas e privadas precisam de uma política de desburocratização, autonomia de gestão e controle da qualidade. Para Tóvolli (2005), a Universidade não tem uma estratégia com objetivo de modernização da administração, que está voltada para a sua própria estrutura interna ao invés de estar direcionada à visão da Universidade, tampouco tem uma estratégia com objetivo de desenvolvimento dos servidores públicos, que são desvalorizados pelos usuários, muitas vezes não identificados, da Universidade. Segundo o Plano Nacional de Educação, Lei n. 010172, de 09/01/2001, “há que se pensar, evidentemente, em racionalização de gastos e diversificação do sistema, mantendo o papel do setor público” (BRASIL, 2001a). Desde 1980 alguns países têm estudado e tratado desse assunto. A modernização da administração pública é considerada uma necessidade para a maioria das nações, principalmente àquelas que possuem parte importante da população vivendo em condições desfavoráveis. 10.1 O Servidor da UFSCar Por muito tempo a UFSCar não pode, por restrições do governo, repor vagas de servidores TAs aposentados ou que se demitiram, o que fez com que diversas unidades tivessem seu funcionamento comprometido. O período entre 2005 e 2007 foi marcado pelo início de recomposição dos quadros de recomposição dos quadros de servidores das instituições federais de Ensino Superior. Isso representou um avanço significativo para a UFSCar, apesar das contratações efetivadas não serem suficientes para corrigir a defasagem ocasionada por mais de oito anos sem reposição e criação de vagas. Destaca-se a criação de vagas docentes e TAs específicas para o processo 67 de expansão da Universidade, com o intuito de garantir a qualidade das atividades desenvolvidas. 9 Com a aplicação da informática a modernização dos processos de trabalho dentro da Instituição, e com mudanças na organização do trabalho, bem como a necessidade de atender com qualidade os usuários, são necessários novos cargos e funções - um profissional com competências mais amplas e diversificadas, preparado para as mudanças na UFSCar. A UFSCar busca um servidor preparado para esses novos desafios. Destaca-se também nesse contexto a Reestruturação das Universidades Federais (REUNI) que propõe o acréscimo do número de vagas em cursos de graduação presenciais oferecidos pelas universidades federais em 20%, além do aumento do número de alunos de e de professores, mantendo a qualidade do ensino. Considerando este possível aumento de demanda e a importância de se manter a qualidade dos serviços prestados pela Universidade, é necessário se pensar na qualificação do pessoal. A UFSCar preocupa-se em definir o perfil do novo servidor e têm investido na capacitação de servidores TAs e criando mecanismos de acompanhamento e desenvolvimento das carreiras. Assim, a capacitação do pessoal técnico-administrativo deve continuar a merecer atenção especial, pois não há como se ter um quadro de profissionais bem preparados sem investimentos em capacitação de pessoal. 10.1.1 O Corpo Docente Segundo o artigo 5° do Decreto nº 94.664/87 o corpo docente é constituído pelos integrantes das carreiras de Magistério Superior e de Magistério de 1° e 2° Graus, pelos Professores Visitantes e pelos Professores Substitutos. A carreira do Magistério Superior compreende as seguintes classes: I. Professor Titular; II. Professor Adjunto; III. Professor Assistente; IV. Professor Auxiliar. Cada classe compreende quatro níveis, designados pelos números de l a 4, exceto a de Professor Titular, que possui um só nível. (Art.6°). A carreira de Magistério de 1° e 2° Graus compreende as classes A, B, C, D e E e de Professor Titular. Cada classe compreende quatro níveis, 9 Texto retirado do caderno Informando – Informativo da Reitoria da Universidade Federal de São Carlos –UFSCar, 2007, Edição Especial. 68 designados pelos números de l a 4, exceto a classe de Professor Titular, que possui um só nível. (Art. 7°). O corpo docente da Universidade Federal de São Carlos é constituído pelos integrantes das carreiras de magistério Superior e de Magistério de 1º e 2º graus, pelos professores visitantes e pelos professores substitutos. As políticas de capacitação docente observam os princípios estabelecidos no Plano de Desenvolvimento Institucional elaborado pela Comunidade Universitária, considerando- se que a garantia de qualidade de ensino é diretamente proporcional à qualificação de seu corpo docente. A carreira docente é regida pelo Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos – P.U.C.R.C.E. instituídos pelo decreto 94.664/87. A carreira está estruturada em quatro classes: Auxiliar, Assistente, Adjunto e Titular. A mudança de classe na UFSCar ocorre exclusivamente pela obtenção do título correspondente, exceto à classe de professor Titular que depende de habilitação em concurso público. Nos últimos anos foi autorizado o preenchimento parcial de vagas para professor titular atendendo à norma do Conselho Universitário que estipulou que 20% das vagas com provimento autorizado seriam preenchidas por concurso para titulares. O regime de trabalho dos docentes da UFSCar tem como norma a dedicação exclusiva, definida em estatuto, compatível com um dos princípios desta Universidade de valorização da dedicação integral ao ensino, pesquisa e extensão (PDI 2005). A UFSCar conta, ainda, com docentes do Magistério do Ensino Fundamental, alocados na Unidade de Atendimento à Criança – UAC. Hoje, 91% dos docentes do Magistério Superior são doutores e 9% mestres. A despeito da alta proporção de docentes com título de doutor, recentemente a UFSCar implantou dois programas com finalidade de apoiar a capacitação dos docentes mestres que se encontram inscritos em programas de doutorado e apoiar docentes recém doutores de modo a lhes oferecer condições iniciais para a docência e a pesquisa, o que indica a preocupação constante da UFSCar com a qualificação permanente do seu corpo docente. Segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2005) “A imposição de um novo perfil de profissional desdobra-se nos desafios colocados para a realização do processo de ensino aprendizagem e, em conseqüência, nas exigências postas para o docente responsável por esse processo. Parte das diretrizes aqui apresentadas reflete a preocupação 69 com uma capacitação didático-pedagógica contínua dos docentes da UFSCar, que lhes permitia novas concepções e novas estratégias para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem”. UFSCar conta com 962 docentes do Magistério Superior, segundo a Secretaria Geral de Recursos Humanos. 10.1.2 O Corpo Técnico Administrativo O corpo técnico-administrativo da Universidade Federal de São Carlos é constituído dos cargos de Nível de Apoio (A, B,C) Nível Médio (D) e Nível Superior (E). Diz o art. 18º do Anexo ao Decreto nº 94.664/87 que os cargos e empregos do pessoal técnico-administrativo são classificados nos seguintes grupos operacionais, de acordo com a natureza das respectivas atividades, e serão estruturados em subgrupos: I. Grupo Nível de Apoio, compreendendo os cargos e empregos pertencentes a que sejam inerentes atividades de apoio operacional, especializado ou não, que requeiram escolaridade de l° Grau ou experiência comprovada ou ainda conhecimento especifico; II. Grupo Nível Médio, compreendendo os cargos e empregos permanentes a que sejam inerentes atividades técnico-administrativas, para cujo exercício é exigida formação de 2° Grau ou especialização ou formação de l° Grau, com especialização ou experiência na área; III. Grupo Nível Superior, compreendendo cargos e empregos permanentes a que sejam inerentes atividades técnico-administrativas, para cujo exercício é exigida formação de 3° Grau ou registro no Conselho Superior competente. Conforme o artigo 17 do Anexo ao Decreto nº 94.664/87 , são consideradas atividades do pessoal técnico-administrativo: I. as relacionadas com a permanente manutenção e adequação do apoio técnico, administrativo e operacional necessário ao cumprimento dos objetivos institucionais; II. as inerentes ao exercício de direção, chefia, coordenação, assessoramento e assistência, na própria Instituição. 70 A carreira dos Técnicos-Administrativos em Educação é regida pela Lei n. 11.091, de 12 de janeiro de 2005 que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação – PCCTAE. De acordo com o artigo 6o da Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005 (Redação dada pela Lei nº 11,784, de 2008), que dispõe sobre a estruturação do Plano, o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino, está estruturado em 5 (cinco) níveis de classificação, com 4 (quatro) níveis de capacitação cada, conforme seu Anexo I-C. A carreira instituída, assim, está estruturada em cinco níveis de classificação, com quatro níveis de capacitação e trinta e nove padrões de vencimento básico, justapostos com intervalo de um padrão entre os níveis de capacitação e dois padrões entre os níveis de classificação. Os cargos do Plano de Carreira são organizados em 5 (cinco) níveis de classificação, A, B, C, D e E, de acordo com o disposto no inciso II do art. 5o e no Anexo II da mesma Lei. De acordo com informações da SRH no mês de julho de 2010, a UFSCar conta com 113 técnicos de nível de apoio, 565 técnicos de nível médio e 190 técnicos de nível superior, num total de 868 servidores. 11. A Capacitação do Servidor Púbico 11.1 Conceito e Objetivos Entende-se por Capacitação o conjunto de ações pedagógicas, compreendidas como aperfeiçoamento/qualificação, vinculadas ao planejamento institucional, que visam promover, de forma permanente, o desenvolvimento integral dos servidores para que melhor desempenhem suas atividades e o papel de servidores públicos. Segundo o inciso II do artigo 3o do Decreto n. 5.825/2006, a capacitação do servidor é um processo permanente e deliberado de aprendizagem, que utiliza ações de aperfeiçoamento e qualificação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais, por meio do desenvolvimento de competências individuais. O aperfeiçoamento, 71 é um processo de aprendizagem, baseado em ações de ensino-aprendizagem, que atualiza, aprofunda conhecimentos e complementa a formação profissional do servidor, com o objetivo de torná-lo apto a desenvolver suas atividades, tendo em vista as inovações conceituais, metodológicas e tecnológicas. Já a qualificação pode ser definida como um processo de aprendizagem baseado em ações de educação formal, por meio do qual o servidor adquire conhecimentos e habilidades, tendo em vista o planejamento institucional e o desenvolvimento do servidor na carreira. (art. 3, inc. V). A capacitação do servidor visa garantir seu desenvolvimento ampliando os conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu desempenho funcional no cumprimento dos objetivos institucionais (Art. 3 o, inc. I do Decreto n. 5.825/2006). Cada Universidade Federal é responsável pela gestão do desenvolvimento da carreira de seus servidores, tendo um Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação, ou seja, um Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento integrado ao Plano de Desenvolvimento Institucional. Diz o artigo 7o do mesmo Decreto, que o Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento terá por objetivo: I - contribuir para o desenvolvimento do servidor, como profissional e cidadão; II - capacitar o servidor para o desenvolvimento de ações de gestão pública; e III - capacitar o servidor para o exercício de atividades de forma articulada com a função social da IFE. Parágrafo único. O Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento deverá ser implementado nas seguintes linhas de desenvolvimento: I - iniciação ao serviço público: visa ao conhecimento da função do Estado, das especificidades do serviço público, da missão da IFE e da conduta do servidor público e sua integração no ambiente institucional; 72 II - formação geral: visa à oferta de conjunto de informações ao servidor sobre a importância dos aspectos profissionais vinculados à formulação, ao planejamento, à execução e ao controle das metas institucionais; III - educação formal: visa à implementação de ações que contemplem os diversos níveis de educação formal; IV - gestão: visa à preparação do servidor para o desenvolvimento da atividade de gestão, que deverá se constituir em pré-requisito para o exercício de funções de chefia, coordenação, assessoramento e direção; V - inter-relação entre ambientes: visa à capacitação do servidor para o desenvolvimento de atividades relacionadas e desenvolvidas em mais de um ambiente organizacional; e VI - específica: visa à capacitação do servidor para o desempenho de atividades vinculadas ao ambiente organizacional em que atua e ao cargo que ocupa. A Lei nº 11.091 de 12 de janeiro de 2005 possibilitou, a partir de 1º de março de 2005 o ingresso de todos os servidores técnico-administrativos no Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação – PCCTAE. Os servidores integrantes do Plano foram localizados na matriz salarial a partir do nível de classificação do seu cargo e da contagem de tempo de serviço público federal, sendo todos, na primeira etapa, enquadrados no primeiro nível de capacitação referente à classe de seu cargo e em seguida, a localização do servidor no nível de capacitação de acordo com as certificações obtidas no decorrer da vida funcional. À partir da implementação do Plano, as possibilidades de evolução na carreira foram definidas pelo art. 10 da referida lei. O desenvolvimento do servidor na carreira se faz exclusivamente, pela mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante, respectivamente, Progressão por Capacitação ou Progressão por Mérito Funcional. A Progressão por Capacitação Profissional é a mudança de nível de capacitação, no mesmo cargo e nível de classificação, decorrente da obtenção pelo servidor de certificação em Programa de Capacitação, compatível com o cargo ocupado, o ambiente organizacional e a carga horária mínima exigida, respeitado o interstício de 18 (dezoito) meses, nos termos da tabela constante no Anexo III da lei. 11.091/2005. 73 Já a Progressão por Mérito Funcional é a mudança para o padrão de vencimento imediatamente subseqüente, a cada 2 (dois) anos de efetivo exercício, desde que o servidor apresente resultado fixado em programa de avaliação de desempenho, observado o respectivo nível de capacitação. No que se refere à Progressão por Capacitação (titulação), o servidor docente ou técnico-administrativo fará jus ao Incentivo à Qualificação quando concluirem cursos de educação formal, ou seja, educação oferecida pelos sistemas formais de ensino, por meio de instituições públicas ou privadas, nos diferentes níveis da educação brasileira, entendidos como educação básica e educação superior. É concedido aos servidores ativos, aos aposentados e aos instituidores de pensão, quando os certificados tiverem sido obtidos até a data em que se deu a aposentadoria ou pensão, com base no que determina a Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005, e no estabelecido no Decreto nº 5.824, de 29 de junho de 2006. O Decreto n. 5.824/2006 é a norma que estabelece os procedimentos para a concessão do Incentivo à Qualificação e para a efetivação do enquadramento por nível de capacitação dos servidores integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituído pela Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005. Dessa forma, as Universidades Federais através de seus dirigentes máximos, dos dirigentes das unidades acadêmicas e administrativas são responsáveis pela gestão do desenvolvimento da carreira dos servidores, sendo integrada ao Plano de Desenvolvimento Institucional, de forma a garantir a plena execução. 11.2 O Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação O Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação visa garantir as condições institucionais para capacitação e avaliação que tornem viável a melhoria da qualidade na prestação de serviços, no cumprimento dos objetivos institucionais, o desenvolvimento das potencialidades dos ocupantes da carreira e sua realização profissional como cidadãos. Conforme do Decreto n. 5.825/2006, as ações de planejamento, coordenação, execução e avaliação do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos 74 Técnico-Administrativos em Educação são de responsabilidade do dirigente máximo da IFE e das chefias de unidades acadêmicas e administrativas em conjunto com a unidade de gestão de pessoas. (art.5,§1o). É a unidade de gestão de pessoas deverá assumir o gerenciamento dos programas vinculados ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. (art.5§ 2o). Dessa forma, na UFSCar, as unidades administrativas relacionadas diretamente com o desenvolvimento do servidor é a Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH), Pró-Reitoria de Extensão (ProEx), Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) e a própria Reitoria. O Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira está vinculado ao Plano de Desenvolvimento Institucional de cada IFES (PDI) e deverá conter (art.24 da Lei 11.091/05): I – dimensionamento das necessidades institucionais, com definição de modelos de alocação de vagas que contemplem a diversidade da instituição; II – Programa de Capacitação e Aperfeiçoamento; III – Programa de Avaliação de Desempenho. Pela Lei no 11.091/05 o Plano de Carreira do técnico-administrativo em educação está estruturado em 5 níveis de classificação A, B,C,D,E, com 4 níveis de capacitação cada. Nesse contexto, o nível de classificação diz respeito ao conjunto de cargos de mesma hierarquia, classificados a partir do requisito de escolaridade, nível de responsabilidade, conhecimentos, habilidades específicas, formação especializada, experiência, risco e esforço físico para o desempenho de suas funções. (art. 5, II). Já o nível da capacitação se refere à posição do servidor na Matriz Hierárquica dos Padrões de Vencimento em decorrência da capacitação profissional para o exercício do cargo ocupado, realizada após o ingresso (art. 5, V). O Programa de Capacitação e Qualificação, em parte instituído pelo Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei nº 11.09/05, mostra a necessidade do desenvolvimento de pessoal dos setores públicos o que faz com que as Instituições promovam de maneira continuada a capacitação e qualificação de sua força de trabalho com o objetivo de formar quadros profissionais para servir aos diversos setores da instituição e sociedade. 75 11.3 A Capacitação do Servidor Técnico-Administrativo na UFSCar Com a edição da Lei n° 11.091, de 12 de janeiro de 2005, que implantou o novo Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação nas Instituições Federais de Ensino, a capacitação passou a ser valorizada no processo de desenvolvimento do servidor em sua carreira funcional. Isto porque além da progressão por mérito, estabeleceu a progressão por capacitação e o incentivo remunerado de qualificação por formação escolar. As atividades do Programa de Capacitação e Qualificação para Servidores TécnicoAdministrativos da Universidade Federal de São Carlos estão alicerçadas no PCCTAE – Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação criado pela Lei nº 11.091 de 12 de janeiro de 2005, a qual insere os Decretos de nº 5.825 de 25 de junho de 2006 e nº 5.824 de 29 de junho de 2006, cujos teores fundamentam diretrizes para elaboração do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira, para a concessão do Incentivo à Qualificação e a efetivação da progressão por nível de capacitação e por mérito dos servidores integrantes do Plano. Com base nos princípios do PDI e também no Decreto nº 5.707, de 23/02/2006 a UFSCar aprovou o Plano de Capacitação e Qualificação para os servidores técnicoadministrativos, que tem por finalidade estabelecer as diretrizes e os procedimentos pedagógicos para as ações destinadas a incentivar e promover o desenvolvimento do servidor como profissional e como cidadão. O Decreto nº 5.707, de 23/02/2006 que institui a Política Nacional de Capacitação dos Servidores para a Administração Pública Federal direta, autárquica e funcional e coloca no foco das prioridades do governo, o desenvolvimento de competências em toda a administração pública. O Programa foi implementado através duas frentes que se complementam: Capacitação e Qualificação dos servidores do quadro. - Capacitação - Esta linha aborda aspectos técnicos e comportamentais, com ações formais e não formais que contribuam para o aprimoramento dos conhecimentos, habilidades e atitudes do servidor em relação ao trabalho e às relações interpessoais. Estas ações são desenvolvidas através de 5 Eixos de Capacitação: Língua Portuguesa, Idiomas, Informática, Gestão e, Valorização do Servidor, todos oferecidos em módulos, através de áreas específicas da Universidade ou, em alguns casos, realizadas por Instituições externas. 76 - Qualificação -Visa atender os servidores que desejam ter acesso a mais um grau em sua escolaridade. São cursos de Educação Formal, ou seja, formação escolar obtida nos níveis de ensino fundamental, médio, graduação e pós-graduação (lato e stricto sensu). Os cursos a serem desenvolvidos podem ser presenciais ou à distância. São propostos, nessa linha de desenvolvimento: - Eixo voltado para Educação de Jovens e Adultos nos níveis do ensino fundamental e médio; - Eixo para a implantação de uma graduação para a formação técnica específica, necessária às ambiências organizacionais pertinentes; - Eixo de oferecimento de cursos e mecanismos incentivadores à participação dos servidores em cursos de pós-graduação (lato e stricto-sensu) na UFSCar. Dessa forma o Programa de Capacitação e Qualificação para servidores da UFSCar foi elaborado para atender as necessidades e especificidades profissionais de servidores técnicoadministrativos em educação, promovendo desenvolvimento de conhecimentos e habilidades necessárias ao desempenho profissional e de atitudes focadas no crescimento institucional promoção de ações de capacitação e de desenvolvimento pessoal sistemático e continuado, otimizando assim, os recursos humanos e orçamentários disponíveis na Instituição10. Compete ao Departamento de Desenvolvimento de Pessoal (DeDP) da Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH), através da sua Seção de Treinamento e Avaliação (SeAT) o gerenciamento do Programa de Capacitação, coordenando o desenvolvimento, a elaboração, execução e coordenação da Programação das Atividades de Capacitação e Qualificação. 11.3.1 Iniciativas da UFSCar para Qualificação de seus Servidores Técnicos- Administrativos Com a valorização e aperfeiçoamento do servidor público, as instituições federais buscam a melhoria contínua, a melhoria dos resultados, o melhor aproveitamento de recursos, otimização do tempo e dos recursos e das habilidades das pessoas, melhorias no fluxo de informações, redução do tempo nos ciclos de processos. Para isso, no caso de servidores técnico-administrativos, é necessário sua capacitação e qualificação para que seu preparo e 10 Programa de Capacitação e Qualificação para Servidores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos 2010. Fonte: SRH 77 conhecimentos sejam aplicados em sua rotina, contribuindo para uma administração mais eficiente. Nesse sentido, a UFSCar no que se refere à qualificação do servidor, possui alguns mecanismos de incentivo: Oferta de cursos de Educação de Jovens e Adultos – EJA- Ensino Médio, em São Carlos, para os servidores que não concluíram a escola básica, possam concluir e obter seu certificado de conclusão de 2º Grau (Ensino Médio). A organização da oferta dos cursos é uma iniciativa da Secretaria Geral de Recursos Humanos da UFSCar (SGRH) em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão. Pós-graduação lato-sensu, em nível de especialização - de acordo com a Deliberação da Câmara de Extensão, nº 016/2002, os departamentos que oferecem cursos de especialização, extensão e outros, devem reservar 5% das vagas oferecidas aos servidores interessados. Cada Departamento estabelece os critérios para a seleção. Curso de Gestão Pública oferecido pela SRH, voltado para os servidores técnicos – administrativos: a primeira turma, com 45 alunos, teve início em 2008 e é voltado exclusivamente para os servidores TAs da UFSCar. Entre os objetivos do curso destacam-se: proporcionar uma visão geral da gestão de instituições públicas; desenvolver capacidades de identificação, caracterização, análise e resolução de problemas organizacionais próprios de instituições públicas, em particular alguns dos existentes na UFSCar; desenvolver capacidades de trabalho em equipe, comunicação e liderança; e propiciar a aquisição de conhecimentos e instrumentos de gestão que contribuam para a elevação dos padrões de eficiência da gestão pública no atendimento às necessidades dos cidadãos. Auxílio à Capacitação do Servidor (Ato ProPG nº 07 /09): O servidor docente ou TA afastado para cursar pós-graduação fora da sede, tem suas despesas de viagem ressarcidas. Afastamento para capacitação do servidor: Pela Portaria GR 432/90 o servidor docente e TA tem direito ao afastamento de suas funções para capacitar-se em cursos de pósgraduação, sem perda de seus vencimentos. 78 Para reforçar ainda mais essas medidas de incentivo à qualificação, este trabalho sugere a reserva de vagas para servidores TAs nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar. Atualmente, várias universidades oferecem a reserva de vagas como meio de acesso facilitado para alguns grupos de candidatos, como é o caso da graduação. Na pós–graduação a reserva de vagas para servidores pode ser observada em algumas universidades, mas ainda merece atenção por parte dos dirigentes das IFES. As chamadas cotas são carteiras destinadas a determinados segmentos sociais definidos pela instituição de ensino. 11.3.2 Programa de Apoio à Capacitação do Servidor O alto índice de qualificação dos docentes da UFSCar sempre foi, ao mesmo tempo, um princípio de atuação e uma marca pela qual a Instituição é reconhecida. Do corpo docente da Universidade 9,81% são mestres e 91% são doutores. Em relação aos seus recursos humanos, a UFSCar tem uma política voltada à capacitação de seus servidores, visando sua valorização e desenvolvimento, sendo um dos seus princípios de atuação. Com o objetivo de aprimorar ainda mais esses índices, em 2005 foi implantado o Programa de Apoio à Capacitação dos Servidores da UFSCar, para incentivar e apoiar a capacitação de todos os servidores. Esse Programa foi destinado a servidores docentes e técnico- administrativos, oferecendo custeio de despesas de deslocamento e estadia. O servidor deve estar matriculado em um curso de pós-graduação stricto sensu em instituição fora da cidade em que trabalha, além de ter requerido seu afastamento parcial. O Programa de apoio à Capacitação do servidor é gerido atualmente pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG). O auxilio à capacitação do servidor é um benefício concedido aos servidores da UFSCar para freqüentarem cursos de mestrado e doutorado. O Ato ProPG Nº 07/2009, de 26 de fevereiro de 2009, que se encontra no Anexo 1ao final deste trabalho, dispõe sobre normas para implementação do Programa de Apoio à Capacitação de Servidores da UFSCar, decorreu do Parecer nº 1072, de 12 de agosto de 2005, da CANOA (Comissão para Assuntos de Natureza Orçamentária e Administrativa do Conselho Universitário da UFSCar), que aprovou a criação desse Programa de apoio. 79 O Programa apóia servidores da UFSCar, docentes ou técnico-administrativos, que estiverem regularmente matriculados em curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) em instituição fora da cidade em que se localiza o respectivo campus da UFSCar em que os mesmos estejam lotados e que freqüentem o curso em regime de afastamento parcial, devidamente aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação (Portaria 432/90). Excepcionalmente, poderá receber apoio servidor em regime de afastamento integral devidamente aprovado, que não usufrua bolsa, correspondendo este apoio a 80 %, no máximo, ao do valor concedido ao servidor em regime de afastamento parcial. Esse apoio dado pelo Programa tem como objetivo auxiliar o custeio de despesas de deslocamento/estadia, devidamente comprovados, podendo compreender: a) a concessão de diária (s) ou ressarcimento de despesas com hospedagem e refeições; b) ressarcimento de despesas com passagens de ônibus ou combustível e pedágios, até valor máximo semestral fixado em função da distância entre a cidade em que o servidor se capacita e a do campus da UFSCar em que o servidor está lotado. Para usufruir do auxílio, o servidor deverá estar afastado de suas funções. O processo de afastamento deve ser aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação (CoPG). Em formulário próprio, o servidor encaminha mensalmente à Pro-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) seus comprovantes para ressarcimento. Segundo cadastrados da ProPG , no ano de 2009, 15 servidores realizaram pósgraduação fora da sede da UFSCar, com processo de afastamento regularizado, e que receberam este auxílio. Porém o número de servidores que realizaram ou realizam pósgraduação fora da sede, é superior a este número, já que muitos não solicitaram o auxílio capacitação. Foram gastos em 2009, R$ 17.258,05 em ressarcimentos e despesas com viagens. Já no primeiro semestre de 2010, subiu para 17 o número de servidores que solicitaram à ProPG o apoio à capacitação. Foram gastos nesse semestre a quantia de R$ 11.517,05 com este auxílio. Este auxílio representa um incentivo ao servidor que deseja fazer o curso de pósgraduação fora da UFSCar. Atualmente, cabe à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) o gerenciamento do Programa. 11.4 Iniciativas de Qualificação do Servidor encontradas nas Universidades Federais 80 Em pesquisa feita com outras universidades federais pode-se perceber que várias delas possuem uma política de incentivo para a capacitação dos servidores TAs , dando incentivo aos servidores para cursar pós-graduação. Das 32 universidades consultadas, 19 responderam, demonstrando a intenção de valorizar a categoria Algumas iniciativas de qualificação dos servidores TAs são descritas abaixo: Universidade Federal do Rio Grande do Norte – A universidade oferece cursos de especialização em diversas áreas e reserva de vagas para servidores efetivos e ativos do quadro da UFRN em cada curso. Universidade Federal do Amapá – A universidade oferece o Curso de Preparação para Pós-Graduação de 90h, tendo como público-alvo os servidores graduados de qualquer setor de atividade. Os módulos são: Inglês Instrumental, Metodologia da Pesquisa Científica e Elaboração de Projetos de Pesquisa. Universidade Federal de Pernambuco - A universidade organiza, semestralmente, cursos de capacitação e qualificação para os servidores técnico-administrativos em educação da UFPE. No nível de pós-graduação lato sensu, foi oferecido o Curso de Especialização em Gestão Pública, com a participação de 50 servidores. Atualmente é oferecido o Curso de MBA Executivo em Gestão e Liderança Universitária para os servidores. Universidade Federal do Ceará - A UFC desde 2004 oferece um curso de pós- graduação lato sensu sem ônus para os seus servidores. O curso de Especialização em Gestão Universitária- GUNI, tem carga horária de 432 h/a, e já tem 4 (quatro) turmas finalizadas. A última encontra-se em fase de elaboração de monografias. O objetivo desse curso é capacitar técnicos e docentes para a função de gestão. Além do GUNI há também um curso de Mestrado Profissional em Políticas Públicas e Gestão da Educação Superior - POLEDUC, com carga horária de 480h/a. Este curso recebe, além dos servidores da UFC, servidores de outras IFES e IES. Os servidores de IES, particulares, são pagantes já os das IFES fazem o curso sem ônus. Outro tipo de incentivo da UFC à pós-graduação é com base na Portaria17/2006, assinada pelo Reitor Renê Barreira, que ao regulamentar a oferta de cursos de pós-graduação, estabeleceu 10 (dez)% das vagas de todos os cursos de pós-graduação lato sensu para os servidores classificados nos processos seletivos e sem ônus para os mesmos. 81 Universidade Federal da Paraíba - No que diz respeito à qualificação dos servidores, a UFPB oferece: - Duas especializações lato sensu aos servidores (Língua Portuguesa e Política e Gestão Universitária) e mais dois projetos estão em andamento (Gestão Educacional e Gestão de Pessoas). - Na pós stricto sensu, são disponibilizadas aos servidores de 03 a 10 vagas por mestrado ou doutorado da instituição, mas nem todos os programas de pós-graduação aderiram. - A UFPB também realiza 2 vestibulares especiais com vagas destinadas aos servidores. Universidade Federal de Alagoas – A UFAl oferece cursos de Especialização em Gestão de Desenvolvimento Universitário e Especialização em Vigilância à Saúde para seus servidores em 2010. Universidade Federal de Campina Grande – Oferece o Curso de Especialização em Gestão e Administração Pública, destinado a capacitação de servidores técnicoadministrativos do quadro efetivo da UFCG Universidade Federal da Bahia – A UFBA oferece o curso de especialização lato sensu em Gestão Universitária para seus servidores, de responsabilidade da Escola de Administração da UFBA. Universidade Federal de Goiás - A UFG possui o programa PRO QUALIFICAR, que é um benefício concedido para graduação e pós-graduação do servidor. Trata-se de um programa de incentivo divulgado em toda a Instituição que tem como objetivo subsidiar com um valor máximo de R$200,00 (duzentos reais) no pagamento das mensalidades. Neste programa, o servidor para fazer parte, precisa atender a determinados requisitos como justificativa da chefia para a qualificação do servidor, fazer parte do Planejamento, mais tempo de serviço na Instituição, idade, e se comprometer a contrapartida de continuidade em atividade por tempo igual ao que recebeu o auxílio. A qualificação motivadora do pedido da Licença deve estar prevista no Planejamento da Unidade ou Órgão, para que a licença seja concedida. Universidade Federal do Rio de Janeiro – mediante análise de processo, a UFRJ oferece bolsas para seus servidores em seus cursos de pós-graduação e oferece apoio financeiro para os servidores que desejam cursar pós-graduação em outras instituições. 82 Universidade Federal Fluminense – A universidade reserva 10% das vagas nos cursos de especialização, MBA e também 10% das vagas nos cursos de mestrado e doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais – a UFMG tem o incentivo em forma de Bolsa, para os cursos de Especialização ministrados pela UFMG. Para os demais cursos de pós-graduação ainda não há incentivo. Em relação à graduação, a UFMG possui o Programa de Bolsa de Ensino Superior que oferece ajuda financeira para servidores efetivos da UFMG que cursam o ensino superior. Pelo Programa, os servidores que estudam em instituições privadas recebem bolsa no valor de R$120,00 por mês. Também há o Programa de Bolsa Pré-Vestibular, onde são ofertadas 80 bolsas para técnicos-administrativos no valor mensal de até R$130,00 para auxiliar no custeio de mensalidades em cursinhos preparatórios, mais uma parcela de até R$130,00 para o pagamento da inscrição no vestibular. Os incentivos são os previstos no Plano de carreira. Universidade Federal de São João Del Rei – A universidade incentiva os seus servidores a fazer cursos gratuitos de especialização, na modalidade à distância em: Gestão Pública;Gestão Pública Municipal; Gestão Pública em Saúde, oferecidos pela Faculdade de Gestão e Negócios - FAGEN da Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Universidade Federal de Juiz de Fora - A Pro-Reitoria de Recursos Humanos da UFJF -PRORH é bem atuante nesse sentido, tendo um trabalho referente à capacitação do servidor apresentado em Brasília, em março desse ano, como uma das melhores iniciativas de gestão de RH entre órgãos públicos. Em relação à qualificação na UFJF 10% (dez por cento) das vagas de toda pós-graduação lato-sensu é direcionada gratuitamente aos servidores (TAEs ou docentes). Há também reserva de vagas no mestrado profissional em Educação. Quanto à graduação a universidade oferece isenção da taxa do vestibular para seus servidores e graduação em administração a distância em um projeto piloto destinado aos TAEs. Há ainda o ensino supletivo em uma unidade acadêmica e cursinho popular. Universidade Federal do Paraná -A universidade oferece aos servidores o curso de Especialização em Gestão Pública cujo objetivo é oferecer subsídios de gestão pública para a qualificação de servidores da UFPR. Este curso é voltado apenas para os servidores e tem três linhas de pesquisa. 83 A universidade ainda reserva 10% das vagas para seus servidores nos demais cursos de especialização. Em cursos de mestrado e doutorado, são reservadas 5% das vagas para os servidores. A UFPR informou que uma proposta de Mestrado Profissionalizante em Administração já foi enviada para aprovação na CAPES. Espera-se o resultado para discussão no Conselho. Universidade Federal de Santa Catarina - A UFSC oferece cursos de especialização e reserva 02 bolsas em cada curso para os servidores. A universidade ainda oferta o curso de mestrado profissional em Administração Universitária, onde a experiência do servidor é usada como critério de seleção. O processo seletivo é composto em duas etapas. A primeira se constitui de provas de conhecimentos e análise de currículos, onde são pontuados a produção científica ou a experiência em Educação Superior, sendo atribuído 1 ponto para cada ano de experiência em cargo regular, e 2 pontos por ano por cargo de chefia. A segunda etapa se constitui em análise preliminar do anteprojeto e sua argüição. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – A UFRS possui cursos de especialização em diversas áreas, inclusive em Administração, Economia, Direito e Educação. São concedidas isenções nos valores dos cursos para servidores. Há um limite para essas vagas. A universidade também possui mestrado profissional em Administração, mas até o momento não foi criado um Mestrado para os servidores, nem há reserva de vagas. Universidade Federal de Pelotas – A universidade oferece bolsas para servidores no curso de graduação de Tecnólogo em Gestão Pública. Este curso integra o Programa de Capacitação dos Servidores Técnico-Administrativos da UFPel e é oferecido pela Pró-Reitoria de Gestão de Recursos Humanos e Faculdade de Administração, em parceria com o IFSul. São 45 vagas, sendo 15 vagas reservadas para a UFPEL, 15 para o IFSul e 15 para a Comunidade em geral. Universidade Federal de Santa Maria – A UFSM possui o curso de mestrado em Administração que oferece 05 vagas para servidores. O edital sai todos os anos na página da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. São vagas a mais que o curso oferece. Não há bolsa nem ajuda de custo para pós-graduação. 84 11.5 Progressão Funcional do Servidor Técnico-Administrativo da UFSCar Progressão Funcional é a passagem do servidor para nível ou classe superior na mesma Categoria Funcional, sendo que o nível se define como a posição dentro da Categoria Funcional, ou de uma de suas classes, que permite identificar a situação do ocupante na estrutura hierárquica e da remuneração da Instituição Federal de Ensino (IFE). O desenvolvimento do servidor na carreira ocorre exclusivamente com a mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante Progressão por Mérito Profissional ou Progressão por Capacitação Profissional. 11.5.1 Progressão Funcional por Capacitação Progressão por Capacitação Profissional é a mudança de nível de capacitação, no mesmo cargo e nível de classificação, decorrente da obtenção de certificação em Programa de capacitação, compatível com o cargo ocupado, o ambiente organizacional e a carga horária mínima exigida. (art. 10, § 1 º da Lei 11.091/05). Para que essa mudança de nível ocorra, é necessário respeitar o insterstício de 18 meses. A progressão funcional do servidor técnico-administrativo, seja por mérito ou por capacitação profissional, é regida pela Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005 – PPCCTAE, que estabelece as diretrizes para a elaboração do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituído em cada Instituição Federal de Ensino - IFE vinculada ao Ministério da Educação. Conforme parágrafo 1º do Art. 10 da Lei nº 11.091/05, o servidor técnicoadministrativo terá direito a Progressão por Capacitação Profissional após 18 meses de ingresso (a contar da data de efetivo exercício) na Instituição, ou após 18 meses da última progressão por capacitação. O curso de capacitação realizado deverá, necessariamente, ter iniciado após o ingresso do servidor na UFSCar. Deverá também ser compatível com o ambiente organizacional e com o cargo ocupado, respeitando a carga horária mínima. Os servidores podem optar em fazer cursos fora da UFSCar ou optar pelos cursos oferecidos pela SRH, constantes do Programa de Capacitação. Outra opção são os cursos realizados pela ENAP (Escola Nacional de Administração Pública), nas modalidades à 85 distância e presenciais, onde a UFSCar valida os cursos realizados em módulos. No caso de curso ofertado em módulos, o certificado final deverá conter, além da carga horária de cada módulo, o número total de horas. A progressão na carreira do servidor, além de proporcionar aumento salarial, no caso de progressão por capacitação, objetiva principalmente o seu desenvolvimento na carreira. O Decreto n. 5.825/2006 que estabelece as diretrizes para elaboração do Plano de Desenvolvimento dos Integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, traz que o desenvolvimento é um processo continuado que visa ampliar os conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu desempenho funcional no cumprimento dos objetivos institucionais, executando atividades e cumprindo metas previamente pactuadas entre o ocupante da carreira e a IFE, com vistas ao alcance de objetivos institucionais (art. 3, inc. I,). 11.5.1.1 Progressão Funcional por Titulação É o crescimento funcional do servidor na carreira, proveniente da obtenção de novos títulos em cursos ou treinamentos que contribuam para a melhoria da sua performance profissional. Para obtenção da Progressão por Titulação, o servidor deve ter sido habilitado em curso de educação formal que exceda a exigência de escolaridade para o cargo ocupado ou, se ocupante de cargo de Nível Auxiliar ou Intermediário, em treinamento que tenha estrita correlação com as atividades exercidas no cargo. O servidor deverá entrar com o pedido de progressão funcional diretamente na SRH, através de formulário próprio juntamente com seu título. Para que o servidor faça jus a Progressão pela Titulação, é necessário que ele conclua cursos de educação formal superior ao exigido para o cargo de que é titular. Apresentando o Diploma ou certificado de conclusão de curso, o servidor terá direito ao Incentivo à Qualificação na forma do Anexo IV da Lei n.11.091/05. 11.5.1.2 Adicional de Incentivo à Qualificação do Servidor 86 O inciso V do artigo 3º do Decreto n. 5.825/2006 define qualificação como um processo de aprendizagem baseado em ações de educação formal, por meio do qual o servidor adquire conhecimentos e habilidades, tendo em vista o planejamento institucional e o desenvolvimento do servidor na carreira. E educação formal se traduz na educação oferecida pelos sistemas formais de ensino, por meio de instituições públicas ou privadas, nos diferentes níveis da educação brasileira, entendidos como educação básica e educação superior (art. 3 º, inc. III). Além da progressão profissional, o plano de carreira do servidor técnico-administrativo oferece um incentivo ao servidor que possui educação formal que é o Incentivo à Qualificação. O servidor técnico-administrativo poderá progredir na carreira se concluir os cursos de educação formal superior excedente ao requisito do cargo de que é titular, podendo ser graduação ou pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado). O incentivo à qualificação dos servidores técnicos-administrativos é o percentual calculado sobre o padrão de vencimento percebido pelo servidor que possuir educação formal superior ao exigido para o cargo de que é titular. Para isso é necessário a obtenção de diploma/certificado de educação formal, quando excederem a exigência de escolaridade mínima para o cargo do qual o servidor é titular. Esse incentivo terá a base percentual calculada sobre o padrão de vencimento percebido pelo servidor. Os percentuais do Incentivo à Qualificação não são acumuláveis e serão incorporados aos respectivos proventos de aposentadoria e pensão integrando quando os certificados dos cursos considerados para a sua concessão tiverem sido obtidos até a data que se deu a aposentadoria ou instituição e pensão. O adicional por incentivo à qualificação é regulado de acordo com o artigo 12 da Lei nº 11.091/05, com nova redação dada pelo art. 12 da Lei nº 11.784/2008 e Decreto nº 5.824 de 29.06.2006, que estabelece os procedimentos para a concessão do Incentivo à Qualificação e para a efetivação do enquadramento por nível de capacitação dos servidores integrantes do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituído pela Lei no 11.091. Para efeitos de progressão por capacitação e/ou incentivo à qualificação o curso deverá ter correlação com as atividades desenvolvidas no ambiente organizacional do servidor. A Lei no 11.09/05, em seu Anexo III. define as áreas de conhecimento dos cursos de educação formal diretamente relacionados a cada um dos ambientes organizacionais. Assim, os cursos 87 concluídos pelos servidores poderão ter ou não relação direta com a àrea de conhecimento. A aquisição de título em área de conhecimento com relação direta ao ambiente organizacional de atuação do servidor ensejará maior percentual na fixação do Incentivo, do que em área de conhecimento com relação indireta. (art. 12, I). Em relação aos certifficados de ensino fundamental e ensino médio, quando excederem a exigência de escolaridade mínima para o cargo do qual o servidor é titular, será considerada como conhecimento relacionado diretamente ao ambiente organizacional, para efeito de pagamento do Incentivo à Qualificação.(art.12, II). O Incentivo à Qualificação terá por base percentual calculado sobre o padrão de vencimento percebido pelo servidor, na forma do Anexo IV da Lei 11.091.. O benefício é pago em percentuais, fixados na tabela, que podem variar de 5% a 75%. A tabela 1 se refere ao anexo IV da Lei no 11.0910/05 que traz os percentuais de Incentivo à Qualificação do servidor, nos casos de relação direta e indireta com a área de conhecimento: TABELA DE PERCENTUAIS DE INCENTIVO À QUALIFICAÇÃO Tabela 1 : Tabela de Percentuais de Incentivo à Qualificação Nível de Classificação A B Percentuais de incentivo Nível de escolaridade formal superior ao previsto para o Área de conhecimento Área de conhecimento exercício do cargo (*) com relação direta com relação indireta Ensino fundamental completo 10% Ensino médio completo 15% Ensino médio profissionalizante ou ensino médio com curso técnico completo ou título de educação formal de 20% 10% maior grau Ensino fundamental completo 5% Ensino médio completo 10% Ensino médio profissionalizante ou ensino médio com curso técnico completo 15% 10% Curso de graduação completo 20% 15% Ensino fundamental completo 5% - 88 C D E Ensino médio completo 8% - Ensino médio com curso técnico completo 10% 5% Curso de graduação completo 15% 10% Especialização, superior ou igual a 360 h 27% 20% Ensino médio completo Curso de graduação completo Especialização, superior ou igual a 360h Mestrado ou título de educação formal de maior grau Especialização, superior ou igual a 360 h 8% 10% 27% 52% 27% 5% 20% 35% 20% Mestrado 52% 35% Doutorado 75% 50% (*) Curso reconhecido pelo Ministério da Educação Fonte: Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005 Fundamentação: Arts. 11 e 12 da Lei nº 11.091, de 12.1.2005 Art.1º do Decreto nº 5.824, de 29.06.2006 Art.12 e 17 da MP nº 431 de 14.05.2008 11.5.1.3 Tramitação A implantação do Incentivo à Qualificação se dá com base na relação dos servidores habilitados onde os títulos, a qualquer tempo, podem ser apresentados diretamente à Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH). O Incentivo à Qualificação, correspondente a um percentual calculado sobre o vencimento básico, deverá ser requerido pelo servidor, em Formulário próprio ao qual deverá ser anexado o certificado ou diploma de educação formal em nível superior ao exigido para ingresso no cargo de que é titular, de acordo com os procedimentos previstos pela SRH e disponibilizados no de Capacitação, Qualificação e Avaliação. As cópias autenticadas ou com fé pública do certificado de conclusão do curso (no caso de especialização) ou diploma registrado (nos casos de mestrado e doutorado), deverão ser registrados pela Instituição que ministrou o curso e entregues na SRH. Caso o diploma não tenha sido emitido, é aceito o comprovante de homologação da defesa pela última instância competente da Instituição onde foi obtido o título. 89 Os cursos que tenham relação direta com o cargo do servidor deverão ter sua validade reconhecida pela SRH, para efeito da progressão por titulação. Caberá a SRH como unidade de gestão de pessoas, certificar se o curso concluído é direta ou indiretamente relacionado com o ambiente organizacional de atuação do servidor, no prazo de trinta dias após a data de entrada do requerimento devidamente instruído. 11.5.2 Progressão Funcional por Mérito A Progressão por Mérito Profissional é a mudança para o padrão de vencimento imediatamente subseqüente, a cada 18 meses de efetivo exercício, desde que o servidor apresente resultado fixado em programa de avaliação, observado o respectivo nível de capacitação. (art. 10 § 2 Lei 11.095/05). A progressão funcional por mérito terá por base a avaliação de desempenho a ser realizada de acordo com as normas elaboradas pelo órgão de Recursos Humanos e aprovada pelo Conselho Superior competente da IFE. Para este trabalho interessa a progressão funcional por titulação. 11.6 Progressão Funcional do Servidor Docente da UFSCar Segundo o artigo 16 do Anexo ao Decreto nº 94.664 de 23.07.87, a progressão nas carreiras do Magistério poderá ocorrer, exclusivamente por titulação e desempenho acadêmico, nos termos das normas regulamentares a serem expedidas pelo Ministro de Estado da Educação: I. de um nível para outro, imediatamente superior, dentro da mesma classe, feita após o cumprimento, pelo docente, do interstício de dois anos no nível respectivo, mediante avaliação de desempenho, ou interstício de quatro anos de atividade em órgão público. II. de uma para outra classe, exceto para a de Professor Titular. Neste caso, a progressão far-se-á sem interstício, por titulação ou mediante avaliação de desempenho acadêmico do docente que não obtiver a titulação necessária mas que esteja, no mínimo, há dois anos no nível 4 da respectiva classe ou com interstício de quatro anos de atividade em órgão público. 90 Para este trabalho, destaca-se a progressão funcional por titulação. A progressão funcional por titulação, de uma para outra classe da carreira do Magistério Superior de que trata o inciso II do art. 16° do Anexo ao Decreto n.° 94.664/87, se dá, independentemente de interstício, para o nível inicial: I. da Classe de Professor Adjunto, mediante a obtenção do título de Doutor; II. da Classe de Professor Assistente, mediante obtenção do grau de Mestre. Na carreira do Magistério de 1° e 2º graus, a progressão funcional por titulação, se dá independentemente de interstício, para o nível inicial: a) da Classe E, mediante obtenção do grau de Mestre ou título de Doutor; b) da Classe D, mediante obtenção de certificado de curso de especialização; c) da Classe C, mediante obtenção de licenciatura plena ou habilitação legal; d) da Classe B, mediante obtenção de licenciatura de 1° grau. Na UFSCar a promoção na carreira docente é regida pela Portaria GR nº 887/08, de 31 de março de 2008, que regulamenta os procedimentos para a progressão funcional por titulação e os critérios de avaliação de desempenho para progressão funcional dentro da mesma classe da carreira do Magistério Superior. O docente poderá obter a Progressão funcional por meio da Promoção vertical ou por meio da Promoção funcional dentro da mesma classe. Esta última se faz exclusivamente mediante avaliação de desempenho e se dá de um nível para outro dentro das classes de: Auxiliar, Assistente e Adjunto (art.11). Em relação a Promoção vertical, diz o art. 2º da Portaria GR 887/08 : A progressão funcional na carreira do Magistério Superior da UFSCar será autorizada pelos órgãos competentes, observadas as seguintes disposições: I – da classe de Professor Auxiliar para a de Professor Assistente, mediante obtenção do título de Mestre em Programa de Pós-Graduação “stricto sensu”; II – da classe de Professor Assistente para Professor Adjunto, mediante obtenção de título de Doutor em Programa de Pós-Graduação “stricto sensu”; 91 III – da classe de Professor Adjunto para Professor Associado, mediante avaliação de desempenho, conforme regulamentação vigente; IV – da classe de Professor Associado para Professor Titular, mediante habilitação em concurso público de provas e títulos. A Progressão funcional por titulação é a promoção do servidor docente, de uma classe para outra, se dá por Titulação e Avaliação de Desempenho. Para este trabalho interessa Progressão Funcional pela Titulação. 11.6.1 Progressão Funcional por Titulação A Progressão Funcional do docente através da Titulação é a progressão com mudança da Classe. Esta progressão acontece independentemente de interstício, para o nível inicial da Classe de Professor Assistente, mediante a apresentação do título de Mestre e para o nível inicial da Classe de Professor Adjunto, mediante a apresentação do título de Doutor. É necessário a conclusão de cursos de mestrado e doutorado. Tramitação A solicitação de progressão funcional de docente por titulação deve ser encaminhada à chefia do respectivo departamento, mediante pedido de abertura de processo, acompanhada da documentação exigida pela Portaria 887/08. O processo deverá ser encaminhado ao Conselho de Pós-Graduação (CoPG) para análise e aprovação. Uma vez apreciada e aprovada pela Câmara de Pós-Graduação, a solicitação de progressão funcional por titulação será encaminhada ao Reitor, ao qual caberá homologar a decisão do Conselho e determinar a adoção das medidas administrativas cabíveis. (art. 8º). 11.7 A Qualificação do Servidor Técnico-Administrativo e a Promoção de Docente Em relação ao tema estudado, faz-se necessário distinguir as expressões qualificação e promoção. A primeira, diz respeito à progressão que o servidor técnico-administrativo atinge quando conclui cursos de educação formal, de graduação ou pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado). Nesses casos, o servidor deve apresentar o certificado de conclusão 92 do curso na Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e lá é verificado se o curso concluído é direta ou indiretamente relacionado com o ambiente organizacional de atuação do servidor, no prazo de trinta dias após a data de entrada do requerimento devidamente instruído (art.1, § 3 Decreto 5824/06). Quanto à promoção, esta é relacionada somente aos docentes que progridem na carreira quando concluem seus cursos de mestrado e doutorado. Neste caso, está previsto na Portaria GR 887/08 que o Conselho de Pós-Graduação é que aprovará as promoções de docentes. Após a homologação do Conselho, a Reitoria emitirá um Ato aprovando a promoção do docente. 12. O Afastamento do Servidor para Capacitação Os servidores que pretendam fazer cursos de aperfeiçoamento, graduação ou pósgraduação possuem o direito ao afastamento de suas atividades. Para isso, todos os direitos e vantagens a que fizerem jus em razão do respectivo cargo ou emprego, estarão assegurados durante os períodos de afastamentos. Segundo o art. 47 do Anexo ao Decreto n° 94.664/87, o servidor Docente e TécnicoAdministrativo poderá afastar-se de suas funções, assegurados todos os direitos e vantagens a que fizer jus em razão da atividade docente: I. para aperfeiçoar-se em instituição nacional ou estrangeira; 93 II. para prestar colaboração a outra instituição de ensino ou de pesquisa; III. para comparecer a congresso ou reunião relacionados com atividades acadêmicas; IV. para participar de órgão de deliberação coletiva ou outros relacionados com as funções acadêmicas. Segundo o artigo 31 da Portaria MEC 475 de 26/08/87, esses afastamentos serão concedidos à vista do parecer do Departamento ou Unidade de Ensino correspondente, no caso de servidor docente, e da unidade de lotação no caso de servidor técnico-administrativo. O prazo de autorização para o afastamento para aperfeiçoamento em instituição nacional ou estrangeira será regulamentado pela Instituição, no caso da UFSCar pela Portaria GR 432/90 e dependerá da natureza da proposta de aperfeiçoamento, não podendo exceder, em nenhuma hipótese, o prazo de cinco anos. (art. 47, § 2º). Neste caso importará no compromisso de, ao seu retorno, o servidor permanecer, obrigatoriamente, na Instituição, por tempo igual ao do afastamento, incluídas as prorrogações, sob pena de indenização de todas as despesas. Isso também se aplica ao servidor que realizar curso de pós-graduação na Instituição a que pertença. (art. 47§ 4º). O afastamento para prestar colaboração à outra instituição de ensino ou pesquisa não poderá exceder a quatro anos, após o que o servidor perderá o cargo ou emprego na IFE de origem. (art. 47,§ 2º). Vale dizer que, para este trabalho interessa o afastamento para o servidor que deseja aperfeiçoar-se em instituições nacionais ou estrangeiras, ou seja, o afastamento para capacitação. 12.1. Afastamentos de Servidores da UFSCar Na UFSCar, tanto os docentes como os TAs devem solicitar o afastamento parcial ou total, observando o disposto na Portaria GR 432/90, de 22 de outubro de 1990, que dispõe sobre o afastamento de docentes para realização de atividades de capacitação, sempre que pretendam: I - realizar estágios de formação e aperfeiçoamento profissional; 94 II - realizar cursos de Aperfeiçoamento ou Especialização, Programas de Atualização e outros cursos similares; III - obter titulação em cursos de Mestrado e Doutorado; IV - realizar programa de Pós-Doutorado. Para desempenhar essas atividades o servidor deverá solicitar afastamento integral ou parcial das suas funções. De acordo com a Portaria GR 432/90, o afastamento integral é aquele concedido por um prazo determinado e não periódico, para que o docente este possa dedicar-se integralmente ao desenvolvimento das atividades objeto do afastamento, sendo para isso liberado de todos os seus encargos acadêmicos e administrativos junto à Universidade (art. 3°). Já o afastamento parcial, é o afastamento periódico, concedido ao docente em determinados dias da semana e por um prazo determinado, para que este possa desenvolver as atividades objeto do afastamento, sem prejuízo, no entanto, de seus encargos acadêmicos e administrativos junto à Universidade, nos dias em que não estiver afastado (art. 4°). Segundo a mesma Portaria, o afastamento integral poderá ser solicitado por um prazo de até um ano, podendo ser renovado ou prorrogado e o afastamento parcial poderá ser solicitado por um prazo de até seis meses, liberando o docente, no máximo, por períodos de até três dias por semana, podendo ser renovado ou prorrogado nos termos da Portaria. (arts. 5ºe 6 º). Com relação aos prazos para obtenção de titulação em cursos de Mestrado e Doutorado, observa-se os artigos 9º e 10º da Portaria. Diz o art. 9º que, para a obtenção de titulação em cursos de Mestrado, os afastamentos terão as seguintes durações máximas: I - 30 meses, se exclusivamente integrais; II - três anos, se integrais e parciais; III - quatro anos, se exclusivamente parciais. Art. 10º- Para a obtenção de titulação em cursos de Doutorado, os afastamentos terão as seguintes durações máximas: 95 I - quatro anos, se exclusivamente integrais; II - cinco anos, se integrais e parciais; III - seis anos, se exclusivamente parciais. O servidor não poderá pedir suspensão contratual nem demissão do cargo, após seu retorno à Universidade antes de decorrido prazo igual ao período do afastamento, incluídas as prorrogações. No caso de afastamento parcial o prazo de permanência na UFSCar será igual a soma do número de dias do meu afastamento. Dessa forma, ao término de qualquer tipo de afastamento o docente beneficiado deverá apresentar relatório de suas atividades no afastamento, de acordo com o que dispõe o Título VI da Portaria. (art. 2° § 2°). Os relatórios dos afastamentos para obter titulação (mestrado e doutorado) devem ser encaminhados semestralmente às Câmaras Departamentais, devendo ser aprovados nos Conselho do Centro respectivo e no Conselho de Pós-Graduação (CoPG). 12.2 Tramitação do Afastamento O afastamento para fins de obtenção de título de mestrado e doutorado em instituições nacionais ou estrangeiras, na UFSCar, tem início com um processo. A Portaria GR 432/90 diz que para o encaminhamento do pedido inicial de qualquer tipo de afastamento superior a trinta dias, o Departamento deverá providenciar a abertura de um processo, ao qual será anexada toda a documentação pertinente. Os relatórios desse afastamento, bem como os pedidos de renovação ou prorrogação, deverão ser anexados a esse processo (art. 29). Com o parecer do Departamento correspondente, no caso de docente, e da unidade de lotação, no caso do servidor técnico-administrativo, o processo de afastamento é caminhado à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) para análise da documentação. Após isso, deverá ser aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação (CoPG) e finalmente volta para o Departamento ou unidade a qual o servidor está lotado, onde fica arquivado. O pedido de afastamento integral ou parcial no país ou fora do país com duração superior a trinta dias, para fins de obter titulação em cursos de Mestrado e Doutorado, será 96 submetido a aprovação: da Câmara do Departamento; do Conselho Interdepartamental do Centro respectivo, e do Conselho de Pós-Graduação (arts. 31, 32 e 33). No caso de afastamentos para o exterior, o Conselho de Pós-Graduação (CoPG), após aprovação, encaminhará o pedido à Reitoria para determinação das medidas cabíveis e para encaminhamento ao MEC para a aprovação final. (art. 33, parágrafo único). Os servidores com afastamentos para aperfeiçoamento, com prazo total superior a trinta dias, deverão apresentar relatórios de afastamento, de acordo com o Anexo 5 da Portaria e deverão ser aprovados pela Câmara Departamental; pelo Conselho Interdepartamental do Centro respectivo, e pelo Conselho de Pós-Graduação. a) Afastamentos no país: O servidor docente ou TA deverá solicitar aprovação de sua saída ao Departamento ao qual estiver alocado, com o consentimento da chefia imediata. A solicitação inicial dá origem a um processo que é encaminhado para a SRH para análise das questões funcionais e após para a ProPG. Feito isto, a ProPG encaminha para a aprovação do Conselho de Pós-Graduação (CoPG). E para finalizar, é feito um Ato Administrativo e assim o processo segue para o Departamento ou unidade do servidor. b)Afastamentos para o exterior: A solicitação inicial dá origem a um processo que terá o mesmo rito do afastamento no país. O afastamento do servidor também é aprovado no CoPG quanto ao mérito e na SRH que analisará as questões funcionais. Por fim os afastamentos para o exterior deverão ser autorizados pelo Reitor, e após publicados no D.O.U. 12.3 Servidores da UFSCar afastados para Capacitação Os servidores da UFSCar podem solicitar o afastamento de suas atividades para aperfeiçoamento em instituições nacionais ou estrangeiras, sem prejuízo de seus vencimentos, devendo apresentar semestralmente os relatórios de suas atividades.Assim, para cursar pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, é necessário que os servidores solicitem o afastamento de suas atividades. Para isso, devem observar a Portaria GR 432/90, que dispõe sobre o afastamento de docentes para realização de atividades de capacitação. Atualmente os servidores TAs e docentes devem seguir a mesma Portaria. As informações contidas no Apêndice 3 referem-se aos dados coletados na ProPG. O levantamento feito no primeiro semestre de 2010, com base em dados fornecidos pela ProPG. 97 São servidores docentes e Tas afastados entre os anos de 2006 até o primeiro semestre de 2010. Observou-se que desde 2006, 103 servidores se afastaram para cursar especialização, mestrado ou doutorado. A decisão do Conselho de Pós-Graduação têm sido favorável aos afastamentos. As tabelas 2 e 3 resumem as informações contidas no Apêndice 3 ao final deste trabalho demonstrando a situação dos afastamentos para capacitação na UFSCar no período citado. Tabela 2 : Afastamentos dos servidores da UFSCar para capacitação Docente TA nível médio 01 56 04 61 12 5 0 17 Mestrado Doutorado Especialização Total T.A nível superior 14 8 3 25 Total 27 69 07 103 Fonte: Elaborado pela autora No período de 2006 até o primeiro semestre de 2010, um total de 103 servidores (TAs e docentes) se afastaram de suas atividades para cursar a Pós-Graduação Desse total, 61 são servidores docentes e 17 servidores técnico-administrativos de nível médio e 25 de nível superior, num total de 42 TAs. Observa-se que mais da metade dos servidores afastados são docentes, a grande maioria deles se afastaram para cursar o doutorado. Somente 1 docente se afastou para cursar o mestrado nesse período. Em relação aos TAs, a maioria deles se afastaram para cursar o mestrado. Dos 103 servidores, 61 são docentes e 42 são TAs de vários setores e departamentos da UFSCar, conforme gráfico 2. Docentes afastados TAs afastados Situação em 06/2010 61 42 98 Gráfico 1: Servidores afastados para capacitação Fonte: Elaborado pela autora Observa-se que a maioria dos servidores afastados para capacitação nesse período é composta por docentes. Tabela 3: Afastamentos para capacitação por ano Ano do afastamento 2006 2007 2008 2009 2010 (1 sem) Docentes 05 06 08 41 25 TAs 01 04 03 22 31 Total 06 10 11 63 56 146* *Este valor se refere aos novos afastamentos e renovações dos pedidos de afastamentos. Fonte: Elaborado pela autora Observa-se que a partir de 2009 houve uma crescente procura dos servidores docentes e TAs pelo afastamento para capacitação na UFSCar. Antes de 2006, poucos servidores se afastaram. Em 2009, 41 docentes estiveram afastados para capacitação. Já em 2010, os servidores que mais se afastaram para cursar a Pós-Graduação foram os TAs. No período houve 43 pedidos de renovações de afastamentos. 99 Gráfico 2: Afastamentos para capacitação por ano Fonte: Elaborado pela autora Percebe-se que no ano de 2009 mais servidores se afastaram de suas funções em busca da capacitação. 12.3.1 Características dos Servidores afastados Entre os servidores afastados há docentes, TAs de nível médio e superior. Dentre eles, os docentes são os que mais se afastaram para capacitação no período, seguidos pelos TAs de nível superior. Docentes 61 TA nível médio 17 T.A nível superior 25 Total 103 100 Gráfico 3: Características dos servidores afastados para capacitação Fonte: Elaborado pela autora Os docentes ainda lideram os afastamentos para capacitação, seguidos pelos TAs de nível superior. Pelo gráfico 3 observa-se também que nesse período muitos TAs de nível médio buscam o afastamento pra capacitação. 12.3.2 Cursos de Pós-Graduação freqüentados pelos Servidores Entre os anos de 2006 até o primeiro semestre de 2010, 103 servidores docentes e técnicos-administrativos de nível médio e superior, estiveram afastados de suas atividades, para cursarem pós-graduação. Desse total, 07 servidores se afastaram para cursar especialização, 27 para cursar mestrado e 69 para doutorado. Observou-se que a maioria dos servidores são docentes afastados para cursar doutorado. Os gráficos 4 e 5 foram elaborados de acordo com Apêndice 3 e demonstram a situação: Servidores afastados para cursar especialização Servidores afastados para cursar Mestrado Servidores afastados para cursar Doutorado Situação em 06/2010 07 27 69 101 Gráfico 4: Cursos de Pós-Graduação freqüentados pelos servidores Fonte: Elaborado pela autora O gráfico 4 demonstra que a maioria dos servidores afastados são docentes cujo objetivo é cursar o doutorado. 12.3.3 Universidades escolhidas para cursar Pós-Graduação Do total de 103 servidores afastados no período, 47 servidores cursam ou cursaram os Programas da UFSCar, 26 servidores escolheram a USP, 11 servidores escolheram a UNICAMP para fazer a pós-graduação, 9 servidores escolheram a UNESP e 10 servidores se matricularam em outras universidades. A USP foi a segunda instituição mais procurada pelos servidores, tendo em São Carlos 10 servidores e a USP de São Paulo com 11 servidores. Segue gráfico 5 para ilustração: 102 Gráfico 5: Universidades escolhidas para cursar pós-graduação Fonte: Elaborado pela autora A UFSCar ainda é a universidade mais procurada pelos servidores docentes e TAs para cursar pós-graduação. Em seguida a USP foi a universidade mais procurada. 103 Os Servidores da UFSCar e a Pós-Graduação 13. Atualmente muitos servidores da UFSCar tem procurado a pós-graduação com os objetivos, principalmente de progressão na carreira, crescimento profissional e também pessoal. Para este trabalho, foi necessário fazer um levantamento de dados em relação ao nível de escolaridade dos servidores e assim chegou-se a alguns resultados conforme as tabelas e gráficos a seguir. As informações foram coletadas na SRH e na ProPG e nos PPGs e com isso procurou-se demonstrar a atual situação dos servidores na pós-graduação. A seguir, estudo feito com base em informações sobre esses servidores: 13.1 Situação dos Servidores Docentes Atualmente a UFSCar conta com um total de 974 docentes, incluindo os docentes de ensino básico, técnico e tecnológico. Desse total, 77 possuem curso de Mestrado e 884 com curso de Doutorado. Mestrado 77 Doutorado 884 Total 961* *Situação em 31/07/10 Gráfico 6: Docentes com pós-graduação Fonte: Elaborado pela autora 104 Observa-se que quase a totalidade dos docentes da UFSCar possuem o doutorado. 13.2 Situação dos Servidores Técnicos-Administrativos A UFSCar conta hoje com 868 TAs distribuídos entre os níveis de apoio (classes A e B), nível médio (classes C e D) e nível superior (classe E). Há 113 servidores no nível de apoio, 565 servidores de nível médio e 190 servidores de nível superior. No total são 372 pessoas com graduação, 147 com especialização, 54 com mestrado e 25 técnicos já possuem o doutorado. A tabela 4 demonstra os níveis de escolaridade desses servidores. Tabela 4: Situação dos Servidores Técnicos-Administrativos Servidores Total de Servidores* Graduação Especialização Mestrado Doutorado Técnico Administrativo de Nível de Apoio (classes A e B) 113 0 0 0 0 Técnico Administrativo Nível Médio (classes C e D) 565 182 72 20 06 Técnico Administrativo Nível Superior (classe E) 190 190 75 34 19 Total 868 372 147 54 25 * Situação em 31.07.2010 Fonte: Elaborado pela autora 13.3 Escolaridade dos Servidores Técnicos Administrativos Observou-se que uma boa parte dos TAs de nível médio aproxima-se da escolaridade dos técnicos de nível superior, em relação aos cursos de graduação, especialização e mestrado. Dos 565 TAs de nível médio, 182 possuem curso de graduação, 72 possuem especialização e 20 possuem mestrado. Esses números aproximam-se dos 190 TAs com nível superior, 75 com especialização e 34 com mestrado. Em relação ao doutorado, a grande 105 maioria é composta por TA de nível superior. Por outro lado, observa-se que nenhum servidor de nível de apoio possui graduação. O gráfico 7 representa essa relação: Gráfico 7: Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos Fonte: Elaborado pela autora Atualmente a UFSCar conta com um total de 868 TAs de nível de apoio, médio e superior11. Sendo a graduação pré-requisito para o acesso à pós-graduação, verifica-se que dos 868 técnicos, 372 possuem graduação. Dessas 372 pessoas 54 já concluíram o curso de mestrado e 25 já concluíram o curso de doutorado. Conclui-se que desse número, restam 318 pessoas aptas para o mestrado e 25 aptas a fazer o doutorado, não considerando o doutorado direto. Tabela 5: Escolaridade dos Servidores Técnicos-Administrativos Servidores Total Possuem Graduação Possuem Mestrado Técnicos -Administrativo s 868 372 54 11 Segundo informações fornecidas pela SRH em 31/07/10. Não Possuem Mestrado 318 Possuem Doutorado 25 Não Possuem Doutorado 29 106 Fonte: Elaborado pela autora 13.4 Alunos -Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar O quadro 2 foi elaborado de acordo com as informações levantadas com os 33 Programas de Pós-Graduação existentes na UFSCar. Tratou-se de levantar quantos servidores, entre docentes e técnicos-administrativos, frequentam ou já frequentaram esses Programas. Foram consideradas as informações desde o ano de 2006 até o primeiro semestre de 2010. 107 Programa Nome do servidor Docente ou T.A Setor da UFSCar T.A. SE /CCA T.A. CCA T.A. DBV PPGAeA Mestrado acadêmico, doutorado ou mestrado profissional Não há alunos servidores Mestrado Acadêmico Ano de ingresso Ano de conclusão Desistência 2007 2010 Não Mestrado Acadêmico 2010 2012 Não Mestrado Acadêmico 2009 2011 Não 2009 Em andamento Não PPGADR Afra Vital Matos Dias Gabriel Marcos Antônio Pavão Vitória Anselma Schmidt PPGAS PPIGCF PPGCiv PPGCEM Não há alunos servidores Não há alunos servidores Alex Elias Carlino T.A. PU/DIFO Cássio Barbosa Teixeira Martingo T.A. Divisão de Infra-estrutura Desenv Físico de Sorocaba Mestrado Acadêmico 2009 Em andamento Não Carlos Azevedo Marcassa T.A. Divisão de Infra-estrutura Desenv Físico de Sorocaba Mestrado Acadêmico 2009 - Desligado Marcelo Pinarelli Cover T.A. Departamento de Projetos São Carlos Mestrado Acadêmico 2009 Em andameno Não Docente DEMa Doutorado 2009 2013 Não Juliana de Souza Santos Silva Marcos Vinícius Camargo Oishi T.A. T.A. DeQ DeQ Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico 2010 2009 2011 2011 Não Sim Jandira Ferreira de Jesus Rossi Elis Regina Alves dos Santos T.A. T.A. BCo USE Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico 2008 2009 2010 2010 Não Não Armando Ítalo Sette Antonialli Mestrado Acadêmico PPGCM 108 PPGCTS Antonio Carlos Lopes da Silva Marcia Cristina Barbosa de Oliveira Silvana Aparecida Perseguino Vera Aparecida Lui Guimarães Claudia de M. B. de Oliveria Patrícia Cristina Magdalena T.A. T.A. SPDI SRH Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico 2009 2010 2011 Não 2012 Não T.A. T.A. T.A. T.A. SAR/GR NIT/DEMA PPGPol USE Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico 2010 2010 2010 2010 2012 2012 2012 - Não Não Não Sim Renato Kenji Kimura T.A. 2009 2011 Não 2006 2006 2006 2006 2009 2008 2010 Em andamento 2010 Em andamento Não Não Não Não Em andamento PPGCSo PPGDBC PPGEc Juliane Raniro Fred Siqueira Cavalcante Isamara Alves Carvalho Rosana Batista Monteiro Rita de Cássia B. Santos PPGE PPGEEs PPGECE PPGERN PPGEnf PPGEst PPGFil PPGF PPGFt Docente Docente Docente Docente T.A. Não há alunos servidores Coord. Curso de Licenc. em Ciências Mestrado Acadêmico Biológicas Não há alunos servidores DAC Mestrado Acadêmico DAC Doutorado DAC Doutorado DeEd Doutorado USE Doutorado Silvia Maria Perez T.A. SIN Doutorado 2009 Meire Moreira Cordeiro T.A. ProGrad Mestrado Acadêmico 2008 Carla Regina Silva Ana Paula R. da Silva Djalma Ribeiro Jr. Daniela Dotto Machado Lígia Leite Castelli Adriana Maria Caram Karina Piccin Zanni Dari Campolina de Onofre Docente T.A. T.A. Docente T.A. Docente DTO PPGEEs Seção de Produção áudio –visual DeMe Departamento Açao Cultural UAC Docente T.A. Não Não Em andamento Não Doutorado Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico Doutorado Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico 2007 2007 2007 2010 2007 2007 Em andamento 2009 2009 Em andamento 2009 Não Não Não Não Sim Não DTO Mestrado Acadêmico 2008 2010 Não DF Mestrado Profissional 2008 2010 Não Natália Allenspach de Souza T.A. DeMed Mestrado Acadêmico 2007 2009 Não Carlos Augusto de S. Martins Filho Maristela Imatomi Marco Antonio Bertini T.A. Departamento.Biotecnologia Vegetal/Araras Doutorado 2007 2011 Não T.A. T.A. DB DB Doutorado Doutorado 2008 2009 2012 2013 Não Não Docente T.A. DEs DAC Doutorado Mestrado Acadêmico 2008 2008 Em andamento 2011 Não Não Não há alunos servidores Estela Maris Pereira Bereta Paulo Sérgio Casella Não há alunos servidores 109 Gilve Orlandi Bannitz Shiguemoto Nelcy Vera Nunes Simões T.A. USE Docente DFisio PPGGEv PPGEP 2008 Em andamento Não Doutorado 2006 2008 Não Não há alunos servidores Luciano Mitidieri Bento Garcia T.A. SPDI Doutorado 2007 2011 Não Roberto Fernandes Tavares Neto Docente DEP Doutorado 2008 2012 Não João Eduardo Azevedo Ramos da Silva Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2008 2012 Não Ana Beatriz Lopes de Sousa Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2008 2009 Não Itamar Aparecido Lorenzo Docente DCiv Doutorado 2004 2008 Não Ricardo Coser Mergulhão Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2003 2007 Não Isaias Torres Docente DEP/Sorocaba Doutorado 2003 2007 Não T.A. ProAd Mestrado Acadêmico 2004 2007 Não Eli Angela Vitor Toso Docente DAC Doutorado 2004 2008 Não Glauber Lúcio Alves Santiago Moacir Scarpelli Éderson Luiz Piato Roniberto Morato do Amaral Silvana Lopes dos Santos Marco Antonio Cavasin Zabotto Guilherme Martins Grosseli Elizabeth Valdetaro Salvador Adriano Soriano Barbuto Docente Docente Docente Docente T.A. Docente T.A. T.A. Docente DAC DEP DEP/Sorocaba DCI DPsi DC DEQ EDF DAC Doutorado Doutorado Doutorado Doutorado Mestrado Acadêmico Doutorado Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico 2003 2001 2007 2006 2005 2003 2009 2009 2008 2006 2006 2011 2010 2007 2010 2011 2011 2010 Não Não Não Não Não Não Não Não Não Alda Maria Napolitano Sanchez PPGEQ PPGEU PPGIS Mestrado Acadêmico 110 Pedro Dolosic Cordebello PPGM PPGL PPGPol PPGPsi PPGQ PPGS T.A. DAC Mestrado Acadêmico 2010 2012 Não Não há alunos servidores Não há alunos servidores Não há alunos servidores Lisandrea Rodrigues Menegasso Gennaro Thais Correa Castral T.A. USE Doutorado 2008 2012 Não T.A. PPGEQ Doutorado 2009 Em andamento Não Dorai Periotto Zandonai T.A. DQ Mestrado Profissional 2010 Em andamento Não Juliana Milanez T.A. DQ Doutorado 2004 2008 Não Érica Ap. Kawakami Mattioli T.A. Núcleo de Extensão UFSCar-Escola Doutorado 2010 2014 Não PPGTO Não há alunos servidores *Situação em 04/2010 Quadro 2 : Alunos servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar Fonte: Elaborado pela autora 111 112 De acordo com as informações levantadas nos 33 programas de Pós-Graduação da UFSCar, podemos resumir o quadro 2 da seguinte forma: Tabela 6: Resumo ALUNOS SERVIDORES TécnicosAdministrativos Docentes Total Servidores nos PPGs 42 24 66 Servidores que atualmente cursam os PPGs 32 14 46 Servidores no Mestrado 28 4 32 Servidores no Doutorado 10 20 30 Desistentes 4 0 04 Fonte: Elaborado pela autora No período de 2003 a 2010, verificou-se a presença de 42 servidores técnicosadministrativos e 24 docentes nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar. Pode-se observar que a maioria das pessoas que procuraram os PPGs são TAs para cursar Mestrado. No Doutorado a procura maior é pelos docentes. Verifica-se que em 2010 cursam ainda, 32 TAs e 14 docentes. Houve apenas 4 desistências nesse período. Tabela 7: Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar Servidores Mestrado Acadêmico Técnicos 30 Administrativos Docentes 4 Total 34 Fonte: Elaborado pela autora Mestrado Profissional 2 Doutorado 10 Total 42 2 20 30 24 66 A maioria dos TAs que passaram pelos PPGs escolheram o cursar o mestrado acadêmico. Não houve procura do mestrado profissional pelos docentes. 113 Acesso Anual dos Técnicos - Administrativos nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar A tabela abaixo informa sobre a entrada anual dos servidores TAs e Docentes nos Programas de Pós-Graduação. Tabela 8: Acesso anual dos Técnicos - Administrativos nos Programas da UFSCar Entrada Antes de 2006 2006 2007 2008 2009 2010 Mestrado Acadêmico 2 5 2 11 8 Mestrado Profissional 1 1 Doutorado 1 2 2 3 1 Fonte: Elaborado pela autora Antes de 2006, observou-se que apenas 3 servidores TAs procuraram os PPGs para cursar a pós-graduação. Após 2006, 36 servidores TAs procuraram os PPGs para cursar a pósgraduação, sendo que o mestrado acadêmico foi o curso mais procurado. No ano de 2009, houve a maior procura pelo mestrado acadêmico, com 11 TAs. 13.5 Situação dos Alunos Servidores nos Programas de Pós-Graduação Quanto aos alunos dos PPGs no período de 2003 até o 1. Semestre de 2010, 42 são TAs e 24 são docentes. A maioria dos servidores que procuram os PPGs para cursar a pósgraduação são TAs, conforme demonstra o gráfico 8. TAs 42 Docentes 24 Total 66 114 Gráfico 8: Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar Fonte: Elaborado pela autora Observa-se que os servidores técnicos-administrativos são maioria nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar. Nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar, 46 servidores docentes e TAs ainda estão cursando, 16 servidores já concluíram os cursos e apenas 4 servidores desistiram dos cursos nos PPGs. Servidores ativos nos Programas 46 Servidores que já concluíram o curso 16 Desistentes 04 115 Gráfico 9: Situação dos Servidores nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar Fonte: Elaborado pela autora Houve poucas desistências pelos servidores nos cursos de Pós-Graduação da UFSCar. 13.6 Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores Pelas informações coletadas, dentro do período estudado, pode-se observar também que, dos 66 servidores (docentes e TAs ), 34 servidores ingressaram no mestrado acadêmico e 30 servidores ingressaram no doutorado. Nota-se que a maior parte dos servidores que buscam os Programas de pós-graduação da UFSCar são TAs, de nível médio ou superior, com 30 servidores visando o mestrado acadêmico. O curso de doutorado é mais procurado pelos docentes (20). Apenas 2 servidores escolheram o mestrado profissional dentro da UFSCar. 116 Tabela 9: Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores Docentes TAs Total Mestrado Acadêmico 4 30 34 Doutorado 20 10 30 Mestrado Profissional 0 2 2 Total 24 42 66 Fonte: Elaborado pela autora Gráfico 10: Cursos de Pós-Graduação escolhidos pelos Servidores Fonte: Elaborado pela autora Observou-se que a maioria dos servidores que procuram os PPGs são TAs que objetivam cursar o mestrado acadêmico. Também no curso de doutorado, a maioria dos servidores que freqüentam são docentes. 13.7 Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos servidores O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSCar (PPGEP) foi o Programa mais procurado pelos servidores docentes e TAs, contando com 15 alunos. Em 117 seguida vem o Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) com 13 alunos servidores e o terceiro programa mais desejado foi o de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS), por ser um Programa Multidisciplinar, também recebeu alunosservidores, contando com 8 no total. Os Programas que receberam apenas 1 servidor cada são: PPGCEM, PPGDBC, PPGEES, PPGECE, PPGEST, PPGFIL,PPGEQ,PPGEU, PPGS. Os Programas de menor interesse pelos servidores são: PPGAS, PPIGCF, PPGCSo, PPGENF, PPGF, PPGGEV, PPGM, PPGL , PPGPOL, que não receberam nenhum servidor. Por serem recentes, os Programas em Terapia Ocupacional (PPGTO), Agricultura e Ambiente (PPGAeA) e Economia (PPGEc), cujos processos seletivos aconteceram em 2010, também não receberam aluno- servidores. Gráfico 11: Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos servidores Fonte: Elaborado pela autora O programa de pós-graduação mais procurado pelos servidores TAs foi o PPGEP seguido pelo PPGE. 118 13.8 Critérios de Seleção nos Programas de Pós-Graduação A UFSCar possui atualmente 33 Programas de Pós-Graduação que oferecem cursos de Mestrado, Doutorado e Mestrado Profissional, todos com boa avaliação pela CAPES. Cada Programa de Pós-Graduação possui um Regimento Interno próprio e por isso possuem liberdade para compor seus processos seletivos de forma independente. Cada Comissão de Pós-Graduação dentro dos Programas, decide e analisa a forma de ingresso nos cursos. Normalmente, as vagas para os cursos de mestrado e doutorado no país são abertas entre o fim e o início de cada ano. As regras do processo de seleção dos candidatos variam muito de instituição para instituição, mas é comum ser exigido além do diploma de graduação - para o mestrado - e do título de mestre - para o doutorado - conhecimentos na área do programa e experiência em projetos de pesquisas. Para avaliar os conhecimentos dos candidatos grande parte das universidades aplica provas escritas, analisa de currículos e entrevista candidatos. No caso de provas escritas, em algumas áreas, inclusive, são realizados exames nacionais. É o caso, por exemplo da área de Administração, com o teste da ANPAD (Associação Nacional dos Programas de PósGraduação em Administração). A UFSCar também utiliza em seus Programas de Pós-Graduação (PPGs) esse modelo de seleção, como pode-se observar pelo quadro 3 , que descreve resumidamente os critérios de ingresso nos cursos de pós-graduação da UFSCar, e foi elaborada com base nas informações coletadas nos sites de cada Programa, referindo-se aos processos seletivos de 2009 e 2010. 119 Critérios de Seleção dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar Programas PPGAeA PPGADR PPGAS PPGBiotec PPGCC PPGCM PPGCEM PPGPol PPGCTS PIPGCF PPGCiv PPGDBC PPGERN PPGEc PPGE PPGEEs PPGEnf PPGEP PPGEQ PPGEU PPGECE PPGEst PPGFil PPGF PPGFt PPGEv PPGIS PPGL PPGM PPGPsi PPGQ PPGS PPGTO Prova de Inglês Provas Escritas (conhecimentos ) X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X MESTRADO Projeto de Pesquisa X X X X X X X X X X Curriculo X X Histórico Escolar Entrevista/ Exame Oral X X X X X x X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Histórico Escolar X X DOUTORADO Curriculo Entrevista/ Exame Oral Cartas de aceitação /recomen dação Artigos Publicados X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Quadro 3 : Critérios de Seleções dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar Fonte: Elaborado pela autora Projeto de Pesquisa X X X X X X X X Provas Escritas (Proficiência em línguas) X X X X X X Cartas de aceitação /recomen dação X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X 120 As provas escritas dos PPGs são compostas por questões fundamentais referentes aos assuntos técnicos do programa. Observa-se também que a maioria dos PPGs exigem a apresentação de pré-projeto de dissertação ou tese, ou seja, um documento escrito que apresente a idéia do trabalho científico. E é aí que, de acordo com os especialistas, os candidatos encontram as maiores dificuldades. Ainda mais aqueles que não têm sequer uma idéia do que pesquisar. A proposta do pré-projeto deve se enquadrar nas linhas e áreas já trabalhadas pela universidade. O tema também precisa ser aceito por um orientador. Recomenda-se que o candidato peça sugestões a ele antes mesmo de candidatar-se a pós. A análise de currículos também é praticada com bastante freqüência. Recomenda-se o uso do modelo da Plataforma Lattes, do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Nesse documento deve conter os dados gerais da formação e as experiências profissionais, assim como a publicação de artigos e as participações em eventos, congressos e projetos de pesquisa. Nas entrevistas e na análise do currículo é observado se o candidato possui experiência acadêmica, ou seja, experiência em pesquisa, participação em seminários e congressos, se recebeu bolsas no mestrado, se houve Iniciação Científica, PET ou monitoria, assim como sobre orientação de alunos de Iniciação Científica. Pode ser analisado também, se o candidato possui publicações de artigos científicos em periódicos nacionais ou internacionais. No caso dos mestrados profissionais em Química e Ensino de Ciências Exatas, além das provas e plano de trabalho, o candidato também é entrevistado sendo avaliado no currículo sua trajetória profissional, formação acadêmica e profissional, experiência e produção intelectual e técnica do candidato. Além disso, o candidato deve contar com o interesse da empresa ou instituição onde trabalha, comprovando o interesse na formação do aluno em mestrado profissional. Em alguns PPGs, o candidato deve anexar ao currículo, uma carta de intenções, apresentando os interesses e expectativa em relação ao curso e ao título. Poderão ser apresentados também os conhecimentos, experiências e vivências. 121 Além de todos esses processos, é desejável ter o domínio de pelo menos uma língua estrangeira, no mestrado, e duas, no doutorado. Alguns Programas, inclusive, exigem a realização de exames de proficiência, como o Toefl, que analisa a capacidade de conhecimento da língua inglesa, pois no mestrado e doutorado é muito comum a utilização de referências bibliográficas em outros idiomas. Observou-se através dessas informações que, quase a totalidade dos Programas possuem um processo seletivo semelhante. Além disso, na maioria dos Programas, o número de vagas é variável a cada processo seletivo, ou seja, entrar nesses cursos depende do desempenho do aluno. Assim, os Programas de Pós-Graduação mais procurados pelos servidores da UFSCar (PPGEP, PPGE, PPGCTS) buscam em seus processos seletivos, que o candidato possua experiência acadêmica. Para ingressar nesses Programas, é necessário, além da aprovação nas provas escritas, possuir um bom currículo, ou seja, experiência em pesquisa, participação em seminários e congressos, publicações de artigos científicos em periódicos nacionais ou internacionais, se recebeu bolsas no mestrado, se fez Iniciação Científica, PET ou monitoria, ou seja, experiência e produção intelectual. Dessa forma, em comparação com o currículo de um aluno de graduação da UFSCar, não há como o aluno servidor possuir todos esses requisitos para concorrer às vagas dos cursos em igual situação. Os candidatos que tiveram participação na iniciação científica da graduação ganham destaques entre os demais concorrentes. Prioriza-se na seleção as pessoas que atuam profissionalmente na área do curso e que têm ou já tiveram algum envolvimento na área científica. Isso pode ser uma dificuldade para o ingresso dos TAs nos programas, tendo em vista que muitos servidores não tiveram iniciação científica na graduação ou se formaram há bastante tempo, ficando afastados dos estudos. 122 13.9 Os Servidores Técnicos-Administrativos e a Titulação Como já visto, para que os servidores TAs obtenham a progressão funcional pela capacitação na carreira, é necessário que ele conclua cursos de educação formal, apresentando títulos de graduação, especialização, mestrado ou doutorado. A SRH possui um Plano de Capacitação e Qualificação que buscar incentivar o servidor nesse caminho. Nesse sentido, está no PDI da UFSCar que a valorização dos servidores técnicoadministrativos tem sido considerada um grande desafio nos últimos anos, frente às novas exigências apresentadas ao setor público, de imprimir maior agilidade e flexibilidade nos serviços oferecidos, e da melhor utilização dos recursos disponíveis. Assim, tornam-se imprescindíveis competências de diversas naturezas: de educabilidade e técnicas básicas, vinculadas a diferentes campos de atuação. (PDI, 2005). A valorização profissional não é apenas o recebimento de uma melhor remuneração, mas incentivo à qualificação e atualização profissional. Isso é uma necessidade básica para qualquer pessoa. Sobre isso, Bernardes (2002, p.18), argumenta que a qualificação é primordial para desenvolver capacidades para lidar com as ambigüidades e incertezas da organização. Para isso, é de suma relevância que os dirigentes das universidades também sejam preparados e vejam a real importância de fomentar e intensificar ações de Recursos Humanos, qualificando os seus profissionais, para que possam ser realmente gestores do desenvolvimento humano. O servidor deve se sentir motivado em seu ambiente de trabalho e uma das formas de buscar essa motivação é através dos cursos de pós-graduação. Quanto à motivação, Bergamini (1977, p. 88) afirma que: o grande responsável pelo comportamento no trabalho é a motivação (...) O procurar evoluir, o aprender um trabalho, a busca de maior rapidez na execução de uma tarefa, a produtividade da melhor qualidade, o interesse pelos destinos da empresa, a busca de status profissional e muitos outros tipos semelhantes de comportamento são caracteristicamente motivacionais. Nesse sentido o servidor como ser humano pode ser compreendido como um tipo de organismo psicológico que luta para satisfazer suas necessidades, buscando um crescimento e 123 desenvolvimento completo. O servidor técnico-administrativo não busca com a titulação apenas um percentual a mais em seus vencimentos, busca também sua realização profissional e pessoal. É por isso, que o comportamento do homem, conforme o que afirma Motta (1979, p. 23) “não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas; o homem é condicionado, a um só tempo, pelo sistema social e demandas de ordem biológica; todo homem possui necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e auto-realização” Conforme Catania (1999, p.77) “a motivação não é uma forma ou um impulso especial a ser localizado em algum lugar dentro do organismo, antes, é um termo aplicado a muitas variáveis orgânicas e ambientais, que tornam vários estímulos importantes para um organismo”. Assim, é primordial o incentivo da Instituição com programas que capacitem e qualifiquem seus servidores. Neste sentido, Grillo (2001, p.53) afirma que “os incentivos constituem-se em atividades que proporcionam maior estímulo ao desempenho das funções docentes, técnicas e administrativas, elevando o grau de conhecimento dos colaboradores das instituições universitárias”. Vivemos hoje numa cultura altamente competitiva, onde as pessoas necessitam conquistar posição social e reconhecimento. O servidor nesse contexto tem adquirido uma nova consciência de sua condição de ser humano, cidadão, que precisa ser respeitado e também ouvido. Através da pós-graduação, o servidor poderá não só progredir em sua carreira, mas adquirir novos conhecimentos, crescimento pessoal, e assim, trabalhar mais motivado. O interesse dos Servidores Técnicos-Administrativos nos cursos de PósGraduação Stricto Sensu da UFSCar 13.10 Considerando a crescente demanda de servidores que buscam a Pós-Graduação como forma de se qualificarem nas diversas áreas do conhecimento, objetivando não só a progressão no plano de carreira oferecido pelo Governo Federal, mas o aprimoramento dos serviços prestados, e principalmente a valorização pessoal, os servidores da UFSCar se 124 organizaram e apresentaram uma lista os nomes de interessados em cursar a Pós-Graduação nos programas existentes na Universidade. Procurou-se demonstrar a administração da UFSCar, que existe um crescente número de servidores TAs com potencialidades e que procuram a qualificação profissional, buscando com recursos da própria instituição, o incentivo que necessitam para atingir o objetivo, que é exercer com mais motivação e qualidade as suas funções na carreira que encontram-se investidos. A lista com os 60 nomes dos servidores, bem como os Programas de interesse, que foi encaminhada à Secretaria de Recursos Humanos (SRH) está reproduzida no quadro 6 : Servidor 1 Adriane Cristina O. Setor/Unidade Formação Programa Pretendido SOC Ciências Contábeis PPGEP Garcia 2 Agnes A. Luiz CCS Psicologia PPGL, PPGAS, PPGPsi 3 Airton Masci DEBE Turismo PPGERN 4 Alessandra A. V. Torres UEIM Biblioteconomia PPGCTS 5 Alessandro A. Pereira DEFMH Educação Física PPGE 6 Ana A. Pires Minotto DeDP Administração PPGPsi, PPGS, PPGFIL, PPGCTS 7 Ana Paula M. Lara Lopes ProEx Ciências Contábeis PPGEP 8 Aparecida R. F. Canhete SOC Pedagogia PPGCTS, PPGEP 9 Carlos Roberto Bedendo SeEA Educação Física PPGEP 10 Claudia M. B. de Oliveira PPGPol Biblioteconomia PPGCTS 11 Cristiliane C. de Luccas UAC Educação Física PPGE, PPGEP 12 Daniela S. G. da Silva ProPq Turismo PPGEP 13 Daniele Camargo ProPG Direito/ Letras PPGE, PPGEP, PPGCTS, PPGS, PPGFIL,PPGPol, PPGL 14 Deise Regina F. Belisário BCo Biblioteconomia PPGE, PPGEP, PPGCTS 15 Denise C. C. Domeniconi CECH Administração PPGE 16 Edson L. Rodrigues Cruz ProPq Direito PPGPol 17 Elien Jolo Alves DMed Administração/Direito PPGCTS, PPGPol, 125 PPGEP 18 Eveli M. Sanches DME Biblioteconomia PPGCSo, PPGCTS 19 Fabiano Yamamura ProPG Adm. Empresas PPGEP 20 Fulvia Vieira Carezzato GR Direito PPGEP 21 Gabriel Ramires jr. SerCDR Administração de Empresas PPGEP 22 Helen C. F. Machado USE 23 João Augusto S. Affonso PPGERN Administração de Empresas PPGEP 24 Keila F. de Souza Cruz BSCA Biblioteconomia PPGCTS 25 Lucilene T. L. SPDI Administração de Empresas PPGEP, PPGCTS PPGPsi, PPGL Trigueirinho 26 Luisa I. Z. Seconelli DeCom Estudos Sociais PPGCTS 27 Luiz Carlos R. Yunes CEMA Engenharia Agronômica PPGCTS, PPGPol, PPGAS 28 Marcia C. S. B de DeAP Pedagogia PPGCTS, PPGEP Oliveira 29 Marco Antonio Zanni SRH Direito PPGPol. 30 Maria A B. L. Faggian DMP Administração de Empresas PPGCTS 31 Maria Cristina M. DeDP Administração de Empresas PPGEP, PPGS Nitzche 32 Maria Cristina Priore Edufscar Educação Física PPGEP 33 Maria do Céu R. Andrade CCEF Administração de Empresas PPGEP, PPGCTS 34 Maria Inez C. Migliati SRH Pedagogia PPGCTS, PPGPsi, PPGEP 35 Maria Luiza S. Marchi DBV Ciências Biológicas PPGADR 36 Marina P. de Freitas BCo Biblioteconomia PPGEP, PPGCTS, PPGE 37 Marineia T. Duarte PPGPis Ciências Sociais PPGS 38 Marisa P. Nunes Tinta SRH Matemática PPGPsi, PPGE 39 Marlene A. Calandrin DeAP Ciências Contábeis PPGEP 40 Mônika de Rienzo SRH Biblioteconomia PPGEP 41 Nancira M. Ribeiro PPGL Matemática PPGE, PPGEP 42 Paulo Augusto Lazaretti PPGCTS Administração de Empresas PPGEP 43 Paulo Roberto Sanches CEMA Direito PPGFIL, PPGS, 126 PPGCSo, PPGCTS 44 Pedro Luiz de Luccas DECom Administração de Empresas PPGEP 45 Regina H.V. G. Correa BCo Biblioteconomia PPGEP, PPGCTS, PPGE 46 Renata C.M. Esteves BCo Biblioteconomia PPGEP, PPGCTS, PPGE 47 Roberto Salles Damha DeFin Administração PPGEP 48 Rogéria A. Veronese DPis Ciências Sociais PPGEP, PPGCSo 49 Rosângela Ap. P. Fazzani DeAP Pedagogia PPGE, PPGEP 50 Roseli A. Gonçalves PPGERN Biblioteconomia PPGE 51 Roseli C. R. Manzini CEMA Pedagogia PPGCTS, PPGEP, PPGE 52 Silmara A. G. Cavaretti DeFin História PPG-AS 53 Silmara H. Capovilla BCo Administração Pública PPGPol 54 Siomara M. de A. Prado BCo Ciências Sociais PPGS, PPGE 55 Silvia Maria Perez SIn Ciências da Computação PPGEP 56 Solange O. B. Gregoracci DeCont Administração PPGEP, PPGPol, PPGS 57 Sueli A. Zambon DiCA Administração PPGEP, PPGCTS, PPGE, PPGPsi, PPGS 58 Vânia M. Oliveira Araras Serviço Social PPGE 59 Wagner Souza dos Santos COVEST Processamento de Dados PPGCTS 60 Wania M. Recchia DeCont Administração/Ciências PPGPol Contábeis Manifestação de interesse por área/linha de pesquisa Servidor Setor/Unidade Formação Área/Linha de Pesquisa Alessandro A. Pereira DEFMH Educação Física Linha: Processos de ensino/aprendizagem Cláudia E. D. Junqueira Araras Direito Gestão Pública, Ambiental ou Educacional Diva Barros Arantes DeCom Estudos Sociais/ Letras Gestão Pública Maria Luiza S. Marchi DBV Biologia Área Ciências Biológicas. ou Gestão Ambiental Mônika de Rienzo SRH Biblioteconomia Área - Administração Silmara H. Capovilla BCo Administração Pública Gestão Políticas Públicas Siomara M. de A. BCo Ciências Sociais Área de Sociologia ou Educação 127 Prado Vânia M. Oliveira Araras Serviço Social Área Educacional Maria Laurentina P. G.Perdigão RU Nutrição Doutorado: área: Segurança alimentar, controle higiênico sanitário de alimentos Quadro 4 : Servidores interessados em cursar Mestrado e/ou Doutorado na UFSCar Fonte: SRH Essa lista foi elaborada em 2009 por servidores técnico-administrativos de nível superior e outra lista paralela foi feita pelo Sindicato dos Técnicos-Administrativos da UFSCar (SINTUFSCar). Com o levantamento dessa demanda, os TAs pretenderam realizar estudos relativos à viabilização para implantação de curso de Pós-Graduação aos servidores Técnico-Administrativos da UFSCar. A solicitação deu início ao Processo n. 1958/2009-12, encaminhado à Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e a Pró-Reitoria de PósGraduação (ProPG), com o objetivo de propor a criação de curso de Mestrado Profissional direcionado aos servidores técnico-administrativos, nos moldes do já existente curso de especialização em Gestão Pública. A proposta de criação de curso de mestrado profissional para servidores não chegou a ser aprovada, e ainda se encontra em análise pela Secretaria Geral de Recursos Humanos (SRH) e Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG). Considerações Tendo em vista que a UFSCar atualmente não conta com um Mestrado Profissional voltado para as especificidades dos servidores TAs, sugere-se com esta pesquisa que a UFSCar crie ou reserve vagas para servidores em seus cursos de pós-graduação stricto sensu. Um mestrado profissional atenderia as expectativas do público-alvo quanto a disponibilidade de horário dos alunos-servidores, já que o curso permite dedicação parcial, o que não os impediria de conciliar com a sua jornada de trabalho. A tradicional dissertação acadêmica seria um obstáculo a ser vencido, já que essa exigência não integra a rotina de trabalho dos TAs. Outras formas de avaliação, entre elas, elaboração de artigos; registro de patentes; desenvolvimento de protótipos; relatórios de pesquisa; e produção artística. Isso seria de grande valor para os servidores e para a própria UFSCar. Outro ponto favorável seria o tempo de duração que é menor, podendo ser concluído no prazo de um a dois anos, de 128 acordo com o projeto final e tempo dedicado pelo aluno. concedendo a igualdade nos direitos concedidos a quem se qualifica através do mestrado acadêmico. Levando-se em conta o plano de carreira dos TAs e o levantamento feito na UFSCar da demanda de servidores interessados em cursar mestrado e doutorado, tendo como base as diretrizes do PDI da UFSCar bem como sua autonomia universitária, sugere-se que seja criado um sistema de reserva de vagas para servidores TAs em seus Programas de PósGraduação, como política de inclusão necessária para se atingir a qualificação de seu pessoal. Para tanto, será necessária uma atuação conjunta entre a Pró-Reitoria de PósGraduação, Coordenadores de Pós-Graduação e a Secretaria de Recursos Humanos, para avaliarem as necessidades dos servidores, visto que há profissionais com formação em diversas áreas atuando na Universidade. Com isso, recomenda-se maior atenção às necessidades e especificidades dos servidores técnicos-administrativos da UFSCar. Em consulta realizada com os servidores da universidade, verificou-se interesse maior pelos Programas de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Educação e Ciência Tecnologia e Sociedade. Considerando a demanda por esses três Programas, sugere-se a reserva de vagas exclusivas para servidores da UFSCar. Há de ser considerada também, as especificidades das funções dos servidores, tendo em vista as diversas formações profissionais dos servidores. Também poderia ser considerada a possibilidade de reserva de vagas em Programas de Pós-Graduação nas áreas Biológicas e Exatas. 129 Conclusão A reformulação do ensino superior proposta pelo atual governo está baseada no princípio de que a educação superior é um bem público que cumpre a função social por meio das atividades de ensino, pesquisa e extensão, promovendo a igualdade de condições. Com a reestruturação e expansão das universidades federais como política pública, aumentando-se significativamente o número de alunos nas universidades, foi necessário contratar mais docentes e reestruturar os cargos do pessoal técnico administrativo. Hoje, as universidades se deparam com muitas mudanças físicas e também de pessoal, que exigem a preocupação de um planejamento para absorver as grandes transformações. Nesse sentido, a UFSCar sempre se comprometeu com mudanças, na perspectiva de desempenhar cada vez melhor seu papel social. De acordo com as diretrizes do PDI, a 130 UFSCar busca garantir flexibilidade e agilidade na resposta a novos contextos, demandas e desafios, estabelecendo ações de valorização do servidor público. O Plano de Carreira dos Cargos Técnicos Administrativos em Educação - PCCTAE, instituído pela Lei 11.091, de 12 de janeiro de 2005, demandou uma remodelagem administrativa e de conhecimento referente aos paradigmas que alicerçaram, até então, a condução do gerenciamento da gestão de pessoas das Instituições Federais de Ensino, com o objetivo de melhor direcionar os quadros funcionais para o alcance das metas organizacionais. Com o advento da Lei 1.1784/08, houve a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, com nova estrutura no que se refere à Progressão Funcional do servidor, trazendo um percentual maior de incentivo à qualificação acrescido aos vencimentos dos servidores TAs de todos nos níveis (Apoio, Médio, Superior), na medida em que se obtém a qualificação através de títulos em educação formal (graduação ou pósgraduação). Com isso, houve uma crescente busca dos servidores TAs para realização de cursos de pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado). Através do método científico de estudo de caso, este trabalho analisou a demanda de servidores que buscam a sua qualificação pela pós-graduação e a viabilidade da propositura do sistema de reserva de vagas para servidores da UFSCar nos programas de pós-graduação já existentes na Universidade. Para alcançar o objetivo, foram levantados os números de servidores que cursam e desejam cursar a pós-graduação, bem como pesquisas em outras universidades que possuem iniciativas para a qualificação desses profissionais. Com base nas informações trazidas pelos PPGs, percebe-se que quase a maioria dos Programas de Pós-Graduação da UFSCar possuem um processo seletivo semelhante valorizando-se a experiência acadêmica do candidato. Assim, os Programas de PósGraduação mais procurados pelos servidores da UFSCar (PPGEP, PPGE, PPGCTS) buscam em seus processos seletivos, que o candidato possua experiência acadêmica. Para ingressar nesses Programas, é necessário, além da aprovação nas provas escritas, possuir um bom currículo, ou seja, experiência em pesquisa, participação em seminários e congressos, publicações de artigos científicos em periódicos nacionais ou internacionais, se recebeu bolsas no mestrado, se fez Iniciação Científica, PET ou monitoria, ou seja, experiência e produção intelectual. Dessa forma, em comparação com o currículo de um aluno de graduação da UFSCar, não há como o aluno servidor possuir todos esses requisitos para concorrer às vagas dos cursos em igual situação. 131 A implementação do sistema de reserva de vagas para servidores nos cursos de pósgraduação da UFSCar se faz importante na medida em que pode diminuir algumas desigualdades enfrentadas pelos funcionários em relação àqueles que tiveram uma forte vida acadêmica desde os primeiros anos da graduação. Essa iniciativa poderá ter o apoio da ProPG em conjunto com a SRH. Com isso a UFSCar dará mais um passo no que se refere à qualificação de seus servidores. Assim, pode-se dizer que a inclusão desses servidores traria não apenas o seu benefício individual com o aumento salarial, mas principalmente um retorno para a Instituição, no tocante a funcionários mais qualificados, satisfeitos e motivados para o trabalho. Neste trabalho foram citadas algumas iniciativas nas IFES na melhoria da capacitação de seus servidores. Essas iniciativas devem ser apoiadas e cada vez mais incentivadas, para que auxiliem a administração a obter profissionais mais qualificados no desenvolvimento de suas tarefas. O tema em questão é de suma importância no contexto atual das universidades federais, principalmente para seus servidores. Sendo a Universidade um ambiente propício ao desenvolvimento da pesquisa e do conhecimento, não só seus docentes mas também seus servidores técnico-administrativos devem estar qualificados para desempenharem suas funções e até como gerentes, para garantir o melhor atendimento do público usuário, garantindo assim, oportunidades justas aos servidores. 132 Referências BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada à administração de empresas: psicologia do comportamento humano na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1977. BERNARDES, José Francisco. 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Apêndice 1 : Lista de Universidades consultadas 137 Apêndice 2: Questionário enviado aos PPGs Instituição Universidade Federal de Alagoas - UFAL Universidade Federal de Pernambuco-UFPE Universidade Federal do Ceará-UFC Universidade Federal do Maranhão-UFMA Universidade Federal do Piauí-UFPI Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN Universidade Federal de Rondônia-UNIR Universidade Federal de Roraima-UFRR Universidade Federal do Amapá-UNIFAP Universidade Federal do Pará-UFPA Universidade Federal da Bahia-UFBA Universidade Federal da Paraíba - UFPB Universidade Federal de Campina Grande - PB Universidade Federal do Espírito Santo-UFES Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Universidade Federal Fluminense - UFF Universidade de Brasília - UNB Universidade Federal de Goiás-UFG Universidade Federal do Mato Grosso-UFMT Universidade Federal do Mato Grosso do Sul-UFMS Universidade Federal do ABC-UFABC Universidade Federal de Minas Gerais - MG Universidade Federal de Santa Catarina - SC Universidade Federal de Uberlândia - UFU Universidade Federal de Viçosa - UFV Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF Universidade Federal de São João Del Rei-UFSJ Universidade Federal de Lavras-UFLA Universidade Federal do Paraná - UFPR Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRS Universidade Federal de Santa Maria-UFSM Universidade Federal do Rio Grande - FURG e-mail [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] qualificaçã[email protected] [email protected] 1-Há alunos que são servidores da UFSCAR neste Programa de Pós-Graduação? PPG NOME DO SERVIDOR DOCENTE OU T.A ? SETOR MESTRADO, DOUTORADO OU MESTRADO PROFISSIONAL? ANO DE INGRESSO 138 2 -Como é feita a seleção de alunos ingressantes neste Programa? (Descrever o Processo) R: 139 APÊNDICE3 :Lista de Servidores Afastados para Capacitação Silvana Lopes dos Santos Objetivo do Afastamento Freqüentar disciplinas mestrado Marco Antônio Bertini Freqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Márcia Cristina dos Santos Barbosa de Oliveira Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2010 Aprovado Ecologia e Recursos Naturais Ciência, Tecnologia e Sociedade Patricia Cristina Magdalena Frequentar curso de mestrado Parcial FGV São Paulo 2010 Aprovado Administração Publica Administrador USE SE Deise Regina Fernandes Belisario Frequentar curso de mestrado Parcial UNIARA Araraquar a 2010 Aprovado Engenharia de Produção Bibliotecária BCo SE Teresa Luiza Bessi Lopes Frequentar curso de mestrado Parcial UNIARA Araraquar a 2010 Aprovado Bibliotecária BCo SE Claudia de Moraes Barros de Oliveira Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2010 Aprovado Assistente em Administração PPGP ol CECH Osmar Moreira de Souza Júnior Frequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2010 Aprovado Professor Assistente DEF MH Cicero Santos Branco Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar Araras 2010 Aprovado Técnico de Laboratório Soroc aba Leonardo Machado Pitombo Frequentar curso de mestrado Parcial Instituto Agronômico Campinas 2010 Aprovado Técnico de Laboratório Soroc aba Renato Kenji Kimura Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar Sorocaba 2010 Aprovado Educação Fisica Agroecologia e Desenvolvimento Rural Agricultura Tropical e Subtropical Diversidade Biologica e Conservação Técnico de Laboratório Soroc aba CCBS Unid. Sorocab a Unid. Sorocab a Unid. Sorocab a Thais Correa Castral Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2010 Aprovado Química Químico DEQ CCET Daniela Dotto Machado Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2010 Aprovado Educação Professor Assistente DME CECH Heitor Vinicius Mercaldi Frequentar curso de mestrado Parcial USP São Carlos 2010 Aprovado Engenharia eletrica Engenheiro SE CCET Nome do Servidor Tipo do Afastamento Instituição Destino Cidade Destino Início do Afast. Decisão da ProReitoria Programa que está cursando Cargo Depto Centro Parcial UFSCar São Carlos 2010 Aprovado Psicologia Assistente em Administração DPsi CECH Assistente em Administração DB CCBS Assistente em Administração SRH SE Engenharia de Produção Ciência, Tecnologia e Sociedade 140 Aprovado Agroecologia e Desenvolvimento Rural Tecnico Agropecuário SE CCA 2010 Aprovado PPG-Educação Especial Professor Assistente DTO CCBS 2010 Aprovado PPGAdministração Professor Assistente Soroc aba Sorocab a Marcos Antonio Pavão Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar Araras 2010 Daniel Marinho Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos Parcial USP São Paulo Parcial UFSCar São Carlos 2010 Aprovado Parcial UFSCar São Carlos 2010 Aprovado PPG-E Desenvolvimento de Software para Web Joaquim Augusto Machado Frequentar curso de doutorado Frequentar disciplina Mestrado/doutor ado) Frequentar curso de Especialização Rodrigo Eduardo Botelho Francisco Frequentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2010 Aprovado Adriano Soriano Barbuto Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2009 Sílvia Maria Perez Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos Claudia Maria Astorino Frequentar curso de doutorado Parcial USP Hugo Leonardo Salomão Monteiro Frequentar curso de mestrado Parcial Elis Regina Alves dos Santos Frequentar curso de mestrado Maria Leonor Casemiro Lopes Assad André Coimbra Félix Cardoso Priscila C. Fiocco Bianchi Técnico em assuntos Educacionais ProGr ad ProGrad Analista de Sistemas Soroc aba Sorocab a Ciência da Comunicação Jornalista CCS CCS Aprovado Imagem e Som Professor Auxiliar DAC CECH 2009 e 2010 Aprovado Educação Analista de Sistemas DiSC São Paulo 2009 e 2010 Aprovado Linguística Professor Assistente Soroc aba SIN Unid. Sorocab a USP São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Frequentar curso de especialização Parcial UNICAMP Campinas 2009 e 2010 Roniberto Morato do Amaral Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos Elaine Maria Bessa Rebello Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar Andréa Regina Martins Fontes Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar Engenheiro SE CCET Assistente em Administração USE CCBS Aprovado Engenharia Mecânica Ciência, Tecnologia e Sociedade Especialização em Jornalismo Científico Professor Associado DRN PA CCA 2009 Aprovado Engenharia de Produção Professor Assistente DCI CECH São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Educação Especial Professor Visitante ProEx São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Engenharia de Produção Professor Assistente Soroc aba ProEx Unid. Sorocab a 141 Dari Campolina de Onofre Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2009 Aprovado Zaira Regina Zafalon Frequentar curso de doutorado Parcial UNESP Marilia 2009 e 2010 Aprovado Mario Sergio Vinicius Kapp Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 Aprovado Rochele Amorin Ribeiro Frequentar curso de doutorado Parcial USP São Carlos 2009 Aprovado Claudia Maria Moura Resende Frequentar curso de especialização Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Parcial UFSCar São Carlos Ensino de Ciências Exatas Ciência da informação Física Físico DF CCET Professor Assistente DCI CECH Técnico de Laboratório CCBS CCBS Professor Assistente DECi v CCET Psicóloga USE Aprovado Engenharia de transportes Especialização em Psicoterapia de Orientação Psicanalitica Especialização Em Jornalismo Científico Professor Adjunto Soroc aba SE Unid. Sorocab a 2009 Aprovado Educação Pedagoga ProGr ad SE Rosemeire Aparecida Trebi Curilla Frequentar curso de especialização Frequentar disciplinas mestrado Luciano Mitidieri Bento Garcia Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Engenharia de Produção Economista SPDI SE Rodolfo de Carvalho Pacagnella Frequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado Tocoginecologia Professor Assistente DMed CCBS Rodrigo Alves Ferreira Frequentar curso de doutorado Parcial USP Ribeirão Preto 2009 Aprovado Tocoginecologia Professor Assistente DMed CCBS Guilherme Martins Grosseli Frequentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Engenharia Química Químico SE CCET Lucimar Retto da Silva Avó Frequentar curso de doutorado Parcial UNIFESP São Paulo 2009 e 2010 Aprovado Patologia Professor Assistente DMed CCBS Gilberto Miller Devós Ganga Frequentar curso de doutorado Parcial USP São Carlos 2009 Aprovado Engenharia de produção Professor Assistente DEP Nara Rosseti Frequentar curso de doutorado Parcial USP São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Engenharia da Produção Professor Assistente Soroc aba Gustavo Maciel Dias Vieira Frequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 e 2010 Aprovado Ciência da Computação Professor Assistente Soroc aba CCET Unid. Sorocab a Unid. Sorocab a Sergio Dias Campos 142 Carla Regina Silva Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Educação Professor Assistente DTO CCBS Maria Fernanda Barboza Cid Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 Aprovado Educação Especial Professor Assistente DTO CCBS Leonardo Antonio de Andrade Frequentar curso de doutorado Parcial USP São Carlos 2009 Aprovado Ciência da Computação Professor Assistente DAC CECH Waldemar Marques Júnior Freqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Araraquar a 2009 e 2010 Aprovado Educação Escolar Professor Assistente DEF MH CCBS Wilson Alves Bezerra Freqüentar curso de doutorado Integral UERJ Rio de Janeiro 2009 e 2010 Aprovado Letras Professor Assistente DL CECH Rogerio Aparecido Sá Ramalho Frequentar curso de doutorado Parcial UNESP Marilia 2009 Aprovado Ciência da informação Professor Assistente DCI CECH Thais dos Guimarães Alvim Nunes Frequentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado Música Professor Assistente DAC Alissandra Nazareth de Carvalho Freqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro 2009 e 2010 Aprovado Geografia Professor Assistente Soroc aba CECH Unid. Sorocab a Silvana Gama Florêncio Chachá Freqüentar curso de doutorado Parcial USP Ribeirão Preto 2009 Aprovado Clinica Médica Professor Assistente DMed CCBS Jean Píton Gonçalves Freqüentar curso de doutorado Parcial USP São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Ciência da Computação Professor Assistente DM CCET Maristela Imatomi Freqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 Aprovado Ecologia e Recursos Naturais Técnico de Laboratório DB CCBS Gilve Orlandi Bannitz Shiguemoto Freqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Fisioterapia Fisioterapeuta USE GR Lisandrea Rodrigues Menegasso Freqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Psicologia Psicóloga USE GR 143 Karina Nogueira Zambone Pinto Freqüentar curso de doutorado Meire Moreira Cordeiro Freqüentar curso de mestrado Antonio Augusto Soares Freqüentar curso de doutorado Sandra Maria Navascues Freqüentar curso de doutorado Ana Beatriz Lopes de Sousa Parcial Parcial Parcial UFSCar São Carlos 2009 e 2010 UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Professor Assistente Educação Técnico em Assuntos Educacionais Aprovado Ciências Professor Assistente Soroc aba Técnico em Assuntos Educacionais ProGr ad Aprovado DMP CCBS ProGr ad ProGrad Unid. Sorocab a UNICAMP Campinas Parcial UFSCar São Carlos 2009 Aprovado Engenharia de Produção Freqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2009 Aprovado Engenharia de Produção Professor Assistente Soroc aba Thiago Allis Freqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2009 e 2010 Aprovado Arquitetura e Urbanismo Professor Assistente Soroc aba Évellyn Aparecida Espindola Freqüentar curso de doutorado USP São Carlos 2008, 2009 e 2010 Aprovado Ciências da Engenharia Ambiental Assistente Social DeSS SAC Parcial 2009 Biotecnologia Aprovado PROGR AD Unid. Sorocab a Unid. Sorocab a Kelly Cristina Tonello Freqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 Aprovado Engenharia Agrícola Professor Assistente Soroc aba Unid. Sorocab a Paula Menezes Luciano Freqüentar curso de doutorado Parcial USP Ribeirão Preto 2009 e 2010 Aprovado Ciências Medicas Professor Assistente DMed CCBS Mirhelen Mendes de Abreu Freqüentar curso de doutorado Parcial UNIFESP São Paulo 2009 e 2010 Aprovado Professor Assistente DMed CCBS Andréia Di Camilla Ghirghi Pires Freqüentar curso de mestrado Parcial FGV São Paulo 2009 e 2010 Aprovado Administração Publica Administrador ProEx ProEx Jandira Ferreira de Jesus Rossi Freqüentar curso de mestrado UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Ciência, Tecnologia e Sociedade Bibliotecaria BCo BCo Parcial Saúde Coletiva 144 Fabiana de Souza Orlandi Freqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2009 e 2010 Aprovado Enfermagem Professor Assistente DEnf CCBS Fernanda dos Santos Castelano Rodrigues Freqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2009 Aprovado Língua Espanhola e Literatura Professor Assistente DL CECH Antonio Carlos Diegues Junior Freqüentar curso de doutorado Aprovado Economia Professor Assistente Soroc aba Unid. Sorocab a Vitória Anselma Schimidt Freqüentar curso de mestrado Parcial Técnico de Laboratório DBV CCA Stella Maris Nicolau Freqüentar curso de doutorado Parcial Ederson Luiz Piato Freqüentar curso de doutorado Parcial Parcial Douglas José Alem Junior Freqüentar curso de doutorado Parcial Rosa Maria Castilho Martins Freqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas 2009 UFSCar Araras 2009 e 2010 Aprovado Agroecologia e Desenvolvimento Rural USP São Paulo 2009 e 2010 Aprovado Medicina Preventiva Professor Assistente DTO CCBS UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Engenharia de Produção Professor Assistente Soroc aba Unid. Sorocab a Ciência da Computação e Matemática Computacional Professor Assistente Soroc aba Unid. Sorocab a Educação Enfermeiro USE SE USP São Carlos 2009 e 2010 Aprovado UFSCar São Carlos 2009 e 2010 Aprovado Ciência da Informação Luzia Sigoli Fernandes Costa Freqüentar curso de doutorado Integral UNESP Marília 2008 Aprovado Professor Assistente DCI CECH Adriana Maria Caram Freqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2008 Aprovado Prof. Ens. 1º e 2º Graus UAC SAC Elaise Regina Gonçalves Cagnin Freqüentar curso de mestrado Parcial USP Ribeirão Preto 2008 Aprovado Enfermagem Enfermeiro UAC ProAd José Fernando Petrilli Filho Freqüentar curso de doutorado Parcial USP Ribeirão Preto 2008 Aprovado Enfermagem Professor Assistente DEnf CCBS 145 Alcir Antonio Kuranaga Freqüentar curso de doutorado Parcial UNICAMP Campinas Telma Darn Freqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro 2008, 2009 e 2010 2008, 2009 e 2010 Guilherme Arantes Mello Freqüentar curso de doutorado Integral USP São Paulo 2008 e 2009 Aprovado Renata Giannecchini Bongiovanni Kishi Freqüentar curso de especialização Parcial USP São Paulo 2008 Parcial UNICAMP Parcial UFSCar Campinas São Carlos Estela Maris Pereira Bereta Frequentar curso de doutorado Freqüentar curso de doutorado Fernando Nadal Junqueira Villela Frequentar curso de doutorado Parcial USP Ilza Zenker Leme Joly Freqüentar curso de especialização Parcial Nelcy Vera Nunes Simões Freqüentar curso de doutorado Rui Toledo Gonçalves Eduardo Nespoli Aprovado Economia Economista ProAd Professor Assistente Soroc aba ProAd Unid. Sorocab a Medicina Preventiva Professor Assistente DMed CCBS Aprovado Gestão de Recursos Humanos na Saúde Professor Assistente DMed CCBS 2008 Aprovado Artes Professor Adjunto DAC CECH 2008 Aprovado Estatística Professor Assistente DEs CCET Soroc aba Unid. Sorocab a Aprovado São Paulo 2008, 2009 e 2010 Aprovado Geografia Fisica Professor Assistente UNAERP Ribeirão Preto 2007 Aprovado Musica Professor Adjunto DAC CECH Parcial UFSCar São Carlos 2007 Aprovado Professor Assistente DFisi o CCBS Freqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2007 Aprovado Fisioterapia Filosofia e Metodologia das Ciências Professor Assistente DFisi o CCBS Emerson Carlos Pedrino Freqüentar curso de doutorado Parcial USP São Carlos 2007 Aprovado Técnico em Eletrônica DECi v CCET Carlos Henrique Costa da Silva Freqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro 2007 Aprovado Professor Assistente Soroc aba Unid. Sorocab a Fábio Molina da Silva Freqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2007 Aprovado Professor Assistente DEP CCET Engenharia de Produção 146 Andréa Rabinovici Freqüentar curso de doutorado Regina Aparecida Lima Melchiades Freqüentar curso de mestrado Tânia Cristina Fascina Sega Rossetto Parcial 2007 Aprovado Soroc aba Unid. Sorocab a Ambiente e Sociedade Professor Assistente ProGr ad ProGrad UNICAMP Campinas Parcial UFSCar São Carlos 2007 Aprovado Educação Técnico em Assuntos Educacionais Freqüentar curso de especialização Parcial UNAERP Ribeirão Preto 2007 Aprovado Especialização em Musicoterapia Terapeuta Ocupacional USE GR José Nelson Martins Diniz Freqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Araraquar a 2007 Aprovado Farmácia Farmacêutico/Bio químico USE GR José Nelson Martins Diniz Freqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Araraquar a 2009 Aprovado Farmácia Farmacêutico/Bio químico USE GR Pedro Ferreira Filho Freqüentar curso de doutorado Parcial USP Piracicaba 2006 Aprovado Professor Assistente DEs CCET Itamar Aparecido Lorenzon Freqüentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2006 Aprovado Professor Assistente DECi v CCET Silvana Perissatto Meneghin Freqüentar curso de doutorado Parcial UNESP Rio Claro 2006 Aprovado Professor Assistente DBV CCA Alda Maria Napolitano Sanchez Freqüentar curso de mestrado Parcial UFSCar São Carlos 2006 Aprovado Economista ProAd ProAd Hélade Scutti Santos Freqüentar curso de doutorado Parcial USP São Paulo 2006 Aprovado Professor Adjunto DL CECH Fred Siqueira Cavalcante Frequentar curso de doutorado Parcial UFSCar São Carlos 2006 Aprovado Professor Assistente DAC CECH Engenharia de Produção Educação 147 Apêndice 4 : Critérios de Seleção nos Programas de Pós-Graduação da UFSCar Programas de PósGraduação da UFSCar Critérios de Seleção *M D MP _ _ a) Prova escrita de conhecimentos (eliminatória); b) Prova escrita de língua inglesa (classificatória); c) Análise de Curriculum Vitae, (classificatória); AGRICULTURA E AMBIENTE d) Análise da proposta de trabalho (classificatória); e) Defesa do Curriculum Vitae e da proposta de trabalho (classificatória). a) Prova escrita (eliminatória e classificatória); AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO RURAL b)Análise de Curriculum Vitae (modelo CV LATTES CNPq) (classificatória); ANTROPOLOGIA SOCIAL a)Análise do projeto de pesquisa _ _ c)Análise do projeto de pesquisa (classificatória). b) Prova de língua estrangeira; c) Prova escrita; a) Projeto de Pesquisa (de acordo com normas da FAPESP) b)Exame de Francês); língua estrangeira (Inglês e _ 148 d) Entrevista c) Prova escrita; c) Entrevista a) Projeto de pesquisa, com indicação de dois orientadores; b) Análise do Curriculum Vitae e histórico escolar; c) Prova de português; BIOTECNOLOGIA d) Prova de proficiência em língua inglesa; e) Prova de conhecimentos gerais ; a)Análise do histórico escolar do mestrado e da graduação completo ("sujo"); b) Curriculum Vitae (juntar cópia dos trabalhos publicados em livros, revistas e congressos seguindo normas ABNT, informar sobre bolsas recebidas de mestrado, Iniciação Científica, PET e monitoria, assim como sobre orientação de alunos de Iniciação Científica). _ f) Entrevista a) Exame escrito. É adotado o “Exame Nacional de Admissão na Pós-Graduação em Computação”, o POSCOMP. a)Curriculum-Vitae (modelo Lattes); b) Diploma de mestrado ou declaração de matrícula em curso de mestrado; b)Análise de Curriculum Vitae; CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO c)Entrevista (para os candidatos selecionados nas etapas 1 e 2). c) Histórico escolar do curso de graduação e do mestrado; _ d)Duas cartas de recomendação de profissionais com título de doutor ou mestre; e) Plano de pesquisa CIÊNCIA DOS MATERIAIS a) Prova de conhecimentos específicos da área (eliminatória); b) Entrevista e análise de Currículum Vitae. _ _ 149 CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS a) Prova de conhecimentos (eliminatória); b) Defesa oral do Curriculum Vitae pelo candidato (eliminatória); c) Análise de histórico escolar da graduação; d) Análise de Curriculum Vitae; e) Análise de cartas de recomendação (eliminatória); f) Apresentação da carta de aceitação de um orientador pertencente ao corpo docente do Programa; g) Aprovação, pela comissão designada, do tema e resumo do projeto proposto. a) Análise e seleção dos planos de trabalho (eliminatória); b) Histórico Escolar (eliminatória); CIENCIA POLITICA a) Prova de conhecimentos; b)Defesa oral do Curriculum Vitae pelo candidato; c) Análise de histórico escolar da graduação e do Mestrado; d) Análise de Curriculum Vitae; e)Análise de cartas de recomendação; f) Apresentação da carta de aceitação de um orientador pertencente ao corpo docente do Programa; g) Aprovação do tema e resumo do projeto proposto; h) Aprovação em exame de proficiência em língua inglesa (eliminatória). a) Análise e seleção dos projetos de pesquisa(eliminatória); b) Entrevista (eliminatória); c) Prova escrita (eliminatória); _ _ c) Exame de Proficiência em língua estrangeira Inglês e Francês . d) Entrevista (eliminatória); e) Currículum Vitae (modelo Lattes ) a) Projeto de pesquisa e análise de Curriculum Vitae (eliminatória); CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE b) Provas escritas de conhecimentos gerais e específicos; _ c) Exame de proficiência em língua inglesa; _ c) Arguição oral dos projetos CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS a) Prova escrita (eliminatória e classificatória); b) Análise do Curriculum Vitae e (classificatória); c) Prova de língua inglesa (classificatória) entrevista a) Análise do Curriculum Vitae do candidato e do orientador; b) Comprovação de submissão ou aceitação de _ 150 no mínimo 1 artigo para publicação em periódicos nacionais ou internacionais indexados. a) Prova objetiva; CONSTRUÇÃO CIVIL b) Prova de proficiência em língua inglesa; _ _ _ _ c) Entrevista a) Prova de proficiência em língua inglesa (eliminatória); DIVERSIDADE BIOLÓGICA E CONSERVAÇÃO b) prova de conhecimentos específicos da área (eliminatória) c) Entrevista e análise de Currículum. a) Prova escrita de ecologia (eliminatória); ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS ECONOMIA b) Prova de língua inglesa; c) Análise de Curriculum Lattes a) Os candidatos só estão aptos a se inscrever após fazerem a prova da ANPEC (Associação Nacional de Economia); _ b) Após a confirmação da efetivação da prova é realizada entrevista e análise de curriculo. a) Prova de (Eliminatória); EDUCAÇÃO a) Prova escrita de ecologia (eliminatória) b) Prova de língua inglesa; c) Análise de Curriculum Lattes proficiência em língua estrangeira _ a) Análise do projeto de pesquisa; b) Análise do Curriculum Lattes; b) Prova escrita de conhecimentos C) _ _ Análise de projetos de pesquisa: d) Entrevista Curriculum Lattes (eliminatória). EDUCAÇÃO ESPECIAL (EDUCAÇÃO DO INDIVÍDUO ESPECIAL) a)Análise do Currículum Lattes e projeto de pesquisa e da possibilidade de orientação pelo corpo docente do programa; (eliminatória); a) Análise do Currículum Lattes e projeto de pesquisa e da possibilidade de orientação pelo corpo docente do programa (eliminatória); b) Provas Escritas; _ 151 b) Provas escritas; - Exame de Proficiência em língua inglesa (eliminatório) -Prova de Conteúdo e Expressão Escrita (eliminatória); c) Defesa oral dos projetos (eliminatória). - Exame de proficiência em língua inglesa (eliminatória); - Prova de Conteúdo e Expressão Escrita (eliminatória); c) Exposição e defesa oral do projeto de pesquisa (eliminatória). a) Carta de aceite preliminar do futuro orientador; b) Projeto de pesquisa; ENFERMAGEM c)Currículum Vitae documentado; _ _ d) Certificado de exame de proficiência em língua inglesa; e) Análise dos projetos de pesquisa (eliminatória); f) Análise de currículos (classificatória). a) Provas Gestão da Produção, Português, Inglês, Raciocínio Lógico do Teste ABEPRO (eliminatória); ENGENHARIA DE PRODUÇÃO b) Prova dissertativa (eliminatória); sobre a linha de pesquisa c) Entrevista sobre o projeto de pesquisa; d) Análise de Currículum Lattes a) Provas Gestão da Produção, Português, Inglês, Raciocínio Lógico do Teste ABEPRO (eliminatória); b) Prova dissertativa sobre a linha de pesquisa (eliminatória); _ c) Entrevista sobre o projeto de pesquisa; d) Análise de Currículum Lattes a) Análise curricular; a) Análise curricular; b) Análise do histórico escolar da graduação b) Análise do histórico escolar do Mestrado a) Provas escritas; b) Análise do Histórico Escolar; c) Análise de Curriculum Lattes; d) Entrevista. a) Certificado de conclusão do Mestrado ou declaração de Previsão de Defesa; ENGENHARIA QUÍMICA ENGENHARIA URBANA _ * Os critérios de seleção serão definidos pelo(s) professor(es) responsável(is) por cada Tema de Pesquisa. Os candidatos devem manter contato com o professor b) Análise do Currículum Lattes; d) Termo de Orientador ; Concordância do possível _ 152 responsável pelo Tema de Pesquisa, antes da inscrição, para obter maiores esclarecimentos dos projetos em desenvolvimento. e) Projeto de Pesquisa proposto para o Doutorado. f) Comprovante de resultado válido de teste de inglês TOEFL maior ou igual a 500 pontos (modalidade ITP). _ g) Avaliação pela Comissão Permanente de Seleção ao Doutorado sobre a proposta de desenvolvimento de doutorado. _ ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS ESTATÍSTICA FILOSOFIA a)Prova Escrita Conhecimentos (eliminatória); de b) Entrevistas sobre o desempenho acadêmico, a experiência profissional e a produção intelectual e técnica do candidato. a) Curriculum Vitae ; b) Diploma registrado ou Comprovante de Conclusão de Graduação; c)Histórico Escolar ; d)Duas cartas de recomendação a) Curriculum Vitae; b)Diplomas registrados de Graduação e Mestrado; Cópia dos Históricos Escolares de Graduação e Mestrado; c)Duas cartas de recomendação Em dezembro, a Comissão de Pós-Graduação (CPG) analisará a documentação recebida, e os candidatos são comunicados (por carta ou e-mail) sobre a aprovação ou não para o Curso de Verão. O Curso de Verão consiste na disciplina Teoria das Probabilidades, que será ministrada nos meses de janeiro e fevereiro, com aulas em dois dias por semana. Ao final do Curso de Verão,é analisado o desempenho de cada candidato, em conjunto com a documentação já entregue. a) Projeto de Pesquisa; A seleção será feita em dezembro e será baseada na análise dos históricos escolares, do Curriculum Vitae e das cartas de recomendação do candidato e, caso necessário, através de entrevista com o candidato e apresentação de seminário. a) Análise do Histórico Escolar; _ _ 153 b)Análise do Histórico Escolar; b) Análise do Projeto de Pesquisa; c)Análise do Projeto de Pesquisa; d)Análise do Curriculum Vitae (modelo LATTES); e) Exame escrito sobre temática filosófica . f) Exame de proficiência em língua estrangeira (Inglês, Francês, Italiano ou Alemão). Para o Mestrado é exigida a proficiência em uma língua estrangeira; g) Entrevista: Arguição sobre o projeto de pesquisa c) Análise do Curriculum Vitae (modelo LATTES) d)Exame de proficiência em língua estrangeira (Inglês, Francês, Italiano ou Alemão). Para o Doutorado é exigida a proficiência em duas línguas; g) Entrevista: Arguição sobre o projeto de pesquisa 154 a) Participação do candidato no Exame Unificado em Física (Ainda não obrigatório); b) Análise do Histórico Escolar, c) Curriculum Vitae (formato Lattes); a) Carta de aceitação do orientador; b)Análise do Histórico Escolar; c)Duas cartas de recomendação; d)Curriculum Vitae (formato Lattes). d)Duas cartas de recomendação (sugere-se que as cartas sejam de orientadores de Iniciação Científica (ou Mestrado) e/ou professores que tenham tido oportunidade de conhecer bem o candidato). A seleção de candidatos será feita pela Comissão de Admissão com base nos documentos mencionados e, caso necessário, através de entrevista com o candidato. FÍSICA FISIOTERAPIA _ a) Análise de Curriculo; a) Análise de projeto de pesquisa que seguirá os mesmos critérios da análise para o mestrado _ 155 b) Análise do projeto; (peso 20%); c) Prova de conhecimentos em Fisioterapia; b) Pontuação do Curriculum Vitae - peso 80% d) Prova de língua inglesa; e) Arguição do projeto apresentado e do Curriculum Vitae a) Prova de inglês (classificatória); b) Prova escrita de conhecimentos sobre temas abrangentes da Genética e Evolução; c) Análise de “Curriculum Vitae” GENÉTICA E EVOLUÇÃO IMAGEM E SOM LINGUÍSTICA MATEMÁTICA a) Análise de pré-projeto; b) Prova objetiva e proficiência em língua estrangeira; c) Entrevista individual a) Análise do projeto de pesquisa (eliminatória); a) Análise do reconhecimento do título de Mestre ou avaliação da produção científica. b) Análise de Curriculum Vitae e histórico escolar; c) Apresentação de um projeto de pesquisa, no modelo FAPESP, a ser defendido frente a uma Comissão de Seleção; d) Ter publicado ou aceito para publicação, no mínimo, um trabalho científico em revista Qualis A da sub-área de Genética, como autor ou coautor. Poderá ser consideradoum trabalho publicado, aceito ou submetido à publicação em revista de conhecido corpo editorial, como autor ou co-autor. _ _ _ a) Análise do projeto de pesquisa (eliminatória); b) Prova escrita (eliminatória); b) Prova escrita (eliminatória); c) Exame de proficiência em língua estrangeira; c) Exame de proficiência em língua estrangeira; d) Entrevista e defesa oral do projeto d) Entrevista e defesa oral do projeto a) Conhecimentos de tópicos básicos de Matemática; b) Análise de Curriculum Vitae; c) Análise de Histórico Escolar; d) Duas cartas de recomendação; e) Entrevista com o candidato; f) Análise do desempenho como aluno especial; a) Conhecimentos de tópicos Matemática; b) Análise de Curriculum Vitae; c) Análise de Histórico Escolar; d) Duas cartas de recomendação; e) Entrevista com o candidato; básicos de _ _ 156 g) Análise do desempenho nas disciplinas do Programa de Verão. A admissão no Programa se dará a partir da análise, pela Comissão de Pós-Graduação, dos documentos acima. Se necessário, uma entrevista com o candidato será realizada para avaliar as suas potencialidades a) Provas escritas de língua inglesa ( eliminatória) ; b) Prova de língua portuguesa- Comunicação e Expressão (eliminatório); c) Análise do projeto de pesquisa; PSICOLOGIA d) Arguição oral do projeto de pesquisa pelo orientador (classificatória); e) Anuência do orientador (Orientador deve entregar para a comissão de avaliação o formulário específico sobre a avaliação do projeto e do candidato (classificatória); QUÍMICA f) Análise do Currículum Vitae (classificatória); a) Prova escrita na área de Química Geral; A admissão no Programa se dará a partir da análise, pela Comissão de Pós-Graduação, dos documentos acima. a) Análise do Curriculum Vitae; b) Análise do Histórico Escolar; c) Análise do projeto de pesquisa d) Publicação científica de autoria do candidato Cópia integral de pelo menos um artigo publicado em (ou submetido a) periódico de ampla circulação, com corpo editorial e sistema de revisão por pares. documentado b) Análise do histórico escolar do aluno no curso superior pleno do qual é portador de diploma e do seu Curriculum Vitae. 2Etapa: No final do semestre, os discentes que mostrarem rendimento compatível com conceitos A ou B, passarão para a segunda etapa que consistirá na continuidade das atividades para complementar os créditos e a elaboração da dissertação. O discente que não obtiver o rendimento necessário na primeira etapa receberá certificados referentes às disciplinas que conseguir aprovação e será desligado do programa a)Carta de aceite b) Proposta de trabalho; do orientador. c) Entrevista para a discussão da proposta de trabalho, avaliando a capacidade e a maturidade do candidato; d)Análise do histórico escolar do aluno no curso superior pleno do qual é portador de diploma e do seu Curriculum Vitae. a)Declaração da empresa ou instituição de ensino secundário comprovando o interesse na formação do aluno em mestrado profissional; b)Prova escrita ou oral enfocando a proposta de trabalho, avaliando a capacidade e a maturidade do candidato. (eliminatória). c)Resumo da proposta de trabalho de interesse da 157 empresa ou instituição de ensino; d)Análise do histórico escolar do aluno no curso superior pleno do qual é portador de diploma e do seu Curriculum Vitae. a) Prova escrita versando sobre teoria sociológica (eliminatória); b) Análise do projeto de pesquisa (eliminatória); SOCIOLOGIA c) Exame oral centrado no currículo, histórico escolar e projeto do candidato (eliminatória). a) Análise do projeto de pesquisa (eliminatório); b) Exame de Proficiência em língua inglesa. Caso esta proficiência seja comprovada, o candidato deve optar pelo exame de Francês ou de Espanhol (eliminatória); _ c) Exame oral centrado no currículo, histórico escolar e projeto do candidato (eliminatória). a) Análise da adequação do projeto às linhas de pesquisa ofertadas(eliminatória); b) Prova escrita (eliminatório); TERAPIA OCUPACIONAL de língua inglesa instrumental, c) Prova de habilidades em comunicação escrita; d) Seleção de projetos que sejam pertinentes ao Programa, às linhas de pesquisa e à disponibilidade dos orientadores (eliminatório e classificatório) e) Análise de Curriculum Vitae, (classificatória) f) Defesa oral do projeto (eliminatório e classificatório). *M= Mestrado, MP= Mestrado Profissional, D=Doutorado _ _ 158 159 Apêndice: 5 Conceitos relacionados ao Trabalho de acordo com o Decreto nº 5707/2006 Desenvolvimento – processo continuado que visa ampliar os conhecimentos, as capacidades e habilidades dos servidores, a fim de aprimorar seu desempenho funcional no cumprimento dosobjetivos institucionais; Capacitação – processo permanente e deliberado de aprendizagem, que utiliza ações de aperfeiçoamento e qualificação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais, por meio do desenvolvimento de competências individuais; Educação formal – educação oferecida pelos sistemas formais de ensino, por meio de instituições públicas ou privadas, nos diferentes níveis da educação brasileira, entendidos como educação básica e educação superior; Aperfeiçoamento – processo de aprendizagem, baseado em ações de ensino-aprendizagem, que atualiza, aprofunda conhecimentos e complementa a formação profissional do servidor, com o objetivo de torná-lo apto a desenvolver suas atividades, tendo em vista as inovações conceituais, metodológicas e tecnológicas; Qualificação – processo de aprendizagem baseado em ações de educação formal, por meio do qual o servidor adquire conhecimentos e habilidades, tendo em vista o planejamento institucional e o desenvolvimento do servidor na carreira; Desempenho – execução de atividades e cumprimento de metas previamente pactuadas entre o ocupante da carreira e a IFE, com vistas ao alcance de objetivos institucionais; 160 Anexo 1: ATO ProPG Nº 07/2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO ATO ProPG Nº 07/2009, de 26 de fevereiro de 2009. Dispõe sobre normas para implementação do Programa de Apoio à Capacitação de Servidores da UFSCar no ano de 2009 O Pró-Reitor de Pós-Graduação da Universidade Federal de São Carlos, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, CONSIDERANDO o Parecer nº 1072, de 12 de agosto de 2005, da CANOA Comissão para Assuntos de Natureza Orçamentária e Administrativa do Conselho Universitário da UFSCar, que aprovou a criação do Programa de Apoio à Capacitação de Servidores da UFSCar, RESOLVE: Adotar os procedimentos abaixo explicitados para a implementação do Programa de Apoio à Capacitação de Servidores da UFSCar, para 2009. Art. 1º – O Programa apoiará servidores da UFSCar, docentes ou técnico-administrativos, que estiverem regularmente matriculados em curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado) em instituição fora da cidade em que se localiza o respectivo campus da UFSCar em que os mesmos estejam lotados e que freqüentem o curso em regime de afastamento parcial, devidamente aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação (Portarias GR 043/87 e 432/90). Parágrafo único – Excepcionalmente, poderá receber apoio servidor em regime de afastamento integral devidamente aprovado, que não usufrua bolsa, correspondendo este apoio a 80 %, no máximo, ao do valor concedido ao servidor em regime de afastamento parcial. Art. 2º – O apoio dado pelo Programa tem como objetivo auxiliar o custeio de despesas de deslocamento/estadia, podendo compreender: a) a concessão de diária(s) ou ressarcimento de despesas devidamente comprovadas com hospedagem e refeições; b) ressarcimento de despesas devidamente comprovadas com passagens de ônibus ou combustível e pedágios, até valor máximo semestral fixado em função da distância entre a cidade em que o servidor se capacita e a do campus da UFSCar em que o servidor está lotado: - até 75 km: R$ 900,00 - entre 75 km e 150 km: R$ 1.800,00 - entre 150 km e 300 km: R$ 2.700,00 - acima de 300 km: R$ 3.600,00 Art. 3º – Caberá à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (ProPG) o gerenciamento do Programa. Assim, as solicitações de diária e correspondentes prestações de conta ou as solicitações de ressarcimento de despesas deverão ser encaminhadas à mesma. § 1º – A tramitação de uma solicitação de diária só ocorrerá se não houver prestação de contas pendente. § 2º – A solicitação de ressarcimento de despesas deve ser encaminhada por meio de formulário disponível na página da ProPG, devidamente preenchido e assinado, especificando a atividade realizada e anexando os correspondentes documentos comprobatórios. Prof. Dr. Bernardo Arantes do Nascimento Teixeira Pró-Reitor de Pós-Graduação