Boletim Informativo SOCIEDADE HISTÓRICA DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL N.os 282/83 – Ano XXVI Junho/Julho de 2010 Reconhecimento da SHIP Os prémios culturais da SHIP, nas modalidades de Monografia, Imprensa Regional e Livro, suscitaram de novo numerosas candidaturas e foram, como habitualmente, entregues na sessão comemorativa do nosso aniversário. O prémio maior da SHIP – Aboim Sande Lemos – Identidade Portuguesa, que já contemplou mais de duas dezenas de prestigiadas personalidades e instituições, foi este ano, por decisão unânime do júri, atribuído ao General Vasco Rocha Vieira, pela sua notável carreira militar e de servidor do Estado. Também foram proclamados dois novos membros do Conselho Supremo e mais dois Sócios de Mérito, ao mesmo tempo que diversas entidades receberam certificados de reconhecimento pela colaboração prestada à SHIP. Distinguimos, igualmente, mais uma jovem atleta, da Sala de Armas da SHIP, que se sagrou campeã nacional. Em consonância com os objectivos estatutários, continuaremos a homenagear publicamente aqueles que são reconhecidos como os melhores de todos nós. Jorge A. H. Rangel Presidente da Direcção Central Temos mais um novel espaço do Palácio dedicado a uma ímpar figura da nosso historial de afirmação da independência nacional. Nascida de um conjunto de pequenas arrecadações e arquivos, disponibilizados pela transferência dos serviços de secretaria, a nova Capela faz reviver um espaço de oração anteriormente existente no Palácio dos Almadas e de localização mais ou menos incerta. Surge agora em consonância com a recente canonização de D. Nuno Álvares Pereira, Santo do Panteão Nacional e, muito particularmente, ligado ao ideário da SHIP. Fruto de múltiplas doações, de particulares às Paróquias, a Capela foi cuidadosamente erigida para nela poder ter lugar todo o tipo de actos religiosos. À disposição de sócios e convidados, aguarda perene utilização de 1 todos. a profundidade e clareza das suas intervenções − “proposta de sabedoria e de missão” − com o povo, com os intelectuais, com as entidades sociais, com os políticos, com o clero, enfim o rebanho do Senhor, deixou inesquecível “mensagem de esperança” não só para recordar mas e muito especialmente para testemunhar. A Sociedade Histórica da Independência de Portugal esteve presente anonimamente pelos seus sócios, mas ainda pela intervenção do presidente da Direcção Central, Dr. Jorge Rangel, convidado a participar no encontro realizado no Centro Cultural de Belém, e pelo director Eng.º José Luís Andrade, que colaborou directamente com sua Excelência Reverendíssima, o Senhor D. Carlos Azevedo, na concepção e supervisão de todas as questões relacionadas com a segurança, tendo mesmo sido convidado a cumprimentar pessoalmente Sua Santidade. Visita Papal Sua Santidade, ainda antes de pousar em Terras de Santa Maria, já nos dizia que “Quanto a Portugal, experimento, sobretudo, sentimentos de alegria, de gratidão, por tudo quanto fez e faz este país no mundo e na história, e pela profunda humanidade deste povo, que pude conhecer numa visita e com tantos amigos portugueses. Diria que é verdade, muito verdadeiro, que Portugal foi uma grande força da fé católica; levou esta fé a todas as partes do mundo; uma fé corajosa, inteligente e criativa. Soube criar uma grande cultura, o vemos no Brasil, no próprio Portugal, assim como na presença do espírito português na África ou na Ásia”. E, nós Portugueses, que outro sentimento podemos experimentar relativamente a Bento XVI, para além do amor de filhos à manifestação viva de Cristo, do que aquele que só na nossa língua tem especial expressão: Saudade. Antes de o vermos e ouvirmos entre nós, já chorávamos a sua partida. Resta-nos a profunda alegria de nos voltarmos a encontrar em breve. A despeito dos sempre os mesmos “velhos do Restelo” esbracejarem, confirmando as palavras do nosso maior vate Se lá no reino escuro de Sumano Receberdes gravíssimos castigos, Dizei-lhe que também dos Portugueses Alguns traidores houve algumas vezes a jornada de fé que foram estes quatro dias de peregrinar em direcção a Deus constituiu manifestação única. Já o número incalculável de fiéis que em Lisboa, em Fátima, no Porto e por todo o lado por onde o Santo Padre passou, já a proximidade estabelecida entre os portugueses e Bento XVI, já E ainda pelo quadro “São Nuno Santa Maria”, da autoria da consócia Maria de Fátima Sobral Mendonça, seleccionado pelo Bispo Senhor D. Carlos de Azevedo para oferta de boas-vindas a Bento XVI. Boletim Informativo Fundador: Carlos Vieira da Rocha Director: Jorge A. H. Rangel Boletim Bimestral. Editor: António Marques Francisco. Edição e propriedade da Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Palácio da Independência, Largo de São Domingos, n.º 11 – 1150-320 Lisboa. NIF:500875294. Tel.213241470 Fax. 213460754. E-mail:[email protected] Sítio:www.ship.pt Tiragem: 2000 Preço: Gratuito. Impressão: Fábrica das Letras – Rua Francisco Lyon, 2, 2725-397 Mem Martins 2 INATEL Assembleia Geral Conforme oportunamente divulgado, foi realizada a Assembleia Geral da SHIP, no passado dia 19 de Maio, presidida pelo General José Baptista Pereira. Deu-se início com a apresentação do Relatório e Contas de 2009, bem como o respectivo Parecer do Conselho Fiscal, documentos aprovados por unanimidade. De seguida procedeu-a à eleição de dois Sócios de Mérito e de dois novos membros do Conselho Supremo. De acordo com o protocolo SHIP/INATEL esta Fundação proporciona aos sócios da SHIP a utilização das suas instalações bem como a participação nas excursões, por ela organizada. Benefício a não perder. Para informações mais detalhadas e disponibilidades existentes, devem os sócios aceder às unidades, como a localizada nas arcadas do Palácio, ou à página da Internet “www.inatel.pt”. Busto de Mário Beirão Novos Sócios 5061 − Drª. Maria Augusta Esparteiro da Cunha Serra 5062 − Drª. Emília da Glória da Silva Monteiro de Araújo Coutinho 5063 − Dr. Fernando Cardoso Virgílio Ferreira 5064 − Dª. Ana Maria Alves Gonçalves 5065 − Dr. João Pedro Manso Xavier de Brito 5066 − Drª. Arminda Gonçalves Vieira 5067 − Cor. Engº. Luís Alberto Cruzinha Soares 5068 − Drª. Maria Guadalupe Santos Alves Mateus 5069 − Sr. Pedro Manuel Ramalhete Santos da Cunha 5070 − Drª. Maria Odete Esteves Loureiro 5071 − Dr. João Eduardo Ataíde dos Santos Laranjeira 5072 − Dª. Ana Júlia Fidalgo de Matos Pais da Silva 5073 − Manuel de Fontes Fonseca Pessôa-Lopes 5074 − Gaspar Moreira Cardoso da Costa 5075 − Dr. Mário João Carvalho 5076 − Dr. Rui Filipe de Vasconcelos Patrício de Albuquerque 5077 − Dr. José Marques Gomes 5078 − Cor. João Manuel Machado Montalvão dos Santos e Silva 5079 − Dr. José Manuel da Silveira Lopes 5080 − Dª. Lúcia Maria Falcão Gonçalves 5081 − Drª. Ana Júlia Vitória de Barros Marinhas 5082 − Drª. Elsa Maria Proença Bidarra 5083 − Dª. Maria Artemisa Rodrigues Machado Portela de Carvalho 5084 − Sr. Gabriel António dos Santos Basílio 5085 − Dr. Mário Alberto Alves Cardoso 5086 − Dª. Vera Luísa dos Anjos Monteiro Dantas 5087 − Drª. Maria Beatriz de Magalhães Barros Gambôa Pinto de Castello Branco No dia 19 de Maio foi reposto o busto de Mário Beirão, gentilmente oferecido pela família do poeta à Sociedade Histórica. Foi uma sentida homenagem que o GUIÃO − Centro de Estudos Portugueses e a SHIP prestaram a este homem das letras portuguesas, que tanto zelou pelos valores pátrios. Usaram da palavra os presidentes da Direcção Central da SHIP e do GUIÃO, e ainda um membro da família, para realçarem o significado da cerimónia. O director da SHIP, Eng.º José Luís Andrade, fez uma breve resenha biográfica do homenageado a que se seguiu a leitura de alguns dos poemas de Mário Beirão pelo consócio Arq.º Fernando Lima. Esgrima A Câmara Municipal de Lisboa aceitou apoiar a Sala de Armas permitindo-nos, assim, enveredar por uma estratégia há muito desejada: chamar os mais jovens à iniciação da actividade da esgrima em desfavor da sempre desejada, mas por vezes imodesta, conquista de troféus. Aqui fica o apelo a todos os sócios para virem assistir e participar com os seus descendentes mais novos nas sessões de treino, na Sala de Armas, realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 18h00 e as 20h00. 3 CERIMÓNIAS COMEMORATIVAS DO 149.º ANIVERSÁRIO DO DIA Este ano as comemorações do 149.º Aniversário da Sociedade Histórica da Independência iniciaram-se no dia 21 de Maio, pelas 18h30, com um especial brilho musical pela actuação de dois coros da Associação dos Antigos Alunos do Seminário da Diocese de Viseu. Em continuação, e já no Salão Nobre, o presidente da Direcção Central da SHIP deu início à Sessão Solene com uma intervenção profunda sobre a SHIP e a realidade portuguesa actual. As primeiras palavras foram para honrar “a memória do Rei Fundador, no 9.º centenário do seu nascimento, recordando o quase milenar devir histórico de Portugal, inspirando-se na vida e nos feitos de D. Nuno Álvares Pereira, Herói e Santo de Portugal, que tanto tem a ver com os valores que são a razão de ser desta Casa”. Continuando “Quando uma instituição como esta Sociedade Histórica, com um longo e rico percurso de século e meio, tem ainda bastas razões para celebrar a data da sua fundação – e fá-lo sempre com justificado orgulho –, ao mesmo tempo que dá conta às autoridades e aos consócios das suas principais realizações, bem como de novos projectos e novas acções, fica dada a resposta a quantos se interrogam hoje, face às opções e aos condicionalismos políticos e económicos de Portugal, sobre a necessidade da existência desta associação patriótica de cultura e educação que, de acordo com as suas disposições estatutárias, visa a defesa da identidade e da independência nacional.” O discurso continuou ainda por mais alguns minutos, várias vezes interrompido por fortes e prolongados aplausos. O “Coral Lopes Morago”, criado em 1982, e que evoca no seu nome uma figura ímpar no panorama musical viseense do século XVI – Estêvão Lopes Morago. E o grupo Ad Libitum, constituído em 1994, procurando abranger também a música popular portuguesa. O seu nome vem da locução latina que significa prosaicamente “à vontade”. A performance de ambos os Coros foi de grande nível tendo sido muito apreciada pelos sócios presentes. De parabéns estão todos os seus membros, entre os quais destacamos a condução artística do Maestro António Mário Rodrigues e o presidente da Associação dos Antigos Alunos do Seminário da Diocese de Viseu, Dr. António Loureiro. No dia 24 de Maio, às 17h30, perante um conjunto muito alargado de sócios e altas individualidades civis, militares e religiosas, o Vigário Geral do Patriarcado, em representação oficial da Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, procedeu à bênção e à inauguração da capela votiva ao culto de São Nuno de Santa Maria, criada e instalada num lugar nobre do Palácio da Independência. 4 DA SOCIEDADE HISTÓRICA DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL pectivos, as visitas culturais levadas a cabo, as sessões musicais, as conferências, as exposições, etc. Foi então vivido um momento de gratidão aos muitos sócios que vêm enriquecendo o espólio da Sociedade com as suas ofertas. Na ocasião, a artista Gabriela Marques da Costa doou à SHIP dois quadros de sua autoria, dedicados ao Santo Condestável. Na actividade juvenil destaca-se a esgrima, que há muito vem fazendo história. Por amabilidade da Câmara Municipal de Lisboa foi estabelecido um protocolo de colaboração que vem permitindo não só a realização e divulgação da actividade, como o reequipamento e as obras de recuperação, restauro e beneficiação da Sala de Esgrima. A sessão foi avançando, desde logo com a proclamação solene dos novos membros do Conselho Supremo: Dr. Henrique de Queiroz Nazareth e Juiz Conselheiro Alcindo Augusto Costa. Foi então anunciada a decisão da última Assembleia Geral consagrando como Sócios de Mérito os Srs. João António Pacheco Pereira Coutinho e António Bernardino e Silva Gonçalves. Em gratidão pela colaboração meritória prestada à SHIP, a Direcção Central decidiu atribuir Certificados de Reconhecimento às seguintes entidades: ► Comissão Portuguesa de História Militar – pela muito relevante colaboração prestada à SHIP nomeadamente em acções que visam a afirmação dos valores nacionais; ► Instituto de Filosofia Luso-Brasileira – pelo alto nível e relevância cultural das acções realizadas no Palácio da Independência e pela relação de cooperação muito positiva desenvolvida com a SHIP; ► Guião – Centro de Estudos Portugueses – pela excelente colaboração dada à SHIP em actos comemorativos de grandes datas nacionais e em outras actividades de afirmação dos valores portugueses; ► Dr. René Rodrigues da Silva – pela colaboração muito positiva facultada à SHIP, sendo de destacar o impulso decisivo dado ao desenvolvimento das actividades filatélicas e à forma competente e empenhada como tem acompanhado e orientado essas actividades. Fi rm ou-s e de seguida um protocolo de cooperação com uma ainda jovem mas já prestigiada instituição: o Observatório da Língua Portuguesa. O presidente desta instituição, Embaixador Eugénio Anacoreta Correia, agradeceu num breve improviso o que considerou uma honra ao serviço de Portugal e dos Portugueses. Passando a referir a vasta e diversificada actividade na área cultural, foram anunciados os cursos realizados e a entrega dos diplomas res- De seguida foram anunciados os vencedores dos f prémios culturais. Monografia Por decisão do Júri foi atribuído o prémio a Isabel Maria Pereira Craveiro, pelo trabalho intitulado “Alexandre Herculano: 1810-1877” e, também, uma menção honrosa a Joaquim Marques Rodrigues Coutinho, pelo trabalho “ Alexandre Herculano”. Imprensa Regional Concorreram, este ano, trinta e três trabalhos jornalísticos. O Júri deliberou conceder o Prémio ao conjunto de artigos publicados em vários jornais açorianos, da autoria do Prof. Doutor Eduardo Ferraz da Rosa. Os títulos dos artigos foram os seguintes: “A Restauração como ideal Nacional”, “Comemorar a Restauração para repensar a História”, “Nenhum País pode viver isolado da Comunidade Internacional”, “Sociedade Histórica de Portugal evoca a Restauração nos Açores”, “Comemorar a Restauração para repensar a actualidade” e “Praia da Vitória assinala a Restauração”. 5 CERIMÓNIAS COMEMORATIVAS DO 149.º ANIVERSÁRIO Nacional junto do Comando Supremo Aliado da Europa na Bélgica, de 1978 a 1982, Ministro da República para a Região Autónoma dos Açores, de 1986 a 1991, e último Governador de Macau, de 1991 a 19 de Dezembro de 1999, e pelo seu extraordinário e patriótico contributo para a consolidação da herança de matriz portuguesa nas suas múltiplas facetas, para o desenvolvimento do território de Macau e – passados que são dez anos sobre o evento final – para a efectivação de uma transferência de soberania tranquila e com alta dignidade, factos que as autoridades chinesas têm repetidamente vindo a louvar e a pôr em destaque como exemplares, deste modo concorrendo para o excelente relacionamento que se mantém entre os dois países e, assim, contribuindo decisivamente para o robustecimento da identidade portuguesa e prestígio do nosso País no contexto internacional”. Após estrondosa salva de palmas, Sua Excelência o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Dr. Marcos Perestrello, acompanhado da Doutora Maria Conceição Sande Lemos (neta do patrocinador) e do presidente da Mesa da Assembleia Geral, General José Baptista Pereira, procedeu à entrega do prémio à Sr.ª Dr.ª Maria Leonor Rocha Vieira, esposa do homenageado, ausente no estrangeiro ao serviço de Portugal. Foram ainda atribuídas três menções honrosas: uma ao artigo intitulado “Portugal homenageia os Comandos Guineenses (fuzilados) que combateram no Exército Português”, da autoria do Coronel Manuel Amaro Bernardo, publicado no Jornal de Coruche; a segunda menção honrosa foi atribuída ao conjunto de seis artigos, da autoria do Tenente Coronel João José Brandão Ferreira, publicados no Jornal de Coruche; a terceira menção honrosa foi atribuída ao estudo “A Península Ibérica e o nascimento de Portugal”, da autoria de Joaquim Coutinho, publicado na “Voz de Paço de Arcos”. Livro Concorreram, este ano, nove livros. O Júri apreciou as várias obras e deliberou, por unanimidade, conceder o Prémio ao livro “Em Nome da Pátria. Portugal, o Ultramar e a Guerra Justa”, da autoria do Tenente Coronel João José Brandão Ferreira. Foi ainda atribuída uma menção honrosa à obra “Geraldo sem pavor. Um guerreiro de fronteira entre cristãos e muçulmanos (11621176)”, da autoria do Mestre Armando Sousa Pereira. Aboim Sande Lemos O primacial Prémio desta Instituição, aquele que mais directamente visa os objectivos da SHIP, o mais importante, o de maior valor material, é um Prémio de carácter perpétuo, que se destina a galardoar pessoas singulares ou colectivas, cujas obras notáveis, contribuam ou tenham contribuído, de forma significativa para o robustecimento da identidade da imagem cultural portuguesa e a afirmação de Portugal como País livre e independente. Por decisão unânime do Júri foi concedido ao General Vasco Rocha Vieira, em reconhecimento de uma excepcional carreira militar e de servidor do Estado, onde sobressaem o seu notabilíssimo desempenho nos cargos de Chefe do Estado-Maior do Exército, de 1976 a 1978, representante Militar iiiiiAs cerimónias foram encerradas com o entoar do Hino Nacional pelos presentes. 6 ESGRIMA NA SHIP A espada e a esgrima são parte da nossa história da fundação à restauração da independência à afirmação da nossa identidade A Sala de Armas da SHIP proporciona aos jovens um desporto de lazer e de competição do mais alto nível Inscreva os seus familiares e amigos 7 A Câmara Municipal de Lisboa teve a amabilidade de nos conceder um subsídio que permitiu comprar equipamento e material indispensável e ainda proceder às obras mínimas de arranjo da Sala de Armas. Dispondo assim de instalações condignas e equipamento de iniciação em condições, gostaríamos de passar à fase de divulgação e experimentação junto das camadas mais jovens. Permitimo-nos, pois, solicitar a colaboração dos associados, trazendo descendentes a experimentar esta arte tão nobre. As sessões normais de treino são às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 18h00 e as 20h00 na Sala de Armas do Palácio da Independência. 8 Depois do almoço seguiu-se para as ruínas de vila Cardílio, a 2 km da cidade. Esta estação arqueológica conserva quadros de mosaico e vestígios de estruturas da antiga quinta romana. Entre o espólio recolhido, destacam-se centenas de moedas dos séculos II e IV d. C., cerâmicas, ferros, vidros, marfim, osso, mármore e uma estátua de Eros em mármore de Carrara. Percorreu-se ainda o Museu Agrícola, nascido da necessidade de preservar os símbolos de uma vivência passada, constituindo orgulho de todos os riachenses que lutam pela defesa e divulgação do património cultural do nosso país. Para terminar seguiu-se para a Quinta da Rainha, tendo os associados assistido a um espectáculo com “cavalos lusitanos em trabalho”. Depois de um simpático lanche, regressou-se a Lisboa. Passeio Cultural a Palmela Dando continuidade às visitas culturais no país, realizou-se no passado dia 28 de Abril um passeio à zona de Palmela. Começando pelo Castelo, devidamente acompanhados por duas guias, foi possível absorver as histórias ligadas a esta imponente fortificação de origem árabe, com animações de personagens da nossa história. Visitámos a Igreja de Santiago de Palmela, localizada dentro da cerca primitiva do Castelo, e a exposição “Centro Histórico da Vila de Palmela – Patrimónios”. Da parte da tarde tivemos a oportunidade de conhecer o Palácio de Rio Frio e os seus agradáveis jardins onde se pôde desfrutar deste ambiente maravilhoso, tomando lanche numa das varandas do palácio. Regressámos a Lisboa com a certeza de um dia bem vivido. Conferência “A Saúde em África” Passeio Cultural a Torres Novas No dia 26 de Abril, pelas 18h00, realizou-se na sala do Conselho Supremo uma conferência sobre “A Saúde em África – Mito e Horizonte”, proferida pelo Prof. Doutor António Lobo Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Hospital S. João do Porto. Os participantes ficaram agradados com o grande número de trabalhos que os técnicos de saúde do Hospital de S. João do Porto estão actualmente a fazer em África. São projectos de solidariedade, de uma utilidade extrema para as populações locais, em terras onde os portugueses estiveram durante séculos. Estão de parabéns todos quantos integram a equipa. No passado dia 20 de Maio, realizou-se uma visita cultural à velha e fidalga cidade ribatejana de Torres, onde o grupo foi recebido com o melhor trato e hospitalidade. Iniciou-se com a visita ao Museu Municipal Carlos Reis que contem um espólio bastante diversificado: materiais pré-históricos, abundantes peças oriundas de vila Cardílio, arte sacra, quadros de Carlos Reis, entre outros, e ainda um conjunto de curiosidades de interesse local. Seguiu-se para o castelo, onde os associados puderam visitar o monumento, as suas muralhas e o jardim. Já com algum apetite para o almoço visitou-se ainda a Igreja da Misericórdia, sendo para muitos o elemento arquitectónico e artístico mais relevante, mais belo e mais rico que a cidade tem. No interior do templo de uma beleza inigualável, tudo foi pensado ao pormenor; as paredes cobertas de azulejo do século XVII; o tecto composto por uma cúpula de madeira com caixotões. O altar é elevado onde se destaca o rendilhado barroco com talha dourada. 9 INSTITUTO DE FILOSOFIA LUSO-BRASILEIRA O Instituto de Filosofia Luso-Brasileira (IFLB) foi fundado em 1992 por um grupo de 10 personalidades com o objectivo de incentivar o estudo e a pesquisa do pensamento filosófico luso-brasileiro e promover a reflexão filosófica e o diálogo especulativo entre pensadores portugueses e brasileiros. De acordo com tal orientação, o Instituto, no decorrer destes 18 anos, tem levado a cabo inúmeras iniciativas das quais se destacam os Colóquios Tobias Barreto e Antero de Quental, que, em anos alternados, têm tido lugar em Portugal e no Brasil, respectivamente. Também durante todo este período o IFLB tem realizado vários Cursos anuais, abordando o pensamento filosófico português através dos tempos. Igualmente tem levado a efeito, com frequência assinalável, palestras, mesas redondas, seminários, e patrocinado, ainda, diversas publicações. INSCREVA-SE NO INSTITUTO DE FILOSOFIA LUSO-BRASILEIRA Basta dirigir-se à Secretaria da Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP), no Palácio da Independência, Largo de S. Domingos, n.º 11 10 COLABORE COM A ACTIVIDADE DO INSTITUTO DE FILOSOFIA LUSO-BRASILEIRA!