Uma Solução para um problema
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
Caro Leitor,
Estamos neste momento a dar o primeiro passo de uma caminhada que se prevê longa mas profícua.
Esta é a nossa primeira Declaração Ambiental e esperamos que com o contributo de todos, nós e todos vós, venha
a ser um documento de referência na forma de estar e comunicar em matéria ambiental.
Aqui vão poder encontrar toda a informação do que é a nossa actividade, quais as nossas preocupações e
objectivos ambientais.
Espero que esta leitura vos elucide sobre tudo o que é o CITRI e vos suscite comentários e contributos para a
melhoria contínua da nossa performance ambiental.
Setúbal, 18 de Outubro de 2004
Mário Coelho do Santos
Director Geral
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2005
ÍNDICE
Parte 1 – Informações Gerais
4
Parte 2 – Sistema de Gestão Ambiental
11
Parte 3 – Aspectos e Impactes Ambientais
15
Parte 4 – Objectivos e Programa de Gestão Ambiental
16
Parte 5 – Desempenho Ambiental
19
Parte 6 – Cumprimento Legal
25
Parte 7 – Verificação Ambiental
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1_ O CITRI
1.1_ Identificação e Contactos da Empresa
Denominação: CITRI – Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Industriais, S.A.
Localização: Parque Industrial SAPEC Bay - Mitrena
CAE: 90020
NIPC: P 504 472 046
Contactos:
Apartado 283
2901-901 Setúbal
T: 265 710 370
F: 265 710 379
@
citri@citri. pt
Responsável pela Gestão Ambiental: Eng.ª Sofia Patrício
1.2_ Histórico
O CITRI, surgiu como um projecto de parceria entre dois grandes grupos com uma forte actividade industrial, o Grupo
SAPEC e o Grupo Tecmed, com o propósito de permitir a deposição e eliminação, em aterro, de resíduos industriais não
perigosos.
A insuficiência de meios adequados para tratamento de resíduos industriais ao nível nacional, bem como a necessidade
urgente de disponibilizar um destino adequado para os resíduos industriais não perigosos, estiveram na génese do
projecto que constitui hoje o CITRI. O CITRI é uma sociedade anónima sendo 74% do Grupo Sapec e os restantes 26%,
do Grupo Tecmed.
A nossa história ainda é curta, mas podem destacar-se alguns marcos importantes da vida do CITRI, que apresentamos
de seguida, de forma cronológica:
2001
) Projecto “CITRI”
Janeiro 2002
) Projecto “Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – EMAS (Eco-Management and Audit Scheme)”
Março 2002
) Inicio de actividade
) Recepção da 1.ª carga de resíduos e início exploração célula A
Junho 2002
) Início exploração célula B
Setembro 2002
) Arranque da Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL)
) Arranque do Laboratório
) Mudança para as instalações administrativas definitivas
Janeiro 2003
) Implementação do SGA - EMAS
Fevereiro 2003
) Construção da 2.ª Lagoa de Regularização
Junho 2003
) Arranque da Plataforma de Triagem de Resíduos
Julho 2003
) Instalação da Barreira de Inibição de Odores
) Início da implementação do Sistema da Qualidade (SQ) do Laboratório de Ensaios do CITRI
(LEC), segundo a Norma NP EN ISO/IEC 17025
Outubro 2003
) Entrada em funcionamento do triturador de resíduos
Dezembro 2004
) Acreditação do LEC
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2005
Janeiro 2005
) Actualização da Licença Ambiental n.º 2/2002 e emissão, pelo Instituto dos Resíduos, da Licença
de Exploração n.º 3/2005
1.3_ Actividades
A nossa actividade económica enquadra-se no sector de Tratamento de Resíduos Industriais Não Perigosos, com a
designação, segundo a Classificação de Actividades Económicas, de CAE 90020 definida como “Recolha e Tratamento de
Outros Resíduos”.
O exercício da nossa actividade está regularizado através da Licença de Exploração (LE n.º 3/2005), emitida nos termos
do Decreto-lei n.º 152/2002 de 23 de Maio e de uma Licença Ambiental (LA n.º 2/2002) emitida ao abrigo do Decretolei n.º 194/2000 de 21 de Agosto.
O CITRI propôs registar no EMAS a sua actividade, cujo âmbito é o aterro controlado para deposição de resíduos
industriais não perigosos e uma plataforma de triagem de resíduos industriais.
1.4_ Localização e Acessos
As nossas instalações localizam-se na Península de Setúbal, na margem direita do rio Sado, mais concretamente no
Parque Industrial SAPEC Bay, na Herdade das Praias – Mitrena.
A figura seguinte representa, a localização geográfica do nosso aterro.
CITRI
Figura 1 – Localização geográfica das instalações
Em termos de enquadramento industrial, o aterro está envolvido pelas fábricas da INAPA e PORTUCEL, a Sul e a Este, e
pelas instalações industriais do Parque Industrial SAPEC Bay, a Oeste e a Norte pela linha de caminho de ferro.
O acesso da cidade de Setúbal às nossas instalações (ver figura 2), pode realizar-se, numa distância aproximada de
5,5 km, pela estrada Nacional EN 10-4, que limita toda a área sul do perímetro do Parque Industrial SAPEC BAY
(percurso vermelho) ou através do percurso pela Estrada Nacional EN 10, sentido de Águas de Moura, e seguindo as
orientações para a Zona Industrial – Mitrena até às Praias do Sado, onde se encontra novamente a EN 10-4 (percurso
azul).
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Figura 2 – Acessos por estrada
1.5_ O Estabelecimento
O nosso estabelecimento ocupa uma área global de cerca de 16 ha, dos quais, cerca de 8 ha estão afectos ao aterro e
às restantes infra-estruturas.
A figura seguinte ilustra de forma simplificada o lay out das nossas instalações.
9 – Plataforma de Triagem
2 – Instalação de tratamento
de águas lixiviantes
4 - Oficina
3 – Instalação de tratamento
de águas residuais
5, 6 e 7 – Instalações
Administrativas e
Laboratório e Balneário
1 – Lavagem de rodados
2 – Instalação de tratamento
de águas lixiviantes
8 – Posto de Transformação
de Energia Eléctrica
A – Célula A
B - Célula B
10 – Portaria
10
Figura 3 – Lay out das instalações
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1.6_ Instalações
Para a deposição de resíduos dispomos de duas células – célula A e célula B (figura 4), devidamente impermeabilizadas
cujas capacidades são respectivamente de 342 415 m3 e de 381 950 m3. As células encontram-se equipadas com um
sistema de drenagem e captação/elevação de águas lixiviantes, cujo destino é a estação de tratamento (ETAL), e
também por um sistema de drenagem de biogás.
Presentemente encontram-se em funcionamento as duas células, tendo sido depositados, até Dezembro de 2004
aproximadamente 325 mil toneladas de resíduos. A entrada em funcionamento do triturador de resíduos, em Outubro
de 2003, permitiu optimizar a ocupação de espaço no aterro, originando uma compactação de resíduos e modulação
dos socalcos mais eficaz.
Figura 4 – Aterro – células para deposição de resíduos
A Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL) é a instalação para onde são conduzidas quer as águas lixiviantes
produzidas no aterro, quer os efluentes domésticos e industriais, após tratamento na ETAR (Estação de Tratamento de
Águas Residuais) Compacta. Nesta instalação efectuamos o tratamento dos efluentes, obtendo-se uma água residual
tratada que posteriormente é introduzida na rede de água industrial e na rede de incêndio.
A ETAL é composta por:
- 2 Lagoas de Regularização
- Separação dos sólidos em suspensão através de filtração
- Microfiltração
- Depuração por osmose inversa em duas fases
- Lagoa de permeado
- Cubas para concentrado
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Figura 5 –Osmose Inversa
Para controlo laboratorial dos resíduos, existe dentro do CITRI, um laboratório de ensaios, que executa também
algumas das análises de monitorização ambiental. Encontra-se implementado, desde o final de 2003, no nosso
laboratório (Laboratório de Ensaios do CITRI - LEC), um Sistema da Qualidade, segundo a Norma NP EN ISO/IEC 17025.
O nosso Sistema da Qualidade foi acreditado para alguns dos métodos de ensaios que efectuamos, pelo Instituto
Português da Qualidade, tendo sido emitido o Certificado de Acreditação L0338.
Figura 6 – Laboratório de Ensaios do CITRI - LEC
No ano transacto, e dando cumprimento à nossa Política Ambiental e aos nossos Objectivos relativos a deposição de
materiais valorizáveis, construímos uma plataforma de triagem (figura 7). Nesta plataforma, antes da descarga e
deposição dos resíduos no aterro, fazemos uma triagem e segregação dos resíduos valorizáveis, para posteriormente
serem entregues a entidades autorizadas para a sua valorização.
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Figura 7 – Estação de triagem
1.7_ Instalações Auxiliares e Complementares
Além das instalações já apresentadas dispomos ainda das seguintes instalações:
ƒ
Portaria
ƒ
Báscula
ƒ
Unidade de lavagem de rodados
ƒ
Área de manutenção (Oficina)
ƒ
Área de armazenagem externa
ƒ
Instalações Administrativas
ƒ
Posto de Transformação (PT)
ƒ
Estação de Tratamento de Águas Residuais
ƒ
Estação Meteorológica
ƒ
Central de Incêndio
1.8_ Ferramentas de Gestão Ambiental
No sentido de assegurarmos uma adequada gestão ambiental da nossa actividade, implementámos um Sistema de
Gestão Ambiental segundo o EMAS II (Regulamento (CE) n.º 761/2001) (ver Parte 2).
2_ PROCESSOS
2.1_ Processo de Exploração
A exploração do nosso aterro, ou seja a deposição dos resíduos, é realizada sob a forma de socalcos sobrepostos. Os
estratos de resíduos, cujas camadas são de aproximadamente 1 a 2 m, são formados pelo conjunto de “sectores
diários”, ou seja, espaços delimitados previamente para o volume diário de resíduos a depositar. Concluído um estrato
em toda a área da célula, passa-se a executar novo estrato.
Os resíduos são depositados, com o auxílio de bulldozers, de modo a favorecer a máxima compactação e assentamento
e a obter-se uma mistura com um teor em humidade mínimo. Posteriormente são cobertos com terras de cobertura em
quantidade suficiente para perfazer uma espessura de 15 cm.
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As cargas heterogéneas que apresentam resíduos com grandes dimensões são trituradas previamente à deposição de
modo a reduzir-se a granulometria dos mesmos, o que conduz a um aumento da densidade dos resíduos no aterro,
permite melhorar a compactação dos mesmos, reduzir o impacte visual e facilitar a cobertura com terras.
2.2_ Controlo de Exploração
O processo de deposição dos resíduos não perigosos é objecto de verificação, de modo a podermos garantir que as suas
características são compatíveis com a admissão em aterro e está sujeito a duas fases: fase de aceitação e fase de
admissão, como se pode verificar pelo fluxograma de processo apresentado a seguir:
Resíduo Industrial Não
Perigoso no Cliente
Envio do Regulamento de
Utilização ao Cliente
Recepção de Informação do
Cliente
Não
Processo de
Sim
O resíduo cumpre os
critérios de aceitação?
Aceitação
Resíduo recusado
Emissão do "Certificado de
Aceitação do Resíduo"
Comunicação do sucedido ao
Cliente
Resíduo incluido na "Lista de
Produtores Autorizados"
Controlo na Admissão do
resíduo:
- Verificação documental
- Pesagem
- Verificação no local
Sim
Ocorreram desvios
relativamente ao descrito no
"Certificado de Aceitação do
Resíduo"?
Não
Resíduo Conforme
Verificação de conformidade e/ou
caracterização detalhada, se
necessário
Sim
Ocorreram desvios
relativamente ao descrito
no "Certificado de
Aceitação"?
Resíduo Recusado
Emissão e envio ao
Cliente do "Relatório
de Ocorrência"
Sim
Destino de
valorização
autorizado
Não
Resíduo Conforme
Sim
Resíduo
valorizável?
Destino de
valorização
autorizado
Não
Deposição do
resíduo em aterro
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Resíduo
valorizável?
Não
Processo de
Admissão
Deposição do
resíduo em aterro
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1_ A POLÍTICA AMBIENTAL DO CITRI
No sentido de assegurar o desenvolvimento da nossa actividade sem comprometer a melhoria contínua do desempenho
ambiental, o Director-Geral estabeleceu uma Política Ambiental adequada ao CITRI, onde estão expressos os princípios
gerais de orientação da empresa relativamente às questões ambientais.
A nossa Política Ambiental é divulgada a todos os colaboradores, para que a cultura ambiental da empresa seja
difundida, conhecida e praticada diariamente na execução das actividades de cada elemento da equipa “CITRI”.
Como empresa inserida no sector da gestão de resíduos industriais, reconhecemos, a nossa particular
responsabilidade na melhoria da qualidade do ambiente. Reconhecemos ainda que o crescimento
económico não pode comprometer um ambiente saudável, sendo obrigação de todos os indivíduos,
agentes económicos e sociais a contribuição para a procura de um desenvolvimento sustentável.
No sentido de contribuir para este desiderato assumimos com princípios da nossa Gestão Ambiental:
•
Cumprir com todas as disposições legais e regulamentares, bem como todos os requisitos
ambientais que o CITRI subscreva;
•
Minimizar, mitigar ou reparar os impactes ambientais adversos resultantes da nossa
actividade nomeadamente o impacte visual, a emissão de odores e a deposição de materiais
valorizáveis;
•
Melhorar continuamente o nosso desempenho ambiental através da adopção de Boas
Práticas e das Melhores Técnicas Disponíveis, com vista à prevenção e redução da poluição;
•
Contribuir para a utilização sustentada de recursos naturais, promovendo a valorização
dos resíduos;
•
Aumentar o conhecimento e a consciência, de todos os nossos colaboradores, sobre os
aspectos e impactes ambientais da nossa actividade e promover a sua participação activa na
melhoria do desempenho ambiental;
•
Desenvolver e manter relações e canais de comunicação com todas as partes interessadas
e em particular com a comunidade envolvente;
•
Estimular os nossos parceiros comerciais a adoptar práticas ambientais idóneas e em
particular envolver os fornecedores no cumprimento dos nossos objectivos ambientais.
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2_ SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
A implementação de um Sistema Gestão Ambiental (SGA) segundo o referencial EMAS II (Regulamento (CE)
n.º 761/2001), foi desde o início da nossa actividade uma ambição. A escolha por este referencial prendeu-se
sobretudo com o elevado grau de exigência, em termos de gestão ambiental, a que nos quisemos obrigar desde o
começo, como forma de assegurarmos um bom desempenho ambiental e contribuir para uma melhor gestão dos
resíduos ao nível nacional.
O nosso SGA está organizado de acordo com os pontos a seguir apresentados e assenta no seguinte ciclo de melhoria
contínua:
Levantamento
Ambiental
Transparência
Planeamento
Melhoria Contínua
Acção
Implementação
Verificação
2.1_ Elementos do SGA
2.1.1_ Levantamento Ambiental
A base de partida para a implementação do nosso Sistema de Gestão Ambiental, foi a realização de um levantamento
ambiental inicial, o qual nos deu uma fotografia da nossa actividade relativamente aos aspectos e impactes
ambientais, permitiu identificar as nossas insuficiências e orientar na escolha do caminho a seguir.
2.1.2_ Planeamento
Planeamos o nosso SGA através da concretização de algumas actividades definidas em procedimentos :
> Identificação dos impactes ambientais significativos (maior gravidade): tendo por base o levantamento ambiental
inicial, identificámos os aspectos ambientais que resultam em impactes ambientais significativos. Utilizámos uma
metodologia própria que relaciona a probabilidade da ocorrência dos aspectos com a severidade dos impactes
ambientais associados. Realizamos este processo sistematicamente de forma a mantermos a informação sobre os nossos
aspectos e impactes ambientais significativos, actualizada;
> Identificação dos requisitos legais aplicáveis: no sentido de dar resposta ao princípio de cumprimento legal
mencionado e assumido, na Política Ambiental;
> Definição de Objectivos e Metas Ambientais: tendo em conta, em particular, os impactes ambientais significativos e
o cumprimento legal e com o objectivo da melhoria continua do nosso desempenho ambiental;
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> Estabelecimento de um Programa de Gestão Ambiental: com a respectiva atribuição de responsabilidades e prazos
de execução para assegurar o cumprimento dos objectivos e metas estabelecidos.
2.1.3_ Implementação
Para operacionalizar o planeamento do SGA, estabelecemos a seguinte estrutura organizacional:
DIRECTOR GERAL
SECRETARIADO
RESP. TÉCNICO
RESP. AMBIENTAL
RESP. ADV
RESP. OPERACIONAL
Coordenador Operacional
Recepção
Portaria / Vigilância
Analista de Laboratório
Operadores
Manutenção
Chefe de Turno
Chefe de Turno
Operador
Operador
Operadores
Assistente Comercial
Escriturários
A Responsável Ambiental do CITRI tem funções e responsabilidades claramente definidas e documentadas, tal como
todos os colaboradores da gestão ambiental para os quais foram definidas, documentadas e comunicadas as
responsabilidades e autoridades.
As qualificações mínimas que exigimos aos nossos colaboradores cujas funções tenham incidência no ambiente, estão
também definidas e documentadas.
De forma a assegurar que todos os colaboradores possuem as qualificações necessárias, identificamos periodicamente
as necessidades de formação, planeamos, executamos, registamos e avaliamos a eficácia da formação do pessoal. Para
que todos possam contribuir para a melhoria contínua do desempenho ambiental são também ministradas acções de
sensibilização relativamente ao SGA.
Estabelecemos circuitos de comunicação, sobre as questões relevantes do SGA e sobre o nosso desempenho ambiental
com os colaboradores, com as entidades oficiais e com todas as partes interessadas.
Por outro lado, identificámos as nossas actividades e operações, bem como os bens e serviços que utilizamos, que estão
associadas aos nossos aspectos ambientais significativos. Assim estabelecemos procedimentos documentados para,
controlar essas actividades e operações e, comunicar aos nossos fornecedores e subcontratados os procedimentos e
requisitos relevantes.
Identificámos também potenciais acidentes e situações de emergência de modo a preveni-los. Por fim preparámos a
resposta a situações indesejadas de modo a reduzir os impactes ambientais associados. A resposta a emergências está
documentada no Plano de Resposta a Emergências Ambientais (PREA).
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2.1.4_ Verificação
Avaliamos periodicamente a conformidade com as disposições legais aplicáveis, monitorizamos os controlos das nossas
operações e actividades susceptíveis de terem impacte significativo sobre o ambiente, acompanhamos o nosso
desempenho ambiental e a conformidade com os nossos objectivos e metas ambientais e calibramos/verificamos os
equipamentos de monitorização de modo a assegurar a fiabilidade das medições. Na sequência destas monitorizações
investigamos e tratamos os desvios, e quando necessário tomamos medidas para corrigir ou prevenir situações
indesejadas.
A avaliação da conformidade do nosso SGA com os requisitos do Regulamento EMAS é feita através da realização
periódica de auditorias internas.
2.1.5_ Acção
Revemos periodicamente o nosso SGA, de forma a assegurar que continua adequado, suficiente e eficaz. O processo de
revisão é realizado pela Direcção ao mais alto nível, com base na informação necessária para a avaliação e tendo em
consideração os resultados das auditorias de gestão ambiental, os indicadores de desempenho ambiental, as alterações
de circunstância e os compromissos quanto ao cumprimento da legislação ambiental relevante e quanto à melhoria
contínua do desempenho ambiental.
2.1.6_ Transparência
É nossa política ser transparente relativamente ao nosso desempenho ambiental e aos nossos impactes significativos,
para um bom funcionamento interno e para uma boa relação com as autoridades nacionais e locais bem como a
comunidade local e o público em geral.
A publicação anual da Declaração Ambiental validada é um reflexo dessa transparência.
Paralelamente foi constituída uma Comissão de Acompanhamento cujos membros são representantes de algumas partes
interessadas, e com o objectivo de acompanhar o comportamento ambiental do CITRI. Esta comissão reúne com uma
periodicidade trimestral ou extraordinariamente sempre que se justifique.
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PPPaaarrrttteee 333 ––– A
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Com base nos aspectos e impactes ambientais identificados aquando da realização do Levantamento Ambiental e
através da aplicação de uma metodologia de avaliação, cujos critérios estão definidos num procedimento interno
específico, identificámos os aspectos ambientais que resultam em impactes ambientais significativos.
Na tabela seguinte resumem-se os aspectos adversos cujos impactes ambientais resultam como significativos:
ACTIVIDADE
/ LOCAL / OCORRÊNCIA
TRIAGEM DE
RESÍDUOS
DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS
ASPECTOS
IMPACTE
AMBIENTAIS
SIGNIFICATIVO
Trituração
de
resíduos
Descarga
e
deposição
Manutenção
dos resíduos
em aterro
Deposição de
materiais
valorizáveis
Deplecção de
recursos
Emissão de
poeiras
Degradação da
qualidade do ar
Degradação da
paisagem
Rotura da
harmonia
paisagística
›
›
Emissão de
odores
Incomodidade
›
›
Ocupação do
solo
Inviabilização
temporária do
uso do solo
Consumo de
energia
eléctrica
Impactes
associados à
produção e
transporte de
energia
Dispersão de
resíduos por
acção do vento
Rotura da
harmonia
paisagística
Proliferação
de aves
Rotura da
harmonia
paisagística
Geração de
resíduos não
perigosos
Impactes
associados à
gestão de
resíduos
Incremento
da carga
orgânica
Trituração
de
madeiras
ETAL
Lagoas de
Regularização
e
Armazenagem
de
Concentrado
Osmose
Inversa
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
Todos os impactes ambientais referidos são adversos, têm incidência directa, encontrando-se associados às actividades
presentemente desenvolvidas nas nossas instalações.
Pela aplicação da metodologia referida, conclui-se ainda que nenhum dos impactes apresenta um nível de risco
elevado, encontrando-se todos classificados como nível de risco médio. Aqueles cuja significância é classificada como
mais elevada são: deposição de materiais valorizáveis, a degradação da paisagem, a ocupação de espaço em aterro e a
emissão de poeiras e de odores. Tal classificação deve-se fundamentalmente à frequência (diária) com que as
actividades associadas a estes impactes são desenvolvidas nas nossas instalações.
Além dos aspectos apresentados no quadro anterior, identificámos também outros aspectos ambientais adversos que
resultam em impactes significativos, mas que são associados a situações de emergência, designadamente:
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)
Situações de incêndio/explosão
Aterro
Plataforma de triagem
Oficina
Laboratório
Edifício administrativo
)
Perdas de confinamento de óleo ou combustível
Aterro (transporte interno dos resíduos)
ETAL (separador de hidrocarbonetos)
ETAL (gerador de emergência da central de incêndio)
Laboratório (óleo do compressor)
)
Perdas de confinamento de reagentes
Armazenagem de ácido sulfúrico
Armazenagem de reagentes
)
Perdas de confinamento de águas residuais
ETAR (sistema de lamas activadas)
ETAL (sobreenchimento das lagoas de regularização e das cubas de concentrado)
ETAL e ETAR (roturas nas tubagens de transporte de águas residuais)
)
Acumulação de águas lixiviantes nas células
)
Roturas nas camadas de impermeabilização das células e das lagoas
)
Avaliação da qualidade das águas subterrâneas
Tais situações como configuram cenários de emergência, ou seja, não se verificam na nossa actividade normal, foram
consideradas na elaboração do nosso Plano de Resposta a Emergências Ambientais (PREA).
No que concerne a aspectos ambientais positivos deve salientar-se que a nossa própria actividade, por si só, é
ambientalmente positiva, uma vez que permite a gestão controlada dos resíduos. Por outro lado, o consumo permeado
(águas residuais tratadas) nas lavagens e no abastecimento da rede de incêndios é igualmente um aspecto ambiental
considerado benéfico, uma vez que permite a preservação de recursos hídricos. Salientamos ainda como aspecto
positivo a segregação de resíduos para valorização, efectuada na nossa plataforma de triagem, que permite contribuir
para o aumento da taxa da reciclagem, bem como para diminuir a ocupação de espaço em aterro.
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Estabelecemos Objectivos e Metas Ambientais (OMA) para o ano de 2005, de forma a minimizar a gravidade dos
aspectos/impactes ambientais adversos identificados. Além dos impactes significativos, para estabelecermos os OMA,
considerámos os compromissos assumidos na Política Ambiental, nomeadamente o cumprimento dos requisitos legais e
de prevenção da poluição; as opções tecnológicas; as exigências financeiras, operacionais e de negócio, bem como o
parecer de partes interessadas.
Os OMA 2005 são os seguintes:
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OBJECTIVOS
OA 1
Utilização sustentada de recursos
METAS
M1 Segregar para valorização de 2,5% dos resíduos recebidos
M2 Obter uma densidade média anual, em aterro, de 0,72
M3 Obter a licença de reutilização de águas residuais para rega
OA 2
Cumprimento das disposições legais
OA 3
Minimização dos impactes
ambientais adversos da actividade do
CITRI
M4 Regularizar a altura dos pontos de exaustão das hottes do LEC
M5 Diminuir os impactes associados à degradação da paisagem e emissão de odores
M6 Reduzir a quantidade de concentrado estabilizado a eliminar no aterro
M7 Minimizar a deposição de plásticos e outros resíduos em aterro
M8 Produzir adubo orgânico a partir de resíduos verdes
OA 4
Melhoria do Desempenho Ambiental
M9 Optimizar o processo de controle da admissão de resíduos
M10 Optimizar o processo de controle do circuito de expedição dos resíduos triados
M11 Registar o CITRI no EMAS
O OA 1 pretende minimizar os aspectos ambientais associados à utilização de recursos nomeadamente :
- Deposição em aterro de materiais recicláveis;
- Ocupação do solo;
- Consumo de água, na rega dos espaços verdes;
O OA 2 está relacionado com o compromisso de cumprimento legal assumido da Política Ambiental pretendendo o CITRI
aumentar a altura das chaminés das hottes, do LEC, em 1 metro relativamente ao topo do edifício.
O OA 3 está directamente relacionado com a minimização da significância de alguns dos aspectos/impactes ambientais
significativos decorrentes da nossa actividade, nomeadamente:
- Impacte visual que provoca alguma degradação da paisagem;
- Libertação de poeiras e de odores desagradáveis;
- Dispersão de resíduos, de baixa densidade, por acção do vento;
- Proliferação de aves;
Paralelamente é nosso objectivo reduzir a quantidade de concentrado estabilizado a depositar no aterro através de
técnicas de tratamento alternativas.
O OA4 relaciona-se directamente com a melhoria contínua do desempenho ambiental assumida na Política Ambiental e
visam essencialmente melhorar os processos de controle existentes.
Para concretização dos Objectivos (OA) e Metas Ambientais (M) apresentados estabelecemos o seguinte Programa de
Gestão Ambiental:
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DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
OBJECTIVO / META
MEDIDA / ACÇÃO
PRAZO
Optimizar a operacionalidade da plataforma de triagem existente
1º Semestre 2005
Identificar empresas fornecedoras de serviços de construção civil e
do equipamento a utilizar na Estação de Triagem
OA1/M1: Segregação para
valorização de 2,5% dos
resíduos recebidos
Obter o orçamento para a construção de uma Estação de Triagem e
solicitar ao INR a licença de instalação da Estação de Triagem
Obter a licença, do INR, para a construção e operação da Estação de
Triagem e adjudicar a construção da Estação de Triagem
OA1/M2: Obter uma
densidade média anual,
em aterro, de 0,72
OA1/M3: Obter a licença
de reutilização de águas
residuais para rega
altura dos pontos de
OA3/M5: Diminuição dos
impactes associados à
degradação da paisagem e
emissão de odores
OA3/M6: Reduzir a
quantidade de
concentrado a eliminar no
aterro
Outubro 2005
Dezembro 2005
Operacionalizar a Estação de Triagem
Dezembro 2005
Criar um indicador de desempenho ambiental “Densidade dos
Resíduos Depositados”
Operacionalizar a Estação de Triagem
Reunir os elementos necessários à autorização de reutilização das
águas residuais para rega
Solicitar a autorização para reutilizar as águas residuais tratadas na
1º trimestre 2005
Dezembro 2005
Abril 2005
Maio 2005
Identificar empresas fornecedoras de chaminés de exaustão
Junho 2005
Adquirir as chaminés de exaustão
Setembro 2005
Instalar as chaminés de exaustão
Outubro 2005
exaustão das hottes do
LEC
Maio 2005
Construir a Estação de Triagem
rega dos espaços verdes
OA2/M4: Regularizar a
Abril 2005
Solicitar a doação de espécies arbustivas, típicas da Arrábida, com
cor e cheiro às empresas detentoras dos viveiros
Junho 2005
Plantar espécies arbustivas nas instalações do CITRI
Outubro 2005
Obter estudos de técnicas de tratamento do concentrado
Junho 2005
Obter o orçamento para a implementação das técnicas de tratamento
existentes
Outubro 2005
Adquirir o equipamento necessário para tratar o concentrado
Dezembro 2005
Optimizar a operacionalização da Plataforma de Triagem existente
1º semestre 2005
outros resíduos em aterro
Operacionalizar a Estação de Triagem
Dezembro 2005
OA4/M8: Produzir adubo
Identificar empresas fornecedoras de compostores e obter
orçamentos
Março 2005
Adquirir o compostor para resíduos verdes
Abril 2005
Instalar o compostor
Maio 2005
OA3/M7: Minimizar a
deposição de plásticos e
orgânico a partir de
resíduos verdes
Solicitar à empresa fornecedora do sistema informático, o orçamento
OA4/M9: Optimizar o
do módulo de controle informático de recolha de amostras
Maio 2005
processo de controle na
admissão de resíduos
Adquirir o módulo informático
Julho 2005
Instalar o módulo informático
Setembro 2005
18/26
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
OBJECTIVO / META
MEDIDA / ACÇÃO
PRAZO
OA4/M10: Optimizar o
Solicitar à empresa fornecedora do sistema informático, o orçamento
processo de controle do
do módulo de controle informático de recolha de amostras
circuito de expedição de
Adquirir o módulo informático
Julho 2005
Instalar o módulo informático
Setembro 2005
Enviar para a entidade verificadora a Declaração Ambiental corrigida
Março 2005
Registar o CITRI no EMAS
Abril 2005
resíduos triados
OA4/M11: Registo do
CITRI no EMAS
Maio 2005
PPPaaarrrttteee 555 ––– D
D
M
N
H
O
A
M
N
T
A
DEEESSSEEEM
MPPPEEEN
NH
HO
OA
AM
MBBBIIIEEEN
NT
TA
ALLL
1_ INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL
Como forma de avaliarmos o nosso desempenho ambiental e, também como input para o estabelecimento dos nossos
objectivos e metas ambientais, definimos alguns indicadores relativos aos aspectos ambientais passíveis de controlo. Os
indicadores ambientais estabelecidos para acompanhar o nosso desempenho são:
IDA 1- Consumo Específico de Gasóleo
IDA 2 - Consumo Específico de Energia Eléctrica
IDA 3 - Consumo Específico de Energia
IDA 4 - Consumo Específico de Água da Rede Pública
IDA 5 - Reutilização de Efluente Tratado
IDA 6 - Produção de Resíduos
IDA 7 - Valorização de Resíduos Produzidos Internamente
IDA 8 - Triagem de Resíduos
IDA 9 - Reclamações Ambientais
Apresenta-se no gráfico seguinte a quantidade de resíduos processados pelo CITRI desde Julho de 2002.
Quantidade de Resíduos Processados
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
Ton Resíduos
Processados
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
79.235
84.852
58.823
41.098
49.027
A evolução semestral dos nossos indicadores ambientais pode observar-se nos gráficos seguintes:
19/26
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
IDA 1 - Consumos Específicos de Gasóleo
1,50
1,00
0,50
0,00
Lt / Ton Resíduos Processados
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
0,57
0,65
0,75
1,41
0,99
O aumento do consumo de gasóleo que se verifica no gráfico, justifica-se quer pelo aumento de movimentações de
resíduos necessárias à operação da Plataforma de Triagem, quer ao consumo de gasóleo associado ao início da
laboração do triturador em Outubro de 2003.
IDA 2 - Consumos Específicos de Energia Eléctrica
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
Kw / Ton Resíduos
Processados
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
1,80
2,06
2,08
3,64
2,47
O aumento gradual no consumo específico de energia eléctrica deve-se fundamentalmente ao facto da unidade de
osmose inversa ter funcionado um número de horas bastante superior ao ano transacto, por razões de pluviosidade e
para assegurar a não acumulação de águas lixiviantes nas células. No segundo semestre a unidade trabalhou
substancialmente menos horas pelo que se denota um decréscimo no valor deste indicador.
IDA 3 - Consumos Específicos Energéticos (KgEp/Ton
Resíduos Processados)
3,00
2,00
1,00
0,00
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
Energia Eléctrica
0,37
0,60
0,56
1,07
0,69
Gasóleo
0,50
0,56
0,62
1,21
0,85
Global
0,87
1,16
1,18
2,28
1,54
Em consequência dos aumentos referidos nos indicadores anteriores, verifica-se igualmente um aumento no consumo
global de energia.
IDA 4 - Consumos Específicos de Água da Rede
0,020
0,015
0,010
0,005
0,000
m3 / Ton Resíduos
Processados
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
0,011
0,016
0,017
0,017
0,013
20/26
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
O aumento no consumo específico de água da rede entre o 2º semestre de 2002 para o 1º semestre de 2003 coincide
com o incremento do nosso quadro de pessoal, uma vez que o consumo de água da rede se restringe à utilização para
usos domésticos (casas de banho e balneários).
IDA 5 - Reutilização do Efluente Tratado
100%
80%
60%
40%
20%
0%
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
86%
73%
89%
78%
Efluente Tratado Reutilizado /
Água Total Consumida
Como se pode verificar no gráfico apresentado a maioria da água que consumimos é proveniente da reutilização de
efluente tratado. Esta água é utilizada para lavagens (dos rodados, viaturas, pavimentos e equipamentos), para
abastecimento da rede de incêndio e para rega dos espaços verdes.
IDA 6 - Produção de Resíduos
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
Resíduos Produzidos /
Resíduos Processados
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
0,14%
5,4%
3,6%
4,6%
2,5%
Pela observação do gráfico constata-se que os semestres em que geramos mais resíduos são os semestres de Inverno.
Considerando que o resíduo que produzimos em quantidades mais significativas é o concentrado da osmose inversa,
conclui-se o aumento nos semestres referidos, deve-se essencialmente ao tempo de funcionamento da unidade de
osmose inversa. Simultaneamente nos semestres de Inverno produz-se uma maior quantidade de lamas na unidade de
lavagem de rodados, uma vez que os rodados, dado o elevado teor em humidade arrastam mais resíduos. Comparando
os dois semestres de Inverno verifica-se que o indicador evoluiu positivamente.
IDA 7 - Valorização de Resíduos Produzidos
0,150%
0,100%
0,050%
0,000%
Resíduos Valorizados /
Resíduos Produzidos
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
0,001%
0,002%
0,03%
0,03%
0,11%
Uma das nossas principais preocupações, passa por encontrarmos formas sustentadas de gerir os resíduos que
produzimos. Desta forma, sempre que possível, adoptamos a valorização dos nossos resíduos em detrimento da sua
eliminação exemplo disso é a variação positiva verificada no 2º semestre de 2003 e de 2004 que coincide com o envio
dos óleos usados para valorização.
21/26
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
IDA 8 - Triagem de Resíduos
5,0%
4,0%
3,0%
2,0%
1,0%
0,0%
Resíduos Triados / Resíduos
Processados
2002
2003
2004
OMA 2004
0,0%
0,2%
2,4%
1,0%
Como se pode constatar pelo gráfico, este indicador tem vindo a evoluir de forma positiva, em resultado da instalação
da plataforma de triagem (2º semestre de 2003) que nos permitiu melhorar a eficiência na triagem dos resíduos que
recepcionamos no aterro. No 2º semestre de 2004 verificou-se um aumento substancial das quantidades triadas dado
terem sido encaminhadas cerca de 1000 toneladas de resíduos inertes para deposição em aterro de inertes.
IDA 9 - N.º de Reclamações Ambientais
2
1
0
2002 - 2º
Semestre
2003 - 1º
Semestre
2003 - 2º
Semestre
2004 - 1º
Semestre
2004 - 2º
Semestre
0
1
0
0
0
Reclamações Ambientais (n.º)
Através da observação do gráfico pode-se verificar que durante a existência do aterro apenas existiu uma reclamação
ambiental (1º semestre 2003). Posteriormente e de forma a responder adequadamente à reclamação, foi instalada uma
barreira de inibição de odores e sistematizada a cobertura de resíduos com terra, pelo que, até ao momento não nos
foram apresentadas outras reclamações ambientais.
2_ CONTROLO AMBIENTAL
Paralelamente efectuamos o controlo do nosso desempenho ambiental através de análises às águas residuais tratadas
produzidas e às águas subterrâneas existentes na envolvente do aterro.
Apresentam-se sob a forma de gráfico os resultados das monitorizações efectuadas, a alguns dos parâmetros mais
representativos analisados, no ano de 2004, às águas residuais tratadas nomeadamente ao pH e à Carência Química de
Oxigénio (CQO), onde constam igualmente os respectivos Valores Limites de Emissão (VLE).
22/26
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
Águas Residuais Tratadas
9,3
8,8
pH
8,3
VLE (sup)
VLE (inf)
pH
Média
7,8
7,3
6,8
Dezembro
Novembro
Outubro
Meses
Setembro
Agosto
Junho
Maio
Abril
Março
Fevereiro
Janeiro
5,8
Julho
6,3
Gráfico 1 – Monitorizações às águas residuais tratadas - pH
Águas Residuais Tratadas
140
120
CQO (mg/l)
100
CQO
VLE
Média
80
60
40
20
ut
ub
ro
No
ve
m
br
o
De
ze
m
br
o
br
o
O
Se
te
m
Ju
lh
o
Ag
os
to
ai
o
Ju
nh
o
M
Ab
ril
ar
ço
M
Fe
ve
re
iro
Ja
ne
iro
0
Meses
Gráfico 2 – Monitorizações às águas residuais tratadas – Carência Química de Oxigénio
Conforme se pode visualizar nos gráficos 1 e 2, as águas residuais tratadas produzidas no CITRI apresentam
cumprimento nos VLE’s estabelecidos para os parâmetros acima representados.
Apresentam-se a seguir os resultados a alguns dos parâmetros monitorizados mais representativos, pH e Condutividade,
nos 3 piezómetros onde são recolhidas as águas subterrâneas.
Piezómetro 3
Piezómetro 2
6,6
7,4
6,5
7,2
6,4
6,3
6,2
pH
pH
Média
6,8
pH
6,1
6,6
6,0
6,4
5,9
Média
5,8
6,2
Piezómetro 6
6,4
6,3
6,2
pH
6,1
pH
6,0
Média
5,9
5,8
5,7
5,6
Ju
lh
o
Ag
os
to
Se
te
m
br
o
O
ut
ub
r
N
o
ov
em
br
o
D
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em
br
o
Ju
nh
o
M
ai
o
Ab
ril
M
ar
ço
Ja
ne
iro
Fe
ve
re
iro
5,5
Meses
Gráfico 3,4 e 5 – Controlo às águas subterrâneas nos 3 piezómetros – pH
23/26
Dezembro
Outubro
Novembro
Meses
Setembro
Julho
Junho
Maio
Março
Agosto
Meses
Fevereiro
Janeiro
em
br
o
De
z
o
em
br
o
No
v
br
o
em
ut
ub
r
O
Ag
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to
Se
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Ju
lh
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ai
o
M
Ju
nh
o
o
ril
Ab
o
ar
ç
eir
ve
r
Fe
M
ro
5,6
Abril
5,7
6,0
Ja
ne
i
pH
7,0
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
Piezómetro 3
1.000
1.000
900
900
800
800
700
Condut ividade
600
Média
500
400
C ondutiv ida de (μ S/ cm )
300
700
600
Condutividade
500
Média
400
300
200
100
200
D ezem bro
O utubro
N ov em bro
Setem bro
Julho
Meses
A gosto
Junho
A bril
M aio
M arço
Janeiro
Dezembro
Outubro
Setembro
Meses
Novembro
Julho
Agosto
Junho
Abril
Maio
Março
Janeiro
Fevereiro
0
100
Fev e re iro
Condutividade (μS/cm)
Piezómetro 2
1.100
Piezómetro 6
600
Condutividade (μS/cm)
500
400
Condutividade
300
Média
200
100
Ju
lh
o
Ag
os
to
Se
te
m
br
o
O
ut
ub
ro
N
ov
em
br
o
D
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o
Ju
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o
Ab
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M
ai
o
M
ar
ço
Ja
ne
iro
Fe
ve
re
iro
0
Meses
Gráfico 6,7 e 8 – Controlo às águas subterrâneas nos 3 piezómetros - Condutividade
Até à data concluímos que a actividade do aterro não causou impactes negativos nos lençóis freáticos existentes na
envolvente do CITRI.
Não é representado no gráfico 7 a leitura da Condutividade, no piezómetro 3, dado o valor obtido não ter significado
do ponto de vista técnico.
24/26
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
PPPaaarrrttteee 666 ––– C
C
U
M
R
M
N
T
O
G
A
CU
UM
MPPPR
RIIIM
MEEEN
NT
TO
O LLLEEEG
GA
ALLL
A Legislação de âmbito ambiental aplicada ao CITRI resume-se, essencialmente, à Licença Ambiental, que contém uma
série de obrigações relativas aos vários domínios ambientais, e a Licença de Exploração, que regula a nossa actividade
em todas as vertentes técnica e ambientais.
1_ LICENÇA AMBIENTAL
A Licença Ambiental do CITRI (LA n.º 2/2002), emitida pelo Instituto do Ambiente (IA) de acordo com o
Decreto-lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, estabelece uma série de obrigações relativas a monitorização ambiental, às
quais temos vindo a dar resposta, com recurso a meios próprios e também recorrendo a subcontratação de serviços a
outras entidades. Nestas obrigações incluem-se, entre outras:
- quantificação do consumo da água da rede e de energia eléctrica;
- monitorização da qualidade das águas subterrâneas;
- controlo dos lixiviados;
- controlo das águas residuais tratadas;
- monitorização das águas superficiais;
- controlo das emissões de poluentes para a água e para a atmosfera (no âmbito do EPER - Registo Europeu de Emissões
Poluentes);
- controlo das emissões para a atmosfera;
- registos de Dados Meteorológicos;
- controlo dos resíduos produzidos.
2_ LICENÇA EXPLORAÇÃO
A 14 de Janeiro de 2005 foi emitida a Licença de Exploração n.º 3/2005, de acordo com o Decreto-lei n.º 152/2002, de
23 de Maio, que regula a actividade do CITRI nomeadamente os critérios associados aos processos de aceitação e de
admissão de resíduos no CITRI.
25/26
DECLARAÇÃO AMBIENTAL
2005
PPPaaarrrttteee 777 ––– V
V
R
C
A
Ç
Ã
O
A
M
N
T
A
VEEER
RIIIFFFIIIC
CA
AÇ
ÇÃ
ÃO
OA
AM
MBBBIIIEEEN
NT
TA
ALLL
Nome do Verificador Ambiental
Número de Acreditação Verificador Ambiental
Data de Validação
26/26
Download

Caro Leitor,