J.S. Bach 1 2 3 4 5 6 7 A Arte da Fuga | Die Kunst der Fuge | The Art of Fugue BWV 1080 dois cravos | two harpsichords Contrapunctus 1 (BR-MMR-09-00001) 2:51 Contrapunctus 2 (BR-MMR-09-00002) 2:51 Contrapunctus 3 (BR-MMR-09-00003) 2:31 Contrapunctus 4 (BR-MMR-09-00004) 4:12 Contrapunctus 5 (BR-MMR-09-00005) 2:45 Contrapunctus 6. a 4 in Stylo Francese (BR-MMR-09-00006) 3:44 Contrapunctus 7. a 4 per Augment et Diminut: (BR-MMR-09-00007) 3:48 8 Canon per Augmentationem in Contrario Motu * (BR-MMR-09-00008) 4:42 9 Canon alla Ottava ** (BR-MMR-09-00009) 2:39 10 11 12 13 CLA 016 Ana Cecilia Tavares cravo | harpsichord William Takahashi, São Paulo (1995) modelo | model Taskin, dois teclados | two keyboards Marcelo Fagerlande cravo | harpsichord Eckehart Merzdorf, Alemanha (1983) modelo | model Blanchet, dois teclados | two keyboards Contrapunctus 8. a 3. ** (BR-MMR-09-00010) 7:32 Contrapunctus 9. a 4. alla Duodecima (BR-MMR-09-00011) 2:35 Contrapunctus 10. a 4. alla Decima (BR-MMR-09-00012) 3:56 Contrapunctus 11. a 4. (BR-MMR-09-00013) 6:09 14 Canon alla Decima Contrapunto alla Terza ** (BR-MMR-09-00014) 4:55 15 Canon alla Duodecima in Contrapunto alla Quinta * (BR-MMR-09-00015) 2:02 16 17 18 19 20 Contrapunctus inversus a 4. [Contrapunctus 12 rectus] (BR-MMR-09-00016) 2:19 Contrapunctus inversus 12. a 4. [Contrapunctus 12 inversus] (BR-MMR-09-00017) 2:20 Fuga a 2. Clav. [Contrapunctus 13 rectus] (BR-MMR-09-00018) 2:19 Alio modo Fuga a 2. Clav. [Contrapunctus 13 inversus] (BR-MMR-09-00019) 2:20 * solo Fuga a 3 Sogetti [Contrapunctus 14] (BR-MMR-09-00020) 6:35 ** solo tempo total 73:51 Ana Cecilia Tavares Marcelo Fagerlande J.S. Bach A ARTE DA FUGA Ana Cecilia Tavares & Marcelo Fagerlande |dois cravos à cravista | for harpsichordist Maria Lucia Nogueira (in memoriam) A Arte da Fuga é um ciclo de quatorze The Art of Fugue is a cycle of fourteen Fugas e quatro Cânones, composto por Johann Sebastian Bach (1685-1750). Embora a fonte manuscrita autógrafa mais antiga que transmite a obra seja de 1742, há indícios de que Bach já estava envolvido com sua composição desde o final da década anterior. Todas as Fugas, cada uma das quais é chamada de Contrapunctus, e Cânones são construídos a partir de um mesmo tema: 1 c1 Fugues and four Canons composed by Johann Sebastian Bach (1685-1750). Despite the fact that the oldest manuscript by the author is dated 1742, there is evidence that Bach was already involved with its composition since the late 1730s. All of the Fugues, each named Contrapunctus, and Canons are built upon the same theme: Thema — Contrapunctus I Este tema, tão simples, vai sendo transformado e dá origem a movimentos contrapontísticos cada vez mais complexos, o que faz da Arte da Fuga uma das maiores realizações composicionais da história da música. Ela representa a culminância do pensamento polifônico, mas, ao mesmo tempo, seu ocaso. Such a simple theme is transformed and gives origin to increasingly complex contrapuntal movements, transforming the Art of Fugue into one of the greatest compositional accomplishments in the history of music. It represents the peak of polyphonic thought, yet, simultaneously, its demise. A recepção da Arte da Fuga foi, por muito tempo, bastante negativa. A primeira edição, de 1751, não teve saída, e a segunda, em 1752, reforçada por um prefácio de Friedrich W. Marpurg (1718-1795), vendeu apenas trinta exemplares, o que levou Carl Philipp (1714-1788), filho de Bach, a se desfazer das placas de cobre que serviram para a impressão, apenas pelo valor do metal. As características das fontes originais da obra, escritas em quatro pentagramas, sem especificação de instrumentação e sem indicações interpretativas, fizeram que A Arte da Fuga fosse classificada como obra teórica, ficando relegada apenas ao domínio de estudiosos. Mesmo assim, a recepção desses estudiosos e compositores posteriores, preocupados com questões como melodia, harmonia e orquestração, não permitia boa aceitação de uma obra polifônica dessa envergadura, pertencente a uma estética já considerada como ultrapassada. Foi somente em 1927, com um concerto dirigido por Karl Straube (1873-1950), numa versão For a long time the Art of Fugue was received quite negatively. The first edition, in 1751, was unsuccessful, and the second, in 1752, reinforced by a preface by Friedrich W. Marpurg (1718-1795) sold only thirty editions, leading Carl Philipp (1714-1788), Bach’s son, to get rid of the copper plates used for printing, merely because of the metal’s value. The characteristics of the piece’s original sources, written in four pentagrams, with no instrumentation specification and without interpretative indications, led the Art of Fugue to be classified as a theoretical work, left to the realm of scholars. Even so, these scholars and composers thereafter, concerned with issues of melody, harmony, and orchestration, were unable to accept a polyphonic piece of such stance, belonging to an aesthetic that was considered outdated. It was only in 1927, in a concert directed by Karl Straube (1873-1950), in an orchestrated version of the young Wolfgang Graeser (19061928) at the Thomaskirche in Leipzig, that the orquestral do jovem Wolfgang Graeser (19061928), na própria Thomaskirche de Leipzig, que A Arte da Fuga assumiu seu papel de obra para fruição estética. A partir daí, passou a ser executada e gravada em todo o mundo. Mas a dúvida persiste: para que instrumento ou grupo de instrumentos teria sido composta a gigantesca obra? Já ficou demonstrado, por vários intérpretes, que ela pode ser executada em instrumentos de teclado, como o cravo ou órgão, preferidos do compositor. Apesar disso, inúmeras transcrições têm sido feitas, permitindo sua execução por orquestras sinfônicas, quartetos de cordas, conjuntos de metais, quartetos de saxofones e outras formações. A versão apresentada nesta gravação traz as Fugas para quatro vozes executadas por dois cravos; os Cânones, sempre a duas vozes, executados por apenas um cravo; e a única Fuga a três vozes executada por um cravo. Embora cada Fuga e cada Cânone possam ser entendidos como obras autônomas, várias inter-relações e simetrias demonstram um Art of Fugue took on its role of a work for aesthetic fruition. From then on, it was executed and recorded throughout the world. But the question lingers: for what instrument or group of instruments was the gigantic piece composed? It has already been demonstrated by several interpreters that it can be executed on keyboard instruments, dear to the composer, such as the harpsichord or organ. Despite this, innumerous transcriptions have been made allowing for the execution of symphonic orchestras, string quartets, brass groups, saxophone quartets, and other formations. The version presented in this recording is the Fugues for four voices executed by two harpsichords; the Canons, always in two voices, executed by a single harpsichord; and the only Fugue in three voices executed by one harpsichord. Despite the fact that each Fugue and each Canon can be understood as autonomous pieces, several inter-relations and symmetries demonstrate a profound planning for the en- profundo planejamento para o conjunto, o que tem levado a muitas discussões e teorias sobre a ordem das peças e, principalmente, seu significado. Desde fatores puramente musicais, como a organização de cada Fuga, até místicos, como a aplicação de princípios filosóficos de Pitágoras, são invocados como justificativa para a grande estrutura da obra. A ordem das Fugas e Cânones apresentados neste CD obedece a critérios estéticos dos cravistas, sem perder de vista as questões estruturais. Contrapunctus 1 a 4 – Fugas a quatro vozes, com destaque para o tema principal, que já vai sofrendo alterações de ordem rítmica, no Contrapunctus 2, e é apresentado invertido nos Contrapuncti 3 e 4: semble, which has led to several discussions and theories on the order of the pieces and, especially, its meaning. Purely musical factors, such as the organization of each Fugue, all the way to mystical factors, such as applying the philosophical principles of Pythagoras, are called upon to justify its grand structure. The order of the Fugues and Canons presented in this CD follows the aesthetic criteria of the harpsichordists, without losing site of structural issues. Contrapunctus 1 to 4 - four voice Fugues, highlighting the main theme, which begins to be altered in its rhythmically order in Contrapunctus 2, and is inverted in Contrapuncti 3 and 4: Contrapunctus 2 2 c1 3 c1 Thema rectus Contrapunctus 3 Thema inversus Contrapunctus 4 4 Thema inversus com diminuição | diminished c2 c1 Thema inversus Thema rectus com diminuição | diminished c3 Contrapunctus 5 a 7 – grupo de Contrafugas, sempre a quatro vozes. Neste tipo de Fuga, o tema principal em sua forma original é imitado invertido. O tema apresenta, ainda, notas de passagem e comporta processos de diminuição e aumentação: Contrapunctus 5 to 7 – set of Counterfugues, always for four voices. In this type of Fugue, the main theme in its original form is imitated inverted. The theme also presents passing notes and has diminution and augmentation processes: c1 c1 c4 Thema inversus Thema rectus c3 Contrapunctus 6. a 4 in Stylo Francese c1 Thema rectus com diminuição | diminished Thema inversus c2 6 Thema inversus Contrapunctus 7. a 4 per Augment et Diminut: 7 Contrapunctus 5 5 c 20 Thema rectus c5 Thema inversus com diminuição | diminished Thema inversus com aumentação | augmented c 36 Thema rectus Thema rectus com aumentação | augmented c 50 O Contrapunctus 6 é caracterizado como em Stylo Francese, pela constante utilização de ritmos pontuados, como na Abertura Francesa. Em seguida, vêm dois dos quatro Cânones, em que o tema principal é apresentado com várias modificações: no primeiro, aumentado, invertido e ornamentado (Canon per Augmentationem in Contrario Motu), uma das mais complexas estruturas polifônicas já realizadas; no segundo, com ornamentação e em compasso ternário composto (Canon alla Ottava): Contrapunctus 6 is characterized as Stylo Francese due to the constant use of punctuated rhythms, such as in the French Overture. Two of the four Canons follow, and the main theme is presented with several modifications: the first, augmented, inverted, and ornamented (Canon per Augmentationem in Contrario Motu) has one of the most complex polyphonic structures ever made; the second, has ornamentation and compound triple meter (Canon alla Ottava): 9 c1 Contrapunctus 8 a 11 – num crescendo de complexidade em relação ao conjunto de Fugas, elas apresentam novos temas que são contrapontados ao tema principal. O tema principal vai passando por modificações em sua figuração rítmica e intervalar, além de ser apresentado aumentado e invertido. O Contrapunctus 11 apresenta os mesmos temas do Contrapunctus 8 (este a três vozes), porém invertidos, trazendo o terceiro tema o nome de Bach, segundo a notação alfabética alemã: 8 Contrapunctus 8 to 11 – with growing complexity in relation to the set of Fugues, these present new themes that counterpoint the main theme. The main theme is modified in its rhythmic and interval figurations, besides being augmented and diminished. Contrapunctus 11 presents the same themes as Contrapunctus 8 (this one is three-voiced), yet inverted, and the third theme has Bach’s name, according to the German notation: Contrapunctus 8. a 3. 10 c1 Canon per Augmentationem in Contratio Motu c1 Canon alla Ottava c 39 Fuga tripla | Triple Fugue c 94 c 27 Contrapunctus 9. a 4. alla Duodecima 11 c1 Após essas quatro Fugas, mais dois Cânones são apresentados. O tema é apresentado com modificações: no primeiro, sincopado (Canon alla Decima), e no segundo, aumentado e ornamentado (Canon alla Duodecima). c 35 12 c1 c 90 Fuga dupla | Double Fugue Contrapunctus 10. a 4. alla Decima Canon alla Decima Contrapunto alla Terza Fuga dupla | Double Fugue 14 c1 15 c1 c 23 Contrapunctus 11. a 4. 13 c1 After these four Fugues, two more Canons are presented. The theme is presented with modifications: in the first, syncopated (Canon alla Decima), and in the second, augmented and ornamented (Canon alla Duodecima). Fuga tripla | Triple Fugue Canon alla Duodecima in Contrapunto alla Quinta Em seguida, temos o grupo de Fugas em espelho, Contrapunctus inversus a 4 [Contrapunctus 12 rectus] e Contrapunctus inversus 12 a 4 [Contrapunctus 12 inversus]. Diz-se que duas Fugas estão em espelho quando uma delas é reapresentada na correspondente com toda a sua estrutura intervalar invertida, ou seja, como se fosse colocada diante de um espelho. O primeiro par desse grupo tem apenas o tema principal, porém em compasso ternário. Next is a set of mirror Fugues, Contrapunctus inversus a 4 [Contrapunctus 12 rectus] and Contrapunctus inversus 12 a 4 [Contrapunctus 12 inversus]. Two Fugues are said to be mirrored when one of them is represented in its correspondent with the inversion of all of its interval structure, that is, as if it were placed before a mirror. The first pair in this set only has the main theme, however in triple meter. c1 17 c1 sented in an arrangement for two harpsichords, a choice found in the original edition, despite the fact that some experts believe that this was not written by Bach. These two CounterFugues, each three-voiced in their first version, present a considerably ornamented and syncopated main theme. A new free voice, as accompaniment, transforms this pair of Fugues into four voices in this second version. Fuga a 2. Clav. [Contrapunctus 13 rectus] Contrapunctus inversus a 4. 16 apresentado num arranjo para dois cravos, opção já encontrada na edição original, embora alguns especialistas acreditem que não seja da pena de Bach. Essas duas Contrafugas, a três vozes cada em sua primeira versão, apresentam o tema principal sincopado e bastante ornamentado. Uma nova voz livre, à guisa de acompanhamento, transforma esse par de Fugas em quatro vozes, nesta segunda versão. Fugas em espelho | Mirror Fugues 18 c1 19 c1 Fugas em espelho | Mirror Fugues Contrapunctus inversus 12. a 4. c1 Alio modo Fuga a 2. Clav. [Contrapunctus 13 inversus] O próximo par de Fugas em espelho, Fuga a 2 Clav [Contrapunctus 13 rectus] e Alio modo Fuga a 2 Clav [Contrapunctus 13 inversus], é The next pair of mirror Fugues, Fuga a 2 Clav [Contrapunctus 13 rectus] and Alio modo Fuga a 2 Clav [Contrapunctus 13 inversus], is pre- A gravação conclui com a enigmática Fuga a 3 Sogetti [Contrapunctus 14], supostamente inacabada, com seus três temas, entre os quais, mais uma vez, surge o nome de Bach, como terceiro tema: The recording is completed with the enigmatic Fuga a 3 Sogetti [Contrapunctus 14], supposedly unfinished, with its three themes, amongst which, once again, Bach’s name appears as the third theme: Fuga a 3 Soggetti [Contrapunctus 14] 20 c1 c 114 c 193 Muitas são as hipóteses para a incompletude dessa Fuga. Uma afirma que ela simplesmente não pertenceria ao ciclo, já que o tema principal não é utilizado nos 239 compassos que restaram. Entretanto, já foi demonstrado que é possí- There are many hypotheses to explain the incompleteness of this Fugue. One states that it was simply not a part of the cycle, since the main theme is not used in the 239 measures left. However, it has been demonstrated that vel incluir o tema principal como contraponto aos três temas apresentados, o que transformaria o Contrapunctus 14 numa Fuga quádrupla. Outra hipótese, a mais romantizada de todas, diz que o compositor, surpreendido pela aproximação da morte, teria interrompido sua composição e ditado ao seu genro Altnikol (1720-1759) a harmonização de um coral luterano, Wenn wir in höchsten Nöten sind. É sabido, porém, que a caligrafia de Bach no manuscrito dessa Fuga é firme, o que é contraditório com a sua situação ao final da vida, enfraquecido e, principalmente, quase totalmente cego. Há, ainda, as propostas de que um fragmento do manuscrito com o término dessa Fuga teria se perdido, ou de que Bach a teria deixado inacabada propositalmente, como um quebra-cabeça para os futuros estudiosos ou executantes. Em seu prefácio para a edição de 1752, Marpurg resume todo o significado da Arte da Fuga: “... nesta obra estão contidas as mais secretas belezas entre aquelas possíveis nesta arte.” Carlos Alberto Figueiredo it is possible to include the main theme as a counterpoint to the three themes presented, transforming Contrapunctus 14 into a quadruple Fugue. Another hypothesis, the most romanticized of them all, states that the composer, surprised by the proximity of his death, would have interrupted the composition and dictated to his son-in-law Altnikol (1720-1759) the harmonization of a Lutheran chorale, Wenn wir in höchsten Nöten sind. It is known, however, that Bach’s calligraphy in this Fugue’s manuscript is steady, contradicting his situation at the end of his life, weakened and, especially, almost completely blind. There are also proposals of a manuscript fragment with the conclusion of the Fugue, which would have been lost, or that Bach would have left it unfinished on purpose, as a puzzle for future scholars and interpreters. In his preface for the 1752 edition, Marpurg sums up of the entire meaning of the Art of Fugue: “… this work contains the most secret beauties amongst those possible in this art.” A n a C e c i l i a Ta v a r e s Natural do Rio de Janeiro, é radicada em Brasília. Mestre em cravo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez especialização na França com a cravista Huguette Dreyfus no ciclo de Perfectionement em cravo, obtendo os prêmios Prix d’Excellence e Prix de Virtuosité (1988). Estudou baixo cifrado com Olivier Baumont e fez parte de eventos internacionais de cravo e música de câmara, apresentandose em diferentes cidades francesas. Participou também de master classes com Christophe Rousset, Kenneth Gilbert e Pierre Hantaï. Foi vencedora do VI Prêmio Eldorado de Música em São Paulo, gravando disco solo pelo selo Eldorado. Gravou ainda CDs camerísticos com o Estúdio Barroco e com o Trio Barroco de Brasília e o CD para cravo solo Bach/Froberger. Ana Cecilia Tavares, born in Rio de Janeiro lives in Brasilia. She has a master’s in harpsichord from the Federal University of Rio de Janeiro, and specialized in harpsichord during the Perfectionement cycle in France with harpsichordist Huguette Dreyfus, receiving the awards Prix d’Excellence and Prix de Virtuosité (1988). She studied figured bass with Olivier Baument and participated in international harpsichord and chamber music events, performing in various French cities. She also participated in master classes with Christophe Rousset, Kenneth Gilbert, and Pierre Hantaï. She received the VI Eldorado Music Award in São Paulo, recording a solo album with Eldorado label. She has also recorded chamber CDs with Estúdio Barroco and Trio Barroco de Brasília, along with the solo harpsichord Bach/Froberger CD. Apresenta-se regularmente em Brasília e em diferentes teatros no país. Participou do Ciclo de Concertos para dois, três e quatro cravos, de J.S. Bach, na Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro; apresentou-se no Festival de Música Antiga de Juiz de Fora; na Pinacoteca do Estado de São Paulo; na Série Concertos Eldorado, no Maksoud Plaza; no Theatro Municipal de São Paulo; no Mosteiro de São Bento, em Olinda; e no Museu de Arte Sacra, em Belém. Foi professora do 28.º e do 31.º Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília, ministrou curso de extensão na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, publicou trabalho na Revue de Musicologie (França) e é professora de cravo no CEP Escola de Música de Brasília. She gives regular performances in Brasilia and in various theaters in the country. She participated in the Concert Cycle for two, three, and four harpsichords, by J.S. Bach in the Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro; performed in the Festival de Música Antiga in Juiz de Fora; in the Pinacoteca of the State of São Paulo; in the Eldorado Concert Series, at the Maksoud Plaza; in the Municipal Theater of São Paulo; in the São Bento Monastery in Olinda; and at the Sacred Art Museum in Belem. She taught at the 28th and 31st International Summer Course at the Music School of Brasilia, taught an extension course at the Music School of the Federal University of Rio de Janeiro, published a work in Revue de Musicologie (France), and is harpsichord professor at the CEP - Music School of Brasilia. Marcelo Fagerlande Apresenta-se regularmente em Bra-sília e em diferentes teatros no país. Participou do Ciclo de Concertos para dois, três e quatro cravos, de J.S. Bach, na Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro; apresentou-se no Festival de Música Antiga de Juiz de Fora; na Pinacoteca do Estado de São Paulo; na Série Concertos Eldorado, no Maksoud Plaza; no Theatro Municipal de São Paulo; no Mosteiro de São Bento, em Olinda; e no Museu de Arte Sacra, em Belém. Foi professora do 28.º e do 31.º Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília, ministrou curso de extensão na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, publicou trabalho na Revue de Musicologie (França) e é professora de cravo no CEP - Escola de Música de She gives regular performances in Brasilia and in various theaters in the country. She participated in the Concert Cycle for two, three, and four harpsichords, by J.S. Bach in the Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro; performed in the Festival de Música Antiga in Juiz de Fora; in the Pinacoteca of the State of São Paulo; in the Eldorado Concert Series, at the Maksoud Plaza; in the Municipal Theater of São Paulo; in the São Bento Monastery in Olinda; and at the Sacred Art Museum in Belem. She taught at the 28th and 31st International Summer Course at the Music School of Brasilia, taught an extension course at the Music School of the Federal University of Rio de Janeiro, published a work in Revue de Musicologie (France), and is harpsi-chord professor at the CEP - Music School of Brasilia. Marcelo Fagerlande, born in Rio de Janeiro, received his musical training in Germany and in Brazil. He graduated in harpsichord with the highest degrees from the Staatliche Hochschule für Musik Stuttgart, in Kenneth Gilbert’s class Isabel (Recife) e no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. Concebeu e dirigiu os musicais Barroco! e O Último Dia - sobre José Maurício Nunes Garcia - apresentados nos Centros Culturais Banco do Brasil Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Gravou diversos CDs no Brasil e na Alemanha, destacando Marcelo Fagerlande no Museu Imperial, Bach e Pixinguinha (Núcleo Contemporâneo) e Modinhas Cariocas (Biscoito Fino). Publicou O Método de Pianoforte de José Maurício (Relume-Dumará). É professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1995, sendo responsável pelas classes de cravo (graduação e pós-graduação) e baixo contínuo. Nesta instituição coordena desde 2004 a Semana do Cravo, evento anual que reúne alunos e professores de diversas instituições brasileiras. and O Último Dia - about José Maurício Nunes Garcia - performed at the Bank of Brazil Cultural Centers in Rio de Janeiro, São Paulo, and Brasilia. He has recorded several CDs in Brazil and in Germany, with special note to Marcelo Fagerlande no Museu Imperial, Bach e Pixinguinha (Núcleo Contemporâneo) and Modinhas Cariocas (Biscoito Fino). He published O Método de Pianoforte de José Maurício (Relume-Dumará). He has been a professor at the Music School of Federal University of Rio de Janeiro since 1995, and is responsible for harpsichord classes (undergrad and grad) and basso continuo. At this institution, he has coordinated, since 2004, the Harpsichord Week, an annual event that brings together students and professors from various Brazilian institutions. www.marcelofagerlande.com.br www.marcelofagerlande.com.br Idealização do projeto e produção | Project conception and production Ana Cecilia Tavares & Marcelo Fagerlande Patrocínio | Sponsorship Fundo de Apoio à Cultura – FAC – Secretaria de Estado de Cultura – Governo do Distrito Federal Engenheiro de som, Edição, mixagem e masterização | Sound engineer, Editing, mixing, and mastering Paulo Brandão | BRand Estudio Direção de gravação | Recording director Maria Aída Barroso Afinação dos cravos | Harpsichord tuning Abel Vargas Texto | Text Carlos Alberto Figueiredo Revisão de texto | Text revision Luis Tavares Tradução | Translation Mariana Escosteguy Cardoso Editoração eletrônica das partituras | Electronic editing of the score Silvana Sócrates Editoração eletrônica dos exemplos | Electronic editing of the examples Maria Aída Barroso Nossa gratidão a Siegfried Petrenz, cuja versão da obra para dois cravos inspirou nossa gravação | Our thanks to Siegfried Petrenz, whose version of the work for two harpsichords inspired our recording Agradecimentos | Acknowledgements Anita Milek Cecília Aprigliano CEP – Escola de Música de Brasília Elizah Rodrigues Escola de Música da UFRJ Jacques Sillos de Freitas José Eduardo Ladeira Liana Tavares Leonardo Monteiro Miriam Mochcovitch Teatro Nacional (Brasília) Contatos | Contacts [email protected] [email protected] Arte gráfica | Graphic design Angélica de Carvalho Fotos | Photos Pedro Ladeira Foto da capa | Cover photo Guido Paternò Castello Gravado de 26 a 31 de março de 2009 no BRand Estudio, Rio de Janeiro | Recorded 26 to 31 March 2009 at BRand Estudio, Rio de Janeiro.