0 SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA – FAVIP CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS HABILITAÇÃO EM GESTÃO DE NEGÓCIOS FELIPE MELO MENDES DE ALMEIDA ANÁLISE DE GESTÃO DE SERVIÇO VOLTADO PARA RESTAURANTES DE MÉDIO E PEQUENO PORTE CARUARU 2011 1 FELIPE MELO MENDES DE ALMEIDA ANÁLISE DE GESTÃO DE SERVIÇO VOLTADO PARA RESTAURANTES DE MÉDIO E PEQUENO PORTE Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Administração de Empresas com Habilitação em Gestão de Negócios da Faculdade do Vale do Ipojuca, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador: profº Msc. Henrique de Queiroz Chaves. CARUARU 2011 2 Catalogação na fonte Biblioteca da Faculdade do Vale do Ipojuca, Caruaru/PE A447a Almeida, Felipe Melo Mendes de. Análise de gestão de serviço voltada para restaurantes de médio e pequeno porte / Felipe Melo Mendes de Almeida. -- Caruaru : FAVIP, 2011. 66 f. Orientador(a) : Henrique de Queiroz Chaves. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração com habilitação em Gestão de Negócios) -- Faculdade do Vale do Ipojuca. 1. Gestão de serviços. 2. Perspectivas. 3. Diferencial competitivo. I. Título. CDU 658[11.2] Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário: Jadinilson Afonso CRB-4/1367 3 FELIPE MELO MENDES DE ALMEIDA ANÁLISE DE GESTÃO DE SERVIÇO VOLTADO PARA RESTAURANTES DE MÉDIO E PEQUENO PORTE Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Administração de Empresas com Habilitação em Gestão de Negócios da Faculdade do Vale do Ipojuca, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador: profº Msc. Henrique de Queiroz Chaves. Aprovado em ___ / ___ / ____ _________________________________________ Orientador ___________________________________________ Avaliador ___________________________________________ Avaliador CARUARU 2011 4 Dedico aos meus pais e a todos que fazem parte do Restaurante “X”. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por me mostrar os caminhos a seguir e que decisões optar. Aos meus pais, que devido a todo esforço e investimento financeiro pude alcançar mais um desafio, dentre outros que almejo conquistar, devido não só aos investimentos, mas a contribuição com seus ensinamentos e educação que me foi dado. Ao professor Henrique Chaves, por sua paciência, dedicação e cobranças para que o desenvolvimento deste projeto obtivesse êxito. Aos colegas de sala de aula, aos colegas de trabalho e os amigos pessoais que contribuíram com algum conhecimento, incentivo e apoio para a realização deste projeto. A todos que fazem a Favip, principalmente os professores que desde o princípio dividiram seus conhecimentos intelectuais e de vida que certamente contribuirão para alguma situação da minha vida. Agradeço a todas as pessoas que fazem parte do Restaurante “X”, as quais contribuíram com seus conhecimentos e apoio para realização deste trabalho de conclusão de curso. 6 “Já é hora de tratar o setor de serviços com seriedade” Gianesi e Corrêa 7 RESUMO Este trabalho abordou como tema a Gestão de Serviços. Como problema de pesquisa abordou os elementos da gestão de serviços, que na perspectiva dos clientes podem contribuir como diferencial competitivo para um Restaurante familiar em relação às redes de franquias de restaurantes existentes na praça de alimentação dos shoppings “M” situado em Caruaru– PE. Como objetivo geral procurou verificar a perspectiva dos clientes em relação à gestão de serviços que geram diferencial competitivo em um restaurante. Ainda buscou identificar os pressupostos fundamentais para uma Gestão de Serviço e sua contribuição para o Restaurante “X.” Verificou como se caracteriza o setor de restaurantes situado no shopping “M” , localizado em Caruaru–PE e os possíveis elementos que determinam diferencial competitivo. Concluiu-se que uma gestão de serviço estruturada oferece condições de atender as necessidades dos clientes com maior agilidade, precisão, respeito, segurança, cordialidade e qualidade nos produtos e serviços. Palavras-chave: Gestão de Serviços. Perspectivas. Diferencial Competitivo. 8 ABSTRACT This conclusion of course work addressed the theme of the Management Services. As a research problem addressed the elements of management services that the customers' perspective can contribute to competitive advantage for a family restaurant for the net of franchise restaurants in the mall food court "M" located in Caruaru-PE. As a general objective was to check the customers' perspective regarding management services that generate competitive advantage in a restaurant. Still sought to identify the key assumptions for a Management Service and its contribution to the Restaurant "X." There is characterized as the restaurant industry located in the mall "M" located in Caruaru - PE and possible factors determining competitive advantage. We conclude that a structured management service offers a position to meet customer needs with greater speed, accuracy, respect, safety, warmth and quality in products and services. Keywords: Management Services. Perspective. Competitive Edge. 9 LISTA DE GRÁFICOS GRAFICO 1 - Satisfação quanto as instalações físicas........................................................ 46 GRAFICO 2 - Aparência dos Atendentes............................................................................ 47 GRAFICO 3 - Aparência do Chapeiro................................................................................. 47 GRAFICO 4 - Aparência do Caixa...................................................................................... 48 GRAFICO 5 - Satisfação quanto as Atividades dos Atendentes......................................... 48 GRAFICO 6 - Satisfação quanto as Atividades do Chapeiro.............................................. 49 GRAFICO 7 - Satisfação quanto as Atividades do Caixa.................................................... 49 GRAFICO 8 - Satisfação quanto a Rapidez no Atendimento.............................................. 50 GRAFICO 9 - Satisfação quanto as informações Passadas pelos Atendentes..................... 50 GRAFICO 10 - Satisfação quanto a Educação e Cordialidade dos Atendentes.................. 51 GRAFICO 11 - Satisfação quanto a Educação e Cordialidade do Chapeiro....................... 51 GRAFICO 12 - Satisfação quanto a Educação e Cordialidade do Caixa............................. 52 GRAFICO 13 - Satisfação quanto a Atenção e Segurança Passada pelos Atendentes........ 52 GRAFICO 14 - Satisfação quanto a Atenção e Segurança Passada pelo Chapeiro............. 53 GRAFICO 15 - Satisfação quanto a Atenção e Segurança Passada pelo Caixa.................. 53 GRAFICO 16 - Indicação do Restaurante para Outras Pessoas........................................... 54 GRAFICO 17 - Satisfação quanto a Disposição e Facilidades Passadas pelos Atendentes 54 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10 OBJETIVOS ......................................................................................................... 12 1.1.1 Objetivo geral ......................................................................................... 12 1.1.2 Objetivos específicos .............................................................................. 12 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 14 1.1 1.2 2.1 FUNDAMENTOS DE MARKETING.................................................................. 18 40 3.1.1 Quanto aos ..................................................................................... 14 FUNDAMENTOS DEFins MARKETING 8 2.1.1 Composto de Marketing........................................................................... 15 2.2 MARKETING DE SERVIÇOS............................................................................ 2.3 GESTÃO DE SERVIÇOS...................................................................................... 23 2.4 21 2.3.1 Pressupostos de gestão de serviços......................................................... 25 2.3.2 Gestão de Serviços como diferencial competitivo.................................. 27 2.3.3 Caracterização do Mercado de Serviços................................................... 29 COMPETIÇÃO E ESTRATÉGIAS: CONCEITOS ESSENCIAIS...................... 32 2.4.1 Como as forças competitivas moldam as estratégias............................ 33 2.4.2 Posicionamento da Empresa..................................................................... 35 2.5 O QUE É ESTRATÉGIA?................................................................................ 37 2.6 DA VANTAGEM COMPETITIVA À ESTRATÉGIA CORPORATIVA....... 39 3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 43 INSTRUMENTO DA PESQUISA........................................................................ 44 4 ANÁLISE DE DADOS.................................................................................................. 46 4.1 ANÁLISE DOS GRÁFICOS.................................................................... 46 4.2 SUGESTÕES DOS CLIENTES....................................................................... 55 4.3 ANÁLISE GERAL............................................................................................ 55 3.1 5 CONCLUSÃO................................................................................................................ 57 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 59 APÊNDICE A - Questionário de pesquisa..................................................................... 62 11 INTRODUÇÃO A alimentação é fundamental para a sobrevivência da humanidade desde a sua existência. O homem primitivo caçava, pescava e cultivava o seu próprio alimento. A alimentação era uma questão de subsistência. Milhares de anos após, a humanidade deixou de viver só em função de obter sua comida (VALSASSINA, 2011). As tabernas e as pousadas surgiram na antiguidade, eram voltadas para viajantes, mercadores e tropeiros. As tabernas eram lugares onde as pessoas podiam fazer suas refeições e beber. Já as estalagens eram lugares mais voltados para viajantes, onde podiam comer e dormir, pois a população local não frequentava estes lugares (WIKIPÉDIA, 2011). O estopim para o surgimento dos restaurantes foi após a Revolução Francesa, no século XIX, pois os aristocratas fugiram e seus cozinheiros e chefs ficaram desempregados. Com isso, começaram abrir seus estabelecimentos, e os alimentos antes servidos só para os nobres, passaram a ser servidos também aos plebeus. Estes primeiros estabelecimentos eram conhecidos como “bouillon restaurant”, ou seja, “casas de saúde”, onde era servido um caldo conhecido como regenerador, a partir deste nome surgiu o nome restaurante (MELO, 2011). No Brasil com a chegada da família Real, em 1808, os banquetes eram fartos e variados, tendo influência francesa e hábitos franceses. Nessa época chegaram os chefs e com isso surgiram os portos, os quais facilitaram a chagada de novos ingredientes. Assim o surgimento dos restaurantes foi impulsionado por essas trocas culturais (MELO, 2011). Com a globalização, o mercado da gastronomia ficou muito concorrido. A alimentação deixou de ser vista como simplesmente uma questão de necessidade fisiológica, mas como um negócio que envolve culturas, temperos, sabores, inovação e apresentação, entre outros fatores. No Brasil esse mercado cresce intensamente e a cidade de Caruaru também acompanha essa evolução. Esse crescimento é rápido e os gestores de bares e restaurantes precisam acompanhar esse desenvolvimento, observando as necessidades e desejos dos consumidores. De acordo com Holanda (2011), com base na Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), “O Nordeste é o segundo maior pólo de turismo gastronômico do Brasil, com crescimento anual de 10%”. Ainda segundo a autora, “nada mal para um setor que hoje é responsável por 2,4% do PIB brasileiro e registra um milhão de empresas formais no país, com cerca de seis milhões de empregos diretos”. 12 Caruaru é uma cidade com forte viés empreendedor e turístico. A qual dispõe de um enorme leque de comidas típicas. Por conta deste fator o ramo da gastronomia tem crescido rapidamente na cidade. Muitos bares e restaurantes estão sendo implantados. No entanto, nem todos conseguem permanecer em funcionamento por um período longo. Por isso é importante uma boa administração. A gestão de serviços é de fundamental importância para o crescimento e permanência destas empresas no mercado. Para Drucker (1997, p. 42), “A eficácia é o fundamento do sucesso – eficácia é a condição mínima de sobrevivência após o sucesso ter sido atingido. A eficiência se ocupa em fazer as coisas corretamente. Eficácia significa fazer as coisas certas”. Desta forma, a questão da gestão é muito importante para a sobrevivência do negócio, pois muitos empreendimentos abrem e fecham rapidamente por não conseguir obter uma gestão eficaz. Essa pressupõe conhecer seu público-alvo, busca atender as necessidades, desejos e visa conquistar a fidelidade destes em prol de atingir excelência na qualidade dos serviços e produtos oferecidos. Segundo Guedes (2011): O papel da administração de serviços em uma empresa de manufatura é de planejar propostas de serviços de forma a agregar valor aos produtos comercializados, objetivando a vantagem competitiva da empresa perante suas concorrentes. Em empresas de serviços, seu papel passa a tomar parte na estratégia da empresa, na produção e controle da qualidade, satisfação e fidelização de seus serviços, garantindo o crescimento sustentando através da comercialização constante dos serviços. A administração do Restaurante “X”, localizado no “M” e “N” Shoppings em Caruaru, tem buscado melhorias na prestação de serviços, no entanto, a cidade não oferece uma mãode-obra tão bem qualificada no ramo de restaurantes, sendo necessário à busca de especializações e cursos fora, gerando custos mais altos para empresa. Percebendo-se essa deficiência observou-se a necessidade de implantação de novos treinamentos e cursos de capacitação em atendimento para os funcionários obterem um rendimento satisfatório dentro da organização. E ainda é preciso saber a opinião do consumidor sobre os serviços e produtos oferecidos pela organização, para só assim, em cima desses resultados fazer melhorias dentro da organização. Diante desta realidade, este estudo surge para analisar a Gestão de Serviços voltados para Restaurantes de médio e pequeno porte. Este estudo visa responder o seguinte problema de pesquisa. 13 Quais os elementos, da gestão de serviços, na perspectiva dos clientes, podem contribuir para obtenção de um diferencial competitivo para um Restaurante familiar em relação às redes de franquias de restaurantes existentes na praça de alimentação dos shoppings “M” e “N” situado em Caruaru-PE? OBJETIVOS Objetivo Geral Verificar, sob a perspectiva dos clientes, quais elementos da gestão de serviço geram diferencial competitivo em um restaurante situado na cidade de Caruaru-PE. Objetivos Específicos Identificar quais os pressupostos fundamentais para a Gestão de Serviços; Identificar a contribuição que a Gestão de Serviço pode oferecer para o Restaurante “X” situado na cidade de Caruaru-PE; Caracterizar o setor de restaurantes situados no shopping “M”e “N” situado em Caruaru-PE; Identificar possíveis elementos que determinam diferenciais competitivos no setor de serviços. JUSTIFICATIVA A escolha deste tema é de caráter profissional, devido ao autor da pesquisa ser Administrador da filial do restaurante “X”, no Shopping “N” situado em Caruaru-PE. Esta pesquisa está voltada para identificar a contribuição que a gestão de serviços pode oferecer ao restaurantes “X”. Devido à concorrência acirrada no ramo gastronômico na cidade de Caruaru é percebida a necessidade de investimentos por parte dos gestores em qualidade dos serviços visando assim maior satisfação dos consumidores. 14 As empresas devem buscar se diferenciar umas das outras através da qualidade dos serviços prestados. Esta qualidade só pode ser percebida através do grau de satisfação do cliente, seu comportamento perante os serviços, sua fidelidade ao estabelecimento e quanto à satisfação em relação ao preço pago por estes. Desta forma, esta pesquisa visa analisar esses fatores visando contribuição para a Gestão dos restaurantes “X”. Desta forma, a escolha deste tema é devido à necessidade de identificar as contribuições que a gestão de serviços pode oferecer em função da busca do diferencial competitivo, organização, conquista de clientes, melhora nos serviços e produtos, principalmente o crescimento e aumento dos lucros para a empresa que optam por estas gestões. Esta pesquisa serve de contribuição para estudantes na área de Administração, Turismo e Hotelaria, Gastronomia, gestores de bares, restaurantes, hotéis, etc., e para todas as pessoas que tenham interesse por este tema. É uma contribuição muito eficaz, pois demonstra mais afundo conceitos de autores renomados sobre o tema além de trazer opiniões reais dos consumidores quanto à qualidade dos serviços e dos produtos servidos pelo Restaurante “X”, servindo assim como exemplo para gestores de outras organizações. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste campo foram tratados temas relevantes para a compreensão de conceitos inerentes aos fundamentos mercadológicos, estratégias de marketing e marketing de gestão de serviços. Os mesmos forneceram os subsídios conceituais necessários para o desenvolvimento da pesquisa em questão. 2.1 FUNDAMENTOS DE MARKETING O marketing surge como uma ferramenta para as empresas satisfazerem as necessidades e desejos dos clientes. Através do marketing as empresas conseguem traçar estratégias para alcançarem os objetivos e metas traçadas no intuito de desenvolver-se, atingindo crescimento e evolução econômica. De acordo com Torres e Torres (2010, p. 5), os fundamentos de marketing “envolvem estímulo e geração de trocas, em que duas ou mais partes, de modo deliberado e espontâneo, dão e recebem algo de valor, buscando mutuamente satisfazerem necessidades”. Em uma concepção ampla pode-se perceber a influência e a participação das atividades de marketing em todo o entorno social. Para Kotler e Keller (2006) as ações de marketing estão em toda parte, seja em uma ótica formal ou informal. Assim, os autores consideram que o “bom marketing tem se tornado um ingrediente cada vez mais indispensável para o sucesso nos negócios” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 02). De acordo com Torres e Torres (2010, p. 5); “Envolver estímulo e geração de trocas, em que duas ou mais partes, agindo de modo deliberado e espontâneo dão e recebem algo de valor, buscando mutuamente satisfazer necessidades”. Para Kotler e Keller, (2006, p. 4), “Envolver a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais”. Os autores complementam dizendo: “Vemos a administração de marketing como a arte e a ciência da escolha de mercado-alvo e da captação, manutenção e fidelização de clientes por meio da criação”. Para os autores o “objetivo do marketing é conhecer e entender o cliente tão bem que o produto ou o serviço seja adequado a ele e se venda sozinho”. Ainda segundo os mesmos autores (2006, p. 5); “o conceito central 16 do marketing, envolve a obtenção de um produto desejado de alguém oferecendo algo em troca”. O marketing atualmente está presente em praticamente todas as ações da empresa. Serve como instrumento para uma organização atingir o sucesso e o crescimento nos negócios, fazendo com que a organização conheça seu potencial e as necessidades dos clientes, sendo assim desenvolve produtos para serem conhecidos e através do conhecimento e da qualidade este produto conquistar o mercado para que se venda sozinho. De acordo com Ogden (2002, p. 1): O conceito de marketing estabelece que uma empresa deva satisfazer os desejos e as necessidades do consumidor em troca de lucro. Em outras palavras, a empresa ou organização deve direcionar todos os seus esforços a dar a seus clientes serviços e produtos que eles desejam ou necessitam. Fazendo isso, a empresa deixa os clientes felizes, o que se traduz em aumento nas vendas e nos lucros. Segundo Las Casas (2009, p. 15): Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de trocas orientadas para a criação de valor dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos através de relacionamentos estáveis e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. O papel do marketing para uma empresa é a disposição para vender seus produtos ou serviços. Com isso são identificadas as reais necessidades dos clientes para que possa atender e satisfazer estas. Com isso as tarefas desenvolvidas avaliam o consumidor, as necessidades, o consumo, a demanda, o produto ou serviço, para alcançar as metas estabelecidas pela empresa em prol da lucratividade da mesma. Ainda analisa o mercado como um todo, de forma realista para identificar novas oportunidades de negócios, para que seja traçado um planejamento estratégico para atingir esses mercados-alvo. E solidifica o nome da empresa junto aos consumidores, para que estes lembrem da empresa na hora da compra. O mix de marketing engloba as atividades da empresa que favorece para satisfazer os clientes e a empresa. 2.1.1 Composto de Marketing O composto de marketing engloba estratégias de preço, praça, promoção e produto, além do consumidor, custo, conveniência e comunicação. Essas atividades reunidas 17 possibilitam que a empresa trace estratégias para se manter no mercado, além de conquistar novos mercados, novos clientes, desenvolver novos produtos, satisfazer clientes e fidelizá-los. Para Cobra (2000, p. 41), "a interação de uma organização com seus meios ambientes internos e externos se realiza através do composto de marketing". O composto mercadológico ou composto de marketing é conhecido também como mix de marketing, definido por Kotler (1998, p. 97) “como o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo”. De acordo com Moreira et al (2001, p. 41), “é importante que os profissionais de vendas entendam o que os clientes pensam, assim como suas necessidades e desejos”. Para isso, ele comenta a relação entre composto de marketing (produto, preço, praça e promoção) com a visão do consumidor para cada elemento (os chamados 4 C´s), conforme demonstra a figura abaixo: Figura 1 - Os 4 P´s versus os 4 C´s Produto Consumidor, suas necessidades e desejos. Preço Custo para o consumidor. Praça Conveniência. Promoção Comunicação. Fonte: MOREIRA et al (2001, p. 41). A figura acima demonstra a relação entre os 4 P`s e os C`s, o produto está diretamente relacionado com o consumidor e busca atender as necessidades e desejos dos mesmos. Enquanto o preço está ligado ao custo e este pode ser um fator determinante para o consumidor na hora da compra. A praça está ligada com conveniência, desta forma quanto for mais conveniente para o cliente mais facilitará a compra. A promoção está ligada à comunicação e a forma que o produto é exposto. A forma que o cliente ver esse produto é determinante na hora da compra. Schultz et al, (1994, p. 14), propõe os 4Cs, em substituição à teoria de McCarthy. Ele recomenda o uso de Cliente, em lugar de Produto; Custo possível para o cliente, em substituição ao Preço; Conveniência no lugar do Ponto de Distribuição e Comunicação, substituindo a Promoção. Schutz et al. (1994, p.14), sugere que: 18 1. Esqueça o Produto: estude as vontades e as necessidades do consumidor ou Cliente. Você não pode mais vender tudo o que consegue fabricar, pode apenas vender o que alguém especificamente quer adquirir. 2. Esqueça o Preço: compreenda o Custo para o consumidor satisfazer sua vontade ou necessidade. 3. Esqueça o Ponto de Distribuição (Praça) e pense na Conveniência de comprar. 4. Esqueça a Promoção, pois a palavra de ordem da década de 90 é a Comunicação. De acordo com o mix de marketing, pode-se observar que esse composto permite que a empresa identifique qual o produto satisfaz a necessidade do consumidor, produto este que agregará valor ao produto do cliente. Além de estabelecer o preço justo que o cliente irá pagar, é possível fazer uma estratégia de preço, quando se analisa todos os processos do composto e analisar também os preços que os concorrentes estão praticando. A praça que vai atender, com isso deve ser analisada como o produto chegará até o cliente. Através da promoção a empresa induz ou conduz o consumidor à compra, através desta ferramenta é possível conquistar clientes novos, recuperar clientes antigos e é usada também como recurso de melhorar as vendas em determinada época e garantir participação no mercado. No quadro abaixo é possível verificar as atividades gerenciais básicas de marketing: Quadro1 - Atividades Gerenciais Básicas de Marketing Área de atividade mercadológica Informações de marketing Produto Preço Distribuição Promoção Administração de marketing Atividades exigidas Planejar testes mercadológicos; observar e analisar comportamento do consumidor; analisar e interpretar informações rotineiras, como dados de vendas; efetivar testes de mercado; analisar oportunidades; providenciar informações para a administração para que possa tomar decisões adequadas. Quanto às ferramentas mercadológicas, criação de valor e manutenção de relacionamentos. Desenvolver e testar novos produtos; modificar produtos atuais; eliminar produtos que não satisfaçam consumidores; formular política de marcas; criar garantias e pensar na forma de cumprir as garantias; planejar embalagem, incluindo planejamento de materiais, tamanhos, formas, cores e desenhos. Desenvolvimento de marcas fortes. Formular política de preço, determinar métodos para determinação de preços; determinar descontos para vários tipos de compradores; estabelecer condições e prazos de vendas; analisar preços dos concorrentes. Decidir sobre preços que agregam valor. Analisar os diversos tipos de canais de distribuição; desenvolver canais; planejar um programa para relacionamento com intermediários; estabelecer centros de distribuição; formular e implantar procedimentos para manuseio interno de produtos; controlar estoques; analisar métodos de transportes; minimizar custos de distribuição; analisar possíveis localizações para fábrica, loja ou outros estabelecimentos. Estabelecer e administrar redes. Implantar objetivos de promoção; determinar os mais importantes tipos de promoção; selecionar e programar mídias; desenvolver mensagens publicitárias; medir a eficácia do comercial; recrutar e treinar pessoal de vendas; estabelecer territórios de vendas; planejar e implantar programa de promoção de vendas, como amostras grátis, cupons, displays, concursos, concurso de vendas, propaganda cooperativa; preparar e disseminar releases de publicidade. Providenciar comunicação no mobile marketing, second life, entre outras tendências. Estabelecer objetivos de marketing; planejar as atividades de marketing; coordenar e integrar atividades de marketing; motivar as pessoas responsáveis pela execução do 19 plano; avaliar e controlar o desempenho das atividades de marketing. Fonte: Marketing (Las Casas, 2009, p. 26). De acordo com o quadro acima, o marketing surge como solução para desenvolvimento do negócio. É necessário planejamento, pesquisa de mercado, desenvolvimento de produtos, saber quando modificar ou deixar de produzir um produto, verificar as necessidades dos clientes, implantar preços justos com base nos concorrentes mas que agregue valor ao produto oferecido, controle de estoque, fortalecimento da marca, propagandas, motivação de colaboradores, controle, entre outros são fundamentais para o sucesso de uma organização. Para Kotler (2000, p. 416), "produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo. Podem ser tangíveis (físico - podem ser tocados) e intangíveis (são os serviços - não podem ser tocados), para organizações e para consumidores”. Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida e que satisfaça necessidades e desejos de um mercado. Produto inclui não só bens ou serviços, mas também marcas, embalagens, serviços aos clientes e outras características. Não necessariamente o produto precisa ser físico. Eles podem existir fisicamente, mas também podem ser serviços, pessoas, locais, organizações, idéias, etc (TULESKI, 2011). Segundo Munhoz (2011), “Produto: refere-se à variedade do produto, qualidade, características, nome da marca, design, embalagem, tamanhos, serviços, garantias, devoluções etc”. Para Tavares (2011), produto se classifica em: I. Produto Básico: Diz respeito à seguinte pergunta: o que os clientes estão realmente comprando? Isso é: os benefícios básicos que o produto propiciará aos consumidores. Ex.: quando alguém compra uma cirurgia plástica, na verdade ela está comprando auto-estima. Quando alguém compra uma máquina fotográfica, na verdade ela está comprando a eternização de momentos. II. Produto Real: O produto real apresenta as particularidades do produto básico: A marca, nível de qualidade e todas as características peculiares deste produto. III. Produto Ampliado: São os serviços e benefícios adicionais que a instituição acrescenta ao serviço básico e real para torná-lo mais atrativo, com soluções completas para as necessidades e expectativas dos consumidores. São soluções que são adicionadas ao serviço para encantar os clientes. Tavares (2011), afirma que em ralação ao consumidor, deve-se estar sempre atento ao que o cliente está querendo e necessitando. Surpreendê-los deve ser o grande desafio. 20 Neste sentido, o produto pode ser um serviço ou um bem de consumo, deve ser planejada desde a criação, o desenvolvimento, concretização e através destes, buscar um diferencial. O produto é desenvolvido para atender a necessidade do cliente, devendo obedecer aos padrões exigidos pelo mercado, dentro de um controle de qualidade que garanta a satisfação do consumidor. Preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto e/ou serviço. Preço é a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir à propriedade ou uso de um produto (TULESKI, 2011). Nickels e Wood (1999, p. 222), definem preço como sendo a: Quantidade de dinheiro ou algo mais de valor que a empresa pede em troca de um produto. Não importa qual seja a palavra utilizada, o preço de um produto é aquilo que a empresa espera receber em troca de um bem, um serviço ou uma idéia. Preço: é composto pelo preço básico, descontos, prazos de pagamento, condições de crédito etc (MUNHOZ, 2011). Ao se elaborar a estratégia de preço de um produto, deve-se considerar o seguinte: ele deve ser suficientemente alto, para proporcionar lucro a quem o está produzindo ou comercializando, porém não pode ser tão alto que desestimule a compra. Afinal, sempre se procura comprar produtos mais baratos. Ele também deve ser suficientemente baixo, a fim de que seja atrativo aos clientes. Contudo, não pode ser demasiadamente baixo, pois pode depreciar o produto aos olhos dos clientes, que podem pensar que há algo de errado nele, além de não ser interessante produzí-lo e comercializá-lo, pois não gerará lucro significativo (TULESKI, 2011). Quadro 2 - Posicionamento do produto levando em conta qualidade e preço Fonte: Tuleski (2011). 21 A figura acima demonstra que a qualidade do produto também está de acordo com o preço e é elaborada uma estratégia para atingir cada público-alvo. Se a qualidade for alta o preço é alto; se a qualidade é média o preço será mediano e se for baixa o preço será baixo. Os custos não podem mais definir o preço e sim a percepção de quanto o cliente está dispostos a pagar pelo produto, para não se correr o risco de ter o produto encalhado por falta de comprador (TAVARES, 2011). A questão preço estabelece o valor do produto, se está de acordo com a estratégia da empresa. Faz uma comparação entre os preços que são praticados pelos concorrentes para ver a viabilidade de aumentar ou diminuir para poder fixar o mais adequado. Praça também é conhecido como ponto-de-venda ou canal de distribuição e pode ser descrito como sendo uma rede organizada de órgãos e instituições que, em combinação, executam todas as funções necessárias para ligar os fabricantes aos usuários-finais a fim de realizar a tarefa de marketing. De uma forma mais simples, distribuição em marketing significa disponibilizar o produto ou serviço ao cliente da forma mais fácil e conveniente para ser adquirido (TULESKI, 2011). Praça ou Ponto de Venda: diz respeito aos canais de distribuição (localizações), distribuição física (estoque), transporte, armazenagem etc (MUNHOZ, 2011). Na definição de Praça apresentada por Las Casas (2009, p. 245), o autor afirma que o fato de se ter “um bom produto e um preço adequado não são suficientes para assegurar vendas”. Segundo ele, é importante que haja um canal eficiente que possa levar os produtos até os compradores finais e neste caso é importante a praça (ou canais de distribuição). E para tal eficiência, é importante todo esforço por parte da empresa ao desenvolver um bom relacionamento comercial com todos os membros envolvidos no canal de distribuição, em que muitas vezes tal esforço exige investimentos em treinamento e desenvolvimento da capacidade de trabalho dos intermediários (LAS CASAS, 2009, p. 245). Para Lamb (2001, p. 353), define praça como sendo o “meio pelo quais os produtos, sua propriedade, as comunicações, o financiamento e o pagamento e o risco associado fluem para o consumidor”. Cliente compra onde for mais cômodo e conveniente (TAVARES, 2011). No que diz respeito à praça, são os canais de distribuição pelo qual este produto chegará até cliente. Verificando qual o canal que será menos dispendioso à empresa. Verificando o caminho que leve menos tempo para fazer a entrega e comparando o custo beneficio oferecido por cada meio de distribuição. Segundo Las Casas (2009, p. 283): 22 Como outra variável do composto mercadológico, temos a promoção, com significado de comunicação. Neste caso, o administrador de marketing deve preocupar-se com as variáveis formais, que sejam eficientes, para informar aos consumidores a respeito dos seus produtos, serviços ou formação da própria imagem da empresa. Mix de promoção está dividido em alguns grupos básicos: vendas pessoais, publicidade, promoção de vendas e relações públicas (LAMB, 2001). Pode considerar como sendo cinco as principais ferramentas da promoção, são elas: propaganda, promoção de vendas, relações públicas e publicidade, força de vendas e marketing direto (TULESKI, 2011). Para Tavares (2011), comunicação requer diálogo constante com os clientes. A comunicação chegou a uma evolução tal com os centros de atendimento ao cliente, ombudsmanns, internet, tall free, sistema 0800, que não é mais possível negligenciar esse diálogo. A promoção vem desde a divulgação da marca, ou solidificação no mercado da mesma, até uma estratégia de aumentar as vendas, diminuir estoques, oferecer um diferencial aos clientes potenciais. Esses aspectos são identificados neste composto. E através deste instrumento também pode ser construído um relacionamento direto e especifico a cada cliente. 2.2 MARKETING DE SERVIÇOS O marketing vai além das estratégias de venda, solidificação de marca, envolve as atividades internas e externas de uma organização. O marketing tem ramificações e uma dela é o marketing de serviço. Este tipo de ramificação engloba as atividades externas e internas para alcançar as estratégias, objetivos e metas traçadas. De acordo com Ribeiro e Fleury (2006, p. 5), Marketing significa “para muitas pessoas, […] uma propaganda bem-feita, a exposição de uma marca, uma força de vendas bem treinada e competente para persuadir clientes. Na realidade, marketing inclui tudo isso, mas vai muito além das atividades de divulgação e vendas”. Ainda segundo Ribeiro e Fleury (2006, p. 5), “Marketing é, antes de tudo, uma filosofia, uma atitude, uma orientação do negócio em que a satisfação do cliente é considerada 23 o principal objetivo a ser cumprido. A organização desenvolve processos e disponibiliza recursos para criar e entregar valor aos clientes”. Ribeiro e Fleury (2006, p. 6), ainda demonstram outra definição para marketing, sendo ela: “Marketing é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor”. Sendo assim o marketing surge como uma ferramenta para que empresas possam atender as necessidades dos clientes e para isso utilizam estratégias para suprir essas necessidades, com isso utilizam de propagandas, fortalecem sua marca, persuadem os clientes em troca de ofertar o produto ou serviço com qualidade para obter lucro decorrente da satisfação do cliente. Segundo Kotler (1998, p. 34): O conceito de marketing parte de uma perspectiva de fora para dentro. Começa com um mercado bem definido, foca as necessidades dos consumidores coordena todas as atividades que afetarão estes consumidores e produz lucros através da obtenção de satisfação dos mesmos. De acordo com Ogden (2002, p. 1): O conceito de marketing estabelece que uma empresa deva satisfazer os desejos e as necessidades do consumidor em troca de lucro. Em outras palavras, a empresa ou organização deve direcionar todos os seus esforços a dar a seus clientes serviços e produtos que eles desejam ou necessitam. Fazendo isso, a empresa deixa os clientes felizes, o que se traduz em aumento nas vendas e nos lucros. O papel do marketing para uma empresa é a disposição para vender seus produtos ou serviços. Com isso são identificadas as reais necessidades dos clientes para que possa atender e satisfazer estas. Com isso as tarefas desenvolvidas avaliam o consumidor, as necessidades, o consumo, a demanda, o produto ou serviço, para alcançar a metas estabelecidas pela empresa em prol da lucratividade da mesma. Ainda analisa o mercado como um todo, de forma realista para identificar novas oportunidades de negócios, para que seja traçado um planejamento estratégico para atingir esses mercados-alvo. E solidifica o nome da empresa junto aos consumidores, para que estes lembrem da empresa na hora da compra. Segundo Sarquis (2009, p. 15), “nas organizações de serviços, o marketing tem um papel mais amplo, complexo e diferenciado. Ele deve desempenhar tarefas de âmbito interno, externo e interativo”. Sendo assim, o marketing tem um papel fundamental para a organização de serviço porque através dele é possível melhorar a comunicação com o mercado, a qualidade dos produtos, a satisfação dos clientes, entre outros aspectos. 24 Para Sarquis (2009, p. 15), “o marketing externo compreende as tradicionais tarefas desempenhadas por profissionais especialistas em marketing”. Ou seja, o marketing externo compreende a auxílio de profissionais que atuam no sentido de melhorar a comercialização, definir propagadas, promoções, preços, distribuição, conquista de novos mercados e lançamentos de novos produtos, entre outros fatores que uma organização precisa para se manter ou fortalecer sua marca no mercado. Conforme Sarquis (2009, p. 15), “o marketing interno envolve a preparação dos recursos internos (sistemas, gestores e prestadores de serviços) para a implementação de programas e promessas de marketing externo da organização”. O marketing interno serve para preparar os colaboradores com treinamentos e motivação, além de traçar o perfil dos candidatos e selecionar os contratados de acordo com a vaga disponível. Serve também para melhorar a comunicação interna, melhorar a cultura da organização, definir modelos de liderança entre outros. Ainda conforme Sarquis (2009, p. 16), “o marketing interativo compreende as tarefas direcionadas aos processos de produção e consumo de serviços e que envolvem pessoas (funcionários e clientes) não especializadas em marketing”. Este tipo de marketing tem como finalidade fazer que os clientes percebam a qualidade e o valor dos serviços, assim terá consciência de que não está sendo explorado, além de está satisfeito com a qualidade e por quanto paga por este serviço. Além de servir para analisar as críticas e sugestões dos clientes e m relação aos produtos e serviços oferecidos, podendo assim identificar onde pode melhorar, onde pode investir e quais mudanças são necessárias para satisfazer ainda mais as necessidades e desejos dos consumidores. Dentre tantos outros fatores que o marketing interativo pode servir como instrumento de melhorias de produtos e serviços para a organização e um fator que pode contribuir é a organização optar por uma gestão de serviços. 2.3 GESTÃO DE SERVIÇOS A gestão de serviço é uma forma de administrar estratégias voltadas para atividades intangíveis. Esse tipo de atividade bem administrada pode contribuir que uma organização possa se diferenciar dos concorrentes, além de poder oferecer serviços visando satisfazer as expectativas dos clientes. 25 Segundo Kotler e Keller (2006, p. 248), “um serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer à outra e que não resulta na propriedade de nada. Sua execução pode está ou não relacionada a um produto concreto”. De acordo com Quinn (1987, apud MIRANDA, 2011), Gestão de serviços: São todas as atividades econômicas cujo produto não é uma construção ou produto físico, é geralmente consumido no momento em que é produzido e proporciona valor agregado em formas (como conveniência, entretenimento, oportunidade, conforto e saúde) que são essencialmente intangíveis, de seu comprador direto. Sendo assim serviços são atividades prestadas a pessoas que não podem ser tocados, estocados, é difícil agregar preço, mas surge para atender as necessidades dos clientes e pode ou não está agregado a um produto tangível. Esses serviços surgem como diferencial competitivo, podendo agregar maior valor, melhorar a qualidade de vida, oferecer segurança entre outros fatores que possam satisfazer os clientes. Na visão do cliente um dos aspectos mais importante de serviço é o encontro com o pessoal de serviço. Na perspectiva da empresa, a forma como o serviço é oferecido ao cliente pela linha de frente, é um dos fatores de principal importância para a empresa conseguir se diferenciar da concorrência e assim conseguir vantagens competitivas. O relacionamento da linha de gente com o cliente é importante para estimular a fidelidade do cliente. O pessoal de serviço é importante para o cliente e para a empresa alcançar posicionamento competitivo (LOVELOCK, 2006, P.258). Os funcionários da linha de frente têm contato direito com o cliente, podendo ser um fator de diferencial positivo ou negativo para o cliente e para empresa. O profissional que consegue atender as necessidades dos clientes e satisfazê-los tende a conquistar sua fidelidade em relação à empresa, porém, caso deixe o cliente insatisfeito, este pode não voltar mais para a empresa e ainda difamar a empresa por conta de um serviço mal prestado. Seleme (2009, p. 34) expressa que: As organizações podem, ainda, oferecer aos seus clientes um composto de serviços que podem ser exigidos a qualquer tempo. Essa exigência torna o controle da capacidade em serviços muito instável, pois o cliente poderá ou não utilizar os serviços e exigi-los muitas vezes antes do tempo estabelecidos pelas organizações. Desta forma, quando os serviços passam a ser oferecidos, mesmo que seja uma forma de agregar mais qualidade ao produto ou como diferencial, o cliente pode ver esse serviço como uma obrigação do estabelecimento oferecer ao mesmo esse serviço, com isso passa a 26 cobrar que seja oferecido. Muitas vezes cobra de um estabelecimento que não possua determinado serviço, como estacionamento, por exemplo, porque é acostumado a freqüentar lugares que dispõe e dessa forma cobra como um serviço obrigatório, quando o mesmo é um diferencial e quando esse estabelecimento não dispõe de determinado serviço gera insatisfação ao cliente. Por isso é importante oferecer serviços que possam ser executados com qualidade para não frustrar o cliente. Para uma organização dispor de uma gestão de serviço eficaz é necessário ter uma gestão apropriada para cada tipo de organização de serviço, com isso Sarquis (2009, p. 14), relata um “gerenciamento orientado para clientes/mercado”. O mesmo autor frisa o tipo de modelo adequado para nortear as organizações, são eles: A tarefa principal de todos é prestar serviços com qualidade e produtividade para os clientes internos e externos da organização; as decisões relacionadas à gestão de pessoal (contratação, treinamento, remuneração, motivação, retenção e avaliação de desempenho) são consideradas fundamentais para o desempenho da organização; a tecnologia é empregada para melhorar os processos de serviços e facilitar as atividades para o pessoal de serviços da organização; a tarefa principal da gerência/supervisão é orientar, motivar e apoiar o pessoal de serviços (de linha de frente e retaguarda); o sistema de remuneração do pessoal (gerentes e demais funcionários) deve contemplar a satisfação dos clientes e o desempenho da organização no mercado; o pessoal de nível operacional é capaz de agregar valor aos serviços e, por isso, deve dispor de capacitação e autonomia para atender/solucionar as necessidades dos clientes. Diante do exposto a gestão de serviços precisa investir desde a contratação dos colaboradores a avaliação dos mesmos. Treinamentos, motivação remuneração adequada, retenção de talentos são fatores que uma gestão de serviço deve está sempre buscado melhorar para poder atingir um serviço de qualidade. Quanto ao investimento em tecnologia, serve como facilitador do desempenho das tarefas. O supervisor e gerente devem estar preparados para reconhecer um talento no grupo de colaboradores, deve sempre motivar e dá suporte para que estes possam desempenhar suas funções, permitindo que estes tenham autonomia para atender e solucionar as necessidades dos clientes. 2.3.1 Pressupostos da gestão de serviços Para que as necessidades e desejos dos clientes sejam satisfeitas as organizações precisam conhecer o perfil do cliente que quer alcançar. Para isso é preciso entender quais 27 fatores contribuem para que as pessoas precisem de alguns serviços. Neste sentido, ao conhecer bem o cliente definido, uma empresa pode criar vantagens para proporcionar aos clientes serviços com melhor qualidade. De acordo com Gianesi e Corrêa (2008, p. 17), “alguns fatores propiciam o aumento por demanda de serviços”, são eles: Desejo de melhor qualidade de vida; Mais tempo de lazer; A urbanização, tornando necessário alguns serviços (como segurança, poe exemplo); Mudanças demográficas que aumentam a quantidade de crianças e/ou idosos, os quais consomem maior variedade de serviços; Mudanças socioeconômicas como o aumento da participação da mulher no trabalho remunerado e pressões sobre o tempo pessoal; Aumento da sofisticação dos consumidores, levando as necessidades mais amplas de serviços; Mudanças tecnológicas (como o avanço dos computadores e das telecomunicações) que têm aumentado a qualidade dos serviços, ou ainda criadas serviços completamente novos. Com relação aos fatores que propiciam o aumento da demanda de serviços, pode-se destacar que esses fatores levam as empresas a buscarem atender esses fatores e as que conseguirem atender a maioria deles destaca-se entre as demais que não acompanham as mudanças do mercado. Para Sarquis (2009, p. 7), as principais mudanças que impulsionam as transformações e tendências do setor de serviços são: Privatização e desregulamentação – [...] Essa mudança contribui para a redução das restrições existentes sobre as práticas de preços, distribuição, oferta de serviços e estratégias competitivas das organizações, favorecendo o surgimento de novos competidores e serviços de melhor qualidade. Avanço da tecnologia – as inovações tecnológicas, em particular nas áreas de equipamentos de computação, software e telecomunicação, geraram transformações na forma de atuação das organizações de serviços. Esse avanço pode ser melhor visualizado nos processos de comercialização de serviços, de execução/entrega, de inovação nos serviços e de relacionamento com os clientes e intermediários das organizações do setor. Pressões de qualidade e produtividade – a acirramento da competição no setor tem intensificado no país as pressões por melhorias na qualidade e produtividade. Essa mudança tem requerido investimentos nos processos de mensuração da satisfação dos clientes, automação de serviços, qualificação do pessoal e de execução/entrega de serviços, assim como a necessidade de eliminação das tarefas desnecessárias. Internacionalização e globalização – as organizações de serviço nacionais estão se internacionalizando. Hoje, é possível identificar, no país, fornecedores de serviços, como bancos, agências de propaganda, hotéis, restaurantes, transporte e agência de aluguel de automóveis, que já estão operando em vários outros países e desenvolvendo suas marcas em mercados internacionais. Essa 28 situação tende a elevar a capacidade competitiva dessas organizações, a absorção de novas tecnologias e o desenvolvimento de inovações nos serviços. Crescimento das redes de franquia – a prática de franquias é cada vez mais comum nos canais de distribuição de serviços. Diversas organizações estão crescendo e ampliando a sua distribuição através do sistema de franquias, principalmente nos ramos de aluguel de carro, conserto de automóveis, hospedagem, restaurantes, serviços educacionais, clínicas odontológicas e serviços comerciais. Essa prática tem contribuído para melhorar a disponibilidade de serviços de qualidade em nível nacional. Relaxamento das restrições ao marketing – nos últimos anos, restrições legais ao uso do marketing (impostas por governos e/ou associações profissionais) têm sido eliminadas ou relaxadas no país. Há diversos profissionais de serviços, como contadores, arquitetos, médicos, oculistas, dentistas e consultores, que estão mais atuantes na prática de marketing, investindo no uso de propaganda, promoções de vendas, venda pessoal e ampliando as estratégias competitivas de suas organizações. Com estas mudanças, a competição entre as empresas está cada vez mais acirrada. A globalização influencia muito na concorrência, porque novos mercados são abertos, muitas empresas exportam e importam produtos, muitas franquias são abertas e a questão de preços e ofertas aumenta a concorrência. O marketing, investimentos em propagando, comunicação acentua a competitividade. O que diferencia muitas vezes o produto na hora da compra pelo consumidor é a qualidade. A tecnologia possibilita acompanhar as inovações e organização dos serviços, estes que são diferencial, quanto mais serviços agregados e de melhor qualidade mais fácil à diferenciação da concorrência, com isso é necessário investimentos em qualificação de pessoas e tecnologia para oferecer serviços de melhor qualidade. 2.3.2 Gestão de Serviços como diferencial competitivo Desde a revolução industrial as empresas competem entre si e a concorrência provoca mudanças rápidas no mercado global. A gestão de serviços proporciona melhor percepção do cliente, o que realmente buscam, necessitam e compram. Esse tipo de gestão favorece a empresa se tornar competitiva, porque a empresa que analisar o cliente com maior agilidade consegue vantagens competitivas relevantes para a empresa. Segundo Sarquis (2009, p. 32), A diferenciação competitiva compreende o estabelecimento de um conjunto de diferenças que sejam perceptíveis pelo mercado, valorizadas pelos consumidoresalvos e defensáveis da imitação dos concorrentes, assim como que proporcionem à 29 organização benefícios para a imagem, desempenho das vendas, rentabilidade e/ou participação de mercado. Segundo Gianesi e Corrêa (2008, p. 17), Como diferencial competitivo as atividades de serviços prestados ao cliente (como projeto, crédito, distribuição e assistência técnica), pelas empresas de manufatura têm atuado no sentido de diferenciar o pacote produto/serviço que a empresa oferece ao mercado, gerando um diferencial competitivo em relação aos concorrentes. Para Porter (1980 apud, GIANESI E CORRÊA, 2008, p. 21), Há três estratégias genéricas que uma empresa pode utilizar, separadamente ou em conjunto, para competir nos mercados: liderança em custos, através da economia de escala, redução de custos pela experiência, minimização de custos em áreas como pesquisa e desenvolvimento, serviços, vendas, publicidade, entre outras; diferenciação, através da criação de algo que o setor industrial como um todo perceba como sendo exclusivo, como, por exemplo, projeto, imagem da marca, tecnologia, serviço ao consumidor, rede de distribuição, entre outros; e foco, através do atendimento excelente, em qualidade, serviços e custos, a um segmento de mercado restrito e bem definido. Diante dos conceitos acima, o diferencial competitivo compreende pelo conjunto de serviços e produtos que se diferencia da concorrência e que este serviço ou produto seja percebido entre consumidores e concorrentes. É importante que o diferencial seja difícil de copiar, assim passará mais tempo atendendo a demanda em um mercado que não têm concorrentes. Porém esse fator é complicado, pois com as tecnologias disponíveis e a disputa de mercados é cada vez mais fácil copiar o outro. Porém quando copiar, mesmo assim deve-se fazer de forma melhor e agregar valores como menor custo, melhor qualidade, entre outros fatores. A solidificação da marca, como é percebida pelos consumidores, é de fundamental importância, porque se a marca já for conhecida e tiver credibilidade, já tem um diferencial a seu favor perante os concorrentes. A experiência, pesquisas e técnicas possibilitam desenvolver produtos ou serviços, de forma que represente menores custos para a empresa e esta redução possa ser passada para o consumidor como um atrativo, este perceba o que está sendo oferecido como de qualidade e menor custo e por outro lado a empresa atenda seus objetivos, principalmente a lucratividade e permanência no mercado. 30 2.3.3 Caracterização do Mercado de Serviços Para uma organização permanecer no mercado que atua, ou deseja entrar em um mercado novo, a empresa precisa conhecer bem as especificações deste. Porque encontra-se serviços em praticamente todos os ramos, mas ao nortear o mercado facilita que sejam traçadas estratégias para disputar com a concorrência. Para Sarquis (2009, p. 3), “o mercado de serviços é constituído por um conjunto de diferentes ramos de atividade, com organizações privadas, organizações governamentais, organizações sem fins lucrativos, organizações de serviços de consumo e organizações de serviços empresariais”. As organizações de serviços podem ser encontradas em diversas áreas o que facilita melhorias e desenvolvimento nos ramos de acordo com sua especificação, com isso leva as organizações a buscarem as melhorias para se manter em um mercado competitivo e se diferenciar dos demais em cada setor. O quadro abaixo demonstra como são classificadas as indústrias de serviço: Quadro 3 - Métodos de classificação das indústrias de serviços AUTORES Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000) RAMOS Serviços empresariais Serviços comerciais Serviços de infraestrutura Serviços sociais e pessoais Serviços de administração pública TIPOS Consultorias, finanças e bancos Varejo, manutenção e consertos Comunicações e transporte Restaurantes e saude Educação e governo Serviços de moradia Aluguel de hotéis, motéis, apartamentos, casas e fazendas Utilidades, reformas na casa, consertos de equipamentos da casa, paisagismo e limpeza doméstica Teatro, esportes, parques de diversão. Aluguel e conserto de equipamento de recreação e entretenimento Lavanderia, lavagem a seco e tratamento de beleza Médicos, dentistas, enfermagem, hospitalização e optometria Escolas vocacionais, escolas de enfermagem e programas de educação continuada Consultoria legal, contabilidade e gerenciamento Serviços de operações domésticas Serviços de recreação e entretenimento Etzel, Walker e Stanton (2001) Serviços de higiene pessoal Serviços de cuidados médicos e com a saude Serviços de educação particular Serviços para empresas e outros serviços profissionais Serviços de seguro, banco e outros serviços financeiros Serviços de transportes Serviços de comunicações Seguro pessoal e de empresa, serviço de empréstimo e de crédito e consultoria financeira Frete de mercadorias e passageiros, consertos e aluguel de automóveis e entrega expressa Telefone, faz, computador e serviços de cópias Fonte: Sarquis (2009, p. 4). 31 Os autores no quadro acima demonstram que serviços são encontrados em praticamente todas as áreas, com isso é perceptível que em todos os ramos o gestor deve procurar as novidades e facilidades que o serviço oferece para o consumidor. Pois o mesmo está cada vez mais exigente e mesmo o serviço sendo algo oferecido ao consumidor, muitas vezes como diferencial, se um oferece e outro não, este que não oferece é cobrado pelo cliente como se aquele serviço devesse ser oferecido como necessidade e não como diferencial. Complementando a citação acima, Sarquis (2009, p. 5) expressa que: Nos serviços, os consumidores tendem também a ser mais críticos/exigentes, dificultando para as organizações atenderem ou superarem as suas necessidades/expectativas. Nesse setor, há com mais freqüência entidades e legislação de proteção ao consumidor, o que faz com que os clientes reclamem mais por seus direitos. Desta forma, os consumidores quando insatisfeitos com um serviço prestado, recorrem ao serviço de proteção ao consumidor, com isso expressa sua reclamação, aguardando o posicionamento da empresa frente a seu problema. É uma forma do consumidor se sentir mais seguro perante aos serviços que são adquiridos. Segundo Ribeiro e Fleury (2006, p. 100), “os serviços são processos, um ato ou ação, que produzem ou não insatisfação. E por serem assim, possuem as seguintes características:” Intangibilidade: Os serviços geralmente não podem ser vistos, provocados, sentidos, ouvidos ou cheirados da mesma forma que se faz com os produtos tangíveis, a não ser que sejam criados elementos que os tangibilizem. Nos serviços, os benefícios vêm da natureza da realização. Inseparabilidade: Produtos tangíveis são produzidos e depois consumidos, mas os serviços, geralmente, são produzidos e consumidos ao mesmo tempo. Isso significa que os clientes fazem parte do processo de produção e a qualidade do serviço prestado depende tanto do fornecedor quanto do cliente. Variabilidade: A variabilidade significa que os serviços são menos padronizados ou uniformes do que os produtos. Um cabeleireiro ou um consultor podem ter performances diferentes dependendo do dia, da hora, de sua saude, do cliente, do interlocutor e de inúmeros outros fatores. A variabilidade pode ser evitada com desenhos dos processos de serviço, definição de padrões e intenso treinamento dos profissionais que o desempenham. Perecibilidade: Os serviços não podem ser estocados ou armazenados para uso ou venda posterior. A perecibilidade traz um grande desafio para administradores de serviços de adequar a oferta e a demanda. Desta forma, os serviços possuem características próprias, os gestores de serviços devem buscar soluções para atender as necessidades e desejos dos consumidores de acordo com as características dos serviços. Os intangíveis, os gestores devem conquistar a confiança dos consumidores e a qualidade em que os serviços são oferecidos é fundamental para que os consumidores percebam os benefícios e estes passem credibilidade para os mesmos. 32 Os de inseparabilidade são os tipos de serviços que estão ligados diretamente ao produto e principalmente ao consumidor, desta forma o gestor deve estar atento as reações dos consumidores e com isso solucionar as dificuldades para atender os desejos. O aumento da produtividade e a intensificação da distribuição são fatores importantes para conquistar a credibilidade dos clientes. Em relação à variabilidade tem o lado positivo porque o serviço é oferecido de forma única para cada cliente, porém tem o lado negativo porque para manter a mesma qualidade sem ter padrões pode deixar o serviço a desejar. O ideal é que mesmo podendo ser variado seja especificadas condições de padrões, dessa forma facilita para manter um serviço com um padrão de qualidade. Em relação à perecibilidade, como os serviços não podem ser estocados ou armazenados, quando este deixa de ser prestado, seja por baixa temporada, por falta de funcionários ou por falta de clientes, a empresa perde receita, tem prejuízo, pois esses serviços não podem ser recuperados. De acordo com Gianesi e Corrêa (2008, p. 42), as principais dimensões dos serviços que afetam a operação da gestão são: A ênfase dada a pessoa ou a equipamentos no processo: Processos baseados em pessoas são em geral mais flexíveis do que processos baseados em equipamentos, que são mais adequados }à padronização. Contudo, processos baseados em pessoas são mais difíceis de controlar e mais sujeitos a variabilidades e incertezas. O grau de contato com o cliente: As operações de alto contato, devido à presença do cliente, têm um ambiente mais carregado de incerteza e variabilidade, resultando em menor produtividade e controle mais difícil. Em operações de baixo contato, isoladas do cliente, assemelham-se às operações de manufatura, apresentando ambiente mais previsível, maior padronização, possibilitando maior controle e maior produtividade. A parcela do sistema de operações que realiza operações de alto contato com o cliente é normalmente chamada de front office ou linha de frente, enquanto que aquela que realiza operações de baixo contato denomina-se back room ou retaguarda. O grau de participação do cliente no processo: Segundo a dimensão do grau de participação do cliente, os serviços podem ser vistos como uma seqüência de transações, as quais podem classificar-se em algum ponto entre os extremos: serviço total, em que todas as atividades são executadas pelo servidor, seja em front office ou back room, e auto-serviço (self-service), em que quase todas as atividades são executadas pelo cliente, cabendo ao servidor apenas a preparação. O grau de personalização do serviço: Personalizar o serviço significa montar um “pacote” de serviços visando atingir as necessidades e expectativas de um cliente específico. O grau de personalização pode variar desde o gradual aumento de opções padronizadas até a resposta perfeita a necessidades específicas de determinado cliente. Diferentes graus de personalização exigem do sistema de operações, de seus recursos, de sua mão-de-obra e de seus sistemas, diferentes graus e tipos de flexibilidade. O grau de julgamento pessoal dos funcionários: O grau de julgamento pessoal refere-se à autonomia do pessoal de contato com os clientes para atender a suas necessidades e expectativas especificas. Processo em que há alto grau de julgamento pessoal dos funcionários são processos que oferecem mais personalização aos 33 clientes. Contudo, o inverso não é necessariamente verdadeiro, já que certo grau de personalização, em que alguns casos, pode ser conseguidos através de um “cardápio” amplo de opções padronizadas. O grau de tangibilidade do serviço: O grau de tangibilidade do serviço refere-se à relevância do bem facilitador no pacote produto/serviço. Esta dimensão ajuda a definir se o processo se aproxima mais do serviço puro ou da manufatura, colocando a ênfase mais no processo ou no produto, respectivamente. Com base nos conceitos acima, para oferecer um serviço um gestor deve observar cada grau, quando oferecido visando pessoas é mais variável, porém mais complicado de manter a qualidade. Quando focado em equipamentos é mais fácil manter o padrão. Mas com base em pessoas, mesmo com trabalha de frente ou quem trabalha na retaguarda, tem a função de buscar satisfazer os desejos e expectativas dos clientes. Estes por sua vez estão mais exigentes, uns buscam serviços que facilitem suas vidas, sua influência pode facilitar ou piorar a produtividade, varia do nível de contato com o cliente. 2.4 COMPETIÇÃO E ESTRATÉGIA: CONCEITOS ESSENCIAIS Em relação ao mercado de produtos e serviços, existem formas de estratégias para que as empresas consigam permanecer no mercado. A competição entre as empresas é cada vez maior, com a evolução de tecnologia, tendências e com os consumidores cada vez mais exigentes, as empresas devem buscar cada vez mais desenvolver estratégias para conseguir competir com as concorrentes. É fácil encontrar empresários que se queixando que a intensidade da competição dificulta a formulação de estratégias. Porém, a competição é a essência para se formular estratégias. O que os empresários vêem como dificuldade pode ser encarada como pessimismo, pois a competição em determinados setores não pode ser encardo como falta de sorte. A competição não pode ser vista só na figura de outros participantes, porque na luta pela fatia do mercado a competição em determinados setores vão além dos combates estabelecidos, porque clientes, e fornecedores também são concorrentes, porém mais ou menos ostensivos, vão depender do setor (PORTER, 1999, p. 27). O estado de competição depende de cinco forças básicas em um setor: ameaça de novos clientes entrantes; poder de negociação dos clientes; ameaça de produtos ou serviços substitutos; poder de negociação dos fornecedores e as manobras pelo posicionamento entre atuais concorrentes. A potência coletiva dessa força determina a perspectivas de lucro. As 34 potências variam de intensa, a moderada. Na potência intensa estão setores de pneus, lata de metal e siderúrgicas, neste tipo de setor as empresas não obtém lucros espetaculares sobro o investido. No setor de potência moderada estão os setores de exploração de petróleo, bebidas alcoólicas, artigos de toalete, neste tipo de setores existe espaço para retornos elevados (PORTER, 1999, p. 27). Com um mercado cada vez mais competitivo, as empresas buscam formas de se posicionar no mercado. Existem muitas empresas entrando nesse mercado, a entrada é muito fácil, o que é difícil é permanecer nesse mercado competitivo. Para conseguir estratégias para se manter no mercado é preciso fortalecer as cinco forças básicas de um setor. Verificar o ponto de vulnerabilidade do mercado para as empresas que entram determinar estratégias de negociação com fornecedores, determinar estratégias de ação, porque assim a empresa poderá se tornar mais forte e com maior conhecimento das fontes as empresas poderão se diversificar e com isso proporcionar maiores lucros para as empresas. 2.4.1 Como as forças competitivas moldam as estratégias As forças competitivas determinam mudanças no mercado, seja em relação a economia, quanto ao posicionamento de fornecedores, aos canais de distribuição, etc. Os concorrentes estão sempre buscando estratégias novas, dessa forma uma empresa deve estar atenta as mudanças do mercado a todos os setores que possam influenciar seu posicionamento no mercado e traçar novas estratégias para permanecer no mercado. As forças competitivas de maior poder determina a rentabilidade de um setor e por isso a necessidade de elaborar novas estratégias. Cada setor tem sua estrutura, suas características próprias que dão origem as forças competitivas. Dessa forma cada estrategista deve conhecer suas próprias características. No mercado estão entrado novas empresas, estas possuem o desejo de conquistar uma parte do mercado, conseguem até “sacudir” o mercado e trás novas capacidades, porém as empresas que já conquistaram espaço no mercado criam barreiras para dificultar a entrada de novas empresas, quanto maior forem essas barreiras maior será a dificuldade de permanência no mercado (PORTER, 1999, p. 27). São seis tipos principais de barreiras para entrada de novas empresas: Economia de escala – as economias de escala dificultam a entrada de novas empresas porque força que 35 estas entrem em larga escala ou se contentem em aceitar a entrar com desvantagem de custo. Encontram dificuldades em relação a distribuição, forças de venda, financiamentos, etc. Diferenciação de produto – Talvez seja a principal barreira, pois as empresas entrante encontram barreiras quanto a identificação que os clientes já possuem em relação a determinadas marcas. Exigência de capital – As empresas entrantes mesmo possuindo recursos encontram dificuldades, pois requer altos investimentos financeiros para se lançarem no mercado, estes às vezes irrecuperáveis. Pois existem exigências de capital para se poder ter um estoque, conseguir empréstimos, principalmente pela absorção dos prejuízos iniciais. Desvantagens de custo, independentes do tamanho – Os efeitos da curva de aprendizagem e curva de experiência proporcionam desvantagens para as empresas entrantes, pois as empresas estabelecidas conseguem tecnologias exclusivas, melhores fontes de matéria-prima, dispõem de melhor localização, além de ter a proteção da Lei em relação as patentes. Acesso a canais de distribuição – As empresas entrantes encontram dificuldades para conseguir espaço nos atacadistas e varejistas, como nos supermercados, para conseguir espaço nas prateleiras. Quanto maior a dificuldade para expor seus produtos, mais difícil será para entrar no mercado. Política governamental – O governo pode bloquear ou limitar a entrada de novas empresas, através de exigências de licença prévia, limitação de matéria-prima, controle com normas de poluição da água e do ar e normas de segurança do trabalho (PORTER, 1999, p. 30). Dessa forma as empresas já estabelecidas devem conhecer suas características e seu poder de diferenciação. A competição entre empresas existe, forçam a mudanças de comportamento e de posicionamento de mercado. As empresas estabelecidas têm a seu favor as barreiras que dificultam a entrada de novas empresas. Quanto às empresas entrantes possuem dificuldades de entrar no mercado, existem forças que impulsionam o grau de dificuldade para entrar e permanecer no mercado. Enquanto as empresas estabelecidas têm acesso a créditos, a tecnologia, a espaço com varejistas e atacadistas, as entrantes buscam conseguir espaço e criam suas próprias formas de canais de distribuição, precisam ter capital disponível e investir no posicionamento da marca. Uma das forças competitivas que também moldam as estratégias das empresas são os fornecedores e compradores poderosos. Os fornecedores têm poder de modificar um setor através do poder de negociação, podem elevar os preços ou reduzir e com isso espremer a rentabilidade de um setor. Os clientes também têm poder de forçar as empresas a baixar preços, aumentar a qualidade, cobrar prestação de serviços entre outros, o que joga um concorrente contra o outro. O poder de compra de cada grupo, em relação a suas 36 características também impulsiona a comparação de um negócio com outro (PORTER, 1999, p. 35). Algumas características demonstram quando um fornecedor é poderoso ou não, entre elas está o poder de concentração maior que o dos compradores; tem produtos exclusivos ou diferenciados; não precisa competir com outros produtos do setor; entre outros. Em relação aos compradores poderosos também tem algumas características, entre elas estão: a compra de grandes volumes, compram produtos personalizados ou não diferenciados, os produtos do setor não influenciam na qualidade dos serviços ou produtos dos compradores, entre outros (PORTER, 1999, p. 35). Neste sentido, compradores e fornecedores em potencial pode impulsionar que as empresas tracem estratégias para criar uma postura onde encontrem fornecedores e compradores que possam lhe afetar menos negativamente. As empresas tem como vender a compradores poderosos, mas devem vender produtos de baixo custo, assim poderão ter maior rentabilidade, mas deve ter cuidado porque quanto mais elevada a venda, maior é a venerabilidade, podendo ser autodestrutiva, dessa forma é melhor recusar vendas ou vender a compradores menos poderosos (PORTER, 1999, p. 37). Compradores e fornecedores podem influenciar diretamente nas estratégias empresariais. Podendo favorecer a uma empresa e prejudicando outra. É necessário conhecer bem cada fornecedor e o cliente que deseja atingir para que as estratégias sejam direcionadas e as empresas não coram riscos de auto se destruir por realizar um negócio que lhe cause prejuízos. Os fornecedores devem ser parceiros das empresas, onde os interesses sigam na mesma direção e os compradores devem sentir que fez uma negociação justa, onde não teve prejuízo e nem causou prejuízo, um negócio tem que ser bom para as duas partes, se for ruim para uma não vale a pena ser concretizado. 2.4.2 Posicionamento da empresa O posicionamento das empresas em relação a um determinado mercado requer esforços por parte de empresa. A competição para permanecer no mercado é grande e é preciso buscar se diferenciar dos concorrentes para poder se posicionar no mercado. Os 37 concorrentes devem ser visto como influencia de mercado e através do conhecimento da capacidade de cada um e assim poder traçar estratégias para se diferenciar destes. Os concorrentes estão sempre competindo e procuram formas para se posicionar no mercado, nesta disputa está à competição por preços, combates publicitários, introdução de produtos, entre outros. Esse tipo de rivalidade é influenciado por fatores como igualdade de condições entre os concorrentes; crescimento lento de um setor; custos fixos elevados; aumento de capacidades; diversidades de estratégias, entre outras (PORTER, 1999, p. 39). Após analisar as forças que influenciam o mercado, o estrategista deve conhecer os pontos fortes e fracos da empresa, para assim poder traçar uma estratégia de ação, melhorar o poder de influencia e posicionamento no mercado, antecipação de mudanças de acordo com a força de reação da empresa, adquirir equilíbrio competitivo e analisar as estratégias uma de cada vez. É importante ter esse conhecimento antes do reconhecimento dos concorrentes (PORTER, 1999, p. 40). Em relação à competição é preciso que as empresas conheçam os pontos fortes e fracos, para que busquem se defender da competição e descubram vantagens onde as forças são mais fracas. Ao conhecer essas forças a empresa poderá traçar estratégias para enfrentar ou evitar a competição. Ao lidar com as forças as empresas podem traçar estratégias ofensivas e o marketing é uma importante ferramenta para aumentar a identificação com a marca, diferenciar os produtos dos concorrentes, entre outros. A busca pelo equilíbrio na concorrência parte dos resultados obtidos em relação aos fatores externos e o reflexo da empresa (PORTER, 1999, p. 41). É necessário que as empresas determinem pontos de vista estratégicos para acompanhar as mudanças do mercado. Os impactos que a concorrência causa na mudança do mercado requer que os estrategistas determinem prioridades em relação ao ponto de vista estratégico, pois novos fatores trazem mudanças significativas para o futuro. Essas mudanças impulsionaram diminuições em relações às barreiras e afetam de certa forma nos lucros das empresas. É preciso fazer planejamentos a longo prazo, examinar as forças competitivas e prever o nível de força dos concorrentes e o potencial do lucro no setor. Estas características impulsionam o estabelecimento da marca, mudanças de tecnologia, custos, entre outros (PORTER, 1999, p. 43). Neste sentido, os estrategistas devem conhecer melhor a empresa, seu potencial, seu capital disponível, a força da sua marca, para traçar as estratégias a longo prazo. Precisam conhecer também seus concorrentes, a capacidade de cada um, seu poder de diferenciação, a força que a marca deles tem no mercado, entre outros aspectos. Para conseguir se posicionar 38 no mercado uma empresa tem que focar suas estratégias em cima dos pontos fortes e fracos delas e dos concorrentes e só conseguirá se posicionar se conseguir se diferenciar dos concorrentes, fortalecerem sua marca, oferecer produtos e serviços com maior qualidade e preços justos.A estratégia é fundamental para conseguir posicionamento no mercado. 2.5 O QUE É ESTRATÉGIA? As empresas buscam cada vez mais traçar estratégias para se diferenciar das concorrentes. Mas é preciso conhecer bem os pontos que são necessários para se ter uma estratégia competitiva. Seja uma estratégia para se diferenciar dos concorrentes, ou ter preços mais atraentes, ou desempenhar atividades de formas diferentes, seja qual for a estratégia é necessário o conhecimento sobre elas. Para Oliveira (2004, p. 324) estratégia é o “caminho, maneira ou ação formulada e adequada para alcançar, preferencialmente, de maneira diferenciada, os objetivos e desafios estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente”. Um dos problemas que uma empresa encontra é a incapacidade de distinguir a eficácia operacional e estratégia. Eficácia operacional compreende ao desempenho que uma empresa tem em realizar suas atividades de forma que sejam melhores que as rivais. É a forma com que uma empresa utiliza melhores seus insumos, como por exemplo, desenvolver produtos com maior rapidez. Enquanto a estratégia compreende desempenhar atividades diferentes, ou as mesmas atividades dos concorrentes de forma diferenciada (PORTER, 1999, p. 47). Diante do exposto, percebe-se que a estratégia é a forma em que a empresa realiza suas atividades buscando se diferenciar das concorrentes. Mesmo que as atividades sejam semelhantes, a forma com que uma empresa pode se diferenciar de outra empresa para conseguir ser mais ágil é o que possibilita a empresa atingir seus objetivos e desafios traçados. A eficácia operacional é imprescindível para conseguir maior rentabilidade para a empresa. Porém, não é o bastante. A empresa está cada vez mais melhorando sua eficácia operacional e conseguem imitar com rapidez as técnicas gerenciais de outras empresas, conseguem novas tecnologias, melhoram os insumos e conseguem atingir rapidamente os clientes. A segunda razão pela qual a eficácia operacional é insuficiente é a convergência competitiva, pois quanto mais as empresas se assemelham através da prática do 39 benchmarking, mais desgastes encontram e se limitar apenas pela competição gera fatores mutuamente destrutivos. A eficácia operacional já possibilitou impressionantes ganhos, porém perdeu lugar para as estratégias (PORTER, 1999, p. 50). Neste sentido, as empresas devem buscar a eficácia operacional, mas não deve sobrepor a ela a responsabilidade por crescimento e posicionamento de mercado. Ela deve ser um instrumento a mais na busca pelo posicionamento e crescimento. Porém, o fator que pode ser responsável pelo crescimento e posicionamento do mercado é a estratégia. Quanto maior for o conhecimento da empresa em relação aos fatores externos, internos e da concorrência, maior poder de traçar estratégias a empresa terá. Além de poder traçar estratégias onde suas forças negativas não comprometam o sucesso do investimento e que possa usufruir ainda mais dos pontos positivos e assim criar oportunidades de negócios. Os posicionamentos das empresas podem ser de três formas: posicionamento baseado na variedade, posicionamento baseado nas necessidades e o posicionamento baseado no acesso. O posicionamento baseado na variedade corresponde a “produção de um subconjuto dos produtos ou serviços de um setor”. Este tipo de posicionamento é voltado para as variedades dos produtos ou serviços e não dos clientes. Ele só traz benefícios econômicos se a empresa tiver capacidade de produzir produtos ou serviços utilizando atividades diferenciadas. O posicionamento baseado nas necessidades compreende a forma de atividades que venham a satisfazer as necessidades de determinado grupo de clientes. Neste tipo de posicionamento as diferenças entre as necessidades não reflete a posicionamentos significativos. Posicionamento baseado por acesso compreende ao “acesso em função da geografia ou do porte do cliente”. É a forma com que as empresas devem se posicionar para procurar a melhor forma de atender os clientes (PORTER, 1999, p. 59). Neste sentido, as formas de posicionamento variam quanto às variedades, necessidades e acesso. Em geral as empresas que conseguirem se adaptar para atender as especificações do posicionamento poderá encontrar novos mercados, novos clientes e podem se posicionar melhor no mercado competitivo. Além de alavanca crescimento econômico, operacional e de mercado. Após o conhecimento do posicionamento, Porter (1999, p. 63) relata o que é Estratégia: Estratégia é criar uma posição exclusiva e valiosa, envolvendo um diferente conjunto de atividades. Se houvesse apenas uma única posição ideal, não haveria necessidade de estratégia. As empresas enfrentariam um imperativo simples – ganhar a corrida para descobrir e se apropriar da posição única. A essência do posicionamento estratégico consiste em escolher atividades diferentes daquelas dos rivais. 40 Neste sentido, estratégia são formas de traçar atividades de forma direcionadas e que se diferencie das atividades desempenhadas pelos concorrentes. É criar um posicionamento diferenciado, que os concorrentes tenham dificuldade de copiar ou superar essas atividades. Pode ser uma estratégia de comunicação, produção, desenvolvimento de produtos ou serviços, estrutura física, tecnologia, etc. Ou até mesmo o conjunto de todas as atividades. É uma busca continua por melhoria e diferenciação dos concorrentes. 2.6 DA VANTAGEM COMPETITIVA À ESTRATÉGIA CORPORATIVA As empresas buscam vantagens competitivas em relação das concorrentes. Com o mercado cada vez mais competitivo as vantagens são formas de se diferenciar e conseguir se posicionar no mercado determinado. O setor coorporativo também deve estar preparado para criar valor estratégico para a organização. Oliveira (2004, p. 141), relata que “a vantagem competitiva, que possibilita identificar os produtos e os mercados para as quais a empresa está, realmente, capacitada para atuar”. Ou seja, a empresa não deve só identificar os produtos ou mercado, deve verificar sua capacidade para atender esses mercados e a capacidade de produzir estes produtos. Oliveira (2004, p. 141), diz que “o processo de determinação da vantagem competitiva pode ser feito de dentro para fora (quais vantagens que a empresa apresenta para operar numa relação produtos versus mercados), ou de fora para dentro (quais são os produtos e mercados para os quais a empresa tem condições únicas de competição)”. Neste sentido, a empresa deve verificar suas condições internas, suas capacidades em relação aos produtos e mercados. Deve estar bem estruturada para poder ter condições estratégicas. Em relação aos fatores externos, deve estar atenta quanto às empresas concorrentes, como estas estão capacitadas para atender ao mercado com produtos diferenciados. Oliveira (2004, p. 141), ainda diz que: A vantagem competitiva procura isolar as características de oportunidades únicas dentro do campo definido pelo âmbito produtos versus mercados e pelo vetor de crescimento. Ela procura identificar propriedades particulares de relação produtos versus mercados individuais que darão à empresa forte posição competitiva. 41 Neste sentido, as empresas que conseguem observar as oportunidades únicas de mercado ou de produtos e intensificar suas capacidades, conhecimento, agilidade em prol de conseguir atender essa oportunidade terão condições de crescimento e de posicionamento de mercado, no campo estabelecido por elas. Em relação a estratégia corporativa, para se formular uma é necessário especificar as condições de diversificação da empresa. Essas condições se resumem em três testes, segundo Porter (1999, p. 137), são eles: O teste da atratividade; o teste do custo de entrada e o teste da melhoria de condições. O teste da atratividade compreende aos setores, que ao serem escolhidos devem ser estruturados para serem atrativos ou possam se tornar atrativos. O teste do custo de entrada compreende que “o custo de entrada não deve capitalizar todos os lucros futuros”. Os testes da melhoria de condição compreendem a uma nova unidade de ganhar vantagem competitiva partindo dos próprios elos em sentido aos da corporação ou vice-versa (PORTER, 1999, p. 137). O teste da atratividade demonstra que as empresas atrativas encontram dificuldades de entrar no mercado, as barreiras para impedir são muitas o que dificulta a entrada. No caso de uma empresa pouco atrativa, as barreiras são poucas e a facilidade de penetração no mercado é maior. As empresas não precisam mostrar todo o potencial antes de entrar no mercado, o interessante é que primeiro entre no mercado para depois mostrar sua capacidade, seu poder de diversificação e seus atrativos (PORTER, 1999, p. 137). O teste de custo de entrada permite verificar se o custo da entrada em um setor é maior do que o retorno esperado. Existem formas de entrar em um novo mercado através de fusões, porém, as empresas se tornam mais vulneráveis para obter controle, o que pode ocasionar fracasso. Outra forma de entrar em um setor é constituindo uma nova empresa, porém, esta encontrará barreiras e os custos para enfrentar essas barreiras eliminem as possibilidades de lucros potenciais. “Quanto mais sedutor o novo setor, mais custosa será a entrada” (PORTER, 1999, p. 138). Em relação ao teste de melhoria de condições, muitos executivos ignoram o teste, porque acham que suas lógicas são capazes de criar situações de diversificação e alcançarem lucros. Mas o que muita vezes ocorre, é que em muitas vezes os benefícios só aparecem na hora da constituição de uma empresa, quando são realmente levado em conta a formulação de estratégias, enquanto depois os empresários só buscam a diversificação como forma de vantagem competitiva (PORTER, 1999, p. 139). 42 Em decorrência dos testes as empresas podem se tornar mais atrativas, buscando entrar em um setor sem que precise explorar todo seu potencial, é necessário ser atrativa, mas para competir com outras empresas e enfrentar as barreiras existentes a empresa pode diminuir seu grau de diversificação, quando entrar no mercado é que explora toda sua capacidade. Deve ter cuidado quanto aos custos disponíveis para investir em um novo setor, pois a rentabilidade pode não ser atrativa e menor do que o que se investiu o que pode ocasionar a destruição da empresa. É importante fazer o teste de melhorias para poder criar valor para os acionistas e não causar a destruição da mesma. Quando se obtém sucesso nos três testes e se estabelece um padrão para ser atendido é necessário criar a estratégia corporativa. Muitas empresas não compreendem o que é uma estratégia corporativa, ou compreendem, mas sente dificuldades para implantar, o que ocasiona resultados que não satisfatório para as empresas. As estratégias corporativas são conceituadas em gestão de portifólio, reestruturação, transferências de habilidades e compartilhamento de atividades (PORTER, 1999, p. 140). Gestão de portifólio consiste em diversificar as atividades em decorrência de aquisições. Nesse tipo de estratégia corporativa funciona quando uma empresa sólida adquire outras empresas atrativas e sólidas, onde a gerencia de competência permanece a mesma. Não necessita ser do mesmo seguimento, embora os melhores gestores de protifólio restringem os seguimentos para limitar habilidades específicas à alta administração (PORTER, 1999, p. 141). A estratégia corporativa de reestruturação acontece quando uma empresa sólida adquire uma outra empresa que está em condições desfavoráveis, ameaçadas e enfermas. Com aquisição a empresa matriz faz mudanças significativas, muda a gerencia, investe em novas tecnologias, fazem aquisições complementares, até fortalecer a empresa. Quando esta estiver estruturada, transformada e revigorada a empresa matriz vende a empresa, pois a empresa não mais está agregando valor e o custo com a alta gerencia não compensa, desta forma vende a empresa e o capital é investido em novas oportunidades (PORTER, 1999, p. 148). No caso da estratégia corporativa por transferência de habilidades ocorre quando empresas diversificadas de negócios podem trocar habilidades. Deve ser um negócio de rentabilidades para as partes. Cada unidade tem sua própria cadeia de valor, mas ou tocarem habilidades pode tornar essa troca significativa para as partes. Além de poder abranger novas habilidades o que trás vantagens competitivas. E cada unidade receptora pode se tornar mais competitiva. Essa troca de habilidade pode ser uma única vez ou continua, vai depender das oportunidades e o valor agregado para os acionistas (PORTER, 1999, p. 150). 43 Diante do exposto, uma empresa que optar por uma estratégia corporativa deverá nortear suas estratégias para que se enquadre em um dos tipos, seja de portifólio, seja de reestruturação ou transferência de habilidades. Deve escolher uma estratégia que possibilite novas vantagens competitivas, crescimento organizacional, conquista de novos mercados e produtos. Deve alcançar os objetivos e metas traçadas de acordo com as necessidades da organização. 44 3 METODOLOGIA Diante de tudo que foi exposto anteriormente, esta parte vem explicar os métodos que foram utilizados para que a pesquisa pudesse ser composta. A partir do tipo de estudo traçado é que foi possível desenvolver este trabalho de conclusão de curso. Portanto, esta pesquisa é de caráter bibliográfica, exploratória, descritiva, quantitativa, de campo e indutiva. De acordo com Gil (1999, p. 65 apud, BATISTA, 2010, p. 90), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Esta pesquisa foi embasada em material já elaborado, utilizou de livros e artigos científicos, onde continham informações seguras sobre a temática levantada desta pesquisa. De acordo com Batista (2010, p. 56), “o caráter da pesquisa exploratória é proporcionar uma visão geral do objeto estudado, como diz o próprio nome, seu principal objetivo é explorar, conhecer o objeto”. Para Gil (1999, p. 43 apud, BATISTA, 2010, p. 56), “as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”. Esta pesquisa é exploratória porque, ainda não tem nenhum estudo sobre esse tema voltado ao Restaurante Dghust Grill, desta forma, essa pesquisa está explorando a questão da Gestão da Qualidade e Gestão de Serviços, como contribuição para o restaurante citado acima, demonstra um estudo com uma visão geral sobre a temática. Para Batista, (2010, p. 56), “a pesquisa de caráter descritivo tem como finalidade descrever em detalhes as características de determinado fenômeno ou as relações entre o objeto e a totalidade na qual está inserido”. Este estudo também se enquadra como um estudo descritivo, pois foi possível descrever os tipos de Gestões. Além de ser possível descrever os pontos positivos e negativos, fazer análise do problema e conseguir formar uma conclusão sobre a problemática levantada. Segundo Rodrigues (2011), a pesquisa quantitativa “traduz em números as opiniões e informações para serem classificadas e analisadas. Utilizam-se técnicas estatísticas”. Desta forma, a pesquisa é quantitativa porque utilizou de análises estatísticas para observar as opiniões dos entrevistados. 45 De acordo com Trenton Haack (apud MALHOTRA, 2006, p. 390), em relação ao estudo de campo relata o seguinte: Por mais bem-planejado que tenha sido o processo de pesquisa, as pessoas que executam o trabalho detêm o controle da qualidade. O segredo de um bom trabalho de campo se fundamenta em seleção cuidadosa, treinamento intensivo e avaliação continuada sempre visando à qualidade. Este trabalho também se caracteriza como pesquisa de campo, pois foi desenvolvido um questionário de pesquisa, com perguntas voltadas para os clientes, onde estes podem colocar sua opinião, reclamações e satisfação visando sempre atender as necessidades, desejos qualidade e os serviços de forma que estas informações venham a contribuir para o Gestores na tomada de decisões , entre outros fatores. Conforme Batista (2010, p. 43), em relação ao método indutivo, “a conclusão não se inicia de uma premissa geral que vai ao particular, mas o inverso”. Ainda segundo Batista (2010, p. 43), baseada nos conceitos de Gil (1999, p. 28), relata o seguinte: “É preciso observar os fatos ou fenômenos que se deseja conhecer e, a seguir, compará-los. A conclusão seria a generalização das relações comuns observadas, numa relação de causa-efeito”. Esta pesquisa é indutiva, pois a problemática foi escolhida após uma análise geral da evolução do ramo de restaurantes ao longo dos anos e daí a escolha este tema para melhor aprofundamento e conhecimento do problema, podendo até obter uma conclusão sobre o problema levantado. 3.1 INSTRUMENTO DA PESQUISA Os dados foram coletados através de um questionário, registrada em um formulário contendo perguntas estruturadas, fechadas. Foi aplicada no mês de maio de 2011, aos clientes do Restaurante “X”, situado em Caruaru –PE. A pesquisa foi respondida por 100 pessoas. Os dados coletados foram válidos, pois trouxe reflexões, argumentações, interpretações, análises e conclusões dos clientes pesquisados. A análise dos dados foi feita através das respostas coletadas pelos mesmos e seus resultados foram exibidos através de gráficos junto à interpretação dos dados para melhor entendimento. 46 Anterior à pesquisa não foi elaborado nenhum questionário como um pré-teste. Os conhecimentos prévios partiram de informações trocadas com o proprietário de forma informal. A partir desta conversa foi possível compor a pesquisa e na busca de compreender a percepção dos clientes em relação aos serviços prestados pelo Restaurante “X”, situado em Caruaru – PE, foi que o questionário foi elaborado. 47 4 ANÁLISE DOS DADOS Este capítulo representa em gráficos os dados coletados em relação a pesquisa de campo. Através da análise dos gráficos é possível compreender a percepção dos clientes em relação aos serviços prestados pelo Restaurante “X” em Caruaru –PE. A pesquisa utilizou como critérios de respostas: Concordo Totalmente (CT); Concordo Parcialmente (CP); Neutro (NT); Discordo Parcialmente (DP) e Discordo Totalmente (DT). 4.1 ANÁLISE DOS GRÁFICOS GRÁFICO 1 - Satisfação quanto as Instalações Físicas Satisfação quanto as Instalações Físicas 4% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente 96% FONTE: O autor. Através do gráfico é possível perceber que 96% das pessoas entrevistadas estão satisfeitas com as condições de instalação físicas do Restaurante. Só 4% demonstrou que descorda parcialmente com as condições de instalações, um índice considerado baixo. Pois, de 100% apenas 4% dos entrevistados concordaram parcialmente, o que representa que ainda existe satisfação em relação a estas pessoas. 48 GRÁFICO 2 - Aparência dos Atendentes Aparência dos Atendentes 8% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente 92% FONTE: O autor. De 100% das pessoas, só 8% concordam parcialmente com a aparência dos atendentes. Enquanto a maioria, 92% das pessoas estão totalmente satisfeitas quanto a aparência dos atendentes, mais com o somatório dos dois fatores, mostram que o cliente está satisfeito com as aparências dos atendentes do Restaurante “X”, pois não teve nenhuma fator de discordância da aparência. GRÁFICO 3 - Aparência do Chapeiro Aparência do Chapeiro 10% 5% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro 85% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistas, 5% não tiveram resposta, ficando neutras quanto a pergunta, 10% pessoas concordaram parcialmente e 85% concordaram totalmente quanto a aparência dos Chapeiros, demonstrando que 95% dos clientes estão satisfeitos, o nesse fator não teve nenhuma discordância da aparência do Chapeiro. 49 GRÁFICO 4 - Aparência do Caixa Aparência do Caixa 6% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente 94% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, a penas 6% concordaram parcialmente, enquanto 94% das pessoas concordaram totalmente com a aparência do Caixa, mostra que os clientes estão satisfeitos com aparência do caixa. GRÁFICO 5 - Satisfação quanto as Atividades dos Atendentes Satisfação quanto as Atividades dos Atendentes 6% 14% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro 80% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 6% das pessoas permaneceram neutras, 14% das pessoas concordaram parcialmente e 80% das pessoas concordaram totalmente. Demonstrando que 94% das pessoas estão satisfeitas quanto às atividades desempenhadas pelos atendentes. 50 GRÁFICO 6 - Satisfação quanto as Atividades do Chapeiro Satisfação quanto as Atividades do Chapeiro 15% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente 85% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 15% concordaram parcialmente e 85% das pessoas concordaram totalmente. Demonstrando que a maioria das pessoas está satisfeita quanto às atividades desempenhadas pelo Chapeiro, sendo que mesmo assim o Restaurante “X” tem que buscar melhorias para chegar aos 94%, buscando igualar os outros atendentes. GRÁFICO 7 - Satisfação quanto as Atividade do Caixa Satisfação quanto as Atividade do Caixa 12% 3% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Discordo Parcialmente 85% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 3% das pessoas permaneceram neutras, 12% concordaram parcialmente e 85% concordaram totalmente. Demonstrando que 95% das pessoas estão satisfeitas quanto às atividades desempenhadas pelos Caixas. 51 GRÁFICO 8 - Satisfação quanto a Rapidez no Atendimento Satisfação quanto a Rapidez no Atendimento 20% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente 80% FONTE: O autor De 100% das pessoas entrevistadas, 20% das pessoas concordaram parcialmente e 80% concordaram totalmente. Demonstrando que a maioria das pessoas estão satisfeitas quanto a rapidez do atendimento. Com o somatório de 100% chegamos a um conclusão que o cliente nesse fator está satisfeito. GRÁFICO 9 - Satisfação quanto as Informações Passadas pelos Atendentes Satisfação quanto as Informações Passadas pelos Atendentes 30% 45% Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro 25% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 45% das pessoas permaneceram neutras, 25% concordaram parcialmente e 30% concordaram totalmente. Demonstrando que 45% das pessoas estão neutras em relação às informações passadas pelos atendentes fazendo com que a gestão do Restaurante “X” procure melhorias nesse fator, pois só 55% das pessoas estão satisfeitas. 52 GRÁFICO 10 - Satisfação quanto a Educação e Cordialidade dos Atendentes Satisfação quanto a Educação e Cordialidade dos Atendentes 2% 5% Concordo Totalmente 5% Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente 88% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 2% discordaram parcialmente, 5% permaneceram neutras, 5% concordaram parcialmente e 88% concordaram totalmente. Demonstrando que 88% das pessoas estão satisfeitas quanto à educação e cordialidade dos atendentes, mais nesse fator vimos uma discordância preocupante, fazendo com que a gestão do Restaurante “X”, busque melhorias nesse fator, pois a educação e cordialidade são fatores primordiais nos serviços. GRÁFICO 11 - Satisfação quanto a Educação e Cordialidade do Chapeiro Satisfação quanto a Educação e Cordialidade do Chapeiro 17% Concordo Totalmente 44% Concordo Parcialmente Neutro 39% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 17% permaneceram neutras, 39% concordaram parcialmente e 44% concordaram totalmente. Demonstrando que 83% das pessoas estão satisfeita quanto às atividades desempenhadas pelo Chapeiro, mais 17% estão neutras fazendo 53 com que a gestão do Restaurante “X” busque melhorias para saber que tipos de neutralidade são essas. GRÁFICO 12 - Satisfação quanto a Educação e Cordialidade do Caixa Satisfação quanto a Educação e Cordialidade do Caixa 15% Concordo Totalmente 15% Concordo Parcialmente 70% Neutro FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 15% permaneceram neutras, 15% concordaram parcialmente e 70% das pessoas concordaram totalmente. Demonstrando que 85% das pessoas estão satisfeitas quanto à educação e cordialidade do caixa, mais 15% estão neutras, fazendo que com o restaurante busque melhorias para chegar aos 94% previstos nos fatores. GRÁFICO 13 - Satisfação quanto a Atenção e Segurança passada pelos Atendentes Satisfação quanto a Atenção e Segurança passada pelos Atendentes 10% Concordo Totalmente 30% 60% Concordo Parcialmente Neutro FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 10% permaneceram neutras, 30% concordaram parcialmente e 60% concordaram totalmente. Demonstrando que 90% das pessoas estão satisfeitas quanto à atenção e segurança passada pelos atendentes. 54 GRÁFICO 14 - Satisfação quanto a atenção e segurança passada pelo chapeiro Satisfação quanto a atenção e segurança passada pelo chapeiro 10% Concordo Totalmente 30% 60% Concordo Parcialmente Neutro FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 10% permaneceram neutras, 30% concordaram parcialmente e 60% concordaram totalmente. Demonstrando que 90% das pessoas estão satisfeitas quanto à atenção e segurança passada pelo Chapeiro. GRÁFICO 15 - Satisfação quanto a Atenção e Segurança passada pelo Caixa Satisfação quanto a Atenção e Segurança passada pelo Caixa 10% Concordo Totalmente 5% Concordo Parcialmente Neutro 85% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 10% permaneceram neutras, 5% concordaram parcialmente e 85% concordaram totalmente. Demonstrando que a maioria das pessoas está satisfeita quanto à atenção e segurança passada pelo Caixa. 55 GRÁFICO 16 - Indicação do Restaurante para outras Pessoas Indicação do Restaurante para outras Pessoas 0% SIM NÃO 100% FONTE: O autor. O gráfico demonstra que as 100% das pessoas entrevistadas indicariam o Restaurante “X” para outra pessoa. Demonstrando que 100% das pessoas gostam e indicam o Restaurante “X”. GRÁFICO 17 - Satisfação quanto a disposição e facilidades passadas pelos atendentes Satisfação quanto a disposição e facilidades passadas pelos atendentes 5% Concordo Totalmente 20% Concordo Parcialmente Neutro 75% FONTE: O autor. De 100% das pessoas entrevistadas, 5% permaneceram neutras, 20% concordaram parcialmente e 75% concordaram totalmente. Demonstrando que 95% das pessoas estão satisfeita quanto à disposição e facilidades passadas pelos atendentes. Entrando nos percentuais previsto de 94% pelo Restaurante “X”. 56 4.2 SUGESTÕES DOS CLIENTES Das 100 pessoas entrevistadas só 3 pessoas colocaram sugestões. São elas: O pagamento deveria ser efetuado após as refeições. Durante o horário de almoço, das 12hs às 14hs, as filas no caixa são enormes, deveriam ser 2 caixas em funcionamento neste horário. No jantar poderiam ter mais opções de café (café com leite, Capuccino, café aromatizado, etc.). 4.3 ANÁLISE GERAL Através da análise dos dados, colhidos junto aos clientes, percebe-se que na totalidade os serviços oferecidos pelo Restaurante “X” são satisfatórios para os clientes. Porém, mesmo a maioria concordando totalmente com a qualidade nos serviços prestados, os gestores devem focar mais nos atendentes, enquanto as informações passadas para os clientes. A pesquisa demonstrou que a maioria das pessoas ficaram neutras em relação a pergunta feita. Isto pode ser visto como um aspecto que precisa ser melhorado. Outro aspecto que merece a atenção dos gestores, mesmo tendo a maioria dos clientes respondido que estavam totalmente satisfeitos, uma boa parte dos clientes demonstraram estar parcialmente satisfeitos, dessa forma o aspecto de educação e cordialidade do Chapeiro pode ser melhorado. Outro aspecto é a questão da segurança e atenção passada pelos Atendentes e Chapeiro. Este aspecto também pode ser melhorado visando otimizar ainda mais os serviços. Um fator impressionante foi que das 100 pessoas entrevistadas, o índice de discordância parcial foi muito baixo, não houve nenhum índice em relação a discordância total e a maioria das pessoas estão totalmente satisfeitas com os serviços prestados pelo Restaurante “X”, a ponto de todos os entrevistados responderem que indicariam o Restaurante “X” a outras pessoas. Com isso, a pesquisa demonstra que a gestão direcionada aos serviços em relação ao Restaurante “X”, está conseguindo satisfazer as necessidades e desejos dos seus clientes. Os serviços prestados estão sendo disponibilizados de forma satisfatória, mesmo podendo melhorar um pouco mais nos aspectos anteriormente citados, o Restaurante “X”, está 57 direcionado a ter destes clientes sua fidelidade e através desta, poder continuar sendo um nome de referência no mercado Caruaruense. Quanto às sugestões dos clientes, os gestores poderiam verificar a possibilidade de colocar em atividade mais um caixa para atendimento em horários de maior movimento, assim a agilidade quanto aos serviços prestados permaneceriam dentro do padrão de qualidade da empresa. Em relação ao pagamento após as refeições, os gestores devem desconsiderar esta sugestão, pois como a empresa oferece um serviço de Self-service o pagamento antes das refeições passa maior segurança para a empresa. Já a possibilidade de servir outros tipos de cafés no jantar, os gestores poderiam analisar o custo para oferecer mais de um tipo de café, se não ficar onerosa para a empresa, à sugestão poderia ser atendida sem que fosse repassado nenhum custo a mais para o cliente. A partir dos dados foi possível verificar que a gestão de serviços do Restaurante “X”, está bem estruturada e que através das estratégias, objetivos e metas traçadas pela gestão está conseguindo satisfazer os clientes. A maior contribuição que a gestão de serviços está possibilitando para a empresa é a satisfação dos clientes. Através de uma gestão estruturada os serviços oferecidos estão conseguindo atingir os clientes, de forma que a empresa consegue se diferenciar das outras pela agilidade, qualidade e facilidades nos serviços prestados. 58 5 CONCLUSÃO A partir da análise das fontes bibliográficas e da pesquisa de campo, foi possível atender os objetivos propostos pela pesquisa. Foi possível identificar os pressupostos fundamentais para a Gestão de serviço e com isso relacionar aos serviços prestados pelo Restaurante “X”. A empresa consegue satisfazer os clientes oferecendo serviços com agilidade, com isso as pessoas têm mais tempo para fazer suas atividades pessoais com maior qualidade de vida. Em relação à contribuição da Gestão de serviços para a empresa em estudo, percebeuse que por ter uma estrutura organizacional estruturada, voltada para satisfazer os clientes a gestão de serviços contribui para que a organização desempenhe suas atividades com maior segurança, agilidade, qualidade e cordialidade. Através da união destes fatores, consegue oferecer serviços que atendam os desejos dos clientes e em contrapartida, a empresa consegue se posicionar no mercado Caruaruense como sendo uma empresa que oferece produtos alimentícios de qualidade. A empresa se diferencia das concorrentes, por oferecer um serviço de self-service nos shoppings da cidade, podendo oferecer variedades em seus produtos, preços acessíveis e agilidade no atendimento. O Restaurante “X”, é considerado como um dos principais restaurantes dos shoppings, pois oferece as principais refeições, tendo em seu cardápio uma variedade de opções que atraem os consumidores e através dos seus serviços e produtos se mantém no mercado competitivo. A pesquisa tinha como objetivo geral verificar, sob a perspectiva dos clientes, quais elementos da gestão de serviço geram diferencial competitivo em um Restaurante situado na cidade de Caruaru-PE. Através da análise foi possível atingir este objetivo, porque a agilidade, a variedade dos produtos, a segurança, cordialidade e atendimento levam os clientes a frequentarem o Restaurante “X” e os levam a indicar o nome deste restaurante para outras pessoas. A marca deste restaurante já está consolidada no mercado Caruaruense. Este restaurante conseguiu estabelecer sua marca e alcançou a permanência no mercado muito concorrido. A gestão de serviços integrada e eficaz contribui significadamente para que a empresa conseguisse se diferenciar das demais e impetrasse no mercado de forma que conquistou a satisfação dos clientes pela qualidade nos produtos oferecidos. 59 Conclui-se, que a gestão de serviço possibilita que o Restaurante “X” trace quais os pontos positivos e negativos que a organização possui e em cima destes, delimitem estratégias para melhorar sua estrutura para poder ofertar produtos e serviços com qualidade, no sentido de satisfazer os clientes, atendendo suas necessidades e desejos. Quando estes pontos são alcançados, a empresa possivelmente obterá sucesso e conseguirá posicionar-se no mercado de forma diferenciada dos concorrentes. Mas, vale salientar, que a empresa deve estar sempre analisando os clientes, o mercado e suas mudanças, para que esta trace estratégias para atender as novas oportunidades que o mercado oferece e possam satisfazer as necessidades dos clientes que estão em constantes mudanças. 60 REFERÊNCIAS BATISTA, Erika. Iniciação Científica em Ciências Humanas. Curitiba: Ibpex, 2010. COBRA, Marcos; RIBEIRO, Áurea. Marketing: magia e sedução. São Paulo: Cobra, 2000. DRUCKER, Peter. Fator Humano e Desempenho: o melhor de Peter F. Drucker sobre Administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1997. GIANESI, Irineu G. N.; CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 2008. GUEDES, Ronaldo. Gestão de Serviços. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/gestao-de-servicos/25637/>. Acesso em: 22 mar. 2011. HOLANDA, Juliana. 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A mesma tem fundamentos acadêmicos e suas opiniões expressas não serão identificadas. 1 As instalações físicas (Apresentação do self-service, lay-out, limpeza dos equipamentos, cadeiras, iluminação, talheres, pratos, bandejas) do Restaurante “X” são satisfatórias. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 2 Os atendentes do Restaurante “X” trabalham com aparência adequada (asseio, higiene e limpeza). Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 3 O Chapeiro (Grelhados) do Restaurante “X” trabalha com aparência adequada (asseio, higiene e limpeza). Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 4 O Caixa do Restaurante “X” trabalha com aparência adequada (asseio, higiene e limpeza). Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 64 5 Os Atendentes realizam suas atividades de forma satisfatória. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 6 O Chapeiro (Grelhados) atua de forma satisfatória. Concordo Totalmente ( Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ) ( ( ( ( ) ) ) ) 7 O Caixa atuam de forma satisfatória. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 8 Os clientes do Restaurante “X” são atendidos de forma rápida. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 9 Os Atendentes do Restaurante “X” têm um alto nível de conhecimento ao passar algum tipo de informação para os Clientes. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 65 10 Os Atendentes do Restaurante “X” são educados e simpáticos. Concordo Totalmente ( ) Concordo Parcialmente ( ) Neutro ( ) Discordo Parcialmente ( ) Discordo Totalmente ( ) 11 O Chapeiro (Grelhados) do Restaurante “X” é educado e simpático. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 12 O Caixa do Restaurante “X” é educado e simpático. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 13 Os Atendentes do Restaurante “X” prestam total atenção e passam segurança aos clientes. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 14 O Chapeiro (Grelhados) do Restaurante “X” passa total atenção e segurança ao cliente. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) ) 15 O Caixa do Restaurante “X” passa total atenção e segurança ao cliente. Concordo Totalmente ( ) 66 Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ) ) ) ) 16 Você indicaria o Restaurante Dghust Grill a outro cliente? Sim ( ) Não ( ) 17 Todos os Atendentes apresentam disposição para ajudar e facilitar o processo de atendimento do cliente. Concordo Totalmente Concordo Parcialmente Neutro Discordo Parcialmente Discordo Totalmente ( ( ( ( ( ) ) ) ) )