AEROGRAMA Com o acordo entre a Administração Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones (CTT), Correios, Telégrafos e Telefones do Ultramar (CTTU) e o Secretariado Geral da Defesa Nacional, foi por este distribuída a circular número 1956 / B, de 4 de Agosto de 1961, que regulamentava o uso dos aerogramas. Seriam impressos carta, constituídos por uma folha de papel, com o peso máximo de três gramas, dobrável em duas ou quatro partes, de modo que as dimensões resultantes da dobragem dos aerogramas não excedessem os limites máximos de 150 x 105 mm e mínimo de 100 x 70 mm. Fig. 1 - O aerograma encomendado pelo Movimento Nacional Feminino impresso de Agosto a Novembro de 1961. Fig. 2 - Aerograma editado pelo MNF, com impressão de Natal feita em unidade militar Os primeiros aerogramas editados pelo MNF foram impressos em papel azul (Fig. 1), pálido. A partir de Março de 1962, passaram também a ser impressos aerogramas em papel amarelo (Fig. 2), e que eram destinados ao uso exclusivo no sentido Ultramar-Metrópole, enquanto, os aerogramas impressos em papel azul, deveriam ser utilizados no sentido inverso, Metrópole- Ultramar. No entanto, devido à carência de aerogramas nem sempre esta regra era cumprida. A primeira entrega de aerogramas ao MNF, teve lugar no dia 2 de Agosto de 1961 e, no dia 8, seguiram 8000 impressos para as suas Delegações Distritais, entretanto já em funcionamento. Nesse mesmo dia, e por via aérea utilizando os Transportes Aéreos Militares - TAM, seguiram para Angola os primeiros 101 000 aerogramas. Os aerogramas militares, isentos de franquia, editados pelo Movimento Nacional Feminino tiveram grande êxito como forma de correspondência militar, rápida e económica, encaminhados pelo SPM e transportados, na sua maior parte pelos Transportes Aéreos Portugueses - TAP. Fig. 3-Guiné 1966. Estação Postal Militar 8, em Bissau. O Serviço Postal Militar (SPM) cumpriu, de forma exemplar, a missão de fazer chegar o correio aos militares em campanha durante a Guerra Colonial, de 1961 a 1974.