ZH MOINHOS FOTOS MELISSA BECKER Verão é tempo de... ... se refrescar com açaí O açaí na tigela, popular nas praias de Santa Catarina, conquistou o paladar da gauchada. No Moinhos, barzinhos e quiosques têm no cardápio a iguaria, que, de tão refrescante, pode ser a salvação do pessoal que fica pelo bairro durante os dias de temperatura alta. Sentar em uma mesinha ao ar livre e se deliciar com a fruta batida com banana e guaraná e coberta de granola é uma opção para quem quer fugir do calor. O ZH Moinhos publica abaixo a receita do açaí na tigela do Saúde no Copo, na esquina da 24 de Outubro com a Olavo Barreto Viana. Açaí na tigela Porção: tigela com 300ml Artista plástico mantém ateliê em um espaço na Galeria Florêncio Ygartua, onde o público pode observá-lo trabalhando O Nome / Kiko Medeiros Ingredientes: ■ 50g de açaí ■ 50g de banana congelada ■ 50g de gelo ■ 200ml de xarope de guaraná ■ Uma porção de granola Modo de preparo: ■ Bater tudo, menos a granola, no liquidificador – escolha um modelo resistente. Artista plástico, morador do Moinhos ■ Para servir, inclua uma porção de granola (como na foto). FOTOS THAIS SARDÁ Músicos figuram entre os temas preferidos N Tintas e pincéis na Florêncio M a Galeria Florêncio Ygartua, no bairro Moinhos de Vento, uma loja no segundo piso chama a atenção dos freqüentadores, com telas cheias de cor. Não é um mero local para venda de quadros, mas o ateliê de um pintor. Há dois anos, Antonio Carlos Meirelles Medeiros, 52 anos, o Kiko Medeiros, escolheu o estreito espaço comercial para produzir e exibir sua arte. Pincéis, tintas, paleta, cavalete e um ventilador para amenizar o calor ocupam uma pequena mesa na área de quatro metros de largura por 1m20cm de profundidade, que tem as paredes forradas por seus trabalhos. O espaço não é claustrofóbico para ele. – Isso não é uma loja, é uma vitrine. O espaço é pequeno, mas, como pinto em cavalete, e não em mesa de desenho, não tenho problemas – observa Kiko, adaptado à área. A idéia de se instalar no local sur- giu quando o artista, vizinho à galeria, procurava um espaço, após dividir ateliê na Auxiliadora com a irmã, a médica Maria Lúcia, 44 anos, também pintora. Conta que não teve dúvidas ao ver a unidade para alugar. Enquanto Kiko dá suas pinceladas, os visitantes do centro comercial param em frente ao ateliê e observam seu trabalho. Para ele, isso ajuda a aproximar as pessoas da arte. – A pintura é considerada ainda um artigo de luxo, um supérfluo. Mas sou um cara persistente – garante. Usando tinta acrílica sobre tela e temas recorrentes como rostos, músicos e cirandas, Kiko relata ter influências do cubismo e das cores do expressionismo em seu trabalho. Seu envolvimento com a arte se iniciou cedo, mas ficou mais sério há quatro anos. Após trabalhar por 25 anos em uma empresa pública, o arquiteto pediu demissão e abriu uma loja de Telas são expostas na galeria e no Brique da Redenção aeromodelismo. Decidiu se dedicar à pintura quando fechou as portas, cinco anos depois. Autodidata, trabalha em dois ou três quadros ao mesmo tempo, usando o pincel diretamente na tela, sem fazer um esboço a lápis, descobrindo cores e luminosidade em suas figuras. Kiko, que também expõe no Brique da Redenção, já levou suas telas para locais como o Café do Porto e o Tribunal de Justiça, na Avenida Borges de Medeiros, além de ter seu trabalho selecionado para uma mostra em Canoas. O artista aproveitou uma viagem nos primeiros dias deste ano para deixar alguns quadros em Florianópolis (SC). Pai de João Antonio, 22 anos, e Luiz Felipe, 17 anos, Kiko cresceu na Barão de Santo Ângelo, “com fogueira de São João e quermesse em volta da quadra”, lembra. – Os vizinhos todos se conheciam e participavam das festas – conta. Saborear algo gelado em mesas ao ar livre é opção para fugir do calor ZH Moinhos é semanal. Próxima edição: 24/01/2008