INFORMATIVO ELETRÔNICO DO MANDATO - 463 - 22/03/2013 Mudanças, transformações e deslocamentos sociais Artigo de Villa, originalmente publicado no Sul21, aborda as conquistas ocorridas nos governo de Lula e Dilma, que considera como apenas o começo do processo de avanços para se fazer as reformas estruturantes que o Brasil e nosso povo tanto necessitam 1 VILLA N o seu livro clássico publicado em meados dos anos 60, “A Revolução Brasileira”, o professor, intelectual e deputado comunista na Constituinte em 1947, Caio Prado Jr, afirma em síntese que “os empecilhos para que nossa nação rompa o círculo vicioso do atraso estão absolutamente vinculados à miséria existente no nosso país”. Usando uma categoria gramsciana poderíamos dizer que o tema da miséria no país equivale ao que se denominou, na Itália, de “A Questão Meridional”. Ou seja, que a grande debilidade do capitalismo italiano estava em não ter resolvido os problemas do atraso da sua região sul. Esta introdução é feita para permitir maiores elementos de compreensão ao singular momento histórico que estamos vivendo no Brasil. E para reafirmar que o enfrentamento à miséria não é obra do acaso e nem produto da genialidade de somente uma liderança. Mas sim, resultado de uma injunção política, que combina acúmulo de construção histórica coletiva, formulação teórica com ação prática, a eleição de um governo disposto a enfrentar a “nossa Questão Meridional” qual seja, a miséria – e uma liderança que veio de baixo, forjada na luta social, com responsabilidade para enfrentá-la, sobretudo com enorme legitimidade para tal. Que mesmo em meio à enorme crise do modelo neoliberal em âmbito global, criou as condições para vivermos um período no Brasil de enormes deslocamentos nas condições e relações sociais de nosso povo, através de significativas mudanças e transformações do ponto de vista econômico, social e cultural, que o próprio pensamento sociológico e político ainda não teve tempo hábil de refletir e analisar. Pois aquilo que se pode chamar de “Era Lula” ou de “Lulismo” é muito recente e, portanto, seu sentido histórico ainda está longe de se fixar. Na “era Lula”, a partir das mudanças e transformações produzidas no Brasil, [...] as classes mais precarizadas têm hoje uma saída para se deslocarem desta dominação e romperem com uma indigna e longa subordinação a que foram submetidas. Aliás, todo o fenômeno social e político que, do ponto de vista histórico, se pretenda ser analisado de forma rigorosa, exige um paciencioso estudo, e não recomenda conclusões precipitadas. Mas também não aconselha caracterizações simplificadas e pseudoesquerdistas, descoladas de nossa realidade social e desprovidas de conteúdo. É assim que, após duas décadas de ditadura e uma de neoliberalismo, depois dos governos de Getúlio Vargas, do movimento épico da Legalidade com Brizola e as reformas de base de Jango, descortinamos as primeiras décadas do século XXI com três mandatos consecutivos dirigidos por forças democráticas e populares. Que abrem um período de grandes e positivas alterações nas camadas sociais de nosso país, produzidos por importantes mudanças e transformações decorrentes de fortes programas sociais e políticas de desenvolvimento. E, mesmo com toda a precaução que tal caracterização exige, já se pode antever que elas não são mais uma pequena janela num largo período conservador brasileiro, mas, sim, uma possível ponte relevante para uma ruptura com um modelo herdado. Capaz de propor e efetivar a construção de um projeto nacional com justiça social, democrático e soberano. Que nos possibilite retomar, nesta segunda década do terceiro milênio, mesmo em meio à crise mundial, a noção de que ainda é possível construir um Estado-Nação, em plena era da mundialização das relações em sociedade. Continue lendo o artigo nas páginas 2 e 3 Assembleia Legislativa do RS - Praça Marechal Deodoro, 101 - Gab. Parlamentar, sala 1001 - 100 andar- (51) 3210.1370 Siga o Villa: Site: www.adaovillaverde.com.br | Twitter: @_villa13_ | Facebook: adaovillaverde Estes deslocamentos sociais tornam-se mais evidentes quando, de forma desapaixonada, examinamos os números, os resultados e os benefícios trazidos ao povo brasileiro por este período que podemos caracterizar de o “Lulismo” no governo. Lula e Dilma promoveram mudanças de tal monta que 40 milhões de brasileiros, que viviam à margem da sociedade, se beneficiaram de um amplo processo de inclusão. Foram programas sociais e políticas de desenvolvimento que fizeram com que boa parte da população, que vivia abaixo da linha da miséria,melhorasse sua condição de vida Lula e Dilma promoveram mudanças de tal monta que 40 milhões de brasileiros, que viviam à margem da sociedade, se beneficiaram de um amplo processo de inclusão. Foram programas sociais e políticas de desenvolvimento que fizeram com que boa parte da população, que vivia abaixo da linha da miséria, melhorasse sua condição de vida, a ponto de alguns economistas já começarem a dizer que estamos virando um país de classe média, devido ao grau acelerado de deslocamentos e mobilidade social ocorrido neste período. E que Marilena Chauí chama de "ampliação da classe trabalhadora". Enquanto no início da década passada tínhamos em torno de 60 milhões de pessoas na chamada classe C, no início desta temos mais de 100 milhões. Nas chamadas classes D e E, tínhamos 90 milhões e agora baixaram para 45 milhões. E as classes A e B tinham 25 milhões que foram para mais de 40 milhões, conforme dados da pesquisa Observador Brasil, realizados pela Celetem BGN-IPSOS. Há um outro indicador utilizado por André Singer e pela ministra do Planejamento Miriam Belchior, que é o Índice de GINI, que mede distribuição de renda no país, que vai de zero(+ igual) a um (igual). No final da década de 90 do século passado, era de 0,553; passou para 0,520 em meados da primeira década do terceiro milênio e cai hoje a um valor próximo de 0,500. Em pouco menos de uma década nosso país mudou de face. Quando Lula chegou ao governo o Risco Brasil era de 2.400 pontos, a inflação tinha uma projeção anual de 24%, a taxa Selic atingia juros espantosos de 25% e o dólar valia R$ 4,00. O desemprego era superior a 12% e o salário mínimo não chegava a US$ 70. Além disto, tínhamos uma dívida externa de US$ 220 bilhões e nossas reservas eram de apenas US$ 36 bilhões. Associado a tudo isto, não podemos esquecer que vivíamos sobre o tacão do apagão, do racionamento de energia elétrica e das privatizações. Hoje, o quadro é bem distinto e as mudanças foram significativamente para melhor. O risco país caiu para 155 pontos, a inflação está controlada, a taxa Selic diminuiu para 7,25%, o juro real desceu para 1,5% e o câmbio estabilizou em R$ 2,00. Mas não parou aí: foram criados, durante todo este período, 19 milhões de empregos com carteira assinada; o salário mínimo superou os US$ 300 e nossas reservas chegam à casa de US$ 370 bilhões. Estudiosos e economistas classificam nossa situação neste momento como de pleno emprego. Sem contar que a massa salarial no PIB brasileiro subiu neste período de 46% para mais de 52% e o PIB per capita real anual passou de R$ 16.482,00 para R$ 21.252,00. Num país continental como o nosso, com um gigantesco mercado de massas, foi necessário reconhecer a existência de uma grande fração de classe, que necessitava sair da exclusão e ascender ao mundo do trabalho e ter um governo com respostas para isto Tudo isto é fruto de uma opção pelo desenvolvimento com inclusão e distribuição de renda, deixando para trás uma política elitista, concentradora, que privilegiava o rentismo e a especulação financeira, além de subordinada e submissa, do ponto de vista internacional. E que induz o país a fazer um caminho inverso ao que se percorre no mundo. Enquanto excluídos se afastam ainda mais dos incluídos no cenário mundial, aqui este distanciamento é cada vez menor. Só se pode entender tudo isto, a partir da compreensão de que o “Lulismo”, ao enfrentar a miséria como uma questão central, dinamizou nossa economia e começou a mudar as relações de classes sociais, alterando o estranho e prolongado arranjo político em que os excluídos eram o eixo de sustentação da exclusão. Estes deslocamentos sociais tornam-se mais evidentes quando, de forma desapaixonada, examinamos os números, os resultados e os benefícios trazidos ao povo brasileiro por este período que podemos caracterizar de o “Lulismo” no governo Ao encontrar um país com um grau tão elevado de miséria, profundas desigualdades sociais e enormes diferenças econômicas, mas com um mercado interno de massas com imenso potencial, as mudanças que foram feitas, embora brandas, produziram significativos efeitos, sobretudo para os de baixo, que foram fortemente beneficiados por elas. Pois tanto na simbologia da política quanto na prática, estes efeitos foram tão fortes que, de um lado, as urnas mostraram na eleição de Dilma, quando sucedeu Lula, o quanto foram eficazes estes resultado e, de outro, que a oposição ficou sem discurso e sem projeto político para o país, restando a ela defender uma agenda conservadora e superada, interditada e derrotada pelas iniciativas do “Lulismo”. Em resumo a “era Lula” a partir das mudanças e transformações produzidas no Brasil, onde há muitas gerações as classes mais precarizadas sempre esti02 veram esquecidas e, muitas vezes, foram manipuladas e utilizadas funcionalmente, têm hoje uma saída para se deslocarem desta dominação e romperem com uma indigna e longa subordinação a que foram submetidas. E é daí que conclui-se que o programa do “Lulismo”, de erradicação da miséria, intervém fortemente na condição de fazer com que os setores mais excluídos da sociedade, passem a se afastar da indiferença política e incidir no conflito nuclear brasileiro, como já dizia Caio Prado Jr, qual seja aquele que opõe “incluídos” e “excluídos”. Num país continental como o nosso, com um gigantesco mercado de massas, foi necessário reconhecer a existência de uma grande fração de classe, que necessitava sair da exclusão e ascender ao mundo do trabalho e ter um governo com respostas para isto. De onde se depreende que todas estas alterações e deslocamentos podem estar representando, como as urnas assim têm confirmado, a configuração de um novo bloco social no país. Capaz de nos dias de hoje realizar algo semelhante ao que produziu o “Varguismo”, dentro dos seus limites, quando soldou os migrantes rurais aos trabalhadores urbanos, firmou o papel das funções públicas de Estado e produziu um processo de industrialização e inclusão de novo tipo. É mister registrar que, sempre, a esquerda brasileira teve como evidente que, para enfrentar o tema da miséria, seria necessário alterar a ordem vigente com uma estratégia radical. Enquanto no início da década passada tínhamos em torno de 60 milhões de pessoas na chamada classe C, no início desta temos mais de 100 milhões. Nas chamadas classes D e E, tínhamos 90 milhões e agora baixaram para 45 milhões. E as classes A e B tinham 25 milhões que foram para mais de 40 milhões Ela não deixa de continuar válida, mas o que o “Lulismo” passa a demonstrar é que existem outras possibilidades e caminhos, que André Singer, no seu livro “Os Sentidos do Lulismo”, chama de “reformismo lento” ou gradual, mas que não deixa objetivamente, na prática, de ser reformismo. Sobretudo porque empolga aqueles que até então estavam fora do concerto social vigente e começam a sentir e verificar concretamente a diminuição das desigualdades e a melhora da sua condição de vida. [...] o fim da miséria, mesmo com toda sua dimensão, deve ser compreendido apenas como o começo, pois serão ainda necessárias decisões políticas firmes e justas, com eficiência e a necessária capacidade operacional e de gestão, para acumularmos mais força ainda [...] Por fim, é evidente que mesmo com todos estes avanços, o déficit social e político do nosso país para com o nosso povo é ainda imenso. E o que já fizemos é pouco diante das tarefas e responsabilidades que teremos ainda pela frente. Portanto, o fim da miséria, mesmo com toda sua dimensão, deve ser compreendido apenas como o começo, pois serão ainda necessários decisões políticas firmes e justas, com eficiência e a necessária capacidade operacional e de gestão, para acumularmos mais força ainda. Onde necessariamente não deve faltar elaboração política, planejamento e iniciativas que nos proporcionem uma relação mais forte com a dinâmica das lutas sociais do país. De modo também que possamos incidir com mais contundência, naquilo que na disputa política chamamos de correlação de forças. Para que possamos fazer as reformas estruturantes e construirmos uma democracia verdadeiramente substantiva que o Brasil e nosso povo tanto necessitam. RECONHECIMENTO DO MODO DE GOVERNAR Brasil sem Miséria será debatido em reunião da Organização Internacional do Trabalho Após ser reconhecido pelo Banco Mundial (Bird) e pelas Nações Unidas como iniciativa de sucesso para a inclusão social e o combate à pobreza – ao conseguir retirar 22 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza, o Plano Brasil sem Miséria será apresentado nesta sexta-feira (22), em reunião do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra. O governo aproveitará o evento para mobilizar empresários e trabalhadores para participar da III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, marcada para outubro deste ano, no Brasil. A experiência brasileira vai ser debatida no painel Agenda para o Desenvolvimento Sustentável pós-2015. Além da transferência de renda, por intermédio do Programa Bolsa Família, o Brasil Sem Miséria também desenvolve ações nas áreas de acesso a serviços públicos e inclusão produtiva e urbana. FONTE: Portal do Planalto LEIA+ http://migre.me/dMtX3 1 Artigo publicado no jornal Zero Hora em 21 de março de 2013. 2 Engenheiro, professor, e deputado (PT-RS) 03 SANEAMENTO Obras do município de Guaíba são visitadas Gladimiro Machado Gladimiro Machado N a tarde de quarta-feira (21), ao lado do vereador guaibense Alexandre Santana, o Xandão, Villa acompanhou o andamento das obras das Redes Coletoras de Esgoto e Estação de Bombeamento de Guaíba, que elevará de 3% para 25% o índice de tratamento do esgoto do município. As obras são realizadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC1) do governo federal e executadas pela Corsan. Até o momento, já foram executados 26 quilômetros de redes e emissários de esgoto. Villa também visitou a Estação de Tratamento de Esgoto, com obra concluída, que será uma das mais modernas do Brasil e entrará em operação imediatamente após as obras das três elevatórias ser concluída. Também teve a oportunidade de passar no bairro Cohab - Santa Rita, onde verificou a situação do valão que deverá receber investimentos através do PAC2. ARTIGO Nesta sexta-feira (22), comemoramos o Dia Mundial da Água, bem imprescindível para a vida em nosso planeta. Abaixo, artigo do Villa no qual o parlamentar faz uma reflexão sobre esta significativa data O planeta pede água 1 VILLA O mundo vive uma época crítica, um tempo febril, no qual toda sua fragilidade é revelada. Parece que o planeta aponta mais para um rumo imponderável, do que para uma sociedade portadora de um sentido de futuro para a humanidade. São alterações climáticas, evidências do aquecimento global, tragédias ambientais, desertos avançando, falta de água e extinção de espécies. Quando se comemora o Dia Mundial da Água em 22 de março por decisão da Unesco, isto deve nos conduzir a uma reflexão obrigatória, sobretudo acerca do futuro dos recursos hídricos e, por decorrência, da própria sobrevivência da humanidade. Visto com o olhar realista, o futuro do planeta é cada vez mais assustador. Cada vez parece mais verdadeira e irreversível a falta de água e sua contaminação, indicando que, em futuro não muito distante, assistiremos, ou participaremos, de uma guerra em sua busca. Apesar disto, ainda é dominante uma cultura de desperdício de água, acreditando-se, erradamente, que ela é um recurso natural ilimitado. Entretanto, segundo a ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou por sua contaminação. Assim sendo, o rápido crescimento da população mundial e a crescente poluição, causadas também pela industrialização desregulada, torna a água o recurso natural mais estratégico do mundo, pois para cada mil litros de água utilizados, outros 10 mil são poluídos. E mesmo um país privilegiado como o nosso, com mais de 11% de toda a água doce do planeta, com o maior rio do mundo (Amazonas) e com o maior reservatório de água subterrânea do planeta (Aqüífero Guarani), não escapa de uma previsão sombria. Mal distribuídas, 70% das águas do- ces do Brasil estão na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população, restando apenas 3% de água, por exemplo, para a região Nordeste. Portanto a água potável e acessível, assim como o ar puro que devemos respirar e o alimento com qualidade que necessitamos, se constitui elemento indispensável para a vida. Mas embora habitemos um planeta com dois terços de sua superfície coberta de água, apenas uma ínfima parcela está na superfície continental e ainda precisa de intervenção do homem para captá-la, mas com sua crescente contaminação talvez estejamos todos juntos caminhando para um grande naufrágio global. Por isto é inadiável a interrupção desta lógica pois, do contrário, além do homem estar em busca d’água, também o planeta estará a pedir água. 1 Engenheiro, professor, e deputado (PT-RS) 04 COMISSÃO ESPECIAL Engenheiro afirma que lei contra incêndios está defasada Marcelo Bertani/Ag. ALRS “ Em momentos de crise financeira, é sempre o sistema de proteção contra incêndio que é cortado A quarta audiência pública da Comissão Especial criada para atualizar a legislação de proteção contra incêndios, presidida por Villa, reuniu na segunda-feira (18), no Plenarinho da ALRS, dois especialistas brasileiros da Sociedade de Engenharia do RS (SERGS),João Daniel Xavier Nunes, Cláudio Alberto “ João Daniel Hanssen e o engenheiro norteamericano Russ Fleming, que acompanhou os trabalhos realizados pelas autoridades americanas no incêndio ocorrido em 2003, na boate “The Station” em West Warwick, no estado de Rhode Island nos EUA e participou da revisão das leis nos Estados Unidos. O primeiro a se manifestar foi o engenheiro João Daniel que defendeu a atualização da legislação. “Eu penso que a proteção contra incêndio não deve ser fixa em lei”, disse ele. “A lei tem que determinar os parâmetros. Sua regulamentação pode ser feita por regramentos ou decretos para não haver engessamento. Existem diversos itens da legislação que já estão atrasados. A tecnologia e ocupação dos imóveis atropelou isto. Tratando da legislação estadual, ela já se encontra defasada, pois já faz 15 anos desde o último regramento”. Para ele o Sistema Integrado de Gestão contra Incêndio eliminou o projeto físico. “Com isto em caso de sinistro, não dá nenhuma orientação do tipo de prédio que se encontrará pela frente. Deve existir uma padronização em todo o estado”. Para o engenheiro, de todo modo sem a devida fiscalização, nada ajudará na segurança. “Em momentos de crise financeira, é sempre o sistema de proteção contra incêndio que é cortado”, criticou. Norte-americano defende uso de chuveiros automáticos máticos, que jogam água no ambiente ao primeiro sinal de fogo, devem ser instalados em todos os estabelecimentos em que circulem mais de 50 pessoas. São equipamentos indispensáveis e eficazes para se evitar a propagação de incêndios. Fleming acompanhou as providências legislativas e técnicas encaminhadas pelas autoridades americanas após a tragédia da boate The Station, em 2003,em Rhode Island, quando mais de 100 jovens morreram em um incêndio, e trouxe lições e alertas importantes para os gaúchos. O especialista observou que nem a boate de seu país nem a Kiss, de Santa Marcelo Bertani/Ag. ALRS “ [...] o sistema de chuveiro é a melhor solução porque corrige deficiências do sistema de proteção [...] Russ Fleming “ S egundo o engenheiro norte-americano Russ Fleming, os chuveiros auto- Maria, possuíam sistema de chuveiros que, após a tragédia em Rhode Island, passaram a ser obrigatórios em três estados americanos e no município de Nova Iorque em clubes ou casas noturnas com mais de 50 ocupantes. Em Mariland e na 05 COMISSÃO ESPECIAL Califórnia, as residências novas precisam possuir chuveiros automáticos. Em nível federal nos Estados Unidos os sistemas de chuveiros são obrigatórios em hospitais e em asilos que reivindiquem verbas federais. “Mesmo que não seja uma tecnologia nova, e ao contrário é bem simples, o sistema de chuveiro é a melhor solução porque corrige deficiências do sistema de proteção”, que exibiu vídeos de simulações de incêndios com os equipa- mento, preservando o nível de oxigênio do ambiente, e sem os chuveiros automáticos. “Mantida em encanamento pressurizado, a água é acionada em dois ou três desses sistemas de chuveiros, de acordo com grau de calor, diretamente sobre o incêndio, controlando-o em pequenas proporções, sem que cheguem a dimensões perigosas”, argumenta ele. E o controle de fumaça não é im- portante?, indaga ele, para responder que a fumaça é produzida pelo próprio fogo. “Portanto é o fogo que tem que ser atacado antes”, afirma. Para ele, as leis precisam ser reformuladas, com a obrigatoriedade do uso dos sistemas de chuveiros e proibição de fogos de artifícios, devendo-se considerar ainda a capacidade de rotas de fuga, o adequado treinamento das pessoas envolvidas e a disponibilidade de extintores. Especialista diz que responsáveis também precisam de atualização técnica Para o RS ter legislação melhor, oferecendo mais segurança para as pessoas, não é só a lei que tem que ser atualizada. Na opinião do especialista da Sociedade de Engenharia do RS (SERGS), Cláudio Alberto Hanssen, os responsáveis pela proteção contra incêndios, como os profissionais de prefeituras, precisam se atualizar obrigatoriamente. “É preciso estímulos e subsídios para viagens e para leitura de revistas técnicas; é necessário reservar verbas para isto”, disse o engenheiro. Hanssen apresentou sugestões de vários procedimentos, como o valor do sistema de extração para fumaça que considera necessário “porque o que mata, com o uso excessivo dos plásticos, é a fumaça”. O engenheiro Reunião ordinária Antes da audiência pública, foi realizada reunião ordinária da Comissão. Os parlamentares aprovaram a realização de mais três audiências públicas. Participaram da reunião ordinária os deputados Villa e Valdeci Oliveira (PT), Jurandir Maciel (PTB), Gilberto Capoani (PMDB), Paulo Odone (PPS), Raul Carrion (PCdoB) e Lucas Redecker (PSDB). Marcelo Bertani/Ag. ALRS acha que o pé direito de uma casa noturna deve ser elevado e não pode ser diminuído com a mudança do tipo de uso do imóvel. Hanssen defende, também, o uso de extintores de água, antigos, mas baratos e diretos. “Pode ser mais eficiente porque molha”, disse. Segundo Hanssen, à exceção de Porto Alegre, quase todos municípios abdicaram da legislação própria e conveniaram com o Corpo de Bombeiros. Em Marau é o Corpo de Bombeiros voluntário, com engenheiro contratado pelo município, que examina projetos e libera o funcionamento. A comunidade local tem que se integrar nos exames de projetos de proteção contra incêndios e na fiscalização”, prega ele. “Proteger contra incêndios é salvar vidas”, afirmou Hanssen que define como exemplar a legislação do estado de São Paulo que é atualizada a cada cinco anos, a última vez realizada em 2011. SEGUNDA-FEIRA 25 de março, às 17h30 Convidados: representantes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), engenheiro Melvis Barrior Júnior; e Marco Antônio Canto, da Seção de Segurança e Saúde do Trabalhador, da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego. Os três convidados foram unânimes em afirmar que a atualização da legislação passa necessariamento por uma fiscalização mais rigorosa QUARTA-FEIRA 3 de abril (horário a confirmar) Convidados: representantes da Secretaria Estadual de Segurança Pública, da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros SEGUNDA-FEIRA 8 de abril, às 17h30 Convidados: representantes das secretarias municipais de Indústria e Comércio e Obras e Viação de Porto Alegre, da Famurs e da Associação Gaúcha de Municípios. 06 REPERCUSSÃO DO TRABALHO DA COMISSÃO ESPECIAL Balanço parcial sobre os avanços construídos nas audiências públicas E m entrevista à TV Assembleia na manhã de terça-feira (19), Villa fez um balanço parcial dos trabalhos da Comissão Especial após quatro audiências públicas debatendo a legislação de segurança, proteção e prevenção contra incêndios no RS. O deputado salientou que já existe um norte para a necessária atualização da legislação gaúcha que deve contemplar definições claras e objetivas, determinar atribuições e responsabilidades, fiscalização rigorosa e sanções significativas. Villa também destacou as manifestações da quarta audiência, na segunda-feira (18), no Plenarinho, com a participação do norte-americano Russ Fleming defendendo o uso de sistema de chuveiros automáticos, o engenheiro Jorge Daniel Xavier Nunes citando a lei do estado de São Paulo como referência importante e o especialista Claudio Hanssen destacando a importância do controle de fumaça e do regramento do uso de materiais e substâncias químicas. NA IMPRENSA A colunista política do jornal Zero Hora, Rosane de Oliveira, destacou a participação do engenheiro norte-americano Russ Fleming na audiência pública realizada na segunda-feira da Comissão Especial de Revisão e Atualização da Legislação de Segurança, Prevenção e Proteção Contra Incêndio no RS.Abaixo nota publicada na edição do jornal de terça-feira (19). Villa fez um balanço inicial do trabalho realizado pela Comissão até o momento Sindpoa apoia legislação clara com atribuições bem definidas André Pereira "CHUVEIROS CONTRA O FOGO” Convidado a participar da comissão legislativa que discute a revisão da legislação de prevenção contra incêndios, o engenheiro norte-americano Russ Fleming (à direita na foto) recomendou ao Estado investir em uma tecnologia simples, mas que pode auxiliar no controle das chamas em locais fechados: os sprinklers. São chuveiros automáticos, posicionados no teto, que jogam água no ambiente assim que detectam fogo. Fleming afirmou que os sprinklers deveriam ser instalados em todos os estabelecimentos em que circulem mais de 50 pessoas. O engenheiro acompanhou as medidas tomadas pelas autoridades americanas após a tragédia da boate The Station, em 2003, em Rhode Island, quando mais de cem jovens morreram em um incêndio. Após a tragédia, os equipamentos se tornaram obrigatórios em três Estados. O presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre (Sindpoa), José Jesus Santos, a diretora superintendente da entidade Maria Isabel Nehme e o dirigente Roberto Snel visitaram o gabinete do Villa, na manhã de quarta-feira (20), para dar apoio à Comissão Especial de revisão e atualização das leis de segurança, prevenção e proteção contra incêndios no RS. Os líderes dos comerciantes da capital, que envolvem desde bares e restaurantes a hotéis, concordam com as premissas da Comissão, de propor uma legislação clara e com atribuições e responsabilidades bem definidas. 07 REPERCUSSÃO DO TRABALHO DA COMISSÃO ESPECIAL Segurança e prevenção contra incêndio são temas de seminário organizado pela Fegame SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM GUAÍBA Por iniciativa do vereador Alexandre Santana (Xandão), Villa esteve, na quinta-feira (21), na Câmara de Vereadores de Guaíba, onde debateu a legislação de Segurança e Proteção contra Incêndio, tema da Comissão Especial que preside no âmbito do Parlamento gaúcho. Estiveram presentes no encontro, o vice-prefeito Carlos Rogério, o vice-presidente da Câmara, vereador Alex Medeiros, os vereadores Antônio Rodrigo (Sarrafo) e Paula Almeida, além de soldados do Corpo de Bombeiros do município e integrantes da comunidade. Marcelo Antunes N a manhã de sábado (16), Villa participou do Seminário organizado pela Federação Gaúcha de Ministros Evangélicos (Fegame) tratando do tema da segurança, prevenção e proteção contra incêndio nos Templos. Um dos painelistas foi o professor Telmo Brentano, especialista na área, junto com representantes do Corpo de Bombeiros e da Câmara Municipal de Porto Alegre. Falando a uma plateia formada principalmente por pastores evangélicos, Telmo Brentano reafirmou que toda e qualquer legislação na área deve ser clara do ponto de vista do conteúdo, com critérios e parâmetros uniformes, com atribuições e responsabilidades bem definidas, exigindo inspeções e fiscalização e ter de forma bem definida as sanções. Para Villa, que atualmente preside a Comissão Especial que irá revisar e atualizar a legislação gaúcha de segurança e prevenção contra incêndios, “definir claramente as atribuições é fundamental.A lei tem que ter previsão de conteúdo e sanção”, destacou, lembrando que a Comissão Especial tem, “a partir desses encontros e das audiências públicas que estamos realizando no Parlamento gaúcho condições de produzir uma lei avançada”. O ex-comandante da Brigada Militar em Porto Alegre, coronel Arlindo Bonete, e o relator da Comissão Especial, deputado Jurandir Maciel, também participaram do encontro. Villa e Telmo participaram do encontro Diretor do Sulpetro conhece o trabalho de revisão e atualização das leis se segurança contra incêndio Na tarde de quarta-feira (20), Villa reuniu-se, em seu gabinete parlamentar, com Diogo Baigorra o diretor do Sindicato Intermsunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do RS (Sulpetro), Ronaldo Leite, e o advogado da entidade Maurício Fernandes para tratar do trabalho da Comissão Especial de Revisão e Atualização da Legislação de Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndio no RS, que o deputado preside. Na audiência, Villa expôs que as quatro audiências públicas realizadas no âmbito da Comissão já apontaram “um norte” e elencaram as principais defasagens da atual legislação. O parlamentar também ressaltou que esses encontros com especialistas resultaram em importantes contribuições para suprir as deficiências e atualizar as leis no RS. Ele pontuou que a Comissão também realizará audiências com representantes da sociedade civil e com entidades relacionadas com o assunto da segurança contra incêndios. 08 “A DITADURA DA SEGURANÇA NACIONAL NO RIO GRANDE DO SUL” Comissões da Verdade recebem coletânea da Assembleia “ A ditadura tem que ser permanentemente derrotada em seu legado, como nas torturas que ainda vigoram nos presídios hoje no Brasil A tese do 'não olhar para trás' é um convite à cegueira, que quer fazer esquecer que 'auto-anistia'' não pode abranger a tortura Maria do Rosário Tarso Genro Paulo Pinheiro, Tarso e Villa Ao iniciar sua manifestação, confirmando que entregará em 2014 à presidenta Dilma o relatório final da Comissão Nacional da Verdade que ele coordena, Paulo Sérgio Pinheiro lembrou o falecimento da secretaria estadual de Políticas para Mulheres, Márcia Santana, e foi muito aplaudido. “ A memória e a inspiração de Márcia Santana nos ajudarão nos nossos trabalhos “ “ Caco Argemi/Palácio Piratini A o participar da solenidade de abertura da audiência pública conjunta das Comissões Nacional e Estadual da Verdade, na manhã de segunda-feira (18), na Escola da Ajuris, em Porto Alegre, representando a Assembleia Legislativa, Villa entregou exemplares da coletânea “A Ditadura da Segurança Nacional no Rio Grande do Sul” aos presidentes dos dois órgãos técnicos, respectivamente Paulo Sérgio Pinheiro e Carlos Guazelli. Os quatro volumes que compõe a obra, editada quando Villa era presidente da Escola do Legislativo do Parlamento gaúcho, abordam temas relacionados ao período da ditadura no Brasil (1964/ 1985) cujas violações aos direitos humanos as comissões estão resgatando. Participaram do ato, ainda, a ministra da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário; o governador Tarso Genro, os secretários estaduais da Cultura, Assis Brasil, da Segurança, Airton Michels e da Casa Civil, Carlos Pestana, o deputado federal Henrique Fontana, o deputado estadual Raul Pont e o ex-governador Olívio Dutra. Conforme Nadine Borges, da Comissão Nacional da Verdade, pela primeira vez um governador de Estado participou de uma audiência pública da entidade. “Esta audiência se reveste de caráter especial porque é a primeira de 2013 e recebe, na realidade, dois governadores”, disse aludindo a Tarso e Olívio. O evento prosseguiu com depoimentos de vítimas da ditadura e à tarde ocorreram painéis sobre a morte do ex-presidente João Goulart e acerca da Operação Condor com a participação de Lilian Celiberti, ativista uruguaia sequestrada em Porto Alegre. Paulo Sérgio Pinheiro 09 “ “ “A DITADURA DA SEGURANÇA NACIONAL NO RIO GRANDE DO SUL” L ançada em 9 de dezembro de 2010, em segunda edição, a coletânea “A Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): História e Memória” aborda a história e a memória políticas do Rio Grande do Sul no período do regime ditatorial entre 1964 e 1985. O material foi organizado pela Escola do Legislativo Deputado Romildo Bolzan, que na época era presidida por Villa, em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – Departamento de História - da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Entre os temas abordados na publicação, estão a Campanha da Legalidade e o Golpe de 64, as experiências de repressão e resistência durante os “Anos de Chumbo”, a conexão repressiva, a Operação Condor, o fim da Ditadura e o processo de redemocratização. O que é a coletânea? 1 O Volume 1, intitulado Da Campanha da Legalidade ao Golpe de 1964, traz o texto da professora do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS Claudia Wasserman, que apresenta uma análise aprofundada das contradições e disputas que estavam em curso no momento anterior ao Golpe, com um panorama das lutas políticas em curso no país e, especialmente, no Rio Grande do Sul, no texto Golpe de 1964: Rio Grande do Sul, “celeiro” do Brasil. Também discorre sobre a história do Rio Grande do Sul no momento posterior ao Golpe, comentando sobre os diferentes governos estaduais que se seguiram. 2 O 2 volume da coletânea “Repressão e Resistência nos Anos de Chumbo” trata destas duas formas de manifestações que estiveram lado a lado durante a ditadura militar que se instalou no Brasil a partir do golpe de 1964. Entre ambas, a repressão e a resistência muitas vezes o silêncio da sociedade gerado pela adesão, alienação e pelo medo se impôs. Entretanto, várias foram as vozes que se levantaram contra o terror do Estado repressivo, de diferentes modos e em diferentes contextos. Entre essas vozes, estão no livro Raul Carrion, Irmão Antônio Cechin, Raul Ellwanger, Antônio Losada, Dante Guazzanelli, Ignez Maria Serpa Ramminger, Carlos Alberto Tejera De Ré e Suzana Keniger Lisbôa. 0 3 “Conexão Repressiva e Operação Condor” é o título do Volume 3 da coleção. Conexão repressiva internacional: o Rio Grande do Sul e o Brasil na rota do Condor, do doutor em História Enrique Serra Padrós, apresenta informações sobre a sistemática de desenvolvimento e funcionamento da colaboração regional dos sistemas de segurança no Cone Sul. O avanço de regimes autoritários assentados, principalmente, na Doutrina de Segurança Nacional, anuncia a confluência de interesses que, após políticas bilaterais de aproximação e complementação repressiva, amadureceram as condições históricas para a deflagração da Operação Condor, a partir de 1975. 4 O Volume 4 intitulado O Fim da Ditadura e o Processo de Redemocratização é aberto pelo professor do curso de Graduação e Pós em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) José Carlos Moreira da Silva Filho. O autor trata da constituição de políticas de memória e de esquecimento em torno do período da ditadura no Brasil, discutindo o papel da Comissão de Anistia no artigo Dever de memória e a construção da história viva: a atuação da comissão de anistia do Brasil na concretização do direito à memória e à verdade. Leia o resumo completo dos 4 volumes em http://migre.me/dJGx1 10 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Aprovação do PL 238/2012 valoriza o servidor público “ Este momento mostra que a luta de vocês valeu a pena “ VILLA PL foi criado pela Lei 8.186, de 17 de outubro de 1986 e reorganiza o quadro dos funcionário técnico-científicos do RS A o se manifestar, na sessão plenária de terça-feira (19), no período de discussão do projeto de lei 328/2012, aprovado por unanimidade, Villa salientou a importância do trabalho do servidor público para o desenvolvimento do Estado que vive um novo ciclo de crescimento no governo atual. “Os nossos técnico-científicos, que já tiveram um período histórico de desmotivação, passam a ter neste momento, a partir da reorganização do quadro, uma nova possibilidade de evolução profissional”, disse ele, da tribuna. Conforme Villa, os governos podem ser sensíveis e tomar atitudes, mas o bom é quando você tem uma categoria que se mobiliza do ponto de vista e histórico e encontra um governo sensível. “Este momento mostra que a luta de vocês valeu a pena”, assinalou o parlamentar. “Este é, sim, um momento de afirmação e reafirmação do que está acontecendo no governo Tarso. Vocês lutaram, mobilizara m e encartaram neste governo a possibilidade de realizar este avanço que estamos votando aqui nesta Casa neste momento”. Para ele, os compromissos assumidos pelo governador Tarso Genro estão se realizando porque “temos uma compreensão e uma visão de que as funções públicas do estado têm uma função estratégica”. Nova data para Parlamento homenagear a mulher A Sessão Solene de homenagem ao Dia Internacional da Mulher, cancelada no último dia 13, em razão da morte da secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Márcia Santana, ocorrerá no dia 27 de março. A nova data foi cedida por Villa que tinha pedido sua reserva, no calendário do plenário, para realizar um Grande Expediente Especial de homenagem aos 30 anos de vigência da lei 7.747 /82, de controle de agrotóxicos e biocidas no estado do RS. Este evento, agora, será realizado no dia 3 de abril , a partir das 14h no Plenário 20 de Setembro. 11 COMISSÃO DE FINANÇAS Petistas votam contra reestruturação de cargos do Tribunal de Justiça Militar Diogo Baigorra Anderson Nunes ramente administrativas. “A lei determina que aos CCs cabem funções de assessoramento e de transmissão de diretrizes políticas. Não se tratando disso, as vagas devem ser preenchidas por concurso público ”, esclarece Villa. Anacronismo O Tribunal Militar gaúcho é um dos poucos que ainda sobrevive no Brasil. Na maioria dos estados, os crimes cometidos por militares são julgados pela justiça comum. “O Tribunal Militar representa um anacronismo, para usar uma expressão diplomática. Uma herança da militarização das polícias que sobreviveu às mudanças ocasionadas pela Constituição de 88”, aponta o deputado Raul Pont (PT). Segundo o parlamentar, a maior fatia do orçamento do órgão é destinado ao pagamento de pessoal, composto, princi- Marcos Eifler/Ag. ALRS I ntegrantes da bancada do PT na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle votaram contra o parecer favorável ao projeto de lei, do Poder Judiciário, que altera o quadro de cargos em comissão e as funções gratificadas do Tribunal de Justiça Militar do Rio Grande do Sul. Os deputados petistas alegam que a aprovação do projeto pode trazer problemas para o futuro, uma vez que tramita na Assembleia Legislativa Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado Raul Pont (PT), que extingue o tribunal militar gaúcho. “Diante disso, a medida mais prudente é evitar qualquer mudança que implique acréscimo de eventuais vantagens ao atual quadro de servidores, que poderá ser absorvido pelo Judiciário com a extinção do TJM”, argumentou Villa. Os petistas alegam, ainda, que o projeto fere a Constituição Estadual, ao conferir aos cargos de confiança atribuições administrativas. Pelo mesmo três dos 26 cargos – secretário de plenário, secretário da vice-presidencia e oficial – são tratados no projeto de lei como funções pu- Parlamentares petistas alegam que o PL fere a Constituição Estadual, ao conferir aos cargos de confiança atribuições administrativas. palmente, por cargos em comissão. Por outro lado, o número de processos em andamento é baixo em comparação com a justiça comum. Além de Villa, votaram contra o parecer o líder do governo, Valdeci Oliveira, e a deputada Ana Affonso, ambos do PT. O projeto ainda deverá ser apreciado pelo plenário da Assembleia Legislativa. VISITAS AO GABINETE RODOVIÁRIOS Na tarde de quarta-feira (20), Villa recebeu em seu gabinete o rodoviário e funcionário da Carris, Rubens Dobal, para tratar de assuntos relacionados às reivindicações e organização da categoria. Ao lado dos companheiros Valdemar de Jesus e Cláudio Hermínio, Dobal convidou o parlamentar a participar da Assembleia Geral dos Trabalhadores Rodoviários, a se realizar em abril. PROJETO “JOVEM ALERTA” E na manhã de quinta-feira (21), Villa recebeu em seu gabinete o estudante Joemir Silva, que apresentou ao parlamentar o projeto “Jovem Alerta”. A proposta tem o objetivo de incentivar o debate e o diálogo com jovens que enfrentam problemas sociais em casa e na escola, através de oficinas e programas educativos. CENTRO COMUNITÁRIO SÃO JOSÉ Lideranças da comunidade da Vila Bom Jesus estiveram no gabinete de Villa, na manhã de quinta-feira (21), buscando apoio para o projeto de ampliação do Centro Comunitário São José no terreno dos fundos, adquirido para sediar um novo prédio. Acompanhada da professora da entidade, Giovana Sander Torres, a irmã Maria Silvia disse que o espaço físico do Centro é insuficiente para abrigar as crianças e adolescentes da comunidade. “Só crianças são 125, mais os adolescentes que fazem oficinas, de idiomas, de dança, de capoeira, de geração de renda”, acentuou. 12 SEMINÁRIO Na manhã desta sexta-feira (22), Villa participou do seminário de planejamento do vereador Mauro Pinheiro, que ocorreu na Câmara Municipal de Porto Alegre e debateu as diretrizes da atuação do vereador para o próximo período. GABINETE MÓVEL Na quinta-feira (21), os companheiros do Gabinete Móvel do Villa estiveram, ao lado dos rodoviários, na mobilização contra o aumento da passagem de ônibus da capital. Eles acompanharam a votação que ocorreu na EPTC pela manhã e à tarde se reuniram em frente à Carris. E na manhã desta sexta-feira (22), o Andanças participou da mobilização que ocorreu na EPTC, ao lado de estudantes do colégio Protásio Alves que também protestavam contra o aumento da passagem. AGENDAS DO FIM DE SEMANA Sábado (23) Amanhã (23), a partir das 9h, Villa estará na tradicional Feira Ecológica do Brique da Redenção . O parlamentar aproveitará a oportunidade para distribuir convite do Grande Expediente Especial alusivo aos 30 anos de vigência e o início da quarta década da pioneira lei 7.747/ 82, de controle de agrotóxicos e biocidas no estado do RS, que será realizado no dia 03 de abril, às 14h, na Assembleia Legislativa. No dia 22 de dezembro do ano passado, Villa participou da Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) e do ato de lançamento da Festa de Solstício de Verão, que comemorou justamente as três décadas de vigência da importante legislação. Ao lado de ativistas e militantes da causa ecológica, Villa também assinou o manifesto pela integralidade da Lei - para que de fato ela seja cumprida e também adotada pelos demais estados da Federação. “Ser contra a flexibilização da Lei 7742 é ser a favor do meio ambiente, da qualidade dos nossos alimentos, solo e água. Ser contra a alteração dessa Lei é ser a favor de um novo modelo de desenvolvimento, portanto, a favor da vida”, afirmou Villa. Domingo (24) E no domingo (24), às 10h, Villa participa do lançamento da campanha em defesa da Reforma Política, promovido pelo Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (PT-RS). A atividade ocorre junto ao monumento ao Expedicionário, na Redenção. Em 2011, quando ocupou a presidência do Legislativo gaúcho, Villa participou de painel que abordou a Reforma Política. O debate integrou a série de iniciativas desenvolvidas pelo programa Destinos e Ações para o Rio Grande. No mesmo ano, o parlamentar compareceu à abertura do III Congresso de Estudos Jurídicos do Rio Grande do Sul, promovido pelo Diretório Acadêmico do Curso de Direito da UniRitter de Canoas. Para Villa, “nosso estado deve ser o maior pressionador da reforma. O Brasil não pode só crescer econômica e socialmente, gerar renda, se projetar internacionalmente e estar preso a um modelo eleitoral tão ultrapassado”. Também no domingo, às 11h, o parlamentar estará na caminhada pela valorização profissional no ensino privado, promovida pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro-RS). Às 13h, Villa participa de almoço no Sintae, que é a entidade representativa dos Trabalhadores em Admistração Escolar da rede privada de ensino no Rio Grande do Sul. 13 GOVERNO TARSO Primeiro “Tá na Mesa” da Federasul recebe chefe do Executivo gaúcho O governador destacou as boas relações políticas com a União e os empréstimos conquistados A decisão do Supremo Tribunal Fede- ral de extinguir a possibilidade de parcelar o pagamento dos precatórios pode inviabilizar as finanças do Estado. A afirmação foi feita pelo governador Tarso Genro durante coletiva antes da reunião-almoço “Tá na Mesa”, a primeira do ano, promovida pela Federasul na quarta-feira (21). Acompanhando a atividade, Villa destacou, em seu Twitter (@_villa13_), que Tarso discursou sobre três importantes questões federativas: unificação das alíquotas estaduais; reestruturação da dívida pública do Estado e precatórias. O governador disse que “quando o poder judiciário requerer o depósito de valores de caixas de estados e municípios vai ter que respeitar a parte da receita vinculada à educação, à saúde, ao pagamento da dívida da União, aos salários e aos empréstimos nacionais e internacionais”. Segundo Tarso Genro, mediante este bloqueio teria que ser verificado como se daria, em casos extremos, a decisão do poder judiciário que pode dizer: “determino que retire este precatório da parte da receita líquida que vai para o pagamento da dívida com a União. Então, ao mesmo tempo esta determinação pode ser a solução para o pagamento dos precatórios e a solução da questão da dívida pública. Mas fará isso o Supremo ou não?”. Tarso Genro também destacou que a inclusão do carvão no leilão de energia do próximo semestre significa mais investimentos no setor energético do RS. “O leilão que será feito no segundo semestre vai requisitar competitividade. Então, os nossos empresários, e já temos vários projetos inscritos, terão que se preparar para competir”. Caroline Bicocchi/Palácio Piratini Para assistir ao vídeo da palestra do governador na Federasul, acesse http:/ /migre.me/ dMjTv Em seguida o presidente da Federasul, Ricardo Russowsky, abriu a reunião-almoço “Tá na Mesa” com uma saudação ao governador. “Pela terceira vez como governador, após outras oportunidades como ministro, como prefeito, e aberto e democraticamente sempre debatendo conosco. Nosso diálogo com o governador Tarso sempre foi pautado pela franqueza, pela abertura e principalmente pela disposição de construir um Rio Grande e um Brasil melhor focados em mais desenvolvimento e bem estar para todos”. O tema da palestra foi “Desenvolvimento Econômico e Federação”. Durante quase uma hora Tarso Genro falou sobre o desempenho do Estado nos últimos dois anos para dezenas de empresários no Salão Nobre do Palácio do Comércio, em Porto Alegre. O governador destacou as boas relações políticas com a União e os empréstimos nacionais e internacionais que deram um novo impulso à economia gaúcha. “Os senhores vão perceber que estas medidas que nós tomamos deram certo. Há hoje uma grande ativação das agênci- as financeiras do Estado, de política de atração de investimento que instituíram e democratizaram os benefícios, que permitem que hoje nós possamos ter lá entre os investimentos feitos na área privada e investimentos em negociação já em torno de R$ 30 bilhões nestes dois anos de governo”. O governador destacou os investimentos feitos nas três áreas consideradas prioritárias para o governo: saúde, educação e segurança. Em 2011, o Estado investiu R$ 1,8 bilhão na segurança. Este ano o valor deve chegar a R$ 2 bilhões. Na educação, em 2011, foram R$ 4,8 bilhões. Em 2013, R$ 6 bilhões. Já na área da saúde, o governo investiu em 2011, R$ 1,3 bilhão. Até o final deste ano serão R$ 2,6 bilhões. Tarso Genro disse que “se nós não utilizássemos os recursos próprios do Estado para engrossar saúde, educação e segurança, nós não faríamos nenhum investimento com estes recursos e não teríamos nenhuma melhora nestes serviços”. http://migre.me/dAdia FONTE: texto de Nilton Schuler, Palácio Piratini 14 ARTIGO Distância entre vida e Constituição, TARSO A decisão do Supremo Tribun a l Fe d e ra l q u e d e c l a r o u inconstitucional os dispositivos da emenda 62/2009, que permitiam parcelar o pagamento dos precatórios, limitavam a 1,5% da receita o volume de recursos para pagá-los, bem como permitiam o cálculo da correção dos valores pela poupança, faz parte do largo processo de organização do pacto federativo, no ciclo democrático da Constituição de 88, que vem reorganizando no Brasil a ideia de nação. Tomada sob o ângulo puramente jurídico-constitucional, a decisão do Supremo tanto pode ser defendida, racionalmente, quanto pode ser atacada, com argumentos válidos e contundentes. Mas a questão é muito mais complexa e deve ser abordada num plano superior, tanto histórico quanto político, planos que também A decisão do Supremo, ainda pouco inteligível para a maioria dos Estados e municípios, só mostra a enorme distância, hoje, do Direito e dos juízes do Direito, em relação à vida real informam as decisões importantes da nossa Corte Superior. A composição federativa do país, em termos modernos, passa por dois ciclos centralizadores – a Revolução de 30 e o período dos governos militares – que impulsionam a redução dos poderes oligárquicos regionais, mais atrasados em termos capitalistas. E mais um ciclo, tendente a valorizar os entes da União, Estado e municípios, a partir da Constituição de 88. Esta “vontade normativa” da Constituição sempre esbarra na administração da brutal dívida pública, já consolidada, que obriga os Estados e municípios a tornarem-se, de fato, mais subordinados e dependentes do poder central. A dependência financeira da União impulsiona, assim, que o pacto federativo inscrito na Constituição cidadã regrida: a federação continua em processo de formação, pois as normas jurídicas que conferem autonomia aos entes que compõem esta União carecem de eficácia. Quem não manda nas suas finanças não exerce plenamente sua autonomia. Isso não é “culpa” nem do governo federal atual nem dos anteriores, mas é fruto da Constituinte de 88, que compôs uma federação sem previsão de financiamento adequa- 2 GENRO do, dos Estados e municípios, e também criou políticas públicas ideais, sem prever a sua sustentação fiscal e sem encaminhar um novo pacto sobre a dívida. A decisão do Supremo, ainda pouco inteligível para a maioria dos Estados e municípios, só mostra a enorme distância, hoje, do Direito e dos juízes do Direito, em relação à vida real. Para o cumprimento da decisão, as requisições diretas do caixa dos Estados e municípios atingirão os recursos vinculados da saúde e da educa- Quem não manda nas suas finanças não exerce plenamente sua autonomia ção? Os recursos destinados a pagar as dívidas da União? Os recursos destinados a pagar o funcionalismo? E, se o Supremo intervir nos Estados, determinará à União emitir dinheiro? Nós, os governadores e prefeitos atuais, somos herdeiros do caos da dívida pública e, a partir de agora, a resolução dessa dívida é uma questão crucial para o futuro da federação brasileira. Ou será o caos institucional que demandará uma nova Constituinte. 1 Artigo publicado no jornal Zero Hora em 20 de março de 2013. 2 Governador do RS 15 GOVERNO DILMA Entre as medidas estão o fortalecimento dos Procons Plano nacional amplia rede de proteção ao consumidor A partir de agora, a proteção ao consumidor brasileiro é uma política de Estado. O Plano Nacional de Consumo e Cidadania, lançado pelo governo federal na sexta-feira (15), Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, terá medidas de fortalecimento aos Procons, ampliação da proteção e criação da Câmara Nacional de Relações de Consumo. O governo concentrará maior atenção nas relações de consumo do setor de serviços, financeiro e de turismo. A Câmara Nacional de Relações de Consumo será integrada pelos ministros da Justiça, da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, do Planejamento e da Casa Civil da Presidência da República e terá como primeira missão elaborar em 30 dias uma relação de produtos essenciais. Qualquer problema verificado pelo consumidor com esses produtos terá que ser solucionado imediatamente pelo fornecedor, cabendo à Câmara acompanhar e fiscalizar o cumprimento das determinações. Procons O governo enviará ao Congresso Nacional projeto de lei transformando em título executivo judicial os acordos firmados nos Procons entre fornecedores e consumidores. Essa medida, além de estimular a melhoria na qualidade de serviços e produtos, vai reduzir o número de conflitos entre fornecedores e consumidores que chegam ao Judiciário. Observatório Nacional Também serão criados, inicialmente, três comitês técnicos que formam uma espécie de observatório nacional das relações de consumo. Esses comitês serão integrados por representantes de ministérios e agências reguladoras.Serão eles: o Comitê Técnico Consumo e Regulação; o de Consumo e Turismo e o de Consumo e Pós Venda. 16 IGUALDADE RACIAL Outras informações em www.seppir.gov.br Evento marca luta contra a discriminação racial U m evento na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional de Brasília celebrou na quinta-feira (21) os dez anos da criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), instituída no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, em 21 de março. A cerimônia contou com a participação de representantes do governo federal, organismos estaduais e municipais de promoção da igualdade racial, movimentos sociais, sociedade civil organizada e artistas como a cantora Margareth Menezes e o ator Lázaro Ramos. A programação incluiu o lançamento do selo Luta Contra a Discriminação Racial, da Série América, emissão especial da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em parceria com a Seppir. A data remete ao trágico assassinato de 69 pessoas negras durante uma manifestação pacífica em Sharpeville, na África do Sul, em 1960, pela polícia do antigo regime segregacionista do apartheid. O lançamento do selo ocorre no âmbito do acordo de cooperação técnica firmado entre Correios e Seppir para implementação da campanha Igualdade é Pra Valer. Para fazer um apanhado da luta dos movimentos negros e também das realizações do governo federal por meio da Seppir, foi exibido o vídeo Uma Década de Igualdade Racial, com registros de conquistas que vêm sendo obtidas nos últimos anos, imagens das marchas de 1988 e 1995, da cerimônia de criação da Seppir e da aprovação da constitucionalidade do princípio das ações afirmativas pelo Supremo Tribunal Federal, entre outros momentos históricos. Ações afirmativas No evento, foram feitas homenagens às autoridades pela efetivação, nos últimos dez anos, de marcos legais na promoção da igualdade racial, entre eles a Lei 10.639/2003, que estabelece o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira nos sistemas de ensino, uma das primeiras leis baseadas em ações afirmativas; a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (2006); o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) e a sanção da Lei nº 12.711/2012, a “Lei das Cotas”. Seminários Uma conferência internacional nessa quinta abriu uma série de seis seminários que vão introduzir os temas a serem discutidos durante a III Conapir - Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, prevista para acontecer de 5 a 7 de novembro. “Incompatibilidade entre Racismo e Democracia: a construção do espaço político com a participação das negras e dos negros” foi o tema da palestra ministrada pelo Ph.D. Adolph L. Reed, do Departamento de Políticas Sociais da Universidade da Pensilvânia. Até maio, serão realizados seis seminários com os seguintes temas: Representação Política e Enfrentamento ao Racismo; Trabalho e Desenvolvimento: Capacitação Técnica, Emprego e População Negra; Desenvolvimento e Mulher Negra; Territórios tradicionais negros: Desenvolvimento e enfrentamento ao racismo; Oportunidades para a Juventude Negra; e Desenvolvimento, Democracia e Racismo. As apresentações visam promover a reflexão e o diálogo entre governo e sociedade civil para a consolidação dessa pauta na consolidação desta pauta na agenda política do país. 17 ORÇAMENTO 21/03/2013 Dilma, a imbatível Quem é mais sábio: o povo, que julga pelo real, ou a mídia, que julga pelo ideal? Quem é mais interesseiro: a massa, que avalia pelos benefícios que recebe, Bolsa-Família, ProUni, Minha Casa, Minha Vida, cotas e outros do mesmo gênero, ou o empresariado e a turma dos camarotes, que só gostam de quem reduz impostos e empresta dinheiro barato? Essas questões aparecem com a divulgação da pesquisa sobre a popularidade da presidente Dilma. O “poste” de Lula venceu o criador. Nem o expresidente petista nem FHC alcançaram 63% de bom e ótimo na avaliação das pessoas depois de dois anos de governo. Os críticos de Dilma comparam o Brasil com um ideal jamais atingido ou com um mundo desenvolvido perfeito que também não existe mais. A população, com os pés no chão, compara o Brasil com o Brasil de antes. As suas conclusões são irrefutáveis: apesar dos problemas e do atoleiro econômico, nunca teve tanto pobre na universidade, jamais se teve uma classe C tão encorpada e nunca a maioria teve comida na mesa como agora. Os críticos de Hugo Chávez comparavam o governo dele com uma democracia ideal que nunca existiu no país. A plebe que adorava o Comandante e elegerá Maduro compara a Venezuela de hoje com a Venezuela de antes de Chávez. Por exemplo, a Venezuela da época de Carlos Andrés Perez. Só isso. — Somos pragmáticos – foi o que me disse um pedreiro. Achei que ele poderia fazer parte do Instituto Millenium. Esperei que me dissesse também que as ideologias acabaram e que não há mais direita e esquerda. — Para nós, o pobrerio, a esquerda é que tem feito o que interessa. A nossa vida mudou depois de Lula e Dilma. A dificuldade de entender Chávez, Lula e Dilma, para quem julga pelo ideal, cresce com a questão das prioridades. Os antecessores de Chávez, diante da falta de recursos para cobrir todas as necessidades, optavam por favorecer os mais ricos. O dinheiro do petróleo deveria ir primeiro para o “andar de cima”. A massa que esperasse o bolo crescer. Chávez inverteu a receita. Lula e Dilma também. Sempre que essa inversão acontece, quem perde grossas fatias passa a valorizar o que antes era visto como acessório: o formalismo da “democracia”. Os adeptos da ditadura de Pinochet não se preocupavam com a democracia por considerarem o crescimento econômico, distribuído em primeiro lugar para a parte de cima da tabela, um valor mai- or. O mesmo, pelo lado inverso, acontece na Venezuela. A população que finalmente passou a comer considera isso determinante. Melhor é o ideal. Na falta do ideal, joga-se com o real. Dilma Rousseff tem dado um baile de gestão dentro das condições possíveis e dos limites da economia nacional atrelada à conjuntura internacional e mais a massa miojo e o hino do Palmeiras no meio da redação. Se a eleição fosse hoje, ela ganharia, por mérito e astúcia do eleitor, já no primeiro turno. Bateria Aécio, Serra, Marina, Eduardo Campos e até o pai do Badanha, que não concorrerá por não ser bobo e preferir um cargo no segundo escalão. Aceitaria também, em nome da governabilidade e dos altos interesses da Nação, ser ministro. Dilma está imbatível. 18 HOMENAGEM Memorial do Rio Grande do Sul presta homenagem a Moacyr Scliar A Secretaria de Estado do Rio Grande do Sul, por meio do Memorial do Rio Grande do Sul, prepara homenagem ao escritor Moacyr Scliar, pela passagem de dois anos de sua morte e também de seu aniversário – ele nasceu no dia 23 de março. A mesa-redonda Moacyr Múltiplo acontece no Auditório Oswaldo Goidanich – Memorial do RS, na próxima terça-feira, dia 26 de março, às 19h30. O encontro terá coordenação da professora Débora Mutter e participação dos palestrantes Sergius Gonzaga, Luis Fernando Verissimo, Márcia Ivana de Lima e Silva e Ângela Rolla. No mesmo dia, abre a exposição Scliar, uma Vida em Imagens, com painéis de composições fotográficas sobre a vida do autor. 19 RECONHECIMENTO Veja as cartinhas em tamanho maior em http://migre.me/dNtn7 “São episódios como este que revelam que a luta e a vida valem a pena!” V illa postou em seu facebook pessoal, na tarde desta sexta-feira (22), uma grata surpresa. Por consequência da sua exposição como candidato a prefeito de Porto Alegre no último pleito e pela forma como apresentou seus projetos, Villa recebeu 5 cartinhas escritas por crianças que desejam conhecê-lo. São episódios como este que revelam que a luta e a vida valem a pena! Um amigo me relatou que saia do seu prédio quando se deparou com muitas crianças brincando. E elas o perguntaram: “você conhece o Villa? Pois você apareceu nos programas de TV dele”! Ele respondeu, “claro que sim!”. Então elas disseram: “nós queremos conhecê-lo ou queríamos mandar uns bilhetes para ele”. Aí o amigo respondeu: “podemos organizar as duas coisa”. E eis que a primeira já está aí na foto para vocês verem, bilhetes da Ana Laura (7 anos), Gustavo (10 anos), Brenda (9 anos), Júlia (7 anos)... São palavras carinhosas, sensíveis, generosas, de estímulo e sobretudo do fundo de seus corações , como vocês pode ver e ler, que evidenciam toda a fenomenologia da alma das crianças. Agradeço e retribuirei da forma mais carinhosa e generosa que poderei fazer, que é de ir lá para conversar com elas. Muito obrigado, farei isto nós próximos dias. Fraternos abraços. Villa 20