6 Anápolis, de 18 a 24 de setembro de 2015 Cidade Mobilidade urbana Obras dos viadutos lançadas em meio a polêmica com vereadores Dois viadutos urbanos e seis corredores para o transporte coletivo devem marcar uma das maiores obras nesta área. CMTT adotará ações para reduzir os impactos decorrentes dos serviços Claudius Brito O Prefeito João Gomes deve assinar na semana que vem, a ordem de serviço para o início das obras de mobilidade urbana, que devem ser executadas num período de dois anos e abrangem a implantação de seis corredores exclusivos para o transporte coletivo e dois novos viadutos urbanos ao longo da Avenida Brasil - um no cruzamento com a Avenida Goiás e o outro no cruzamento com a Rua Amazílio Lino. O valor do investimento gira em torno de R$ 80 milhões e é oriundo de financiamento no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), incluindo contrapartida do próprio Município. O financiamento foi proposto pelo Poder Executivo e obteve autorização legislativa da Câmara Municipal, no ano de 2013. O Contrato com a Caixa Econômica Federal e a empresa executora, a JOFEG, de São Paulo, foi assinado no mês passado. Muito embora entre a concepção do projeto e a assinatura do contrato, tenha decorrido um período de dois anos, alguns vereadores defenderam, durante a semana, a tese de que a Prefeitura estaria se precipitando com o início da obra. O Vereador Sargento Pereira (PSL), ponderou que a obra é necessária, mas devido ao momento econômico pelo qual passa o País, poderia ser revista. O temor - disse ele - é de que o Município possa enfrentar dificuldades de caixa futuramente. A mesma opinião foi dividida pelos vereadores Mirian Garcia (PSDB) e Gleimo Martins (PTN). Segundo eles, há dois anos a realidade do Trecho da Avenida Brasil, onde será o início do viaduto que cobrirá a Rua Barão do Rio Branco e a Avenida Goiás em que pese o tamanho e a complexidade das mesmas. Conforme adiantou, o principal foco deverá ser na Avenida Brasil, onde além do corredor de ônibus serão construídos os dois viadutos. Alex Martins acredita que pela característica em si da obra - que será um elevado e não uma trincheira, como o modelo existente na Brasil com a Fayad Hanna, facilita um pouco mais. Ele afirmou que não será necessário interromper o tráfego na Brasil, uma vez que a avenida possui uma caixa larga e três pistas de rolamento. A intenção é que duas delas continuem ativas para o fluxo dos veículos. O diretor da CMTT, entretanto, recomenda às pessoas que, quando possível, utilizem rotas alternativas para “fugir” do tráfego da Brasil e da Goiás. “É impactante, mas nós vamos fazer o possível para que não haja muitos transtornos”, reforçou Alex Martins. Ele e o secretário municipal de Obras, Leonardo Viana, inclusive, já se reuniram com comerciantes e moradores dos locais próximos aos dois viadutos. Corredores A parte mais alta do viaduto ficará nas proximidades do Centro Administrativo, mas não prejudicará o tráfego na área inferior Brasil era uma e, hoje, é totalmente diferente. Para o vereador Frei Valdair (PTB), faltou mais debate com a sociedade sobre os detalhes das obras. O vereador Jerry Cabeleireiro (PSC), não vê motivo para que a obra não comece agora e, em sua opinião, é necessário que haja uma rigorosa fiscalização para que a mesma seja entregue com qualidade. A vereadora Professora Geli (PT) salientou que houve tempo necessário para que todos conhecessem o projeto, o qual teve ampla divulgação pela imprensa. “Se algum vereador não sabia o que estava acontecendo, é porque não fez o dever de casa, não acompanhou”, disparou o presidente da Casa, vereador Lisieux Borges (PT). O Prefeito João Gomes, na última quinta-feira,17, disse que as obras são importantes e fundamentais para se garantir a melhoria do tráfego em Anápolis. Conforme avaliou, com o aumento do poder aquisitivo da população, a frota de veículos cresceu bastante. E, conforme observou, uma vertente importante do Plano de Mobilidade, é criar condi- ções para que as pessoas possam usar mais o transporte de massa. Impacto O diretor geral da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte, Alex Martins de Araújo, informou ao Jornal Contexto que a autarquia está trabalhando para que os impactos com as obras sejam os menores possíveis, Em relação aos corredores de ônibus, o plano prevê a implantação de seis vias exclusivas: Avenida Brasil Sul; Avenida Brasil Norte; Avenida São Francisco/JK; Avenida Pedro Ludovico, Avenida Presidente Kennedy/Fernando Costa e Avenida Universitária. Na Brasil, deve haver um reaproveitamento do canteiro central, mudança no lado de desembarque de passageiros dos ônibus e implantação de ciclovia. O mesmo deve ocorre no eixo da Avenida Universitária.