ENSINO FARMACÊUTICO
Redes querem seus
farmacêuticos
fazendo curso do CFF
Farmacêuticos representantes de redes de farmácias e drogarias do Estado
do Rio de Janeiro foram a brasília, para dizer ao Presidente do CFF,
Jaldo de Souza Santos, que querem que seus farmacêuticos façam o curso
“Assistência Farmacêutica na Farmácia Comunitária”/CFF. redes de são
paulo manifestaram mesmo interesse.
Farmacêuticos representantes de redes de farmácias
e drogarias do Estado do Rio
de Janeiro reuniram-se, em
Brasília, no dia 19 de outubro
de 2009, com o Presidente do
Conselho Federal de Farmácia,
Jaldo de Souza Santos, e com
o Coordenador do curso “Assistência Farmacêutica na Farmácia Comunitária”, do CFF,
Radif Domingos, na sede do
órgão. Eles foram manifestar o
interesse das redes em que os
seus farmacêuticos realizem o
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curso oferecido pelo Conselho
Federal.
Souza Santos traduziu a procura das redes pelo curso da seguinte forma: “Quando criamos
o curso, há três anos, vislumbrávamos que este momento - de
sermos procurados, em vez de
sairmos procurando farmacêuticos para realizá-lo - chegaria. O
interesse das redes do Rio mostra que há uma grande transformação em marcha cujo núcleo é
a qualificação dos serviços prestados pelos farmacêuticos. Mos-
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tra, ainda, o quanto nosso curso
é bom”, disse o Presidente do
CFF.
As farmacêuticas representantes das redes foram Isabel
Schittini, da Drogasmil, que possui 55 estabelecimentos, e Farlife, com 18 estabelecimentos;
e Tânia Veras Leite, da Drogaria
Galanti, com 18 estabelecimentos. Presente, ainda, a farmacêutica Fernanda Rodrigues, que
integra o projeto cujo objetivo é
oferecer o curso de qualificação
aos profissionais, de forma unificada. O projeto é coordenado
pelo farmacêutico e militar (é 1º
Tenente da reserva da Aeronáutica) Adriano Souza de Almeida.
SEGURANÇA AO FARMACÊUTICO - Para a farmacêutica
Isabel Schittini, o curso “Assistência Farmacêutica na Farmácia
Comunitária” dará segurança aos
farmacêuticos das redes, para
que atuem com mais desenvoltura junto aos seus clientes.
“Nós encontramos algumas dificuldades, durante o processo
seletivo para a contratação de
farmacêuticos, porque muitos
têm grandes conhecimentos teó-
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Farmacêuticos representantes de redes de farmácia e drogarias do Rio posam
com o Presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos (sentado) e o Coordenador do
curso “Assistência Farmacêutica na farmácia comunitária”, Radif Domingos (em pé,
terceiro da direita), na sede do CFF: busca de qualificação.
ricos, mas não sabem colocá-los
em prática, no dia-a-dia de uma
drogaria”, revelou Schittini.
Acrescentou que o curso irá
suprir essa deficiência, vez que
ele alia conhecimentos técnicos
e científicos à prática farmacêutica, nas farmácias comunitárias.
“Com isso, os farmacêuticos das
redes terão muito mais segurança para enfrentar os desafios trazidos pela rotina de uma drogaria. Eles saberão por em prática
a teoria que trazem da Universidade”, acrescentou. Isabel Schittinni observou que a farmácia e
O Presidente do CFF, Jaldo de Souza
Santos, traduz o interesse das redes
em oferecer o curso do CFF aos seus
farmacêuticos: “Isso mostra que há uma
grande transformação em marcha cujo
núcleo é a qualificação dos serviços
prestados pelos farmacêuticos”.
A farmacêutica Isabel Schittini,
representante das redes Drogasmil e
Farlife, declarou que o curso do CFF
dará aos farmacêuticos mais segurança
para enfrentar os desafios trazidos pela
rotina de uma drogaria.
a drogaria são, quase sempre, o
primeiro passo dos profissionais
egressos da Universidade, antes de eles seguirem para outra
área.
SER UM PROFISSIONAL DA
SAÚDE - Já a farmacêutica Tânia
Veras reclama que muitas redes
deslocam o farmacêutico de suas
funções precípuas para a gerência, impedindo-o de prestar os
seus serviços de assistência
farmacêutica. “O farmacêutico,
como profissional da saúde, tem
muito a servir aos clientes dos
estabelecimentos. E os clientes
querem ser bem atendidos. Ser
bem atendido é ser bem orientado. Para tanto, o farmacêutico
precisa de muita qualificação. É,
assim, que iremos fidelizar os
clientes. E o curso do CFF vai nos
ajudar na qualificação”, explica a
representante da rede Drogaria
Galanti.
Ela declarou que a direção
da rede está disposta a promover a qualificação dos seus
farmacêuticos, e que o curso
“Assistência Farmacêutica na
Farmácia Comunitária” é uma
grande opção nesse sentido. Tânia lembrou que todo o conjunto
normativo - com destaque para a
RDC 44/09 - exige a prestação de
bons serviços farmacêuticos, nos
estabelecimentos.
A responsável por criar um
diálogo entre as redes e uma
conseqüente unificação, com
vistas a que adotem o curso do
CFF para treinar os seus profissionais, é a farmacêutica Fernanda Rodrigues. Ela disse que
é possível, sim, reunir as redes
em torno deste objetivo - a qualificação profissional -, ainda que
sejam concorrentes entre si. “É
possível a união entre as redes,
porque o desejo de qualificação
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ENSINO FARMACÊUTICO
Tânia Veras Leite, farmacêutica e
representante da rede Drogaria Galanti:
“O farmacêutico, como profissional da
saúde, tem muito a servir aos clientes
dos estabelecimentos. E os clientes
querem ser bem atendidos. Ser bem
atendido é ser bem orientado. Para
tanto, o farmacêutico precisa de muita
qualificação. É, assim, que iremos
fidelizar os clientes. E o curso do CFF
vai nos ajudar na qualificação”.
é maior que a concorrência. Com
os farmacêuticos qualificados,
todas elas vão oferecer melhores
serviços”, explica Fernanda Rodrigues.
CURRÍCULOS - O Coordenador do projeto de união das
redes em torno do curso de qualificação, farmacêutico Adriano
Souza de Almeida, explicou que
a parceria entre as empresas e
o Conselho Federal de Farmácia
resultará em benefícios para as
comunidades atendidas pelos
estabelecimentos. Ele adiantou
que, pela parceria, o curso será
aberto, também, a farmacêuticos
que ainda não estejam empregados.
Segundo Adriano Souza, outras redes do Rio manifestaram
interesse em integrar o projeto
de qualificação dos seus farmacêuticos, por meio do curso do
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CFF. São elas a Drogarias Pacheco, que reúne mais de 400 estabelecimentos, no Rio, São Paulo,
Minas Gerais e Espírito Santo;
Grupo Pão de Açúcar (Farmácias Sendas, Drogarias do Pão de
Açúcar, Extra e Assai). Adriano
informou que, juntas, essas redes empregam cerca de 50% dos
farmacêuticos do Estado do Rio.
Adriano lembrou, ainda, que
a idéia de o curso do Conselho
Federal de Farmácia ser ministrado a profissionais de redes de
farmácias e drogarias partiu de
um farmacêutico que o realizou,
no Rio de Janeiro. “No coquetel
de encerramento do mesmo, ele
pediu a palavra e propôs: “Este
curso precisa ser feito pelos farmacêuticos das redes”. Estava
lançado o desafio.
SÃO PAULO - Por ocasião do
fechamento desta edição da revista PHARMACIA BRASILEIRA,
o Coordenador do curso do CFF,
Radif Domingos, informou que
redes de São Paulo manifestaram o mesmo interesse em participar do projeto de qualificação
dos seus profissionais, por meio
do curso.
ANSEIO DA SOCIEDADE Radif Domingos, que também
coordena o Cebrim (Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos)/CFF, exclamou que
a visita de representantes das
redes de farmácias e drogarias
do Rio ao Conselho Federal de
Farmácia tem um significado especial. “Além de vender medicamentos, as redes estão manifestando interesse em prestar serviços farmacêuticos à sociedade”,
ressaltou.
Ele lembrou que a data para
o início do curso ainda não está
definida. Argumentou que a logística envolvida será mais complexa que nos cursos anteriores,
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Farmacêutica Fernanda Rodrigues,
responsável pela unificação das redes
em torno do curso do CFF: “É possível
a união entre as redes, porque o
desejo de qualificação é maior que a
concorrência. Com os farmacêuticos
qualificados, todas vão oferecer
melhores serviços”.
vez que envolverá mais farmacêuticos participantes, mais apoio e
estrutura diferenciada. “Mas será
em breve”, adiantou.
O CURSO - Presencial, o curso “Assistência Farmacêutica na
Farmácia Comunitária” tem uma
carga horária de 172 horas/aula
(quatro horas, às sextas-feiras, e
oito horas, aos sábados) e duração de quatro meses. O seu programa reúne os seguintes módulos:
• “Uso Racional de Medicamentos”;
• “Antimicrobianos”;
• “Introdução à Farmácia
Clínica”;
• “Aconselhamento ao paciente/Farmacovigilância
e Farmácia Notificadora”;
• “Informação para o Uso
racional de Medicamentos”;
• “Atenção Farmacêutica”;
• “Cuidados Farmacêuticos
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•
•
•
•
•
•
em Problemas Respiratórios”;
“Cuidados Farmacêuticos
em Problemas Inflamatórios”;
“Cuidados Farmacêuticos
em Endocrinologia e Metabolismo”;
“Farmacocinética Clínica/
Interpretação de exames
laboratoriais”
“Interações Medicamentosas: medicamento-medicamento, medicamento-alimento e interferência dos medicamentos
nas análises clínicas”;
“Cuidados Farmacêuticos
em Problemas Digestórios”;
“Reações Adversas a medicamentos”;
• “O papel do Farmacêutico na Promoção da Saúde”;
• “Aspectos Éticos do
Aconselhamento ao Paciente”
• “Relações interpessoais
e Interprofissionais no
Aconselhamento Farmacêutico”.
O curso do CFF vem sendo
realizado, em todas as capitais
brasileiras. Atualmente, é ministrado, pela terceira vez, a profissionais do Rio de Janeiro. Para
tanto, o CFF conta com o apoio
do Conselho Regional de Farmácia daquele Estado. Sessenta vagas foram abertas e todas preenchidas. Com duração de quatro
meses, o curso contempla todas
as atividades desenvolvidas pe-
los farmacêuticos que atuam nas
farmácias comunitárias, e cada
módulo está a cargo de autoridades naquele segmento.
PÓS-GRADUAÇÃO - Em
2010, o curso do CFF será elevado à categoria de ensino de pósgraduação lato sensu, e oferecido
nas modalidades presencial e
à distância (online), com carga horária de aproximadamente 408 horas/aula, 34 módulos
e 17 meses de duração. Para
tanto, o Conselho Federal de
Farmácia firmou um convênio
com a Universidade Católica de
Brasília (UCB), que já desenvolve programas de capacitação à
distância.
Pelo jornalista Aloísio Brandão,
editor desta revista.
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