Sobratt SBT – dezembro 2005
Ana Cristina Limongi França
FEA USP
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho NEP-GQVT
Era assim..
Inglaterra,
1870
Idealiza-se assim
USA 1990
Interpreta-se assim...
“Se o progresso econômico
significa que nos tornamos
meras engrenagens de uma
grande máquina, então o
progresso é uma falsa
promessa”
Charles Handy, 1996
NOVA DINÂMICA DE PERFORMANCE
DO TRABALHO
Hábitos
Alterados
Pressão
Tecnológica
Valores e
Gestão
Visão
Biopsicossocial
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Mudanças nos últimos anos
Os impactos tecnológicos e econômicos mudaram a vida no
trabalho.
A linguagem digital, a desfronterização da economia geram
contínuas e novas exigências.
O novo cenário impacta de múltiplas formas a experiência de
tempo, a vida pessoal e a estruturação e o envolvimento
familiar e comunitário.
Estas expectativas de alta performance requerem um novo
aprender a desaprender sobre condições de vida dentro e
fora do trabalho.
Reaprende-se assim..
Explica-se assim..
Equilíbrio
Balanço
O eterno novo-velho tempo
Leve ou Denso
Vazio ou Intenso
Esquecido ou Nostálgico
Depressão ou Banzo
O que mudou para melhor
Consciência dos novos desafios
Espaço para análise dos riscos
Estímulo a escolhas radicais
Dedicação intensa, criativa e múltipla
O que mudou para pior
Compromissos intensos e perenes
Baixa longevidade
Pouca informação sobre novas síndromes
Medo contínuo de ficar desempregado
Precarização rápida da competência adquirida
Novas síndromes de adaptação
Distress que leva a:
Burnout
Pressa
Jet-lag
Lazer
Desamparo
Tecnostress
Pânico
Absenteísmo
Presenteísmo
E a qualidade de vida
Do assistencialismo para auto-gestão
Da percepção para gestão
Flexível e vulnerável
Com necessidade de qualificação
Recursos Humanos é a ausência
legitimada de visão de pessoa
Perfil
Posição
Metas
Parcerias
Recursos
Gestão
Competência
Resultados
As novas estratégias
Competências empresariais e operacionais
Terceirização
Comprometimento afetivo
Rede de Relacionamentos
Posições diferenciadas
Contando com o desemprego
Buscando seguros e gestão de riscos
A família
Nucleares múltiplas
Hábitos e estilos de vida diversos
Dilúvio de informações
Altos custos
Aumento do uso de tecnologia
Consciência das fragilidades sociais,
ambientais e psicológicas
De onde veio
Super homens
Mulheres vencedoras
Famílias que são o impulso para o sentimento
provedor, com o custo da ausência de convívio
familiar
Viúvos, viúvas e orfãos de workaholics
Crítica ao trabalho como tema central da vida
Para onde vamos?
Gestão do conhecimento
Vários ciclos intensos de trabalho
Redução da sobreposição de papéis: família, trabalho,
lazer
Condensando o conceito de gestão do tempo para
gestão da energia
Surgindo novas inquietações
Rápido para Lento
Falta de tempo é desculpa
Afeto, alma e espiritualidade
Escolhas radicais
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Perfil da Amostra
Público masculino: 52,2%
39,1% são solteiros, 47,8% são casados e 13%
separados
17,4% estão entre 26 e 30, 17,4% entre 31 e 35 e 30,4%
entre 36 e 40
39,1% são universitários e 60,9% são pós-graduados
26,1% possui renda entre R$3.601,00 e R$4.800,00;
21,7% entre R$4.801,00 e R$ 6.000,00 e 34,8% acima
de R$6.000,00.
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Dimensão Biológica
Menor sensação de cansaço e dor para o público
feminino
Importância da prática esportiva: melhora o sono, a
disposição e diminui dor física.
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Dimensão Psicológica
Importância da prática esportiva: concentração.
Maior satisfação na realização da atividade profissional
Maior concentração
Maior tendência ao trabalho incessante (workaholic)
Maior Ansiedade
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Dimensão Social
Maior solidão
Aumento do convívio familiar
Diminuição do convívio social
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Dimensão Organizacional
Local remoto é preferível
Mulheres mais satisfeitas com a tomada de decisão
Autodesenvolvimento
Carreira
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Entrevistas
Programas de Qualidade de Vida no Trabalho afetam
positivamente os indicadores e oferecem melhor suporte ao
teletrabalho
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
ITEM:
ProgramadeQVTinfluenciao
teletrabalho.
Teletrabalhocomocatalisadordo
trabalhoincessante.
Autodesenvolvimentopresenteno
teletrabalho.
DESCOBERTA:
Forampercebidasedescobertasinúmerasinfluências.
Muitopresente entre os pós-graduados e provavelmente atua como
catalisadorenãocomocausadordestecomportamento.
Comportamentoidentificadocomoprovável explicaçãopara muitas
leituras, maior percepção de oportunidade de estudo e de
oportunidadedecrescimentoprofissional.
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
ITEM:
Teletrabalho provoca mudanças.
Teletrabalho causa impacto físico nas
mulheres.
Teletrabalho causa impacto psicológico
nas mulheres.
Teletrabalho aumenta a concentração.
Teletrabalhador tem maior disposição.
Teletrabalhador tem melhor
desempenho.
Teletrabalho provoca maior ansiedade.
Teletrabalhadores tornam-se mais
facilmente Workaholics.
CONSTATAÇÃO:
Confirmado nesta pesquisa. Foram confirmadas e identificadas
inúmeras alterações.
Confirmado nesta pesquisa, sendo um impacto positivo.
Não confirmado nesta pesquisa, sugerindo que o gênero não
influencia tanto esta dimensão, ou seja, o impacto é semelhante para
homens e mulheres.
Confirmado nesta pesquisa.
Confirmado nesta pesquisa.
Confirmado nesta pesquisa.
Confirmado nesta pesquisa. As pessoas que atuam numa mesma
empresa desde antes da implantação do teletrabalho demonstraram
menos ansiedade do que aquelas que iniciaram no atual emprego
como teletrabalhadores.
Não confirmado nesta pesquisa, indicando que o teletrabalho agrava
ou acelera, mas não causa.
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
ITEM:
Teletrabalho causa mudanças na
atividade profissional e na realização
dela.
Teletrabalhador sente solidão.
Teletrabalho promove melhor convívio
familiar.
Teletrabalho promove melhor convívio
social.
Teletrabalho promove maiores
oportunidades de estudo.
Teletrabalhadores percebem mais
oportunidades na carreira profissional.
Local do teletrabalho é mais agradável.
Teletrabalho como melhor solução para
a atividade profissional.
CONSTATAÇÃO:
Não confirmado nesta pesquisa. A divergência entre os
colaboradores da IQ, que discordam, e os integrantes da comunidade
virtual, que concordam, torna necessário um maior aprofundamento
para entender melhor a questão.
Levemente confirmado nesta pesquisa, necessitando maior
aprofundamento.
Confirmado nesta pesquisa.
Não confirmado nesta pesquisa. Indica-se menor satisfação nas
relações com os outros.
Confirmado nesta pesquisa. Inclusive sugere forte presença do
autodesenvolvimento.
O teletrabalho afeta, mas surge divergência. Para os colaboradores
da empresa IQ o impacto não é tão positivo enquanto para os demais
é.
Confirmado nesta pesquisa.
Confirmado nesta pesquisa.
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Limitações
Amostra pequena
Características Específicas da Empresa IQ e da
Comunidade Virtual
Achados da Pesquisa de R.T da
Silva, 2004, FEA_USP
Novos Desafios
Nova casta social
Acirramento da Competitividade
Pressão por resultados
Liberdade X Controle
Novos predicados para a identidade
Ansiedade
Interfaces ou limites de proteção?
Busca do equilíbrio bio-psico-social e
organizacional
Bem viver ao lado do mal-estar
Urbanidade nos hábitos
Mundialização de informações, produtos e
serviços
Diversidade: racial, gênero, ideológica
Idade e Trabalho: a quarta idade é uma
realidade
Saúde
é a vida no silêncio dos
órgãos.
Doença
é o grito dos órgãos no
silêncio do sujeito.
Caldeira, 1996
Caminhos
Balanço entre
vida pessoal e
profissional
Novas
racionalidades
socioeconômicas
Ênfase em
educação,
filosofia,
informação e
gestão
Valorização da
inteligência
emocional
Fóruns para novas
alternativas
terapêuticas
Não apresse o rio... Ele tem seu próprio
percurso
Quando “apressado” ela fica sem curvas, o fluxo é maior, carrega
materiais, provoca erosão. A maior perda é na baixa onde
ocorre assoriamento, depósito de materiais em suspensão,
inundações. O acelerar torna a movimentação das águas
adoecidas e inquietas.
O “ rio da vida” pós-industrial parece reproduzir o verso de
Paulinho da Viola; “ foi um rio que passou na minha vida e o
meu coração se deixou levar.”
Há que se reconstruir um novo rio onde respeitem-se as
condições de preservação de fluxo e equilíbrio de energias sem
provocar transformações nocivas de energias. Assim...
sobreviver e viver mais e melhor.
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Ana Cristina Limongi França