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MULTIMÍDIAS NO ENSINO DE ARTE
Sons e Imagens muito além do Quadro de Giz
Proposta Pedagógica para o Ensino Médio
PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional
Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão
Eliane Cândido
Professora de Arte da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná
Juciane Araldi
Professora do Curso de Graduação em Música da UEM –
Universidade Estadual de Maringá
2008
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Caros Professores
“ O céu de estrela foi a primeira tela a seduzir os olhos do homem.
A noite era um grande espaço de projeção
projeção
e quando as fogueiras se apagavam,
era sobre as estrelas que a humanidade lançava suas perguntas
e projetava o seu instinto de criar Redes.
Hoje podemos lançálançá-las diretamente na Internet.
Para que estamos tecendo esta imensa rede?
Para inteligar ou para enredar?
São infinitas as perguntas.
E as repostas, apesar de já estarem
escritas em algum lugar deste céu de estrelas,
cabe a cada de um nós encontráencontrá-las.”
(Carlos Nader, artista plástico)
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SUMÁRIO
Apresentação........................................................................5
I UNIDADE
Arte e Tecnologia.................................................................6
II UNIDADE
Fotografia e Arte: leitura e criatividade...............................17
III UNIDADE
Cinema: som, imagem e movimento..................................34
IV UNIDADE
Televisão: um olhar para o mundo.....................................62
V UNIDADE
Videoclipe: a magia da imagem e som..............................86
VI UNIDADE
Computação Gráfica: um novo estilo de produzir arte
...........................................................................................98
Considerações Finais........................................................108
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O presente caderno pedagógico, cujo tema é “Multimídias no Ensino de Arte”, apresenta um assunto instigante que
vem sendo merecedor de debates, sobretudo, nos setores educacionais, por se tratar de uma nova metodologia a ser
utilizada nas escolas. O objetivo centra-se no estudo do fenômeno da invasão do campo educacional pelas chamadas novas
mídias, cuja aplicação às diversas esferas do agir humano abriu a mais recente fronteira cultural da humanidade, sendo
que uma escola possuidora dos recursos necessários a este tipo de trabalho, não poderia ficar alheia a tal ação pedagógica.
É preciso que a educação escolar tenha em vista uma transformação de sua prática mudando os paradigmas
convencionais do ensino, pois os mesmos distanciam professores e alunos. Se isto não ocorrer, a escola deixará de cumprir
sua função de trabalhar a realidade em que o aluno está inserido, pois os meios de comunicação e os diversos recursos
tecnológicos fazem parte do dia- a-dia do homem moderno, sobretudo influenciando na forma de pensar e agir dos mais
jovens. Assim, a escola necessita estar inserida neste contexto de modernidade virtual, oferecendo aos educandos a
oportunidade de utilizar, no seu aprendizado escolar, dos meios que a multimídia oferece.
Cabe aos educadores escolher entre tantos recursos os mais apropriados aos seus propósitos educacionais. Porém é
necessário ajustar os interesses dos alunos com os programas curriculares, sendo esta questão fundamental para a
educação contemporânea.
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Apesar do largo emprego, muitas são as definições sobre o conceito de mídia entre os pesquisadores deste assunto.
Seu uso parte de uma decorrência natural do conjunto de meios de comunicação. Silverstone (2005) lembra que mídia é
muito mais que empresas de comunicação e os profissionais que trabalham nela, acrescentando que o conceito de mídia
engloba tanto tecnologias como processos de mediação.
Por mídia, segundo Carvalho (2004) compreendem-se, além dos instrumentos de comunicação de massa, como a
televisão, a internet, o jornal e o rádio, dentre outros, isto é, meios que veiculam informações, todo e qualquer meio físico
ou virtualizado através do qual haja produção, transporte ou recepção ou, ainda de um modo mais geral, transformação de
informações referentes a formas simbólicas. A compreensão destes conceitos é fundamental e indispensável para que se
possa ampliar e refinar também o olhar crítico sobre as mídias (meio - media, do grego) inseridas na educação.
No que se refere à tecnologia, como coloca o autor acima citado, um modo de defini-la seria como "uma ferramenta
para estender nossas habilidades" (CARVALHO, 2004, p. 32), televisão, por exemplo, estende nossa visão porque
podemos ver fatos que estão acontecendo longe, como uma partida de futebol ou uma corrida de carros. Há outras
definições de tecnologia e entre elas pode-se citar a que a considera como uma aplicação da ciência.
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São exemplos de tecnologia: computador, carro, televisão, casa, avião, lâmpada incandescente, máquina de
radiografia, telescópio, alavanca, roupa, estéreo, lanterna (CARVALHO, 2004).
De acordo com Almeida (1994, p. 10) tecnologia “é um conceito com múltiplos significados, que variam conforme
o contexto”. A autora esclarece que ela pode ser vista como: artefato, cultura, atividade com determinado objetivo,
processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos etc. Os meios tecnológicos, conforme
Viana (2002, p. 34) “incluem muito mais do que os computadores. Desde o desenvolvimento do telégrafo e as mensagens
em código-morse, o telefone e o advento do celular, aos satélites e a fibra óptica”.
Para Moran:
A eficácia de comunicação dos meios eletrônicos, em particular da televisão, se deve também à
capacidade de articulação, de superposição e de combinação de linguagens diferentes - imagens,
falas, música, escrita - com uma narrativa fluida, uma lógica pouco delimitada, gêneros, conteúdos e
limites éticos pouco precisos, o que lhe permite alto grau de entropia, de flexibilidade, de adaptação à
concorrência, a novas situações. Num olhar distante tudo parece igual, tudo se repete, tudo se copia;
ao olhar mais de perto, por trás da fórmula conhecida, há mil nuances, detalhes que introduzem
variantes adaptadoras e diferenciadoras (MORAN, 2008 p. 86).
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Pelo exposto, tecnologia e mídia não se confundem, ainda que estejam dispostas em processos variados. Enquanto a
tecnologia se refere às inteligências envolvidas na busca de soluções aos problemas de um processo, procurando responder
ao porquê dos mesmos, mídias e técnicas compõem, respectivamente, o quê e o como, enquanto elementos de sua solução
(CARVALHO, 2004).
Teruya (2006) observa que os meios de comunicação são fundamentais para se fazer o registro e a transmissão da
produção tecnológica e científica na história da humanidade. Assim, as transformações pelas quais a sociedade moderna
passa decorrem das novas tecnologias de informação e comunicação financiadas pelo estado, mas valendo-se também da
contribuição advindas de empresários inovadores.
A juventude é uma etapa crucial para o desenvolvimento da capacidade crítica e da autonomia do indivíduo, prérequisito para a realização do projeto de uma sociedade solidária e menos desigual (ALTOÉ et al, 2005).
A indústria da mídia tem como desafio produzir conteúdos e formatos capazes de atrair o interesse da juventude e
promover sua participação efetiva na criação e produção de programas voltados para esses segmentos. Por isso faz-se
necessário levar em conta as diversidades e especificidades que caracterizam os jovens. É preciso, em outras palavras,
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reconhecer que os jovens assumem faces diferentes conforme seus múltiplos projetos e condições materiais e culturais que
os cercam.
Para Teruya:
A mídia é um instrumento útil para a sociedade capitalista alcançar os propósitos do capital,
produzindo desejos de consumir por meio das imagens de felicidade associadas ao uso de
mercadorias. Isso contribui para que os jovens valorizem mais os bens materiais do que as
pessoas [...]. A mídia define o modelo de indivíduo para a sociedade, direciona as
preocupações e incita o desejo de consumir cada vez mais as coisas. Tudo em forma de
entretenimento (TERUYA, 2006, p. 61).
Não é difícil notar as diferenças no comportamento das crianças e adolescentes nos dias atuais em relação a 10 ou
20 anos atrás. A cada dia que passa é mais crescente a presença da tecnologia no cotidiano. Em todo lugar é possível ver o
avanço tecnológico e acompanhar este crescimento no dia-a-dia da sociedade, especificamente na vida das crianças e
adolescentes.
A juventude exerce um enorme fascínio quanto ao padrão estético veiculado pelos meios de comunicação.
Vê-se constantemente em novelas, séries, filmes e propagandas a imagem do jovem como sinônimo de vitalidade, alegria
e beleza. Tais atributos são também associados a uma série de bens culturais difundidos pela cultura de massa. Apela-se
para os indivíduos jovens em tese mais suscetíveis às inovações e mudanças propostas pela indústria cultural. Os
produtores culturais evocam a eterna juventude através das imagens. Desta forma, os veículos de comunicação de massa
acabam por criar o que Vianna (2002) denominou “idade mídia”, com relação à imagem de uma juventude. Além disso, os
recursos tecnológicos são também utilizados pelos próprios jovens, às vezes de forma aleatória.
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Assim, conforme coloca Castels (2000), a mídia contribui, de modo inegável, para um aprendizado sobre modos de
comportar-se e de se constituir para a juventude, acrescentando-se a formação da personalidade e da consciência, a
interpretação e a estruturação dos vínculos afetivos, o desenvolvimento das fases educativas e formativas, a elaboração e a
difusão de fenômenos culturais, o desenvolvimento da vida social, política e econômica.
A época atual é uma época de comunicação global, onde muitos momentos da existência do jovem se desenrolam
através de processos midiáticos, ou pelo menos, se confrontam com eles. Numa visão orgânica do desenvolvimento do ser
humano, a mídia pode e deve promover a justiça e a solidariedade, comunicando cuidadosa e verdadeiramente os
acontecimentos, analisando de maneira completa as situações e os problemas, dando voz às diversas opiniões. Os critérios
supremos da verdade e da justiça, na prática madura da liberdade e da responsabilidade, constituem o horizonte em cujo
âmbito se situa a fruição dos modernos e poderosos meios de comunicação (TERUYA, 2006).
Por tudo que se tem observado, o jovem é um produto do grupo, família e mídia. A mídia, no entanto, passou a ter
um maior significado a partir do surgimento da televisão, pois o que é retratado pela televisão, normalmente, serve como
modelo e é copiado por jovens sedentos de inspiração cultural e modelos de comportamento, os quais são reforçados de
alguma maneira, por aquilo que é vinculado pela mídia, de um modo geral. É importante também salientar a influência,
nos dias de hoje, da mídia chamada internet. Os jovens são, sem sombra de dúvidas, os seus maiores consumidores.
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São muitos os recursos que a tecnologia oferece. Ramal e Buffara (2008, p.57) salientam que “os programas de
mensagens, como MSN, Yahoo Messenger, e Google Talk, possibilitam que duas ou mais pessoas reúnam-se à distância.
(...) Utilizando aplicativos como o skype e outros do gênero é possível realizar conferências”.
Para Fante (2008), as possibilidades de se conectar com o mundo de forma rápida deve-se à evolução e
aprimoramento dos recursos tecnológicos. No entanto estes benefícios trouxeram um aumento acelerado do número de
internautas sem preparação ética e responsável para o uso dessas novas ferramentas.
Além desses, estão presentes cada vez em maior quantidade na vida dos jovens os aparelhos de mp4 – que
possibilitam ouvir e ver filmes e clipes; o Orkut, o You Tube. Dessa forma, de acordo com Silverstone (2005, p. 45) “cabe
à escola orientar sobre os valores que devem reger o uso pelos alunos de internet, e-mail, blogs, comunidades, celulares e
câmeras, sobre as leis vigentes e sua aplicação também na vida virtual.”
Percebe-se, portanto, que um novo tipo de subjetividade humana está se formando. A partir da nova cultura juvenil e
atuais tecnologias, vem emergindo uma formação de identidade inteiramente nova. Uma justificativa ainda mais óbvia
para reavaliar a relação entre a juventude e novas tecnologias é que não se trata apenas da crescente penetração destas
tecnologias no processo de escolarização, mas também, de forma mais geral, da importância destas tecnologias e da
cultura da informação para a escolarização e para alterar formas de currículo, com todos os problemas e necessidades daí
decorrentes. De particular relevância para este estudo é o papel da cultura das novas tecnologias nos mundos vitais desses
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jovens e a relação entre essa cultura e a sua escolarização. Esse processo está vinculado aos novos desenvolvimentos
tecnológicos e culturais e em especial a informática na ação humana.
De acordo com Machado (2004, p. 7) “A geração net são os filhos da idade digital, de uma revolução das
comunicações que está a moldar uma nova geração e o seu mundo, um fenômeno jamais visto”.
A simples introdução dos meios e das tecnologias na escola pode ser a forma mais enganosa
de ocultar seus problemas de fundo sob a égide da modernização tecnológica. O desafio é
como inserir na escola um ecossistema comunicativo que contemple ao mesmo tempo:
experiências culturais heterogêneas, o entorno das novas tecnologias da informação e da
comunicação, além de configurar o espaço educacional como um lugar onde o processo de
aprendizagem conserve seu encanto” (BARBERO, 1996, p.10).
Com base nesta afirmação cabe reforçar que as opiniões de Barbosa (2003) coadunam-se com essas reflexões
quando relata em seu livro “Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte” (2003, p. 114), “não podemos nos esquecer que,
para que possamos pensar artisticamente, é necessário que tenhamos pensamento crítico”, isto é, que se saiba analisar o que
é apresentado e posicionar-se frente a isso. Além disso, salienta a importância do professor ter conhecimento sobre os
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diversos instrumentos de produção artística, ficando claro que esse conhecimento não deve ser um fim em si mesmo, mas
um meio para que se consiga ver, significar e produzir arte.
Dentro dessa nova realidade, diversos fatores concorrem para o processo de uma verdadeira revolução metodológica
aplicada à implementação da artemídia na escola. Segundo Machado:
[...] a artemídia, vocábulo de forma aportuguesada do inglês “media arts”, tem se generalizado nos
últimos anos para designar formas de expressão artística que se apropriam de recursos
tecnológicos das mídias e da indústria do entretenimento em geral, ou intervêm em seus canais de
difusão, para propor alternativas qualitativas. Stricto sensu, o termo compreende, portanto, as
experiências de diálogo, colaboração e intervenção crítica nos meios de comunicação de massa.
(MACHADO, 2007, p. 7).
O autor ainda destaca que a artemídia ou media arts é mais que mera utilização de câmeras, computadores e
sintetizadores na produção de arte, ou que simples inserção da arte em circuitos de massa como a televisão e a internet.
Nesse particular, é importante considerar que o mais complexo é perceber como combinar e distinguir arte e mídia, pois
ambas se diferem conforme suas histórias, seus sujeitos e a inserção social de cada uma (MACHADO, 2008).
Conforme a opinião de Machado (2008) não se poderia substituir por outras as ferramentas utilizadas pelo artista na
concepção e construção de seus trabalhos, uma vez que estes não são instrumentos neutros, estando carregados de
conceitos, com uma história, vindos de produções produtivas próprias e específicas.
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De acordo com essas reflexões é importante observar que o desafio da artemídia está em traçar uma diferença clara
entre a produção industrial, que agrade a mídia de massa, e a busca de uma ética e estética para a era eletrônica, antes de,
simplesmente, fazer-se uma apologia ingênua das possibilidades atuais de criação (MACHADO, 2008).
Os estudos desses autores vêm ao encontro de expectativas no sentido de discutir sobre o desafio de trabalhar com as
tecnologias no ensino de arte na atualidade. Assim pode-se entender que se faz necessário a reciclagem de estratégias
metodológicas para que os professores não fiquem e nem se sintam ultrapassados diante de seus alunos. Possibilitando assim,
um melhor diálogo entre os conteúdos básicos e a forma como os alunos vivenciam arte em seus mais diversos ambientes.
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ALMEIDA, Milton José de. Imagens e sons: a nova cultura oral. São Paulo: Cortez Editora, 1994.
ALTOÉ, Anair; COSTA, Maria Luisa F; TERUYA,Teresa K. Educação e novas tecnologias. Maringá: EDUEM, 2005.
BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2003.
CARVALHO, Cristiano Zeferino N. E agora, professor? São Paulo: Laborciência Editora, 1ª edição, 2004.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede (A era da informação: economia, sociedade e cultura; v.1) São Paulo: Paz e
Terra,2000.
FANTE, Cleo. Os danos do cyberbullying. In A escola multimídia. Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre, Rs: Artmed
Editora S.A: 2008.
MORAN,José .Manoel. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação. São Paulo: Cortez, 1994
RAMAL Andrea; BUFFARA Paula. Muito além do quadro – negro. In A escola multimídia. Pátio Revista Pedagógica.
Porto Alegre, RS: Artmed Editora S.A. 2008.
ROGER, Silverstone. Abordagens Teóricas e Metodológicas. São Paulo: Cortez, 2005.
TERUYA, Teresa Kazuko. Trabalho e educação na era midiática: um estudo sobre o mundo do trabalho na era da mídia
e seus reflexos na educação. Maringá, Pr: EDUEM, 2006.
VIANA, Letícia. Nas telas da mídia Campinas, SP: Alínea Editora, 2002.
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O surgimento da fotografia deu-se, oficialmente, em 1839. Nesta época, em Paris, foi anunciado o processo de
fixação da imagem em um papel especial, que havia sido inventado por Louis Jacques Mande Daguerre (1789-1851). A
este processo, bem como ao aparelho e ao resultado final, receberam o nome de daguerreótipo em homenagem ao
inventor.
Nicéphore Niépce (1765-1833) e Daguerre estiveram juntos nesta pesquisa e experiência e foram necessários mais
de dez anos para chegar a esse resultado. Houve necessidade de aperfeiçoamento deste invento até a produção do que hoje
se conhece como fotografia, pois a imagem obtida por este processo apresentava-se sem grande precisão e não permitia
cópias (FEIST, 1996).
As pesquisas cada vez mais aperfeiçoaram o processo fotográfico e em 1840 o inglês Fox Talbot criou um sistema
que permitia reproduzir uma quantidade indeterminada de cópias a partir de um único negativo.
Nesta mesma época, o imigrante francês, Antonie Hercule Romuald Florence, realizou aqui no Brasil, descobertas
independentes do processo fotográfico, e, apesar das limitações e dificuldades encontradas para desenvolver experiências
científicas, conseguiu fazer reproduções fotográficas de diplomas e rótulos de farmácia. Para registrar os avanços por ele
realizados, documentos da época comprovam o sucesso do invento como também o seu pioneirismo no uso da palavra
Photographie para referir-se a ele. No entanto, devido ao isolamento em que se encontrava no Brasil, Antonie Hercule
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Romuald Florence não tomou parte da história da invenção, aperfeiçoamento e difusão da fotografia no mundo (COSTA,
2005).
A fotografia, por apresentar a imagem sem os excessos e deturpações do artista, marcou uma divisão na história da
cultura moderna, assumindo o lugar do artista e reproduzindo o natural de uma forma objetiva. Antes dela poucos pintores
eram capazes de imortalizar imagens, pessoas e outros objetos (ALTOÈ, COSTA e TERUYA, 2005).
A fotografia disseminou-se rapidamente na sociedade da época levando as pessoas a se perguntarem: se este
processo deveria merecer a credibilidade que lhes estava sendo tributada? Sua disseminação representaria a morte da
pintura?
Apesar da fotografia ter modificado a função do desenhista e do pintor, ela não tornou inútil a pintura e o desenho,
mas libertou-os para novas relações com as pessoas e o mundo, sem estar presos à meras reproduções.
Com relação à credibilidade da fotografia algumas reflexões eram feitas. As pessoas ficavam atentas para o modo
como o fotógrafo intervinha no processo de fotografar, envolvendo todas as etapas que iam desde a escolha do assunto da
foto até à revelação, ampliação e cópia da mesma. Também tinham conhecimento do acordo que acabava sendo criado
entre o fotógrafo e quem seria fotografado, tendo ambos participação na escolha do ângulo e da pose.
Mas, o processo técnico, por sua vez, fazia o observador pensar que, independentemente de
toda possibilidade de controle do fotógrafo e do fotografado, algo havia acontecido de real, de
impessoal e independente da vontade humana. Isso trouxe e traz para a fotografia uma
credibilidade que lhe é inerente, por mais que se tenha consciência do quanto “arranjada” ela
possa ser. Assim como a prensa que, substituindo o trabalho humano pelo artefato havia feito
surgir a credibilidade do original, o processo fotográfico, dada toda sua mecânica e cientificidade,
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suscitava grande adesão do observador em relação ao objeto fotografado (...). A verdade é que
uma revolução se processava no mundo e a produção de imagens passava a constituir, ela
própria, uma nova realidade (COSTA, 2005, p. 77-79).
O fotógrafo, ao escolher o que vai fotografar revela sua sensibilidade, não se limitando ao registro apenas. Ao captar
e selecionar os elementos que considera mais adequados para compor a foto, ele altera a realidade, imprimindo na mesma
seu modo original de perceber o mundo. Assim pode-se afirmar que fotografia é arte. (FEIST, 1996).
Apesar de muitas vezes os registros da fotografia serem confundidos como expressões da verdade ela não é a
própria realidade e sim um sistema de representar e de se expressar como as e demais linguagens. Nela, tem o fotógrafo
como mediador, o qual faz uma mediação tecnológica, utilizando-se de luz e processos físico-químicos. O resultado são
imagens fixas, sendo que a realidade é móvel.
As diversas manifestações artísticas (pintura, desenho, artes gráficas) têm influenciado e recebido influência da
fotografia desde o seu surgimento. As produções artísticas de Toulouse-Lautrec, Degas e mais recentemente David
Hocknev, demonstram essa interferência. Porém da tradição plástica, representada pela perspectiva, a fotografia
incorporou a composição, o ponto de vista e o distanciamento para fotografar (FUSARI e FERRAZ, 2006).
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A fotografia, por ter herdado alguns gêneros da pintura, trouxe consigo, sobretudo para aqueles que não tinham
condições de adquirir uma tela, a possibilidade de se ter o retrato ornando a sala das residências. Também proliferavam os
álbuns familiares que guardavam os principais momentos de vida das pessoas (COSTA, 2005).
Com o advento da fotografia ocorre o aparecimento de um novo paradigma da cultura do homem que entre as
mídias do tempo atual tem um lugar estratégico, pois é embasado na sua definição semiótica e tecnológica, que as
máquinas contemporâneas de produção audiovisual são construídas. A partir daí uma revolução passa a ocorrer no mundo
e uma nova realidade na produção de imagens começa a se constituir (COSTA, 2005).
Conforme Santos e Ritter (2005) houve um fortalecimento das idéias que se referiam à imagem fotográfica, no
século XX, devido ao seu caráter de contestação à natureza mimética e de transparência dos sentidos circunscritos numa
dada fotografia. Essa concepção sustenta-se em teorias da percepção e da perspectiva:
Propõe uma enumeração sintética das diferenças aparentes que a imagem apresenta com relação ao
real: em primeiro lugar, a fotografia oferece ao mundo uma imagem determinada ao mesmo tempo pelo
ângulo de visão escolhido, por sua distância do objeto e pelo enquadramento; em seguida, reduz, por um
lado, a tridimensionalidade do objeto a uma imagem bidimensional e, por outro, todo o campo das
variações cromáticas a um contraste branco e preto; finalmente, isola um ponto preciso do espaço-tempo
e é puramente visual (às vezes sonoro no caso do cinema falado), excluindo qualquer outra sensação
olfativa ou tátil (DUBOIS, 1993 apud SANTOS e RITTER, 2005, p. 141).
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Com relação às afirmações apontadas, as autoras esclarecem que a proposição acima estabelece dispositivos a serem
empregados na prática da leitura desse gênero textual, e que é possível determinar, a partir deles, como os elementos
constitutivos da imagem encontram-se sistematizados. Isso possibilita afirmar que o discurso é produzido sob
determinadas regras de composição as quais revelam a opacidade da linguagem, distanciando-se da abordagem que
concebe a fotografia como espelho do mundo.
A partir dessas afirmações é possível mostrar para os alunos que a fotografia pode tornar-se uma nova maneira de
olhar as artes plásticas.
De acordo com Santos e Ritter (2005), alguns questionamentos acerca de como a fotografia deve ser trabalhada na
escola são importantes a fim de se utilizar práticas pedagógicas e encaminhamentos metodológicos diferentes de acordo
com as suas especificidades. Assim caberia levantar questões acerca da produção ser amadora ou profissional; sobre de
que modo deu-se a perspectiva da imagem; tipo de relação existente entre o revelado pela imagem e a idéia do observador.
As informações dadas a estas questões poderiam responder à questão: Por que a imagem refletida nesta ou naquela
fotografia parece dizer o que diz?
É importante também perceber quais emoções a imagem observada evoca, como por exemplo: tristeza, angústia,
espanto, admiração entre outros sentimentos. Na seqüência faz-se o reconhecimento do conjunto, a apreensão do todo da
imagem, procurando fazer a identificação dos elementos que constituem o texto, indicando-lhes a sua natureza, sem que
haja complexidade. Estabelece-se, dessa forma, uma relação imediata entre o objeto e seu referente (SANTOS e RITTER,
2005).
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A fotografia, no início de sua trajetória, como “máquina de imagem” era valorizada como ferramenta capaz de
realizar uma representação quase automática e objetiva da realidade. Hoje a fotografia é a representação de tudo o que o
olho vê através da lente, a história que cada imagem conta ou traz, pois a imagem oferece uma visão da realidade muito
diferente daquela que a palavra oferece.
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O QUE O SEU OLHO VÊ?
Como explorar o universo imagético que a
linguagem fotográfica nos traz?
Foto: IconeAudiovisual http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/arte/seed_arte_e_book.pdf
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Pesquise
algumas fotos
marcar am no mundo e analise:
•
Quais emoções a imagem observada evoca,
que
mais
para que momento da história ela nos reporta?
O que leva você a esse entendimento?
Para
que ambiente, interno ou externo? É uma
imagem
produzida
profissional?
O que
por
a
um
amador
ou
cena
mostra?
Um
acontecimento social, religioso, cultural, ou de
outra natureza? Porquê?
•
E quanto à luminosidade, e ao colorido o que
mais prevalece a obscuridade ou a claridade,
cores vivas ou apagadas? Enfim o que mais te
chamou a atenção nesta imagem, porquê?
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•
•
•
Há uma íntima relação entre o fotógrafo e o que
vai fotografar...
De acordo com os apontamentos de (FEIST,
1996) o fotógrafo, ao escolher o que vai
fotografar revela sua sensibilidade, não se
limitando ao registro apenas. Assim pode-se
afirmar que fotografia é arte. Ao captar e
selecionar os elementos que considera mais
adequados para compor a foto, ele altera a
realidade, imprimindo na mesma seu modo
original de perceber o mundo.
Você concorda quando a autora diz que
fotografia é arte? Porquê?
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• Você considera importante a relação que há entre o fotógrafo e o que vai
fotografar? De que maneira ele pode alterar a realidade ao compor uma
fotografia?
• Agora você é o fotógrafo, saia do espaço de sua sala de aula e dê muitos
cliques. Fotografe cenas do cotidiano do lugar onde mora, da paisagem
local e dos anúncios publicitários existentes.
• O fotógrafo VALÉRIO VIEIRA (1862-1941), no começo do século XX, realiza
pesquisa em montagens fotográficas com vários negativos. Assim realizou Os Trinta
Valérios, seu auto-retrato de 1901 –Trata-se de vários auto-retratos, em diferentes
situações do autor, montados em uma só imagem, obra premiada com medalha de
prata, em 1904, na Feira Internacional de Saint Louis, nos Estados Unidos – primeira
fotomontagem brasileira.
• Confira neste site: http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografo-val
27
•
Algumas imagens fotográficas indicam sonoridade...Mesmo não se tendo o
registro do som. É possível dizer que as imagens abaixo demonstram a
presença da música...Relate.
•Dança de salão: Tango.
Funk- Foto: Levi Ferreira
•
Pesquise telas de ToulouseToulouse-Lautrec,
Lautrec, Degas,
Degas, David Hocknev e
analise de que modo houve a interferência da fotografia em suas
obras de arte.
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•
Após ter colecionado as imagens que capturou, é hora de trabalhar com o
editor de imagens Gimp. Faça retoques, ajuste cores, faça cortes,
montagens, enfim use e abuse da sua criatividade monte um álbum virtual e
mostre para toda sala.
www. aurap c.com
•
Aprenda a mexer no melhor programa open
source de tratamento de imagens, The Gimp;
•
Você pode acessar alguns tutoriais nos sites
indicados na próxima página, e aprenda os
comandos do Gimp.
www.m ed.uni-m agd eburg.de
29
www.tuxresources.org
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/GIMP-2.0-Tutoriais-rapidos
http://www.w3css.blogspot.com
http://www.ogimp.com.br/categorias/tutoriais
http://www.efeitosvisuais.com
http:// www.micropic.com.br/noronha/Informatica/EG/GIMP/Manual%20Pratico%20do%20Gimp.pdf
http://www.inclusaodigital.gov.br/inclusao/arquivos/outros/documentos-gerais-referncias/gimp.pdf/view
30
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/arte/seed_arte_e_book.pdf
ANDY WARHOL. Elvis I e II, 1964. Painel em serigrafia sobre acrílico sobre tela, 208,3 x
208,3 cm. Art Galery of Ontário, Toronto, Canadá.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/arte/seed_arte_e_book.pdf
Você já ouviu falar em POP ART?
RICHARD HAMILTON. O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes, 1956.
Colagem sobre papel , 26 cm x 125 cm. Kunsthalle, Tübingen, coleção particular.
Pop Art é uma arte produzida para o consumo de massa. É instigante,
inovadora, ou seja,
um movimento
que se utilizava como fontes de
inspiração símbolos da cultura de massa, objetos e temas do cotidiano
moderno, principalmente, ligados à sociedade de consumo e aos meios
Como
vimos
a
fotografia
influenciou
e
recebeu
influencia da pintura. Observe
as obras da Pop Art
acima
técnica
e
utilizando
a
mesma
faça a sua
composição. Vamos lá use a sua criatividade!!!
de comunicação.Sanduíches, tiras de história em quadrinhos, anúncios,
cenas de TV, e fotos de celebridades são incorporados diretamente ao
trabalho artístico e complementados por meio de diferentes técnicas, tais
como fotografia, pintura, colagem, escultura,serigrafia, etc.. As colagens
e reprodução de imagens em série são características das obras da Pop
Art (HONNEF, 2004).
31
Como
já
vimos
anteriormente
a
fotografia foi uma das manifestações
artísticas muito utilizada na Pop Art. O
autor Andy Warhol criou várias obras
utilizando-se de mitos da “Star Sistem”,
nesta obra ele quis mostrar Marilyn
Monroe como um produto da cultura de
massa.
Você
concorda
com
esta
afirmação? Faça uma pesquisa sobre a
Pop Art, seus principais artistas e obras.
Depois discuta com seus colegas os
efeitos
da
propaganda
atualmente.
32
indústria
na
vida
cultural
das
e
da
pessoas
Engenheiros do Hawai, O Papa é pop – Autor: Humberto Gessinger, Ano 1989.
Pesquise a letra da música “O Papa é pop” dos Engenheiros do
Hawai e analise o que significa na música a expressão
“POP”.
33
• Vídeos contendo imagens e informações sobre artistas
da pop art:
• http://www.youtube.com/watch?v=qcZseTObbFU
• http://br.youtube.com/watch?v=RgExLAiecF0
• http://br.youtube.com/watch?v=_UGUYiU8BDQ
• http://br.youtube.com/watch?v=CjRvDLJtAKQ
34
ALTOÉ, Anair; COSTA, Maria Luisa F; TERUYA,Teresa K. Educação e novas tecnologias. Maringá: EDUEM, 2005.
COSTA, Cristina. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez, 2005.
SOSSAL, Sonia Maria Furlan.A Arte é para todos? In. Secretaria de Estado da Educação Arte / vários autores. SEED –
PR, Curitiba: 2006.
FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Moderna, 1996.
FUSARI, Maria Felisminda de Rezende e FERRAZ, Heloísa Corrêa de Toledo. Arte na educação escolar. São Paulo:
Cortez, 2001.
SANTOS, Annie Rose dos ; RITTER, Lílian Cristina Buzato. Concepções de linguagem e o ensino de língua portuguesa.
Maringá: EDUEM, 2005.
35
VICTOR VASARELY. In: Catálogo. Exposição 14 Enero – 23 Abril,
2000. Madri: Fundación Juan March, 2000.
36
Desde as pinturas parietais da pré-história é possível
perceber a tentativa dos homens primitivos para
compreender o movimento ou a percepção visual deste,
através da utilização de alguns recursos para representar
a ação contínua dos homens e da natureza (COSTA,
2005)
Touro Negro. Parte de uma
pintura rupestre, 15.000-10.000
a.C.
–
Gruta
de
Lascaux
(Dordogne),França. (JANSON, H.W
37
Desde as pinturas parietais da pré-história é possível perceber a tentativa dos homens primitivos para compreender o
movimento ou a percepção visual deste, através da utilização de alguns recursos para representar a ação contínua dos
homens e da natureza. O mesmo anseio de imprimir na expressão gráfica a idéia do tempo, do movimento e da
narratividade foi o desafio enfrentado, posteriormente, pela fotografia e o desenho. Tem-se um exemplo destas
representações de movimento e narratividade no teatro de sombras que se iniciou no Oriente, o qual projetava sobre
paredes ou telas de tecido, silhuetas de figuras humanas, animais ou objetos, com a utilização de jogo de luzes (COSTA,
2005).
Além do jogo de sombras, experiências posteriores como a Câmara escura e a lanterna mágica, através da ciência
óptica, são fundamentos para a realidade cinematográfica. O princípio da câmara escura, projeção realizada através de
uma caixa fechada, com um pequeno orifício coberto por uma lente e que, através do qual, penetram e se cruzam os raios
refletidos pelos objetos exteriores, projetando uma versão espelhada e invertida da imagem exterior, é enunciado por
38
Leonardo da Vinci, no século XV e desenvolvido pelo físico napolitano Giambatista Della Porta, no século XVI. Também
a Lanterna mágica baseia-se no processo inverso da câmara escura.Trata-se de uma caixa cilíndrica iluminada a vela, que
projeta as imagens desenhadas em uma lâmina de vidro (WEBCINE, 2008).
Sempre estiveram presentes em diferentes experiências de animação como fábulas e até rituais de magia os anseios
da humanidade em produzir imagens em movimento ou vida em objetos inanimados. Rituais, brincadeiras, produções
artísticas das mais diferentes culturas expressavam o desejo de animação das formas de representação do mundo.
Porém, o que obteve mais êxito nesta busca foi o desenvolvimento tecnológico da humanidade, especialmente o
advento da fotografia. Entre as tentativas de aprimorar as técnicas de animação e projeção de imagens em movimento
pode-se destacar: o fenacistoscópio, criado pelo físico belga Joseph-Antonie Plateu, em 1829, para produzir uma síntese
dinâmica de imagens, a cronofotografia que é a fusão fotográfica de várias fases de um corpo em movimento. O Zootrópio
misto de brinquedo e curiosidade, inventado por W.G Horner, em 1933, o qual promovia a ilusão de movimentos através
de um tambor que fazia girar uma série de fotografias. Também é importante mencionar o teatro óptico de Emile Reynaud
e o quinetoscópio, no qual uma seqüência de fotos era movimentada pelo observador por meio de uma manivela,
inventado por Thomas Edison. Todas essas invenções eram recebidas de forma entusiasmada e se transformavam em uma
forma mais participativa de conhecer o mundo.
Até mesmo no Brasil repercutiam essas invenções desde o início do século XX. Anunciava-se espetáculos com
imagens através do Vitascope- Photografhia Viva, o qual consistia em uma combinação de máquina de projeção de
39
imagens e fonógrafo com a capacidade de apresentar em tamanho natural reprodução fiel de cenas cotidianas dos povos e
da natureza. Na época novidades óticas disputavam espaço com circos, quermesses e óperas (COSTA, 2005).
O cinema, “oficialmente, foi criado pelos irmãos Louis e Auguste Lumière em 1895” (LEITE, 2006, p.105), sendo
uma forma mais elaborada e dinâmica de se utilizar a imagem como expressão do tempo, do movimento e da
narratividade, projetadas sobre uma tela e usado como meio de expressão artística e comunicação de massa (WEBCINE,
2008).
Conforme as experiências de Joseph Plateau, em 1832, tornava-se possível fazer a recomposição do movimento,
partindo-se de uma série de imagens fixas, a partir desta descoberta criou o processo inverso, o meio de decompor o
movimento. Para os inventos resultantes desse processo utilizavam-se apenas desenhos devido ao fato da fotografia ainda
não ser conhecida publicamente.
A primeira sessão de cinema foi trazida ao público em 1895, oportunizando, pela primeira vez na história, ver a
ilusão do movimento. Lumiére filmou um trem chegando à estação em La Ciotat (França). Ao apresentar o filme para uma
pequena platéia, que jamais vira nada parecido, as pessoas presentes apavoraram-se diante da imagem do trem que
avançava em direção a elas e saíram correndo. (MARCONDES FILHO, 1988, 1994; MANASÉS et al.,1980).
40
Nesta mesma época em que datam os primeiros registros do cinema, estavam sendo descobertos a luz elétrica, o
telefone, o avião, o fonógrafro, o automóvel e o rádio. A Revolução Industrial é impulsionada pelo domínio da técnica, e
com o desenvolvimento tecnológico o cinema traz o caráter de uma nova arte (MONTEIRO e BATISTA, 1998).
Assim, iniciou-se o cinema, que trouxe uma novidade excepcional para o público que pôde, a partir de então, ver a
imagem em movimento.
Produzir imagens que se movem como em sonhos ou imprimir vida em objetos inanimados foram
sempre anseios da humanidade, presentes em diferentes experiências de animação [...]. Entretanto,
foram os irmãos Auguste e Louis Lumière que 1895, apresentaram ao público cinematográfico, uma
câmera que conseguia projetar diversos fotogramas numa sucessão de tempo que dava ao observador
a impressão exata do movimento natural de objetos e corpos (COSTA, 2005 p. 91-93).
O sonho tornara-se realidade e, a partir desta invenção, o homem inaugura um novo panorama cultural nos mais
diferentes países. Tão importante criação passa a alimentar o imaginário do homem moderno. O desejo de sonhar em
grupo, grande desejo da humanidade, parece que finalmente havia se realizado.
Para Costa (2005), o cinema é um recurso que permite entender as relações entre os seres humanos de forma mais
complexa, pois passou a ser um modelo do tipo de comportamento, influenciando as pessoas no seu modo de ser e agir.
Através deste recurso tecnológico é possível experimentar as sensações e emoções das personagens, através do imaginário
que é incentivado pela ilusão oferecida na tela.
A projeção no filme e a identificação com os personagens fazem com que a experiência
cinematográfica seja mágica e promova um enriquecimento da experiência humana, na medida em
41
que
propicia vivências novas, talvez inalcançáveis de outra forma. No entanto, o fato de o cinema ser uma narrativa ficcional
não empobrece a experiência nem frustra os telespectadores. Somos capazes de distinguir realidade de ficção e
fantasia, e de ponderar a esse respeito como diante de nossos sonhos – há sonhos que só devem ser sonhados, assim
como há experiências que só devem ser assistidas. Essa capacidade de nos extasiarmos e de refletirmos é que dá ao
cinema, e à ficção em geral, um valor educativo – há um “seqüestro” dos nossos sentidos, mas também experiência
conhecimentos novos que possibilitam reflexão, planejamento e avaliação da vida. (Costa, 2005, p. 96)
A experiência cinematográfica ainda não estava completa, pois não fazia parte desta nova linguagem visual, a fala
das personagens, o som era apenas através do gramofone, ou de um dublador. Foi pelo fato dos filmes não terem sons que
surgiu a expressão “cinema mudo”.
O início da história do cinema mudo é marcado pela apresentação pública do cinematógrafo. Só após três décadas
aparece o som, no final dos anos 20. Foi em Paris, no Grand Café que em 28 de dezembro de 1895 foi realizada a primeira
demonstração pública das produções dos irmãos Lumière. Dentre os filmes apresentados pode-se relacionar algumas
produções rudimentares, em geral documentários curtos, filmados ao ar livre que retratavam a vida cotidiana, com uma
pequena duração de aproximadamente dois minutos de projeção. Dentre eles, destacam-se: A chegada do trem na estação,
O almoço do bebê e O mar (WEBCINE, 2008).
42
A fim de se sonorizar o espetáculo cinematográfico, unindo de forma técnica, imagem e som, foram utilizados os
primeiros gramofones, os quais surgiram na mesma época em que se inventava o cinema (COSTA, 2005).
Para retratar como era exibido o cinema mudo Feist (1996) descreve como se processavam os procedimentos da
apresentação dos referidos filmes, relatando que, apesar dos filmes não serem sonorizados, o som estava presente nas
demonstrações, pois ao mesmo tempo em que a imagem aparecia na tela, havia um músico tocando o tempo todo dentro
da sala de exibição, criando um clima ora de suspense, assustador ou romântico, enfim, a música deveria atender o que a
cena requeria. As músicas não eram de improviso, eram encomendadas aos compositores pelos diretores que escolhiam
suas trilhas sonoras. Apesar do piano ser o instrumento mais tocado, as vezes orquestras inteiras tocavam durante a
projeção. Outro aspecto do cinema mudo é que mesmo não tendo o registro do som da fala das personagens, a imagem
movia os lábios, falando alguma coisa que depois aparecia escrita num quadro na tela.
Havia também a presença de narradores ou de animadores ligados à apresentação da imagem em movimento, no
intuito de acentuar e conduzir a mágica do espetáculo. Somente na década de 1930 é que se torna realidade o filme
sonorizado (COSTA, 2005).
No cinema mudo vale a pena ressaltar a íntima relação entre o som e a imagem, mesmo que o som aparecesse
apenas como pano de fundo, era fator essencial para dar vida à cena e provocar emoções de medo, suspense, humor,
tristeza, dentre outras.
Algumas personagens deste período ficaram eternizadas pelo seu carisma, como o meigo vagabundo, Charles
Chaplin. Continuou neste gênero com humor incontestável o Gordo e o Magro.
43
Mas não foi apenas no cinema mudo que a trilha sonora teve papel fundamental para a narrativa. Quem não se
recorda do filme de Alfredo Hitchcock “Psicose” em que os acordes precisos da música dão à cena um impressionante
suspense, dando a impressão que as cordas do violino sangravam.
A música é usada, muitas vezes, como instrumento para condimentar a cena, sendo transformada em personagem,
prestando sua colaboração para a cadência do desenrolar de uma situação. A presença da música é tão fundamental para a
imagem fílmica quanto a dos atores, pois desencadeia sensações e nuanças (GUERRA, 2008).
A produtora Warner Brothers lançou em 1926 o Vitaphone, o primeiro sistema sonoro eficaz e foi em 1927, pela
primeira vez, que o espectador ouviu a voz de um ator na tela, com a produção do filme Cantor de Jazz, de Alan Crosland,
protagonizado por Al Jolson, a personagem principal falou e cantou por apenas alguns instantes, tal fato foi considerado um
progresso (WEBCINE, 2008).
Percebe-se que com o advento do som, nos Estados Unidos, há uma grande revolução na produção cinematográfica
mundial, foi a partir da década de 1930 que foram consolidados os grandes estúdios que consagraram astros e estrelas em
Hollywood. Com grande destaque surgem os musicais e outros gêneros cinematográficos (WEBCINE, 2008).
Embora seja uma arte jovem em comparação com as outras, o cinema logo se popularizou no mundo inteiro,
atraindo para as salas de projeção gente de praticamente todas as classes sociais (FEIST, 1996).
44
Inicialmente, os filmes eram feitos de forma linear, com uma história que se desenrolava em frente às
câmeras, num único plano e, muitas vezes, num único quadro. Pouco a pouco, para poder melhor
exibir as emoções dos atores, os diretores foram aprendendo a se aproximar dos rostos em ângulos
mais fechados. Os filmes foram ficando mais intimistas, psicológicos e, ao mesmo tempo, mais
fragmentados, exigindo uma intimidade cada vez maior do público com aquilo que acontecia na tela.
Sonorização, cor, o uso de diversas câmeras foram criando uma gramática peculiar que afastou o
cinema de suas origens cênicas e de espetáculo de variedades. O diretor que mais contribuiu para
essa virada foi David Ward Griffith, o norte americano que inventou o longa metragem – uma história
de ficção narrada em cerca de 120 minutos. Foi ele também que lançou algumas das primeiras
estrelas e astros do cinema norte-americano, dando origem a essa ligação idólatra do público com os
artistas para além das imagens, certamente um subproduto da produção cinematográfica em níveis
industriais (COSTA, p. 96, 2005).
O estudo realizado pelas autoras Monteiro e Batista (1998) acrescenta informações importantes para o
conhecimento deste veículo de comunicação, responsável pela transformação visual e sonora do texto escrito e falado.
Assim é possível ver que a imagem do cinema é bidimensional, como a retratada nas telas ou na fotografia, querendo dizer
com isto que só tem altura e largura, no entanto os cineastas procuraram formas para dar melhor noção de volume e de
focalização, pois a realidade é tridimensional. Também a câmera pode acompanhar uma ação em movimento e a tomada
panorâmica, criando a possibilidade de imitação do olhar.. Quando se encerra a filmagem, tem início a fase de montagem
quando se faz a seqüência lógica que imprime ritmo ao filme. São estas, assim, as técnicas básicas de filmagem e
montagem, que na narração de histórias, aliam o espaço e o tempo.
45
De acordo com Sales (2002), o desenho animado de Walt Disney “Fantasia”, em 1959 revolucionou a forma de
realização das trilhas sonoras.
Leite (2006) salienta que:
Fantasia foi uma experiência inovadora, ousou combinar desenho animado com músicas de Beethoven,
Schubert, Stravinsky entre outros. Esse desenho abriu a mente dos produtores sobre a importância que a
música poderia ter no resultado final de um filme. A partir dos anos 50, o grande número de produções
cinematográficas nos EUA, Europa e até do Brasil com a companhia “Vera Cruz”, requeriam diferentes trilhas
sonoras, sejam para filmes de gangster, faroeste, comédias, suspense, etc, as trilhas com o tempo foram
especializando, pois cada tipo de filme requer uma trilha sonora que reflita o roteiro, sejam eles de suspense,
drama, ação, aventura, comédia, entre outros (LEITE, 2006, p.107).
46
Outro registro marcante do desenho animado em que podemos captar a união da imagem
e som é retratado na Pantera Cor-de-Rosa em que a música sublinha, integra e aciona a
performance única dos personagens principais. Esta protagonista, inigualavelmente, tem sido
irreverente e é marca registrada de sucesso entre o público infantil e adulto. O trabalho entre o
animador e o compositor é integrado e constante. É quase impossível descolar a imagem e o som
quando a animação funciona (RIBEIRO, 2004).
E quem nunca se deliciou com este trecho da trilha sonora da Pink Panther?
(Henry Mancini)
47
Apesar da imensa produção de filmes que visavam o entretenimento, desde a primeira metade do século XX, houve
a preocupação de alguns diretores em explorar possibilidades didáticas da imagem em movimento. O desenho animado
através da sensibilização do público infantil difundia valores, hábitos e comportamentos, havia, portanto o intuito de se
utilizar o cinema para instruir e orientar crianças e jovens. Foram produzidos como apoio educacional documentários em
formato reduzido, como também filmes de curta e média metragem, todos com um conteúdo mais didático (COSTA,
2005).
Os meios educacionais não vêem o cinema como uma fonte de conhecimentos, embora este seja valorizado. Mesmo
sabendo que arte é conhecimento, existem dificuldades entre os professores de reconhecer o cinema como tal. Isto ocorre
porque há uma idéia impregnada de que cinema é diversão. Assim, muitos professores usam o cinema como recurso
didático apenas para ilustrar, de modo lúdico e atrativo, mas de segunda ordem.
Com certeza os filmes devem ser usados nas aulas, mas de modo que se valorize a importância deles para o
patrimônio artístico e cultural da humanidade. De modo geral quando o professor usa textos literários como recurso
48
didático, ele faz uso dos conhecimentos de que dispõe para orientar as escolhas feitas, definir seus objetivos e a forma de
apresentar.
No entanto, os filmes exibidos em contexto escolar têm sua escolha feita pelo conteúdo programático que o
professor necessita trabalhar, não sendo escolhido pelo que se sabe sobre cinema. Assim, o filme não tem valor por ele
mesmo mas pelo uso que se pode fazer dele na prática pedagógica.
É necessário que, da mesma forma como os educadores têm buscado o desenvolvimento de estratégias visando o
desenvolvimento do interesse pela literatura, precisa também estimular o gosto pelo cinema através de metodologias
adequadas. Para que isso seja possível é fundamental que os alunos tenham acesso a diferentes tipos de filmes, de
diferentes cinematografias, em um ambiente em que essa prática seja compartilhada e valorizada. Assim eles poderão
aprender a apreciar o filme no contexto de sua produção, identificando o que pode ser tomado como elemento de reflexão
sobre o cinema, a vida e a sociedade em que está inserido, dispondo, desse modo, de instrumentos para avaliar e criticar.
É ainda importante considerar que textos fílmicos, bem como os literários, necessitam ser apresentados com o
máximo possível de referências, para serem valorizados pelo que são e não somente pelo uso que se faz deles. Para isso é
preciso que o espectador seja informado acerca de dados que identificam o contexto em que o filme foi produzido, bem
como o nome de seu diretor, acompanhado de dados biográficos, ano de lançamento, premiação, repercussão e assim
sucessivamente.
Cabe acrescentar que o filme não deve ser usado como um recurso quando não se quer dar aulas. Além do mais é
importante frisar que eles não são decalques ou ilustrações a serem acoplados aos textos escritos. As narrativas fílmicas
49
falam, descrevem sendo formativas e informativas. É necessário conhecer como elas fazem isso para usá-las (DUARTE,
2002).
50
(Chaplin, O Garoto, 1929)
Carlitos, o Adorável Vagabundo, foi uma das figuras mais famosas e queridas que o
cinema já produziu...(FEIST, 2000).
51
52
•
•
•
•
•
•
•
http://www.estacaovirtual.com
http://www.curtagora.com
http://www.ciemabrasil.org.br
http://www.cinemaoito.hpg.com.br
http://www.kinoforum.org
http://www.cineclick.com.br/cinebrasil/historia_br.html
http://www.cineduc.org.br
53
••
Você
Você sabia
sabia que
que no
no início
início oo cinema
cinema era
era mudo.
mudo.
A
A imagem
imagem aparecia
aparecia na
na tela
tela enquanto
enquanto uma
uma
pessoa
pessoa ficava
ficava ttocando
ocando oo tempo
tempo todo
todo dentro
dentro
da
da sala
sala de
de exibição,
exibição, para
para criar
criar oo clima
clima que
que aa
cena
requeria,
romântico,
ass
ustador,
cena requeria, romântico, ass ustador, de
de
suspense
suspense etc.,
etc., O
O pianinho
pianinho não
não parava
parava de
de
tocar...
tocar... (FEIST,
(FEIST,2000).
2000).
www.cent ral.rj.gov.br
•
Marcelo Galvan Leite
54
Em 1895 foi realizada a primeira
sessão de cinema trazida ao
público, por Lumière, era a cena
de um trem chegando à estaç ão
em La Ciot at (França), e ao
apresentá-lo para um modesto
público, que por sua vez jamais
vira
nada
parecido, fic aram
apavorados c om a imagem do
trem que avanç ava em direção a
eles
e
s aíram
correndo
(MANASSÉS et al. , 1980).
•
Pesquise no You Tube cenas do cinema mudo (flashes de filmes de
Charles Chaplin) e do cinema falado (flashes do primeiro filme
falado “O cantor de jazz”); depois faça um paralelo entre os dois
gêneros cinematográficos descrevendo como era realizada a
sincronia entre o som e a imagem.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/images/
Curiosidades/1071p.jpg
Desenho do layout publicitário do filme “The Jazz Singer”, da Warner.
55
•
•
Resgate da história do cinema através de pesquisas;
Análise de trechos do filme Fantasia, que revolucionou as trilhas
trilhas sonoras do cinema, tanto
de 1939 como a versão de 2000 a fim de observar o papel dos sons nas produções de
desenhos animados; análise de outros desenhos animados visando a observação da
sincronia entre o som e imagem e seus efeitos sonoros;
Observar a importância da relação entre o som e a imagem, utilizando
utilizando--se filmes que
ficaram marcados por suas trilhas sonoras, tais como “Psicose” (Alfred
(Alfred Hitchcock), “
Pantera CorCor-dede-Rosa” e outros, substituindo as mesmas para observação dos efeitos
efeitos que
provocarão nas emoções dos espectadores.
•
•
•
Saiba sobre os recursos existentes na TV Multimídia/Pendrive e como manuseámanuseá- los, bem
como utilizar o acervo de filmes disponíveis na mesma, e os procedimentos sobre como
transpor e gravar filmes para serem utilizados neste recurso audiovisual.
Confira no site:
br,, na página educadores...
site: www.diaadiaeducacao
www.diaadiaeducacao..pr.org.
pr.org.br
56
• TUTORIAL www.zamzar.com
• CONVERSOR DE ARQUIVOS ONLINE
• Procure no www.youtube.com.br o vídeo que você deseja e clique nele para abrir;
• Ao lado direito do vídeo você vai observar algumas informações sobre o vídeo;
• clique em (mais informações) ou (more info);
• Assim que abrir a janela você vai encontrar a URL do arquivo que você quer. Selecione e copie-o;
• Busque na Internet o site www.zamzar.com e assim que abrir a página...
• Clique em URL – depois siga os passos: step1...
57
Step 1
•
Cole a URL que você copiou do You Tube
Step 2
•
Procure através da flecha ao lado a extensão para vídeo – no caso mpg
Step 3
•
Coloque o seu e-mail, pois você vai receber o arquivo convertido através dele.
Step 4
•
Clique em convert e ESPERE ATÉ O VÍDEO SER CONVERTIDO (100%). Veja:
58
• A partir do momento em que o arquivo foi convertido em 100%, a próxima página abrirá com a
seguinte mensagem:
“O seu arquivo foi enviado com sucesso! Nós agora converteremos seu arquivo. Assim que isso for feito,
nós o enviaremos para o seu email onde você pode fazer o download.”
59
• Clique no link abaixo para fazer o download, do arquivo que você escolheu:
http://www.zamzar.com/getFiles.php?uid=1877080015627001210013942&targetID=Qts8kW5aHFfS
• Clicando no link que o Zamzar enviou para o seu e-mail pessoal, vai abrir a janela a seguir:
• “Clique em download now”!
Em seguida…
• Abrirá uma janela “Deseja salvar ou abrir?”
• Clique em salvar;
60
• Nomeie o arquivo, se necessário;
•
Salve em sua pasta;
•
ESPERE novamente o arquivo baixar em sua pasta.
• Próximo Passo...
• Salvar em seu Pendrive e testar na TV antes de levar o arquivo para a sala de aula.
• Este tutorial foi baseado no material disponibilizado
pelo CRTE de Campo Mourão.
61
A Primeira Filmagem:
http://www.youtube.com/watch?v=2cUEANKv964&feature=related
Cinema - Irmãos Lumière:
http://www.youtube.com/watch?v=4nj0vEO4Q6s&feature=related
Lumiere brothers : first film of the cinema!
http://www.youtube.com/watch?v=sHhPWiTz_zc
First World War in Colour - Western front - The...:
http://br.youtube.com/watch?v=EOeBqTjWElM
Fantasia 2000 - Firebird Suite (1919 Version):
http://br.youtube.com/watch?v=LTSSIzBxIwg
Fantasia (1940) - The Sorcerer's Apprentice
http://br.youtube.com/watch?v=hUCpCimC2f4
FANTASIA - 1940 - Walt Disney
http://br.youtube.com/watch?v=jvButzoSEPk
Al Jolson - Blue Skies - The Jazz Singer (1927)
http://br.youtube.com/watch?v=ivTt1PEjgtE
62
63
REFERÊNCIAS
COSTA, Cristina. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez, 2005.
FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Moderna, 1996.
DUARTE, Rosália. Cinema & Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
GUERRA.Alexandre. Música no cinema. Disponível em:http// www.planetela.com.br. Acessado dia 05 de dezembro de
2008.
LEITE, Marcelo Galvão. Imagine som In. Secretaria de Estado da Educação.Arte/ vários autores. SEED-PR, p. 99-105,
Curitiba:2006
MANASSÉS, Branca et al. Tecnologia da educação: uma introdução ao estudo dos meios. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1980.
MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão. São Paulo: Scipione, 1994.
MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão: a vida pelo vídeo. São Paulo: Moderna, 1988.
MONTEIRO Marialva; BATISTA Lucinéia. Trama do olhar. Cadernos da Tv Escola. Brasília: Secretaria de Educação à
distância/ MEC. 1998.
RIBEIRO, Neusa Maria da Rocha. O sincretismo semiótico no desenho A Pantera Cor-de-Rosa. Porto Alegre :
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, 2004. História do Cinema.Disponível em: http://
www.webcine.com.br/historia.htm. Acessado em 27 de novembro de 2008.
64
Interpretação da alegoria da Caverna. < www.finsa.it
65
Foto: João UrbanFoto : João Urban
66
Ao ligar a TV, você já sabe o que vai assistir, ou vai mudando de canal e escolhe o que mais te chamou a atenção? Você
consulta em jornais e revistas a programação das emissoras? Você prefere os programas que você recebe informação
ou que você se diverte? Existem programas que divertem e informam? Quais? O que você acha das telenovelas? Você
concorda que as imagens e sons veiculados pela televisão, além de atrair também são capazes de formar opiniões?
Ilustrações Marcelo Galvan
67
A produção de imagens em movimento, a partir da fotografia, foi uma verdadeira revolução tecnológica que
culminou com o aparecimento do cinema e logo após de um dos mais importantes meios de comunicação da atualidade: a
televisão.
Com base em Altoé, Costa e Teruya (2005) em 1923 J. L. Baird transmitiu uma silhueta em movimento de forma
bastante imperfeita, mas dois anos depois junto com o americano C.J. Jenkins conseguiram transmitir imagens e
movimentos mais aperfeiçoados, em tons cinzas, melhorando a captação de imagens de cenas, com grandes detalhes,
mediante iluminação natural. A televisão foi produzida em massa após 1945.
Devido à interação dos modos de percepção, a visão das imagens e a audição da linguagem oral, e a extensão
simultânea de sons, imagens e movimento, pode-se dizer que o cinema e a televisão tornaram-se uma janela aberta para o
mundo.
Conforme salienta Teruya (2006) esta perspectiva levou MacLuan a compreender o surgimento do homem global,
pois todos têm a possibilidade de ver, ouvir e emocionar-se frente a determinados acontecimentos em qualquer lugar do
planeta. Isto ocorre porque a televisão tem a capacidade de levar a todos o mesmo tipo de informação e conhecimento,
68
podendo influenciar deste modo, o pensamento das pessoas, de forma que os telespectadores podem passar a ter opiniões
semelhantes. Constata-se dessa forma que a televisão homogeneíza a massa de telespectadores.
O homem moderno está diante dos chamados mediadores midiáticos os quais, por meio virtual, têm a capacidade de
aproximar as pessoas por mais distante que estejam. Assim, no mundo audiovisual é possível interagir com as mais
diferentes mensagens, de acordo com a preferência de cada um.
A capacidade humana de aplicar e utilizar as informações gerando novos conhecimentos, tornou-se uma força de
produção possibilitando a criação e recriação das novas tecnologias que são também usadas como ferramentas.
Teruya enfatiza que:
O acelerado progresso tecnológico produziu uma rede global multimidiática, transformando o
universo sociocultural. As informações audiovisuais e a produção do espetáculo surgem como
elementos desafiadores para a ação docente. A sofisticação das imagens animadas e/ou embalo
musical fascina o estudante e este ocupa tempo cada vez maior em detrimento do tempo
destinado para leitura do papel impresso. A ideologia da vida é disseminada, diariamente, na
mídia eletrônica (TERUYA, 2006, p. 61).
É, sobretudo, dentro dessas variáveis que Teruya (2006) observa que a televisão educativa oferece uma série de
serviços destinados à formação cultural. Porém a transmissão em grande escala da televisão, sem objetivo educacional,
promove a ideologia hegemônica e conduz de maneira equivocada a consciência dos telespectadores. A maioria dos
telespectadores ocupam muito tempo assistindo televisão sem a preocupação em ler e interpretar suas mensagens ou
avaliar a qualidade dos programas.
69
A partir dessa reflexão observa-se que é possível utilizar a televisão em sala de aula de modo bastante atrativo, porém
para isto é necessária a presença de um professor que possa intermediar a mensagem apresentada.
Há uma íntima relação entre a televisão e o imaginário das pessoas, entre elas estão alunos e professores, incluindo
também a forma como elas se comunicam com o resto do mundo. Sendo que a televisão oportuniza a aproximação virtual
entre as pessoas, ela como veículo de comunicação de massa, pode agradar a uns e desagradar a outros. No entanto,
mesmo tendo esta ambigüidade ela é um atrativo para todas as idades. Essa capacidade de atração da produção audiovisual
televisiva deve ser aproveitada, levando-se em consideração a curiosidade, a atenção e o interesse despertados,
canalizando-os para seus objetivos.
Portanto, uma escola que tenha como objetivo promover a qualidade do ensino deve incorporar em suas práticas
pedagógicas a produção televisiva, não em toda sua complexidade de programação, mas selecionando programas e
estruturando metodologicamente a aula de forma a garantir o aproveitamento das informações (COSTA, 2005).
Um dos recursos tecnológicos que possibilita esta metodologia é o videoteipe, um instrumento de registro de
imagens e sons por meios magnéticos, por meio deste surge a possibilidade de gravar os programas, editá-los e representálos, diminuindo os custos e estabelecendo o modelo de televisão hoje existente.
70
O videoteipe é um instrumento que propicia experiências educativas fundamentais, sobretudo aquelas que
apresentam linguagem audiovisual em ambientes educacionais (COUTINHO, 1998).
Os contatos com os meios de comunicação e a vivência familiar fazem parte do saber que alunos e professores trazem
para a escola, isto porque estão imersos em um ambiente educativo que extrapola o âmbito escolar. Portanto não é possível
a separação entre a escola e o mundo fora dela, pois alunos e professores são seres históricos, situados num determinado
contexto, trazendo consigo saberes e formas de elaborar conhecimentos, ou conforme coloca Paulo Freire, um saber de
experiências feito. O que este aluno espera ao chegar à escola é entrar em contato com outros saberes e processos com a
finalidade de adquirir novos conhecimentos, desenvolver-se e aprimorar-se. Portanto a escola recebe um aluno que traz
consigo suas experiências e vivências que serão enriquecidas através da interação com os colegas e professores. Não se
pode conceber uma escola alheia à realidade.
São fundamentais a aplicação de novas metodologias capazes de permitir a introdução dos alunos na utilização da
linguagem audiovisual como instrumento didático. Enfim a utilização do que se convencionou chamar de tecnologias da
educação, ou seja, dos métodos, técnicas e outros recursos que, articulados entre si, têm como objetivo subsidiar o
processo de ensino/aprendizagem devem estar presentes em todo processo educativo.
71
Conforme afirma Leite (2005), na televisão o tratamento sonoro seguiu as idéias do cinema, porém, dificilmente as
trilhas sonoras são produzidas com o mesmo cuidado, pois a TV precisa produzir imagens de forma acelerada para o
consumo do público, sendo este um dos fatores que impossibilita a criação de trilhas sonoras seguindo os mesmos critérios
do cinema. Outro fator determinante é a vinculação de canções populares difundidas no rádio, que fazem sucesso na época
em que a novela está no ar, possibilitando a venda de grandes quantidades de CDs com essas trilhas sonoras amplamente
divulgadas nos intervalos comerciais da própria emissora e lançadas em versões nacionais e internacionais. Com isso, as
emissoras preenchem os espaços entre as falas das personagens e ganham muito dinheiro com a venda de CDs.
Pode-se afirmar, assim, que a televisão é um recurso audio-scripto-visual por excelência. Porém é necessário
considerar que:
Apesar de a televisão tentar igualar todos os espectadores numa só aldeia global, a maneira de
receber a mensagem nunca é a mesma para todos. A própria criança não é “tabula rasa” como
se julgava antigamente – cada uma tem sua história pessoal inserida em uma família e em uma
região desse imenso país. [...] O educador deve estar atento à leitura que cada aluno faz do
material audiovisual, avaliando quais são seus símbolos, seus mitos e suas influências
(MONTEIRO e BATISTA, 1998, p. 61).
72
O som e a imagem são recursos que sempre estiveram presentes na televisão sendo, desse modo, a chave para o
segredo da propaganda dos bens divulgados por esta indústria cultural. Em função disso há um enorme investimento em
propagandas cada vez mais sofisticadas, visando estimular o consumo e imprimir modelos de comportamentos.
Através dos recursos midiáticos as imagens são apresentadas de forma cada vez mais atraente estimulando o
telespectador a acreditar naquilo que vê e a desejar possuí-lo. É um convite ao consumo.
Se “a propaganda é a alma do negócio”, a nova mídia é a própria propaganda, divulgadora de si
mesma em nível mundial. Isto explica porque as maiores fortunas do mundo estão concentradas nas
empresas que atuam com os meios de comunicação e também nas empresas de grande porte com
condições de investir na publicidade televisiva (TERUYA, 2006, p.55).
A interferência da mídia na vida escolar traz dificuldades para o conhecimento da realidade concreta, pois a mesma
assegura o pensamento hegemônico, visando manter e legitimar a cultura idealizada pelos grandes grupos econômicos. O
poder da mídia pode definir determinados modelos de indivíduos e incitar o desejo de consumo de determinados produtos,
atuando na área da emoção, da vaidade, da auto-afirmação e da auto-estima podendo até direcionar as preocupações das
pessoas. Isto tudo é trabalhado no indivíduo em forma de entretenimento (TERUYA, 2006).
Nesse sentido pode-se afirmar que, a mídia está a serviço do capitalismo na medida em que produz o desejo de
consumir através das imagens e músicas que fascinam, contribuindo para que os bens sejam mais valorizados que as
pessoas. Com isso são propagados comportamentos de valores, atitudes, idéias e estilos orientadores de condutas sociais.
73
Devido ao desenvolvimento tecnológico global, praticamente, todas as pessoas são envolvidas pelas informações
audiovisuais tornando-se, assim, um desafio para os educadores, pois os estudantes estão cada vez mais envolvidos com as
imagens animadas ou o embalo musical, deixando pouco espaço para a leitura em papel impresso.
As imagens e sons veiculados pela televisão, além de atrair também são capazes de formar opiniões e de convencer
as pessoas acerca das qualidades de determinado produto, bens ou pessoa. Com esta finalidade situam-se os jingles.
Os estudos de Faulkner (2008) definem jingle como um slogan de propaganda de rádio ou de televisão com uma
melodia que seja facilmente memorizada e agradável. O objetivo de um jingle é sempre para se designar e descrever um
produto ou um serviço ou visando auxiliar os consumidores a fixar informações sobre um produto. Praticamente não há
limites sobre as possibilidades de elaboração de um jingle, levando-se em consideração que o slogan deve ser
instantaneamente atrativo e fácil de lembrar.
A partir dessas reflexões, pode-se dizer que:
A televisão é e será aquilo que nós fizermos dela. Nem ela, nem qualquer outro meio, estão
predestinados a ser qualquer coisa fixa. Ao decidir o que vamos ver ou fazer na televisão, ao
eleger as experiências que vão merecer nossa atenção e o nosso esforço de interpretação, ao
discutir, apropriar ou rejeitar determinadas políticas de comunicação, estamos, na verdade,
contribuindo para a construção de um conceito e uma prática de televisão. O que esse meio
é ou deixa de ser não é, portanto, uma questão indiferente às nossas atitudes com relação a ele
( MACHADO, 2000).
74
Tais afirmações vêm ajudar a esclarecer as formas como se deve utilizar a televisão como suporte de apoio
pedagógico na escola. Cabe ao professor decidir quais os conceitos e a prática pretendida a serem apropriados pelos
alunos, podendo ser trabalhados de forma positiva e enriquecedora.
75
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Debates sobre o papel da televisão na vida e no
comportamento das pessoas;
Leitura crítica de propagandas e jingles que
acompanham as mesmas, divulgados pela televisão;
Seleção de propagandas que mais marcaram, (pesquisa
no You Tube );
Pesquisa e análise sobre aberturas de programas,
observando a relação existente entre imagem e som;
Elaboração de jingles e propagandas;
Análise de cenas de telenovelas;
Elaboração de roteiro de progamas educativos;
Elaboração de roteiro da TV Paulo Freire;
Elaboração de roteiro da TV Multimídia/Pendrive.
76
Pesquisar sobre os famosos
compositores de jingles:
•
•
•
•
•
•
Tom Jobim
Zé Rodrix
Gilberto Gil
Sá
Guarabira
Renato Teixeira
77
As imagens e sons veiculados pela televisão, além de atrair
também são capazes de formar opiniões e de convencer as
pessoas acerca das qualidades de determinado produto, bens ou
pessoa. Os jingles também têm esta finalidade?
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/ed_fisica/livro_edfisica.pdf
78
•
Aprenda a utilizar os recursos da TV Multimídia/Pendrive,
utilizando os tutoriais disponíveis no portal educacional
Dia-a-dia Educação, na página educadores.
79
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
Este material foi disponibilizado pelo CRTE de
Campo Mourão
80
81
82
83
NELE VOCÊ ENCONTRA: O TUTORIAL PARA
BAIXAR E ESTUDAR AS FUNÇÕES DA TV
84
E AINDA OS VÍDEOS, SONS E FIGURAS
PARA BAIXAR E SALVAR NO PENDRIVE
85
CLIQUE NA PALAVRA SONS NO MENU À
ESQUERDA. DEPOIS ESCOLHA POR
DISCIPLINA.
86
CLIQUE NO TÍTULO DO SOM
PARA BAIXAR:
87
ALTOÉ, Anair; COSTA, Maria Luisa F; TERUYA,Teresa K. Educação e novas tecnologias. Maringá: EDUEM, 2005.
COSTA, Cristina. Educação, imagem e mídias. São Paulo: Cortez, 2005.
FAULKNER., Tim. Como funcionam os jingles. Site: htt://hsw.uol.com.br/jingles.htm. Acessado dia 02 de dezembro de
2008.
LEITE, Marcelo Galvão. Imagine som In. Secretaria de Estado da Educação.Arte/ vários autores. SEED-PR, p. 99-105,
Curitiba:2006
MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. 4. edição. São Paulo: Senac, 2000.
MONTEIRO Marialva; BATISTA Lucinéia. Trama do olhar. Cadernos da Tv Escola. Brasília: Secretaria de Educação a
distância/ MEC. 1998.
88
Marcelo Galvan Leite
89
Um dos instrumentos que pode ser utilizado em sala de aula de forma a enriquecer as atividades, trazendo outras
possibilidades de interação com os conteúdos apresentados, é o vídeo. Seu papel está na possibilidade de mostrar à
criança a realidade de forma indireta, não substituindo a realidade, mas tornando-a mais próxima. O vídeo é uma
ferramenta de grande valia no processo educacional, porém não abrange tudo, nem substitui o professor, é apenas um
recurso a mais que ajuda a ampliar o olhar, podendo-se sair da sala de aula e conhecer outras realidades.A incorporação
do vídeo à sala de aula, numa metodologia ativa é um recurso a mais no processo de ensino aprendizagem. Entretanto, é
preciso considerar que a utilização do vídeo só deverá acontecer se o mesmo puder contribuir de modo significativo para
o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
É importante frisar, que mesmo sendo um canal de divulgação do produto cinematográfico, o vídeo não é somente
um veículo do cinema. O cinema, na verdade é o que estruturou a linguagem audiovisual, e a televisão e o vídeo herdaram
do cinema a estrutura espacial, as normas da composição da imagem e do enquadramento, e também a organização
90
rítmica das imagens. No entanto, “a tela pequena do aparelho de televisão implica uma composição diferente do quadro
cinematográfico. O caráter de escritura do vídeo se impõe mais que o de registro” (MONTEIRO e BATISTA, 1998, p.
21).
Para a introdução do vídeo na sala de aula é necessário uma preparação da escola, no sentido da construção de um
novo ambiente educacional, pois deste modo o material audiovisual será melhor aproveitado (COUTINHO, 1997).
TV e vídeo encontraram a fórmula de comunicar-se com a maioria das pessoas, tanto crianças como adultas, por
isso são excelentes recursos educacionais. A lógica da narrativa não se baseia necessariamente na causalidade, mas na
contigüidade, em colocar um pedaço de imagem ou história ao lado da outra. A sua retórica conseguiu encontrar fórmulas
que se adaptam perfeitamente à sensibilidade do homem contemporâneo. Usam uma linguagem concreta, plástica, de
cenas curtas, com pouca informação de cada vez, com ritmo acelerado e contrastado, multiplicando os pontos de vista, os
cenários, os personagens, os sons, as imagens, os ângulos, os efeitos (MORAN, 1995).
91
Marcelo Galvan Leite
A educação informal, em seu dia-a-dia, está sendo substituída pelas imagens e sons introduzidos pelas novas
tecnologias que substituem o texto escrito. Este processo se ampliou devido ao universo audivisual que introduziu uma
92
nova forma de conhecer o mundo que permite a articulação do verbal (escrito e oral), do som, e da imagem em várias
modalidades. Estes meios eletrônicos desempenham o papel de livros de nosso tempo (GOHN, 2003).
A relação entre som e imagem recebe novos sentidos com a inclusão da música no cinema e na televisão, não se
pode deixar de comentar os videoclipes como uma importante forma dessa união.
O videoclipe é uma mídia audiovisual, um filme curto, que contém os elementos da música, letra e imagem
apresentados simultaneamente para provocar a produção de sentido. Sua produção deve estar ligada ao som de uma única
música. É fundamental que ele contenha certos aspectos para que possua sentido: a montagem, o ritmo, os efeitos
especiais (visuais e sonoros) a iconografia, os grafismos e os movimentos de câmera, os quais juntos produzem a
linguagem do videoclipe. Por isso é possível afirmar que o videoclipe é a materialização da música.
O Videoclipe é o gênero mais genuinamente televisual, aponta Machado. Observa-se uma magnífica forma artística
neste pequeno formato audiovisual. A primeira concepção do videoclipe foi promocional, utilizado para ilustrar uma
canção já existente. Clichês publicitários foram superados e as imagens glamourosas de astros deram lugar a paisagens, a
transformação de imagens e a abstrações. E é esta forma audiovisual que pode dar uma resposta moderna à busca secular
da fusão de imagem e som (MACHADO, 2000).
Um dos fenômenos que abriu espaço de programação dedicado ao videoclipe foi o surgimento da MTV (Music
Television), um canal de televisão a cabo voltado exclusivamente à música, inaugurado nos Estados Unidos no dia 1º de
agosto de 1981. No Brasil, A subsidiária desta rede foi inaugurada dez anos mais tarde em 1991. Na verdade a MTV
93
tornou-se quase um sinônimo de vídeo musical como forma cultural, sendo que a fusão de três das mais poderosas novas
mídias do século XX.
Enquanto a MTV se tornava popular ocorria uma revitalização da indústria da música popular e uma redefinição do
perfil do artista destinado ao sucesso comercial através do videoclipe. Também a publicidade passou a se utilizar do
videoclipe para divulgar produtos.
Para Belleboni (2006) o videoclipe inserido numa cultura de massa, passou a ter um grande valor e a ser utilizado
como estratégia de marketing. Para que isso fosse possível ele foi transformado numa peça promocional com a função de
disseminar a canção-título e promover a banda, em outras palavras: vender CDs, DVDs e outros produtos vinculados a
banda.
De acordo com Strsbruger (1999, apud Gohn 2003 )“Os vídeos de música são mais do que televisão acrescida de
música. Eles são auto-reforçadores: se os espectadores ouvem música após terem visto uma versão no vídeo, eles
imediatamente recordam a imagem visual do vídeo”.
Para Banks (1996 apud Gohn 2003) algumas indústrias de gravadoras passaram a produzir vídeos promocionais dos
artistas com fundos antes destinados a subsidiar as apresentações dos mesmos porque acreditavam na possibilidade dos
videoclipes substituirem parcialmente a performance presencial. Se na década de 70, para divulgar seus contratados, as
multinacionais financiavam uma série de concertos, nos anos 80, após o surgimento da MTV, esta tarefa foi realizada
principalmente pelos videoclipes. No entanto não houve competitividade advinda da MTV, pois esta se tornou uma força
94
aliada, divulgando e encorajando a compra de ingressos para shows. Observa-se que o videoclipe não destruiu os
concertos, mas ao invés influenciou a forma e o conteúdo das performances. Nos shows ao vivo os artistas populares
procuravam recriar a imagem, efeitos especiais e coreografias de seus vídeos.
O videoclipe conseguiu fazer uma união do público das duas mídias, a televisão e o rádio. Antes do videoclipe
somente o rádio era utilizado para a divulgação de uma música, a partir do surgimento do videoclipe, que consegue reunir
o som e a imagem, passou-se a utilizar também a televisão.
Mesmo tendo uma perspectiva claramente mercadológica, isto é, vender um pacote completo, música e imagem do
artista, não pode ser analisado exclusivamente por sua função comercial, pois possui características artísticas,
conseguindo, além da música, expressar anseios e questões de uma época, seja através da direção, da fotografia, da
linguagem etc. (SUSSI et al, 2007).
Sabendo-se que o vídeo faz uma associação entre imagem e som pode-se afirmar que ele traz consigo uma
linguagem específica, direcionando o olhar na direção do mundo. É necessário que o professor compreenda essas
linguagens como desdobramentos de registros e olhares para saber utilizá-las de modo sensível e crítico. Sem essa visão e
compreensão o trabalho pode se tornar empobrecedor ao invés de estimulante.
95
•
Resgate histórico através de textos;
•
Leituras e debates;
•
Análises de flashes de diversos tipos de videoclipes e estilos musicais, de
cada década (um clipe por década), iniciando-se a partir da produção dos
primeiros videoclipes (anos 60), observando-se a relação do som com a
imagem e o movimento;
•
Elaboração de videoclipes, através de filmagem em formato AVI,
transpondo para o computador e conversão para DVD;
96
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/ed_fisica/livro_edfisica.pdf
O videoclipe pode exercer influência no
no modo de agir e pensar,
pensar, na moda e
na preferência por determinados ritmos, especialmente
especialmente da juventude. Você
concorda com isso? Justifique.
Justifique
97
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/ed_fisica/livro_edfisica.pdf
• O grosso da produção de videoclipes é lixo industrial, banalidade em forma e conteúdo, empacotada para o
consumo rápido. Mas é assim também com o cinema, com a música popular, com a imprensa e com a televisão
como um todo: o videoclipe não pode senão integrar-se à estratégia da indústria cultural. Como em qualquer meio,
a qualidade é um atributo raro no universo do clipe e deve ser buscada através da filtragem rigorosa do entulho da
diluição. (...) O videoclipe aparece neste contexto como um dos espaços mais promissores, porque mobiliza
procedimentos que são vitais para a arte deste final de século (MACHADO, 1990, p. 175).
•
Sob a perspectiva de Arlindo Machado é possível considerar que no
videoclipe existe a perspectiva da arte mesmo diante de uma produção
cuja característica esteja voltada para a função comercial?
98
BELLEBONI, Luciene. A difícil relação entre imagem e som no audiovisual contemporâneo. Disponível em:
http://www.jornalismo.ufsc.br. Acesso: 09 de dezembro de 2008.
STRASBURGER, Victor C. Os adolescentes e a mídia. Impacto psicológico. São Paulo: Editora Artes Médicas Sul,
1999.
MACHADO, Arlindo. Arte do Vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1990
MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. São Paulo: Ed. Moderna, 1995
MONTEIRO Marialva; BATISTA Lucinéia. Trama do olhar. Cadernos da Tv Escola. Brasília: Secretaria de Educação a
distância/ MEC. 1998.
MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. São Paulo: Senac, 2000.
GOHN, Daniel Marcondes. Auto-aprendizagem musical: alternativas tecnológicas. São Paulo: Annablume / Fapesp,
2003.
PEDREIRAS, Aline Riera; NOGUEIRA, Gláucia da Silva; MARSON, Melina Izar; ROCHA, Pedro Paulo Araújo Braga;
SUFFREDINI,Priscilia Sinibaldi; ARRUDA, Vinícius Galera de. A imagem da música.(monografia) – FAAC – UNESP.
Bauru: 1998
SUSSI, Juliano Schiavo; CLEMENTE, Eliara Alves; LACERDA, Daíza Carvalho; MARTINS, Kendra Luana; FILHO,
Lucas Campagna; AZZOLINO, Adriana Pessatte. Videoclipe, estética e linguagem: sua influência na sociedade
contemporânea. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXX Congresso
Brasileiro de Ciências da Comunicação. (monografia). Santos: 2007
99
100
A Computação Gráfica é um recurso tecnológico que tem revolucionado o modo de se comunicar e de se expressar
do homem moderno, especialmente, os jovens.
De acordo com Silveira “A Computação Gráfica reúne um conjunto de técnicas que permitem a geração de imagens
a partir de modelos computacionais de objetos reais, objetos imaginários ou de dados quaisquer coletados por
equipamentos na natureza” (SILVEIRA, 2008, p. 1).
Este novo sistema de comunicação surgiu da fusão entre a mídia eletrônica e computadores e atinge cada vez mais as
populações de grande parte do planeta, estando presente em todas as áreas.
A fusão da mídia eletrônica com os computadores formou um novo sistema de comunicação e transformou o
ambiente simbólico de uma parcela da sociedade, não se podendo mais continuar dizendo como antes: o cinema, a
fotografia, a pintura. O que importa agora são as passagens que ocorrem entre o cinema, a fotografia, o vídeo e as mídias
digitais não sendo mais viável pensar estes meios individualmente. As imagens agora são misturadas, compostas de fontes
as mais diversas, parte é fotografia, parte é desenho, parte é vídeo, parte é texto produzido em geradores de caracteres e
parte é modelo matemático gerado em computador, sendo que essas passagens possibilitam uma melhor compreensão das
101
tensões e ambigüidades que ocorrem hoje entre o movimento e a imobilidade, entre o analógico e o digital, o figurativo e
o abstrato, o atual e o virtual (MACHADO, 2007).
O professor deve encontrar o sentido educativo na utilização dos recursos audiovisuais para que os alunos
aprendam a selecionar e ler criticamente a linguagem das diversas mídias (TERUYA, 2006). Entre estas mídias pode-se
destacar a computação gráfica.
[...] a presença do computador nos permitirá mudar o ambiente de aprendizagem fora das salas de aula
de tal forma que todo o programa que as escolas tentam atualmente ensinar com grandes dificuldades,
despesas e limitados sucessos, será aprendido como a criança aprende a falar, menos dolorosamente,
com êxito e sem instrução organizada. Isso implica, obviamente, que as escolas como as que
conhecemos hoje não terão lugar no futuro (PAPERT,1986 apud TERUYA, 2006, p. 89).
Dentre os autores que compartilham das idéias de Teruya está Barbosa (2003) a qual observa que o uso das novas
tecnologias na escola ocorre com alguma defasagem em relação ao seu surgimento. A autora considera que tal fato ocorre
por não haver um desenvolvimento de tecnologia específica para a educação, assim mesmo quando a escola se apropria
das tecnologias desenvolvidas o faz utilizando-se de estratégias tradicionais dando ênfase ao texto em detrimento da
imagem. No entanto apenas o uso da tecnologia e o aproveitamento das facilidades por ela oferecidas não é garantia para
se desenvolver um pensamento artístico ou da construção de um saber em arte. Com certeza é fundamental conhecer o
102
instrumento de trabalho, sendo essencial as possibilidades por ele oferecidas, porém é necessário ir além da simples
aplicação dessas tecnologias.
As tecnologias contemporâneas oferecem diversas possibilidades em ensino e elaborações artísticas as quais devem
servir para ampliar, e não restringir, o estudo crítico do que seja ensinar e fazer arte naquele momento, contexto, na
processualidade e nas implicações daí advindas. Cabe ao professor ter bom senso e conhecimento para direcionar a
escolha de determinado caminho a ser seguido na realização de seus trabalhos ou estudos, utilizando tanto um material
técnica/ tradicional, ou meio/tecnologia, sendo ambos importantes para o desenvolvimento do pensamento artístico
(BARBOSA, 2003).
É necessário, portanto, cautela ao utilizar as tecnologias no ensino de Arte para que a mesma não perca a sua
essência. Os professores devem ser preparados adequadamente para que, além de saberem explorar os programas possam
realmente propiciar o aprendizado em arte, sendo fundamental toda a atenção para que o aluno não fique apenas voltado
para o programa, sem que haja qualquer tipo de aprendizagem de conhecimento em arte. Isso acontece quando o professor
deixa simplesmente o aluno frente à máquina, usando os recursos do programa, sem que daí advenha qualquer tipo de
conhecimento artístico. No entanto, a maioria das escolas tem somente um currículo voltado para a aprendizagem de
edição de textos e banco de dados não havendo preocupação, ou até conhecimento por parte dos professores, em ensinar
programas de tratamento de imagens.
O aluno não irá pensar a imagem que aparece na tela, estando ligada ou não a sons e movimentos se não houver o
aprendizado ou a oportunidade de exploração desses programas. Se isto ocorrer haverá uma repetição dos mesmos
103
procedimentos de sempre, mesmo usando-se um instrumento altamente visual, como é o computador: o movimento, a
imagem e o som são menos importantes que texto e números.
Na escola, especialmente nas aulas de Arte, o professor deverá estar atento para utilizar-se de tudo o que possa ser
útil nas estratégias metodológicas para a melhoria da aprendizagem. Nessa perspectiva, o computador é um precioso
auxiliar, devendo, no entanto, ser utilizado de forma equilibrada, como coloca Pimentel (2003, p.118) “Não se trata de
abandonar completamente ou de substituir o que vinha sendo feito até então no ateliê pelo trabalho único nos
laboratórios”.
É importante ressaltar que a utilização de computadores e da internet, especificamente, favorecem o enriquecimento
da prática de ensino uma vez que tais recursos viabilizam a rapidez na atualização de informações.
Encontra-se à disposição de professores e alunos, no Laboratório do Paraná Digital, um sistema operacional, que é
um software gratuito, o qual possui recursos que podem auxiliar a ação pedagógica, conhecido como Linux.
O Linux é um sistema operacional baseado no Unix, trata-se de um software livre, permitindo que qualquer pessoa
utilize, estude, altere, e distribua diferentes versões do seu código fonte (CAMPOS, 2008). Nesta plataforma está
disponível o programa Gimp o qual é um software livre, para criação, edição e tratamento de imagens (MILANI, 2005).
Na mesma plataforma Linux há outro recurso denominado BrOffice Org. Impress, que permite a criação e exibição
de apresentações multimídia, cujo objetivo é informar sobre um determinado tema com efeitos especiais, animações e
ótimas ferramentas de desenho.
104
Observa-se que estes recursos de informática podem melhorar o processo de ensino, oferecendo subsídios
pedagógicos atualizados tanto para o educador quanto para o aluno. Apesar do computador facilitar o ensinoaprendizagem faz-se necessário que os docentes tenham fundamentação teórica e metodologia para utilizar este ambiente
virtual (TERUYA, 2006).
105
Debates sobre o uso da tecnologia nos dias atuais e da relação do jovem com
as mídias (textos);
Utilização do editor de software livre o BrOffice Org. Impress para
elaboração de slides;
Produção de desenhos pelos alunos, os quais deverão ser fotografados e
inseridos no computador para produção de slides, utilizando
animação;
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/images/saude_ciencia/16399HSD_pq.jpg
106
música e
Pesquise imagens de artistas plásticos que retrataram através
da pintura a música. Com as figuras que foram pesquisadas
elabore uma apresentação de slides com editor de imagens
PESQUISANDO
BrOffice.org Impress
colocando como fundo o estilo musical
que a figura sugere.
O BrOffice. org Impress permite criar apresentações de slides
que podem conter gráficos, objetos de desenho, texto, multimídia e
vários outros itens. Para tornar a apresentação mais atraente, você
pode utilizar técnicas como animação, transições de slides e
multimídia, entre outras.
Para saber mais consulte os site
http://www.openoffice.org.br
107
a seguir e confira:
JAN MIENSE MOLANIER. Família fazendo música, 1630. Óleo sobre tela, 83,4 cm x 81 cm, Frans Hals Museum.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/arte/seed_arte_e_book.pdf
Você considera que a pintura desta tela retrata de certa forma a música?
Porquê? E o título sugere música? Quais instrumentos musicais estão
presentes na cena? Qual estilo de música você acha que estava sendo tocada,
porquê?
108
BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2003.
CAMPOS, Augusto. O que é Linux. Site: http://br-linux.org/faq-linux. Acessado dia 24 de agosto de 2008.
MACHADO, Arlindo. Arte e Mídia. Ed, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
MILANI , André. Gimp: Guia do Usuário. São Paulo: Novatec, 2005.
PIMENTEL, LÚCIA Gouveia. Tecnologias contemporâneas e o ensino da arte. 2. edição, São Paulo: Cortez, 2003.
SILVEIRA,André Luis Marques. O que é computação gráfica. Site www.um.pro.br. Acesso: 24 de agosto de 2008.
TERUYA, Teresa Kazuko. Trabalho e educação na era midiática: um estudo sobre o mundo do trabalho na era da
mídia e seus reflexos na educação. Maringá, Pr: EDUEM, 2006.
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As reflexões e sugestões apresentadas neste caderno pedagógico não trazem a pretensão de esgotar o
que tem sido publicado sobre a relação mídia/arte/educação, porém buscam, a partir de idéias para ajudar
o professor, fundamentadas em teorias acerca do assunto, contribuir com a possibilidade de se utilizar os
recursos midiáticos, com criatividade, através de um trabalho consciente que procura enfocar o
conhecimento das artes em suas diferentes dimensões.
dimensões.
ConsiderandoConsiderando-se que a sociedade em que vivemos exige uma educação cada vez mais pautada em
instrumentos tecnológicos para a efetiva construção da cidadania, a maior contribuição
contribuição da escola deve ser
a de centrar a proposta educacional na pessoa, visando
visando a formação do cidadão crítico que utilize os
instrumentos como meio para criar e produzir.
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Todas as imagens utilizadas neste material didáticopedagógico foram retiradas dos seguintes sites:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/filosofia/seed_filo_
e_book.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/ed_fisica/livro_edfi
sica.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/livro/arte/seed_arte_e_b
ook.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm
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Produção Didático-Pedagógica 1