RAÇAS E SUAS APTIDÕES RAÇAS BOVINAS RAÇAS PURAS DE LEITE HOLANDESA PRETO E BRANCO Quando as condições do meio ambiente são inadequadas, a raça Holandesa contribui muito para a melhoria da produção de leite através de reprodutores em cruzamentos com as raças zebuínas ou com outras raças de animais menos produtivos. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), relacionou, na década de 1950, três tipos de gado Holandês, cada uma com seu próprio registro genealógico: 1- Holandês preto e branco, com cerca de 80% do total; 2Meuse-Rhine-Ijssel (vermelho e branco), com cerca de 18%; 3- Groningen (cabeça branca), com cerca de 2%. HOLANDESA VERMELHO E BRANCO Essa denominação deve-se ao fato desses animais terem sido criados nos vales dos rios Mosa, Reno e Issel (MRY). A raça Holandesa, variedade vermelho e branco, é uma alta produtora de leite. Sua produção é semelhante à produção da variedade preto e branco, mas o rebanho vermelho e branco, em termos quantitativos, é bem menor. GUERNSEY Os bezerros não conseguem um desenvolvimento ponderal normal dentro dos parâmetros raciais. A utilização de touros Guernsey em rebanhos zebuínos produz excelentes animais mestiços, sendo que, nocruzamento com a raça Gir, os animais apresentam ótima conformação de úbere, mesmo na primeira geração, além de pelagem amarelada A raça Guernsey é considerada mais rústica do que a raça Jersey, mas, para produzir satisfatoriamente economicamente, requer boas pastagens, boa suplementação alimentar, em épocas de estiagem, e sobretudo um manejo adequado. Quando esses animais não são adequadamente alimentados, conforme acontece na maioria das criações no Brasil, a raça vai definhando e sua produção e reprodução deixam muito a desejar. JERSEY O gado Jersey chegou ao Brasil em 1896, importado por Joaquim Francisco Assis Brasil, diretamente da granja de Windson, da rainha vitória da Inglaterra. a raça Jersey é considerada uma raça manteigueira devido ao seu alto teor de gordura no leite Sendo que alguns rebanhos chegam a produzir acima de 5.000 litros com elevado teor de gordura De pequeno porte, as vacas Jersey, quando bem alimentadas e com manejo adequado, produzem grande quantidade de leite em 300 dias de lactação AYRSHIRE A raça Ayrshire descende do gado escocês dos Condados de Ayr e Lanakde terras pobres, mas é de clima úmido e variável. A aptidão dominante da raça é a produção de leite, produzindo em média 3.900 litros por lactação com 3,8% de gordura. Por ser muito rico em matéria seca, seu leite é próprio para a fabricação de queijos, sendo a raça considerada a melhor queijeira inglesa. Os glóbulos graxos são pequenos, de difícil desnatagem, não dando manteiga muito amarela. RAÇAS PURAS DE CORTE HEREFORD Originário da Inglaterra, o gado Hereford é uma das mais famosas raças selecionadas para produção de carne. O Hereford é o gado de pastejo e engorda fáceis em pastagens inferiores, mostra excelente aptidão para recuperação de peso após as chuvas. A cara branca é um caráter dominante e se transmite aos produtos oriundos de cruzamentos, independente de qual seja a raça utilizada. No cruzamento com o gado zebuíno (zebu americano e brasileiro) deu origem a raça Braford, hoje muito difundida no Brasil. ABERDEEN ANGUS A raça Aberdeen Angus possui a pelagem preta ou vermelha, é uma raça mocha muito utilizada em cruzamentos industriais e na formação de novas raças de corte. No Brasil, entrou juntamente com a raça Nelore na formação do gado Ibagé, no Rio Grande do Sul e nos Estados Unidos na formação da raça Brangus, juntamente com a raça Brahman CHAROLESA Devido à sua extraordinária produção de carne, essa raça esta espalhada por todo o mundo. No Brasil, o gado Charolês tem prestado inestimáveis serviços, principalmente na formação da raça Canchim. A carne do gado Charolês é de excelente qualidade, com pouca gordura superficial, embora marmorizada internamente. O rendimento de carcaça varia de 58 e 65%, em regime de campo, e de 65 e 70%, em regime de confinamento. LIMOUSIN A raça Limousin está presente no Brasil desde o início do século XX, quando em 1872 foi trazido um touro e uma vaca, por Henri Goreix, convidado por D.Pedro II para dirigir uma escola de mineração em Ouro Preto-MG. Atualmente, é uma raça muito utilizada principalmente em Goiás e Mato Grosso, mas podemos encontrá-la também em Minas Gerais e São Paulo nos programas de cruzamentos industriais, bem como em programas de seleção e vendas de reprodutores e matrizes BLANC-BLUE-BELGE No início do século XX, já existia a raça Azul, na Bélgica, também conhecida com o nome de raça de Mons, a qual parecia ser uma derivação da raça Holandesa (A.M.E. Gastart, 1913, in Cotim, p.196). O gado Blanc-Blue-Belge foi importado para o Brasil em 1994, para o município de Alvorada do Sul, no Paraná. O desenvolvimento muscular é de origem genética, ou seja, sua carne não contém qualquer tipo de aditivo. BLONDE D’AQUITAINE O Blonde D’Aquitaine foi introduzido no Brasil em 1972 na exposição de Esteio, no Rio Grande do Sul. Vários fazendeiros utilizam o Blonde em cruzamento industrial, obtendo excelentes resultados, principalmente quando a raça usada é a Nelore, mas precisamente no Brasil Central. Uma grande utilidade do Blonde no Brasil é o cruzamento com a raça Caracu, para formação da raça Aquitânica. RED ANGUS Os bezerros Angus nascem pequenos, mas ganham peso rapidamente. É comum verificarem-se animais em plena produção com 14 a 15 meses de idade. Entre 18 e 20 meses, o macho chega a pesar em média 450 kg, em condições ótimas para abate. O Red Angus é famoso pelas virtudes de precocidade sexual, velocidade de ganho de peso e fixação de características O gado Red Angus, em cruzamentos industriais, contribui para o aumento da prolificidade, qualidade de carcaça e rusticidade sobre a raça absorvida. Os animais Angus são precoces, com excelente conversão alimentar e rápido acabamento de carcaça. A raça Red Angus apresenta maior resistência a enfermidades e a sua grande adaptabilidade ao solo brasileiro, seja seco ou alagadiço, regiões acidentadas ou planas, em pastagens ricas ou pobres. PIEMONTESA A análise química da carne mostra que a média de colesterol no Piemontês é de 44,0 mg para cada bife de 100 gramas, enquanto que a média dos bovinos em geral é de 63,9% ( suínos = 79,0 mg; frangos = 74,0 mg; vitelo = 84,0 mg). Um bife de 100 gramas apresenta 2,9 gramas de gordura, contra 0,87 gramas na raça Piemontês. A raça Piemontesa foi introduzida no Brasil em 1974, em Araçatuba, São Paulo. Nesse mesmo ano foi fundada a Associação Brasileira de Criadores da Raça Pemontesa. Essa raça apresenta uma produção de leite média de 2.300 litros em 305 dias com recordes de 5.000 litros. São famosos os queijos produzidos com o leite da raça, tais como Bra e Castelmagno, seguidos por Murozzano e Raschera. Os machos pesam em média entre 750 e 900 kg e as fêmeas entre 450 e 600 kg. O destaque é dado para os animais de musculatura dupla (variedade Alba), que representam a maioria do rebanho e cujos primeiros registros são de 1886, embora novos estudos tenham começado em 1926. O gado de dupla musculatura (hipertrofia muscular) produz 10% a mais de rendimento, segundo pesquisadores do mundo inteiro. Em geral, o Piemontês garante um rendimento de carcaça acima de 65%, podendo chegar a 72%. O rendimento de músculos chega a84%,significando 432 kg de carcaça aos 16 meses de idade. MARCHIGIANA Os touros da raça Marchigiana respondem muito bem, quando são colocados em regime de monta natural, com excelente desempenho, quando comparados com touros zebuínos. É uma raça originária da Itália e foi introduzida no Brasil haproximadamente 30 anos. Tem a pelagem branca com a pele preta e com grande número de glândulas sudoríparas. A raça Marchigiana é muito utilizada em cruzamentos industriais para a produção de novilhos precoces. No Centro-Oeste, os produtores estã usando muito a raça para cruzamentos com o zebuíno, obtendo animais mestiços que são utilizados em confinamento e também em regime de engorda e em regime de campo. RAÇAS ZEBUINAS PARA LEITE GIR É uma raça muito utilizada em cruzamentos com a raça Holandesa preta e branca e com a Holandesa vermelho e branca. Mestiços desses cruzamentos deram origem a uma nova raça chamada Girolanda. A raça Gir possui uma linhagem para a produção de leite, denominada de Gir Leiteiro, que já possui rebanhos com excelentes animais, chegando a produzir acima de 4.000 litros de leite por lactação. GUZERÁ A raça Guzerá é muito utilizada em cruzamentos com as raças européias para a produção de novilhos precoces e também para a obtenção de animais produtores de leite. É reconhecida, no Brasil por entrar na maioria das raças bimestiças de sucesso, tais como Lavínia, Pitangueiras, Riopardense, Cariri, Xingu, Santa Mariana, Indubrasil, Guzonel e Guzolando. No exterior, o Guzerá entrou na formação das raças Brahman e Santa Gertrudis. SINDI É originária da região chamada Kohistan, na parte da província de Sid, Paquistão. Os animais Sindi são em geral pequenos, de bela aparência. A pelagem é vermelha, variando do tom mais escuro ao amarelo-alaranjado, observando-se, às vezes, pintas brancas na barbela, na testa e no ventre, mas não tem manchas grandes. Nessa raça, o branco é recessivo, aparecendo, ocasionalmente, mesmo em rebanhos puros, mas não é apreciado. A aptidão principal é a produção de leite. A média de produção leiteira é de 2.562 litros , em 286 dias de lactação, com 2,5% de A conversão de vegetais secos e fibrosos é gordura, mas existem alguns animais com lactação superior a 3.100 litros. Hoje, a quase prodigiosa na fêmea Sindi, principalmente quando está semo bezerro maioria do rebanho Sindi está localizado na região semi-árida do Nordeste, onde os na caatinga. O gado Sindi surge, criadores afirmam que o gado Sindi é notável também, como ideal para cruzamentos pela rigidez dos cascos, pela rusticidade nos leiteiros no Nordeste, podendo espalhar campos ressequidos, sem perder crias e sem suas virtudes pelo restante do Brasil. deixar de produzir leite. RAÇAS ZEBUINAS PARA CORTE NELORE O gado Nelore vem sendo utilizado em cruzamentos industriais com as raças européias especializadas para produção de carne com a finalidade de obter novas raças ou simplesmente para produção de novilhos precoces para o abate. A raça Nelore vem liderando com segurança e tranqüilidade o número de animais registrados dentro da raça e das demais raças zebuínas. Com o crescimento do rebanho Nelore, surgiram novas variedades, como o Nelore Mocho e, agora, oficialmente reconhecidas, as pelagens vermelha, amarela e pintada de preto. NELORE MOCHO As primeiras famílias mochas foram formadas em meados da década de 50, intensificando-se a partir de 1960. Durante muito tempo atribuiu-se o surgimento de animais mochos a eventuais mutações, hipótese hoje posta de lado pela quase totalidade dos especialistas e estudiosos. O mocho vem do gado nacional que, por sua vez, descende de bovinos europeus sem chifres, introduzidos no país no passado remoto. O Registro Genealógico para gado mocho NELORE MALHADO DE PRETO Desde 1906, já se tinham notícias de animais com esse tipo de pelagem. Por esse motivo, a ABCZ resolveu admitir o registro dos animais malhados de preto. O Dr. Alberto Alves Santiago, renomado agrônomo, que em 1943 trabalhava na Sociedade Rural Brasileira, visitou uma criação no município de Jardinópolis em São Paulo, onde observou que criadores locais já possuíam rebanhos com animais malhados de preto. Esses , na ocasião, não foram registrados, porque isso não era permitido para animais com essas características. NELORE VERMELHO Foi no Estado da Bahia que surgiu o primeiro rebanho Nelore vermelho pelo aproveitamento de reprodutores dessa cor, surgidos em plantel Nelore tidos como puro de origem. O pioneiro Octavio Ariani Machado possuía uma novilha de pelagem vermelha denominada Itabira, filha de casal Nelore, vindo em 1906 de Madre, na Índia, que era de pelagem cinza-claro. Os filhos de Itabira nasciam vermelhos, como é freqüente na raça Nelore, mas com a diferença de que a coloração persistia até a idade adulta. Originou-se, assim, uma linhagem que, com a chegada da vaca Índia, em 1930, também totalmente vermelha, permitiu a formação de um plantel com essa pelagem fixada através de trabalho seletivo e emprego conveniente da consangüinidade TABAPUÃ A raça Tabapuã é uma raça nacional, originária do município de Tabapuã, São Paulo. O Tabapuã vem sendo muito utilizado em cruzamentos, garantindo um produto mocho, rústico e lucrativo. Através do cruzamento do touro Tabapuã com vacas Nelore, surgiu a raça Tabarel. Outros cruzamentos também são realizados com as raças Guzerá, Holandesa e outras raças européias, principalmente as raças de corte, no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. BRAHMAN A raça Brahman foi aprovada para a criação no Brasil, em l994. O gado Brahman caracterizou-se pela resistência às condições adversas do meio e pelo desenvolvimento e aptidão para a produção de carne. Os caracteres raciais são irrelevantes, dando-se pouca importância à pelagem, perfil craniano, tamanho dos chifres e tamanho das orelhas RAÇAS SINTÉTICAS PARA LEITE GIROLANDA A raça Girolanda conseguiu conjugar a rusticidade da raça Gir com a produção da raça Holandesa, adicionando ainda características desejáveis das duas raças em um único tipo de animal fenotipicamente soberano, com qualidades imprescindíveis para a produção leiteira econômica nos trópicos. A raça Girolanda é a raça mais versátil do mundo tropical. As fêmeas Girolando são produtoras por excelência, possuem características fisiológicas e morfológicas perfeitas para a produção nos trópicos, revelando um desempenho muito satisfatório economicamente. PITANGUEIRAS A raça Pitangueiras é originária da Fazenda Três Barras, localizada no município de Pitangueiras, em São Paulo. É considerada uma raça de dupla finalidade, produção de leite e carne. É resultante do cruzamento das raças Guzerá e Red Polled. A raça é de porte médio, com aptidão para produção de leite e carne, oferecendo aos criadores a opção de selecionar animais mais leiteiros ou aqueles conformados para produção de carne. GUZOLANDO Desde de 1930, já era utilizado o cruzamento da raça Guzerá com a raça Holandesa. Essas duas raças se completam, gerando a rusticidade e a produtividade do Guzolando, além, é claro, de uma produção econômica para as diversas regiões brasileiras. A raça Guzolando é de grande porte, geralmente de pelagem preta; mas, quando o touro for Holandês vermelho e branco, a pelagem será amarelada. O úbere é firme, permitindo lactações superiores a 5.000 litros, com produções diárias acima de 20 litros. SIMBRASIL A raça Simbrasil foi formada na Fazenda Sabiá, em Muqui, no Espírito Santo, em 1950. Aliando-se à dupla aptidão do gado Simental ao duplo propósito da raça Guzerá, assim formou-se a raça Simbrasil. As fêmeas Simbrasil apresentam excelente capacidade materna, dando a 1ª cria em média entre 24 e 30 meses, com produção de leite média de 10 litros/dia. Pesam em média 500 e 700 kg. LAVÍNIA O gado Lavínia possui 5/8 de sangue Pardo Suíço + 3/8 de sangue Guzerá. Em 1970, nasceu o primeiro bimestiço Lavínia, selecionado para produção de carne e leite. As vacas da raça Lavínia dão a primeira cria aos 39,3 meses de idade, ou seja, a fecundação se dá por volta dos 30 meses ou 2,5 anos de idade. Produzem, em média, de 8,0 a 10,0 litros/dia, sendo que algumas chegam a produzir de 17,0 e 18,0 litros/dia. O período de lactação oscila de 210 e 300 dias, com 3,8% de gordura. Pesam, em média, entre 450 e 550 kg e os touros, entre 950 e 1.050 kg. RAÇAS SINTÉTICAS PARA CORTE IBAGÉ Os cruzamentos que deram origem à raça Ibagé começaram a ser feitos a partir da década de 40. Em 1955, nasceram em Bagé os primeiros animais 5/8 de sangue Aberdeen Angus + 3/8 de sangue Nelore. Assim nasceram os pioneiros da raça denominada Ibagé em homenagem a um índio, personagem histórico do município. CANCHIM A raça Canchim resultou do cruzamento da raça européia Charolesa com as raças zebuínas Indubrasil, Guzerá e Nelore. O início dos trabalhos de cruzamentos e seleção dos animais foi em 1940, na fazenda de Criação de São Carlos, em São Paulo. O nome Canchim foi dado em função a uma espécie de árvore muito comum na região. O gado Canchim vem sendo muito utilizado em cruzamentos industriais em todo país. SANTA GERTRUDIS No ano de 1940, o governo americano reconheceu a raça Santa Gertrudis como gado de corte. A raça possui 5/8 de sangue Shorthorn e 3/8 de sangue Brahman. Tem a pelagem vermelho-escuro retinta. No Brasil, pode ser encontrado em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia, onde vem sendo muito utilizado nos cruzamentos com o gado zebuíno, produzindo mestiços rústicos e precoces para o abate. BRAFORD A formação da raça Braford foi iniciada na década de 60, pelos cruzamentos das raças Hereford e do gado zebuíno (zebuamericano e brasileiro), sendo reconhecida pelo Ministério da Agricultura do Brasil em 1993. Na condição de animal sintético, todos os graus de sangue são considerados como reprodutores para formação da raça. BEEFMASTER O grau de sangue da raça é desconhecido. Teoricamente possui ¼ de sangue de Hereford, ¼ de sangue de Shorthorn e ½ sangue zebu.Em 1954, o Beefmaster foi reconhecido pelo USDA como raça pura, existindo hoje mais de 100 criadores. Atualmente, somam mais de 7.000 animais, ficando atrás no total de animais registrados apenas para as raças Angus, Hereford e Simental. BEEFALO No final da década de 1940, o governo do Canadá começou uma experiência que durou 40 anos para a obtenção da raça. O Beefalo é um animal híbrido resultante do cruzamento do Bison (3/8 de sangue) com o bovino (5/8 de sangue das raças Shorthorn, Hereford e Charolês). Em 1957, teve seu primeiro touro fértil, com ¾ de sangue de Bison O nome Beefalo originou-se no início da década de 70 como resultado da produção de animais férteis com 3/8 de sangue Bison e 5/8 de sangue bovino. RAÇAS MISTAS RED POLLED A raça Red Polled é muito difundida na Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Argentina e Uruguai. Trata-se também de uma raça de dupla finalidade, grande produtora de carne e leite. Sua fertilidade chega a atingir 100%. Assim, as vacas criam seus bezerros com bastante precocidade. O Red Polled pode ser utilizado em cruzamentos com raças européias e zebuínas, sendo seus filhos altamente rústicos. No cruzamento com a raça Guzerá, surgiu a raça Pitangueiras. SIMENTAL O nome da raça Simental vem do vale do Simme (ou vale do Simmenthal) e do vale de Saane, no Oberland, na Suíça, onde já existia gado vermelho e branco na idade Média e de onde saíram reses para muitos países europeus. A produção leiteira comprovada, na Suíça, chega a mais de 5.500 litros por lactação e mais de 4,2% de gordura. Embora seja originalmente de tripla finalidade, vem sendo selecionado apenas para produção de carne e leite. PARDO SUIÇO A raça Pardo Suiço é originária da Suíça, na região dos Lagos. A raça Pardo Suíço tem uma grande aptidãopara produzir leite; além disso, vem demonstrando características muito valorizadas que são o tempo de vida útil e a sua produção de crias. Graças ao seu tamanho e vigor, o Pardo Suíço vem gerando nos cruzamentos com as raças zebuínas, um produto com grande rusticidade. Entrou na formação da raça Lavínia juntamente com a raça Guzerá. PINZGUAER O gado Pinzguaer é de dupla finalidade, mas vem sendo cada vez mais selecionado para a produção de leite, com média de 3.500 e 4.000 litros e com recorde pouco acima de 10.000 litros (FAO,p.275). O sucesso da raça Pinzguaer, na modernidade, deve-se, em boa parte, a uma vaca que produziu 8.125 litros de leite e 4,15% de gordura, em 1955. NORMANDA A produção leiteira apresenta uma média de 6.170 litros com 4,18% de gordura, em 305 dias, com recordes acima de 8.500 litros. É a principal raça leiteira francesa é a raça campeã de índice protêico no leite (3,39%), na França. Embora boas produtoras de leite rico, as vacas somente produzem bem quando bem alimentadas. O gado Normando pode ser mocho ou com chifres, sendo esta característica herdada dos cruzamentos realizados no final do séculoXIX. A vaca Normanda era descrita da seguinte maneira: “primeiro, ela dá em abundância excelente leite, depois engorda muito facilmente mesmo dando muito leite, enfim faz boa morte com muita carne de primeira qualidade” (Paul Messier, in Cotim, 1913, p.208). CARACU Em regiões ou situações em que se busca um produto cruzado rústico, o Caracu é uma boa opção pela sua secular adaptação ao clima tropical. Afinal, a raça já vive no Nordeste, no Sudeste, no Brasil-Central, no Pantanal mato-grossense e até no Sul do país. A raça Caracu é de dupla aptidão. O gado Caracu constitui a raça bovina nacional mais aperfeiçoada.Descend e de bovinos portugueses trazidos no tempo do Brasil Colônia. Portanto, é uma raça brasileira de origem européia, formada pela mistura de diversos gados ibéricos nos séculos XVI e XVII. RAÇAS E SUAS APTIDÕES BUBALINOS RAÇAS BUBALINAS CARABAO Conhecido como o "trator do oriente". No Brasil, a maior população desta raça está concentrada na Ilha de Marajó, no estado do Pará. É a única raça adaptada às regiões pantanosas e, por isto, apresentando pelagem mais clara. Também é conhecido por sua dupla aptidão, produzindo carne e sendo excelente para tração. Originário da Indochina, tem a cabeça triangular, chifres grandes e pontiagudos, voltados para cima, e porte médio. Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica, de corte, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. JAFARABADI Chifres: longos, fortes e grossos, de seção ovalada ou triangular, dirigidos para trás e para baixo, com curvatura final para cima e para dentro, em harmonia com o perfil craniano.Forte correlação entre a cor dos pêlos e da pele em todo o corpo, sendo pretos os pêlos e a pele. A cor preta estende-se também aos chifres, cascos, espelho nasal e mucosas. Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. MEDITERRÂNEO Os animais da raça mediterrânea apresentam porte médio e são medianamente compactos. De origem italiana, é uma raça de dupla aptidão, embora os mediterrâneos brasileiros tenham mais aptidão para o corte.Chifres: longos, fortes e grossos, de seção ovalada ou triangular, dirigidos para trás, para fora e para o alto terminando em forma semicircular ou de lira. Conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, com prevalência leiteira, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. MURRAH Raça de animais com conformação média e compacta. Apresentam cabeças leves e chifres curtos, espiralados, enrodilhando-se em anéis na altura do crânio. São animais profundos e de boa capacidade digestiva, elementos muito importantes para as produtoras leiteiras. Chifres: pequenos, relativamente finos, de seção ovulada ou triangular, descrevendo curvaturas em torno de si mesmo, em forma de espiral. Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, com prevalência leiteira, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. RAÇAS E SUAS APTIDÕES RAÇAS CAPRINAS RAÇAS DE LEITE TOGGENBURG É uma raça especializada na produção de leite e originária da Suíça, com animais um pouco menores que os da raça alpina e saanem e relativamente menos produtivos, com presença ou não de barba, chifres e brincos. No Brasil, existem linhagens inglesas e, mais recentemente,canadenses, com produções leiteiras bastante expressivas. Rústica, boa reprodutora, costuma ter gêmeos, excelente leiteira produzindo em média 2,5 Kg de leite por dia. Os animais suíços possuem pêlos longos e os ingleses e canadenses, pêlos curtos, sendo estes últimos mais apreciados pelos criadores brasileiros e certamente mais adequados ao nosso clima. SAANEN Origem de Berna e Appenzel na Suiça. Leiteira por excelência, produz pelo menos três quilos de leite por dia, com período de lactação de oito a dez meses. ALPINA Raça suíça especializada na produção de leite, possuindo número expressivo de animais no Brasil. Os machos pesam em média 80 Kg e as fêmeas, 50 Kg. Essa raça apresenta vários padrões de pelagem: noir, policromada, repartida, mantelée. Para fêmeas serem registradas na categoria Pura por Cruza de Origem Desconhecida - PCOD , só é aceita a pelagem chamoisée. Deve-se tomar cuidado ao importar animais dos Estados Unidos ou Canadá, pois a raça denominada alpina é aqui classificada como alpina americana, de pelagem e características morfológicas bastante distintas, não sendo aceito o cruzamento entre essas duas raças para efeito de registro, exceto os filhos forem registrados como ½ sangue. Nesses países, a cabra considerada alpina no Brasil é denominada oberhasli. CALINDÉ ou CANINDÉ As cabras dessa pelagem chamadas de Calindé foram encontradas em maior número no Vale do Rio Canindé, no Piauí, pouco se tendo notícia das mesmas em sua terra de origem, na Bahia. Assim, o agrupamento técnico denominado Canindé não constitui uma raca, mas apenas uma variedade entre as Alpinas.Ganharam uma cor avermelhada, no lugar do branco, algumas tornaram-se peludas. O nome consolidou-se como Canindé, a partir de então. Além de ser boa reprodutora, fornece uma média diária de leite um pouco acima da observada entre as raças e/ou variedades nacionais. A origem mais provável das cabras Calindés ( ou Canindés) é a Grisonne Negra, dos Alpes suiços. Alí, em altas montanhas, as cabras mantiveram a pureza genética por milênios. RAÇAS DE CORTE BOER Constitui uma das principais linhagens que os criadores têm selecionado para corte. A raça apresenta uma boa conformação, rápida taxa decrescimento. O Boer tradicional tem uma cabeça vermelha (ou marrom) e um corpo branco A pelagem branca é dominante e o vermelho é recessivo. Em resumo o Brasil está começando sua criação de Boer na pelagem tradicional, mas há um grande ou enorme espaço, para o Boer Vermelho. SAVANAH O Savana é uma raça branca, de grande porte, especializada em corte, feita por dedicados especialistas, portanto, é fruto de um programa "profissional" de produtores de carne em condições climáticas adversas, estando aí o seu grande valor. O hábitat destas cabras brancas seria no campo tipo Savana, perto do rio Vaal-Africa do Sul- vivendo em condições extremamente precárias. Os machos podem passar de 130 kg. As fêmeas pesam normalmente entre 60-70 kg . Os animais começaram a nascer no Brasil no início do ano 2000, prenunciando um novo tempo para a pecuária de caprinos de corte no Brasil. Não é difícil afirmar que a raça Savana poderá vir a ocupar um grande papel no cenário nacional, como a raça bovina Nelore. RAÇAS PARA PELE REPARTIDA Raça é Raça nativa do Nordeste Brasileiro. Os caprinos desta raça são caracterizados pela pelagem da parte posterior negra dividida ao meio, com duas cores distintas, enquanto a parte anterior é parda ou clara, na maioria dos indivíduos a principal finalidade da raça é a produção de pele com utilização da carne. O porte é médio e grande, sendo das a maiores entre as variedades do Nordeste. Alguns poucos centros de pesquisa tem se dedicado á Repartida. O cruzamento de Alpina Francesa com animais pardos pode resultar em indivíduos "repartidos" e esse talvez tenha sido o principio da variedade, no Brasil. MAROTA Marota é a descrição de uma cabra alpina de pelagem branca ou clara um pouco maior nos machos e presença de barbas com pequenas pintas nas orelhas de forma alongada, terminando com as pontas arredondadas, sem detalhes ou manchas escuras pelo resto do corpo, nativa no Nordeste brasileiro, que se originou de raças brancas alpinas trazidas pelos colonizadores. Produção: Principalmente de peles, no entanto tem potencial para a produção de leite, precisando ser melhor trabalhada e aproveitada para esta finalidade, para evitar o risco de extinção desta raça. RAÇAS PARA PÊLO ANGORÁ A angorá é uma raça produtora de pêlos, denominados mohair, de alto preço no mercado mundial. Há poucas informações de animais dessa raça no Brasil, embora registrem-se algumas importações, inclusive pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. No interior do Rio Grande do Sul encontram-se alguns exemplares criados de forma extensiva, com alto grau de consangüinidade. Sua pelagem é branca e uniforme, com pêlos finos, brilhantes e sedosos, com 20 a 30 cm de comprimento, cobrindo todo o corpo, com exceção do focinho e chanfro, orelhas e extremidades dos membros, recobertos por pelagem curta, mais sedosa, formando mechas longas e onduladas. Apresenta topete sobre a fronte. A pele é rósea e fina e as mucosas são claras. RAÇAS DE DUPLA OU TRIPLA APTIDÃO ANGLO - NUBIANA Os cabritos vão para o abate aos três meses já com 21 a 22 Kg. Adapta-se muito bem no Brasil, produzindo mestiços com boa aptidão leiteira, precoces e com carne de qualidade. Raça de dupla aptidão, produzindo carne e leite. Por conseguinte, dificilmente atinge os níveis de produção das raças já apresentadas (embora existam rebanhos selecionados para produção de leiteConsta que a cabra MIAMI chegou a produzir até 8,0 Kg em duas ordenhas, na cidade de Araraquara SP, conforme citação de Honorato de Freitas em seu livro: Criação de Caprinos".), mas, em contrapartida, são animais considerados como rústicos e prolíficos. São de grande porte, com pêlos curtos e pelagem variada, sendo aceita qualquer cor para efeito de registro genealógico, com certa preferência por animais de pelagem "tartaruga". BHUJ A Bhuj é uma raça originária de regiões áridas da Índia, sendo lá denominada e cutchi. No Brasil, foi originada pelo acasalamento, ao acaso, entre animais Nubianos e alguns indivíduos que chegaram da Índia desenvolvedo-se um padrão racial diferente do encontrado no país de origem, daí a denominação Bhuj Brasileira, sendo disseminada no Nordeste, onde, além de fornecer carne e peles, é utilizada para melhoramento das raças nativas. Da mesma forma que a moxotó, esta raça é apresentada no padrão homologado pela ABCC como de múltipla aptidão, mas apresenta baixa produção de leite e de carne, apesar da estatura elevada. JAMINAPARI Os animais originários da Índia, podem apresentar qualquer pelagem, exceto o padrão Toggenburg. Esta raça é produtora de pele e carne, embora seja considerada leiteira em sua origem, a Índia. Os pêlos são médios nos machos e curtos nas fêmeas, sendo mais compridos na orelha e parte baixa dos membros posteriores. A pele é escura, solta e flexível , enquanto as mucosas também são escuras, embora rosadas na parte interna da vulva. MOXOTÓ A cabra Moxotó, ao lado da Canindé, vem sendo apontada como símbolo das cabras nativas do Nordeste, sendo fruto do acasalamento entre a Alpina Francesa com cabras brancas nativas. Esta raça é apresentada no padrão homologado pela ABCC como de múltipla aptidão, produzindo leite, pele e carne, embora sua produção leiteira seja bastante reduzida. É a única raça brasileira com padrão reconhecido e homologado junto à ABCC. Pelagem branca ou clara, com ventre escuro, com uma faixa dorsal e nas extremidades dos membros e duas faixas longitudinais no rosto. Embora não muito grande, apresenta boa musculatura geral, boa carne e destinada em sua maioria a produção de pele. MAMBRINA A raça mambrina é originária da Síria e Palestina. Também é apresentado no padrão homolodado pela ABCC como de múltipla aptidão, embora não tenham sido encontrados controles oficiais de sua produção leiteira. Pode apresentar qualquer padrão de pelagem, exceto o característico da raça toggenburg. As mucosas são escuras e a pele é flexível e predominantemente escura. MURCIANA Muito pródiga, dá carne, leite e pele. Dócil e pouco exigente, vive bem num quintal e em regime de estabulação. Prolífera, costuma ter partos duplos e triplos. Em cruzamentos raciais, produz ótimos mestiços. A rentabilidade da criação de cabras no Nordeste está calcada em três fatores principais: a produção do leite, da pele e, por último, da carne. Minimizar o interesse ou mesmo excluir um desses fatores do processo produtivo, certamente trará para o produtor insucessos em sua criação. Nesse caso específico, a agregação de valores nos produtos gerados nesse tipo de pecuária (de múltiplas funções) é a condição vital para o seu sucesso. RAÇAS E SUAS APTIDÕES OVINOS RAÇAS DE CORTE TEXEL O Texel foi formado na Ilha de Texel na costa dos Países Baixos, no início do século XIX. Foi introduzido no Brasil por volta de 1972. A característica mais marcante da raça Texel, é o notável desenvolvimento muscular, sendo muito precoce e caracterizando-se pela carne de boa qualidade, com pernil bem desenvolvido e baixo teor de gordura. São animais que também apresentam lã branca e, por isso, são muito utilizadas no cruzamento industrial com matrizes laneiras ou mistas. Em condições de pastagem, os cordeiros machos tem ganhos de peso médio de 300g e as fêmeas de 275g, entre os 30 e 90 dias de idade. A raça Texel é prolífera, pois atinge índices de nascimento de até 160%, com carneiros atingindo o peso entre 110 a 120 quilos e fêmeas adultas com 80 a 90 quilos. DORPER O Dorper é uma raça da África do Sul, sedo utilizadas em regiões extensivas e áridas. Foi desenvolvida através do cruzamento da ovelha Blackhead Persian com o Dorset Horn Dorper, sendo uma raça produtora de carne, entretanto, suas exigências nutricionais não são tão altas. Muito embora, sob condições de boas pastagens e manejo adequado, a ovelha Dorper pode parir três vezes em dois anos. Se for considerada uma taxa de parição de 150% (alta incidência de parto gemelar) e um manejo que permita que a ovelha tenha três partos em dois anos, uma ovelha Dorper poderá produzir 2,25 cordeiros em um ano. BERGAMÁCIA Também conhecida por: Bergamasca, Bergamasker, Gigante di Bergamo. A Bergamácia é originária da Itália, sendo uma raça de lã grossa e curta. Embora seja considerada como produtora de carne, sua alta produção de leite indica que pode ser explorada como uma raça leiteira. São animais pouco exigentes quanto à alimentação vivendo com facilidade nos campos secos da região Nordeste do Brasil. Seus cordeiros apresentam rápidos desenvolvimentos, alcançando no primeiro mês de vida o peso de 12 quilos. Com 18 a 24 meses chegam a atingir com cerca de 130 a 140 quilos, oferecendo um rendimento de 65 a 70 quilos de carne por cabeça. HAMPSHIRE Os ovinos Hampshire adquiriram seu nome do condado agrícola de Hampshire, no sul da Inglaterra, onde foram desenvolvidos. A ênfase principal é dada para os partos múltiplos, peso por idade, pouca cobertura de lã na face, implantação da cabeça, desenvolvimento muscular, ausência de defeitos e doenças. O Hampshire é notado por seu crescimento rápido e eficiente conversão alimentar. É um ovino de porte grande e ativo. O carneiro adulto pesa em torno de 125 Kg ou mais e as ovelhas adultas podem pesar mais de 90 Kg. A raça tem aptidão para a produção de carne, sendo seu velo de baixa qualidade por causa das fibras pretas no meio da lã. SOMALIS É originária da Ásia Central. Encontrada em sua maioria nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, vem se estendendo, havendo criadores em Pernambuco e até na Bahia. São animais rústicos, de porte médio, cuja característica principal é a cor negra da cabeça e pescoço, admitindo-se também a tonalidade parda. São mochos e possuem pouca lã. Os principais atributos do Somalis são a rusticidade, sobriedade quanto a alimentação e adequação ao clima seco. Apresentam porte médio, cerca de 60 a 70 kg, e pouca ou nenhuma lã. Embora de porte médio, o Somalis apresenta bom rendimento devido á facilidade que a raça tem em ganhar peso. A aptidão da raça é para carne e eventualmente para pele, a qual é extraída e comercializada em forma de pelica. SANTA INÊS A Santa Inês é uma raça deslanada encontrada no Brasil. Surgiu do cruzamento das raças Morada Nova, Crioula e Bergamácia. Foi selecionada para total ausência de lã. Suas cores variam nos tons de vermelho, preto e branco, podendo ocorrer ou não, mistura dessas cores. A sua aptidão é para carne, muito embora produza pele de boa qualidade. Os machos adultos pesam em torno de 80 quilos e as fêmeas em torno de 60 quilos, sendo que os machos, se forem bem alimentados, podem atingir 100 Kg. Não apresentam estacionalidade reprodutiva e são adaptados a regiões de clima quente. Por outro lado, centenas de criadores tradicionais passaram a utilizar outras raças exóticas, como o Texel, o Hampshire, o Ideal, etc. para garantir bons produtos cruzados que acabam sendo vendidos como "Santa Inês". SUFFOLK O Suffolk se originou do cruzamento de carneiros South Down com ovelhas Norfolk Horned. Como resultado deste cruzamento surgiram os Sulfolks, que mantiveram a coloração negra nas pernas e cabeça dos South Down, assim como a boa produção de carne. Animais de bom temperamento, grande resistência e rusticidade, adaptam-se perfeitamente às pastagens mesmo pobres, até úmidas, embora prefiram os campos secos. É uma raça muito explorado no Rio Grande do Sul, mas que já encontra produtores interessados em outros estados como Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. O Suffolk é do tipo carne, com excelente conformação de carcaça, baixo teor de gordura e colesterol, e maior proporção de partes nobres, com rendimento de até 60%. Não é a toa que é a raça mais difundida nos Estados Unidos. SUDÃO A raça Sudão, como o próprio nome indica, é originária do norte da África, e de lá passou para o Egito. O Sudão apresenta uma carcaça longa, chegando a um metro ou pouco mais, com aptidão para produção de carne. A pelagem tem cor muito variada. À distância torna-se muito difícil saber se o Sudão atual trata-se de uma cabra ou de um carneiro. Segundo Sanson, esta raça, quando deslanada, poderia ser um elo de ligação entre os caprinos e ovinos. No Nordeste, muitos são os indivíduos não cIassificados como Bergamácia e também não enquadráveis como Merino. Seriam, portanto, variedades (mestiços) de Sudão, havendo a possibilidade de alguns constituírem um agrupamento étnico específico da região tropical nordestina. RAÇAS PARA LÃ MERINO Esta é uma das representantes principais da raça de lã na Austrália, sendo encontrada em grandes rebanhos na Nova Zelândia e na Europa. Possui aptidão para a produção de lã, embora a seleção para melhorar a qualidade da carcaça, possa tornar esta raça de dupla aptidão. Sua lã é absorvida quase totalmente pelo comércio de têxtil e é caracterizada pela altíssima qualidade. Itroduzida no Nordeste brasileiro, desde o período colonial, esta raça demonstrou sua rusticidade e prolificidade. O Merino nordestino, portanto, é um bizarro primo-pobre do Merino europeu! Na Europa o macho adulto atinge 100 a 130 kg de peso e as fêmeas 40 a 80 kg. Aqui, o peso do Merino varia de 30 a 45 kg, apenas. O tipo atual é um ovino de grande produção, rendimento econômico bem adaptado às condições naturais e ao sistema de exploração extensiva, com um velo de muito peso, e com uma lã extraordinariamente uniforme em finura e comprimento, de cor branca e suavidade ao tato. LEICESTER O ovino Leicester, com a lã longa e de origem inglesa, teve uma grande importância no melhoramento e desenvolvimento de outras raças de lã comprida. No Brasil, dos Leicester, o mais encontrado é o Border. A raça Border Leicester foi criada em 1767 por George & Matthew Culley de Fenton, Northumberland, Inglaterra. O peso do velo das fêmeas adultas varia de 3,5 a 6 Kg com um rendimento de 65 a 80 por cento. O comprimento varia de 12,5 a 25cm com um diâmetro de 30,0 a 38,5 mícrons. O macho adulto pesa em torno de 102-147 Kg e o peso da ovelha varia de 79-124 Kg. RAÇAS DE DUPLA OU MÚLTIPLA APTIDÃO DORSET Merino foram trazidos do Sudoeste da Inglaterra e cruzados com os Horned Sheep de Wales, que produziram Dorset, Somerset, Devon e Wales e foi chamada de Horned Dorset. É a segunda raça ovina mais numerosa nos Estados Unidos, perdendo apenas para a Suffolk. Com aptidão para produção de carne e lã. As ovelhas adultas Dorset pesam de 70 a 90 Kg, podendo ultrapassar este peso dependendo da condição de criação. Os machos adultos pesam em média 100 a 125 Kg. Dorset é uma das poucas raças que tem como característica reprodutiva à "não estacionalidade". As ovelhas são boas mães, e os partos múltiplos são comuns. Dorsets podem ser utilizados em cruzamentos nos rebanhos comerciais, como raça terminal. ELE DE FRANCE O Ile-de-France é o produto do cruzamento do English Leicester e o Rambouillet. A raça é difundida na França e foi introduzida na Inglaterra nos anos de 1970. Foi introduzida no Brasil por volta de 1973 e teve uma boa aceitação, em virtude de produzir lã de melhor qualidade, em relação às demais raças de carne. São animais de grande porte, com bom desenvolvimento de massa muscular nas regiões nobres (pernil, lombo e paleta). As fêmeas apresentam altos índices de fertilidade de prolificidade, com média de 1,40 a 1,70 cordeiros por parto.Os cordeiros são bastante precoces, apresentando ótimo ganho de peso, o que propicia a obtenção de carcaças de boa qualidade. IDEAL O Ideal é um ovino de duplo propósito (lã e carne), desenvolvido em Victoria, em 1880. Ele é 75% Merino e 25% Lincoln. O Ideal responde bem quando colocado em boas pastagens e é encontradado principalmente nas regiões de maiores índices pluviométricos, no Sul da Austrália. A raça foi exportada com sucesso para muitos países, principalmente para a Ámérica do Sul. Ênfase foi dada no sentido de melhorar a quantidade e a qualidade da lã. Além disso, o Ideal tem uma carcaça magra adequada para um grande mercado de exportação. O trabalho de seleção efetuado pelos australianos deu como resultado uma raça com excelente capacidade para produzir lã, aliada à produção de carcaças com desenvolvimento satisfatório. CORRIEDALE O Corriedale foi desenvolvido na Nova Zelândia e na Austrália, através do cruzamento de carneiros Lincoln ou Leicester com fêmeas Merino A raça é largamente distribuída nos diferentes países do mundo. Na América do Sul, a raça Corriedale é a mais numerosa e se expande por toda a Ásia, América do Norte e África do Sul. Depois da raça Merino, é a Corriedale que apresenta maior popularidade no mundo. O Corriedale é um ovino de duplo propósito (lã e carne). Tem um porte grande e uma boa qualidade de carcaça. Embora seja uma raça muito utilizada em cruzamentos com raças produtoras de carne, para produzir cordeiros com altas taxas de crescimento, o Corriedale puro tem apresentado uma boa performance. A dupla aptidão é que torna o Corriedale uma raça popular. ROMNEY O Romney teve seu início em uma região pantanosa no Kent, Inglaterra. Foi melhorada com sangue de Leicester no século XIX e levou o nome de Romney Marsh. O Romney, historicamente é uma raça de dupla aptidão (lã e carne), permanecendo com esta característica até os dias de hoje. Quando adultos os machos pesam 102-124 Kg e as ovelhas 68 - 90 Kg. A carcaça é de alta qualidade e a lã é brilhante. É a raça de maior difusão no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, pela rusticidade ao clima úmido e pelo rendimento de carne e lã. Apresenta 40% de potencial para produção de lã e 60% para produção de carne. São essencialmente carneiros de pastagem, vivendo e engordando somente com os recursos naturais, porém exige melhor nível nutricional que as raças já citadas. MORADA NOVA A Morada Nova encontrada no Nordeste do Brasil, provavelmente teve sua origem na África. A raça Bordaleiro, originária de Portugal também está relacionada com a sua formação. A cor predominante varia do vermelho ao creme, mas animais brancos são também encontrados. Produzem carne e, principalmente peles de ótima qualidade. As ovelhas são muito prolíferas, bastante rústicas. Estes animais se adaptam às regiões mais áridas, desempenhando importantes funções sociais. Ambos os sexos não apresentam chifres. No Brasil, foi realizada a seleção dos indivíduos com pouca lã e, atualmente, a Morada Nova faz parte do grupo das raças deslanadas. RABO LARGO A raça Rabo Largo, que tem o seu nome em função do depósito de gordura na cauda, é encontrada no Nordeste do Brasil. Esta raça se originou do cruzamento entre animais deslanados de cauda gorda, trazidos da África, e a raça Crioula. São brancos, malhados ou brancos com a cabeça colorida. Ambos os sexos possuem chifres, com aptidão para carne e pele. RAÇAS PARA PELE KARAKUL O Karakul é nativo da Ásia Central e tem o nome de uma vila chamada Karakul que se encontra no vale do Rio Amu Darja. Deve ser a raça mais velha dos ovinos domésticos. Embora a raça Karakul seja conhecida pela sua especialização na produção de peles, principalmente as de cordeiros novos, este animal é também uma fonte de leite, carne, gordura e lã. Estes animais tem força e longividade, sendo resistentes aos parasitas e se tiverem acesso a uma alta disponibilidade de forragens, são capazes de armazenar energia, principalmente através de sua cauda gorda, para sobreviverem aos períodos subseqüentes de falta de alimentos. Suporta grandes variações de temperatura, do frio ao calor intenso, mas deve ser criada e mantida em locais secos, distante de pastagens alagadiças. RAÇAS E SUAS APTIDÕES SUINOS RAÇAS DE SUÍNOS DUROC Foi a primeira raça a ser introduzida no país e, portanto, a que iniciou o melhoramento e a tecnificação da suinocultura brasileira. A rusticidade e a fácil adaptação a todas as regiões do país, fizeram com que seu uso em cruzamentos industriais propiciasse uma melhoria na qualidade da carne das raças brancas. Já foi a raça mais registrada, hoje participa com 1,94% do total de registro emitido no país, com previsão de manter esta participação. Resultado dos Testes de Granja (TG) nos estados do RS, SC, PR e SP. Os animais são testados do nascimento aos 154 dias de idade. MACHO e FÊMEA respectivamente com Ganho de Peso Diário (g) de 622 e 598 em 1.145 e 676 animais testados. LARGE WHITE No registro genealógico, participou com 22,55% em 1998, passando a ocupar o primeiro lugar na composição do rebanho das granjas produtoras de animais puros de origem. Das raças puras criadas, foi última a ser introduzida no país, no início da década de 1970 e, pelo desempenho apresentado, vem aumentando anualmente a sua participação. A raça é muito utilizada na produção de híbridos e se caracteriza pela sua prolificidade. Resultados dos Testes de Granja (TG nos estados do RS, SC, PR, SP e MG. Os animais são testados do nascimento aos 154 dias de idade. Macho Fêmea - Ganho de Peso Diário (g) de 687 e 652 respectivamente com nº de animais testados de 4.839 e 11.479. LANDRACE Em 1998, a raça Landrace participou com 15,47% dos registros PO emitidos no país, ficando atrás apenas da raça Large White.Suas características básicas são prolificidade, habilidade materna e desempenho, é muito utilizada nos programas de produção de híbridos. Resultados dos Testes de Granja (TG) nos estados do RS, SC, PR, SP e MG. Os animais são testados do nascimento aos 154 dias de idade.Macho Fêmea - Ganho de Peso Diário (g) 663 e 650 respectivamente com nº de animais testados de 5.416 e 9.558. HAMPSHIRE É uma raça que se caracteriza pela qualidade de carcaça, rusticidade e pela preferência dos criadores em usá-la nos cruzamentos. Participou com 0,18% no registro genealógico. É uma raça que tem tido um desempenho negativo no registro genealógico nos últimos 5 anos. Origem nos E. U. A. com pelagem preta com faixas brancas no dorso e membros anteriores. Resultados de Teste de Granja (TG) no estado do PR. Os animais são testados do nascimento aos 154 dias de idade. Macho e Fêmea com Ganho de Peso Diário (g) de 573,0 e 7542,22 e nº de animais testados de 16 e 18. WESSEX Foi uma raça preferida pelas granjas que utilizavam o sistema de produção extensivo ou criação ao ar livre. Como este sistema é pouco utilizado no Brasil, os registros vem diminuindo. Apresenta como principais características, a prolificidade, rusticidade e habilidade materna. Em 1998 não emitiu nenhum registro genealógico e a tendência é de que seja extinta ou substituída por outra raça mais moderna. Origem na Inglaterra, com pelagem preta e faixas brancas no dorso e membros anteriores. Resultados de Teste de Granja (TG) no Estado de SP. Os animais são testados do nascimento aos 154 dias de idade. Fêmea Ganho de Peso Diário (g) de 424 sendo só um animal testado. PIETRAIN É uma raça que possui uma excelente massa muscular, sendo muito utilizada em cruzamentos. Nos últimos anos tem sido importado suínos e sêmen da Inglaterra, Alemanha e França.Apresenta como principais características, ótimos pernis, menor camada de gordura e muito boa para cruzamentos.Tem aumentado sua participação no registro genealógico, este ano com 3,42% do total registrado. Origem Bélgica com pelagem branca e manchas pretas (oveira). Resultados dos Testes de Granja (TG) nos estados de SC, PR, SP e MG. Os animais são testados do nascimento aos 154 dias de idade. Macho e Fêmea com ganho de Peso Diário (g) de 537 e 536 respectivamente e número de animais testados de 1.067 e 1.272. MOURA É uma raça nativa, há muito tempo criada no país, no entanto, somente em 26 de abril de 1990, foi aprovada pelo MA e registrada como cadastro inicial. De 1990 a 1995, foram registrados na ABCS, 1.668 suínos, no estado do Paraná. É uma raça que está disseminada principalmente nos estados do sul do país. Suas principais características são, a prolificidade, comprimento e rusticidade. Nos últimos 4 anos não houve registro genealógico da raça. Origem no Brasil (RS, SC e PR) com pelagem preta entremeada de pelos brancos (Tordilho). PIAU Foi a primeira raça nativa a ser registrada em 1989, em caráter de cadastro inicial, de acordo com a aprovação do MA, em 28 de setembro de 1986. De 1989 a 1995, já foram registrados na ABCS, 1.250 suínos nos estados do RS, SC e PR. É uma raça que se caracteriza pela sua rusticidade. Nos 4 últimos anos não houve registro genealógico da raça. Origem no Brasil (GO, MG e SP) com pelagem Oveira (Branca-creme, com manchas pretas). RAÇAS E SUAS APTIDÕES EQUINOS RAÇAS EQUINAS CAMPOLINA Raça formada em Minas Gerais por Cassiano Campolina, a partir do garanhão Monarca, filho de uma égua cruzada com o garanhão Puro Sangue Andaluz Lusitano da Coudelaria Real de Arter,pertencente ao criatório de D.PedroII. Os desendentes de Monarca sofreram a infusão de sangue Percherão, Orloff e Oldenburger e mais tarde do Mangalarga Machador e PuroSangue Inglês. Hoje , o campolina está definitivamente firmado e tem boa aceitação no mercado de criadores. Características: Basicamente são animais marchadores, que podem ser utilizados para sela, serviço e lazer. Mostram uma aparência altiva, com linhas finas e bem harmoniosas, não deixando de possuir constituição forte e vigorosa. MANGALARGA A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e surgiu há cerca de 200 anos na Comarca do Rio das Mortes, no Sul de Minas, através do cruzamento de cavalos da raça Alter - trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal - com outros selecionados pelos criadores daquela região mineira. Os cruzamentos dessas raças deram origem a animais de porte elegante, bela postura, temperamento dócil e próprios para a montaria. As pessoas procuravam os fazendeiros perguntando pelos cavalos da Fazenda "Mangalarga" e esta referência se transformou em nome. O "Marchador" foi acrescentado devido a sua função de marchar. ÁRABE A Raça Árabe tem sua origem nos reprodutores selvagens dos desertos da arábia e os cavalos de guerra da raça Andaluz. No Brasil O governo introduz de 1930 a 1950 a raça no país para incrementar a sua cavalaria então concentrada no Rio Grande do Sul. Aapós ter fundado em 64 a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA), Dr. Aloysio Faria deu um impulso decisivo à criação nacional realizando as primeiras importações de porte e qualidade. As modernas raças de cavalos que conhecemos são frutos de seleção recente, cada qual tentando se especializar em uma das áreas do esporte, trabalho ou lazer.O Puro Sangue Árabe é o único cavalo que reúne em suas características a possibilidade de realizar bem todas essas funções. ANDALUZ Os cavalos selvagens ibêricos foram cruzados com cavalos bérberes durante os oito séculos em que os mouros dominaram a região , e dessa cruza resultou o andaluz. No Brasil , a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Andaluz registra o espanhol e o lusitano. Por meio de cruzas com éguas nacionais , em breve haverá a andaluz brasileiro. O andaluz tornou-se responsável pela formação de boa parte das raças nacionais, especialmente nas regiões Sul e Sudeste , como a campolina ,campeiro e crioulo. Características: Cavalo utilizado para touradas na Espanha, devida a sua extrema inteligência, é um ótimo animal também para sela. É um cavalo que alheia força e inteligência. APPALOOSA A tribo de índios (Nez Perce) foi a responsável pelo desenvolvimento raça no continente americano. Essa tribo habitava a região conhecida como Palouse, por onde passa o rio de mesmo nome e ocupa parte dos estados de Washington, Oregon e Idaho, daí o nome da raça. Em 1974 foi registrado o nascimento do primeiro animal no Brasil.Características: O Appaloosa moderno é um reprodutor, mas também é usado em competições como: corridas, rédeas, e saltos. Ele pode ser considerado um grande atleta, mas serve muito bem às crianças como montaria, devido ao posicionamento de sua cabeça-que é baixa; sua índole e inteligência. BRASILEIRO DE HIPISMO Cruzamento das raças Orloff , de origem russa , com Westfalen e Trakehner , de origem alemã. A receita inclui ainda pequenas doses de PSI , Hanoveriano , Holsteiner e Hackney, pitadas de Oldenburg , sela-argentina , sela-francesa etc. Hoje já existe um livro fechado, mas nada impede que a raça seja aprimorada pela renovação de sangue (pool genetico) com individuos das raças formadoras Origem: São Paulo com características que servem para salto, adestramento e CCE (concurso completo de equitação). PAINT HORSE O Paint Horse é uma raça relativamente nova no Brasil. O seu início deu-se nos Estados Unidos. O Paint é uma opção para os criadores de Quarto de Milha, que une versatilidade da raça com a pelagem exótica. A morfologia do cavalo Paint Horse segue um padrão pré-determinado pelo modelo de conformação do Quarto de Milha. O mesmo padrão racial é usado, apenas a pelagem é que varia. Características: Há dois padrões de cor aceitável para inscrição, "Overo “-mais escura- e " Tobiano “-branca. Aptidão: Considerado um dos cavalos mais versáteis, é utilizado nas corridas planas, salto, provas de rédeas, tambores, balizas, hipismo rural e lida com o gado. HAFLINGER Originário nos Alpes. Nas longas jornadas na neve ou na chuva, tornaram o cavalo Haflinger, uma prioridade para o Exército austríaco e alemão nas últimas duas grandes guerras. As qualidades de nobreza, força, beleza, docilidade, resistência, bom caráter e adaptabilidade a qualquer clima e alimentação fizeram do Haflinger um dos cavalos mais solicitados do mundo. Vem justificando a preferência, não só pelo seu desempenho, como cavalo de trabalho, esporte e lazer. Além destes atributos mencionados, o cavalo Haflinger tem uma capacidade incrível de aproveitamento de forragens secas de regiões áridas dos trópicos e comprovada habilidade de buscar alimento sob a neve, nas região frias. PAMPA No Brasil, o Pampa tem sua origem através das raças Berbere, Crioulo e Mangalarga, por isso não deve ser confundido com o Paint Horse. As características raciais são quase as mesmas, com pequenas variações entre elas. Pelagens: Pampa e suas variedades, sendo toleradas as pelagens sólidas de acordo com o regulamento da ABCC-Pampa. O padrão racial do Pampa pode ser dividido em cavalo de sela para serviço e lazer (SL) - médio. Cavalo de sela para serviço de esporte (SE) - médio para grande. CRIOULO Na região Sul, a maioria é descendente de bérbere e andaluz . Boa parte se pôs em fuga durante as batalhas , passando a viver livremente por muitas décadas, e a natureza encarregou-se de selecionar os mais adaptados às planíces dos pampas e ao clima . O crioulo é adequado às necessidades dos criadores de gado do Sul , que precisam de animais que cubram grandes distâncias , muitas vezes em condições difíceis,enfrentando os rigores do frio, por exemplo. Caracteristica: É um cavalo extremamente forte e saudável. Vive em condições climáticas extremas: calor ou frio, com um mínimo de alimentação. É um ótimo cavalo para lida no campo, devido à sua incrível resistência e longevidade. PIQUIRA O piquira tem sua origem provável no cruzamento de raças tradicionais com éguas nativas de pequeno porte. Está difundido por todo Brasil, encontra-se no estado da Bahia e Minas Gerais o maior núcleo de criadores. O porte que não deve exceder 1.30m para machos e 1.28m para fêmeas. O piquira obedece, para registro definitivo, aos 36 meses de idade, a altura acima especificada. Pode ser de qualquer pelagem, exceto a albinóide ( gáseos com íris despigmentada). Por ser uma raça ainda em formação, com livro aberto para o registro de machos e fêmeas, existem linhagens onde a miscigenação com outros pôneis ainda é aparente. Na verdade não há nada mais apropriado ao ínicio da equitação Infantil. EQUS ASININUS - PÊGA A criação do Jumento Pêga, parece existir há dois séculos. Supõe-se que descendam de jumentos de origem portuguesa e egípicia. Graças a sua criação secular , em quase isolamento , esta raça é muito uniforme no tipo e produção . O Pêga produz muares fortes, vivos, sadios, altos, de cores claras, prestando-se tanto para sela como para tração. CARACTERÍSTICAS :Estatura média de 135 cms, com peso médio de 350 Kgs e pelagem de preferência e mais comum a “pelo de rato”. É frequente a ruã ou rosada, são raras a tordilha, sendo indesejáveis a ruça e a branca. O pelo é fino, curto, macio, por vezes ondulado.