Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Unidade Universitária de Dourados Programa de Pós- Graduação em Recursos Naturais CARACTERIZAÇÃO DE ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO Aluna: Luciana Valle de Loro Orientador: Laércio Alves de Carvalho “Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Recursos Naturais, área de concentração em Recursos Naturais, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Recursos Naturais”. Dourados – MS Fevereiro/2013. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Unidade Universitária de Dourados Programa de Pós- Graduação em Recursos Naturais CARACTERIZAÇÃO DE ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO Aluna: Luciana Valle de Loro Orientador: Laércio Alves de Carvalho “Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Recursos Naturais, área de concentração em Recursos Naturais, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Recursos Naturais”. Dourados – MS Fevereiro/2013. FICHA CATALOGRAFICA Loro, Luciana Valle de Caracterização de atributos físicos e químicos em diferentes sistemas de manejo / Luciana Valle de Loro. Dourados, MS: UEMS, 2013. Dissertação (Mestrado) – Recursos Naturais – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Dourados, 2013. Orientador: Prof. Dr. Laércio Alves de Carvalho 1. Variabilidade do solo 2. Sistemas de manejo 3. Vegetação nativa I. Caracterização de atributos físicos e químicos em diferentes sistemas de manejo III UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE DOURADOS PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS Acadêmica: Luciana Valle de Loro Orientador: Laércio Alves de Carvalho APROVADO (A) (01/03/2013) Laércio Alves de Carvalho (orientador) Omar Daniel Leandro Flávio Carneiro DEDICATÓRIA Aos meus pais, e também Mestres, Abramo Loro Neto e Telma Valle de Loro, que nunca mediram esforços e sempre apoiaram e confiaram na minha capacidade em buscar meus objetivos, e à minha irmã Daia, exemplo de dedicação a ser seguido. V AGRADECIMENTOS Fernando Pessoa afirmava que sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final “... encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos...”. É então chegada a hora de vestir-me de nova cor, transformar novos sonhos em realidade. Antes, porém, de trilhar novos caminhos, devo minha gratidão... Sou grata a Deus: tenho a fé, coragem e força necessárias para seguir sempre adiante. Sou imensamente grata aos meus pais Abramo e Telma: fui ensinada a prezar sempre a honestidade e amar o próximo. Sou grata aos meus tios Antônio e Geni: comprovei que amor de tios pode ser tão grande quanto amor de pais. Sou grata à minha irmã Daia: porque a distância não necessariamente separa as pessoas. Sou grata às oportunidades e desafios que a vida me apresenta: aprendi que nada acontece por acaso. Sou grata à terra onde nasci: daqui nasceu a paixão por minha profissão. Sou grata ao meu orientador, Professor Laércio: descobri que percorrer trilhas desconhecidas é mais seguro quando o Mestre está ao nosso lado. Sou grata ao Professo Sandro: percebi a diferença entre compromisso e comprometimento. Sou grata aos membros do GECA (Grupo de Estudos em Cana-de-Açúcar), aos mestrandos Carlos Chuba, Elaine Novak, Bruna Raquel Souza, Fábio Valente, ao futuro Eng. Ambiental Nélison Ferreira, ao Professor Elói e seu orientado Wander Cardoso, ao amigo Aparecido dos Santos e ao meu chefe imediato Ailton Nogueira: uma conquista nunca é alcançada pelas mãos de uma só pessoa. Minha gratidão ao amigo Eng. Florestal Edilson Urbano: para quem posso usar as palavras de Renato Teixeira “mesmo apesar de tão raros, não há nada melhor do que um grande amigo”. Sou grata aos professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais e à UEMS: o que irá diferir os programas de ensino são as pessoas que se empenham em fazer dele um curso de excelência. Agradeço em especial ao Sr. Newton Yomei Fujii pela cessão da área para concretização do estudo, apoio e informações prestadas para a realização do trabalho. No mais, sou grata à vida! VI SUMÁRIO RESUMO ........................................................................................................................ XI ABSTRACT ................................................................................................................... XII 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................. 3 2.1 Atributos físicos do solo ......................................................................................... 3 2.2 Atributos químicos do solo ..................................................................................... 7 3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................. 144 3.1 Caracterização da área de estudo ........................................................................ 144 3.2 Determinação física e química do solo ............................................................ 18 3.3 Análise estatística .............................................................................................. 234 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 255 4.1 Atributos físicos do solo ..................................................................................... 255 4.2 Atributos químicos do solo ................................................................................. 344 5. CONCLUSÕES....................................................................................................... 40 6. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 41 VII LISTA DE FIGURAS Figura 1 (a) Detalhe dos diferentes locais onde foram coletadas as amostras de solos. Imagem do Google Earth de 26/09/201........................................................................ 155 Figura 2 Áreas onde foram realizadas as amostras (a) fragmento florestal; (b) cultivo agrícola; (c) pastagem; (d) produção de feno; (e) sistema agroflorestal ...................... 177 Figura 3 Coleta de amostras de solo (a) indeformadas, para análises físicas; (b) deformadas, para análises químicas; (c) deformadas, para realização do ensaio de Proctor. ........................................................................................................................... 19 Figura 4 Procedimentos para obtenção de macroporosidade (Ma), microporosidade (Mi), porosidade total (Pt) e densidade do solo (Ds): (a) saturação das amostras; (b) mesa de tensão; (c) amostras na mesa de tensão de 60 cm de coluna de água; (d) amostras em estufa a 105°C. ........................................................................................ 200 Figura 5 – Ensaio de Proctor: (a) amostra sendo peneirada; (b) golpes de soquete na amostra de solo; (c) retirada de amostra de solo do cilindro; (d) pesagem de parte da amostra. ....................................................................................................................... 222 Figura 6- Densidade máxima (Dsmáx) e umidade gravimétrica crítica (Ugc) de um Latossolo Vermelho determinada pelo ensaio de Proctor em diferentes sistemas de manejo ............................................................................................................................ 10 VIII LISTA DE FÓRMULAS Equação 1 – Densidade do solo (Ds)............................................................................ 211 Equação 2 - Porosidade total do solo (Pt) .................................................................... 211 Equação 3 – Macroporosidade do solo (Ma).................................................................. 21 Equação 4 - Microporosidade do solo (Mi) ................................................................... 21 Equação 5: Modelo matemático ................................................................................. 233 Equação 6 – Umidade gravimétrica crítica .................................................................. 233 Equação 7 - Densidade máxima de compactação (Dsmax) ............................................ 244 Equação 8 - Densidade relativa do solo (Dsr) ................................................................ 24 IX LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Teores de areia, silte e argila nos diferentes tipos de manejo.Erro! Indicador não definido.4 Tabela 2-Valores médios de Densidade (Ds) e Densidade relativa do solo (Dsr) em profundidade, nos cinco sistemas de manejo ............................................................... 266 Tabela 3- Umidade gravimétrica crítica (Ugc) e Densidade máxima do solo (Dsmáx) determinada pelo ensaio de Proctor................................................................................ 29 Tabela 4 - Valores médios de Porosidade total (Pt), Micropororidade (Mi), Macroporosidade (Ma) e Relação micro/macroporosidade (Mi/Ma) nas profundidades 0-10 e 10-20 cm, submetidos a diferentes sistemas de manejo .................................... 322 Tabela 5- Valores médios dos atributos químicos nas profundidades 0-10 e 10-20 cm, submetidos a diferentes sistemas de manejo , Dourados, 2012.................................... 344 X RESUMO Palavras-chave: variabilidade do solo, sistemas produtivos, vegetação nativa, Latossolo, A intervenção humana em áreas anteriormente compostas por florestas acarretam mudanças nas características dos solos. A partir dessa constatação, o estudo se desenvolveu com o objetivo de caracterizar as alterações ocorridas nas propriedades físicas e químicas de um solo Latossolo Vermelho eutrófico típico, textura argilosa submetido a diferentes sistemas de manejo. As amostras, deformadas e indeformadas, foram coletadas no município de Dourados-MS, em cinco tratamentos, sendo eles: fragmento florestal (FF), cultivo agrícola (CA), produção de forragem (PF), pastagem (PA) e sistema agroflorestal em implantação (SA), nas profundidades0-10 e 10-20 cm. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com cinco repetições.Foram analisadas as características físicas: densidade do solo, porosidade, macroporosidade, microporosidade e densidade relativa do solo. As características químicas analisadas foram: matéria orgânica, carbono,pH em Cacl2, CTC, soma de bases, potássio, cálcio, saturação de bases e fósforo. Os dados foram submetidos a análise estatística, adotando-se a comparação de médias a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. O solo apresentou maior susceptibilidade à compactação nos tratamentos PA e SAF, que obtiveram os menores valores de densidade do solo (Ds) e densidade relativa do solo (Dsr), para as duas camadas. A relação micro/macroporos apresentou valores críticos para o desenvolvimento de plantas em todos os tratamentos. Os teores de matéria orgânica do solo diminuíram, à medida que aumentou a intensidade de uso da terra. Os sistemas agrícolas com agricultura e produção de feno apresentaram valores para os atributos químicos intermediários entre a vegetação nativa (com vantagem desta), a pastagem e sistema agroflorestal. O sistema agroflorestal indicou que o período de um ano da implantação do novo sistema ainda não é suficiente para que modificações nos atributos do solo sejam percebidas. As propriedades físicas e químicas do solo foram alteradas, em função dos diferentes usos do solo, quando comparados ao fragmento florestal. XI ABSTRACT Key Words: soil variability, production systems, native vegetation, Oxisol. Human intervention in areas previously composed by forests causes changes in soil characteristics. Based on this verification, the study was developed with the aim of characterizing the changes in physical and chemical properties of a typic Eutrustox Oxisol, clayey texture submitted to different management systems. Samples, deformed and undeformed, were collected in Dourados-MS in five treatments, such as: forest fragment (FF), agricultural cultivation (AC), forage production (FP), pasture (PA) and agroforestry system in deployment (AS), in profundity 0-10 and 10-20 cm. The experimental delineation used wasof randomized blocks with five repetitions. The physical characteristics were analyzed: soil density, porosity, macroporosity, microporosity and soil relative density. The chemical characteristics analyzed were: organic matter, carbon, pH in CaCl2, CEC (cation exchange capacity), base sum, potassium, calcium, and bases and phosphorus saturation. Data were subjected to statistical analysis, adopting the mean comparison at 5% probability by Tukey test. The soil showed greater susceptibility to compaction treatments PA and SAF, which obtained the lowest values of soil density and relative density of the soil, for the two layers. The relationship micro / macropore presented critical values for the development of plants in all the treatments. The organic matter levels of the soil decreased in proportion to increased intensity of land use. Farming systems with agriculture and hay production presented values for the chemical intermediate attributes between native vegetation (with advantage on this one), grazing and agroforestry. The agroforestry system indicates that the one-year period of implementation of the new system is still not enough for changes in soil attributes to be perceived. Physical and chemical properties of soil were amended for different land uses, compared to forest fragment. XII 1. INTRODUÇÃO Atividades econômicas relacionadas à agropecuária em suas diferentes práticas agrícolas através de culturas anuais, pastagens e reflorestamentos substituem a vegetação natural do local onde são implantadas afetando, dessa forma, fortemente o ambiente do solo. De acordo com DORAN & PARKIN (1994), o manejo agrícola é sustentável somente quando a qualidade dos recursos solo, ar e água é mantida ou melhorada, e, no caso do solo, a qualidade depende da manutenção e melhoria de seus atributos físicos, químicos e biológicos, bem como de sua contínua capacidade de produzir alimentos e fibras. O principal objetivo de uma atividade agrícola deve ser aumentar ou manter altos os rendimentos das culturas, sem provocar maiores riscos de degradação do meio ambiente. A escolha dessa atividade, sem considerar a aptidão da área, aliada aos métodos de preparo do solo podem se constituir em fatores determinantes para degradação de suas condições físicas e químicas. Do ponto de vista prático é de grande interesse econômico o estudo dessas alterações, pois assumem relevante importância na recuperação ou manutenção do seu potencial agrícola. Estudos têm demonstrado a importância dos atributos de um solo, utilizados para verificar alterações entre diferentes manejos e sistemas, bem como entre fragmentos florestais (BERTOL, et al. 2004; MARTINS, et al., 2002; TORMENA, et al., 1998). A caracterização dos atributos do solo se torna importante uma vez que, ao se conhecerem suas características e propriedades, pode-se identificar se os métodos empregados estão adequados às condições específicas da atividade e da região tornando possível um melhor planejamento e execução de práticas de uso e ocupação do solo a serem adotadas, bem como diagnosticar se há necessidade de alteração dessas práticas de manejo ou mesmo de mudança do uso atual desse solo. Conforme descrito por VÁZQUEZET et al (2006), TRANNIN et al (2007) e TORMENA et al (2008), o maquinário agrícola disponível para o preparo do solo provoca alterações nos atributos físicos, químicos e biológicos. Da mesma forma, a intensidade com que o solo é revolvido, o que dependerá do maquinário utilizado, bem 1 como a incorporação dos resíduos de colheitas, irão alterar os atributos de diferentes formas. Dessa forma, este trabalho procurou contribuir para ampliação do conhecimento da qualidade do solo, caracterizando atributos físicos e químicos de um Latossolo Vermelho Eutrófico típico em áreas com diferentes usos e manejos no município de Dourados-MS. 2 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Atributos físicos do solo A qualidade do solo pode ser definida como a sua capacidade de exercer várias funções, tais como sustentar a produtividade biológica, manter ou melhorar a qualidade ambiental e contribuir para a saúde humana, de plantas e de animais (KARLEN et al., 1997). As propriedades do solo sofrem algumas modificações de acordo com o seu uso e manejo, que podem ser benéficas ou não. As físicas são as que mais se alteram e se refletem, principalmente, na estrutura, dependendo das formas de uso e manejo adotadas, suas características podem ser bastante alteradas (ANDRADE, 1997). A qualidade do solo depende da manutenção e melhoria de seus atributos físicos, químicos e biológicos (DORAN & PARKIN, 1994), no entanto, a qualidade física do solo merece destaque especial uma vez que tem afetado bastante a qualidade química e biológica, já que uma depende da outra (DEXTER 2004; ARAÚJO et al., 2007). Os atributos físicos do solo são bons indicadores de sua qualidade e permitem o monitoramento de áreas que sofreram algum tipo de interferência, determinando o melhor uso daquele que provoca menor degradação (ARSHAD et al., 1996). A qualidade física do solo descreve como ele permite a infiltração, retenção e disponibilidade da água às plantas, córregos e subsuperficies, responde ao manejo e resiste à degradação, permite trocas de calor e de gases com a atmosfera e raízes das plantas, e permite o crescimento das raízes (REICHERT et al., 2003). Se o uso atual for constituído por cobertura florestal, esta pode causar mudanças nas suas propriedades, especialmente em função do grau de proteção oferecido contra a erosão, da capacidade do sistema radicular em penetrar no solo e extrair água e nutrientes e da quantidade e qualidade da matéria orgânica produzida, que é gradualmente incorporada, aumentando o estoque de carbono orgânico (BRUN, 2008). Por outro lado os sistemas intensivos de uso e manejo, tipos de solo, clima e culturas podem promover sua degradação e perda de sua qualidade, com reflexos ambientais e na produtividade das culturas (TORMENA et al., 2004). 3 De acordo com o uso e o manejo, os solos se diferenciam em seu estado de agregação, textura, teor de água, matéria orgânica e possíveis tensões que receberam no passado (LLANILLO et al., 2006). Entre os sistemas de manejo de solo mais utilizados, o plantio direto é o que propicia sua melhor estruturação, como o maior incremento na matéria orgânica, aumentando a estabilidade de agregados (MATOS et al., 2008). Já em áreas de pastagem é comum a presença de camadas compactadas e com agregados estáveis em água de menor tamanho, devido ao pisoteio dos animais (MIGUEL et al., 2009). O uso de métodos que quantifiquem e qualifiquem as condições estruturais do solo nos vários sistemas de manejo é importante na avaliação de sua qualidade, considerada um indicador de sua sustentabilidade (ARSHAD et al., 1996). Assim, os impactos do uso e do manejo na qualidade física do solo têm sido quantificados, utilizando diferentes propriedades físicas, como sua densidade, porosidade total, macroporosidade, microporosidade, densidade máxima e densidade relativa do solo, entre outras. Estudando o efeito do sistema convencional de uso do solo nas alterações de suas propriedades físicas, MACHADO et al. (1981) encontraram reduções no teor de MO a partir do quarto ano de cultivo, aumentando as alterações à medida que aumenta o tempo de uso. O monitoramento da compactação do solo é uma ferramenta imprescindível ao planejamento das práticas de cultivo a serem adotadas, visando maximizar a rentabilidade agrícola (TORRES & SARAIVA, 1999). A densidade e a porosidade têm sido largamente usadas para avaliar a qualidade física do solo, pela facilidade de determinação e por receber pequena influência do teor de água no momento da coleta de amostra (VOORHEES, 1983). A densidade do solo (Ds) refere-se à relação entre a massa de solo seco e o volume total, e é afetada pela cobertura vegetal, teor de matéria orgânica e uso e manejo do solo (SILVA et al., 2000). Demonstrando a importância da cobertura vegetal, ARAÚJO et al. (2004) observaram Ds significativamente maior em área cultivada, quando comparada com a mata nativa. O aumento excessivo da densidade do solo acarreta diminuição do volume total de poros, redução da permeabilidade e da infiltração de água, quebra dos agregados e aumento da resistência mecânica à penetração, o que ocasiona prejuízo à qualidade física do solo (SOUZA et al., 2005) e à produtividade da cultura. Isso foi comprovado 4 na cultura de arroz de sequeiro, onde GUIMARÃES & MOREIRA (2001) concluíram que o aumento da densidade do solo resultou em decréscimo no crescimento da parte aérea e na quantidade de raízes, bem como aumento do diâmetro das raízes em função da compactação. REICHERT et al. (2009) afirmam, entretanto, que aumentos na densidade do solo não são necessariamente prejudiciais ao desenvolvimento das culturas. Segundo esses autores, até certos limites esse aumento pode contribuir para o armazenamento de água no solo e para a capacidade de suporte de carga. Na literatura, ainda não existe um consenso em relação ao valor crítico a partir do qual o solo pode ser considerado compactado. Conforme HAKASSON & LIPIEC (2000), há dificuldades em extrapolar resultados experimentais de valores de massa específica do solo críticos ao desenvolvimento de plantas, uma vez que a resposta delas varia de solo para solo, principalmente em função da textura. ALVARENGA & DAVIDE (1999), avaliando a correlação entre o uso do solo e a degradação de sua qualidade verificaram que a mecanização intensa, aplicada nas áreas do bioma cerrado, atua promovendo alterações na estrutura do solo, interferindo nos mecanismos responsáveis pelo transporte de nutrientes e, por consequência, em sua disponibilidade. Nesse estudo constatou-se que essas alterações da estrutura do solo, particularmente com a diminuição na sua macroporosidade e aumento de densidade, além de alterarem o fluxo de água, nutrientes e atividade microbiana, atuaram no desenvolvimento das culturas e favoreceram o processo erosivo. Quanto à porosidade total, esta é definida como sendo a fração volumétrica do solo ocupada com ar e, ou, água, representando o espaço onde ocorrem os processos dinâmicos do ar e da solução do solo (água e nutrientes) (HILLEL, 1970). Os poros, em função do seu diâmetro são classificados em macroporos, também denominados porosidade não capilar, constituídos por diâmetros superiores a 0,05 mm. Diâmetros inferiores a 0,05 mm caracterizam os microporos ou porosidade capilar. Os macroporos permitem a livre movimentação de ar e condução de água durante o processo de infiltração, pois são grandes o suficiente para permitir o desenvolvimento do sistema radicular e abrigar organismos de menor tamanho que habitam o solo (BRADY & WEIL, 2002). Já os microporos geralmente são caracterizados por serem ocupados por água, pois seu tamanho reduzido não permite uma movimentação adequada de ar no solo (FRANCO, 2006). 5 O uso e manejo do solo pode causar um rearranjo de seus componentes sólidos e sua desestruturação, acarretando a diminuição da porosidade e, consequentemente, um aumento na densidade do solo (ARAUJO et al., 2004). Nessa modificação estrutural, a macroporosidade é a mais facilmente afetada pelo manejo, pois os agregados grandes, que compõem poros maiores, são destruídos mais facilmente que agregados menores (BARBER et al., 1996). A macroporosidade não deve ser inferior a 10% e 12% do volume do solo, para que não comprometa o sistema radicular e o desenvolvimento dos microorganismos. (ALVARENGA, 1993). A baixa aeração induz a ramificação das raízes adventícias superficiais, tornando-as menos eficientes na absorção de água, nutrientes e trocas gasosas (CAMARGO & ALLEONI, 1997). Vários autores apresentam como indicador da qualidade física do solo a densidade relativa (Dsr). Esta é a razão entre sua densidade no campo e a densidade resultante da máxima compactação. Ela é obtida em laboratório (Dsmax) pelo teste de Proctor ou outros métodos de compressão (CARTER, 1990; HAKANSSON, 1990; LIEPIC et al.,1991; HAKANSSON & LIEPIC, 2000; FERRERAS et al., 2001). Essa Dsmax é afetada pela textura e pelo teor de matéria orgânica do solo, daí a razão para que essa determinação seja feita para cada um em estudo (MARCOLIN, 2006). Valores de Dsr acima de 0,86 são considerados elevados e prejudiciais ao desenvolvimento das culturas e abaixo de 0,80 podem afetar a produtividade de alguns cereais em consequência da redução da capacidade de armazenamento de água no solo (LINDSTRON & VOORHEES, 1994). Particularmente para Latossolo Roxo, de textura argilosa KLEIN (2002) concluiu que o valor de densidade relativa em que as condições ao desenvolvimento das plantas seriam ótimas foi de 0,715. BLANCO-CANQUI et al. (2009) observaram que os valores de Dsmax aumentam com a intensidade do manejo adotado, sendo isso atribuído aos maiores teores de carbono orgânico do solo nos sistemas de manejo mais conservacionistas (como o plantio direto), aumentando a habilidade do solo em resistir à compactação. FERRERAS et al. (2001) obtiveram em um solo siltoso, sob plantio direto, uma Dsr de 0,82 e 0,85 nas camadas de 0-6 cm e 10-16 cm, respectivamente, e quando em plantio direto escarificado a Dsr foi de 0,69 e 0,85, nas mesmas camadas, refletindo drasticamente no rendimento da cultura de soja. 6 2.2 Atributos químicos do solo A utilização de características químicas do solo para avaliar as mudanças ocorridas em função dos seus diferentes tipos de uso, já vem ocorrendo há vários anos. A meta é identificar qual os melhores sistemas de uso com reduzidos impactos na natureza (ZALAMENA, 2008) Estudos realizados por diversos autores (TESTA et al., 1992; BAYER & MIELNICZUK, 1997; SILVEIRA & STONE, 2001) evidenciam que alterações nos teores de matéria orgânica, nitrogênio, alumínio, cálcio, magnésio, potássio e no pH do solo foram causados pelos diferentes métodos de manejo utilizados nas lavouras. Os métodos de manejo influenciam a distribuição de nutrientes e outros elementos no perfil do solo. Preparos de área com menor revolvimento favorecem o acúmulo destes na camada superficial, enquanto os que mobilizam o solo mais intensamente proporcionam distribuição mais uniforme na camada arável, segundo trabalho de SIDIRAS & PAVAN (1985). Além do preparo, o uso de sistemas de culturas, como aporte contínuo de resíduos vegetais ao solo, pode melhorar sua estrutura, aumentar a atividade biológica e promover a ciclagem de nutrientes e a adição de nitrogênio (MIELNICZUK et al., 2000). Assim, a eficiência do uso de culturas de cobertura para melhoria das propriedades químicas depende basicamente do seu manejo, variando desde a incorporação total dos resíduos até a manutenção deles na superfície do solo (CARBALLO, 2004). A matéria orgânica (MO) é um dos melhores indicadores de qualidade do solo, pois se relaciona com inúmeras propriedades físicas, químicas e biológicas (REICHERT et al., 2003). De acordo com CONCEIÇÃO et al. (2005), a MO é um eficiente indicador para discriminar a qualidade do solo induzida por sistemas de manejo. Em sistemas agrícolas a dinâmica da MO, além de ser influenciada pelo manejo de culturas e preparo do solo, também é influenciada pela adição de fertilizantes químicos e materiais orgânicos, que interferem positivamente nos processos biológicos de decomposição e mineralização da matéria orgânica (LEITE, 2003). Os diferentes métodos de preparo e sistemas de culturas podem afetar a dinâmica e, consequentemente, o teor de carbono orgânico (CO), principal constituinte da matéria orgânica do solo (MOS). Assim, devido à estreita relação que existe entre o teor de matéria orgânica e os demais atributos do solo, as variações em seus conteúdos 7 afetam as condições consideradas satisfatórias para a produtividade das culturas (BAYER et al., 2000). O revolvimento do solo tende a diminuir a MO, aumentando a taxa de perda do carbono, em consequência da maior aeração e do aumento do contato dos resíduos orgânicos com a microbiota do solo, estimulando assim o processo de oxidação da MO pelos microorganismos (AMADO, 2000). Em solos submetidos ao revolvimento intenso, pode ocorrer o balanço negativo da matéria orgânica no sistema, no qual a taxa de adição é menor que a taxa de decomposição, apresentando menores conteúdos de carbono orgânico. Assim, com o baixo conteúdo de MOS diminui a retenção de cátions e o fornecimento de nutrientes para as culturas, levando à redução nos rendimentos (BAYER, 1996). Situação oposta ocorre normalmente em solos sob culturas perenes. Segundo LIMA (1996), os plantios florestais com eucalipto são responsáveis por melhorias nas condições do solo, principalmente no que se refere à matéria orgânica e à atividade microbiológica, o que, consequentemente, beneficia as suas propriedades físicas. Segundo o autor, os plantios com eucalipto promovem uma maior macro-agregação do solo em comparação com áreas agrícolas e outras espécies florestais. Os sistemas de plantio direto e cultivo mínimo também representam pouca atividade de revolvimento. Segundo SOUZA & ALVES (2003), estes apresentaram maiores contribuições à qualidade do solo, uma vez que, além da melhoria nas suas condições químicas, a MO se manteve em níveis similares às do sistema natural. O uso de sistemas de culturas que utilizam leguminosas para cobertura de solo, em sucessão e/ou consorciadas com gramíneas e culturas comerciais são capazes de adicionar aí elevadas quantidades de resíduos. Isso permite aumentar o teor de MOS, com consequente elevação da capacidade de troca de cátions (CTC) e redução na lixiviação de cátions, além de adicionar N proveniente da fixação de N2 atmosférico (TESTA et al., 1992). CASTRO FILHO et al. (1998) identificaram que houve um expressivo aumento dos teores de carbono orgânico na camada superior (0-10 cm) do solo cultivado no plantio direto comparado ao plantio convencional. Têm-se, como efeitos positivos, a manutenção da arquitetura dos poros pela permanência intacta dos restos de raízes das culturas, a ação das meso e macro fauna na fragmentação desses resíduos e na formação de galerias, que, por conseguinte, influem na aeração e na movimentação descendente 8 da água, produzindo trocas mais intensas e contribuindo para a agregação do solo em sistema de plantio direto. Em solos sob manejo agroecológico, MARIN (2002) encontrou os maiores teores de carbono quando comparado àquele sob sistema de manejo convencional, com maiores teores, principalmente para os primeiros cinco centímetros de profundidade. Nem sempre, entretanto, pequeno revolvimento do solo e manutenção de resíduos beneficiam todos os atributos. O processo de acidificação, por exemplo, é influenciado pelos métodos de preparo, sistemas de culturas e fertilização nitrogenada, interagindo entre si (CARBALLO, 2004). BOHNEN et al. (2000) e BAUER et al. (2000) afirmam que, no sistema de plantio direto, a decomposição dos resíduos acumulados na superfície do solo resulta na liberação de CO2, nitrato (NO3-) e íons H+ livres na solução do solo, baixando-lhe o pH e causando maior acidez na camada superficial, enquanto no PC essa acidificação ocorre em uma camada maior devido ao revolvimento do solo, diluindo seu efeito. O pH influencia muitos processos naturais. No solo, de acordo com ALVAREZ et al. (1994), o pH é um importante fator na produção agrícola, influindo na disponibilidade de nutrientes às raízes das plantas, propiciando condições favoráveis ou de toxidez. Além disso, o pH pode favorecer tanto o desenvolvimento de microorganismos que operam transformações úteis para melhorar as condições do solo, como para dar meio próprio a microorganismos causadores de doenças de plantas. COSTA (2004) enfatiza que o pH afeta extraordinariamente a solubilidade de vários elementos, como por exemplo, o ferro e o alumínio. BAYER & MIELNICZUK (1997) salientam que os valores de pH, capacidade de troca catiônica, teores de potássio, cálcio e magnésio foram afetados por diferentes preparos do solo e sistemas de cultura. Em trabalho realizado por LOURENTE et. al. (2011), observou-se que o solo sob o sistema convencional de manejo, em relação ao plantio direto, apresentou médias menores, para as variáveis pH, MO, Ca e K do que sob plantio direto. As culturas também podem afetar o valor de pH do solo devido a sua relação com os ciclos do carbono e do nitrogênio, que têm componentes que são fontes de acidez no (CARBALLO, 2004). Os resíduos vegetais deixados na superfície do solo podem diminuir a acidez e reduzir o efeito tóxico do alumínio, e essa capacidade de neutralização da acidez está associada à complexação com os ácidos orgânicos dos resíduos vegetais e aos teores de 9 cátions e CO solúvel, que normalmente são maiores em resíduos de culturas utilizadas para cobertura do solo como aveia preta, nabo forrageiro, tremoço, ervilhaca, leucena, mucuna e outros (AMARAL, 2002). Geralmente, resíduos de culturas comerciais, como milho, apresentam menor capacidade de neutralização da acidez do solo, devido à retirada de resíduos vegetais ou dos produtos colhidos, assim como a redução dos teores de cátions e carbono solúvel com o avanço da idade fisiológica da planta (MIYAZAWA et al., 2000). Cerca de 70% dos solos brasileiros são ácidos (QUAGGIO, 2000) Esse processo de acidificação, nas regiões tropicais e subtropicais, inicia-se com a solubilização da rocha, com posterior perda de cátions do solo associada à retenção preferencial de cátions de maior valência, como o alumínio, nos sítios de troca da argila e da matéria orgânica. As reações de hidrólise que ocorrem na solução dos solos, a decomposição dos resíduos orgânicos pelos microorganismos, a ação do homem e a própria absorção dos nutrientes pelas plantas são fatores que também contribuem para a acidificação (MEURER, 2004). Considerando-se que uma das funções básicas do solo é fornecer nutrientes às plantas, um atributo químico de grande importância também é a capacidade de troca de cátions (NANNETTI, 2012). A capacidade de troca catiônica é calculada por meio da soma total dos cátions (Ca+2, Mg+2, K+, Na+, H+e Al+3) que o solo pode reter na superfície coloidal prontamente disponível à assimilação pelas plantas. Esses cátions, que ficam adsorvidos na superfície das partículas dos solos, estão em equilíbrio com cátions em excesso presentes na solução do solo e são prontamente disponíveis às raízes das plantas (EMBRAPA, 1997). Em solos tropicais, mais intemperizados e com predominância de argilominerais do tipo 1:1, como a caulinita e óxidos de ferro, a MOS tem grande influência na capacidade de reter e trocar íons, assim como de tamponamento da solução do solo (DING et al., 2002). SOUZA & ALVES (2003), estudando os atributos químicos de um Latossolo Vermelho distrófico de cerrado sob diferentes usos e manejos, observaram maiores valores de P, K e CTC no sistema de plantio direto e menores para pastagem. Em trabalho realizado por BAYER & MIELNICZUK (1997) comprovou-se a interação entre métodos de preparo e sistemas de culturas em relação ao seu efeito sobre a CTC efetiva e o pH 7,0. Estes aumentaram nas camadas superficiais, à medida que se 10 reduziu o revolvimento do solo e se elevou a quantidade de resíduos vegetais produzidos. Porém, estudos feitos por LAL et al. (1990), demonstraram redução na CTC do solo sob PD, comparado ao PC, mesmo com um aumento da matéria orgânica, podendo esse efeito ser atribuído ao bloqueio de cargas dos argilominerais da MOS pela formação de complexos organominerais. A soma de bases trocáveis indica o número de cargas negativas do colóide que estão cobertas por cátions. É a soma de cálcio, magnésio, potássio, algumas vezes o sódio (Na), na forma trocável. Quanto maior a soma de bases, maior a fertilidade do solo. É importante, pois, junto com os valores de Capacidade de Troca de Cátions (CTC) efetiva e Al trocável, a soma de bases permite calcular a percentagem de saturação de Al e percentagem de saturação de bases dessa CTC. A disponibilidade de cátions trocáveis (Ca e K) também pode ser afetada pelos métodos de preparo do solo e sistemas de culturas, devido, principalmente, às alterações na CTC do solo, localização da aplicação de fertilizantes e corretivos e variação na capacidade de reciclar nutrientes (WIETHÖLTER, 2002). A influência dos sistemas de preparo na distribuição de potássio é muito dependente das características do solo. Em alguns casos, sistemas como o plantio direto levam a maiores acúmulos de potássio na superfície que o sistema de preparo convencional (RAIJ et al., 1994). MUZZILI (1983) observou distribuição similar do K no solo nos sistemas PD e PC. SANTOS et al. (2003) observaram, após sete anos, que os teores de K foram mais elevados nas camadas superficiais dos preparos reduzidos. Em áreas onde se faz plantio direto ou preparo reduzido do solo, o aumento de cálcio nas camadas mais superficiais só aparece após um período prolongado de uso desses sistemas, em função da reciclagem de nutrientes que as culturas promovem, trazendo-os das camadas inferiores e depositando-os na superfície, via restos vegetais (RAIJ et al., 1994). BLEVINS et al. (1983) não observaram o acumulado superficialmente no sistema PD, justificado pela maior lixiviação desse elemento associado a ânions orgânicos. No entanto, CAIRES et al. (2003), trabalhando com calcário e gesso na implantação do sistema de plantio direto da soja em Latossolo vermelho distrófico, verificaram que o gesso aumentou os teores de cálcio e enxofre (SO4-2) no subsolo, aumentou a concentração de fósforo e reduziu a de magnésio na camada superficial do solo. 11 Comparando os sistemas de manejo do solo, LACERDA et al. (2005) verificaram que tanto na camada superficial, entre 0-10 cm, como na média das camadas estudadas, o teor de cálcio encontrado para a mata foi maior do que o observado para o plantio convencional, respectivamente, 3,75 e 1,55 vezes. O conceito de saturação por base está relacionado ao fornecimento de bases (Ca, Mg, K) em níveis ótimos para o desenvolvimento das plantas. A filosofia da saturação por base é calculada no conceito de criar relações ideais de Ca, Mg e K no solo, para a produção máxima das culturas (MCLEAN, 1977). A saturação por bases é calculada pelo quociente entre a soma de bases e a capacidade de troca de cátions: V% = (SB / CTC) x 100. O valor V% é utilizado para identificar o grau de fertilidade dos solos, indicando a concentração de bases trocáveis no complexo sortivo do solo. Assim, quanto maior a %V, mais fértil o solo, isso quando não for incluída a concentração do sódio na soma de bases. A saturação por base é um importante índice de acidez do solo para estabelecer dosagens adequadas de calcário para as principais culturas anuais e estratégias de manejo para a produção agrícola (BRITO, 2010). MARIN (2002), ao estudar sistema agroecológico com café, verificou saturação por bases superior a 11,03% em relação ao sistema convencional. O elemento fósforo (P) é outro importante atributo químico. Constitui cerca de 0,2% do peso seco das plantas, sendo componente estrutural de macromoléculas, como ácidos nucleicos e fosfolipídios, e também da adenosina trifosfato (ATP). É um elemento-chave de várias vias metabólicas e reações bioquímicas, tais como inúmeras etapas das vias C3 e C4 do ciclo de Calvin e da glicólise (HOLFORD, 1997). A produção agrícola no mundo é bastante influenciada pela baixa disponibilidade de P no solo, o qual se encontra em concentrações da ordem de 2 µ M, enquanto que nos tecidos vegetais é de 10 mM (MIMURA, 1999). No geral, as quantidades aplicadas superam muito as extrações pelas culturas, e a baixa eficiência dos fertilizantes fosfatados é atribuída à fixação de P, expressiva em solos do Sul do Brasil, com elevados teores de óxidos de Fe e Al (GATIBONI et al., 2003). De acordo com SELLES et al. (1997), o teor total de P do solo depende inicialmente do material de origem, mas o P disponível para as culturas depende do grau de intemperização, das características químicas e físicas e da atividade biológica do solo, bem como da vegetação predominante que o utiliza como nutriente. 12 O sistema de manejo utilizado pode interferir na dinâmica e disponibilidade do P no solo e, por conseguinte, na resposta das culturas à adubação fosfatada. O não revolvimento do solo no sistema de plantio direto, por exemplo, além de reduzir a erosão e propiciar maior teor de água, facilitando o mecanismo de difusão, diminui o contato entre os coloides e o íon fosfato, reduzindo as reações de adsorção. A mineralização lenta e gradual dos resíduos orgânicos proporciona a liberação e a redistribuição das formas orgânicas de P. Estas sao mais móveis no solo e menos suscetíveis às reações de adsorção, além de manter um fluxo contínuo de diferentes formas de C, as quais competem com os íons fosfato pelos sítios de carga positiva dos coloides inorgânicos e complexam íons de Al3+ e Fe3+, formando compostos hidrossolúveis complexos e estáveis, resultando em aumento da disponibilidade de P para as raízes (RHEINHEIMER & ANGHINONI, 2003). CIOTTA et al. (2002), em experimento conduzido durante 21 anos, verificaram que no solo sob PC a incorporação dos adubos fosfatados com arações e gradagens, além de intensificar as reações de adsorção, promoveu maior distribuição de P na camada arável (0-20 cm). Em outro trabalho, LAL et al. (1990) avaliaram o efeito de vários sistemas de manejo do solo, constatando concentração 2,42 vezes maior de P disponível em plantio direto comparado com plantio convencional na camada de 0-10 cm. Por outro lado, na camada de 10-50 cm a concentração foi maior no plantio convencional. FALLEIRO et al. (2003) observaram incremento de fósforo no PD e, segundo esses autores, isso se deu em função da manutenção de resíduos de plantas na superfície do solo, nesse sistema. Isso favoreceu a ciclagem de fósforo, contribuindo para o incremento e a disponibilidade dos estoques de fósforo ao longo do tempo de plantio direto. 13 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Caracterização da área de estudo O estudo foi conduzido no município de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul. As áreas experimentais estão localizadas em propriedade rural particular (22°10’15,43’’S/54°56’09,01’’O), próxima à zona urbana do município. De acordo com EMBRAPA (2008), a classificação climática da região, segundo KÖPPEN, é do tipo Cwa (clima mesotérmico úmido, verões quentes e invernos secos), com temperatura dos meses mais frios (junho e julho) inferior a 18ºC e a dos meses mais quentes (dezembro/janeiro) superior a 22ºC. No verão, a precipitação supera em mais de dez vezes a menor precipitação mensal (julho). A direção predominante do vento é do quadrante NE (45 graus) durante todos os meses do ano. O solo da área de estudo é classificado como Latossolo Vermelho Eutrófico típico, textura argilosa, conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) (EMBRAPA, 2006). Os teores de areia, silte e argila estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1 – Teores de areia, silte e argila nos diferentes tipos de manejo, Dourados, 2012*. ---------- Profundidade 0-20 cm ---------Manejo Areia Silte Argila (%) FF 45 15 40 CA 35 10 55 PF 40 12.5 47.5 PA 35 15 50 SAF 35 12.5 52.5 FF: fragmento florestal/ CA: cultivo agrícola / PF: produção de feno / PA: pastagem / SA: sistema agroflorestal *Análise realizada no laboratório SOLANALISE. Segundo análise do Sistema Interativo de Suporte ao Licenciamento Ambiental SISLA, a propriedade está inserida na bacia hidrográfica do Rio Paraná e sub-bacia do Rio Ivinhema. Os recursos hídricos encontrados são nascentes e afloramento de água, 14 sem a presença de curso d´agua em seu interior. Os biomas encontrados são Mata Atlântica e Cerrado, apresentando relevo predominante plano a suavemente ondulado, com altitude variando entre 370 e 465m, possibilitando a mecanização em toda a propriedade. As principais atividades econômicas da propriedade estudada são a agricultura e a pecuária. Na Figura 1 está representado o mapa da propriedade rural com os diferentes sistemas de uso e ocupação do solo da propriedade estudada. (a) Figura 1 (a) Detalhe dos diferentes locais onde foram coletadas as amostras de solos. Imagem do Google Earth de 26/09/2012. (FF) fragmento florestal; (CA) cultivo agrícola; (PA) pastagem; (PF) produção de feno; (SAF) sistema agroflorestal. No fragmento florestal (FF) os remanescentes de floresta nativa encontrados são característicos de área de transição entre os biomas Cerrado/Mata Atlântica, constituídos por espécies de formações típicas de Floresta Estacional Semidecidual e de Savana arbórea (IBGE, 2012), sendo observadas espécies pertencentes aos gêneros Tabebuia, Anadenanthera, Myracrodon e Ocotea. Os FF estão localizados próximos às áreas de preservação permanente (APP) de nascentes e seu entorno é constituído por pastagem e/ou agricultura. Essas formações se encontram preservadas há pelo menos 40 anos, sem histórico de perturbação antrópica em data anterior. Ainda que, através do histórico da área estes fragmentos sejam de floresta primária, nota-se que há 15 perturbação do entorno afetando sua estruturação, com formação de dossel menos desenvolvido em estrutura e diversidade. Essa área foi utilizada como área-testemunha do experimento, com a coleta realizada próxima às coordenadas geográficas 22°10'31.80"S / 54°55'55.14"O. O cultivo agrícola (CA) iniciou-se em 2002 com a implantação do sistema de plantio direto com sucessão anual de milho (Zea mays) e soja (Glycine max L.), no verão, e de milho safrinha no inverno em áreas que anteriormente eram utilizadas para a pecuária. Nesse tratamento, as amostras de solo foram coletadas próximas às coordenadas geográficas 22°10'36.89"S / 54°56'0.54"O. A pastagem (PA) foi implantada em 1978, quando parte da propriedade foi adquirida. Atualmente as áreas de pastagem estão cobertas com as espécies Brachiaria decumbens e B. humidicola. Quando há a necessidade de correção na pastagem, é utilizado calcário. As coletas desse tratamento foram realizadas próximas às coordenadas geográficas 22°11'13.48"S / 54°55'36.82"O. A produção de forragem (PF) foi introduzida no ano de 2007 em área anteriormente destinada à agricultura, como uma das alternativas disponíveis para o armazenamento de forragens, servindo de alternativa de alimento aos animais nos períodos de estiagem. Nesta área é cultivado Jiggs, do gênero Cynadon (Poaceae), sendo seu plantio realizado através de mudas, obtendo cortes a cada três ou quatro meses. As coletas de solo foram realizadas próximas às coordenadas geográficas 22°10'42.45"S/ 54°55'47.05"O. O sistema agroflorestal (SAF) é caracterizado pelo consórcio de eucalipto híbrido (Eucalyptus urophylla x E. grandis), rotação soja/milho (Glycine max L /Zea mays) e pastagem (Brachiaria decumbens), tendo sido implantado em janeiro de 2011. Foi utilizado espaçamento entre as linhas de plantio de eucalipto de 50m e entre os indivíduos arbóreos de 3x2 m. Para cada linha de eucalipto havia 4 faixas de plantio. Seis meses após o plantio foi feita adubação N P K (8 20 20) próximo às covas. Até dezembro de 2012 foram realizadas duas rotações de milho e uma de soja, não sendo introduzido o gado até o momento, uma vez que as espécies arbóreas não se encontram completamente estabelecidas. O SAF ocupou parte de uma área que anteriormente era utilizada com pastagem. Nessa área é utilizado maquinário somente na linha de plantio agrícola. As amostras de solo foram coletadas apenas nas linhas de eucalipto, próximo às coordenadas geográficas 22°11'11.12"S /54°55'32.31"O. 16 A Figura 2 apresenta as diferentes áreas onde foram coletadas as amostras de solo utilizadas para a avaliação dos atributos físicos e químicos. (a) (b) (c) (d) (e) Figura 2 Áreas onde foram realizadas as amostras (a) fragmento florestal; (b) cultivo agrícola; (c) pastagem; (d) produção de feno; (e) sistema agroflorestal, Dourados, 2012. Fotos: Luciana V. Loro. 17 3.2 Determinação física e química do solo As coletas de amostras de solo foram realizadas em 24 de março de 2012, seguindo o delineamento de blocos ao acaso nas profundidades 0-10 cm e 10-20 cm com 5 repetições em cada um dos 5 tratamentos, totalizando 50 amostras indeformadas. Para as análises químicas, foram obtidas amostras deformadas do solo com auxilio de pá e trado holandês (Figura 3 a). As amostras foram analisadas no laboratório Solanalise – Central de Análises Ltda., seguindo metodologia sugerida pelo manual de métodos de análise do solo e plantas da EMBRAPA (1997). Para as análises físicas de densidade e porosidade do solo, foram obtidas amostras indeformadas, utilizando amostrador de Uhland e anéis volumétricos de volume já conhecido (100cm³) (Figura 3 b), que, após coletados, foram envolvidos em papel laminado, identificados, acondicionados e encaminhados para análise física, seguindo metodologia da EMBRAPA (1997). Os atributos físicos estudados foram analisados no laboratório de solos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – Campus de Aquidauana. 18 . (a) (b) (c) Figura 3 Coleta de amostras de solo (a) indeformadas, para análises físicas; (b) deformadas, para análises químicas; (c) deformadas, para realização do ensaio de Proctor. Dourados, 2012. Fotos: Luciana V. Loro 19 Para as determinações de densidade e porosidade, as amostras foram saturadas por meio da elevação gradual de uma lâmina de água até atingir cerca de 2/3 da altura do anel (Figura 4 a). Após a saturação ter sido estabelecida (aproximadamente 24h), foi realizado o procedimento para obtenção da macroporosidade pelo método da mesa de tensão com 60 cm de coluna de água (6 KPa) (Figuras 4 b e 4 c). Posteriormente, as amostras foram levadas à estufa a 105-110ºC, também por aproximadamente 24 horas, para determinar a Ds pelo método do anel volumétrico (Figura 4 d). (a) (b) (c) (d) Figura 4 Etapas para obtenção de macroporosidade (Ma), microporosidade (Mi), porosidade total (Pt) e densidade do solo (Ds): (a) saturação das amostras; (b) mesa de tensão; (c) amostras na mesa de tensão de 60 cm de coluna de água; (d) amostras em estufa a 105°C. Aquidauana, 2012Fotos: Luciana V. Loro. 20 O Cálculo da densidade foi realizado utilizando a seguinte fórmula: Ds = Mss/ Va, sendo: (1) Ds = densidade do solo (Mg m-3); Mss = massa de solo seco em estufa a 105º C (gramas), e Va = volume do anel / Vc= cilindro (cm³). A porosidade total do solo (Pt) foi calculada pela seguinte expressão: Pt (%) = % macroporosidade + % microporosidade (2) A Macroporosidade do solo (Ma) foi calculada considerando que ela corresponde à classe de diâmetro de poros ≥ 0,05mm, pela seguinte expressão: Ma = (Mssat - Ms60) / Va * 100, onde: (3) Ma = macroporosidade (%), Mssat = massa de solo saturado (gramas), Ms60 = massa do solo após 24 horas na mesa de tensão a uma sucção de 60 cm de altura de coluna de água (gramas), Va = volume do anel(cm³). A Microporosidade do solo foi calculada considerando que ela corresponde à classe de diâmetro de poros que retêm água a uma sucção de -60 cm de coluna de água, utilizando a mesa de tensão, conforme metodologia descrita por EMBRAPA (1997). A fórmula utilizada foi a seguinte: Mi = (Ms60 – Mss) / Va * 100, onde: (4) Mi = microporosidade (%); Ms60 = massa do solo após 24 horas na mesa de tensão a uma sucção de 60 cm de altura de coluna de água (gramas); Mss = massa de solo seco em estufa a 105º C por 24 horas, Va = volume do anel (cm³). 21 (a) (c) (b) (d) Figura 5 – Ensaio de Proctor: (a) amostra sendo peneirada; (b) golpes de soquete na amostra de solo; (c) retirada de amostra de solo do cilindro; (d) pesagem de parte da amostra. Dourados, 2012. Fotos: Luciana V. Loro 22 A densidade relativa (Dsr), importante ferramenta para medir a compactação do solo, foi obtida através do ensaio de Proctor. Sua determinação foi realizada em laboratório a partir de coleta de amostras deformadas na profundidade 0-20 cm, retiradas aleatoriamente em cada tratamento com auxílio de uma pá (Figura 3 c). A densidade relativa (Dsr) foi determinada através da densidade do solo seco em razão da densidade máxima, esta referente à umidade máxima de saturação. A determinação da densidade máxima de compactação (Dsmáx) consistiu na adição de água à amostra peneirada em malha de 4 mm, homogeneização (Figura 5 a), adição de solo até 1/3 do cilindro de 1000 cm-3 que foi submetido a 25 golpes de um soquete de 2,5 kg, caindo à altura de 30,5 cm, equivalente a uma pressão de 560 kPa (Figura 5 b). Em seguida, adicionou-se mais uma camada até atingir 2/3 e depois outra até atingir a superfície do cilindro, procedendo da mesma forma para compactação em cada adição de solo. Nos pontos seguintes, adicionou-se mais água até que se verificou ter a densidade do solo diminuído e dessa forma obteve-se a Dsmáx e a umidade gravimétrica crítica de compactação (Ugc). Após desmontado o cilindro (figura 5 c), em cada ponto de umidade, uma pequena quantidade de solo foi acondicionada em latas de alumínio numeradas e de peso conhecido, sendo pesada novamente para obtenção do peso úmido da lata. O material foi encaminhado à estufa por 12 horas e posteriormente pesado para avaliar o teor de água (figura 5 d). Objetivou-se obter o ponto de máxima Ds e pelo menos dois pontos acima e dois abaixo, para um melhor ajuste do modelo estatístico. Assim, para cada amostra, obtiveram-se pelo menos sete pares de valores de umidade (Ug) e a Dsmáx, com os quais se ajustou a seguinte equação: Ds=aUg² +bUg +c ,onde: (5) Ds = densidade do solo (Mg m-3); Ug = umidade do solo (kg kg-1); a,b,c = parâmetros da equação. Através da primeira derivada da equação 5, foi obtida a umidade ótima para umidade gravimétrica crítica (Ugc): Ugc= -b/2a,onde: (6) Ugc = umidade gravimétrica crítica (kg kg-1); a, b= parâmetros da equação. 23 Densidade máxima de compactação (Dsmax) foi calculada por: Dsmax= -(b2-4ac)/4a, onde: (7) a,b,c = parâmetros da equação. Dessa forma, a densidade relativa foi obtida pela equação: Dsr = Ds / Dsmax, onde: (8) Dsr = Densidade relativa; Ds= Densidade solo seco; Dsmax = Densidade máxima de compactação. 3.3 Análise estatística A análise estatística constou de testes de comparação de médias. Foram considerados cinco diferentes áreas como tratamentos, tendo sido amostrados: Fragmento florestal (FF), Pastagem (PA), Cultivo agrícola (CA), Produção de forragem (PF) e Sistema agroflorestal (SAF). Cada tratamento foi submetido ao teste de homogeneidade de variâncias (Teste de Bartlett), para verificar as condicionantes para essa análise. Verificada a sua homogeneidade procedeu-se a analise de variância para cada um dos tratamentos e, quando se observou diferença estatisticamente significante, fez-se o teste de Tukey para comparação de médias. Todas as análises foram feitas considerando uma probabilidade de 95% de confiança. Foi utilizado o programa estatístico Statgraphics Plus V. 4.1 para a realização da análise. Os resultados foram analisados comparando-se as variáveis entre sistemas de manejos para cada profundidade separadamente, comparações entre profundidades foram evitadas por não serem essas variáveis independentes. 24 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Atributos físicos do solo Os resultados obtidos para densidade do solo (Ds) e densidade relativa do solo (Dsr) (Tabela 2) demonstram que os menores valores, em ambas as profundidades, foram obtidos no tratamento referência, fragmento florestal (FF). À exceção da áreatestemunha (fragmento florestal – FF) e do cultivo agrícola (CA), os demais tratamentos apresentaram índices acima de 1,40 g cm-3, com Ds variando entre 1,42-1,50 g cm-3 para a profundidade 0-10 cm e entre 1,42-1,51 g cm-3 para profundidade 10-20 cm. Vários trabalhos propõem valores similares de índice crítico para Ds, que variam de acordo com o solo. Segundo ALVARENGA et al. (1996) e CORSINI & FERRAUDO (1999), em solos argilosos, esse índice é de 1,27 g cm-3. CAMARGO & ALLEONI (1997) propuseram que em Latossolo Vermelho o valor crítico relativo à densidade do solo é superior a 1,1 g cm-3 e MARIA et al. (1999) indicam valor crítico superior a 1,2 g cm-3 para Latossolo Roxo. De maneira geral, o valor de 1,40 g cm-3 é aceito como limite crítico, que aumenta com o decréscimo do teor de argila do solo (ARSHAD et al., 1996). 25 Tabela 1-Valores médios de Densidade (Ds) e Densidade relativa do solo (Dsr) em profundidade, nos cinco sistemas de manejo(1) ---------- Profundidade 0-10 cm ---------Manejo Ds Dsr ---------- (g cm -3) ---------- FF 0,91 a 0,77 a CA 1,19 b 0,89 b PF 1,42 c 0,97 bc PA 1,46 c 0,99 c SAF 1,50 c 1,00 c ---------- Profundidade 10-20 cm ---------Manejo Ds Dsr ---------- (g cm -3) ---------- FF 0,99 a 0,85 a CA 1,25 b 0,94 ab PF 1,42 bc 0,97 ab PA 1,52 c 1,04 b SAF 1,50 c 1,01 b FF: fragmento florestal/ CA: cultivo agrícola / PF: produção de feno / PA: pastagem / SAF: sistema agroflorestal (1) Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey (P<5%) 26 ZALAMENA (2008) encontrou valores de densidade menores em áreas que apresentaram condições originais e em áreas reflorestadas. Os altos valores de Ds, obtidos no presente trabalho para o tratamento SAF, podem ser justificados pelo pouco tempo de implantação desse sistema na área, anteriormente destinada à pastagem e convertida em SAF em janeiro de 2011. Da mesma maneira, a Dsr visa obter parâmetros que permitam determinar a qualidade física do solo. Segundo BEUTLER et al. (2008), esse indicador estabelece um valor limitante de compactação à produtividade das culturas, que seja similar para todos os tipos de solos, permitindo a comparação entre eles, independente de sua classificação. Valores da Dsr podem variar de acordo com a textura e o teor de matéria orgânica. BUTLER et al. (2005b) verificaram que em Latossolo Vermelho de textura média, o valor ideal para desenvolvimento de plantas é de 0,80 g cm-3. TORRES & SARAIVA (1999) observaram em um Latossolo Vermelho férrico, cultivado durante dois anos com soja, que valores da Dsr variando entre 0,84 e 0,87 g cm-3 proporcionaram decréscimo da produtividade agrícola. Dessa forma, verifica-se que somente o valor de FF para a profundidade 0-10cm encontra-se abaixo do proposto por BEUTLER et al (2005b) como valor ideal, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. Na camada superficial é possível encontrar valores de Ds e Dsr inferiores quando comparados à profundidade 10-20 cm, provavelmente devido à maior disposição de matéria orgânica na superfície do solo. Essa diferença se torna mais perceptível na área de fragmento florestal, possivelmente por ser uma área sem interferência de práticas de manejo, tendo, assim, menor aporte de material vegetal em sua camada subsuperficial. O incremento de matéria orgânica em SPD pode ser considerado como fator importante para que o tratamento CA tenha apresentado diferença estatística e os menores valores de Ds e Dsr, nas duas profundidades, quando comparados aos sistemas PA, PF e SAF. Conforme descrito por MACHADO & BRUM (1978), KLUTHCOUSKI (1998) e TORMENA et al.(1998), em áreas de plantio direto, após os primeiros anos de sua implantação, há a tendência de queda nos valores de densidade em virtude do incremento de matéria orgânica desse sistema. 27 Os maiores valores encontrados na Tabela 2, nos tratamentos pastagem (PA), produção de forragem (PF) e sistema agroflorestal (SAF), possivelmente estão relacionados ao plantio convencional, sem rotação de cultura, na área PF e à compactação superficial em virtude do pisoteio de animais nas áreas PA e SAF, à exemplo dos verificado por MARTINS et.al. (2002), BERTOL et al. (2004), BERGAMIN et al. (2010) e ROSSETTI (2010). Os dados obtidos em relação a Ds e Dsr das áreas de pastagem, produção de feno e sistema agroflorestal revelam que não houve diferença significativa entre os sistemas e que sua análise leva à caracterização de um ambiente degradado. GOEDERT et al. (2002) e BEUTLER et al (2005b) propõem que valores de Ds até 0,9 g cm-3 e Dsr até 0,8 g cm-3 seja o máximo permitido quando se deseja sustentabilidade no uso de latossolos. Como somente FF apresentou valores de densidade abaixo do considerado crítico (Tabela 2), próximo de 0,9 g cm-3 para Ds e de 0,80 para Dsr, pode-se inferir que nesse tratamento há uma maior sustentabilidade do solo. A partir dos resultados obtidos para Ds e Dsr é possível dizer que as duas análises de densidade apresentaram resultados não divergentes, para todos os tratamentos. No que se refere à máxima compactação do solo, verificou-se que a densidade máxima do solo (Dsmáx) foi menor para o fragmento florestal (Tabela 3), concordando com os resultados obtidos por CAMARA & KLEIN (2005) e ROSSETTI et al (2012). Nos tratamentos PF, PA e SAF, pode ser considerado uso de maquinário nesses solos, sem risco de compactação nas umidades gravimétricas críticas encontradas, pois de acordo com FIGUEIREDO et al. (2000), os valores que foram inferiores a 0,29 kg kg-1, em Latossolo Roxo, não ofereceram risco de compactação. O fragmento florestal apresentou menor valor de Dsmáx em comparação às demais áreas. Segundo KLEIN (2006), quanto maior o teor de matéria orgânica no solo, menor será a Dsmáx devido ao efeito positivo na estabilidade estrutural do solo. Esta relação pode ser observada nas demais áreas avaliadas (Tabelas 3 e 5). 28 Tabela 2- Umidade gravimétrica crítica (Ugc) e Densidade máxima do solo (Dsmáx) determinada pelo ensaio de Proctor. Manejo Ugc Dsmáx Equação R² (kg kg-1) (g cm-3) FF 0,35 1,17 Ds = -3.7643u² + 2.6365u + 0.7096 0,88 CA 0,36 1,33 Ds = -5.098u² + 3.1743u+ 0.8356 0,65 PF 0,26 1,46 Ds = -7.6729u² + 4.0478u + 0.9234 0,87 PA 0,25 1,46 Ds = -6.1027u² + 2.992u + 1.0962 0,63 SAF 0,26 1,49 Ds= -3.8389u² + 2.0045u + 1.2277 0,60 FF: fragmento Florestal/ CA: cultivo agrícola / PF: produção de feno / PA: pastagem / SAF: sistema agroflorestal A Figura 6 demonstra graficamente a relação de Ds com o conteúdo de água adicionado a este, obtida através do ensaio de Proctor. Os valores de Dsmax e Ugc estão representados para cada tratamento, podendo observar que após o ponto de Dsmáx, a Ds decresce conforme há aumento do conteúdo de água no solo. 29 Densidade do solo (g cm -3) Produção de forragem Sistema agroflorestal Conteúdo de água (kg kg-1) Figura 6- Densidade máxima (Dsmáx) e umidade gravimétrica crítica (Ugc) de um Latossolo Vermelho determinada pelo ensaio de Proctor em diferentes sistemas de manejo, Dourados, 2012. 30 Em todas as áreas avaliadas o cultivo agrícola e o fragmento florestal obtiveram os maiores valores de umidade gravimétrica crítica (Ugc). Isso significa que, a partir dessa umidade, o solo pode apresentar maiores problemas de compactação. De acordo com OHUEL el al.(1989), na umidade na qual a compactação é máxima, a adição de mais água faz com que esta venha a ocupar os espaços entre as partículas do solo, o que causa o surgimento de pressões neutras, tornando o solo mais suscetível à compactação. Dessa forma, se entende que os demais tratamentos tenham problemas de compactação a menores conteúdos de água no solo em relação às umidades gravimétricas críticas observadas em CA e FF. É possível afirmar, ainda, que após o ponto de Ugc, a adição de mais água ao solo acarretará problemas para o tráfego de máquinas. Em termos de distribuição dos poros, as áreas onde houve manejo e uso do solo apresentaram os menores valores de macroporosidade e porosidade total e se diferiram da área-testemunha. Quanto aos valores de microporosidade somente o CA apresentou diferença estatística entre os demais tratamentos na profundidade 10-20 cm (Tabela 04). 31 Tabela 3 - Valores médios de Porosidade total (Pt), Micropororidade (Mi), Macroporosidade (Ma) e Relação micro/macroporosidade (Mi/Ma) nas profundidades 0-10 e 10-20 cm, submetidos a diferentes sistemas de manejo(1), Dourados, 2012. --------------- Profundidade 0-10 cm --------------Manejo Pt Mi Ma - --------------(cm³cm ³)------------- Relacão Mi/Ma (g cm -3) FF 58,96 b 37,47 a 21,49 c 1,7:1 CA 46,96 a 41,51 b 5,45 a 7,6:1 PF 46,42 a 38,82 ab 7,60 ab 5,1:1 PA 48,43 a 38,84 ab 9,59 b 4,0:1 SAF 46,77 a 36,61 a 10,16 b 3,6:1 --------------- Profundidade 10-20 cm --------------Manejo Pt Mi Ma -------------- (cm³ cm -3) -------------- Relação Mi/Ma (g cm -3) FF 57,45 b 37,29 a 20,16 c 1,8:1 CA 47,63 a 42,46 b 5,17 a 8,2:1 PF 44,98 a 38,43 a 6,55 ab 5,9:1 PA 46,30 a 38,06 a 8,24 ab 4,6:1 SAF 47,69 a 36,61 a 11,08 c 3,3:1 FF: fragmento Florestal/ CA: cultivo agrícola / PF: produção de feno / PA: pastagem / SAF: sistema agroflorestal (1) Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey (P<5%) Todos os tratamentos, à exceção de FF, apresentaram volumes de macroporos muito próximos ou abaixo de 10,0 cm³cm-3, valor considerado, por vários autores, crítico para o crescimento das plantas (BAVER, 1949; VOMOCIL & FLOCKER, 1961; GRABLE & SIEMER, 1968; KIEHL, 1979). Observando-se a relação micro/macroporos, na qual os valores apresentados para os tratamentos que sofreram algum tipo de intervenção (Tabela 4), variaram de 3,6:1 a 7,6:1 na profundidade 0-10cm e de 3,3:1 a 8,2:1 na profundidade 10-20cm. Essa relação pode ser considerada alta para todos os tratamentos submetidos a acores antrópicas, quando se adotada a relação 2:1 como valor ideal para as culturas agrícolas, proposto por KIEHL (1979) e BRADY & WEIL (2002). 32 Esses dados indicam que somente a área FF não tem possíveis problemas de infiltração de água e aeração no solo e, consequentemente, no desenvolvimento das raízes em ambas as camadas. Conforme constatado em experimento por BERTOL et al (2004), a variável microporosidade foi modificada mais lentamente e com menor intensidade do que os macroporos, entre os manejos avaliados, corroborando os dados apresentados na Tabela 2. Os maiores valores de microporosidade foram observados em CA, sendo provavelmente o trânsito de movimentação de máquinas e o cultivo do solo responsáveis pela redução do volume de macroporos e aumento de microporos, confirmando os resultados apresentados por NIERO et al. (2010). A porosidade total do solo foi maior em FF, que se diferenciou dos outros sistemas de manejo (Tabela 4) . ANJOS et al. (1994) verificaram que os valores de porosidade total estiveram inversamente associados aos de densidade do solo, ou seja, quanto menor a densidade do solo, maior a porosidade total, constatação que o presente trabalho confirma (Tabelas 2 e 4). PIGNATARO NETTO et al. (2009) observaram que os valores mais baixos de porosidade total em seu estudo referem-se à área de pastagem na região do Cerrado, possivelmente devido à decomposição das raízes dos vegetais. MATIAS et al. (2009) estudando diferentes formas de uso de um Latossolo Vermelho, mencionaram que a porosidade total teve pouca influência das modificações causadas pelo preparo do solo, embora a mata nativa apresentasse maior porosidade em todas as camadas do solo. MELLONI et al. (2008), avaliando coberturas florestais e de pastagem na qualidade dos solos no sul de Minas Gerais, observaram que a microporosidade não diferiu entre os ecossistemas estudados, enquanto que a macroporosidade foi maior no ecossistema mata (34,31%), diferindo dos demais ecossistemas, cujos valores foram de 20,81%, 16,52% e 13,53% para eucalipto, araucária e pastagem, respectivamente. 33 4.2 Atributos químicos do solo Em relação à matéria orgânica (MO), pode-se observar que na profundidade 010 cm, a área com vegetação nativa diferenciou-se estatisticamente dos demais. Comparando os diferentes sistemas, observou-se que o FF e CA (plantio direto) apresentaram os maiores teores de MO em relação aos demais sistemas na segunda camada, sendo que na primeira isso ocorreu somente com FF. Os demais tipos de uso não diferiram estatisticamente em ambas as profundidades. Tabela 4- Valores médios dos atributos químicos nas profundidades 0-10 e 10-20 cm, submetidos a diferentes sistemas de manejo(1) , Dourados, 2012. Manejo ------------------------- Profundidade 0-10 cm ------------------------MO C ---(g/dm³) --- pH CTC (CaCl2) SB K Ca ------- (Cmolc/dm³) ------- V P (%) mg/dm³ FF 61,31 b 35,64 b 5,8 bc 28,47 c 24,03 c 0,78 bc 17,55 c 84,38 c 1,64 a CA 45,10 a 26,22 a 5,0 a 24,72bc 17,99 b 0,81 bc 12,71 b 72,84 ab 2,77 ab PF 36,92 a 21,46 a 5,6 ab 20,62 b 16,44 b 0,81 c 12,13 b 79,67 bc 4,18 ab PA 35,37 a 19,55 a 5,5 ab 13,10 a 9,05 a 0,30 a 6,01 a 68,69 a 3,32 ab SAF 33,63 a 20,56 a 6,4 c 14,69 a 11,31 a 0,38 ab 7,78 a 76,93 abc 2,44 ab Manejo ------------------------- Profundidade 10-20 cm ------------------------MO C ---(g/dm³) --- pH CTC (CaCl2) SB K Ca ------- (Cmolc/dm³) ------- V P (%) mg/dm³ FF 55,12 b 32,05 b 5,8 b 27,83 c 23,20 c 0,65 a 16,87 c 83,63 c 1,98 a CA 39,96 ab 23,23 ab 5,1 a 22,83bc 16,98 b 0,60 a 12,18 b 74,39 ab 7,45a PF 35,07 a 20,39 a 5,6 ab 20,3 b 16,13 b 0,65 a 12,07 b 79,42 bc 3,18 a PA 30,13 a 17,52 a 5,6 ab 12,40 a 8,54 a 0,26 a 5,72 a 68,58 a 2,4 a SAF 35,37 a 20,57 a 6,3 b 14,37 a 10,92 a 0,32 a 7,37 a 75,93 abc 1,91 a FF: fragmento Florestal/ CA: cultivo agrícola / PF: produção de feno / PA: pastagem / SA: sistema agroflorestal MO: Matéria orgânica/ C: Carbono/ pH: acidez do solo/ CTC: Capacidade de Troca de Cátions / SB: Soma de Bases/ K:Potássio/ Ca: Cálcio/ V: Saturação de bases/ P: Fósforo (1) Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si, pelo teste de Tukey (P<5%) 34 Os valores de carbono (C) apresentaram comportamento semelhante aos valores de MO, verificando-se que os maiores valores de C foram encontrados na profundidade 0-10 (Tabela 5). Os maiores teores de matéria orgânica no sistema FF indicam que a retirada da vegetação nativa e a utilização agrícola do solo reduziram os teores de carbono. Esse resultado está de acordo com HOUGHTON et al. (1991), segundo os quais há um declínio no estoque de matéria orgânica após a conversão de florestas nativas em sistemas agrícolas. De acordo com esses autores, essa redução pode ser atribuída ao aumento da erosão do solo, aos processos mais acelerados de mineralização da matéria orgânica do solo e a menores quantidades de aportes orgânicos em sistemas manejados comparativamente às florestas nativas. Provavelmente isso vem ocorrendo em maior intensidade nos sistemas PF (preparo convencional), PA e SAF onde é possível observar uma redução substancial nos teores de MO em relação aos demais tratamentos. Teores de MO no SPD semelhantes aos observados em solos sob vegetação nativa também foram observados por BAYER & MIELNICZUK (1997), SOUZA & ALVES (2003) e CAVALCANTE et al (2007). Maiores teores de MO em sistemas de plantio direto podem estar associados à alta quantidade de cobertura vegetal adicionada pelo sistema, quando comparado a sistemas de plantio convencional e a áreas de pastagem, por exemplo, que são influenciadas pelo pastoreio e, com isso, diminui a quantidade de material disponível. Segundo BELIZÁRIO (2008), o sistema de plantio direto (SPD), manejo adotado na área CA, provoca uma série de alterações nas características químicas do solo. Isso ocorre em função da ausência do revolvimento, com a decomposição mais lenta e gradual dos resíduos na sua superfície e a estratificação dos nutrientes, formando um gradiente de fertilidade no perfil do solo além de mitigar a emissão de CO2 com o aumento da matéria orgânica, uma vez que a decomposição lenta e gradual do material orgânico favorece a associação com a fração mineral do solo. Diversos estudos documentaram aumento significativo de MOS em SPD, ao longo do tempo, em comparação com sistemas que utilizam práticas convencionais (CORAZZA et al., 1999; BAYER et al., 2000; SÁ et al, 2001; BAYER et al ., 2004; CARVALHO, 2006; ROSSETTI, 2010). Uma possível causa do baixo teor de MO em SAF pode estar relacionado ao fato dessa área ter sido utilizada anteriormente, por muito tempo, com pastagens. Espera-se 35 verificar respostas positivas em SAF com o passar dos anos, uma vez que a intervenção nessa área com a substituição de pastagem por espécie arbórea, consorciada com sistema de plantio direto e uso de leguminosas, ocorreu no início de 2011. Segundo COSTA et al.(2008), sistemas sem revolvimento do solo tendem, com o tempo, a apresentar incremento de matéria orgânica no solo. Foi constatada uma diminuição dos teores de matéria orgânica em profundidade, que possivelmente está relacionada à maior deposição superficial de resíduos vegetais e animais, conforme verificado por CENTURION et al.(1985), DERPSCH et al. (1991) e SOUZA & ALVES (2003). Segundo EFFGEN et al. (2012), nas primeiras camadas de solo, os processos de transformação da matéria orgânica pela atividade microbiana são mais intensos, o que proporciona acúmulo de carbono orgânico nessa profundidade. Os valores de pH do solo (CaCl2) apresentaram uma variação significativa entre os sistemas de uso do solo nas duas profundidades. Os maiores valores nas duas profundidades foram encontrados no SAF, sendo o único tratamento que se diferenciou dos demais, na profundidade 0-10 cm, tendo sido os menores valores encontrados no CA. Conforme descrito em EMBRAPA (2008), para que haja uma melhor disponibilidade de nutrientes, evitando ainda a toxicidade de alguns elementos, o pH (CaCl2) deve permanecer dentro da faixa que varia de 5,4 a 5,9. Desta forma, observouse que em ambas as profundidades PA, PF e FF obtiveram valores dentro da faixa recomendável e não diferiram estatisticamente entre si. Considerando que SAF foi implantado em área anteriormente destinada à pecuária, nota-se que houve um aumento significativo de pH, tendo como base o valor de pH obtido em PA, de 5,5 (profundidade 0-10) e 5,6 (profundidade 10-20), observando ainda que o pH em SAF foi de 6,4 (profundidade 0-10) e 6,3 (profundidade 10-20), com caráter mais básico e considerado acima da faixa recomendável, conforme EMBRAPA (2008). Da mesma forma, ROSA (2010) observou aumento no pH do solo 12 meses após a implantação de Eucalyptus. dunnii, cujas alterações foram significativas nas profundidade s0-10 cm para os espaçamentos estudados. Os valores de CTC obtidos diferiram entre os manejos nas duas profundidades (Tabela 5). Devido à ação da matéria orgânica observaram-se no FF os maiores valores de CTC dentre os usos analisados. Contudo, esses valores não diferiram significativamente em relação aos valores obtidos no sistema CA. 36 Embora CA tenha apresentado valores superiores a PF, em todas as profundidades, não houve diferença estatística. Em estudo sobre as características químicas do solo afetadas por métodos de preparo e sistemas de culturas, BAYER & MIELNICZUK (1997) verificaram que a utilização de sistemas de manejo do solo sem revolvimento e a alta adição de resíduos culturais por cinco anos promoveram aumento nos teores de carbono orgânico total e na CTC do solo. Dessa forma, pode-se aferir que existe uma relação elevada entre a CTC dos solos e seus teores de argila e MO. Isso realça a importância da preservação da composição granulométrica e a elevação dos teores de MO com o intuito de restaurar importantes propriedades físico-químicas do solo, como a CTC. Os valores de potássio (K) apresentaram diferença significativa entre os sistemas para a profundidade 0-10 cm e os maiores teores em PF e CA, enquanto que na profundidade de 10-20 cm, não houve diferença significativa entre os manejos (Tabela 5). Os solos sob plantio direto e preparo convencional através de cultivo agrícola produção de feno, respectivamente, apresentaram elevados teores de K dentre os sistemas avaliados com concentrações médias de 0,81 Cmolc/dm³ para a profundidade 0-10 cm e de 0,65 Cmolc/dm³ para a profundidade 10-20. Os elevados teores de K+ observados nos sistemas agrícolas são consequências das adições frequentes de fertilizantes contendo esse nutriente. Segundo ALMEIDA et al. (2005), a maior concentração K+ na superfície dos solos sob sistema de plantio direto deve-se, principalmente, ao modo de aplicação dos adubos. Nesse sistema de manejo, a distribuição ocorre a lanço ou incorporados na linha próxima às sementes durante a semeadura, concentrando assim esse nutriente nas camadas mais superficiais do solo. No preparo convencional eles são incorporados antes de cada semeadura e homogeneizados na camada arável do solo, neste caso favorecendo até mesmo a lixiviação desse nutriente. Em relação aos solos de FF, SAF e PA, observou-se que o primeiro apresentou, em ambas as profundidades, os maiores teores de K, com valor médio de 0,77 colc/dm³, enquanto o segundo e o terceiro demonstraram os menores valores desse elemento, com valores médios de 0,38 e 0,30 cmolc/dm³, respectivamente. No sistema FF, a ciclagem dos restos vegetais contribui marcadamente para a manutenção dos valores de K, retirado do perfil do solo pelas plantas. 37 Todos os tratamentos apresentaram maiores valores de K à profundidade de 0-10 cm, corroborando o trabalho realizado por ARAÚJO (2008), que em Argissolo Amarelo distrófico submetido a diferentes tipos de uso no Acre, constatou comportamento semelhante, observando que os teores de K tendem a decrescer com a profundidade, sendo que os maiores teores ocorrem nos primeiros centímetros do solo em virtude de sua retenção pela matéria orgânica. Para o cálcio (Ca) observa-se que houve diferença significativa entre os sistemas de uso do solo nas duas profundidades, sendo os maiores valores obtidos no sistema FF. Observa-se que os maiores valores de cálcio foram encontrados na profundidade de 0-10 cm em todos os sistemas de uso. SOUZA & ALVES (2003) atribuíram esses maiores valores em superfície para os solos utilizados com sistemas agrícolas de culturas anuais, em função da adição de calcário, da reciclagem de cálcio via decomposição de resíduos e do aumento da CTC efetiva do solo, capaz de reter mais cátions nessa camada, justificando também os menores valores de cálcio terem sido atribuídos em PA. Os maiores valores de soma de bases (SB) foram encontrados em FF, que diferiu estatisticamente dos demais tratamentos. O cultivo agrícola, através de plantio direto, e a produção de feno, através de preparo convencional, apresentaram valores médios intermediários para esse atributo, sem diferença significativa. Os menores valores de soma de bases foram observados em PA e SAF, não diferindo entre si. Como a SB é um somatório dos valores dos nutrientes cálcio, magnésio, potássio e sódio, sendo um dos indicadores de fertilidade do solo, constatou-se, como esperado, que os maiores valores fossem obtidos no FF. Os menores valores desse indicador em todas as profundidades foram observados em PA e SAF, que apresentaram valores similares. Valores intermediários, sem diferenciação estatística entre si, foram verificados em CA e PF. Quanto a saturação por bases, independente do manejo adotado, os valores de V mantiveram-se acima de 50 %, o que satisfaz as exigências das principais culturas da região para obter boas produtividades. Os maiores valores de saturação por bases (V%) nas duas profundidades estudadas foram encontrados no FF, PF e SAF, não diferindo significativamente entre si. 38 De modo geral, nos sistemas de cultivo do solo os teores P foram maiores que no fragmento florestal, devido à correção do solo. Entretanto, não diferenciaram entre si, em ambas as profundidades. Estatisticamente os teores médios de P obtidos pelos tratamentos, nas duas profundidades não apresentaram diferença estatística. Da mesma forma, LIU et al. (2002), estudando o efeito da floresta natural, pastagens, vegetação arbustiva, floresta secundária e floresta cultivada nas propriedades do solo, também não observaram diferenças significativas entre os tratamentos nos conteúdos de P total no solo. Teores mais elevados de P disponível nos solos cultivados justificam-se pelo uso de adubações fosfatadas nesses sistemas agrícolas, em que há uma agricultura mais tecnificada, com uso de insumos. 39 5. CONCLUSÕES 1. As propriedades físicas e químicas do solo foram alteradas, em função dos diferentes usos do solo, quando comparados ao fragmento florestal. 2. A adoção do plantio direto, melhorou ou manteve os níveis de fertilidade, comparáveis à vegetação original. 3. A substituição do sistema pastagem pelo sistema agroflorestal manteve as não modificou os atributos físicos e químicos do solo pelo menos até 13 meses de implantação. 40 6. REFERÊNCIAS ALMEIDA, J. A. A.; BERTIL, I.; LEITE, D.; AMARAL, A. 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