2010
Braz J Health, 2010; 1: 231-245
Anais da II Jornada Odontológica da UNICASTELO
Annals of the II Dental Journey UNICASTELO
“Profa. Dra. Ana Flavia Sanches Borges”
Campus Fernandópolis
De 23 a 27 de agosto de 2010
Cine Shopping Fernandópolis – Shopping Center Fernandópolis
Fernandópolis – SP
Presidente
Luciana Estevam Simonato
Vice-Presidente
Mariângela Borghi Ingraci de Lucia
Secretária
Isabelle Rodrigues Freire
Tesoureira
Marlene Cabral Coimbra da Cruz
Coordenador científico
Paulo Roberto Botacin
Coordenadora social
Thais Costa Fernandes
Coordenador de divulgação
Carlos Eduardo Maia de Oliveira
Brazilian Journal of Health
v. 1, n. 3, p. 231-245, Setembro/Dezembro 2010
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Coordenador infra-estrutural
Ovídio César Lavesa Martin
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Coordenadora de patrocínio
Martha Suemi Sakashita
2010
Comissão organizadora
Secretaria
Responsável: Isabelle Rodrigues Freire
Patrícia Cristina de Souza
Mariângela Borghi Ingraci de Lucia
Discentes:
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Ana Flávia Pereira dos Santos
Bruno Rodrigues Rozo
Crislene Bernardes da Silva
Deila Higino Fraga
Fabio Akira
Franciele Santana Paiola
Janayna Parreira Duarte Braz
Larissa Paula de Oliveira
Luiz Cláudio Bagni
Marcelo Carneiro
Marcos José Honório
Michele Aguiar Silva
Michelle Fernanda de Souza Capeletti
Pâmela S. Moraes
Paula Clara de Souza
Renata Paes de Camargo
Renato Miranda de Carvalho
Tais Cristina Nascimento Marques
Viviane Cristina Souza Oliveira
Tesouraria
Responsável: Marlene Cabral Coimbra da Cruz
Jose Benedito Oliveira Neto
Ana Lúcia Borges de Souza Faria
Discentes:
Comissão científica
Responsável: Paulo Roberto Botacin
Mitsuru Ogata
Humberto Carlos Pires
Aimeé Maria Guiotti
Ana Flavia Sanches Borges
Discentes:
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Camila Ribeiro Ferlim
Luis Afonso Dias Neto
Marcelo Romanengui
Mayara de Moura Santos
Thales Sobral Maia
Tunay Tales Almeida Carvalho
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Camyla Amaral Benevenuto
Eryca Carvalho Mainardi
James César Maestrello Filho
Jaqueline Gisele Domann
Tabata Hissae Nakao
Comissão social
Responsável: Thais Costa Fernandes
Elisa Mattias Sartori
Alba Regina de Abreu Catelani
Discentes:
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Cinthia Pamplona Queiroz
Gicela Carla Fuzetto
Juceléia Maciel
Mariane Santos da Silveira
Patrícia Guimarãres Chammas Lançoni
Comissão infra-estrutural
Responsável: Ovídio César Lavesa Martin
Nilton Cesar Pezati Boer
Luciano Barreiros de Carvalho
Discentes:
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Carlos Eduardo Ferrato Aureliano Costa
Hugo Morais Garcia
João Ernesto Miyahara Dias
Thiago Pereira Bernardo
Comissão de divulgação
Responsável: Carlos Eduardo Maia de Oliveira
Dora Inês Kozusny Andreani
Discentes:
Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO
Campus Fernandópolis
Estrada Projetada F1, s/n
Fazenda Santa Rita
CEP: 15.600-000
Fernandópolis – SP
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Alana Oda Ribeiro
Aline Carvalho Parreira
Bruno Guerra Marinho Ripa
Hugo Carpentieri Ruiz
Naira Priscila Scarpa
Sarah Borges Silva
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Telefone: (17) 3465-4200 ramal 4232
Apresentação
No trabalho em prol da excelência na formação do Cirurgião Dentista, a UNICASTELO acredita que a Jornada
Odontológica ocupa posição de merecido destaque.
Afinal, são raras as ocasiões em que temos a oportunidade de aprender e atualizar nossos conhecimentos junto a
profissionais renomados e reconhecidos nos mais diversos ramos da Odontologia.
A II Jornada Odontológica da UNICASTELO, a exemplo da jornada já realizada no ano passado, possuiu como
principal objetivo, fomentar a discussão de temas atuais e importantes, visando acima de tudo, o estímulo à busca do
conhecimento e a boa qualificação profissional de seus alunos.
Aliás, os alunos da graduação do Curso de Odontologia da UNICASTELO encontraram, na Jornada
Odontológica, o convite à pesquisa e à produção científica. Muitos tiveram a oportunidade de, pela primeira vez,
apresentar trabalhos e debater temas de suas pesquisas, ampliando conhecimentos e iniciando os primeiros passos rumo
à carreira acadêmica.
No entanto, a Jornada não ficou restrita ao meio acadêmico. Ela também foi fonte de conhecimento aos profissionais
que, no exercício da Odontologia, encontraram, em meio às palestras e atividades oferecidas, a oportunidade de
reciclagem e aprendizado. Vimos concretizar os nossos ideais de realizar a nossa II Jornada Odontológica, sem deixar de
expressar nossos mais sinceros agradecimentos a todos àqueles que, de uma maneira ou de outra, tornaram viável a
execução do nosso projeto.
Ficam aqui registrados os nossos agradecimentos à Universidade Camilo Castelo Branco, na pessoa do Sr.
Amauri Piratininga, Coordenador Geral do Campus Fernandópolis - UNICASTELO, pelo apoio incondicional à
realização da II Jornada Odontológica.
Ao Prof. Dr. Nagib Pezati Boer, Coordenador do Curso de Odontologia da UNICASTELO, incansável
batalhador e incentivador da excelência no ensino, visando acima de tudo a boa formação de nossos alunos. Sua
dedicação e esforço exemplares têm nos motivado a continuar batalhando pelo fortalecimento e pelo crescimento do
nosso Curso de Odontologia.
Aos caros professores do Curso de Odontologia da UNICASTELO, companheiros de trabalho e ideal que, dia
após dia, se entregam sem reservas à tarefa de formação de nossos jovens e dedicaram todos os seus esforços para a
realização deste evento.
A todos os alunos do Curso de Odontologia da UNICASTELO e, em especial, aos alunos do sexto período
noturno e do sexto período integral, que fizeram parte da comissão organizadora e contribuíram para que os objetivos em
comum fossem alcançados.
Aos parceiros patrocinadores que auxiliaram na realização desta II Jornada Odontológica da UNICASTELO e a
todos os participantes da Jornada nosso muito obrigado.
Profa. MSc. LUCIANA ESTEVAM SIMONATO
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Presidente da II Jornada Odontológica da UNICASTELO
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RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS
(PAINÉIS R 01 a R 18)
R 01- UTILIZAÇÃO DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS MEDICINAIS NO
CONTROLE IN VITRO DE STREPTOCOCCUS MUTANS
Camila Ribeiro Ferlin, Tabata Hissae Nakao, Ana Flávia Sanches Borges, Carlos Eduardo Maia de
Oliveira, Dora Inês Kozusny-Andreani (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco –
UNICASTELO – Campus Fernandópolis.
Visando futuras matérias primas para diversos produtos/materiais dentários, foram testados extratos
etanólicos que se mostraram eficazes contra o principal microrganismo da cárie dental, o
Streptococcus mutans. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana in vitro de
extratos etanólicos de plantas medicinais contra o Streptococcus mutans. Foram empregados
extratos etanólicos de Pterodon pubescens Benth. (Sucupira), Adropongus nardus (Citronela),
Azadirachta indica A. Juss. (Nim) e Ruta graveolens L. (Arruda). A linhagem bacteriana foi
cultivada em meio SB20 sólido, incubada a 37ºC por 24 horas em microaerofilia. A atividade
antibacteriana foi avaliada pelo método de difusão em ágar em meio sólido para a determinação da
concentração inibitória mínima (CIM). Foram confeccionados sete poços no meio SB20, com 6 mm
de diâmetro cada. Nos poços foram colocados volumes crescentes dos extratos. As placas foram
incubadas em estufa bacteriológica a 37°C em microaerofilia, por um período de 24 horas.
Verificou-se a presença de atividade antibacteriana através do aparecimento de halos de inibição. A
CIM foi considerada a menor diluição capaz de inibir o crescimento bacteriano. Os extratos
etanólicos de Sucupira, Citronela, Nim e Arruda apresentaram CIM nas concentrações 55 µl, 70 µl,
50 µl, 40 µl, respectivamente. A ação antimicrobiana destes extratos sugere a possibilidade da sua
utilização como meio alternativo na terapêutica odontológica.
Palavras-chaves: Fitoterapia, Prevenção Primária, Material Dentário.
R 02- INCIDÊNCIA DO FORAME RETROMOLAR EM MANDÍBULAS HUMANAS DE
BRASILEIROS – UMA ABORDAGEM CLÍNICA
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A fossa retromolar pode apresentar um ou mais forames inconstantes denominados forames
retromolares, que permitem a passagem de feixes vásculo-nervosos contribuindo para a inervação e
nutrição dos dentes inferiores. O conhecimento desta variação anatômica pode prevenir
complicações para a realização de anestesia e de procedimentos cirúrgicos na área. O objetivo desse
estudo foi avaliar a incidência do forame retromolar em mandíbulas humanas e discutir os aspectos
clínicos que a presença desse forame pode ocasionar. Material e Método: A presença do forame
retromolar (bilateralmente e unilateralmente), nos lados direito e esquerdo e o número de forames
em cada lado foram avaliados em duzentas e vinte e duas mandíbulas humanas adultas de brasileiros
sem distinção de gênero. Dois examinadores realizaram o estudo anatômico da fossa retromolar e
depois a determinação e a contagem dos forames. Foram observadas concordâncias intra e
interexaminadores para a presença do forame nas mandíbulas. Em 26,58% das mandíbulas avaliadas
pelo menos um forame esteve presente. No lado direito, o forame retromolar esteve presente 16,22%
das mandíbulas e no lado esquerdo em 18,92%. Analisando o lado direito foram verificadas 47,46%
das mandíbulas com um forame, 21,21% com dois e 3,03% com três forames. O lado esquerdo
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Mayara de Moura Santos, Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire, Paulo Roberto Botacin
(orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis e
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
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apresentou 55,93% das mandíbulas com um forame, 16,22% possuíam dois forames e 8,11%
apresentavam três forames retromolares. Estudos realizados em grupos étnicos distintos
apresentaram menor incidência do foram retromolar que na população brasileira e a sua frequência é
relevante para a execução de procedimentos anestésicos e cirúrgicos, além de contribuir com a área
de antropologia.
Palavras-chave: Feixes Vásculo-Nervosos, Inervação de Dentes, Nutrição de Dentes.
R 03- AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE LUZ EMITIDA POR APARELHOS
FOTOPOLIMERIZADORES EM CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS DA CIDADE DE
FERNANDÓPOLIS-SP
Michele Aguiar Silva, Tais Cristina Nascimento Marques, Humberto Carlos Pires (orientador).
Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis.
Materiais que tem na sua composição resinas de polimerização ativada através da luz, como
sistemas adesivos, cimentos resinosos, alguns ionômeros de vidro e principalmente os compósitos
restauradores, necessitam de uma fonte de luz capaz de desencadear satisfatoriamente suas reações
químicas, para que alcancem suas melhores propriedades. Os aparelhos fotopolimerizadores mais
frequentemente utilizados para fotoativar esses materiais podem ser à base da tradicional lâmpada
halógena, que emite luz azul com comprimento de onda entre 400 e 500nm, ou à base de LED, que
emite luz numa faixa mais estreita de comprimento de onda, entre 450 e 490 nanômetros. A
potência, ou a intensidade de luz que esses aparelhos emitem (medida em miliwatts por centímetro
quadrado=mW/cm2, tem sido considerada como fator primordial na determinação do desempenho
dos mesmos, uma vez que a variação dos valores dessa intensidade poderia resultar em alterações
significantes na qualidade de polimerização. Observa-se na literatura que a intensidade de luz
emitida pelos fotopolimerizadores pode ser avaliada por meio de aparelhos chamados radiômetros.
O objetivo deste trabalho foi, por meio de radiômetros (Demetron), avaliar a intensidade de luz
emitida pelos aparelhos fotopolimerizadores utilizados em consultórios odontológicos da cidade de
Fernandópolis/SP. Os resultados obtidos mostraram que a potência da maioria dos aparelhos
aferidos estavam abaixo da preconizada pela literatura. Os autores concluíram que a polimerização
dos materiais fotoativáveis é um fator negligenciado pela grande maioria dos profissionais.
Palavras-chaves: Radiômetro, Avaliação de Aparelho, Aferição de Equipamento.
R 04- SOLUÇÃO ESTÉTICA DE AGENESIA DE INCISIVO LATERAL PERMANENTE
COM PRÓTESE PARCIAL FIXA ADESIVA METAL FREE: RELATO DE CASO
CLÍNICO
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A busca pela estética do sorriso está casa vez mais evidente nos dias atuais e em função deste
objetivo as próteses parciais fixas adesivas livres de metal estão garantindo seu espaço. Estas são
elaboradas com resina composta, reforçadas por fibras, sistemas adesivos e cimentos resinosos,
sendo um tratamento altamente conservador. Este trabalho teve por objetivo relatar a técnica estética
adesiva para a reabilitação do sorriso de uma paciente leucoderma, 39 anos, com boa higiene oral
com a presença de um incisivo lateral decíduo com mobilidade. A paciente apresentou-se na Clínica
Odontológica da UNICASTELO – Campus Fernandópolis com agenesia do incisivo lateral superior
esquerdo permanente e a presença do elemento decíduo, que a desagradava esteticamente e
funcionalmente. Dessa forma, utilizando-se do canino e incisivo central como suportes, foi
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Patrícia Augusta Marques Dantas, Fabrício David Torres, Carolina Pedra Oliveira, Nagib Pezati
Boer, Mitsuru Ogata, Aimeé Maria Guiotti (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco –
UNICASTELO – Campus Fernandópolis.
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confeccionada uma prótese parcial fixa adesiva metal free. Para tanto, houve a necessidade da
exodontia do elemento 62 e a utilização de uma prótese parcial removível provisória até a conclusão
do caso clínico. Obteve-se um ótimo resultado estético por não utilizar metal em sua composição,
em um curto tempo clínico. Pode-se concluir que a técnica apresentada é capaz de devolver a
função, desde que bem indicada, e o mais importante, com preservação da estrutura dentária, pois se
utiliza de preparos extremamente conservadores.
Palavras-chaves: Estética odontológica, Leucodermia, Qualidade de Vida.
R 05- EXODONTIA EM ODONTOPEDIATRIA
Fabrício David Torres; Patrícia Augusta Marques Dantas, Isabelle Rodrigues Freire, Martha Suemi
Sakashita (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus
Fernandópolis.
A extração de dentes decíduos anquilosados pode causar dúvidas para o cirurgião dentista. A
literatura sugere uma abordagem conservadora, principalmente quando o sucessor permanente
encontra-se presente. Dentes decíduos anquilosados podem causar deformidades para os dentes
adjacentes, periodonto e oclusão. A causa da anquilose é desconhecida, muitos autores sugerem que
se devem ao fato de trauma mecânico local, distúrbios no metabolismo local, força eruptiva
deficiente e até infecções localizadas. O diagnóstico pode ser obtido através do exame clinico e
exames radiográficos. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso de exodontia, a fim de enfatizar
a importância do cirurgião dentista no diagnótisco e conduta com pacientes odontopediátricos.
Paciente sexo feminino, faioderma, 8 anos, que compareceu a Clínica Odontológica da
UNICASTELO, queixando-se dor, principalmente ao se alimentar e mau cheiro. Ao exame fisco
extrabucal nada digno de nota pode ser observado. Ao exame físico intrabucal foi observado que o
elemento 74 estava com a sua câmara pulpar exposta na cavidade bucal. Após o exame radiográfico
observou que o elemento estava em processo de rizólise quase completa, e o dente permanente com
espaço suficiente para irrupção na cavidade bucal. A partir destes achados foi estabelecido o
diagnóstico de extração do elemento. Para a realização do procedimento foi utilizado todo o
protocolo de atendimento odontopediátrico e acompanhamento da paciente para manutenção de sua
saúde bucal. Através do relato deste caso pode-se concluir que a importância do diagnostico é um
método essencial para a realização de qualquer procedimento pode evitar iatrogenias e/ou problemas
como traumas psicológicos ao paciente.
Palavras-chaves: Anquilose, Dentes Decíduos, Estudo de Caso.
R 06- ESTUDO IN VITRO DA ANATOMIA DO CANAL RADICULAR DOS DENTES
PREMOLARES INFERIORES HUMANOS, ATRAVÉS DA DIAFANIZAÇÃO.
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O primeiro premolar inferior, em geral, apresenta-se com uma raiz, achatada mésio distalmente, com
suave sulco longitudinal na superfície mesial, um canal radicular e um respectivo forame apical. A
presença de canais secundários e ramos colaterais é mais frequente no terço apical do que no terço
médio. Muitas variações são relatadas por clínicos sobre esses dentes, sendo considerados difíceis de
tratar endodonticamente. Com o objetivo de identificar e quantificar essas variações foi proposto o
estudo de sua anatomia interna. Material e Método: Foram analisadas duzentas e vinte oito
espécimes, selecionadas ao acaso das coleções de dentes do Departamento de Ciências Básicas da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP. A metodologia utilizada foi a descalcificação-
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Hugo Morais Garcia, Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire, Nagib Pezati Boer, Paulo
Roberto Botacin (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus
Fernandópolis e Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
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diafanização, incluindo injeção de tinta nanquim na cavidade pulpar, técnica essa que torna o dente
transparente, preserva a sua forma anatômica original e permite uma visualização tridimensional do
elemento. Os dentes foram armazenados em salicilato de metila e observados com o auxílio de
negatoscópio e lupa, para classificação segundo o tipo de canal, a anatomia externa e a quantidade
de forames. Dos dentes analisados 45,61% apresentaram forma radicular comum; 8,78%, forma
radicular comum com fenda mesial incompleta; 30,70% eram bifurcados com fenda mesial
incompleta; 14,91%, bifurcados-fusionados com fenda mesial incompleta. Portanto, diferente do que
é apresentado na literatura, o primeiro premolar inferior permanente apresenta em 45,61% dos casos
canais duplos e deste total 14,91% eram bifurcados-fusionados.
Palavras-chave: Avaliação de Dentes, Banco de Dentes, Forma Raticular de Dentes.
R 07- SOLUÇÃO PROTÉTICA PARA PACIENTE COM PERIODONTITE JUVENIL:
RELATO DE CASO CLÍNICO
Larissa Borges Santa Rosa, Claudinei de Jesus Gomes, Nagib Pezati Boer, Mitsuru Ogata, Aimeé
Maria Guiotti (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – Campus Fernandópolis –
Fernandópolis.
As periodontites agressivas, definidas como periodontites juvenis, podem ser clinicamente
diagnosticadas e subdivididas em localizadas ou generalizadas. A periodontite agressiva localizada é
caracterizada por rápida e severa perda óssea alveolar. Os indivíduos afetados podem apresentar
pouca quantidade de placa bacteriana e cálculo aderidos sobre as superfícies dentárias. Na
periodontite agressiva localizada, os indivíduos apresentam perda de inserção clínica maior ou igual
a 04 mm e os dentes comumente atingidos são os primeiros molares e incisivos permanentes,
estando esta doença associada à presença de Actinobacillus actinomycetemcomitans. Paciente
E.L.P., sexo masculino, 29 anos, compareceu à clínica de Prótese Dentária do Curso de Odontologia
da UNICASTELO (Campus Fernandópolis), queixando-se da mobilidade e diastema formados entre
os incisivos centrais inferiores, o que comprometia a estética e a função. No exame clínico,
observaram-se a distalização dos incisivos centrais inferiores, apresentando grande mobilidade e a
presença de diastema entre os mesmos. Radiograficamente percebeu-se grande reabsorção óssea
entre os incisivos. Encaminhado à disciplina de periodontia foi diagnosticado periodontite juvenil
localizada, onde se realizou raspagem e alisamento radicular de todos os elementos, e houve a
necessidade de exodontia dos elementos 31 e 41. Após as exodontias, notou-se que o espaço
desdentado equivalia a de 04 incisivos inferiores e em função da grande perda óssea e da
impossibilidade de instalação de implantes osseointegrados, optou-se por uma prótese parcial fixa de
05 elementos com gengiva artificial em cerâmica, para favorecer o suporte labial. Com este
tratamento, conseguiu-se devolver a estética e a função, devolvendo a auto-estima do paciente.
Palavras-chaves: Prótese Parcial Fixa, Mobilidade entre Incisivos, Diagnóstico Odontológico.
R 08- MUCOCELE EM MUCOSA DE LÁBIO INFERIOR – DIAGNÓSTICO E
TRATAMENTO
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Mucocele, também conhecido como fenômeno de extravasamento de muco, é um pseudocisto de
etiologia traumática onde há o rompimento do ducto de uma glândula salivar menor. São observados
com maior frequência em crianças e adultos jovens e não há predileção por gênero. O local mais
comum para o aparecimento do mucocele é o lábio inferior, lateralmente a linha média. O objetivo
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Patrícia Augusta Marques Dantas, Fabrício David Torres, Nagib Pezati Boer, Luciana Estevam
Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus
Fernandópolis.
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desse trabalho foi relatar um caso de mucocele em mucosa de lábio inferior, a fim de familiarizar o
cirurgião dentista com os aspectos clínicos dessa doença. Paciente sexo masculino, leucoderma, 18
anos de idade, compareceu a associação de Voluntários no Combate ao Câncer – AVCC de
Fernandópolis, queixando-se de um aumento volumétrico na boca. Durante a anamnese o paciente
relatou o aparecimento da lesão há 1 mês, com períodos de remissão e exacerbação. Ao exame físico
foi verificado um aumento volumétrico nodular na proporção direita da mucosa labial inferior de
aproximadamente 2 cm de diâmetro, com limites nítidos, superfície lisa e íntegra, base séssil,
coloração arroxeada, flácida e indolor à palpação. Com o diagnóstico clínico de mucocele, foi
realizada a excisão cirúrgica da lesão. O material coletado foi encaminhado para análise
histopatológica, cujo resultado confirmou o diagnóstico de mucocele. Durante o controle pósoperatório não revelou sinais de recidiva. Dessa forma, pode-se concluir que apesar da história
clinica levar a um diagnóstico evidente, o exame histopatológico possui grande importância e não
deve ser ignorado.
Palavras-chaves: Patologia de glândula salivar, Pseudocisto, Estudo de Caso.
R 09- ESTUDO MORFOMÉTRICO DE PROCESSO ESTILÓIDE ALONGADO EM
CRÂNIO HUMANO E CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS.
Ana Luiza Ricci Boer, Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire, Paulo Roberto Botacin
(orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis e
Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
O processo estilóide possui morfologia variável, oscilando em comprimento e alcançando até,
normalmente, 02 a 03 centímetros (cm), de acordo com Eagle. Esta estrutura anatômica é uma
projeção óssea de direção ântero-inferior localizado na base do crânio, situado lateralmente à fossa
jugular, ântero-medial ao processo mastóide e medialmente à parte timpânica do osso temporal.
Proporciona origem aos músculos estilo-hióideo, estilofaríngeo, estiloglosso e aos ligamentos estilohióideo e estilo-mandibular. Quando o indivíduo possui os processos com dimensões superiores,
estes são acompanhados de implicações clínicas que podem prejudicar as funções do aparelho
estomatognático. A Síndrome de Eagle, ocasionada pelo alongamento do processo estilóide ou pela
calcificação dos ligamentos que dele se originam, é caracterizada por um conjunto de sintomas. O
objetivo desse trabalho foi avaliar morfometricamente os processos estilóides de um crânio humano
brasileiro do gênero masculino e na faixa etária de 40 a 50 anos de idade. As dimensões analisadas
foram comprimento e maior diâmetro. O processo estilóide direito apresentou 5,17 cm de
comprimento e 0,66 cm de maior diâmetro, enquanto que o processo estilóide esquerdo apresentou
5,29 cm e 0,59 cm, respectivamente. Os processos estilóides avaliados apresentaram comprimento
além do descrito na literatura como normal. Este estudo contribuiu para o conhecimento da
morfologia e da topografia dessa estrutura, que quando alterada, pode gerar consequências clínicas
que devem ser conhecidas para favorecer o tratamento e o bem estar do indivíduo acometido pela
síndrome de Eagle.
Palavras-chave: Osso temporal, Morfometria, Síndrome de Eagle, Topografia Óssea.
A mucosite bucal é definida como uma inflamação e ulceração da mucosa bucal com formação de
pseudomembrana e fonte potencial de infecções com risco de morte. É um efeito debilitante de
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Michele Aguiar Silva, Tais Cristina Nascimento Marques, Marlene Cabral Coimbra da Cruz, Nagib
Pezati Boer, Luciana Estevam Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco –
UNICASTELO – Campus Fernandópolis.
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R 10- MUCOSITE BUCAL: O PAPEL FUNDAMENTAL DO CIRURGIÃO-DENTISTA
2010
tratamentos do câncer como a radioterapia e a quimioterapia bastante frequente (afeta mais de 40%
dos pacientes) e doloroso. Esta patologia tem sido foco de vários estudos, pois seu tratamento
permitiria doses terapêuticas mais agressivas para o tumor e aumento das taxas de sobrevida. Vários
métodos são utilizados na prevenção e no tratamento da mucosite, incluindo os cuidados da
competência do cirurgião-dentista. O presente trabalho objetivou mostrar, pelo relato de um caso, a
participação da Odontologia no controle da mucosite bucal. Paciente sexo feminino, melanoderma,
67 anos de idade, compareceu a Associação de Voluntários no Combate ao Câncer – AVCC de
Fernandópolis para tratamento antineoplásico. Durante a anamnese a paciente relatou dificuldade
para se alimentar e conversar devido a presença de múltiplas úlceras por toda a cavidade bucal que
apareceram há 2 dias. Ao exame físico foram verificadas ulcerações extensas e dolorosas recobertas
por exsudato fibrinoso (pseudomembrana) de coloração esbranquiçada em mucosa labial inferior,
mucosa jugal bilateral e palato mole/orofaringe. Com o diagnóstico clínico de mucosite
quimioinduzida, foi prescrito uso de vitamina E, xilocaína spray e nistatina. Dessa forma, pode-se
concluir que a avaliação estomatológica detalhada e a instituição de cuidados odontológicos antes e
durante a terapia oncológica são importantes, pois suas complicações resultam em significativa
morbidade e mortalidade.
Palavras-chaves: Quimioterapia, Câncer bucal, Melodermia.
R 11- UTILIZAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS MEDICINAIS NO
CONTROLE IN VITRO DE STREPTOCOCCUS MUTANS
Tabata Hissae Nakao, Camila Ribeiro Ferlin, Ana Flávia Sanches Borges, Carlos Eduardo Maia de
Oliveira, Dora Inês Kozusny-Andreani (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco –
UNICASTELO – Campus Fernandópolis.
Visando futuras matérias primas para diversos produtos/materiais dentários, foram testados óleos
essenciais que se mostraram eficazes contra o principal microrganismo da cárie dental, o
Streptococcus mutans. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana in vitro de
óleos essenciais de plantas medicinais sobre Streptococcus mutans. Foram empregados óleos de
Eucaliptus sp. (Eucalipto), Prunus amygdalus L. var. dulcis. (Amêndoa) e Adropongus nardus
(Citronela). A linhagem bacteriana foi cultivada em meio SB20 sólido, incubada a 37ºC por 24 horas
em microaerofilia. A atividade antibacteriana foi avaliada pelo método de difusão em ágar em meio
sólido para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM). Foram confeccionados sete
poços no meio SB20 de 6 mm de diâmetro. Nos poços foram colocados volumes crescentes dos
óleos essenciais. As placas foram incubadas em estufa bacteriológica a 37°C em microaerofilia, por
um período de 24 horas. Verificou-se a presença de atividade antibacteriana através do aparecimento
de halos de inibição. A CIM foi considerada a menor diluição capaz de inibir o crescimento
bacteriano. Os óleos essenciais inibiram o crescimento de S. mutans, sendo a CIM do óleo de
eucalipto 130 µl, óleo de Amêndoas 155 µl, óleo de Citronela 118 µl. A ação antimicrobiana destes
óleos sugere a possibilidade da sua utilização como meio alternativo da terapêutica odontológica.
Palavras-chaves: Fitoterapia, Prevenção Primária, Atividade Antimicrobiana.
O morsicatio buccarum é o termo científico para mastigação crônica da bochecha. Apresenta
prevalência mais alta em pessoas sob estresse ou que exibem alterações psicológicas. As lesões nos
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Tais Cristina Nascimento Marques, Michele Aguiar Silva, Thais Costa Fernandes, Nagib Pezati
Boer, Luciana Estevam Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – Campus
Fernandópolis.
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R12- MORSICATIO BUCCARUM – DIAGNÓSTICO CLÍNICO
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pacientes com morsicatio são mais frequentemente encontradas bilateralmente na mucosa jugal. A
apresentação clínica do morsicatio buccarum normalmente é suficiente para um diagnóstico
definitivo. Não é necessário tratamento das lesões orais. Nenhuma complicação origina-se pela
presença das alterações da mucosa. O objetivo desse trabalho foi relatar um caso de morsicatio
buccarum, a fim de familiarizar o cirurgião-dentista com os aspectos clínicos dessa alteração.
Paciente sexo feminino, leucoderma, 16 anos de idade, compareceu à Associação de Voluntários no
Combate ao Câncer – AVCC de Fernandópolis, queixando-se de “pelinhas que se soltam da boca”.
Durante a anamnese a paciente relatou o hábito de morder toda a boca, geralmente, empurrando a
bochecha entre os dentes com os dedos. Ao exame físico foram verificadas áreas brancas espessadas
e fragmentadas, combinadas com zonas interpostas de eritema e erosão, dispersas por toda a mucosa
jugal bilateral, principalmente, ao longo do plano oclusal. Com o diagnóstico clínico de morsicatio
buccarum a paciente foi orientada sobre a necessidade de abandonar o hábito de mordiscar a mucosa
bucal, não sendo necessário tratamento. Todavia, uma proteção acrílica, que cobre as superfícies dos
dentes, pode ser confeccionada caso o trauma perdure. Dessa forma, pode-se concluir que a biópsia
raramente é necessária nestes casos e normalmente a apresentação clínica é suficiente para um
diagnóstico definitivo de morsicatio buccarum.
Palavra-chave: Trauma Bucal Crônico, Estudo de Caso, Mastigação da Bochecha.
R 13- ASPECTOS MORFOLÓGICOS E CLÍNICOS DO FORAME DE VESALIUS
Viviane Cristina Souza Oliveira, Rossi Ana Cláudia, Alexandre Rodrigues Freire, Nagib Pezati
Boer, Paulo Roberto Botacin (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – Campus
Fernandópolis e Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
Luis Afonso Dias Neto, Fernanda Faot, Ivete Aparecida de Mattias Sartori, Ana Flávia Sanches
Borges (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – Campus Fernandópolis.
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R 14- ESTUDO DO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE LIGAS NICR E NICRTI
UTILIZADAS EM COMPONENTES PROTÉTICOS
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A base do crânio possui grande quantidade de forames, estabelecendo comunicação extra e
intracraniana através dos nervos e vasos sanguíneos, os quais atravessam estas estruturas. Dentre os
forames presentes no crânio, existem os forames denominados emissários, que possuem veias
emissárias para o transporte de sangue entre estruturas internas e externas do crânio. O objetivo
deste estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre a morfologia e importância clínica do
forame de Vesalius, um forame emissário inconstante. Os artigos selecionados para a realização
desta revisão de literatura foram pesquisados nas bases de dados: PubMed/Medline, Bireme, BBO e
Lilacs. As palavras-chave utilizadas foram: crânio humano, esfenóide, veia emissária. A veia
emissária que atravessa o forame de Vesalius permite a comunicação entre o plexo venoso
pterigóideo e o seio cavernoso. Assim, um trombo séptico de origem de origem dentária pode
alcançar o seio cavernoso desenvolvendo uma tromboflebite. Além disso, no tratamento da neuralgia
do trigêmeo é realizada uma abordagem pelo forame oval através de uma técnica denominada
rizotomia por fluoroscopia convencional com o intuito de orientar uma punção com agulha para a
impressão trigeminal. Nesta técnica, a agulha pode penetrar no forame de Vesalius com punção do
seio cavernoso e ocasionar uma hemorragia intracraniana. Pode-se concluir que o conhecimento
anatômico do forame de Vesalius é relevante à medida que esta estrutura, apesar de ser uma
variação anatômica, está relacionada com falhas na realização de técnicas de neurocirurgia, além de
atuar como uma estrutura que facilita a propagação de infecções, principalmente de origem dentária.
Palavras-chave: Crânio humano, Esfenóide, Veia emissária.
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O objetivo deste estudo foi prever o desempenho clínico sob tensão, de ligas de NiCr e NiCrTi
utilizadas no Brasil, para a confecção de componentes protéticos para próteses sobre implantes, por
meio da resistência à tração e dureza. Os grupos foram nomeados como: Tilite (T), Verabond (V) e
Dan Ceramalloy (D). Dez espécimes de cada grupo em forma de altér, com diâmetro de 03 mm (±
0,1) na área tracionada e 05 espécimes de cada grupo em forma de disco (05 x 02 mm) foram
confeccionados em material calcinável (Neodent, Curitiba, PR). Todo o processo de fundição até o
acabamento dos espécimes foi realizado por um técnico devidamente calibrado. O ensaio de tração
foi realizado em máquina de ensaios mecânicos Instron 3382, à velocidade de 2,54 mm/min, até a
ruptura dos espécimes. Dureza Vickers foi realizada com 03 medidas em cada espécime; 150 µm de
distância entre elas e carga de 100 g/10s. Análise em MEV/EDS foi feita para complementar dados.
Valores de resistência à tração, deformação em carga máxima (%), extensão em carga máxima
(mm), extensão em ruptura (mm) e módulo de elasticidade (GPa) foram submetidos à ANOVA um
critério e teste de Tukey e valores de dureza foram submetidos à ANOVA regressão múltipla e teste
dulo de elasticidade que T, tendo
D resultados intermediários. Tilite apresentou maior dureza que as outras ligas, sendo estas não
diferentes entre si. Maior dureza e menor módulo do Tilite predizem maior resistência inicial à
deformação e melhor absorção de tensão de componentes protéticos para próteses sobre implantes.
Palavras-chave: Tensão, Resistência à Tração, Dureza.
R 15- ERUPÇÃO ECTÓPICA: RELATO CASO CLÍNICO
R 16- O CIRURGIÃO-DENTISTA NO DIAGNÓSTICO DE UMA CONDIÇÃO SISTÊMICA
– SÍNDROME DE SJÖGREN
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O termo erupção ectópica é utilizado amplamente para designar os casos em que os dentes
permanentes apresentem algum desvio em seu padrão normal de irrupção, produzindo uma
reabsorção anormal nos dentes decíduos adjacentes. Embora tenha sido amplamente estudada e
discutida, a etiologia dessa má oclusão não foi, ainda, muito bem compreendida. É fundamental
manter integridade dos dentes decíduos até a época normal de sua substituição, o que em muito
contribuirá no desenvolvimento da dentição e oclusão. Dois tipos de erupção ectópica podem ser
distinguidos: o reversível, onde o primeiro molar permanente libera-se e erupciona em posição
normal na arcada dentária e o irreversível, quando o primeiro molar mantém-se em contato com a
raiz distal do segundo molar decíduo, podendo causar a perda prematura deste dente. O diagnóstico
clínico e radiográfico tornam-se imprescindíveis para o tratamento prematuro da irrupção ectópica, a
fim de que sejam evitadas consequências desfavoráveis para o desenvolvimento normal da oclusão.
O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de erupção ectópica, a fim de enfatizar a importância
do cirurgião dentista no diagnóstico e conduta com pacientes odontopediátricos. Paciente J.P.A.,
sexo masculino, leucoderma, 10 anos, compareceu a Clínica Odontológica da UNICASTELO –
Campus de Fernandópolis, queixando-se que o dente permanente havia erupcionado e o dente
decíduo não havia irrompido. Ao exame físico extrabucal nada digno de nota pode ser observado.
Ao exame clínico intrabucal foi observado que o elemento 84 estava com a raiz distal esfoliada e o
permanente já estava em irrupção na cavidade bucal. Após o exame radiográfico observou que o
elemento estava em processo de rizólise. A partir destes achados foi estabelecido o diagnóstico de
extração do elemento. Como conduta do protocolo de atendimento odontopediátrico o paciente foi
acompanhado para manutenção da sua saúde bucal. Através do relato deste caso pode-se ressaltar a
importância do diagnóstico como método essencial para realização de qualquer procedimento.
Palavra-chave: Oclusão dentária, Diagnóstico Clínico, Diagnóstico Radiográfico.
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Claudinei de Jesus Gomes, Larissa Borges Santa Rosa, Martha Suemi Sakashita, Isabelle Rodrigues
Freire (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – Campus Fernandópolis.
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Fabrício David Torres, Patrícia Augusta Marques Dantas, Nagib Pezati Boer, Luciana Estevam
Simonato (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – Campus Fernandópolis.
Introdução: A Síndrome de Sjögren é uma desordem auto-imune crônica, que envolve
principalmente as glândulas salivares e lacrimais, podendo se propagar envolvendo distúrbios
sistêmicos do tecido conjuntivo, caracterizando-se clinicamente pela tríade xerostomia,
ceratoconjuntivite seca e artrite reumatóide. Ocorre em todos os grupos étnicos e raciais, sendo
observado predominantemente em mulheres acima de 50 anos, na menopausa, raramente afetando
crianças e adolescentes. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi relatar um caso de Síndrome de
Sjögren, a fim de enfatizar a importância do cirurgião-dentista no diagnóstico de uma condição
sistêmica. Caso Clínico: Paciente sexo feminino, raça amarela, 50 anos, que compareceu a
Associação de Voluntários no Combate ao Câncer – AVCC de Fernandópolis, queixando-se de
ardência bucal, principalmente ao se alimentar e boca seca. A história médica foi significante para a
presença de dores articulares e xeroftalmia, além da positividade do Fator Anti Núcleo. Ao exame
físico extrabucal nada digno de nota foi observado. Ao exame físico intrabucal foi observado um
padrão mais avermelhado e liso do dorso da língua, e, ainda, maior sensibilidade das mucosas jugal
e labial. A partir destes achados foi estabelecido o diagnóstico de Síndrome de Sjögren. O protocolo
terapêutico instituído foi paliativo, através de colírios lubrificantes, lágrima e saliva artificiais, além
de um suporte médico-terapêutico visando o controle da doença artrítica. Conclusão: Tratando-se de
doença crônica, a Síndrome de Sjögren exige tratamento médico-odontológico em longo prazo.
Palavra-chave: Patologia de glândulas salivares, Xeroftalmia, Dores Articulares.
R 17- APLICABILIDADE E ANÁLISE CRÍTICA DO USO DE EPÔNIMOS EM CIÊNCIAS
DA SAÚDE
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Epônimos são nomes próprios designados a estruturas anatômicas, e têm sido amplamente utilizados
em Ciências da Saúde desde a descoberta do método científico em anatomia humana. Ainda que
sejam objeto designativo de mérito a um ou mais pesquisadores que reconhecidamente dedicaram
boa parte de suas vidas à investigação anatômica, na maior parte dos casos os epônimos não são
representativos dos primeiros anatomistas a descrever estruturas, e também não indicam algum
aspecto topográfico, morfológico ou funcional associado a partes do corpo humano. O objetivo do
presente trabalho foi compilar os principais epônimos atualmente utilizados em anatomia humana
para efetivação de aplicabilidade e de análise crítica referente à sua utilização em Ciências da Saúde.
Foram selecionados três livros-texto, nacional e mundialmente reconhecidos em anatomia humana,
para compilação cuidadosa dos principais epônimos. Variáveis consideradas incluíram uso de
diferentes epônimos para uma mesma estrutura, associação de diferentes estruturas para um mesmo
epônimo, e divisão da eponímia por sistemas. Foram compilados 563 epônimos diferentes para uma
mesma estrutura, 112 estruturas diferentes para um mesmo epônimo, e 65 epônimos para o sistema
esquelético, 8 para o sistema articular, 62 para o sistema muscular, 8 para o sistema respiratório, 73
para o sistema circulatório, 60 para o sistema digestório, 6 para o sistema urinário, 7 para o sistema
genital masculino, 14 para o sistema genital feminino, 16 para o sistema tegumentar, 2 para o
sistema linfático e 202 para o sistema neural. Epônimos são nomes próprios designados a estruturas
anatômicas, e que de modo errôneo têm sido aplicados diferentemente para uma mesma estrutura ou,
ainda, são representativos de estruturas diferentes. Embora epônimos tenham sido amplamente
utilizados em Ciências da Saúde, deveriam ser assim evitados e substituídos por temos anatômicos
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Gustavo Marcatto, Mariângela Zanon Casoni, Paulo Roberto Botacin, Fernando Batigália, Nagib
Pezati Boer (orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus
Fernandópolis, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP e Faculdade de Medicina de São
José do Rio Preto - FAMERP.
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comprovadamente associados a algum aspecto topográfico, morfológico ou funcional do corpo
humano.
Palavras-chave: Ensino de Ciências da Saúde, Anatomia humana, Lexicologia Científica.
R 18- AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES DENTISTAS DO
MUNICÍPIO DE FERNANDÓPOLIS-SP EM RELAÇÃO AO CÂNCER BUCAL
Eryca Carvalho Mainardi, Paula Clara Souza, Nagib Pezati Boer, Luciana Estevam Simonato
(orientador). Universidade Camilo Castelo Branco – UNICASTELO – Campus Fernandópolis.
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O câncer de boca é, ainda hoje, um problema de saúde pública em muitas partes do mundo. No
Brasil, é o quinto tumor maligno mais frequente entre os homens e o sétimo entre as mulheres, com
respectivamente 10.380 e 3.780 novos casos estimados para o ano de 2008, de acordo com o INCA.
O objetivo deste trabalho foi verificar o conhecimento dos cirurgiões dentistas em relação ao câncer
bucal no município de Fernandópolis-SP. Para a realização da pesquisa foi utilizado um questionário
com 51 questões de múltipla escolha previamente testadas. Em cada exemplar do questionário
entregue aos participantes do estudo, havia explicações sobre a natureza da pesquisa e o termo de
consentimento esclarecido. Foram entregues aproximadamente 100 questionários para cirurgiões
dentistas deste município, sendo que cerca de ¼ foram devolvidos respondidos. A média de idade
dos cirurgiões dentistas que responderam os questionários foi de 42,5 anos. Destes profissionais, 25
afirmaram que realizam o exame do câncer bucal na primeira consulta do paciente, 21 afirmaram
que orientam os pacientes sobre a necessidade de realização do auto-exame e 25 afirmaram que o
câncer de boca é diagnosticado mais frequentemente em estágio avançado. Com relação ao
encaminhamento do paciente frente a uma lesão bucal suspeita de malignidade, observou-se o
seguinte resultado: 11 encaminham para um especialista, 08 para o médico, 07 para hospital
especializado, 02 para a faculdade de odontologia e 02 realizam o procedimento diagnóstico. A
maioria dos cirurgiões dentistas afirma que o câncer mais comum em boca é o carcinoma
espinocelular, e que a região mais acometida é a língua seguida do assoalho bucal. Com base nas
respostas obtidas dos poucos questionários respondidos neste trabalho, conclui-se que os cirurgiões
dentistas do município de Fernandópolis-SP conhecem as principais características do câncer de
boca, mas não se sentem aptos a realizar diagnóstico desta patologia, encaminhando seus pacientes
para outros profissionais. Além disso, uma grande parte ainda não orienta o paciente a realizar o
auto-exame, dificultando o diagnóstico precoce do câncer de boca.
Palavras-chave: Conhecimento Científico, Diagnóstico de Câncer Bucal, Formação do Cirurgião
Dentista.
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II Jornada Odontológica da UNICASTELO
“Profa. Dra. Ana Flavia Sanches Borges”
Campus Fernandópolis
A segunda edição da Jornada Odontológica da Unicastelo de Fernandópolis, intitulada “Profª. Dra.
Ana Flavia Sanches Borges”, reuniu grandes nomes da área e atraiu, além dos estudantes, muitos
profissionais da região.
O evento acontece entre do dia 23 ao dia 27 de agosto, nas dependências do Cine Fernandópolis, no
Shopping Center Fernandópolis. Diariamente, os cursos e palestras receberam público de,
aproximadamente, 300 participantes. Além dos acadêmicos do curso, muitos profissionais da região
aproveitaram o alto nível dos palestrantes como uma oportunidade para uma “reciclagem”. Segundo
a comissão organizadora da jornada, de Jales, vieram 32 participantes, de Votuporanga, 26, e de
Fernandópolis, seis profissionais participaram.
Confira quem foram os palestrantes da II Jornada Odontológica da UNICASTELO:
 Antônio Sérgio Guimarães, da UNIFESP/SP, falou dos aspectos mais atuais da
disfunção temporomandibular, enfocando dor de cabeça de origem da ATM, novos
tratamentos, apertamento dental e bruxismo.
 Elio Hitoshi Shinohara, da USP/SP, falou sobre traumatologia crânio-maxilo-facial e
reconstrução facial.
 Sandra Rahal Mestrener, da UNESP/Araçatuba, abordou os aspectos atuais da
estética dental, mostrando soluções estéticas para um sorriso harmônico, relacionando
Periodontia (gengiva) e Dentística (restauração).
 Milton Carlos Kuga, da UNESP/Araraquara, desmistificou a prescrição de
medicamentos na área odontológica.
 Marcelo Ferrarezi de Andrade, da UNESP/Araraquara, abordou tema da estética
dental, mostrando atualidades em clareamento dental com enfoque nos aspectos mais
atuais, fazendo com que o tratamento possa ficar mais barato.
 José Carlos Pettorossi Imparato, reitor da UNICASTELO e docente da USP/SP,
encerrou o evento falando sobre saúde coletiva e odontopediatria, enfocando os
tratamentos da doença cárie dentária com mínima intervenção.
especialidades da Odontologia, com premiações nas áreas de revisão de literatura, iniciação
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cientifica e caso clínico.
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Além das palestras, a jornada contou com a apresentação de trabalhos científicos, nas diversas
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Anais da II Jornada Odontológica da UNICASTELO “Profa. Dra. Ana