1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE AVALIAÇÃO, COMO ELA PODE AJUDAR OU PREJUDICAR O ALUNO? Por: Juscilene Lúcia Ribeiro Fernandes Orientador Prof(a) Maria Esther de Araújo Oliveira Rio de Janeiro 2008 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE AVALIAÇÃO, COMO ELA PODE AJUDAR OU PREJUDICAR O ALUNO? Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior. Por: Juscilene Lúcia Ribeiro Fernandes 3 AGRADECIMENTOS A Deus que me deu coragem e força para continuar e alcançar a vitória. A Mestra Maria Esther de Araújo Oliveira pela segurança com que me orientou no trabalho. As minhas amigas e a todos que, de alguma maneira, ajudaram-me na realização desse trabalho. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha filha Roberta Lúcia e a minha grande amiga Estela Fernanda que diretamente me apoiou nos momentos mais difícies desta jornada. 5 RESUMO Este trabalho trata da avaliação no ensino superior e como ela pode ajudar ou prejudicar o aluno, sendo o principal alvo o tecnólogo em terapia capilar. No ambiente das empresas têm ocorrido profundas alterações nas formas de atuação, exigindo harmônica conjugação dos parâmetros: inovação tecnológica, estrutura e pessoas com a própria matriz organizacional. Nesse contexto contemporâneo de atuação consolida-se o papel do Tecnólogo, como um importante profissional capaz de desenvolver a competitividade, pela melhoria da produtividade e da qualidade, sua atuação pode se estender desde a criação, o domínio, a absorção e a difusão dos conhecimentos, atingindo o pleno atendimento das necessidades estabelecidas. Trata-se de um profissional capaz de oferecer soluções criativas e de participar de equipes habilitadas na concepção e desenvolvimento de soluções. A interdisciplinaridade em sua formação e a polivalência em sua atuação facilitam sua inserção em equipes produtivas de trabalho. O Tecnólogo é o agente capaz de colocar a ciência e a tecnologia a serviço da Sociedade, no atendimento de suas necessidades. 6 METODOLOGIA O conteúdo teórico deste trabalho adquiriu-se através da pesquisa bibliográfica. Ele trata da contribuição para a melhoria do sistema avaliador do ensino superior. Portanto, a importância desse trabalho consiste em estudar a formação tecnológica do profissional em terapia capilar e analisar, com base e no referencial teórico a pedagogia que possibilita a formação do homem e a importância do trabalho como princípio educativo, que dará sustentação à análise, se as transformações ocorridas com esse trabalhador atendem de forma satisfatória ao que se espera de um profissional que atue criticamente e com capacidade intelectual nos procedimentos de tratamento capilar. A metodologia que mais se apropria a este trabalho é o estudo de caso qualitativo tendo seus contornos bem definidos com o desenvolvimento do trabalho. A pesquisa aqui sugerida apresenta características singulares devido ao fato de ser inédita do tema que, apesar de apresentar similaridades dentro do amplo contexto da relação trabalho-educação, se apresenta como único e particular. A grande motivação pelo tema da pesquisa é resultado das observações da pesquisadora por trabalhar na área de terapia capilar. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I – A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO 1.1. Conceito de Avaliação 1.2. Tipos de Avaliação 1.2.1. Avaliação Formativa 1.2.2. Avaliação Somativa 1.2.3.Avaliação Especializada 1.3. A Avaliação do Ensino Superior 1.3.1. Relação Professor-Aluno 1.3.2. Prova Até que Ponto Avalia? 1.4. O Tecnólogo 1.4.1. A Legislação 1.4.2. O Perfil do Profissional de Hoje e o Mercado de Trabalho CAPÍTULO II – TERAPIA CAPILAR 2.1. Pêlo 2.2. Raiz 2.3. Ciclo de Crescimento do Pêlo 2.4. Estrutura da Haste Pilosa 2.5. Composição Química do Cabelo 2.5.1. Potencial Hidrogênico – Iônico 2.6. Doenças Capilares que o Terapeuta Capilar pode Tratar 2.6.1. Alopecia Masculina Androgenética 2.6.2. Classificação CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASO 3.1. Metodologia 3.2. Cosmetologia Aplicada 3.2.1. Eletroterapia Aplicada ao Tratamento 3.2.2. Massofilaxia aplicada ao Tratamento 3.3. Resultado do Tratamento 3.3.1. Discussão 8 INTRODUÇÃO Atualmente a avaliação é um dos assuntos mais destacados nas instituições brasileiras de ensino superior, sejam elas particulares ou não. É um assunto muito difícil de explicar. “A própria palavra nos remete a idéia de juízo, de críticas de valor”. Ainda, de início, importa registrar que a avaliação não é um processo meramente técnico; ela implica um posicionamento político e inclui valores e princípios. Neste sentido, entendemos que o movimento a ser privilegiado, no momento atual, é o do avanço na direção do desvelamento dos princípios que vêm norteando e permeando as práticas avaliativas. O tema avaliação é muito amplo, por isso delimitou-se na gradução dos tecnólogos terapeutas capilar, com o objetivo de identificar e analisar a atual situação de avaliação do ensino superior, visando a qualidade no serviço prestado aos alunos e sugerir soluções para possíveis problemas que poderão ocorrer, e como o docente pode avaliar o tecnólogo terapeuta capilar. O tipo de pesquisa realizada baseada na bibliográfica, será a exploratória, pois permite ao pesquisador obter conhecimento para a solução do problema através da busca de referências ao assunto do estudo em documento, livros etc. publicados anteriormente, organizando hipóteses e propondo soluções. Não se pretende aqui negar a importância do surgimento de novas profissões que atendam às demandas da vida moderna, mas, antes, alertar para a possibilidade de que essas demandas possam vir a desconfigurar a educação, subordinando-a ao capital e escravizando o homem. Como afirma Frigotto (2000, p. 31): “A luta é justamente para que a qualificação humana não seja subordinada às leis do mercado e à sua adaptabilidade e funcionalidade.” Assim sendo, a importância dessa pesquisa consiste em estudar a formação tecnológica do profissional de terapia capilar e analisar, todo o trabalho como princípio avaliativo e a importância de investigar se as mudanças operadas, 9 a partir desta formação, serão capazes, efetivamente, de produzir um trabalhador apto intelectualmente para superar a exclusão social nesses espaços de trabalho, uma vez que encontramos, atualmente, esses mesmos espaços ocupados por profissionais advindos de cursos regulares e atuando como profissionais de terapia capilar. 10 CAPÍTULO I A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO O início da história da avaliação da educação no Brasil começa com o regime militar pelo “desenvolvimento de uma ambiciosa política de avaliação da Pós-Graduação”. Tal política é então implementada na década de 70, especificamente em 1977 quando a CAPES passa a avaliar todos os cursos de mestrado e doutorado. No ano 1983, o MEC cria o Programa de Avaliação da Reforma Universitária (PARU), que seria extinto já no ano seguinte. Os anos que seguiram foram de amplo debate filosófico e de construção de princípios e valores para uma nova proposta de avaliação, que resultou em julho de 1993 no Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras (PAIUB), cuja matriz conceitual e teórico-metodológica objetivava valorizar as metodologias qualitativas, as abordagens naturalistas, os significados, os contextos e os processos. Este programa definiu avaliação como “um processo contínuo de aperfeiçoamento acadêmico; uma ferramenta para o planejamento da gestão universitária; um processo sistemático de prestação de contas à sociedade; um processo de atribuição de valor a partir de parâmetros derivados dos objetivos; um processo criativo de autocrítica”. O PAIUB recebeu inúmeras críticas e, em 2001, através de decreto, passou a ser desconsiderado pelo MEC como programa de avaliação. Em 1995, foi implantado um novo sistema de avaliação do ensino superior baseado nos seguintes instrumentos de avaliação: Exame Nacional de Cursos (ENC) – chamado de Provão; ACE – conhecido como as visitas das comissões de especialistas e, a Avaliação Institucional de Centros Universitários. Este sistema 11 de avaliação desperta as instituições para a necessidade de investimentos na infra-estrutura e na capacitação docente, ao mesmo tempo em que torna público à sociedade, a idéia da avaliação dos cursos de graduação. Como crítica a este sistema de avaliação está a questão da competitividade entre universidades, uma vez que a mídia passa a divulgar o ranking classificatório das instituições. A partir deste momento, percebemos acirrada discussão no âmbito da educação brasileira contra a “mercantilização” do ensino e um sistema de avaliação exclusivamente quantitativo. Ao final dos anos 60, mais precisamente em 69, surgiu no Brasil o primeiro curso de Tecnologia, na cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, na área de Construção Civil, modalidade Edifícios, autorizado pelo Parecer MEC nº 90/69, de 28 de abril de 1969, para ser ministrado pela Faculdade de Tecnologia de Bauru. Em 6 de outubro do mesmo ano é criada uma autarquia estadual denominada Centro Estadual de Educação Tecnológica de São Paulo, hoje denominada Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, com a finalidade de articular, realizar e desenvolver o Ensino Tecnológico, e é autorizada a ministrar Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de construção Civil e Mecânica. O número de cursos superiores de tecnologia cresceu 96,67% entre 2004 e 2006, passando de 1.804 para 3.548 em todo o país, segundo dados do Ministério da Educação. Só no Estado de São Paulo, de 1998 a 2004, a quantidade de alunos ingressantes nas graduações tecnológicas aumentou 395%, de acordo com o Censo Nacional da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). No que se refere ao Brasil, maior país em extensão territorial da comunidade latino-americana, a questão da educação e da qualificação profissional apresenta-se com alto grau de prioridade. Descuidada durante décadas, a inclusão dos tecnólogos no mercado de trabalho deve recuperar, em muito pouco tempo, a distância que nos separa da qualidade dos serviços prestados no mundo desenvolvido. 12 A atenção é requerida em todos os níveis: da pequena empresa aos grandes investimentos; das grandes cidades aos pontos mais remotos do país; da educação acadêmica à formação profissional tecnológica. Neste particular, é imprescindível atingir o maior número de brasileiros, com o máximo possível de qualidade, cuidando especialmente da aquisição de competências para a cidadania e para o mundo do trabalho, em profunda mudança. 1.1. Conceito de avaliação As definições de avaliação são inúmeras, no Grande Dicionário da Língua Portuguesa, diz que “é o ato de avaliar; apreciação; valor determinado pelos avaliadores”. Este é o tema que nos ocupamos neste momento, e como suas concepções derivam da educação em geral, vejamos algumas definições de avaliação encontradas por autores consagrados. “Avaliar é julgar ou fazer apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escala de valores ou interpretar dados quantitativos e qualitativos para obter um parecer ou julgamento de valor, tendo como base padrões ou critérios” (Haydt, 1988:10). Ele enquadra a “posição tradicional”. Em seu livro, ele se volta para a avaliação classificatória, ou seja, para as técnicas de construção de provas e testes. No conceito a seguir hesita-se entre a avaliação diagnosticada e a classificatória, pois ainda se preocupa com a validade e a eficiência. “A avaliação consistirá em estabelecer uma comparação do que foi alcançado com o que se pretende atingir. Estaremos avaliando quando estivermos examinando o que queremos, o que estamos construindo e o que conseguimos, analisando sua validade e eficiência”. (IIza M. Sant Anna, 1995:23-4). A avaliação atualmente é o ponto de partida para o estudo do ensino da aprendizagem. Existe no momento uma significativa distância da avaliação como 13 constatação do nível de aprendizagem do aluno e que se deseja em seu futuro desempenho profissional. É imprescindível avaliar não só o conhecimento adquirido, mas as atitudes e habilidades, e identificar as causas de desvios que possam interferir nos resultados de alguma ação educativa, só assim se encontrará o caminho para aperfeiçoar o ensino. O ensino deve ser o início para a formação de cidadãos criativos e críticos, capazes de proceder, com competência a auto-organização e autogestão e de participarem das grandes questões emergentes da sociedade. A avaliação deve se apresentar como condição de garantia de um ensino e aprendizagem com valor, a fim de proporcionar capacitação as pessoas e construir conhecimento com autonomia e criatividade. 1.2. Tipos de avaliação Nesta pesquisa, foram adotadas três tipos de avaliação e cada uma delas indicam formas diferenciadas de progressão: 1.2.1. Avaliação Formativa Este tipo de modalidade de avaliação acompanha permanentemente o processo de ensino-aprendizagem, sendo fundamental para a qualidade da aprendizagem. Ao atribuir importância ao aluno, dá atenção à sua motivação, à regularidade do seu esforço, à sua forma de abordar as tarefas e às estratégias de resolução de problemas. O feed-back que é fornecido ao aluno, constitui um tributo para o melhoramento da sua motivação e auto-estima. Este feed-back constitui, a própria essência da avaliação formativa. A avaliação formativa, ao apreciar o modo como decorre o processo de ensino-aprendizagem, permite, ainda, que “o professor adapte as suas tarefas de aprendizagem, introduzindo alterações que possibilitem uma maior adequação das 14 mesmas”. Não se trata, no entanto, de uma avaliação simplesmente informal e permanente; a sua planificação deve permitir a existência de momentos organizados de avaliação formativa, devendo planejar-se momentos para averiguar os resultados obtidos, recolhendo informações com regularidade acerca do processo de aprendizagem. Ela visa desta forma regular o processo de ensinoaprendizagem, detectando e identificando metodologias de ensino mal adaptadas ou dificuldades de aprendizagem nos alunos. 1.2.2. Avaliação somativa A avaliação somativa é decisiva numa escolha criteriosa de objetivos relevantes, de acordo com critérios de representatividade e de importância relativa de modo a obter uma visão de síntese. Tratando-se de um juízo global e de síntese, uma ênfase particular deve ser atribuída à avaliação dos objetivos curriculares mínimos, quer definidos nos programas nacionais quer no âmbito das escolas. É, por estas razões, a modalidade de avaliação que melhor possibilita uma decisão relativamente à progressão ou à retenção do aluno pois compara resultados globais, permitindo verificar a progressão de um aluno face a um conjunto lato de objetivos previamente definidos. “a avaliação somativa pode ser facilmente utilizada como um instrumento de certificação social na medida em que permite seriar os alunos de acordo com o seu mérito social, constituindo a função social da avaliação”. (Viallet e Maisonnenuve 1990, p. 21). “a avaliação formativa não é alternativa à avaliação somativa; a sua complementaridade resulta não só do fato de permitir uma visão de síntese, mas, também, de acrescentar dados à avaliação pois esta é mais global e está mais distante no tempo relativamente ao momento em que as aprendizagens ocorreram o que permite avaliar a retenção dos objetivos mais importantes e verificar a capacidade de transferência de 15 conhecimentos para situações novas”. (Ribeiro, A., Ribeiro, L. 1989, p. 266). 1.2.3. Avaliação especializada Este tipo de avaliação é concretizada por uma equipe inter ou multidisciplinar ou por especialistas numa determinada área (geralmente psicólogo, médico, terapeuta, professor especializado, etc.) que avaliam o aluno após ter sido efetuado o despiste de necessidades educativas específicas pelos próprios professores e se afigurar necessária uma programação individualizada. Ela deverá ser proposta pelo professor ao conselho escolar ou de turma e obtido o acordo dos encarregados de educação para a intervenção individualizada. Após a avaliação especializada é elaborado um programa individualizado para esses alunos. Este programa pressupõe o direito de todos os alunos à escolaridade, através da utilização diferenciada de estratégias e de recursos. Consiste na avaliação multidisciplinar e interdisciplinar efetuada por professores e outros técnicos de educação, nos casos em que uma progressão individualizada possa contribuir para o sucesso educativo dos alunos. Enfatizando o tema, citamos o depoimento do segmento de pais e alunos na discussão realizada no IV Encontro dos Conselhos Escolares em dezembro de 1995, em Porto Alegre, Rio grande do Sul: “Na avaliação deve ser visto o aproveitamento dos alunos dentro do que a instituição escolar propôs e discutir os porquês da dificuldades de assimilação desse conhecimentos. A escola não existe para avaliar pessoas e aprovar ou reprovar, mas para faze-las adquirir conhecimentos e crescer plenamente.” Na avaliação não há seleção e exclusão, ela por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Te, portanto, objetivo de diagnosticar, acolher e reincluir o educando, pelo mais variados meios, no processo de aprendizagem, tal forma que 16 integre todas as experiências de vida. O aluno é responsável pelo ato de aprender a aprendizagem e de sua responsabilidade na relação com o professor. Ninguém aprende pelo outro, ninguém da do seu conhecimento ao outro. O conhecimento é construído pelo sujeito e portanto, a sua avaliação também, ninguém melhor que o aluno para dizer se está aprendendo ou não. 1.3. A avaliação do ensino superior Para uma grande parte dos alunos nos cursos de graduação de ensino superior a avaliação significa apenas provas, e a tão sonhada nota para poder ser aprovado na disciplina. Como essas provas têm por finalidade verificar a aquisição de conhecimentos, a memorização é um aspecto freqüentemente utilizado. Assim neste tipo de avaliação, é exigido que os conteúdos acadêmicos sejam decorados a partir daqueles transmitidos pelo professor. Isto faz com que a maioria dos alunos estude apenas para fazer provas, às vezes, às vésperas da mesma, não buscando uma efetiva compreensão dos conteúdos ensinados. O método utilizado é o memorizar apenas o conteúdo que vai ser solicitado na prova, infelizmente logo após será esquecido. “Somente através de uma participação ativa, criativa, crítica, individual e coletiva, permite ao indivíduo e a comunidade perceber-se, criticar-se, envolverse, ajustar o curso do processo, enfim, avaliar-se”. A relação do processo de ensino com o processo de aprendizagem também se destaca num trabalho de Sadler. Apoiando-se na idéia de avaliação formativa, o autor acredita que a melhoria do desempenho dos alunos exige que eles conheçam e acompanhem seus progressos. “.se refere à avaliação da aprendizagem de um aluno durante um curso, quando (presumivelmente) podem ser efetuados mudanças na instrução subseqüente, a partir do resultados atuais” .. Seu maior mérito “... está na ajuda que ela pode dar ao aluno em relação à aprendizagem da matéria 17 e dos componentes, em cada unidade de aprendizagem”. (Bloom et. Al 1983, p.142 e 287). Dentre as principais causas apontadas pelos discentes para aversão à avaliação por meio de provas e notas, podemos destacar: 1) a nota que está intimamente relacionada com a avaliação através de provas; 2) a situação de expectativa gerada por uma prova; 3) o tempo disponível para execução da prova; 4) as provas mal elaboradas; 5) o poder do professor usar a avaliação com punição. O educador servindo de diversos instrumentos deve auxiliar o educando a assimilar a herança cultural do passado, para, ao mesmo tempo, incorporá-la e superá-la, reinventando-a. Ao aprender, assimilamos a herança cultural do passado e, ao mesmo tempo, adquirimos recursos para supera-la e reinventa-la. A avaliação subsidia o diagnóstico do caminho e oferece ao professor recursos para reorientar o aluno, em função disso há necessidade da solidariedade do educador como avaliador, que oferece continência ao educando para que possa fazer o seu caminho de aprender e desenvolver-se. 1.3.1. Relação professor-aluno Contudo, apesar de limitada por um conteúdo, um tempo já estabelecido, normas internas e pela infra-estrutura da instituição, é a interação entre professor e aluno que vai dirigir o processo educativo. Diante da maneira pela qual esta interação se dá, a aprendizagem do aluno pode ser mais ou menos facilitada e orientada para uma ou outra direção. Está relação como toda que existe, tem dois lados professor e aluno e depende dos dois o clima desta relação. Pois cada um 18 desempenha um papel diferente na sala de aula. Cabendo ao professor tomar iniciativa na maior parte deste relacionamento. O ensino é um ato comum do professor e do aluno: “Esta relação (professor-aluno) é difícil; sem dúvida uma das mais difíceis de ser exercida em nossa sociedade. É primeiramente uma relação assimétrica, em que a carga de competência e experiência dá licença, de parte do ensinante, ao exercício de um domínio que é muito fácil de consagrar nos meios de instituições hierárquicas e coercitivas. A tendência expontânea do ensinante é pensar e passar da ignorância ao saber, e que esta passagem está em poder do mestre. Ora, o ensinado traz alguma coisa: Aptidões e gestos, saberes anteriores e saberes paralelos e, sobretudo um projeto de realização pessoal que não será, senão particularmente, preenchido pela instrução, pela preparação profissional ou pela aquisição de uma cultura para os momentos de lazer. O contrato que liga o professor ao aluno comporta uma reciprocidade essencial, que é o princípio e a base de uma colaboração. Contribuindo para a realização parcial do projeto do aluno, o professor continua a aprender: ele é verdadeiramente ensinado pelos seus alunos e, assim, recebe deles ocasião e permissão de realizar o seu próprio projeto de conhecimento e de saber. Eis porque é preciso dizer – parafraseando Aristóteles – que o ensino é o ato comum do professor e do aluno”. (Ricoeur 1969, p.13). 1.3.2. Prova até que ponto avalia? Serve: para classificar, castigar, definir o destino dos alunos de acordo com as normas escolares. Pode-se afirmar que a avaliação tem assumido, e já há muito tempo, uma função seletiva, uma função de exclusão daqueles que costumam ser rotulados “menos capazes, com problemas familiares, com problemas de aprendizagem, sem vontade de estudar, sem assistência familiar” e muitos outros termos parecidos. “A avaliação que se pratica na escola é a avaliação da culpa”. Ainda, que as notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, 19 onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir. Os currículos de nossas escolas têm sido propostos para atender a massificação do ensino. Não se planeja para cada aluno, mas para muitas turmas de alunos numa hierarquia de séries, por idades mas, esperamos de uma classe com 30 ou mais de 40 alunos, uma única resposta certa. Normalmente, define-se “o fracasso escolar como a conseqüência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma “falta objetiva” de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza” o fracasso, impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual depende o limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm. As formas de excelência que a escola valoriza, se tornam critérios e categorias que incidem sobre a aprovação ou reprovação do aluno. As classificações escolares refletem às vezes, desigualdades de competências muito efêmeras, logo não se pode acreditar na avaliação da escola. O fracasso escolar só existe no âmbito de uma instituição que tem o poder de julgar, classificar e declarar um aluno em fracasso. É a escola que avalia seus alunos e conclui que alguns fracassam. O fracasso não é a simples tradução lógica de desigualdades reais. O fracasso é sempre relativo a uma cultura escolar definida e, por outro lado, não é um simples reflexo das desigualdades de conhecimento e competência, pois a avaliação da escola, põe as hierarquias de excelência a serviço de suas decisões. O fracasso é, assim, um julgamento institucional. A explicação sobre as causas do fracasso passará obviamente pela reflexão de como a escola explica e lida com as desigualdades reais. O universo da avaliação escolar é simbólico e instituído pela cultura da mensuração, legitimado pela linguagem jurídica dos regimentos escolares, que legalmente instituídos, funcionam como uma vasta rede e envolvem totalmente a escola. Compreender as manifestações práticas da prática avaliativa é ao mesmo tempo 20 compreender aquilo que nela está oculto. Temos ciência de que esta exclusão no interior da escola não se dá apenas pela avaliação e sim pelo currículo como um todo (objetivos, conteúdos, metodologias, formas de relacionamento, etc.). No entanto, além do seu papel específico na exclusão, a avaliação classificatória acaba por influenciar todas as outras práticas escolares. O que significa em termos de avaliação um aluno ter obtido nota 5,0 ou média 5,0? E o aluno que tirou 4,0? O primeiro, na maioria das escolas está aprovado, enquanto o segundo, reprovado. O que o primeiro sabe é considerado suficiente. Suficiente para que? E o que ele não sabe? O que ele deixou de “saber” não pode ser mais importante do que o que “sabe”? E o aluno que tirou 4,0 “sabe” não pode ser mais importante do que aquilo que “não sabe? Acreditar que tais notas ou conceitos possam por si só explicar o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou retenção, sem que sejam analisados o processo de ensino-aprendizagem, as condições oferecidas para promover a aprendizagem do aluno, a relevância deste resultado na continuidade de estudos, é, sobretudo, tornar o processo avaliativo extremamente reducionista, reduzindo as possibilidades de professores e alunos tornarem-se detentores de maiores conhecimentos sobre aprendizagem e ensino. 1.4. O tecnólogo O tecnólogo é um profissional de nível superior formado em curso de tecnologia. O fato é que não é tão simples assim, a criação de cursos formadores nesta área vem gerando muitas discussões, principalmente no que se refere à ocupação de vagas no mercado de trabalho, onde os tecnólogos passam a conviver e, em alguns casos, disputar espaços com pessoas que sairam dos cursos de bacharelado, que possuem formação mais ampla e diversificada. “Os tecnólogos podem lidar com tecnologias físicas, quando suas atividades se concentram sobre processos presentes no funcionamento de 21 equipamentos; podem se ocupar de tecnologias simbólicas, quando se debruçam sobre processos e modos de percepção; podem se envolver com tecnologias de organização e de gestão, quando se dedicam a processos e modos de trabalho e produção. Sua formação deve estar fundamentada no desenvolvimento do conhecimento tecnológico e em sintonia com a realidade do mundo do trabalho”. Os cursos superiores de tecnologia possuem um modelo de educação superior voltado para atender as demandas do setor moderno da economia e “têm como pressupostos a consciência das tendências e necessidades do mercado de trabalho, interação contínua com o setor produtivo, flexibilidade curricular e organizacional, corpo docente com experiência profissional e titulação, imperativo de contínua atualização tecnológica” e que “a maior aproximação entre os cursos de tecnologia e o mercado de trabalho permite a profissionalização, a empregabilidade e o desempenho de variadas funções dentro do campo da formação universitária”. Esses cursos, no início deste século, tiveram um grande crescimento de sua oferta, em especial, pela rede privada de ensino. Os profissionais formados encontram um mercado de trabalho com características muito diferentes daquelas dos anos 70, em termos de avanço tecnológico e inovações. Esse mercado tem agora, como uma de suas premissas, de demandar profissionais familiarizados com a cultura da pesquisa científica, que sejam capazes de produzir novos conhecimentos e processos, e que permitam o desenvolvimento de inovações que beneficiem as várias instâncias organizacionais e produtivas da sociedade. 1.4.1. A legislação Embora já um decreto-lei de 1946 tenha regulamentado a profissão de técnico de grau superior, as primeiras experiências práticas de cursos superiores de tecnologia surgiram, no âmbito do Sistema Federal de Ensino e do setor privado e público, em São Paulo, no final dos anos 60 e início dos 70. O primeiro 22 curso superior de tecnologia a funcionar no Brasil, em 1969, foi o de Construção Civil, nas modalidades: Edifícios, Obras Hidráulicas e Pavimentação da Fatec, em São Paulo, reconhecido pelo MEC em 1973. Também em 1973, uma Resolução do Sistema Confea/Crea já definia as competências do técnico de nível superior ou tecnólogo. Os cursos de formação de tecnólogos passaram por uma fase de crescimento durante os anos 70. Em 1979, o MEC mudou sua política de estímulo à criação de cursos de formação de tecnólogos nas instituições públicas federais e, a partir dos anos 80, esses cursos foram extintos. A partir de 1998, os cursos superiores de tecnologia ressurgiram, com nova legislação, em resposta às demandas da sociedade brasileira. Com o propósito de aprimorar e fortalecer os cursos superiores de tecnologia, o MEC elaborou o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, atendendo a um Decreto de 2006. No âmbito do Sistema Confea/CREA, a Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, reuniu toda a legislação que trata da regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização da área de atuação dos profissionais inseridos no sistema, para efeito de fiscalização do exercício profissional. A nova legislação diz que a qualificação dependerá, rigorosamente, da profundidade e da abrangência da capacitação do profissional, no seu respectivo nível de formação, que obedece a duas titulações de graduação superior: Curso de Automatização Industrial (plena) e Tecnológica. Cabe às Câmaras Especializadas dos Creas a responsabilidade da análise para habilitação das atribuições e competências dos novos profissionais. E às universidades e instituições de ensino superior atender aos critérios para atribuição de títulos, atividades e competências profissionais, previstas na Resolução nº 1.010. 1.4.2. O perfil do profissional de hoje e o mercado de trabalho As empresas estão passando por várias mudanças todos os dias. Seja trazendo para o mercado novas e diferentes tecnologias, seja aperfeiçoando seus 23 produtos e serviços, seja alterando o comportamento das pessoas, ou mudando seus processos internos, elas estão sempre mostrando diferentes características em sua estrutura e em seus processos. O panorama competitivo exige alterações profundas e antagônicas: do cômodo ao competitivo, do local ao global, do “gostar de mim” para o “gostar da equipe”, das fronteiras setoriais nítidas às virtuais, da estabilidade à volatilidade, ao acesso direto da integração vertical ao especialistas e de uma herança intelectual única a múltipla. É por isso que os profissionais de hoje, antes de tudo é um parceiro, é aquele que contribui positivamente para que as pessoas se relacione dentro da teoria e prática de seu conhecimento, de suas experiências para que a construção do saber se dê de forma completa, esses profissionais terão que ser diferentes, assim como a atividade gerencial; criar visões para o futuro, afim de estimular a instituição; ter o dom de transformar as coisas e situações (INOVAR); serem aptos a assimilar mudanças nas habilidades, atitudes, comportamentos e modelo de negócios; aprender, se adaptar e explorar processos racionais basicamente diferentes; explorar recursos criativamente de seus fornecedores, parceiros, concorrentes e clientes; e equilibrar o interesse público e privado; criar e demonstrar padrões mínimos de valores e comportamentos; desenvolver uma capacidade global com o propósito de conseguir os melhores recursos em todas as regiões, ou até mesmo do mundo, acima de tudo: ser capaz de criar e gerir, e não somente executar. O maior erro que pode cometer um profissional é estar desligado de todos os desafios de competitividade que cercam a economia brasileira em seu conjunto. A economia, as empresas e os trabalhadores são esferas da mesma engrenagem. As empresas querem profissionais que se arrisquem, saibam trabalhar em equipe, questionem ordem, apresentam idéias e administrem o seu tempo de trabalho. Aquele que entra numa empresa e deseja subir de cargo tem de colecionar todas as habilidades listadas anteriormente e continuar estudando. 24 Antigamente, as universidades ditavam o perfil do profissional que ingressariam no mercado de trabalho, hoje, o mercado dita o perfil do profissional que deverá ser formado, promovendo assim uma profunda transformação de base nas universidades. Caso contrário, se as faculdades e universidades também não atualizarem seus currículos, custos e seu planejamento pedagógico, poderão também desaparecer. O profissional tem que estar ligado com as exigências do mercado. Saber bem qual é o perfil do profissional procurado pelas empresas e quais habilidades técnicas, gerenciais e comportamentais que devem ser dominadas, por que são elas que realmente criam diferenciais na disputa. Se ele não tiver uma boa noção, ainda que teórica disso tudo, não terá a cabeça alinhada com as necessidades da empresa. Resultado: empregabilidade. enfrentará dificuldades muito maiores em sua 25 CAPÍTULO II TERAPIA CAPILAR A terapia capilar é um tipo de técnica, para tratar os cabelos, como por exemplo, sendo a última esperança, antes do transplante, para quem está perdendo os cabelos e a auto-estima. Atualmente tem surgido vários tipos de técnicas para tratar os cabelos, e essas técnicas tem avançado significativamente. Hoje, a cosmética voltada para o tratamento capilar está bastante desenvolvida e complexa. Surgem novos produtos e os tratamentos químicos se tornaram acessíveis e versáteis. Além disso, o novo consumidor tem mais consciência de suas possibilidades, buscando cada vez mais informações sobre as necessidades específicas de seus cabelos. O terapeuta capilar é o profissional com conhecimento da fisiologia e anatomia dos cabelos, e o mesmo tem que está capacitado a orientar e esclarecer dúvidas que seus clientes possam ter e está apto a trabalhar em parcerias com médicos (dermatologistas), para detectar possíveis patologias e encaminhar ao médico se necessário, de acordo com o problema visto num exame minucioso do couro cabeludo e haste capilar. Essa avaliação é feita manualmente ou com auxílio de equipamentos como videocâmeras ou micro visor ótimo específicos, que aumentam a imagem e permitem ao especialista visualizar quaisquer alterações. Outras alternativas foram surgindo para transformar os cabelos, como combater e previnir problemas de oleosidade, psoríase (descamações), seborréia e alopecia (queda dos cabelos). 2.1. Pêlo São apêndices em forma de haste que têm origem no folículo piloso, local onde se dá a desitratação dos aminoácidos que o organismo leva até eles e a 26 conseqüente solidificação dessas proteínas, nestas são encontradas uma substância que é responsável pelo cabelo, que se chama melanina. A melanina do cabelo escuro é a mesma do cabelo loiro. A quantidade dessa melanina é que é responsável pela coloração do cabelo. Com o passar dos anos, a atividade dos melanócitos se altera, diminuindo também a atividade tirosiane, acontecendo então o embranquecimento do cabelo, chamado de caníce. O “pêlo é um filamento de queratina flexível”. Estão sobre toda a superfície do corpo, com exceção de certas regiões como: palma das mãos, planta dos pés, face lateral dos dedos e pênis e clitóris. Ele compreende de duas partes principais: Haste e parte livre do pêlo. É constituída por células mortas queratinizadas, que estão dispostas em três camadas: epidérmica ou cutícula, camada mais externa escamosa, córtex, sólido resistente e da ao pêlo a sua cor e medula. 2.2. Raiz É a parte inferior ao pêlo. Ela se dilata na base, para formar o bulbo, que é dividido pela “linha” de Auber”, delimitando a zona de melanogênese; a raiz é constituída por células vivas que se queratinizam e perdem seu núcleo a medida que eles sobem. Fisiologia 2.3. Ciclo de Crescimento do pêlo Nosso cabelo é composto normalmente por 80 a 90% de fios na fase anágena, 10 a 15% na fase telógena e mesnos de 1% na fase catágena. Fase de crescimento anágena Esta fase pode durar de três a cinco anos em condições normais. Nota-se a presença momentânea do pêlo antigo, que se desprende da matriz e vai ser 27 eliminado. Um pêlo jovem adquiri raiz e a papila fica em contato com o bulbo e sua penetração no mesmo origina a multiplicação das células matrizes. Figura 1. Fase anágena. Extraído de clinicaruston.com. br Fase de regressão ou catágena Ao finalizar-se a fase anágena o pêlo entra em uma fase de involução e cessa a divisão celular, permanecendo nesta fase por duas a três semanas. O bulbo se afina, sua parte baixa se destrói progressivamente, a bainha epitelial externa desaparece e a base do pêlo toma forma de bastão, fazendo com que o pêlo se separe da matriz e sobe para o folículo piloso e a papila só é unida ao folículo piloso por um fino cordão de células epiteliais. Figura 2. Fase catágena. Extraído de clinicaruston.com.br 28 Fase de repouso ou telógena A fase de repouso dura de três a seis meses na qual o pêlo permanece fixo na base ou se desprende. Baseando-se em recentes trabalhos sobre pêlo, descobre-se que as células responsáveis pelo crescimento do pêlo, ou células cepas, encontram-se situadas acima da glândula sebácea no ponto se insersão do músculo eretor. Algumas entre elas se diferenciam emigrariam para a papila para forma um novo pêlo. Figura 3. Fase telógena. Extraído de clinicaruston.com.br 2.4. Estrutura da haste pilosa Na parte superior do bulbo ocorre uma série se transformações com a morte e solidificação de milhares de células que formam as proteínas queratina (componente essencial do fio formado basicamente por aminoácidos). O fio é composto por três partes: CUTÍCULA - É a camada externa do fio, formada por escamadas transparentes e incolores sobreposta uma sobre as outras, a esta sobreposição chamamos de imbricação. A cutícula serve para dar proteção, brilho e força ao fio. Ela é a principal barreira para penetração de elementos químicos para o interior do fio.Podendo ser danificado por agentes externos, químicos e físicos. 29 CÓRTEX - Abaixo da cutícula, temos uma estrutura que denominamos córtex. É a camada intermediária, formada por microfibrilas responsáveis pela elasticidade, retenção e fixação dos pigmentos. O córtex compõe cerca de 70% da massa capilar, sendo responsável também pela resistência e ainda determina o grau de porosidade do fio. Sua composição pode ser alterada por agente químico e pela radiação solar. MEDULA – É uma região que não possui função conhecida. Muitas vezes no fio, é composta por células mortas e ocas. Influi muito pouco sobre o comportamento físico e químico da fibra. Caracterizada pela ausência de cistina e alta concentração de ácido glutâmico e citrulina. Figura 4. Estrutura da haste pilosa. Extraído de clinicaruston.com.Br 2.5. Composição química do cabelo O cabelo é constituído, basicamente, de uma proteína: a alfa-queratina. As queratinas (alfa e beta) são, também constituintes de outras partes de animais, 30 como unhas, a seda, bico de aves, chifres, pêlos, cascos, espinhos (do porcoespinho) entre outros. Em cada fio de cabelo, milhares de cadeias de alfa-queratina estão entrelaçadas em uma forma de espiral, sob a forma de placas que se sobrepõem, resultando em longo e fino “cordão”, protéico. Estas proteínas interagem fortemente entre si,por várias maneiras, resultando na forma característica de cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc... A cor do cabelo vem de pigmentos, como a melanina, que são agregados ao cabelo a partir do folículo capilar, o aparelho que é responsável pela produção do mesmo. Em geral, a cor do cabelo está relacionada à cor da pele: pessoas com pele escura tendem a ter cabelos escuros, e vice-versa. Isto porque a pigmentação do cabelo depende da quantidade de melanócitos presentes. Água - componente fundamental do cabelo e seu conteúdo aumenta de acordo com a umidade relativa do ar. O cabelo molhado torna-se menos resistente e rompe-se com facilidade. Todo processo químico pressupõe uma lavagem previa, pois a água adicionada a haste rompe as ligações de hidrogênio momentaneamente. Lipídeo - os cabelos contém lipídeos internos e externos. Os externos são formados pela oleosidade natural produzido pelas glândulas sebáceas. Os internos fazem parte da estrutura química do cabelo desde as membranas das células que produzem a haste. Elementos químicos - são oligoelementos chamados de substâncias traço. Estão em quantidades muito baixas. Os principais são: enxofre, sulfeto, carbonato, hidrogênio e oxigênio. composição química: • Carbono - 45% 31 • Hidrogênio - 7% • Oxigênio - 28% • Nitrogênio - 15% • Enxofre - 5% As fibras do cabelo são conectadas entre si através do aminoácido Cistina, que faz com que o cabelo não se dissolva na água. Ele é dividido em duas partes, a parte interna, localizada na Derme, onde ocorre a formação, nutrição e crescimento do fio. Parte externa (visível) do fio localizado na epiderme que se projeta para fora dando moldura ao rosto. 2.5.1. Potencial de hidrogênio - iônico O potencial de hidrogênio iônico é conhecido com ph. A escala de ph varia de 0 à 14, sendo que a metade da tabela equivale a 7 este é chamado de ph neutro ou fisiológico. Diferentemente do que as pessoas acreditam o ph neutro não é o melhor, mas também não é o pior, pois cada parte de nosso corpo possui um ph próprio e ideal. O termo pH é usado para determinar o grau de acidez ou alcalinidade de uma substância líquida. A camada hidrolipídica que protege o cabelo, a pele e a unha têm pH levemente ácido, um valor compreendido entre 4,2 e 5,8 na escala de pH. Dessa forma, todos os produtos que entram em contato com o corpo humano devem ser neutros (pH igual ao do cabelo, pele e unha) ou levemente ácidos (em cosmetologia considera-se até um pH = 6,1). Se lavarmos o cabelo com xampu alcalino, por exemplo, suas cutículas abrem, ele fica sem brilho, difícil de pentear e embaraçado. Os cabelos têm papel principalmente estético para os seres humanos, mas esta não é sua função inicial. Alimentar-se bem e melhorar a irrigação de sangue do couro cabeludo são fatores essenciais. Eles são um meio de expressão real e, sabendo-os ler, podem revelar até mesmo aquilo que às vezes queremos 32 esconder como a nossa idade, a etnia à qual pertencemos, o nosso credo político ou o nosso grau de instrução. Basta pensarmos ao fato de que, por exemplo, os jornalistas televisivos de todo o mundo usam o mesmo penteado anônimo por acreditarem que com o mesmo adquirem credibilidade. 2.6. Doenças capilares que o terapeuta capilar pode tratar Quem na vida nunca enfrentou um problema de doença capilar? Por exemplo, um quadro progressivo de alopecia (queda de cabelos) essa perda é capaz de afetar a auto-estima das pessoas, principalmente quando atinge as mulheres – para quem os cabelos podem significar o ideal feminino da beleza. A calvície, um drama que pode ser desencadeado por inúmeros fatores, não é um problema simples nem de solução rápida e milagrosa. Muitas vezes, sobretudo em homens, o fator genético da calvície é mais forte do que qualquer tentativa de deter a queda irreversível dos cabelos. Qualquer tratamento aplicado sobre eles será apenas cosmético, ou seja, de efeito superficial e temporário. Já quando cuidamos das raízes, estamos agindo diretamente sobre a saúde do cabelo. Para muitas pessoas, a terapia capilar representa a última esperança de frear a queda e, em alguns casos, até mesmo de recuperar parte dos cabelos perdidos. Mas, apesar de sua animadora taxa de sucesso, os profissionais da área afirmam que nem todos os casos são passíveis de tratamento pela terapia capilar. De fazer com que os cabelos voltem a nascer. Mas pode-se prevenir quanto a queda. É importante citar que, entre os fatores que influem no sucesso da terapia, um dos mais relevantes é o tempo em que o paciente ficou sem os cabelos. As doenças capilares mais conhecidas são: seborréia, psoríase e alopecia masculina e a feminina, porém nesta pesquisa será focado somente a alopecia androgenética masculina, pois ela acomete bastante tanto os homens quanto as mulheres mexendo com sua ato-estima. 33 2.6.1. Alopecia masculina androgenética Alopecia Androgenética Masculina é uma característica clínica de queda dos cabelos nos homens, provocada por fatores hormonais e genéticos. A queda dos cabelos ocorre, por existir em áreas do couro cabeludo, folículos pilos sebáceos susceptíveis aos efeitos dos andrógenos. O andrógeno de maior concentração no homem é a Testosterona (T), que no organismo é transformado em outro hormônio conhecido como didrotestosterona (DHT), através de uma enzima chamada 5 – alfa – redutase, nos homens com alopecia androgenética os níveis de DHT são mais elevados no couro cabeludo. A Alopecia Androgenética é caracterizada pelo processo de miniaturização dos folículos pilosos, transformando o pêlo terminal em velo, os folículos diminuem de tamanho, afinam, ficam mais surpeficiais e com menos pigmentos, sua fase anagêna fica mais curta e um grande numero de cabelos fica na fase telogêna. Os pêlos são estruturas que crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de crescimento. A duração dessas fases de repouso e crescimento são variáveis. No couro cabeludo, por exemplo, a fase de crescimento é muito longa, levando vários anos, enquanto na fase de repouso é de três meses. 2.6.2. Classificação “A alopecia androgenética no homem ou calvície masculina: de acordo com Hamilton-Norwood ela é classificada em sete tipos evolutivos. O tipo I que se inicia por um retrocesso da linha de implantação dos cabelos na região frontotemporal culminado com o tipo VII – ou calvície hipocrática.” (Kede e Sabatovich, 2004) Tipo I - Linha capilar normal sem recessão ou com recessão mínima na região fronto-temporal. 34 Tipo II - Perda capilar mais simétrica, uma área triangular de recessão desenvolve-se na região fronto-temporal. Essa recessão estende-se em sentido posterior no máximo até 2 cm de uma linha imaginária desenhada entre as orelhas. Tipo III - Recessões mais acentuadas ocorrem nas regiões frontal e fronto-temporal. Essa região é calva ou recoberta por cabelo de forma muito esparsa. A recessão se estende em sentido mais posterior do que no Tipo II (não mais do que 2 cm além do vértice). Tipo III - Vértice - Os cabelos sofrem pouca recessão nas regiões fronto-temporais, mas a perda capilar nesse tipo ocorre basicamente no vértice. Tipo IV - Os cabelos sofrem recessões maiores nas regiões frontal e fronto-temporal do que no Tipo III, e os fios existentes no vértice são muito escassos ou ausentes. Uma faixa pilosa permanece no topo da cabeça, que se liga às áreas não-afetadas nas regiões laterais da cabeça. Tipo V - A perda capilar aumenta. A faixa pilosa que separa as regiões temporal e do vértice torna-se mais estreita e mais esparsa. Tipo VI - A faixa pilosa agora não existe mais e as duas áreas de perda capilar tornaram-se uma. Tipo VII - Tudo o que resta do cabelo do couro cabeludo é uma faixa pilosa estreita que começa bem na frente das orelhas e se estende ao redor da parte posterior do couro cabeludo (conhecida como região occipital). Além desses oito tipos principais, existem as variantes do Tipo A, em todas as variantes do Tipo A, a margem frontal da linha capilar continua sofrendo 35 recessão em sentido posterior, sem qualquer desenvolvimento concomitante de uma área de calvície na parte superior da cabeça (vértice). Nessas variantes, perda capilar simplesmente continua a avançar da parte anterior do couro cabeludo para a parte posterior. Ao avaliarmos um paciente com Alopecia Androgenética Masculina devemos proceder com a seguinte propedêutica. Anamnese: em geral não existe queixa de perda dos cabelos e sim de uma diminuição. A anamnese deve ser detalhada, tanto para estabelecer a etiologia genética, hormonal, como para afastar fatores que pioram esta situação clínica. Afinamento e perda dos cabelos: é a principal característica da alopecia androgenetica masculina, eles não se referem a queda e sim a rarefação dos cabelos. Duração e freqüência: nos homens inicia-se na puberdade com evolução mais ou menos rápida mediante a predisposição individual. É importante saber quando o paciente começou a notar a diferença na quantidade dos seus cabelos. Sintomas no couro cabeludo: devem ser investigados prurido, descamação, ardência e hiperestesia. Drogas: o uso das mesmas é importante porque várias delas causam perda do cabelo e pioram a alopecia androgenética masculina. Outros: interrogar sobre doenças sistêmicas, dietas e estresse. A perda dos cabelos geralmente se inicia após a puberdade, quando os hormônios sexuais começam a ser produzidos. A evolução é lenta e o mais comum é ocorrer uma rarefação difusa dos cabelos, que se tornam finos e tem seu tamanho diminuído. Não existem remédios ou terapias capazes de fazer crescer o cabelo. O que existe são tratamentos medicamentosos ou não, que retardarão o processo de calvície, pois os fios de cabelos sim para a calvície, irão cair de qualquer forma algum dia. Essas terapias são capazes de "frear" por um determinado período o processo de calvície, porém não mudarão o aspecto final da mesma, apenas retardarão sua evolução e obviamente depende do 36 nível em que o indivíduo se encontra. nunca haverá um ingrediente secreto para evitar a queda de cabelo. E, quando houver, você não precisará de um "especialista" na TV ou de um encarte em uma revista de cosméticos para lhe dizer o nome desse medicamento. Ele estará na capa dos principais jornais do mundo todo. 2.7. ESTUDO DE CASO Cliente do sexo masculino, vinte e sete anos, brasileiro, ingere legumes e verduras, mas não ingere frutas, bebe em média oito copos de água por dia, não tem nenhum problema de saúde, fumante, não pratica atividades físicas, usa boné (constantemente) para esconder a calvície, queixa-se de rarefação capilar localizada na parte frontal e no vértex da cabeça, com um pouco de oleosidade nessas partes. Relatou que percebeu o início desta rarefação com mais ou menos vinte e dois anos de idade, apresenta histórico familiar de calvície. 37 2.7.1. METODOLOGIA Na avaliação feita pudemos perceber o afinamento dos fios, na parte frontal e vértex o crescimento era mais lento do que nas outras áreas, não foi relatado nenhum tipo de prurido, descamação ou ardência e seu couro cabeludo estava totalmente limpo e somente pouca oleosidade na parte onde se localiza a alopecia androgenética. De acordo com a classificação de Norwood, meu cliente encontra-se entre o tipo II e o tipo III vértice, podendo considerar um grau moderado de alopecia androgenética masculina. E foram desenvolvidos os seguintes tratamentos: PROTOCOLO DE TRATAMENTO 1º passo: Assepsia cliente e profissional. 2º passo: Desincrustação com Lauril Sulfato de Sódio. 3º passo: Esfoliação com Argila com Óleos Essenciais. 4º passo: Shampoo de Jaborandi. 5º passo: Hidratação dos fios com castanha do para e jojoba. 6º passo: Vacuoterapia. 7º passo: Ionização com extrato de sete ervas, pilocarpina e D´pantenol. 8º Passo: Faiscamento indireto ( alta freqüência) 9º Passo: Massofilaxia. 10º Passo: Proteção dos fios FPS. 2.7.2. COSMETOLOGIA APLICADA O uso da Aromaterapia no tratamento capilar é usado para aproveitar os efeitos terapêuticos dos óleos em relação à pele. Os óleos essenciais possuem efeitos terapêuticos de estimular, cicatrizar, tonificar, adstringir e até curar 38 emocionalmente. Cada óleo tem a sua descrição, natureza, método de extração, volatilidade, constituintes, propriedades, indicações e contra indicações. Os óleos escolhidos foram alecrim, cedro e Ylang Ylang. Óleo essencial de Alecrim: Adstringente, tônico, aumenta a circulação no couro cabeludo. Óleo essencial de Cedro: anti-seborreico, fortalecedor dos cabelos, fungicida, tônico em geral. Óleo essencial de Ylang Ylang: estimulante circulatório, tônico, antioxidante, regulador das glândulas sebáceas, estimula o crescimento dos cabelos. Os óleos essenciais foram usados no tratamento com argila. Argila: rica em silício e diversos oligoelementos, promove esfoliação suave, aumento na congestionadas, oxigenação de desintoxicação, áreas regula a produção sebácea e a queratinização, tem efeito adstringente, regulador, cicatrizante e revitalizador. Shampoo: Extrato de jaborandi: tônico capilar, vaso dilatador, estimulante do crescimento capilar e anti-queda. Condicionador: Castanha do para: antioxidante, emoliente, nutritiva. Jojoba: elimina os acúmulos de agentes no couro cabeludo, deixando limpo e livre para o crescimento de novos fios. Ionto: extrato de sete ervas, pilocarpina, D pantenol. Para recuperar o couro cabeludo, fortalecer o bulbo capilar e combater à queda. 39 Extrato de sete ervas: alecrim (adstringente), arnica (estimulante do crescimento capilar), camomila (fortificante), castanha da índia, (estimula a circulação periférica, reduzindo a queda de cabelo), confrey ( regenerador celular), jaborandi ( estimulante do crescimento capilar), quina ( adstringente). D-Pantenol: vitamina para fortalecer os cabelos. 2.7.3. ELETROTERAPIA APLICADA AO TRATAMENTO Vácuo: usado para estimulando a circulação sangüínea e linfática, e mobilizar o tecido, causando uma hiperemia em pouco tempo. Corrente Galvânica: usado para processo de desincrustação e ionização. Desincrustação: é um transformação do sebo em sabão, através da corrente galvânica com um produto desincrustante, com a finalidade de retirar o sebo liberando os óstios. Devemos trabalhar com polaridades opostas. Ionização: usamos para fazer a introdução de ativos no couro cabeludo, para nutrir, hidratar e manter o equilíbrio dermeepiderme. Usamos polaridades iguais. Alta Freqüência: tem efeito estimulante, que facilita as trocas no metabolismo até a epiderme, estimulando a circulação periférica. É indispensável no tratamento de queda e das insuficiências periféricas. Faiscamento indireto: o cliente segura o eletrodo e a bobina nas mãos e o profissional atua fazendo pequenas e suaves percussões no couro cabeludo. 40 2.7.4. MASSOFILAXIA APLICADA AO TRATAMENTO Massagem feita no couro cabeludo, com o objetivo de estimular a corrente sanguínea, ativar os filamentos nervosos e glândulas que alimentam o couro cabeludo. Como beneficio temos um aumento na oxigenação celular, fortalecimento do Psicologicamente, estimulando bulbo acalma o o capilar. sistema nervoso, renova as energias e promove uma sensação de relaxamento. As manipulações incluem movimentos de deslizamento, rotação e vibração, com movimentos firmes, levantados e rítmicos, relaxando o couro cabeludo e aumentando o fluxo de sangue, induzindo ao relaxamento total. Para um melhor resultado, devemos incluir as massagens no pescoço, ombros e orelhas. Esta massagem deve ser feita com o cabelo limpo e integro. 1. Pedimos para o cliente respirar profundamente e expirar lentamente por três vezes. 2. Seguramos os braços do cliente e deslocamos levemente para frente e para trás. 3. Apoiamos os quatro dedos no trapézio e o polegar pela lateral da omoplata, friccionamos com movimentos ascendentes em direção ao trapézio. 4. Amassamento no trapézio. 5. Dedilhamento sobre o trapézio em direção ao lóbulo inferior da orelha. 6. Deslizamento da cervical em direção à nuca em movimentos ascendentes. 41 7. Vibração da nuca para a testa, pelos lados com as pontas dos dedos até o centro. 8. Deslocamento da calota craniana tracionando a nuca contra a testa e as laterais. 9. Amassamento do lóbulo superior ao inferior da orelha, movimentos drenantes. 10. Apoiamos a cabeça do cliente alongando para à esquerda e para à direita, ate sua resistência. 2.8. RESULTADO DO TRATAMENTO ANTES ANTES DEPOIS DEPOIS 42 2.8.1. DISCUSSÃO Foram feitas sete sessões no total, quatro no laboratório da faculdade com o protocolo. A partir da quarta sessão pudemos perceber uma melhora no crescimento dos cabelos e na sétima sessão percebemos que a rarefação estava diminuindo. A proposta de tratamento seria de dez sessões, porém infelizmente meu cliente sofreu um acidente, o qual impossibilitou de andar, tendo que ficar de repouso, e não pude dar continuidade ao tratamento. Podemos constatar que apesar disto obtivemos um bom resultado. 43 CONCLUSÃO A avaliação tem que ser um processo e não o fim da educação, o educador precisa dar-se conta que é e esta seriamente comprometido com o juízo de valor emitido sobre o educando. O aluno estuda para adquirir conhecimento: a inteligência está presa dentro dele, às vezes, não consegue se desenvolver, cabe portanto ao docente provocar e estimular o aluno para que assim ele desenvolva essa inteligência e possa aplica-la na sua vida. A avaliação é, hoje em dia, uma atividade constante na prática de profissionais de diversas áreas. A universidade enquanto uma prestadora de serviços, é acima de tudo um componente muito importante da sociedade, ela têm que se submeter as exigências do mercado de trabalho, como instituição educadora, tem seus próprios objetivos e autonomia para encaminhá-los. Nem por isso, porém, ela poderá se fechar em si mesma e, definir o que seja melhor para a formação de um profissional de hoje e para os próximos anos. Com quase 40 anos de história, os cursos superiores de tecnologia têm lidado com a relação educação e mercado de trabalho. Aspectos como atividades práticas, duração, aproveitamento de recursos, materiais e humanos, são temas freqüentemente discutidos. O tecnólogo, o profissional graduado por esses cursos, é capacitado para lidar com tecnologias físicas, simbólicas, de organização e gestão. Frente ao desenvolvimento das empresas e à forte competição no mercado globalizado tem sido requisitado por instituições e organizações públicas e privadas. Uma forma da continuidade de sua formação tem sido representada através dos mestrados profissionais que visam formar pessoas capacitadas para o desenvolvimento de atividades que não a pesquisa acadêmica. Este trabalho tem por objetivo identificar a participação e o perfil de tecnólogos terapeutas capilar. 44 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 >> Ficha de Anamnese Capilar Anexo 2 >> 45 ANEXO I FICHA DE ANAMNESE CAPILAR Nome.........................................................................Data Nascimento:___/___/___ Endereço...................................................................Bairro....................................... Cidade...............................................CEP.................Tel............................................ Profissão................................................................... Raça........................................ Data___/___/___ Indicado por.................................................................................... TRICOLOGIA TIPO CARACTERÍSTICA PIGMENTAÇÃO PREDOMINANTE ( ) Liso ( ) Normal ( ) Eumelamina ( ) Ondulado ( ) Oleoso ( ) Feomelamina ( ) Crespo ( ) Seco ( ) Seborreíco ANÁLISE Comprimento_______________ Elasticidade________________ CONDIÇÃO ( ) Tingido ( ) Permanente Porosidade________________ Volume___________________ Brilho_____________________ Espessura / Fio _____________ Resistência_________________ ( ) Relfexo ( ) Luzes ( ( ( ( ) Amaciamento ou Relaxamento ) Permanente Afro ) Alisamento ) Henna OBS______________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 46 PATOLOGIAS ( ( ( ( ( ( ) Pedicuiose ) Seborréia ) Dermatite Seborréica ) Alopecia – Tipo _______________ ) Feridas no couro cabeludo ) Toma muito sol ( ( ( ( ( ( ) Eflúvio Telógeno ) Tinea do Couro Cabeludo ) Psoríase do Couro Cabeludo ) Tricoptilose ) Caspa Seca ou Úmida ) Queda acima de 80 fios diários OBS______________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ MARCA COSMÉTICO ATUALMENTE EM USO ( ( ( ( ( ) Shampoo ) Cremes capilares ou condicionador ) Tônicos Capilares ) Reparadores de Pontas (silicone) ) Outros _______________________ _______________________ _______________________ _______________________ ________________________ OBS _____________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ ANTECEDENTE ALÉRGICO ( ( ( ( ) Tintura ) Alisante ) Tratamentos Capilares ) Outras Químicas não Citadas TRATAMENTOS ATUAIS ( ( ( ( ) Endocrinogia ) Dermatologia ) Ginecologia ) Cirurgia nos últimos seis meses USO DE MEDICAMENTOS POR PERÍODO PROLONGADO 47 ( ( ( ( ( ( ( ( ) Andrógeno ) Corticóides ) Anticonvulsinantes ) Antibióticos ) Ciclamatos ) Anovulatórios ) Tranqüilizantes ) Anabolizantes OBS______________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ QUESTIONÁRIO 1. Usa lentes de contato?____________________________________________ 2. Está grávida?______________________ Quantos meses?________________ 3. É diabética?________________________ Depende de Insulina?__________ 4. Usa Marca Passo?________________________________________________ 5. É ou foi portador de neoplasia?______________________________________ 6. Possui alimentação saudável e balanceada?___________________________ 7. Possui distúrbio cardiorespiratório?___________________________________ 8. Possui distúrbio gastrintestinal______________________________________ 9. Possui distúrbio nervoso?__________________________________________ 10. É estável emocionalmente?________________________________________ 11. Possui distúrbio dermatológico______________________________________ 12. Possui distúrbio genitourinário?______________________________________ 13. Possui distúrbio endócrino?_________________________________________ 14. Quantos copos d´água ingeri por dia?_________________________________ 15. Problema renal grave?_____________________________________________ 16. Stress?_________________________________________________________ ANTECEDENTES __________________________________________________________________ Tratamento indicado pelo Terapeuta Capilar e número de aplicações: __________________________________________________________________ Manutenção indicada pelo Terapeuta capilar 48 TERMO DE RESPONSABILIDADE As declarações acimas, são espressões da verdade, não cabendo ao Terapeuta, a responsabilidade por fatos omitidos ou falsos. Data ___/___/___ ______________ Cliente ________________ Terapeuta Capilar 49 ANEXO II 50 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BEDIN, Valcinir e STEINER, Denise. Viver bem com o seu cabelo. São Paulo: Kayls, 1999. BRASIL. Ministério da educação e Cultura. Departamento de Assuntos Universitários. Cursos Superiores de Tecnologia. Brasília: MEC-DAU,1974.121p. LUCKESI. Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2001. PEREIRA, José Marcos, Propedêutica das doenças e do couro cabeludo. São Paulo: Atheneu, 2001. PIMENTA. Selma Garrido. Docência em formação: ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002. SILVA, Tomaz Tadeu da. Alienígenas em sala de aula, uma introdução dos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 2001. Uma política para o ensino superior. Folha de São Paulo. 4 jun. 1994. p.3. c.l. INTERNET http://portal.mec.gov.br/sesu/indexphp?optation=content&task=view&id=385 www.guiadoestudante.com.br www.inep.gov.br www.klickeducacao.com.br www.revistadoprofessor.com.br 51 BIBLIOGRAFIA CITADA ABRAMOWICZ, Anete; MOLL, Jaqueline. Para além do fracasso escolar. 2ª Ed., Campinas, SP. Editora Papirus, 1998. Bloom, B., Hastings e Madaus. Handbook on Formative and Sumative Evaluation of Student Learning. New York: McGraw-Hill Book Company. Manual de Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar. S. 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INTERNET www.clinicaruston.com.br 53 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO AGRADECIMENTO DEDICATÓRIA RESUMO METODOLOGIA SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I – A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO 1.1 – Conceito de Avaliação 1.2 – Tipos de Avaliação 1.2.1 – Avaliação Formativa 1.2.2 – Avaliação Somativa 1.2.3 – Avaliação Especializada 1.3 - A avaliação do Ensino Superior 1.3.1 – Relação Professor-Aluno 1.3.2 – Prova Até que Ponto Avalia? 1.4 – O Tecnólogo 1.4.1 – A legislação 1.4.2 – O perfil do Profissional de Hoje e o Mercado de Trabalho CAPÍTULO II – TERAPIA CAPILAR 2.1 – Pêlo 2.2 – Raiz 2.3 – Ciclo de Crescimento do Pêlo 2.4 – Estrutura de Haste Pilosa 2.5 – Composição Química do Cabelo 54 2.5.1 – Potencial Hidrogênio – Iônico 2.6 – Doenças capilares que o terapeuta capilar pode tratar 2.6.1 – Alopecia Masculina Androgenética 2.6.2 – Classificação CAPÍTULO III – ESTUDO DE CASO 3.1 – Metodologia 3.2 – Cosmetologia Aplicada 3.2.1 – Eletroterapia Aplicada no Tratamento 3.2.2 – Massofilaxia Aplicada no Tratamento 3.3 – Resultado do Tratamento 3.3.1 - Discussão CONCLUSÃO ANEXOS BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BIBLIOGRAFIA CITADA ÍNDICE 55 FOLHA DE AVALIAÇÃO JUSCILENE LÚCIA RIBEIRO FERNANDES AVALIAÇÃO, COMO ELA PODE AJUDAR OU PREJUDICAR O ALUNO? Monografia apresentada à Banca Examinadora como exigência parcial para obtenção do Título de Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Cândido Mendes – Pós-graduação “Lato Sensu” – Projeto a Vez do Mestre. Tendo sido aprovado em __________/__________/ 2008. BANCA EXAMINADORA ______________________________ Orientador: Universidade Cândido Mendes Mestre: ________________________________ Mestre: ________________________________ 56 57