UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA DIOVANO AUGUSTO FERREIRA TREVIZANI LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR COM IMPLANTE IMEDIATO PASSO FUNDO 2011 1 DIOVANO AUGUSTO FERREIRA TREVIZANI LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR COM IMPLANTE IMEDIATO Monografia apresentada à unidade de Pósgraduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Implantodontia. Orientador: Prof. Ms. Cristiano Magagnin 2 PASSO FUNDO 2011 DIOVANO AUGUSTO FERREIRA TREVIZANI LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR COM IMPLANTE IMEDIATO Monografia apresentada à comissão julgadora da Unidade de Pós-graduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo FundoRS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Implantodontia. Aprovada em ___/___/______. BANCA EXAMINADORA: ________________________________________________ Prof. Ms. Cristiano Magagnin - Orientador ________________________________________________ Prof. Ms. ou Dr. (nome) 3 ________________________________________________ Prof. Ms. ou Dr. (nome) 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por me dar força e receber minhas orações. Aos meus pais, Augusto Trevizani e Cecilia Marlei F. Nogueira pelo amor e exemplo que me ensinaram de trilhar a vida com dignidade. De modo especial, ao orientador Prof. M.Sc. Cristiano Magagnin, pelos desafios apresentados ao longo do trabalho e que foram decisivos nesta jornada, e pela sua compreensão, minha profunda admiração. Em especial ao meu irmão Alexandre Trevizani pela amizade disponibilidade e apoio. Aos professores do Programa de Pós-Graduação Do Ceon, pela disponibilidade e atenção quando solicitados. E finalmente, agradeço ao meu amor Daiane Funck, pelo incentivo, compreensão e apoio. A todos que contribuíram para a realização desta investigação. Agradeço com afeto. 5 RESUMO O levantamento do assoalho do seio maxilar é um recurso muito utilizado para a reconstrução óssea de região posterior da maxila, em pacientes que sofreram reabsorção do osso alveolar e/ou pneumatização do seio maxilar. A perda de quantidade e qualidade óssea é um fator que frequentemente contra-indica à colocação de implantes osseoteointegrados, por isso, a reabilitação do paciente por meio da elevação do assoalho do seio maxilar se tornou um procedimento rotineiro nas clínicas de implantodontia bucal. Além disso, teve como metodologia uma pesquisa bibliográfica, através de uma revisão de literatura onde aborda várias pesquisas realizadas com enxertos ósseos autógenos, tendo como área doadora a crista ilíaca, região intrabucal e calota craniana. Estas observações levam à conclusão de que seguindo os princípios básicos da técnica de levantamento do assoalho do seio maxilar com implante imediato, respeitando os limites de tempo necessário à perfeita osseointegração dos implantes, a técnica de enxerto ósseo no seio maxilar pode ser considerada um procedimento previsível e seguro permitindo a reabilitação de pacientes com maxilas atróficas. Palavras-chave: Implante dentário. Seio maxilar. Osso autógeno. 6 ABSTRACT The lifting of the maxillary sinus floor is a widely used resource for the reconstruction of the posterior bone of the jaw in patients who underwent alveolar bone resorption and / or maxillary sinus pneumatization. The loss of bone quantity and quality is a factor that often contraindicate the placement of implants osseoteointegrados therefore the rehabilitation of the patient through the elevation of the maxillary sinus floor has become a routine procedure in dental implant clinics. Therefore, this study aimed to check general studies on the removal of maxillary sinus with autogenous bone graft, through a literature review. Furthermore, he had as a literature search methodology, through a literature review which addresses several surveys conducted with autogenous bone grafts, with the iliac crest donor site. These observations lead to the conclusion that following the basic principles of the technique of lifting the maxillary sinus floor with immediate implant within the limits of time needed for the perfect osseointegration of implants, the technique of bone graft in the maxillary sinus may be regarded as a predictable and safe allowing the rehabilitation of patients with atrophic jaws. Key words: Dental implant. Maxillary sinus. Autogenous bone. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8 2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 10 2.1 SEIO MAXILAR E O LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR ............................ 10 2.2 CARACTERÍSTICAS SOBRE OS IMPLANTES ................................................. 13 2.3 ENXERTO E A RECONSTRUÇÃO DO TECIDO ÓSSEO ................................. 15 2.4 ENXERTO DE OSSO AUTÓGENO ................................................................... 19 2.5 LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR COM ENXERTO DE OSSO AUTÓGENO COM IMPLANTE IMEDIATO .............................................................. 21 3 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 33 8 1 INTRODUÇÃO Os implantes têm-se tornado uma das áreas mais interessantes e de mais rápido desenvolvimento na prática dental, sendo atualmente uma proposta como tratamento alternativo para reabilitação protética. A reabilitação dos dentes perdidos é preocupação milenar e com o advento da implantodontia atual se tornou uma opção concreta e viável. Entretanto, em inúmeros casos a simples substituição do elemento dental perdido por um implante metálico não é tarefa tão simples assim, visto que é comum não haver estrutura óssea de suporte suficiente à adaptação do implante (GALLON, 2006). A falta de osso pode ser um problema para quem deseja reabilitar a arcada dentária em um tratamento que envolva implantes dentais. A anatomia maxilar coloca o assoalho do seio maxilar em íntima relação com a crista alveolar, podendo ser um dos problemas da falta de osso (ARAÚJO et al, 2009). Pode-se dizer que a técnica de levantamento do seio maxilar tem sido uma excelente opção no tratamento dentário com enxerto. Com a perda do elemento dental, os estímulos que mantêm o osso alveolar desaparecem e este entra em processo degenerativo. Primeiramente, provocando o estreitamento da largura da crista óssea e, a reabsorção causada por extrações precoces ocorre com maior intensidade nas regiões posteriores dos maxilares (BRITO, 2007). O enxerto do maxilar se tornou bem aceito e é o procedimento cirúrgico mais comumente usado para aumentar o volume ósseo insuficiente na maxila posterior (BORNSTEIN et al., 2008). A colocação de implantes dentários em maxila posterior apresenta um desafio em muitos casos. Freqüentemente, há um volume insuficiente de osso causada pela combinação de reabsorção do osso alveolar e pneumatização do seio maxilar. Os procedimentos cirúrgicos para levantar os seios maxilares evoluíram durante as últimas décadas, com soluções adequadas nos casos em que o volume ósseo é insuficiente para colocação do implante (CHAUSHU et al., 2009). Considerando a alta demanda para a reabilitação bucal da região posterior da maxila com o procedimento de levantamento de seio maxilar com enxertos e a posterior instalação de implantes osseointegráveis, este estudo tem como objetivo geral verificar estudos sobre o levantamento do seio maxilar com enxerto de osso 9 autógeno, através de uma revisão de literatura. Além disso, destacam-se os objetivos específicos: considerar os aspectos gerais sobre enxerto ósseo autógeno; observar a reconstrução do tecido ósseo perdido em forma, posição e quantidade aceitável e constatar técnicas e procedimentos cirúrgicos para enxerto no levantamento de seio maxilar. 10 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 SEIO MAXILAR E O LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR Com o advento da implantodontia, ficou implícita a necessidade dos profissionais conhecerem, dominarem, e alterarem de forma positiva, a fisiologia do tecido ósseo, visando à correção ou regeneração dos defeitos ósseos maxilares e permitindo com isso, a instalação de implantes dentários (LORO, 2002). Por isso, o procedimento de enxertia no seio maxilar exige um conhecimento anatômico preciso nesta região em virtude da relação do mesmo com estruturas anatômicas nobres e as características peculiares desta região (SICHER et al .). De acordo com Garg e Valcanaia (1999) mencionam que a anatomia e fisiologia do seio maxilar foi descrita em 1999, constatando na época, que o seio maxilar possui aproximadamente 15 cc (centímetros cúbicos) de volume de espaço aéreo, com seu maior e único lado plano compondo a parede medial. Possui um ponto de drenagem, não fisiológico, alto na parede mediana chamado de óstio maxilar, o qual drena no meato médio do nariz. O óstio é considerado não fisiológico porque só serve como dreno de transbordamento, em lugar de funcionar como um sistema de drenagem completo. Para Davarpanah et al., (2003) destacam-se que a maxila constitui a peça principal do maciço facial, além de se articular com todos os outros ossos da face. Também a maxila é vazada formando uma vasta cavidade, e com isso, contribui para limitar as fossas nasais exteriormente, as cavidades orbitárias acima e a cavidade bucal abaixo, bem como, suporta os dentes maxilares. O seio maxilar é o maior de todos os seios paranasais, possui um formato piramidal e mede aproximadamente 20 mm de largura, 40 mm de altura e 30 mm de profundidade. O envelhecimento e a perda dentária fazem com que o seio se expanda, podendo haver união entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual, expansão esta relacionada com a altura e largura do seio e não, com a profundidade. Há uma diminuição de 25% do volume do rebordo durante o primeiro ano e de 40% a 60% da largura nos primeiros três anos após a exodontia (EMTIAZ; CARAMÊS; PRAGOSA , 2006). 11 O seio maxilar apresenta-se com uma forma piramidal quadrangular, cuja base coincide com a parede nasal lateral e o ápice encontra-se direcionado para o processo zigomático da maxila. O seio maxilar possui assoalho que é formado em parte pelo processo alveolar do maxilar e em parte pelo palato duro, podendo exibir depressões e reentrâncias nas regiões de pré-molares e molares, sendo este osso medular presente acima e entre os alvéolos passível de sofrer deiscências e reabsorções o que causa projeções de raízes dentro do seio (WATZEK; ULM; HAAS, 1999). O seio maxilar tem como funções: aquecer o ar, aliviar o peso do complexo crâniofacial e fornecer ressonância à voz, e evoluiu, por meio de seleção natural, como assistente para o resfriamento das veias intra e extra cranianas devido ao intenso calor produzido pelo cérebro humano metabolicamente ativo. O seio maxilar saudável é auto sustentado pela drenagem postural e pelas ações do revestimento ciliado que impulsionam as bactérias para o óstio. O seio também produz muco com lisossomas e imunoglobulinas. A membrana schneideriana também mantém a saúde do seio maxilar através da associação dos linfócitos e da imunoglobulina presentes na membrana e na cavidade sinusal (GARG; VALCANAIA,1999). O seio maxilar varia em relação à forma e ao tamanho de indivíduo para indivíduo, podendo, também, apresentar variações entre os lados direito e esquerdo, em um mesmo sujeito. As dimensões do seio maxilar dependem de fatores como idade, sexo, raça e condições individuais. Quanto às variações em relação à forma, encontra-se extensões maxilares para o rebordo alveolar, região anterior, tuberosidade da maxila, palato duro, osso zigomático e região orbitária ((FIGÚN et al., 1989; NAVARRO, 2002;FREITAS et al., 2004). A região posterior maxilar é uma das áreas da cavidade bucal que apresenta alto grau de dificuldade para instalação e manutenção de implantes. Após a perda dos dentes superiores posteriores, o processo alveolar sofre uma reabsorção gradativa, situação que ainda é agravada pela pneumatização do seio maxilar que, em casos extremos, pode provocar fusão do assoalho do seio maxilar com o processo alveolar (ANDRADE, 2005). O procedimento de elevação do seio maxilar foi inicialmente proposto por Tatum em meados dos anos 70, sendo que foi descrito, também, um procedimento em dois tempos com uma fase de cicatrização de 4 a 6 meses para permitir 12 integração biológica do enxerto (SCHLEGEL; FICHTNER; SCHULTZE-MOSBAU et al., 2003). Com os implantes osseointegrados, para tratamento de pacientes com ausência total ou parcial de dentes, têm-se conseguido sucesso e previsibilidade adequada em casos onde tem volume e densidade óssea nas áreas receptoras. A ausência de estrutura óssea na região de seio maxilar é um dos principais fatores que dificultam a instalação dos implantes, em casos de seios maxilares pneumatizados, a altura e largura do osso são freqüentemente insuficientes para a estabilização dos mesmos. A alternativa de tratamento para esta situação é o levantamento do seio maxilar e colocação de enxertia concomitante a instalação dos implantes (MOY et al., 1993). O levantamento do seio maxilar foi originalmente descrito por Boyne & James (1980), este procedimento visa elevar a membrana do assoalho do seio maxilar para uma posição mais orbital, separando-a das paredes ósseas alveolares e laterais e criando, assim, uma área sub-antral que será preenchida por um enxerto ósseo. Existe o conceito arraigado de que, para que haja uma possibilidade palpável de sucesso, é necessário que a membrana sinusal seja refletida intacta. Uma vez executado este procedimento, implantes podem ser instalados simultaneamente ou postergados para uma segunda intervenção cirúrgica (SENDYK, 2005). De acordo com Rosenlicht (1999) a principal indicação para a cirurgia do levantamento do seio maxilar sinusal refere-se à criação de melhores condições para a instalação de implantes em regiões posteriores da maxila que apresentam insuficiente volume ósseo (menos de 8 mm de altura e 4 mm de largura). A técnica do levantamento do seio maxilar está indicada para os casos em que a quantidade óssea é insuficiente para instalação de implantes dentários na região posterior da maxila. Essa técnica consiste na formação de uma janela por osteotomia da parede lateral do seio maxilar, dando acesso à membrana Schneideriana, a qual é deslocada delicadamente, sem que não haja a perfuração da mesma. Em seguida, a área receptora deve ser preenchida com material de enxerto o qual de acordo com a sua origem, pode ser classificado como: autógeno, homógeno, xenógeno e aloplástico. Com o intuito de evitar o desconforto dos pacientes que necessitam de enxertos ósseos, muitos estudos vêm sendo 13 desenvolvidos visando métodos alternativos dos enxertos autógenos (MISCH, 1987; TATUN, 1986). Em diversas situações a maxila não apresenta quantidade, altura ou volume ósseo suficientes para acomodar um implante. Isto é frequentemente resultado de defeitos promovidos por trauma, patologias, cirurgias, extrações dentais ou reabsorção fisiológica. As reconstruções ósseas por meio dos enxertos visam a restabelecer a dimensão óssea adequada, permitindo a reabilitação e o levantamento do seio maxilar (BEZERRA 2006 ). O levantamento do seio maxilar é um procedimento utilizado para aumentar o volume de massa óssea de forma que os implantes dentários podem ser colocados (TÖZÜM; DURSUN; TULUNOGLU, 2009). Segundo Misch (2006) na região posterior da maxila é indicada a cirurgia de levantamento de assoalho de seio, quando houver de 3 a 5 milímetros de altura óssea vertical presentes entre a crista do rebordo e o assoalho sinusal, e a largura óssea disponível for maior que 5 milímetros. Quando a altura for menor que 3 mm, comprometendo a estabilidade e o paralelismo dos implantes, é mais aconselhável que sejam utilizados enxertos em bloco ao invés dos enxertos particulados. 2.2 CARACTERÍSTICAS SOBRE OS IMPLANTES Perdas dentárias costumam modificar a anatomia óssea levando a um processo de remodelação que pode gerar pneumatização de seio maxilar ou atrofia do rebordo ósseo remanescente. No entanto, esses problemas odontológicos que apresentavam limitação de tratamento, podem ser solucionados através de implantes dentários (MIYOSHI, 2011). De acordo com Lima et al., (2011) os implantes osseointegráveis começaram a ser estudados a partir da década de 1960, e ao longo das décadas seguintes eles foram evoluindo de forma evidente. Os implantes são como substitutos das raízes e dentes perdidos e por isso foi um sucesso inquestionável, criando uma nova especialidade em Odontologia a Implantodontia. Os implantes osseointegrados revolucionou os rumos da Odontologia nas últimas duas décadas do século XX. Originariamente desenvolvidos para tratamento de indivíduos com próteses totais instáveis, os implantes osseointegrados tiveram, nestes últimos anos, sua indicação clínica universalizada, abrangendo, assim, não 14 só os indivíduos com edentulismo total, mas também pacientes portadores de edentulismo parcial e, até mesmo, aplicações clínicas em outras especialidades, como a ortodontia para apoio primário de arcos, elásticos e molas de ativação (SENDYK, 2005). O tratamento reabilitador com o uso de implantes osseointegráveis tem se mostrado previsível e bem documentado (ADELL et al. , 1981). No entanto, a utilização dos implantes pode ser limitada ou impedida por alguns fatores, como disponibilidade, qualidades ósseas e limites anatômicos. Na maxila, principalmente na região posterior, o planejamento com implantes normalmente é dificultado pelo alto padrão de reabsorção óssea, pela baixa qualidade óssea e pela presença dos seios maxilares, que muitas vezes se apresentam pneumatizados (RAZAVI et al., 1995). Atualmente, a permanência do implante no tecido ósseo está sendo considerado um sucesso, além de sua estabilidade é muito importante que sua reconstrução traga resultados estéticos satisfatórios ao cliente. Um dos aspectos mais importantes a ser considerado é o local onde os implantes serão instalados e o planejamento da cirurgia a ser realizada. Se o paciente tem osso suficiente, havendo necessidade enxertos de osso tem que ser realizados, o tipo de osso presente, tipo I, II, III ou IV. A quantidade de gengiva aderida ou inserida existente na região e outros fatores anatômicos presentes, como o nervo alveolar inferior, os seios dos maxilares e fossas nasais (LIMA et al.,, 2011). Para Manso e Velloso (2011, p. 3) existem várias opções para o tratamento de implante, dependendo da disponibilidade óssea. Com isso, eles relatam que a a primeira opção de tratamento para implante ocorre quando existe altura óssea suficiente disponível (maior que 10 mm) para permitir a instalação de implantes que sigam o protocolo cirúrgico normal (condição SA-1). A segunda opção seria empregada quando a altura óssea remanescente apresentasse entre 8 e 10 mm (condição SA-2). Nestes casos o implante é inserido na região elevando por uma "fratura em galho verde" o assoalho do seio maxilar cerca de 1 a 2 mm. A terceira opção de tratamento é realizada quando se encontra entre 5 e 8mm de osso entre o assoalho do seio e o rebordo remanescente (condição SA-3). Nestes casos é necessário o acesso via parede lateral da maxila a fim de se elevar à membrana do seio e se depositar o enxerto ósseo no assoalho da cavidade. Os implantes são ou 15 podem ser instalados no mesmo tempo cirúrgico que o enxerto. A quarta opção ocorre quando há apenas 5 mm ou menos de osso remanescente (condição SA-4). Nestes casos a cirurgia para levantamento do assoalho do seio maxilar é realizada de forma semelhante ao descrito para as condições SA-3 porém a instalação do implante deve ser realizada somente após num período de 6 meses da colocação do enxerto, tempo este correspondente à cicatrização e incorporação do enxerto. Observa-se através da citação que cada opção ocorre a necessidade da existência óssea adequada para a instalação do implante, e no caso de cirurgias para o levantamento do assoalho do seio maxilar é necessário que ocorra a recuperação em um período de 6 meses para realização do implante com o enxerto ósseo. Lima et al., (2011) destaca estatísticas relativas ao sucesso dos tratamentos com implantes, as quais podem ser variáveis em estudos, extensos, em 294 pacientes com 1.057 pacientes, implantados, observou-se uma taxa média de sobrevivência de 95,7% em períodos de 9 a 14 anos. A perda dos implantes parecem estar agrupadas em poucos pacientes e as falhas precoces foram as mais comuns. Uma relação direta também foi observada com referência a perda dos dentes por doença periodontal e a perda de implantes nestes pacientes. Outros trabalhos analisados mostram que o padrão de perda de implantes, na média geral das pesquisas são entorno de 2,0%, ou seja o sucesso dos implantes realizados é de 98% em média geralmente.Um implante para ser considerado bem sucedido, tem atingir certos requisitos em termos de função, capacidade de mastigação, ausência de dor e satisfação do cliente. Entretanto, quando a altura óssea é insuficiente mesmo para os implantes de dimensões reduzidas, alternativas reconstrutivas como enxertos ósseos autógenos e enxertos com levantamento da membrana do seio maxilar é o mais recomendável. 2.3 ENXERTO E A RECONSTRUÇÃO DO TECIDO ÓSSEO Os procedimentos de reabilitação com implantes dentais em pacientes com a maxila edêntula e com insuficiência de altura óssea estimularam o desenvolvimento de técnicas e materiais para a reconstrução e adequação de rebordos alveolares atróficos. Tendo em vista que o sucesso deste tratamento está diretamente relacionado à qualidade e quantidade óssea presentes nas regiões de 16 implantação, na região posterior de maxila, o cirurgião pode utilizar enxertos ósseos que irão preencher e estimular a neoformação óssea no seio maxilar (SMILER; SOLTAN, 2006). No entanto, a reconstrução óssea vem desde a antiguidade, com a intenção de substituir dentes naturais perdidos, os egípcios realizavam práticas “post mortem” de ritual funerário para embelezamento com restituição dos dentes ausentes. A civilização maia, no século VIII D.C foi à pioneira na utilização de implantes em seres vivos (SCHIOCHETT, C., 1999). A primeira experiência com o enxerto ósseo foi em 1682, com Van Meeken, que transplantou osso de crânio de cão para um defeito cranial no homem, com sucesso. No entanto, o cirurgião foi forçado a retirar o transplante para evitar a excomunhão pela Igreja. Com o passar do tempo, o enxerto ósseo começou a ser mais usado em função do sucesso clínico do procedimento, muito embora houvesse discussão e opiniões contrárias quanto ao aspecto biológico e reparacional dos enxertos (CHASE et al). Porém, os primeiros indícios de enxertos para reconstrução de defeitos ósseos, foi realizado em 1821, por Philip Walter, o qual era considerado o primeiro cirurgião a empregar esta técnica. O termo “auto-enxerto” define transplante de tecido ósseo de uma determinada área para outra em um mesmo indivíduo, desde então, o transplante ósseo é um procedimento cirúrgico de rotina (RETTORE JÚNIOR, 2011). Lazarra (1989) afirma que enxerto ósseo é a transplantação de um fragmento ósseo de uma parte para outra, no mesmo indivíduo ou entre outros da mesma espécie, com a finalidade de promover neoformação óssea esquelética. A reconstrução por enxerto em áreas de perda dentária vem sendo cada vez mais utilizada. Juntamente com procedimentos reconstrutivos ósseos, especialmente em casos de atrofia, tem-se obtido bons resultados estéticos e funcionais (ARTZI et al.,2004). Devido à sua estrutura óssea, a maxila é menos favorável para a implantação, o que leva as maiores taxas de perda, devido a isso, a inserção do implante na maxila pode ser problemático. Por isso, a técnica de levantamento de assoalho do seio foi desenvolvida para aumentar o nível do osso vertical para conseguir a estabilidade do implante dentário (SCHLEGEL et al., 2008). 17 A reconstrução óssea é um processo complexo e contínuo e a função dos biomateriais é promover a formação de um novo tecido ósseo de características iguais às do leito receptor e, preferencialmente, de maneira rápida. Para tanto, tais materiais utilizados em enxertos ósseos devem apresentar características físicas de adaptação e imobilização, químicas e biológicas, como a osteoindução, a osteocondução e osteopromoção (FELICE et al., 2009).Por isso, dentro desta realidade, o osso autógeno é considerado padrão ouro por reunir a maioria dessas características necessárias para um implante imediato (RESENDE et al., 2010). Os enxertos autógenos podem ser obtidos de vários sítios doadores, sempre do mesmo paciente que necessita do tratamento. Alguns sítios situam-se fora da cavidade oral, e podem ser encontrados no osso ilíaco, ossos do crânio, costelas e fíbula. Entretanto os enxertos de maior compatibilidade estrutural são obtidos nos ossos formadores da cavidade oral, e podem ser extraídos do ramo ascendente da mandíbula, mento e tuberosidade maxilar (BEZERRA; LENHARO, 2002). Pelegrine, Macedo e Cosmo (2011) mencionam que após a perda do elemento dental, a falta de estímulo do tecido ósseo, anteriormente proporcionado pela presença do ligamento periodontal, promove o início de um processo de atrofia ou reabsorção óssea, originando defeitos no tecido ósseo que muitas vezes dificultam ou impossibilitam a instalação de implantes osseointegráveis em sua posição protética ideal, ocorrendo assim a reconstrução do tecido ósseo. No entanto, alguns aspectos devem ser observados para consolidar o sucesso do enxerto. Boa integração entre o fragmento enxertado e a área receptora, mínima reabsorção do bloco enxertado e aspecto visual de osso viável, são características importantes de serem verificadas e associadas ou não ao êxito do enxerto. Para que essas características sejam obtidas, uma técnica cirúrgica adequada é fundamental. A seleção da área doadora apropriada deverá levar em consideração a finalidade para a qual o enxerto se destina e ponderar o estado geral de saúde do paciente e a relação biológica entre o custo e o benefício da técnica (GALLON, 2006). Para Feitosa et al., (2007) as atrofias ósseas nos maxilares normalmente são ocasionadas por infecções, traumas, ressecções tumorais e/ou por anomalias de desenvolvimento. Tais lesões, além de não se repararem espontaneamente, são potencializadas pela ausência de estímulos, prejudicando a forma e função do 18 esqueleto facial. Em busca de uma reabilitação de excelência, é necessário a utilização de técnicas de levantamento dos rebordos ósseos maxilares através de procedimentos para sua expansão e/ou enxertos ósseos. Os enxertos ósseos dentais vêm se destacando como excelente e promissor método terapêutico para se obter uma adequada reabilitação bucal em pacientes edêntulos totais e parciais posteriores minimizando estes aspectos negativos (MAIOR; MAIOR; OLIVEIRA, 2011). Segundo Pelegrine, Macedo e Cosmo (2011) na reconstrução do tecido ósseo dental são utilizados blocos ósseos, apesar de apresentar um maior tempo para reparação, proporcionam a manutenção do espaço necessário durante as fases de reparação e incorporação dos enxertos. Nesses casos a dificuldade da técnica está em promover o correto recobrimento dos enxertos através da manipulação dos tecidos moles, evitando o contato do bloco ósseo com a cavidade oral e com os contaminantes da saliva que pode aumentar a reabsorção dos enxertos, ocasionando um quadro inflamatório, infeccioso e até proporcionando a perda dos enxertos. A realização de enxerto ósseo possibilita a reconstrução da anatomia e devolve previsibilidade ao tratamento. Para isso, existe a necessidade de materiais específicos, para a realização do enxerto, dentre eles encontram-se: o osso alógeno, materiais aloplásticos (usualmente a hidroxiapatita), e o osso autógeno, que pode ser obtido de áreas extrabucais como: osso ilíaco e calota craniana. Como também de áreas intrabucais como: túber, mento e região retromolar. Sendo o osso autógeno aquele que apresenta o padrão mais próximo do ideal para a reconstrução desta região (MAIOR; MAIOR; OLIVEIRA, 2010). A reconstrução da região posterior da maxila por meio de implantes requer como pré-requisito a presença de quantidade suficiente de osso saudável no local receptor, tanto em altura como em espessura, e não raro esta região após a perda dos dentes se apresenta com uma forma anatômica limitada, em que rebordos alveolares severamente reabsorvidos, associados ao processo de pneumatização do seio maxilar, inviabilizam a colocação de implantes em posições ideais que possibilitem a confecção de próteses que satisfaçam as necessidades estéticas e funcionais (WALLACE et al., 2005; JOHN; WENZ, 2004). 19 2.4 ENXERTO DE OSSO AUTÓGENO Segundo Boyne (1999), o primeiro uso de enxerto em seio maxilar foi realizado pelo próprio entre 1965 e 1968 por motivos protéticos. Pacientes que se apresentavam com espaço interoclusal insuficiente na região posterior da maxila e que, devido principalmente a pneumatização do seio maxilar ficavam impossibilitados de realizar a osteotomia do osso alveolar para a instalação adequada de próteses totais, eram submetidos então a enxerto ósseo autógeno particulado da crista ilíaca na maxila através da abertura de Caldwell-Luc e após três meses, aproximadamente, o osso da tuberosidade era reduzido sem perigo de comunicação buco-sinusal. Chanavaz (1990) menciona que a partir de então, no final dos anos 70, através de demonstrações clínicas, relatou a instalação de implantes laminados na região posterior da maxila após enxerto ósseo autógeno em seio maxilar. Boyne e James (1980) destacam que o trabalho sobre a utilização dos enxertos ósseos no seio maxilar foi publicado no ano de 1980 pelos autores Boyne e James, utilizando o enxerto autógeno de crista ilíaca. Do ponto de vista de Figueiredo et al., (2004) quanto à aceitação biológica, o melhor enxerto é o autógeno, pois promove uma osteogênese precoce e demonstra uma formação óssea mais exuberante, demonstrando sua maior capacidade de osteoindução. Na concepção de Boyne e James (1980), após o levantamento de tecido mole e periósteo uma abertura ou janela óssea era realizada na parede lateral da maxila utilizando-se uma broca esférica em baixa rotação, obtendo-se assim acesso ao seio maxilar pela remoção desta janela óssea e pelo seu deslocamento para cima e para dentro do seio maxilar. Através do emprego de uma cureta a membrana era cuidadosamente descolada do periósteo criando-se um espaço que era preenchido com osso autógeno retirado da crista ilíaca sendo aguardado alguns meses para posterior instalação dos implantes. De acordo com Pelegrine, Macedo e Cosmo (2011, p. 1) os enxertos autógenos, “são fragmentos de tecido ósseo do próprio paciente que é retirado de uma região denominada área doadora, e colocada em uma região receptora onde há a necessidade de reconstrução.” Esses procedimentos apresentaram altos índices de sucesso, em torno de 90%, e são utilizados até hoje com freqüência com altos graus de previsibilidade, no entanto apresentam uma série de particularidades . 20 O melhor material para enxertia é aquele derivado do próprio paciente, devido às suas propriedades biológicas e à ausência de rejeição orgânica (ARUN, 2001). Há um consenso de que os enxertos ósseos autógenos são claramente a melhor e mais desejável maneira para reparar o tecido ósseo perdido ou deficientemente formada, apesar da morbidade associada à área doadora (GALLON, 2006). Pjetursson et al., (2008) mencionam que Boyne e James descreveram uma das fases de procedimento de implante: na primeira fase da cirurgia o maxilar sinusal foi enxertado com particulado osso ilíaco autógeno para levantamento do seio maxilar. Após, cerca de três meses, uma cirurgia de segunda fase foi realizada, onde os implantes foram colocados e a lâmina enxertada foi utilizada para suportar aplicações fixas ou removíveis reconstruções. O osso autógeno é o único material com propriedades osteogênicas, no qual se processa o crescimento ósseo a partir de células viáveis, como os osteoblastos, e pelas células que se originam dentro da medula. Apresentam-se na forma particulada ou em bloco, dependendo da técnica de obtenção e da necessidade requerida (NEVES, 2003). No entanto, o sucesso do enxerto depende de uma quantidade mínima de tecido ósseo para a inserção do implante, visto que, depois da perda dos dentes, o processo alveolar maxilar sofre progressiva e irreversível reabsorção, que resulta numa grande perda de substância, tanto vertical quanto horizontal podendo atingir um estágio de pneumatização do seio maxilar, o que contra indica a instalação de implantes osseointegráveis que exige rebordo alveolar com espessura mínima de 5 mm e altura de 10 mm (MAIOR; MAIOR; OLIVEIRA, 2011). Arun (2001) salienta que muitas áreas extra-orais podem ser doadoras para enxerto de osso autógeno, como crista do osso ilíaco, calota craniana, fíbula, tíbia, arco costal, e outros, mas é na região intrabucal que se concentram a maioria das retiradas ósseas com finalidade de enxertos orais, ficando limitada apenas a quantidade óssea necessária, mas com a melhor indicação de qualidade. Quando a altura óssea subsinusal disponível é inferior a 5 mm, o levantamento e o enxerto do seio são indicados em um primeiro momento. A colocação dos implantes é efetuada após 6 a 8 meses de cicatrização óssea. Os resultados obtidos com essa proposta cirúrgica são satisfatórios, visto que, a técnica inclui a criação de um assoalho do seio graças à adaptação de um bloco córtico- 21 esponjoso. Os implantes podem ser colocados no mesmo ato cirúrgico se o volume ósseo residual permitir uma boa estabilização primária dos implantes (DAVARPANAH et al., 2003). 2.5 LEVANTAMENTO DO SEIO MAXILAR COM ENXERTO DE OSSO AUTÓGENO COM IMPLANTE IMEDIATO As novas técnicas cirúrgicas de levantamento de seio maxilar, combinado com a colocação de implantes possibilitaram um melhor tratamento do edentulismo na maxila posterior pneumatizada (JENSEN, 1999). O procedimento de elevação do assoalho do seio maxilar pode ou não ser simultâneo à instalação dos implantes. Na técnica mediata, o enxerto ósseo é realizado previamente à colocação dos implantes, ou seja, há dois tempos cirúrgicos. Na imediata, os implantes são instalados simultaneamente à realização do enxerto ósseo, o que diminui o tempo de tratamento, com a desvantagem de possuir um índice de sucesso menor. A colocação de implantes só é exeqüível se houver quantidade óssea suficiente, tanto em altura como em largura, para que se obtenha estabilização dos mesmos no ato cirúrgico (VIEIRA, 2007). Spiekermann et al., (2000) salienta que para o planejamento protético, devem ser levados em consideração fatores fundamentais como: o potencial de higiene oral; a quantidade óssea disponível para a inserção dos implantes; a curvatura do arco ântero-posterior; a qualidade e natureza do tecido escolhido e a necessidade de restauração do contorno facial. A técnica mediata proporciona um resultado mais previsível, já que os implantes são colocados após cinco a seis meses de reparação do enxerto, sendo reabertos depois de seis meses. Desta forma, as forças mastigatórias só incidem sobre a área enxertada após um período de 12 meses, quando a remodelação óssea já está bem adiantada (VIEIRA, 2007). Vários estudos têm evidenciado através de pesquisas realizadas por profissionais em implantodontia e cirurgiões dentistas, os quais sugeriram que quando há a pneumatização acentuada do seio maxilar e a necessidade do levantamento do assoalho a técnica do enxerto ósseo autógeno, tem obtido resultados previsíveis e com sucesso. Por isso, destacam-se algumas pesquisas 22 realizadas por profissionais, observando as técnicas, vantagens e desvantagens ou complicações nos procedimentos aplicados. Stricker et al., (2003) destacam que pesquisadores profissionais na área de implantodontia de realizaram pesquisas com enxerto ósseo na maxila, utilizando 66 cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar em 41 pacientes e o material enxertado foi o autógeno proveniente da crista ilíaca. Através desta pesquisa podese constatar que 43 foram colocados simultaneamente ao enxerto ósseo, e 135 foram instalados em um segundo tempo cirúrgico com um tempo de espera médio de 4,9 meses da cirurgia de enxerto à cirurgia de instalação dos implantes. Segundo os mesmos autores, depois de um ano de acompanhamento clínico e radiográfico, a taxa de sucesso foi de 99,5%. Apenas um implante foi perdido e a perda ocorreu durante a conexão do pilar protético. Gallon (2006) destaca outra pesquisa “onde foram realizadas 16 cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar para avaliar histomorfometricamente a neoformação óssea obtida através da enxertia de osso autógeno proveniente da calvária e da crista ilíaca”. O estudo comprovou que o enxerto obtido do osso de calvária apresentou um volume ósseo e um volume ósseo vital significantemente maior que o osso obtido do osso da crista ilíaca. Hallman, Sernneby e Lundgren (2002) salientam que foi realizada uma pesquisa onde ocorreu 36 cirurgias de enxertia em levantamento do seio maxilar em 21 pacientes, objetivando uma avaliação clínica e histológica da osseointegração de implantes instalados em áreas com diferentes matérias de enxertia, assim como uma análise dos mesmos após 1 ano em função. O mesmo autor complementa que todos os pacientes apresentavam no máximo 5 mm de rebordo alveolar residual. O procedimento foi realizado bilateralmente em 11 pacientes, sendo que um lado foi enxertado com 100% de osso autógeno particulado (área doadora ramo da mandíbula) e o lado oposto com uma mistura de 20/80 de osso autógeno particulado e BH ( hidroxiapatita bovina – Bio –Oss) e após um período de cura de 6-7 meses, 67 implantes (3.75 mm de diâmetro) foram instalados. Nos 10 pacientes restantes utilizou-se 100% de BH, sendo que em 4 pacientes o procedimento foi bilateral, e após um tempo de espera de 8-9 meses 43 implantes (3.7 mm) foram instalados. No momento de instalação dos implantes em todos os grupos foi instalado um total de 30 micro-implantes com diâmetro de 2 mm e comprimento de 5mm (1 em cada seio). No momento da conexão dos abutments (6 meses após instalação dos implantes) 23 25 micro-implantes foram removidos para análise. Após 1 ano em função, houve uma perda de 6 implantes dos 33 instalados em área com 100% de osso autógeno (82,4% de taxa de sucesso), 2 dos 35 instalados na mistura de 20/80 (osso autógeno e BH , 94,4%), e 2 dos 43 instalados em área de 100% de BH (96%), não havendo diferenças estatisticamente significantes em nenhum dos grupos. Os pesquisadores concluem que resultados semelhantes podem ser esperados em curto período de acompanhamento tanto para osso autógeno, biomaterial ou a mistura de ambos quando da instalação tardia dos implantes, porém é importante afirmar que a adição de osso autógeno particulado facilita a proliferação de vasos e tecidos, assim como a incorporação do enxerto, ou seja, a enxertia sem a utilização de osso autógeno deve aguardar um período de cura mais longo. Batista e Passeri (2000) destacam que pesquisadores realizaram uma revisão de literatura referente a materiais de enxertos utilizados em elevação do seio maxilar para colocação de implantes dentais, os quais sugeriram elevação do seio maxilar combinado com enxerto ósseo, utilizando materiais de diferentes origens com o objetivo de conseguir quantidade óssea suficiente, para receber implantes dentais, quando são encontrados pneumatização aumentada do seio maxilar e rebordo alveolar reabsorvido. Dentre os materiais apresentados, os pesquisadores concluíram que o osso autógeno foi considerado o ideal por ter potencial osteogênico, não ter antigenicidade e ser extremamente confiável, devendo-se ponderar a quantidade óssea desejável e a morbidade do sítio doador. Schlegel et al., (2006) destacam uma pesquisa que foram realizadas cirurgias para levantamento de assoalho de seio maxilar em 61 pacientes e observaram a diferença no grau de mineralização de enxertos autógenos provenientes de 3 sítios doadores. Através destas cirurgias utilizaram enxertos da região de mento, região anterior da crista ilíaca e região posterior da crista ilíaca. No primeiro estágio cirúrgico, foram coletados os enxertos dos sítios doadores e enxertados no seio maxilar, no segundo tempo cirúrgico, foram instalados os implantes. Nos dois tempos cirúrgicos, foram coletadas amostras e foi observado um maior grau de mineralização do enxerto da região de mento, apesar da redução de aproximadamente de 1/3 no grau de mineralização comparado com sua mineralização inicial. Os enxertos da região anterior e posterior de crista ilíaca 24 podem ser considerados dois materiais de enxertia distintos por causa das suas características histológicas que diferem, devido às condições fisiológicas a que são expostos. O da região posterior apresenta uma maior quantidade de osso esponjoso com maiores propriedades osteoindutivas já o da região anterior apresenta uma maior quantidade de osso cortical apresentando, assim, uma menor propriedade osteoindutiva, por isso talvez o enxerto da região posterior mostrou um grau de mineralização 5% maior em todo curso da pesquisa. Observa-se através da pesquisa mencionada que o osso autógeno é o que apresenta os melhores resultados no processo de levantamento de assoalho de seio maxilar. Porém, através da revisão de literatura que Raghoebar et al. (1997) realizou, destaca uma avaliação da técnica de levantamento do assoalho do seio maxilar, através de enxertos ósseos autógenos em 43 pacientes que não possuíam crista alveolar maxilar alta o suficiente para permitir a colocação segura dos implantes endósseos. Os procedimentos foram feitos em um estágio (20 pacientes, 36 seios maxilares) ou dois estágios (23 pacientes, 45 seios maxilares). Em 28 casos, a membrana do seio foi perfurada sem problemas subseqüentes e nove dos 171 implantes Branemark (%5) foram perdidos durante o acompanhamento. Podese entender que através da pesquisa que o levantamento do seio maxilar com enxerto ósseo autógeno é um procedimento seguro para a colocação de implantes. Sendyk (2005) destaca que foram realizados implantes em 98 pacientes, com levantamento do seio maxilar, e através dos resultados obtidos com a colocação de 291 implantes em 98 pacientes que se submeteram a procedimentos de levantamento de seio, constataram entre 12 e 58 meses após a instalação dos implantes, com mediana de 26 meses, sucesso nos implantes, visto que, somente apenas 19 se perderam dentre os 291 implantes colocados, atestando o bom prognóstico do procedimento. Constata-se através da citação que 80% dos 291 pacientes obtiveram sucesso nos procedimentos com implantes. Na verdade, a utilização do enxerto na maxila para a elevação do seio com implantes ósseo autógeno fornece uma grande previsibilidade para resolver problemas complexos. Pode-se dizer que atualmente, o levantamento do seio maxilar com enxerto ósseo autógeno representa um procedimento cirúrgico comum para resolver situações clínicas caracterizada pela perda do assoalho do seio maxilar (ACOCELLA et al, 2009). 25 Block e Kent (1997) ressaltam uma pesquisa onde profissionais de implantodontia observaram cinqüenta e três cirurgias de enxertia em seio maxilar, tendo como área doadora extra-oral a região de crista ilíaca ou a tíbia e como área doadora intraoral o mento, instalaram 173 implantes em 33 pacientes havendo uma perda de 20 implantes com um tempo de acompanhamento de 3 a 11 anos. Os mesmos pesquisadores relataram com relação a comparação a crista ilíaca com áreas doadoras intra-orais não foram encontradas diferenças clínicas qualitativas em relação à osseointegração e à manutenção óssea. Vieira (2007) salienta uma pesquisa realizada para o levantamento do seio maxilar com implante imediato, onde pesquisadores avaliaram clinicamente implantes instalados na região do seio maxilar em dois grupos de pacientes, que receberam material de enxerto autógeno juntamente com osso liofilizado e hidroxiapatita reabsorvível. No grupo A, após seis meses decorridos do enxerto, foram instalados 18 implantes em nove pacientes. No grupo B, 25 implantes foram instalados simultaneamente com o material de enxerto em nove pacientes. A perda nos dois grupos foi respectivamente de um e quatro implantes. Observa-se que com a técnica do enxerto com osso autógeno a recuperação dos pacientes é mais rápida, com o mínimo de complicações possíveis. Outra pesquisa que merece ser destacada, foi avaliada através de estudos radiográficos, conforme Block et al., (1998) comenta que após período de 5 a 10 anos em função, a quantidade óssea em volta de 70 implantes instalados, com cobertura de hidroxiapatita, em seios maxilares enxertados com osso autógeno da crista ilíaca (particulado ou em bloco), foi constatado de 16 pacientes nos quais foram realizadas 27 cirurgias de enxerto sinusal, que os níveis ósseos foram medidos do novo assoalho sinusal ao ápice dos implantes e da crista alveolar, sendo comparados com o tipo de material enxertado. Os mesmos autores concluíram que os enxertos autógenos são mantidos nos seios maxilares e que os resultados com osso autógeno puro são melhores que quando da adição de osso desmineralizado, sendo clinicamente insignificante tal diferença. Merece destacar outra pesquisa que Raghoebar et al., (2001) consideraram eficiente, onde foi realizado um estudo em 99 pacientes com um acompanhamento clínico e radiográfico de 12 a 124 meses, nos quais foram realizados a elevação de assoalho de seio maxilar com a utilização de enxerto ósseo autógeno. Em 83 pacientes foram realizadas 163 procedimentos de enxertia com a instalação de 353 implantes, tendo como área doadora a região de crista ilíaca, em 14 a área doadora 26 foi a região de sínfise mandibular com 18 elevações de assoalho e 37 implantes instalados e nos outros 2 a tuberosidade maxilar foi a região escolhida com 2 cirurgias de enxertia e 2 implantes instalados.Observa-se que a elevação do assoalho do seio maxilar com a utilização de osso autógeno objetivando a instalação de implantes é uma modalidade de tratamento confiável com excelentes resultados após longos períodos de acompanhamento. Kaptein et al., (1998) salientam um estudo realizado com 88 indivíduos, sofreram uma reconstrução óssea maxilar através de enxerto ósseo autógeno, onde os participantes foram 49 mulheres e 39 homens, com idade média de 51,6 anos, com atrofia maxilar severa, que possuíam próteses totais maxilares e apresentavam queixas de atividade social reduzida, perda de autoconfiança, aversão à prótese levando ao vômito, além de dificuldades na mastigação, na fala e estética. Foi feita a reconstrução óssea maxilar através de enxerto ósseo da crista ilíaca e, posteriormente, a colocação dos implantes na região do canino e pré-molar. Para estes pacientes foram construídas 42 overdentures e 30 próteses parciais fixas. Foi feita a avaliação sobre a experiência e a satisfação dos pacientes analisando os resultados. A satisfação do paciente foi medida numa escala de 1 a 5 (1=ruim/pouco, 5=muito bom/muito). O índice de satisfação em relação ao tratamento total foi de 4,1 ± 0,9. Um total de 90% dos pacientes respondeu que eles passariam pelo tratamento novamente ou recomendariam o tratamento a um amigo, se necessário. Os autores observaram por meio da pesquisa que os resultados das medidas de satisfação dos pacientes depois da reconstrução óssea maxilar, em combinação com a colocação de implantes dentários, foram aceitáveis, mostrando assim, que a utilização do enxerto ósseo autógeno é recomendável para levantamento do seio maxilar para implante imediato. Kuabara, Vasconcelos e Carvalho (2000) destacam que pesquisadores realizaram vários trabalhos que compararam seus resultados a respeito das áreas doadoras intrabucais para os enxertos ósseos autógenos, comparando os enxertos obtidos do mento, da região retro-molar e do túber para a correção de pequenos defeitos ósseos e posterior colocação de implantes osseointegrados, os quais observaram algumas vantagens em se obter enxerto do ramo da mandíbula em relação ao mento, principalmente devido às queixas e complicações pós-operatórias. No entanto, aponta as desvantagens do difícil acesso e da possibilidade de lesar o feixe vásculo-nervoso do alveolar inferior. A facilidade de obtenção do enxerto e de 27 acesso à região do túber é maior do que nas outras áreas intrabucais. O tecido ósseo é caracteristicamente medular (osso esponjoso), de pouco volume e quantidade óssea, sendo mais indicado para enxerto de preenchimento de pequenos defeitos ósseos. Hollinger e Buck (1999) comentam que com relação às áreas doadoras externas – calota craniana e osso ilíaco –, elas são vantajosas do ponto de vista da obtenção de grande volume de tecido ósseo, sendo indicadas para a correção de grandes defeitos ósseos. Observaram a alta morbidade na remoção de enxerto do osso ilíaco e afirmaram que ele é uma das melhores áreas doadoras para reconstrução craniofacial (MISCH, 1996; NEVES, 2001). Os pesquisadores observaram vantagens no uso de enxertos de origem membranosa (calota e mandíbula) em relação à de origem endocondral (ilíaco, tíbia e costela) quando se considera a reabsorção óssea. Esta diferença provavelmente deve-se à característica mais cortical do osso de origem membranosa. O resultado foi satisfatório em todos os casos, visto que foi possível os pesquisadores concluir que as melhores áreas doadoras intrabucais são o mento, a região retromolar e a tuberosidade da maxila, e que as possíveis áreas doadoras externas são a crista ilíaca e a calota craniana. O osso do tipo membranoso (mandíbula e calota craniana) apresenta menor reabsorção óssea que o do tipo endocondral (ilíaco, tíbia e costela). Mas também cabe destacar estudos com pacientes que sucedeu algumas complicações, conforme Schwartz-arad et al. (2004) relatam, foram submetidos ao estudo 70 pacientes para 81 procedimentos de levantamento do seio maxilar, por meio de remoção cirúrgica da parede lateral, entre os anos de 1995 a 2000. O total de 212 implantes foi colocado nos seios maxilares, enxertados com osso autógeno e DFDBA, e foram restaurados com próteses fixas. O período médio de acompanhamento para os implantes foi de 6 meses. A perfuração da membrana de Schneider foi a complicação intra-operatória principal, observada em 36 dos 81 seios maxilares (44%). Dos 70 pacientes, sete (10%) sofreram complicações pósoperatórias, as quais incluíram uma formação de cisto incomum e uma infecção.Por meio destes resultados, os autores concluíram que complicações intra-operatórias podem conduzir a complicações pós-operatórias e complicações cirúrgicas não influenciaram significantemente o sucesso do implante. Andrade, França e Silva (2011) relatam um caso clínico que de um paciente de 50 anos, não fumante, que apresentava edentulismo dos elementos 15, 16, 17, 28 26 e 27, pneumatização acentuada dos seios maxilares com remanescente de osso da crista alveolar ao assoalho do seio maxilar de 3 a 5 mm, e uma ponte fixa em catiléver nos elementos 15, 16 e 17 e seccionou-se o catiléver do 17, foi realizado deslocamento completo do retalho para perfeita visualização dos seios maxilares, osteotomia ampla em forma de retângulo com ângulos arredondados KG (KGSOREN) PM 2ª série e fratura da janela em “galho verde” com posterior deslocamento da membrana sinusal usando afastadores e curetas apropriadas com bastante sutileza para evitar a perfuração da membrana. Estes implantes foram então introduzidos até a metade de seus comprimentos. Foi feita uma incisão na área doadora (região mentoniana) para enxertia. Ao osso da região retromolar foi acondicionado osso coletado pelas telas acopladas ao sugador durante as osteotomias e osso liofilizado bovino. O enxerto foi cuidadosamente colocado no espaço criado sob a membrana sinusal e ao redor dos implantes. Os implantes finalmente foram completamente parafusados no osso ao nível da crista óssea e foram colocadas as membranas de colágeno cobrindo as duas janelas, feito um alívio no periósteo com bisturi para facilitar a coabitação das bordas da incisão. Realizada a sutura com fio de seda N.4 Ethicon. Foi feito controle após 3 dias e a sutura removida após 7 dias. Novo controle após 7, 10 e 13 dias. Foram colocados os cicatrizadores e os provisórios ferulizados sobre os cicatrizadores seis meses após análise radiográfica. Após 20 dias foram colocados os abutments (munhões) e coroas de metalocerâmicas ferulizadas. Acompanhamento mensal por 3 meses e a cada 6 meses (ANDRADE; FRANÇA; SILVA, 2011). Pode-se observar através do caso clínico que o levantamento de seio com implantes imediatos com osso autógeno foi um tratamento viável, visto que foram levados em consideração alguns dados como: qualidade e quantidade óssea, tipos de enxerto e treinamento adequado devido à sensibilidade do procedimento. Sendyk (2005) apresenta um estudo clínico onde foram comparados pacientes edêntulos, enxertos ósseos concomitantes com levantamento de seio maxilar, com enxertos ósseos autógeno, onde os parâmetros de avaliação foram o grau de reabsorção óssea e a sobrevida dos implantes instalados nessas áreas. Em um total de 100 pacientes, foram colocados 584 implantes no sextante posterior da maxila. Após cinco anos de observação, verificou-se que, na área do enxerto ósseo autógeno, os implantes apresentaram sucesso de 91,5%, enquanto que na área do 29 enxerto ósseo mais levantamento de seio, esta taxa de sucesso subiu para 94,6%, sendo esta uma diferença estatisticamente significante. Encontraram, também, taxas menores de reabsorção óssea e maiores índices de sucesso nas cirurgias de levantamento de seio maxilar.O material de enxertia é de fundamental importância para o prognóstico do sucesso do enxerto utilizado, e o osso autógeno é a melhor opção como técnica de levantamento do seio maxilar, visto que seu material é rico em células osteogênicas, e apresenta características biológicas excepcionais para enxertia. Boyne e James (1980) relatam alguns casos clínicos com levantamento do seio maxilar com osso autógeno realizados por pesquisadores, os quais obtiveram os seguintes resultados: Primeiro caso: foi realizado um caso clínico no qual realizaram o tratamento do seio maxilar pneumatizado através do afastamento da mucosa sinusal, mantendo sua integridade, e realização de enxerto autógeno da crista ilíaca. A membrana sinusal foi então reposicionada, o retalho suturado e, após 12 semanas, a área recebeu implantes em forma de lâmina. Após esse caso, os autores realizaram esse protocolo em mais 11 pacientes. Segundo caso: foram avaliadas 14 cirurgias de elevação de seio maxilar em 9 pacientes. O material de enxerto foi o osso autógeno associado a hidroxiapatita granular. Os pesquisadores relataram que dos 14 pacientes, 3 receberam implantes em forma de lâmina e foram acompanhados de 1 a 4 anos sem evidência de reabsorção na área de enxerto (SMILER; HOLMES,1987). Terceiro caso: Foram avaliados 12 casos de elevação de seio maxilar com realização de enxerto ósseo autógeno, nos quais 8 pacientes receberam um total de 20 implantes osseointegrados e em 7 pacientes, a reabilitação foi feita com próteses fixas. Todos foram acompanhados por até seis meses e apresentaram sucesso (WOOD; MOORE, 1988).Através destes casos clínicos, pode-se observar que todos têm em comum o uso do osso autógeno para o enxerto para levantamento do seio maxilar. Além disso, comenta-se que os pesquisadores concluíram que o melhor material para elevação de seio maxilar foi o osso autógeno, independente da origem (ilíaco, mento, ramo ou tuberosidade) sem associá-lo a outros materiais. Klassmann et al., (2006) destacam-se outro caso clínico, cujo paciente é do sexo feminino, 23 anos, melanoderma, apresentou-se ao Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO) em Curitiba, para reabilitação com implantes, tendo como situação intrabucal a perda de vários elementos dentários 30 dos arcos superior e inferior. A paciente utilizava prótese parcial removível superior e, nessa ocasião, relatou sua insatisfação com a mesma, em função do sorriso e função mastigatória prejudicados. O tratamento proposto foi a realização de antroplastia bi-lateral com instalação simultânea de implantes, e enxerto em bloco em pré-maxila para posterior instalação de implantes (após quatro, cinco meses). As regiões de eleição para a remoção dos enxertos foram ramo lateral e ascendente de mandíbula bilateral, e a instalação do implante do primeiro molar inferior esquerdo. Quatro meses e meio após a primeira intervenção na região de pré-maxila, foi feita a reabertura e a instalação de implantes TI (Neodent®, Curitiba, Brasil), para serem reabertos após cinco meses. Após o prazo pré-determinado, foram utilizadas técnicas de manipulação dos tecidos moles para a reabertura dos implantes. Quinze dias após a reabertura foi feita a moldagem com a instalação dos componentes protéticos e radiografia periapical para a verificação do assentamento dos mesmos. Foi realizada a correção de angulação de um dos implantes do lado esquerdo com munhão angulado de 17º. Duas semanas mais tarde foram instalados os provisórios, utilizando a técnica de obtenção de papilas por condicionamento de tecidos moles, e iniciado o ajuste da mordida (KLASSMANN et al., 2006).O caso apresentado mostra o sucesso do tratamento com implantes dentários associado a enxerto ósseo autógeno. A utilização de enxertos autógenos de origem intrabucal baseia-se no volume ósseo desejado, volume ósseo disponível e espaço da área a ser reconstituída. Assim, o enxerto ósseo autógeno tem a capacidade de restaurar a estabilidade estrutural e mecânica original, dando um resultado estético compatível. Além disso, Ueda et al., (2007) destacam-se um caso clínico realizado implantes em coelhos com osso autógeno e BMP, a qual foi realizada uma pesquisa com 6 coelhos brancos (New Zealand) que foram divididos em 2 grupos: grupo de enxerto de osso autógeno e grupo de BMP. Foram utilizados um total de 12 implantes de titânio puro, 2 em cada metáfise proximal da tíbia esquerda. Foram confeccionados defeitos ósseos de 2,5 x 4mm expondo as roscas dos implantes, que foram preenchidos com os 2 tipos de materiais estudados (osso autógeno e BMP). Os animais foram sacrificados 42 dias após a implantação e os espécimes foram processados para análise histológica. A substituição do material de enxerto e a neoformação óssea foram observadas em ambos os grupos. Concluiu-se que tanto o enxerto ósseo autógeno como o complexo BMP apresentam muito bom comportamento biológico, induzindo a neoformação óssea ao redor do implante.No 31 entanto, cabe salientar que o osso autógeno é considerado há muito tempo um dos melhores materiais de enxerto, sendo o tratamento de escolha em procedimentos de aumento ósseo executados em implantes dentários. Visto que é o único material osteogênico disponível, pois age na cicatrização óssea durante os processos de osteogênese, osseoindução e osseocondução. Block et al., (1998) salientam um estudo com enxerto ósseo autógeno bovino em cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar, onde pesquisadores comprovaram a melhor ação do enxerto ósseo autógeno de crista ilíaca quando comparado com a associação do osso autógeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar. Apesar da diferença estatística significante, clinicamente não houve diferença, já que os ápices dos implantes estavam todos cobertos por osso, sugerindo o sucesso do uso da associação e, ainda, poupando o paciente de uma intervenção cirúrgica extraoral.Os mesmos autores complementam que mesmo os enxertos de origem bovina demonstrar um processo de neoformação óssea inferior, promovem uma neoformação satisfatória para que haja a reabilitação do paciente com implantes osseointegráveis, podendo ser utilizados com sucesso na clínica odontológica. Assim, pode-se dizer que o levantamento de seio maxilar com enxerto ósseo para colocação de implantes imediatos é uma técnica de sucesso, pois possui baixa morbidade, diminuição do tempo cirúrgico para, apenas, uma sessão e reabilita estética e funcionalmente o paciente, e as complicações resultam apenas em debilitação temporária. 32 3 CONCLUSÃO Por meio desta revisão de literatura, conclui-se que: - A técnica de levantamento do seio maxilar é a alternativa mais eficiente para se conseguir reconstrução óssea na área posterior da maxila. - Pode-se constatar que a instalação simultânea de implantes em seios maxilares extremamente pneumatizados possui obvias vantagens no tratamento dos pacientes: - Diminui sua morbidade com um menor número de intervenções cirúrgicas; - Os implantes são estabilizados com segurança; - Os implantes de maior comprimento são viabilizados de imediato; - E uma quantidade significativamente menor de enxerto do paciente é utilizada. - O recurso técnico apresentado neste trabalho viabiliza esta prática e otimiza o tratamento com implantes com enxerto nestas situações específicas. - Pode-se concluir que o levantamento de seio maxilar com enxerto ósseo para colocação de implantes imediatos é uma técnica de sucesso, pois possui baixa morbidade, diminuição do tempo cirúrgico para, apenas, uma sessão e reabilita estética e funcionalmente o paciente, e as complicações resultam apenas em debilitação temporária. 33 REFERÊNCIAS ARAÚJO, J. 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