CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DIVISÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Grupo Técnico Médico Hospitalar
Rachel Helena de Paula Leite
Sistemas de Alimentação de Energia
Elétrica de Emergência: Monitoramento
dos Hospitais do Estado de São Paulo
28 de abril de 2010
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Estudo sobre a existência de gerador de
emergência nos hospitais do Estado SP
10/11/2009- corte repentino de energia elétrica- “apagão” em
vários estados BR;
12/11/2009- demos início ao estudo sobre a adequação dos
hospitais do estado à legislação vigente;
Janeiro de 2010 - os dados enviados pelos GVSs foram
compilados pelo GTMH/SERSA/CVS
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Legislação
RDC 50, de 2002- Instalações Elétricas e Eletrônicas:
Hospitais: sistema de alimentação de emergência no caso
de interrupção por parte da companhia de distribuição ou
quedas superiores a 10% do valor nominal, por um tempo
superior a 3 segundos.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
NBR 13.534
03 Grupos, de acordo com os procedimentos realizados em cada
ambiente, sendo:
o Grupo 0, o local médico não destinado à utilização de
parte aplicada de equipamento eletromédico;
o Grupo 1, local destinado à utilização de partes aplicadas
e, finalmente,
Grupo 2, local médico destinado à utilização de partes
aplicadas em procedimentos intracardíacos, cirúrgicos, de
sustentação de vida de pacientes e outras aplicações em
que a descontinuidade da alimentação elétrica pode resultar
em morte.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
NBR 13.534
Classifica, também, os ambientes de um estabelecimento de
saúde em três Classes, determinando o tempo máximo em
segundos em que a alimentação de energia elétrica de
emergência deve ser acionada automaticamente.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
NBR 13.534
Classe 0,5 - (luminárias cirúrgicas- suprimento por no
mínimo 1 hora);
Classe 15- equipamentos eletromédicos utilizados em
procedimentos cirúrgicos- suprimento por 24 horas;
Classe > 15- equipamentos eletro-eletrônicos não ligados
diretamente ao paciente (lavanderia, CME/refrigeração,
cozinha, etc...)
Coordenadoria de Controle de
Doenças
RDC 50
“Nos EAS existem diversos equipamentos eletro-eletrônicos
de vital importância na sustentação de vida dos pacientes,
quer por ação terapêutica quer pela monitoração de
parâmetros fisiológicos. Outro fato é a classificação da
norma NBR 5410 quanto à fuga de pessoas em situações
de emergência...” Por estas razões, “as instalações
necessitam um sistema de alimentação de emergência”
Coordenadoria de Controle de
Doenças
RDC 50 – Atendimento Imediato
Coordenadoria de Controle de
Doenças
RDC 50- Centro Cirúrgico
Coordenadoria de Controle de
Doenças
RDC 50 - Neonatologia
Coordenadoria de Controle de
Doenças
RDC 50 – Internação Intensiva
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Estudo de Adequação dos Hospitais
quanto ao Gerador
Respostas:
Dos total de hospitais públicos e privados existentes no
Estado de São Paulo, recebemos resposta de 76% dos
estabelecimentos hospitalares.
As unidades como: Pronto Atendimento, Pronto Socorro e
Hospitais Dia, foram retiradas quando foi possível identificálas.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Estudo de Adequação dos Hospitais
quanto ao Gerador
Pergunta GTMH/SERSA/CVS:
Existência de gerador
Quantidade de equipamentos
Respostas
Alguns GVSs elaboraram planilhas próprias, como unidades
supridas pelo gerador e capacidade (GVS de Araraquara,
São José dos Campos, Marília).
O GVS de Bauru informou também a periodicidade da
manutenção, teste e tipo de acionamento.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Estudo de Adequação dos Hospitais
quanto ao Gerador
Os GVS de Sorocaba e Osasco mencionaram
Marca/Potência/ Autonomia/ Tipo de acionamento/ Unidades
e Ambientes ligados ao sistema, além do programa de
manutenção preventiva e testes.
A análise das respostas mostrou que alguns hospitais estão
satisfatoriamente atendidos pelos equipamentos existentes,
ou seja, um hospital de ponta na cidade de São Paulo
possui equipamentos com um total 5400 KVA e outro de
2200 KVA de capacidade. Porém, alguns poucos hospitais
de nível secundário, no interior do Estado, possuem
equipamentos de 12,5 ou 15 KVA.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Estudo de Adequação dos Hospitais
quanto ao Gerador
O GTMH considera necessário elaborar nova planilha com
maior número de informações com vistas a um resultado
mais condizente com a realidade dos estabelecimentos,
principalmente, no que tange a capacidade dos
equipamentos necessários para suprir a real necessidade do
serviço, e que permita verificar se as áreas críticas, como
UTI e Centro Cirúrgico, dentre outras, estão sendo atendidas
de forma adequada. Também, se pode avaliar o impacto do
resultado da ação, se a conseqüência foi apenas no nível
educativo ou resultaram na aplicação de sanções
administrativas.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Estudo sobre existência de gerador
de Energia Elétrica de Emergência
Alguns GVSs imputaram sanções administrativas autuando
os hospitais que não estavam adequados a legislação.
O estudo compilado em janeiro de 2010 foi comparado com
os resultados do Projeto de Monitoramento de Hospitais
2008, realizado em 2009 (GTMH/CVS);
E utilizou-se o próprio consolidado de hospitais enviados
pelos GVSs em 2009, sobre existência de gerador.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Estudo de Adequação dos Hospitais
quanto ao Gerador
O estudo mostrou que 81% dos estabelecimentos com
resposta possuem uma fonte alternativa de abastecimento
de energia elétrica, sendo que 14% desses são providos de
mais de um equipamento.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Número de Hospitais*, e hospitais com situação
conhecida em relação à gerador de emergência,
Estado de São Paulo, 2009.
250
200
150
100
50
0
Nº Hospitais/GVS dados 2008
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Nº de Hospitais Informado/2009
Gráfico 1: Número total de Hospitais* e de hospitais com
situação conhecida em relação à gerador de emergência,
por GVS, Estado de São Paulo, 2009.
250
200
150
100
50
0
Nº Hospitais/GVS dados 2008
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Nº de Hospitais Informado/2009
Nº de Hospitais com Gerador
Hospitais com mais de 01 Gerador
Gráfico 2: Distribuição de Hospitais com 1 gerador, sem gerador,
com mais de 1 gerador e de Hospitais não informado por total de
estabelecimento (dados Projeto Monitoramento 2008), por GVS,
Estado de São Paulo, 2009.
Nº de Hospitais sem resposta
Nº de Hospitais com 1 gerador
Nº de Hospitais com mais de 1 gerador
Nº de Hospitais sem gerador
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Gráfico 3: Distribuição dos Hospitais providos de gerador
pelo número de Hospitais informado, por GVS, Estado de
São Paulo, 2009.
250
200
150
100
50
0
Nº Hospitais/GVS dados 2008
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Nº de Hospitais com Gerador
Gráfico 4: Distribuição de Hospitais com 1 gerador, mais de
um gerador, por total de estabelecimento, por GVS, Estado
de São Paulo, 2009
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Nº de Hospitais Informado/2009
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Nº de Hospitais com Gerador
Hospitais com mais de 01 Gerador
Gerador de Emergência
O sistema de alimentação de energia elétrica de todo
estabelecimento hospitalar deve, obrigatoriamente, ser
constituído de duas fontes de energia, sendo a principal
suprida pela rede de energia elétrica das concessionárias de
serviço público e a segunda pelas alternativas, com garantia
de suprimento automático em caso de falta.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Legislação
Portaria nº 400 do Ministério da Saúde, datada de 06 de
dezembro de 1977, já previa a obrigatoriedade de uma fonte
de energia de emergência em hospitais, necessária para
assegurar a continuidade do funcionamento dos
equipamentos vitais utilizados no atendimento aos
pacientes, quando o suprimento de energia fosse
interrompido.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Gerador de Emergência
Os equipamentos de sustentação de vida, destacando, entre
eles, os de ventilação mecânica, carros de anestesia, carros
de emergência com desfibrilador e monitor, bem como a
iluminação do ambiente, necessitam de eletricidade para
funcionar. A interrupção de energia elétrica pode trazer
seqüelas irreversíveis ao paciente, inclusive a morte, visto
que estes podem estar sob intervenções cirúrgicas ou
recebendo tratamentos intensivos ou de emergência.
Outra área crítica de alto risco é a Unidade Neonatal, onde
os RN devem ser mantidos aquecidos nas incubadoras.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
Atuações Vigilâncias Sanitárias
Nas inspeções, o grupo gerador de energia elétrica de
emergência deve ser inspecionado e devem ser verificadas:
unidades criticas providas pelo gerador (CCO, UTI, PS,PA);
capacidade dos equipamentos (gerador);
nível de ruído, localização;
manutenção preventiva, testes, baterias.
Coordenadoria de Controle de
Doenças
AÇÕES de VISA
Os Grupos de Vigilância Sanitária e VISA municipais devem
garantir que todos os hospitais do Estado de São Paulo
estejam adequados à legislação sanitária vigente quanto ao
funcionamento de um sistema de alimentação de elétrica de
emergência, utilizando-se dos meios inerentes às ações de
Vigilância Sanitária, sejam elas de caráter educativo
(preventivo), normativo (regulamentador), fiscalizador ou
punitivo
Coordenadoria de Controle de
Doenças
OBRIGADA!!!
Rachel Helena de Paula Leite
Arquiteta GTMH/SERSA/CVS
E-mail: [email protected]
Telefones: (11) 3065-4636
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Doenças
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