RAÇAS E SUAS
APTIDÕES
RAÇAS BOVINAS
RAÇAS PURAS
DE LEITE
HOLANDESA PRETO E BRANCO
Quando as condições do meio ambiente são
inadequadas, a raça Holandesa contribui
muito para a melhoria da produção de leite
através de reprodutores em cruzamentos
com as raças zebuínas ou com outras raças
de animais menos produtivos. A FAO
(Organização das Nações Unidas para a
Agricultura e Alimentação), relacionou, na
década de 1950, três tipos de gado
Holandês, cada uma com seu próprio
registro genealógico:
1- Holandês preto e branco,
com cerca de 80% do total; 2Meuse-Rhine-Ijssel
(vermelho e branco), com cerca
de 18%; 3- Groningen (cabeça
branca), com cerca de 2%.
HOLANDESA VERMELHO E
BRANCO
Essa denominação deve-se ao fato
desses animais terem sido criados
nos vales dos rios Mosa, Reno e
Issel (MRY). A raça
Holandesa, variedade vermelho e
branco, é uma alta produtora de
leite.
Sua produção é semelhante à
produção da variedade preto e
branco, mas o rebanho vermelho e
branco, em termos quantitativos, é
bem menor.
GUERNSEY
Os bezerros não conseguem
um desenvolvimento ponderal normal
dentro dos parâmetros raciais. A
utilização de touros Guernsey em
rebanhos zebuínos produz excelentes
animais mestiços, sendo que,
nocruzamento com a raça Gir, os
animais apresentam ótima
conformação de úbere, mesmo na
primeira geração, além de pelagem
amarelada
A raça Guernsey é considerada mais
rústica do que a raça Jersey, mas,
para produzir satisfatoriamente
economicamente, requer boas
pastagens, boa suplementação
alimentar, em épocas de estiagem, e
sobretudo um manejo adequado.
Quando esses animais não são
adequadamente alimentados,
conforme acontece na maioria das
criações no Brasil, a raça vai
definhando e sua produção e
reprodução deixam muito a desejar.
JERSEY
O gado Jersey chegou ao Brasil
em 1896, importado por Joaquim
Francisco Assis Brasil,
diretamente da granja de
Windson, da rainha vitória da
Inglaterra. a raça Jersey é
considerada uma raça
manteigueira devido ao seu alto
teor de gordura no leite
Sendo que alguns rebanhos
chegam a produzir acima de 5.000
litros com elevado teor de gordura
De pequeno porte, as vacas Jersey,
quando bem alimentadas e com
manejo adequado, produzem grande
quantidade de leite em 300 dias de
lactação
AYRSHIRE
A raça Ayrshire descende do gado
escocês dos Condados de Ayr e
Lanakde terras pobres, mas é de
clima úmido e variável. A aptidão
dominante da raça é a produção
de leite, produzindo em média
3.900 litros por lactação com 3,8%
de gordura.
Por ser muito rico em matéria seca, seu leite
é próprio para a fabricação de queijos,
sendo a raça considerada a melhor queijeira
inglesa. Os glóbulos graxos são pequenos,
de difícil desnatagem, não dando manteiga
muito amarela.
RAÇAS PURAS
DE CORTE
HEREFORD
Originário da Inglaterra, o gado
Hereford é uma das mais famosas
raças selecionadas para produção
de carne. O Hereford é o gado
de pastejo e engorda fáceis em
pastagens inferiores, mostra
excelente aptidão para
recuperação de peso após as
chuvas. A cara branca é um
caráter dominante e se transmite
aos produtos oriundos de
cruzamentos, independente de
qual seja a raça utilizada.
No cruzamento com o gado zebuíno
(zebu americano e brasileiro) deu origem
a raça Braford, hoje muito difundida no
Brasil.
ABERDEEN ANGUS
A raça Aberdeen Angus possui a
pelagem preta ou vermelha, é
uma raça mocha muito utilizada
em cruzamentos industriais e na
formação de novas raças de
corte.
No Brasil, entrou juntamente com a
raça Nelore na formação
do gado Ibagé, no Rio Grande do
Sul e nos Estados Unidos na
formação da raça Brangus,
juntamente com a raça Brahman
CHAROLESA
Devido à sua extraordinária
produção de carne, essa raça
esta espalhada por todo o
mundo. No Brasil, o gado
Charolês tem prestado
inestimáveis serviços,
principalmente na formação da
raça Canchim.
A carne do gado Charolês é de excelente
qualidade, com pouca gordura superficial,
embora marmorizada internamente. O
rendimento de carcaça varia de 58 e 65%,
em regime de campo, e de 65 e 70%, em
regime de confinamento.
LIMOUSIN
A raça Limousin está presente
no Brasil desde o início do
século XX, quando em 1872
foi trazido um touro e uma
vaca, por Henri Goreix,
convidado por D.Pedro II para
dirigir uma escola de
mineração em Ouro Preto-MG.
Atualmente, é uma raça muito
utilizada principalmente em
Goiás e Mato Grosso, mas podemos
encontrá-la também em Minas Gerais
e São Paulo nos programas de
cruzamentos industriais, bem como
em programas de seleção e vendas
de reprodutores e matrizes
BLANC-BLUE-BELGE
No início do século XX, já
existia a raça Azul, na Bélgica,
também conhecida com o
nome de raça de Mons, a qual
parecia ser uma derivação
da raça Holandesa (A.M.E.
Gastart, 1913, in Cotim, p.196).
O gado Blanc-Blue-Belge foi
importado para o Brasil em
1994, para o município de
Alvorada do Sul, no Paraná.
O desenvolvimento muscular é de origem
genética, ou seja, sua carne não contém
qualquer tipo de aditivo.
BLONDE D’AQUITAINE
O Blonde D’Aquitaine
foi introduzido no Brasil em 1972
na exposição de Esteio, no Rio
Grande do Sul. Vários
fazendeiros utilizam o Blonde em
cruzamento industrial, obtendo
excelentes resultados,
principalmente quando a raça
usada é a Nelore, mas
precisamente no Brasil Central.
Uma grande utilidade do Blonde no Brasil é
o cruzamento com a raça Caracu, para
formação da raça Aquitânica.
RED ANGUS
Os bezerros Angus nascem pequenos, mas ganham
peso rapidamente. É comum verificarem-se animais
em plena produção com 14 a 15 meses de idade.
Entre 18 e 20 meses, o macho chega a pesar
em média 450 kg, em condições ótimas para abate.
O Red Angus é famoso pelas
virtudes de precocidade sexual,
velocidade de ganho de peso
e fixação de características O
gado Red Angus, em cruzamentos
industriais, contribui para o
aumento da prolificidade,
qualidade de carcaça e
rusticidade sobre a raça
absorvida. Os animais Angus são
precoces, com excelente
conversão alimentar e rápido
acabamento de carcaça. A raça
Red Angus apresenta maior
resistência a enfermidades e a
sua grande adaptabilidade
ao solo brasileiro, seja seco ou
alagadiço, regiões acidentadas ou
planas, em pastagens
ricas ou pobres.
PIEMONTESA
A análise química da carne mostra que a
média de colesterol no Piemontês é de 44,0
mg para cada bife de 100 gramas, enquanto
que a média dos bovinos em geral é de
63,9% ( suínos = 79,0 mg; frangos = 74,0
mg; vitelo = 84,0 mg). Um bife de 100
gramas apresenta 2,9 gramas de gordura,
contra 0,87 gramas na raça Piemontês.
A raça Piemontesa foi introduzida no Brasil
em 1974, em Araçatuba, São Paulo. Nesse
mesmo ano foi fundada a Associação
Brasileira de Criadores da Raça Pemontesa.
Essa raça apresenta uma produção de leite
média de 2.300 litros em 305 dias com
recordes de 5.000 litros. São famosos os
queijos produzidos com o leite da raça, tais
como Bra e Castelmagno, seguidos por
Murozzano e Raschera. Os machos pesam
em média entre 750 e 900 kg e as fêmeas
entre 450 e 600 kg. O destaque é dado para
os animais de musculatura dupla (variedade
Alba), que representam a maioria
do rebanho e cujos primeiros registros são
de 1886, embora novos estudos tenham
começado em 1926.
O gado de dupla musculatura (hipertrofia
muscular) produz 10% a mais de rendimento,
segundo pesquisadores do mundo inteiro. Em
geral, o Piemontês garante um rendimento de
carcaça acima de 65%, podendo chegar a 72%.
O rendimento de músculos chega
a84%,significando 432 kg de carcaça aos 16
meses de idade.
MARCHIGIANA
Os touros da raça Marchigiana respondem
muito bem, quando são colocados em regime
de monta natural, com excelente
desempenho, quando comparados com
touros zebuínos.
É uma raça originária da Itália e foi
introduzida no
Brasil haproximadamente 30 anos.
Tem a pelagem branca com a pele
preta e com grande número de
glândulas sudoríparas. A raça
Marchigiana é muito utilizada em
cruzamentos industriais para a
produção de novilhos precoces. No
Centro-Oeste, os produtores estã
usando muito a raça para
cruzamentos com o zebuíno,
obtendo animais mestiços que são
utilizados em confinamento
e também em regime de engorda e em
regime de campo.
RAÇAS
ZEBUINAS
PARA LEITE
GIR
É uma raça muito utilizada em
cruzamentos com a raça
Holandesa preta e branca e
com a Holandesa vermelho e
branca. Mestiços desses
cruzamentos deram origem a
uma nova raça chamada
Girolanda.
A raça Gir possui uma linhagem para a
produção de leite, denominada de Gir
Leiteiro, que já possui rebanhos com
excelentes animais, chegando a produzir
acima de 4.000 litros de leite por lactação.
GUZERÁ
A raça Guzerá é muito
utilizada em cruzamentos com
as raças européias para a
produção de novilhos
precoces e também para a
obtenção de animais
produtores de leite.
É reconhecida, no Brasil por entrar na maioria
das raças bimestiças de sucesso, tais como
Lavínia, Pitangueiras, Riopardense, Cariri,
Xingu, Santa Mariana, Indubrasil, Guzonel e
Guzolando. No exterior, o Guzerá entrou na
formação das raças Brahman e Santa Gertrudis.
SINDI
É originária da região chamada Kohistan,
na parte da província de Sid, Paquistão. Os
animais Sindi são em geral pequenos, de
bela aparência. A pelagem é vermelha,
variando do tom mais escuro
ao amarelo-alaranjado, observando-se, às
vezes, pintas brancas na barbela, na testa e
no ventre, mas não tem manchas grandes.
Nessa raça, o branco é recessivo,
aparecendo, ocasionalmente, mesmo em
rebanhos puros, mas não é apreciado.
A aptidão principal é a produção de leite. A
média de produção leiteira é de 2.562 litros ,
em 286 dias de lactação, com 2,5% de
A conversão de vegetais secos e fibrosos é gordura, mas existem alguns animais com
lactação superior a 3.100 litros. Hoje, a
quase prodigiosa na fêmea Sindi,
principalmente quando está semo bezerro maioria do rebanho Sindi está localizado na
região semi-árida do Nordeste, onde os
na caatinga. O gado Sindi surge,
criadores afirmam que o gado Sindi é notável
também, como ideal para cruzamentos
pela rigidez dos cascos, pela rusticidade nos
leiteiros no Nordeste, podendo espalhar
campos ressequidos, sem perder crias e sem
suas virtudes pelo restante do Brasil.
deixar de produzir leite.
RAÇAS
ZEBUINAS PARA
CORTE
NELORE
O gado Nelore vem sendo utilizado em
cruzamentos industriais com as
raças européias especializadas para produção
de carne com a finalidade de obter novas raças
ou simplesmente para produção de novilhos
precoces para o abate.
A raça Nelore vem
liderando com
segurança
e tranqüilidade o
número de animais
registrados
dentro da raça e das
demais raças zebuínas.
Com o crescimento do
rebanho Nelore,
surgiram
novas variedades,
como o Nelore Mocho
e, agora,
oficialmente
reconhecidas, as
pelagens vermelha,
amarela e pintada de
preto.
NELORE MOCHO
As primeiras famílias
mochas foram formadas em
meados da década de 50,
intensificando-se a partir de
1960. Durante muito tempo
atribuiu-se o surgimento de
animais mochos a
eventuais mutações,
hipótese hoje posta
de lado pela quase
totalidade dos especialistas
e estudiosos.
O mocho vem do gado nacional que, por
sua vez, descende de bovinos europeus
sem chifres, introduzidos no país no
passado remoto. O Registro Genealógico
para gado mocho
NELORE MALHADO DE PRETO
Desde 1906, já se tinham notícias de animais
com esse tipo de pelagem. Por esse motivo,
a ABCZ resolveu admitir o registro dos
animais malhados de preto.
O Dr. Alberto Alves
Santiago, renomado
agrônomo,
que em 1943 trabalhava na
Sociedade Rural Brasileira,
visitou uma criação no
município de Jardinópolis
em São Paulo, onde
observou que criadores
locais já possuíam
rebanhos com animais
malhados de preto. Esses ,
na ocasião,
não foram registrados,
porque isso não era
permitido
para animais com essas
características.
NELORE VERMELHO
Foi no Estado da Bahia
que surgiu o primeiro
rebanho Nelore vermelho
pelo aproveitamento de
reprodutores dessa cor,
surgidos em plantel
Nelore tidos como puro de
origem. O pioneiro
Octavio Ariani Machado
possuía uma novilha
de pelagem vermelha
denominada Itabira, filha
de casal Nelore,
vindo em 1906 de Madre,
na Índia, que era de
pelagem cinza-claro.
Os filhos de Itabira nasciam vermelhos,
como é freqüente na raça Nelore, mas com a
diferença de que a coloração persistia até a
idade adulta. Originou-se, assim, uma linhagem que, com a chegada
da vaca Índia, em 1930, também totalmente vermelha,
permitiu a formação de um plantel com essa pelagem fixada
através de trabalho seletivo e emprego conveniente da
consangüinidade
TABAPUÃ
A raça Tabapuã é uma raça
nacional, originária
do município de Tabapuã,
São Paulo. O Tabapuã
vem sendo muito utilizado
em cruzamentos,
garantindo um produto
mocho, rústico e
lucrativo. Através do
cruzamento do touro
Tabapuã com vacas Nelore,
surgiu a raça
Tabarel.
Outros cruzamentos também são
realizados com as raças Guzerá, Holandesa
e outras raças européias, principalmente as
raças de corte, no Rio Grande do Sul,
Paraná e Santa Catarina.
BRAHMAN
A raça Brahman foi
aprovada para a criação
no Brasil, em l994. O
gado Brahman
caracterizou-se pela
resistência às condições
adversas do meio e pelo
desenvolvimento e
aptidão para a produção
de carne.
Os caracteres raciais são irrelevantes,
dando-se pouca importância à pelagem,
perfil craniano, tamanho dos chifres e
tamanho das orelhas
RAÇAS
SINTÉTICAS
PARA LEITE
GIROLANDA
A raça Girolanda conseguiu
conjugar a rusticidade da raça
Gir com a produção da raça
Holandesa, adicionando ainda
características desejáveis das
duas raças em um único tipo de
animal fenotipicamente
soberano, com qualidades
imprescindíveis para a produção
leiteira econômica nos trópicos.
A raça Girolanda é a raça mais
versátil do mundo tropical. As
fêmeas Girolando são produtoras
por excelência, possuem
características fisiológicas e
morfológicas perfeitas para a
produção nos trópicos, revelando
um desempenho muito satisfatório
economicamente.
PITANGUEIRAS
A raça Pitangueiras é originária
da Fazenda Três Barras,
localizada no município de
Pitangueiras, em São Paulo. É
considerada uma raça de dupla
finalidade, produção de leite e
carne.
É resultante do cruzamento das raças
Guzerá e Red Polled. A raça é de porte
médio, com aptidão para produção de
leite e carne, oferecendo aos criadores a
opção de selecionar animais mais
leiteiros ou aqueles conformados para
produção de carne.
GUZOLANDO
Desde de 1930, já era utilizado
o cruzamento da raça Guzerá
com a raça Holandesa. Essas
duas raças se completam,
gerando a rusticidade e a
produtividade do Guzolando,
além, é claro, de uma produção
econômica para as diversas
regiões brasileiras.
A raça Guzolando é de grande porte,
geralmente de pelagem preta; mas, quando
o touro for Holandês vermelho e branco, a
pelagem será amarelada. O úbere é firme,
permitindo lactações superiores a 5.000
litros, com produções diárias acima de 20
litros.
SIMBRASIL
A raça Simbrasil foi formada
na Fazenda Sabiá, em Muqui,
no Espírito Santo, em 1950.
Aliando-se à dupla aptidão
do gado Simental ao duplo
propósito da raça Guzerá,
assim formou-se a raça
Simbrasil.
As fêmeas Simbrasil apresentam
excelente capacidade materna, dando
a 1ª cria em média entre 24 e 30
meses, com produção de leite média
de 10 litros/dia. Pesam em média 500
e 700 kg.
LAVÍNIA
O gado Lavínia possui 5/8
de sangue Pardo Suíço +
3/8 de sangue Guzerá. Em
1970, nasceu o primeiro
bimestiço Lavínia,
selecionado para produção
de carne e leite. As vacas
da raça Lavínia dão a
primeira cria aos 39,3
meses de idade, ou seja, a
fecundação se dá por volta
dos 30 meses ou 2,5 anos
de idade.
Produzem, em média, de 8,0 a 10,0 litros/dia,
sendo que algumas chegam a produzir de
17,0 e 18,0 litros/dia. O período de lactação
oscila de 210 e 300 dias, com 3,8% de
gordura. Pesam, em média, entre 450 e 550 kg
e os touros, entre 950 e 1.050 kg.
RAÇAS
SINTÉTICAS
PARA CORTE
IBAGÉ
Os cruzamentos que deram
origem à raça Ibagé começaram
a ser feitos a partir da década de
40. Em 1955, nasceram em Bagé
os primeiros animais 5/8 de
sangue Aberdeen Angus + 3/8 de
sangue Nelore.
Assim nasceram os pioneiros da raça
denominada Ibagé em homenagem a um índio,
personagem histórico do município.
CANCHIM
A raça Canchim resultou do
cruzamento da raça
européia Charolesa com as
raças zebuínas Indubrasil,
Guzerá e Nelore. O início
dos trabalhos de
cruzamentos e seleção dos
animais foi em 1940, na
fazenda de Criação de São
Carlos, em São Paulo.
O nome Canchim foi dado em função a
uma espécie de árvore muito comum
na região. O gado Canchim vem sendo
muito utilizado em cruzamentos
industriais em todo país.
SANTA GERTRUDIS
No ano de 1940, o
governo americano
reconheceu a raça
Santa Gertrudis como
gado de corte. A raça
possui 5/8 de sangue
Shorthorn e 3/8 de
sangue Brahman.
Tem a pelagem vermelho-escuro retinta.
No Brasil, pode ser encontrado em São
Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia, onde
vem sendo muito utilizado nos cruzamentos
com o gado zebuíno, produzindo mestiços
rústicos e precoces para o abate.
BRAFORD
A formação da raça
Braford foi iniciada na
década de 60, pelos
cruzamentos das raças
Hereford e do gado
zebuíno (zebuamericano e
brasileiro), sendo
reconhecida pelo
Ministério da Agricultura
do Brasil em 1993.
Na condição de animal sintético, todos os
graus de sangue são considerados como
reprodutores para formação da raça.
BEEFMASTER
O grau de sangue da
raça é desconhecido.
Teoricamente possui ¼
de sangue de Hereford,
¼ de sangue de
Shorthorn e ½ sangue
zebu.Em 1954, o
Beefmaster foi
reconhecido pelo
USDA como raça pura,
existindo hoje mais de
100 criadores.
Atualmente, somam mais de 7.000
animais, ficando atrás no total de animais
registrados apenas para as raças Angus,
Hereford e Simental.
BEEFALO
No final da década de
1940, o governo do
Canadá começou uma
experiência que durou
40 anos para a
obtenção da raça. O
Beefalo é um animal
híbrido resultante do
cruzamento do Bison
(3/8 de sangue) com o
bovino (5/8 de sangue
das raças Shorthorn,
Hereford e Charolês).
Em 1957, teve seu primeiro touro fértil, com ¾ de
sangue de Bison O nome Beefalo originou-se
no início da década de 70 como resultado da
produção de animais férteis com 3/8 de sangue
Bison e 5/8 de sangue bovino.
RAÇAS MISTAS
RED POLLED
A raça Red Polled é muito
difundida na Austrália,
Nova Zelândia, Canadá,
Argentina e Uruguai.
Trata-se também de uma
raça de dupla finalidade,
grande produtora de carne
e leite. Sua fertilidade
chega a atingir 100%.
Assim, as vacas criam
seus bezerros com
bastante precocidade.
O Red Polled pode ser utilizado em
cruzamentos com raças européias e
zebuínas, sendo seus filhos altamente
rústicos. No cruzamento com a raça
Guzerá, surgiu a raça Pitangueiras.
SIMENTAL
O nome da raça
Simental vem do vale
do Simme (ou vale
do Simmenthal) e do
vale de Saane, no
Oberland, na Suíça,
onde já existia gado
vermelho e branco
na idade Média e de
onde saíram reses
para muitos países
europeus.
A produção leiteira comprovada, na Suíça,
chega a mais de 5.500 litros por lactação
e mais de 4,2% de gordura. Embora seja
originalmente de tripla finalidade, vem sendo
selecionado apenas para produção
de carne e leite.
PARDO SUIÇO
A raça Pardo Suiço é
originária da Suíça, na
região dos Lagos. A raça
Pardo Suíço tem uma
grande aptidãopara
produzir leite; além disso,
vem demonstrando
características muito
valorizadas que são o
tempo de vida útil e a sua
produção de crias.
Graças ao seu tamanho e vigor, o Pardo
Suíço vem gerando nos cruzamentos
com as raças zebuínas, um produto com
grande rusticidade. Entrou na formação
da raça Lavínia juntamente com a raça
Guzerá.
PINZGUAER
O gado Pinzguaer é
de dupla finalidade,
mas vem sendo cada
vez mais selecionado
para a produção de
leite, com média de
3.500 e 4.000 litros e
com recorde pouco
acima de 10.000 litros
(FAO,p.275).
O sucesso da raça Pinzguaer, na
modernidade, deve-se, em boa parte, a uma
vaca que produziu 8.125 litros de leite e
4,15% de gordura, em 1955.
NORMANDA
A produção leiteira apresenta uma média de
6.170 litros com 4,18% de gordura, em 305
dias, com recordes acima de 8.500 litros. É a
principal raça leiteira francesa é a raça
campeã de índice protêico no leite (3,39%), na
França. Embora boas produtoras de leite rico,
as vacas somente produzem bem
quando bem alimentadas.
O gado Normando pode
ser mocho ou com
chifres, sendo esta
característica herdada
dos cruzamentos
realizados no final do
séculoXIX. A vaca
Normanda era descrita
da seguinte maneira:
“primeiro, ela dá
em abundância
excelente leite, depois
engorda muito
facilmente mesmo
dando muito leite,
enfim faz boa morte
com muita carne de
primeira qualidade”
(Paul Messier, in Cotim,
1913, p.208).
CARACU
Em regiões ou situações em que se busca
um produto cruzado rústico, o Caracu é uma
boa opção pela sua secular adaptação ao
clima tropical. Afinal, a raça já vive no
Nordeste, no Sudeste, no Brasil-Central, no
Pantanal mato-grossense e até no Sul do
país. A raça Caracu é de dupla aptidão.
O gado Caracu
constitui a raça bovina
nacional mais
aperfeiçoada.Descend
e de bovinos
portugueses trazidos
no tempo do Brasil
Colônia. Portanto, é
uma raça brasileira de
origem européia,
formada pela mistura
de diversos gados
ibéricos nos séculos
XVI e XVII.
RAÇAS E SUAS APTIDÕES
BUBALINOS
RAÇAS
BUBALINAS
CARABAO
Conhecido como o "trator do
oriente". No Brasil, a maior
população desta raça está
concentrada na Ilha de Marajó, no
estado do Pará. É a única raça
adaptada às regiões pantanosas e,
por isto, apresentando pelagem
mais clara. Também é conhecido
por sua dupla aptidão, produzindo
carne e sendo excelente para
tração. Originário da Indochina, tem
a cabeça triangular, chifres grandes
e pontiagudos, voltados para cima,
e porte médio.
Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica, de corte, além de incluir
exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados.
JAFARABADI
Chifres: longos, fortes e grossos,
de seção ovalada ou triangular,
dirigidos para trás e para baixo,
com curvatura final para cima e
para dentro, em harmonia com o
perfil craniano.Forte correlação
entre a cor dos pêlos e da pele em
todo o corpo, sendo pretos os pêlos
e a pele. A cor preta estende-se
também aos chifres, cascos,
espelho nasal e mucosas.
Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, além de incluir
exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados.
MEDITERRÂNEO
Os animais da raça mediterrânea
apresentam porte médio e são
medianamente compactos. De origem
italiana, é uma raça de dupla
aptidão, embora os mediterrâneos
brasileiros tenham mais aptidão
para o corte.Chifres: longos, fortes e
grossos, de seção ovalada ou
triangular, dirigidos para trás, para fora
e para o alto terminando em forma
semicircular ou de lira.
Conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, com prevalência
leiteira, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e
bem conformados.
MURRAH
Raça de animais com
conformação média e compacta.
Apresentam cabeças leves e
chifres curtos, espiralados,
enrodilhando-se em anéis na
altura do crânio. São animais
profundos e de boa capacidade
digestiva, elementos muito
importantes para as produtoras
leiteiras. Chifres: pequenos,
relativamente finos, de seção
ovulada ou triangular,
descrevendo curvaturas em
torno de si mesmo, em forma de
espiral.
Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, com prevalência
leiteira, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e
bem conformados.
RAÇAS E SUAS APTIDÕES
RAÇAS CAPRINAS
RAÇAS DE
LEITE
TOGGENBURG
É uma raça especializada na produção
de leite e originária da Suíça, com
animais um pouco menores que os da
raça alpina e saanem e relativamente
menos produtivos, com presença ou não
de barba, chifres e brincos. No Brasil,
existem linhagens inglesas e, mais
recentemente,canadenses, com
produções leiteiras bastante
expressivas.
Rústica, boa reprodutora, costuma ter
gêmeos, excelente leiteira produzindo em
média 2,5 Kg de leite por dia.
Os animais suíços possuem pêlos longos e os ingleses e canadenses, pêlos
curtos, sendo estes últimos mais apreciados pelos criadores brasileiros e
certamente mais adequados ao nosso clima.
SAANEN
Origem de Berna e Appenzel na Suiça.
Leiteira por excelência, produz pelo menos
três quilos de leite por dia, com período de
lactação de oito a dez meses.
ALPINA
Raça suíça especializada na produção
de leite, possuindo número expressivo
de animais no Brasil. Os machos
pesam em média 80 Kg e as fêmeas, 50
Kg. Essa raça apresenta vários padrões
de pelagem: noir, policromada,
repartida, mantelée. Para fêmeas serem
registradas na categoria Pura por Cruza
de Origem Desconhecida - PCOD , só é
aceita a pelagem chamoisée.
Deve-se tomar cuidado ao importar animais dos Estados Unidos ou Canadá, pois
a raça denominada alpina é aqui classificada como alpina americana, de pelagem
e características morfológicas bastante distintas, não sendo aceito o cruzamento
entre essas duas raças para efeito de registro, exceto os filhos forem registrados
como ½ sangue. Nesses países, a cabra considerada alpina no Brasil é
denominada oberhasli.
CALINDÉ ou CANINDÉ
As cabras dessa pelagem chamadas de
Calindé foram encontradas em maior
número no Vale do Rio Canindé, no Piauí,
pouco se tendo notícia das mesmas em sua
terra de origem, na Bahia. Assim, o
agrupamento técnico denominado Canindé
não constitui uma raca, mas apenas uma
variedade entre as Alpinas.Ganharam uma
cor avermelhada, no lugar do branco,
algumas tornaram-se peludas. O nome
consolidou-se como Canindé, a partir de
então. Além de ser boa reprodutora,
fornece uma média diária de leite um pouco
acima da observada entre as raças e/ou
variedades nacionais.
A origem mais provável das cabras Calindés ( ou Canindés) é a Grisonne
Negra, dos Alpes suiços. Alí, em altas montanhas, as cabras mantiveram a
pureza genética por milênios.
RAÇAS DE
CORTE
BOER
Constitui uma das principais linhagens
que os criadores têm selecionado para
corte. A raça apresenta uma boa
conformação, rápida taxa decrescimento.
O Boer tradicional tem uma cabeça
vermelha (ou marrom) e um corpo branco
A pelagem branca é dominante e o
vermelho é recessivo.
Em resumo o Brasil está começando sua criação de Boer na
pelagem tradicional, mas há um grande ou enorme espaço,
para o Boer Vermelho.
SAVANAH
O Savana é uma raça branca, de
grande porte, especializada em corte,
feita por dedicados especialistas,
portanto, é fruto de um programa
"profissional" de produtores de carne
em condições climáticas adversas,
estando aí o seu grande valor. O
hábitat destas cabras brancas seria
no campo tipo Savana, perto do rio
Vaal-Africa do Sul- vivendo em
condições extremamente precárias.
Os machos podem passar de 130
kg. As fêmeas pesam normalmente
entre 60-70 kg .
Os animais começaram a nascer no Brasil no início do ano 2000,
prenunciando um novo tempo para a pecuária de caprinos de corte no
Brasil. Não é difícil afirmar que a raça Savana poderá vir a ocupar um
grande papel no cenário nacional, como a raça bovina Nelore.
RAÇAS PARA
PELE
REPARTIDA
Raça é Raça nativa do Nordeste
Brasileiro. Os caprinos desta
raça são caracterizados pela
pelagem da parte posterior
negra dividida ao meio, com
duas cores distintas, enquanto
a parte anterior é parda ou
clara, na maioria dos indivíduos
a principal finalidade da raça é
a produção de pele com
utilização da carne.
O porte é médio e grande, sendo das a maiores entre as variedades do
Nordeste. Alguns poucos centros de pesquisa tem se dedicado á
Repartida. O cruzamento de Alpina Francesa com animais pardos pode
resultar em indivíduos "repartidos" e esse talvez tenha sido o principio da
variedade, no Brasil.
MAROTA
Marota é a descrição de uma cabra alpina
de pelagem branca ou clara um pouco
maior nos machos e presença de barbas
com pequenas pintas nas orelhas de
forma alongada, terminando com as
pontas arredondadas, sem detalhes ou
manchas escuras pelo resto do corpo,
nativa no Nordeste brasileiro, que se
originou de raças brancas alpinas trazidas
pelos colonizadores.
Produção: Principalmente de peles, no entanto tem potencial para a
produção de leite, precisando ser melhor trabalhada e aproveitada para
esta finalidade, para evitar o risco de extinção desta raça.
RAÇAS PARA
PÊLO
ANGORÁ
A angorá é uma raça produtora de
pêlos, denominados mohair, de alto
preço no mercado mundial. Há poucas
informações de animais dessa raça no
Brasil, embora registrem-se algumas
importações, inclusive pela Secretaria
de Agricultura do Estado de São Paulo.
No interior do Rio Grande do Sul
encontram-se alguns exemplares
criados de forma extensiva, com alto
grau de consangüinidade.
Sua pelagem é branca e uniforme, com pêlos finos, brilhantes e sedosos,
com 20 a 30 cm de comprimento, cobrindo todo o corpo, com exceção do
focinho e chanfro, orelhas e extremidades dos membros, recobertos por
pelagem curta, mais sedosa, formando mechas longas e onduladas.
Apresenta topete sobre a fronte. A pele é rósea e fina e as mucosas são
claras.
RAÇAS DE
DUPLA OU
TRIPLA
APTIDÃO
ANGLO - NUBIANA
Os cabritos vão para o abate
aos três meses já com 21 a 22
Kg. Adapta-se muito bem no
Brasil, produzindo mestiços
com boa aptidão leiteira,
precoces e com carne de
qualidade.
Raça de dupla aptidão, produzindo
carne e leite. Por conseguinte,
dificilmente atinge os níveis de
produção das raças já apresentadas
(embora existam rebanhos
selecionados para produção de leiteConsta que a cabra MIAMI chegou a
produzir até 8,0 Kg em duas
ordenhas, na cidade de Araraquara
SP, conforme citação de Honorato de
Freitas em seu livro: Criação de
Caprinos".), mas, em contrapartida,
são animais considerados como
rústicos e prolíficos. São de grande
porte, com pêlos curtos e pelagem
variada, sendo aceita qualquer cor
para efeito de registro genealógico,
com certa preferência por animais de
pelagem "tartaruga".
BHUJ
A Bhuj é uma raça originária de regiões áridas
da Índia, sendo lá denominada e cutchi. No
Brasil, foi originada pelo acasalamento, ao
acaso, entre animais Nubianos e alguns
indivíduos que chegaram da Índia
desenvolvedo-se um padrão racial diferente
do encontrado no país de origem, daí a
denominação Bhuj Brasileira, sendo
disseminada no Nordeste, onde, além de
fornecer carne e peles, é utilizada para
melhoramento das raças nativas.
Da mesma forma que a moxotó, esta raça é apresentada no padrão
homologado pela ABCC como de múltipla aptidão, mas apresenta baixa
produção de leite e de carne, apesar da estatura elevada.
JAMINAPARI
Os animais originários da Índia,
podem apresentar qualquer pelagem,
exceto o padrão Toggenburg. Esta
raça é produtora de pele e carne,
embora seja considerada leiteira em
sua origem, a Índia.
Os pêlos são médios nos machos e curtos nas fêmeas, sendo mais
compridos na orelha e parte baixa dos membros posteriores. A pele é
escura, solta e flexível , enquanto as mucosas também são escuras,
embora rosadas na parte interna da vulva.
MOXOTÓ
A cabra Moxotó, ao lado da Canindé, vem sendo
apontada como símbolo das cabras nativas do
Nordeste, sendo fruto do acasalamento entre a
Alpina Francesa com cabras brancas nativas. Esta
raça é apresentada no padrão homologado pela
ABCC como de múltipla aptidão, produzindo leite,
pele e carne, embora sua produção leiteira seja
bastante reduzida. É a única raça brasileira com
padrão reconhecido e homologado junto à ABCC.
Pelagem branca ou clara, com ventre escuro,
com uma faixa dorsal e nas extremidades dos
membros e duas faixas longitudinais no
rosto. Embora não muito grande, apresenta boa
musculatura geral, boa carne e destinada em
sua maioria a produção de pele.
MAMBRINA
A raça mambrina é originária da Síria
e Palestina. Também é apresentado
no padrão homolodado pela ABCC
como de múltipla aptidão, embora
não tenham sido encontrados
controles oficiais de sua produção
leiteira.
Pode apresentar qualquer padrão de pelagem, exceto o característico
da raça toggenburg. As mucosas são escuras e a pele é flexível e
predominantemente escura.
MURCIANA
Muito pródiga, dá carne, leite e pele. Dócil e
pouco exigente, vive bem num quintal e em
regime de estabulação. Prolífera, costuma
ter partos duplos e triplos. Em cruzamentos
raciais, produz ótimos mestiços.
A rentabilidade da criação de cabras no
Nordeste está calcada em três fatores
principais: a produção do leite, da pele e, por
último, da carne. Minimizar o interesse ou
mesmo excluir um desses fatores do processo
produtivo, certamente trará para o produtor
insucessos em sua criação. Nesse caso
específico, a agregação de valores nos
produtos gerados nesse tipo de pecuária (de
múltiplas funções) é a condição vital para o seu
sucesso.
RAÇAS E SUAS APTIDÕES
OVINOS
RAÇAS DE
CORTE
TEXEL
O Texel foi formado na Ilha de Texel
na costa dos Países Baixos, no início
do século XIX. Foi introduzido no
Brasil por volta de 1972. A
característica mais marcante da raça
Texel, é o notável desenvolvimento
muscular, sendo muito precoce e
caracterizando-se pela carne de boa
qualidade, com pernil bem
desenvolvido e baixo teor de gordura.
São animais que também apresentam
lã branca e, por isso, são muito
utilizadas no cruzamento industrial
com matrizes laneiras ou mistas.
Em condições de pastagem, os cordeiros machos tem ganhos de peso
médio de 300g e as fêmeas de 275g, entre os 30 e 90 dias de idade. A raça
Texel é prolífera, pois atinge índices de nascimento de até 160%, com
carneiros atingindo o peso entre 110 a 120 quilos e fêmeas adultas com
80 a 90 quilos.
DORPER
O Dorper é uma raça da África do Sul,
sedo utilizadas em regiões extensivas
e áridas. Foi desenvolvida através do
cruzamento da ovelha Blackhead
Persian com o Dorset Horn Dorper,
sendo uma raça produtora de carne,
entretanto, suas exigências
nutricionais não são tão altas. Muito
embora, sob condições de boas
pastagens e manejo adequado, a
ovelha Dorper pode parir três vezes
em dois anos.
Se for considerada uma taxa de parição de 150% (alta incidência de
parto gemelar) e um manejo que permita que a ovelha tenha três partos
em dois anos, uma ovelha Dorper poderá produzir 2,25 cordeiros em um
ano.
BERGAMÁCIA
Também conhecida por: Bergamasca,
Bergamasker, Gigante di Bergamo. A
Bergamácia é originária da Itália, sendo
uma raça de lã grossa e curta. Embora
seja considerada como produtora de
carne, sua alta produção de leite indica
que pode ser explorada como uma raça
leiteira. São animais pouco exigentes
quanto à alimentação vivendo com
facilidade nos campos secos da região
Nordeste do Brasil.
Seus cordeiros apresentam rápidos desenvolvimentos, alcançando no
primeiro mês de vida o peso de 12 quilos. Com 18 a 24 meses chegam a
atingir com cerca de 130 a 140 quilos, oferecendo um rendimento de 65
a 70 quilos de carne por cabeça.
HAMPSHIRE
Os ovinos Hampshire adquiriram seu
nome do condado agrícola de Hampshire,
no sul da Inglaterra, onde foram
desenvolvidos. A ênfase principal é dada
para os partos múltiplos, peso por idade,
pouca cobertura de lã na face,
implantação da cabeça, desenvolvimento
muscular, ausência de defeitos e doenças.
O Hampshire é notado por seu
crescimento rápido e eficiente conversão
alimentar.
É um ovino de porte grande e ativo. O carneiro adulto pesa em torno de 125
Kg ou mais e as ovelhas adultas podem pesar mais de 90 Kg. A raça tem
aptidão para a produção de carne, sendo seu velo de baixa qualidade por
causa das fibras pretas no meio da lã.
SOMALIS
É originária da Ásia Central. Encontrada
em sua maioria nos estados do Ceará e
Rio Grande do Norte, vem se
estendendo, havendo criadores em
Pernambuco e até na Bahia. São animais
rústicos, de porte médio, cuja
característica principal é a cor negra da
cabeça e pescoço, admitindo-se também
a tonalidade parda. São mochos e
possuem pouca lã. Os principais
atributos do Somalis são a rusticidade,
sobriedade quanto a alimentação e
adequação ao clima seco.
Apresentam porte médio, cerca de 60 a 70 kg, e pouca ou nenhuma lã.
Embora de porte médio, o Somalis apresenta bom rendimento devido á
facilidade que a raça tem em ganhar peso. A aptidão da raça é para carne e
eventualmente para pele, a qual é extraída e comercializada em forma de
pelica.
SANTA INÊS
A Santa Inês é uma raça deslanada
encontrada no Brasil. Surgiu do
cruzamento das raças Morada Nova,
Crioula e Bergamácia. Foi selecionada para
total ausência de lã. Suas cores variam nos
tons de vermelho, preto e branco, podendo
ocorrer ou não, mistura dessas cores. A
sua aptidão é para carne, muito embora
produza pele de boa qualidade. Os machos
adultos pesam em torno de 80 quilos e as
fêmeas em torno de 60 quilos, sendo que
os machos, se forem bem alimentados,
podem atingir 100 Kg. Não apresentam
estacionalidade reprodutiva e são
adaptados a regiões de clima quente.
Por outro lado, centenas de criadores tradicionais passaram a utilizar
outras raças exóticas, como o Texel, o Hampshire, o Ideal, etc. para garantir
bons produtos cruzados que acabam sendo vendidos como "Santa Inês".
SUFFOLK
O Suffolk se originou do cruzamento de
carneiros South Down com ovelhas
Norfolk Horned. Como resultado deste
cruzamento surgiram os Sulfolks, que
mantiveram a coloração negra nas
pernas e cabeça dos South Down, assim
como a boa produção de carne. Animais
de bom temperamento, grande
resistência e rusticidade, adaptam-se
perfeitamente às pastagens mesmo
pobres, até úmidas, embora prefiram os
campos secos. É uma raça muito
explorado no Rio Grande do Sul, mas
que já encontra produtores interessados
em outros estados como Paraná, São
Paulo e Rio de Janeiro.
O Suffolk é do tipo carne, com excelente conformação de carcaça, baixo teor
de gordura e colesterol, e maior proporção de partes nobres, com
rendimento de até 60%. Não é a toa que é a raça mais difundida nos Estados
Unidos.
SUDÃO
A raça Sudão, como o próprio
nome indica, é originária do norte
da África, e de lá passou para o
Egito. O Sudão apresenta uma
carcaça longa, chegando a um
metro ou pouco mais, com aptidão
para produção de carne. A
pelagem tem cor muito variada. À
distância torna-se muito difícil
saber se o Sudão atual trata-se de
uma cabra ou de um carneiro.
Segundo Sanson, esta raça,
quando deslanada, poderia ser um
elo de ligação entre os caprinos e
ovinos.
No Nordeste, muitos são os indivíduos não cIassificados como
Bergamácia e também não enquadráveis como Merino. Seriam, portanto,
variedades (mestiços) de Sudão, havendo a possibilidade de alguns
constituírem um agrupamento étnico específico da região tropical
nordestina.
RAÇAS PARA
LÃ
MERINO
Esta é uma das representantes principais da
raça de lã na Austrália, sendo encontrada em
grandes rebanhos na Nova Zelândia e na
Europa. Possui aptidão para a produção de lã,
embora a seleção para melhorar a qualidade da
carcaça, possa tornar esta raça de dupla
aptidão. Sua lã é absorvida quase totalmente
pelo comércio de têxtil e é caracterizada pela
altíssima qualidade. Itroduzida no Nordeste
brasileiro, desde o período colonial, esta raça
demonstrou sua rusticidade e prolificidade. O
Merino nordestino, portanto, é um bizarro
primo-pobre do Merino europeu! Na Europa o
macho adulto atinge 100 a 130 kg de peso e as
fêmeas 40 a 80 kg. Aqui, o peso do Merino
varia de 30 a 45 kg, apenas.
O tipo atual é um ovino de grande produção, rendimento econômico bem adaptado
às condições naturais e ao sistema de exploração extensiva, com um velo de muito
peso, e com uma lã extraordinariamente uniforme em finura e comprimento, de cor
branca e suavidade ao tato.
LEICESTER
O ovino Leicester, com a lã longa e de
origem inglesa, teve uma grande
importância no melhoramento e
desenvolvimento de outras raças de lã
comprida. No Brasil, dos Leicester, o
mais encontrado é o Border. A raça
Border Leicester foi criada em 1767 por
George & Matthew Culley de Fenton,
Northumberland, Inglaterra.
O peso do velo das fêmeas adultas varia de 3,5 a 6 Kg com um rendimento
de 65 a 80 por cento. O comprimento varia de 12,5 a 25cm com um diâmetro
de 30,0 a 38,5 mícrons. O macho adulto pesa em torno de 102-147 Kg e o
peso da ovelha varia de 79-124 Kg.
RAÇAS DE
DUPLA OU
MÚLTIPLA
APTIDÃO
DORSET
Merino foram trazidos do Sudoeste da
Inglaterra e cruzados com os Horned
Sheep de Wales, que produziram Dorset,
Somerset, Devon e Wales e foi chamada
de Horned Dorset. É a segunda raça ovina
mais numerosa nos Estados Unidos,
perdendo apenas para a Suffolk. Com
aptidão para produção de carne e lã.
As ovelhas adultas Dorset pesam de 70 a 90 Kg, podendo ultrapassar este
peso dependendo da condição de criação. Os machos adultos pesam em
média 100 a 125 Kg. Dorset é uma das poucas raças que tem como
característica reprodutiva à "não estacionalidade". As ovelhas são boas
mães, e os partos múltiplos são comuns. Dorsets podem ser utilizados em
cruzamentos nos rebanhos comerciais, como raça terminal.
ELE DE FRANCE
O Ile-de-France é o produto do
cruzamento do English Leicester e o
Rambouillet. A raça é difundida na França
e foi introduzida na Inglaterra nos anos
de 1970. Foi introduzida no Brasil por
volta de 1973 e teve uma boa aceitação,
em virtude de produzir lã de melhor
qualidade, em relação às demais raças de
carne. São animais de grande porte, com
bom desenvolvimento de massa
muscular nas regiões nobres (pernil,
lombo e paleta).
As fêmeas apresentam altos índices de fertilidade de prolificidade, com
média de 1,40 a 1,70 cordeiros por parto.Os cordeiros são bastante
precoces, apresentando ótimo ganho de peso, o que propicia a obtenção de
carcaças de boa qualidade.
IDEAL
O Ideal é um ovino de duplo propósito (lã
e carne), desenvolvido em Victoria, em
1880. Ele é 75% Merino e 25% Lincoln. O
Ideal responde bem quando colocado em
boas pastagens e é encontradado
principalmente nas regiões de maiores
índices pluviométricos, no Sul da
Austrália. A raça foi exportada com
sucesso para muitos países,
principalmente para a Ámérica do Sul.
Ênfase foi dada no sentido de melhorar a
quantidade e a qualidade da lã. Além
disso, o Ideal tem uma carcaça magra
adequada para um grande mercado de
exportação.
O trabalho de seleção efetuado pelos australianos deu como resultado uma
raça com excelente capacidade para produzir lã, aliada à produção de
carcaças com desenvolvimento satisfatório.
CORRIEDALE
O Corriedale foi desenvolvido na
Nova Zelândia e na Austrália, através
do cruzamento de carneiros Lincoln
ou Leicester com fêmeas Merino A
raça é largamente distribuída nos
diferentes países do mundo. Na
América do Sul, a raça Corriedale é a
mais numerosa e se expande por
toda a Ásia, América do Norte e
África do Sul. Depois da raça Merino,
é a Corriedale que apresenta maior
popularidade no mundo.
O Corriedale é um ovino de duplo propósito (lã e carne). Tem um porte
grande e uma boa qualidade de carcaça. Embora seja uma raça muito
utilizada em cruzamentos com raças produtoras de carne, para produzir
cordeiros com altas taxas de crescimento, o Corriedale puro tem
apresentado uma boa performance. A dupla aptidão é que torna o
Corriedale uma raça popular.
ROMNEY
O Romney teve seu início em uma região
pantanosa no Kent, Inglaterra. Foi
melhorada com sangue de Leicester no
século XIX e levou o nome de Romney
Marsh. O Romney, historicamente é uma
raça de dupla aptidão (lã e carne),
permanecendo com esta característica
até os dias de hoje. Quando adultos os
machos pesam 102-124 Kg e as ovelhas
68 - 90 Kg. A carcaça é de alta qualidade e
a lã é brilhante.
É a raça de maior difusão no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul,
pela rusticidade ao clima úmido e pelo rendimento de carne e lã. Apresenta
40% de potencial para produção de lã e 60% para produção de carne. São
essencialmente carneiros de pastagem, vivendo e engordando somente com
os recursos naturais, porém exige melhor nível nutricional que as raças já
citadas.
MORADA NOVA
A Morada Nova encontrada no Nordeste do
Brasil, provavelmente teve sua origem na
África. A raça Bordaleiro, originária de
Portugal também está relacionada com a sua
formação. A cor predominante varia do
vermelho ao creme, mas animais brancos
são também encontrados. Produzem carne
e, principalmente peles de ótima qualidade.
As ovelhas são muito prolíferas, bastante
rústicas. Estes animais se adaptam às
regiões mais áridas, desempenhando
importantes funções sociais.
Ambos os sexos não apresentam chifres. No Brasil, foi realizada a seleção
dos indivíduos com pouca lã e, atualmente, a Morada Nova faz parte do
grupo das raças deslanadas.
RABO LARGO
A raça Rabo Largo, que tem o seu
nome em função do depósito de
gordura na cauda, é encontrada no
Nordeste do Brasil. Esta raça se
originou do cruzamento entre
animais deslanados de cauda gorda,
trazidos da África, e a raça Crioula.
São brancos, malhados ou brancos
com a cabeça colorida. Ambos os
sexos possuem chifres, com aptidão
para carne e pele.
RAÇAS PARA
PELE
KARAKUL
O Karakul é nativo da Ásia Central e
tem o nome de uma vila chamada
Karakul que se encontra no vale do Rio
Amu Darja. Deve ser a raça mais velha
dos ovinos domésticos. Embora a raça
Karakul seja conhecida pela sua
especialização na produção de peles,
principalmente as de cordeiros novos,
este animal é também uma fonte de
leite, carne, gordura e lã.
Estes animais tem força e longividade, sendo resistentes aos parasitas e se
tiverem acesso a uma alta disponibilidade de forragens, são capazes de
armazenar energia, principalmente através de sua cauda gorda, para
sobreviverem aos períodos subseqüentes de falta de alimentos. Suporta
grandes variações de temperatura, do frio ao calor intenso, mas deve ser
criada e mantida em locais secos, distante de pastagens alagadiças.
RAÇAS E SUAS APTIDÕES
SUINOS
RAÇAS DE
SUÍNOS
DUROC
Foi a primeira raça a ser introduzida no país
e, portanto, a que iniciou o melhoramento e
a tecnificação da suinocultura brasileira. A
rusticidade e a fácil adaptação a todas as
regiões do país, fizeram com que seu uso
em cruzamentos industriais propiciasse
uma melhoria na qualidade da carne
das raças brancas. Já foi a raça mais
registrada, hoje participa com 1,94% do
total de registro emitido no país, com
previsão de manter esta participação.
Resultado dos Testes de Granja (TG) nos estados do RS, SC, PR e
SP. Os animais são testados do nascimento aos 154 dias de idade.
MACHO e FÊMEA respectivamente com Ganho de Peso Diário (g) de 622 e
598 em 1.145 e 676 animais testados.
LARGE WHITE
No registro genealógico, participou com
22,55% em 1998, passando a ocupar o
primeiro lugar na composição do
rebanho das granjas produtoras de
animais puros de origem. Das raças
puras criadas, foi última a ser introduzida
no país, no início da década de 1970 e,
pelo desempenho apresentado, vem
aumentando anualmente a sua
participação. A raça é muito utilizada na
produção de híbridos e se caracteriza
pela sua prolificidade.
Resultados dos Testes de Granja (TG nos
estados do RS, SC, PR, SP e MG. Os
animais são testados do nascimento aos
154 dias de idade. Macho Fêmea - Ganho
de Peso Diário (g) de 687 e 652
respectivamente com nº de animais
testados de 4.839 e 11.479.
LANDRACE
Em 1998, a raça Landrace participou
com 15,47% dos registros PO emitidos
no país, ficando atrás apenas da raça
Large White.Suas características
básicas são prolificidade, habilidade
materna e desempenho, é muito
utilizada nos programas de produção
de híbridos.
Resultados dos Testes de Granja (TG)
nos estados do RS, SC, PR, SP e MG. Os
animais são testados do nascimento aos
154 dias de idade.Macho Fêmea - Ganho
de Peso Diário (g) 663 e 650
respectivamente com nº de animais
testados de 5.416 e 9.558.
HAMPSHIRE
É uma raça que se caracteriza pela
qualidade de carcaça, rusticidade e pela
preferência dos criadores em usá-la nos
cruzamentos. Participou com 0,18% no
registro genealógico. É uma raça que tem
tido um desempenho negativo no registro
genealógico nos últimos 5 anos. Origem
nos E. U. A. com pelagem preta com faixas
brancas no dorso e membros anteriores.
Resultados de Teste de Granja (TG) no
estado do PR. Os animais são testados do
nascimento aos 154 dias de idade. Macho e
Fêmea com Ganho de Peso Diário (g) de
573,0 e 7542,22 e nº de animais testados de
16 e 18.
WESSEX
Foi uma raça preferida pelas granjas que
utilizavam o sistema de produção
extensivo ou criação ao ar livre. Como
este sistema é pouco utilizado no Brasil,
os registros vem diminuindo. Apresenta
como principais características, a
prolificidade, rusticidade e habilidade
materna. Em 1998 não emitiu nenhum
registro genealógico e a tendência é de
que seja extinta ou substituída por outra
raça mais moderna. Origem na Inglaterra,
com pelagem preta e faixas brancas no
dorso e membros anteriores.
Resultados de Teste de Granja (TG) no
Estado de SP. Os animais são testados do
nascimento aos 154 dias de idade. Fêmea Ganho de Peso Diário (g) de 424 sendo só
um animal testado.
PIETRAIN
É uma raça que possui uma excelente
massa muscular, sendo muito utilizada
em cruzamentos. Nos últimos anos tem
sido importado suínos e sêmen da
Inglaterra, Alemanha e França.Apresenta
como principais características, ótimos
pernis, menor camada de gordura e
muito boa para cruzamentos.Tem
aumentado sua participação no registro
genealógico, este ano com 3,42% do total
registrado. Origem Bélgica com pelagem
branca e manchas pretas (oveira).
Resultados dos Testes de Granja (TG)
nos estados de SC, PR, SP e MG. Os
animais são testados do nascimento aos
154 dias de idade. Macho e Fêmea com
ganho de Peso Diário (g) de 537 e 536
respectivamente e número de animais
testados de 1.067 e 1.272.
MOURA
É uma raça nativa, há muito tempo criada
no país, no entanto, somente em 26 de
abril de 1990, foi aprovada pelo MA e
registrada como cadastro inicial. De
1990 a 1995, foram registrados na ABCS,
1.668 suínos, no estado do Paraná. É
uma raça que está disseminada
principalmente nos estados do sul do
país. Suas principais características são,
a prolificidade, comprimento e
rusticidade. Nos últimos 4 anos não
houve registro genealógico da raça.
Origem no Brasil (RS, SC e PR) com
pelagem preta entremeada de pelos
brancos (Tordilho).
PIAU
Foi a primeira raça nativa a ser registrada
em 1989, em caráter de cadastro inicial,
de acordo com a aprovação do MA, em 28
de setembro de 1986. De 1989 a 1995, já
foram registrados na ABCS, 1.250 suínos
nos estados do RS, SC e PR. É uma raça
que se caracteriza pela sua rusticidade.
Nos 4 últimos anos não houve registro
genealógico da raça.
Origem no Brasil (GO, MG e SP) com
pelagem Oveira (Branca-creme, com
manchas pretas).
RAÇAS E SUAS APTIDÕES
EQUINOS
RAÇAS
EQUINAS
CAMPOLINA
Raça formada em Minas Gerais por
Cassiano Campolina, a partir do
garanhão Monarca, filho de uma
égua cruzada com o garanhão Puro
Sangue Andaluz Lusitano da
Coudelaria Real de Arter,pertencente
ao criatório de D.PedroII. Os
desendentes de Monarca sofreram a
infusão de sangue Percherão, Orloff
e Oldenburger e mais tarde do
Mangalarga Machador e PuroSangue
Inglês. Hoje , o campolina está
definitivamente firmado e tem boa
aceitação no mercado de criadores.
Características: Basicamente são animais marchadores, que podem ser
utilizados para sela, serviço e lazer. Mostram uma aparência altiva, com linhas
finas e bem harmoniosas, não deixando de possuir constituição forte e
vigorosa.
MANGALARGA
A raça Mangalarga Marchador é
tipicamente brasileira e surgiu há
cerca de 200 anos na Comarca do Rio
das Mortes, no Sul de Minas, através
do cruzamento de cavalos da raça
Alter - trazidos da Coudelaria de Alter
do Chão, em Portugal - com outros
selecionados pelos criadores daquela
região mineira. Os cruzamentos
dessas raças deram origem a animais
de porte elegante, bela postura,
temperamento dócil e próprios para a
montaria.
As pessoas procuravam os fazendeiros perguntando pelos cavalos da Fazenda
"Mangalarga" e esta referência se transformou em nome. O "Marchador" foi
acrescentado devido a sua função de marchar.
ÁRABE
A Raça Árabe tem sua origem nos
reprodutores selvagens dos
desertos da arábia e os cavalos de
guerra da raça Andaluz. No Brasil O
governo introduz de 1930 a 1950 a
raça no país para incrementar a sua
cavalaria então concentrada no Rio
Grande do Sul. Aapós ter fundado
em 64 a Associação Brasileira dos
Criadores do Cavalo Árabe
(ABCCA), Dr. Aloysio Faria
deu um impulso decisivo à criação
nacional realizando as primeiras
importações de porte e qualidade.
As modernas raças de cavalos que conhecemos são frutos de seleção
recente, cada qual tentando se especializar em uma das áreas do esporte,
trabalho ou lazer.O Puro Sangue Árabe é o único cavalo que reúne em suas
características a possibilidade de realizar bem todas essas funções.
ANDALUZ
Os cavalos selvagens ibêricos
foram cruzados com cavalos
bérberes durante os oito séculos
em que os mouros dominaram a
região , e dessa cruza resultou o
andaluz. No Brasil , a Associação
Brasileira de Criadores do Cavalo
Andaluz registra o espanhol
e o lusitano. Por meio de cruzas
com éguas nacionais , em breve
haverá a andaluz brasileiro. O
andaluz tornou-se responsável pela
formação de boa parte das raças
nacionais, especialmente nas
regiões Sul e Sudeste , como a
campolina ,campeiro e crioulo.
Características: Cavalo utilizado para touradas na Espanha, devida a sua
extrema inteligência, é um ótimo animal também para sela. É um cavalo que
alheia força e inteligência.
APPALOOSA
A tribo de índios (Nez Perce) foi a
responsável pelo desenvolvimento
raça no continente americano. Essa
tribo habitava a região conhecida
como Palouse, por onde passa o rio
de mesmo nome e ocupa parte dos
estados de Washington, Oregon e
Idaho, daí o nome da raça. Em 1974 foi
registrado o nascimento do primeiro
animal no Brasil.Características: O
Appaloosa moderno é um reprodutor,
mas também é usado em competições
como: corridas, rédeas, e saltos.
Ele pode ser considerado um grande atleta, mas serve muito bem às crianças
como montaria, devido ao posicionamento de sua cabeça-que é baixa; sua
índole e inteligência.
BRASILEIRO DE HIPISMO
Cruzamento das raças Orloff , de
origem russa , com Westfalen e
Trakehner , de origem alemã. A
receita inclui ainda pequenas
doses de PSI , Hanoveriano ,
Holsteiner e Hackney, pitadas de
Oldenburg , sela-argentina ,
sela-francesa etc. Hoje já existe
um livro fechado, mas nada
impede que a raça seja
aprimorada pela renovação de
sangue (pool genetico) com
individuos das raças formadoras
Origem: São Paulo com características que servem para salto, adestramento e
CCE (concurso completo de equitação).
PAINT HORSE
O Paint Horse é uma raça relativamente
nova no Brasil. O seu início deu-se nos
Estados Unidos. O Paint é uma opção
para os criadores de Quarto de Milha, que
une versatilidade da raça com a pelagem
exótica. A morfologia do cavalo Paint
Horse segue um padrão pré-determinado
pelo modelo de conformação do Quarto
de Milha. O mesmo padrão racial é usado,
apenas a pelagem é que varia.
Características: Há dois padrões de cor
aceitável para inscrição, "Overo “-mais
escura- e " Tobiano “-branca.
Aptidão: Considerado um dos cavalos mais versáteis, é utilizado nas
corridas planas, salto, provas de rédeas, tambores, balizas, hipismo rural e
lida com o gado.
HAFLINGER
Originário nos Alpes. Nas longas
jornadas na neve ou na chuva,
tornaram o cavalo Haflinger, uma
prioridade para o Exército austríaco e
alemão nas últimas duas grandes
guerras. As qualidades de nobreza,
força, beleza, docilidade, resistência,
bom caráter e adaptabilidade a
qualquer clima e alimentação fizeram
do Haflinger um dos cavalos mais
solicitados do mundo. Vem
justificando a preferência, não só pelo
seu desempenho, como cavalo de
trabalho, esporte e lazer.
Além destes atributos mencionados, o cavalo Haflinger tem uma capacidade
incrível de aproveitamento de forragens secas de regiões áridas dos trópicos e
comprovada habilidade de buscar alimento sob a neve, nas região frias.
PAMPA
No Brasil, o Pampa tem sua
origem através das raças Berbere,
Crioulo e Mangalarga, por isso
não deve ser confundido com o Paint
Horse. As características raciais são
quase as mesmas, com pequenas
variações entre elas. Pelagens:
Pampa e suas variedades, sendo
toleradas as pelagens sólidas
de acordo com o regulamento da
ABCC-Pampa.
O padrão racial do Pampa pode ser dividido em cavalo de sela para serviço e
lazer (SL) - médio. Cavalo de sela para serviço de esporte (SE) - médio para
grande.
CRIOULO
Na região Sul, a maioria é
descendente de bérbere e
andaluz . Boa parte se pôs em
fuga durante as batalhas ,
passando a viver livremente por
muitas décadas, e a natureza
encarregou-se de selecionar os
mais adaptados às planíces dos
pampas e ao clima . O crioulo é
adequado às necessidades dos
criadores de gado do Sul , que
precisam de animais que
cubram grandes distâncias ,
muitas vezes em condições
difíceis,enfrentando os rigores
do frio, por exemplo.
Caracteristica: É um cavalo extremamente forte e saudável. Vive em condições
climáticas extremas: calor ou frio, com um mínimo de alimentação. É um ótimo
cavalo para lida no campo, devido à sua incrível resistência e longevidade.
PIQUIRA
O piquira tem sua origem
provável no cruzamento de raças
tradicionais com éguas nativas de
pequeno porte. Está difundido
por todo Brasil, encontra-se no
estado da Bahia e Minas Gerais o
maior núcleo de criadores. O
porte que não deve exceder 1.30m
para machos e 1.28m para
fêmeas. O piquira obedece, para
registro definitivo, aos 36 meses
de idade, a altura acima
especificada. Pode ser de
qualquer pelagem, exceto a
albinóide ( gáseos com íris
despigmentada).
Por ser uma raça ainda em formação, com livro aberto para o registro de
machos e fêmeas, existem linhagens onde a miscigenação com outros
pôneis ainda é aparente. Na verdade não há nada mais apropriado ao ínicio
da equitação Infantil.
EQUS ASININUS - PÊGA
A criação do Jumento Pêga, parece existir há
dois séculos. Supõe-se que descendam de
jumentos de origem portuguesa e egípicia.
Graças a sua criação secular , em quase
isolamento , esta raça é muito uniforme no tipo
e produção . O Pêga produz muares fortes,
vivos, sadios, altos, de cores claras,
prestando-se tanto para sela como para tração.
CARACTERÍSTICAS :Estatura média de 135
cms, com peso médio de 350 Kgs e pelagem de
preferência e mais comum a “pelo de rato”. É
frequente a ruã ou rosada, são raras a tordilha,
sendo indesejáveis a ruça e a branca. O pelo é
fino, curto, macio, por vezes ondulado.
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RAÇAS E SUAS APTIDÕES - Escola de Medicina Veterinária