SESVALI - SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA BPM – Business Process Management: Metodologia estratégica na gestão de negócios RAFAELLA ALVES SANTOS MALTA Caruaru, 2010. RAFAELLA ALVES SANTOS MALTA BPM – Business Process Management: Metodologia estratégica na gestão de negócios Trabalho de conclusão de curso apresentado como parte das atividades para avaliação final, do curso de Bacharelado em Administração com habilitação em Gestão de Sistemas de Informação da Faculdade do Vale do Ipojuca. Orientador: Profa. Msc Solange Evangelista de Souza Caruaru, 2010 Catalogação na fonte Biblioteca da Faculdade do Vale do Ipojuca, Caruaru/PE M261b Malta, Rafaella Alves Santos. BPM - Business Process Management: Metodologia estratégica na gestão de negócios / Rafaella Alves Santos Malta . -- Caruaru : FAVIP, 2010. 32 f. : il. Orientador(a) : Solange Evangelista de Souza. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração com habilitação em Sistemas de informação) -- Faculdade do Vale do Ipojuca. 1. Processo. 2. Negócio. 3. Gestão. 4. Mapeamento. I. Título. CDU 658[11.1] Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário: Jadinilson Afonso CRB-4/1367 “Dedico este trabalho aos meus familiares, amigos, e minha orientadora que não mediram esforços para me apoiar durante esta etapa da minha vida”. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiro a Deus pelas oportunidades concedidas durante minha vida que contribuíram para que eu chegasse nessa etapa, agradeço também a todos os que me ajudaram não somente na elaboração deste trabalho direta ou indiretamente, mas em toda a trajetória acadêmica até aqui; a meu esposo pela paciência, compreensão e amor incondicional. Rafaella Alves Santos Malta ”Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Romanos 8:28a RESUMO Esta pesquisa buscou agrupar de forma simplificada os conceitos sobre o mapeamento e o gerenciamento de processos com uma visão gestora, bem como a importância da utilização de metodologias como o BPM – Business Process Management, devido à sua aceitação internacional e sua padronização, o que reflete a qualidade da ferramenta e o valor agregado das melhores práticas utilizadas pelas maiores empresas que tem como requisito mapear todos os seus processos a fim de serem certificadas com atestes reconhecidos, como a ISO, por exemplo. Partindo desde o entendimento da importância dos processos de negócio, o seu gerenciamento, os recursos alocados e os fluxos de atividades até a própria simbologia e linguagem da metodologia, os requisitos para sua utilização e os elementos constituintes deste framework, este trabalho visa esclarecer e difundir através da pesquisa bibliográfica existente, a qual ainda é escassa em língua portuguesa, a importância das organizações mapearem seus processos, os controlarem e servirem de referência para uma documentação detalhada de suas atividades e principalmente visando uma maior eficiência na utilização de recursos em quaisquer ambientes. Palavras-chave: Processos, negócio, gestão, mapeamento, BPM. RÉSUMÉ Cette recherche a tenté de regrouper les concepts sous une forme simplifiée de la gestion des processus avec une vision administrative et l'importance des méthodologies en utilisant comme BPM - Business Process Management, en raison de son acceptation au niveau international et sa normalisation, qui reflète la qualité de l'outil et le valeur des meilleures pratiques utilisées par les grandes entreprises qui ont l’obligation de identifier l'ensemble de ses processus afin d'être certifiés et reconnus de certification tels que ISO, par exemple. A partir de la compréhension de l'importance des processus d'affaires, sa gestion, les ressources allouées et le déroulement des activités jusqu'à le langage de la symbologie et de la méthodologie, les conditions de leur utilisation et les éléments de ce cadre, ce travail est pour clarifier et diffuser à travers la littérature existante, qui est rare encore en portugais, l'importance des organisations de identifier leurs processus, de suivre et servir de référence pour une documentation détaillée de leurs activités et principalement destiné à une plus grande efficacité dans l'utilisation des ressources dans tous les environnements. Mots-clés: processus, des affaires, gestion, l’identification, BPM. SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................. 1 1. Introdução ....................................................................................................................................... 1 1.1. Justificativa............................................................................................................................ 1 1.2. Objetivos da pesquisa............................................................................................................1 1.2.1. Objetivo Geral............................................................................................................... 1 1.2.1. Objetivos Específicos.....................................................................................................2 2. Metodologia ..................................................................................................................................... 2 2.1. Quanto aos meios .................................................................................................................. 2 2.2. Quanto aos fins ...................................................................................................................... 2 2.3. Limitações da pesquisa ......................................................................................................... 2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................................... 4 3. Gestão de Processos de Negócio - BPM.........................................................................................4 3.1 Conceito de processos de negócio.......................................................................................... 5 3.1.1 Fluxo de atividades........................................................................................................ 6 3.2 Ciclo de Gerenciamento dos Processos de Negócio ............................................................. 7 3.2.1 Planejamento do BPM................................................................................................... 8 3.2.2 Modelagem de processos............................................................................................. 10 3.2.2.1 Modelagem de estado atual (As is) .......................................................................... 11 3.2.2.2 Modelagem de estado futuro (To Be) ....................................................................... 13 3.2.3 Execução de processos.................................................................................................13 3.2.4 Controle e análise de dados......................................................................................... 14 3.3 Sistemas de Gestão de Processos de Negócio (BPMS) ...................................................... 15 3.3.1 Ciclo de Vida de BPMS................................................................................................15 3.4 BPMN e os elementos de BPD.............................................................................................16 3.4.1 Objetos de Fluxo (Flow Objects).................................................................................17 3.4.2 Objetos de Conexão (Connecting Objects) ................................................................. 17 3.4.3 Partições (Swimlanes)................................................................................................. 18 3.4.4 Artefatos (Artifacts)..................................................................................................... 19 3.4.5 Resumo dos elementos................................................................................................. 20 3.5.6 Exemplo de diagrama .................................................................................................. 21 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................23 4. Conclusão...................................................................................................................................... 23 4.1. Considerações finais ............................................................................................................24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 25 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 1. Introdução Este trabalho pretende mostrar os conceitos básicos do gerenciamento dos processos de negócio através do mapeamento e utilização do BPM e de sua notação. O foco desta pesquisa é mostrar a importância de que as organizações tenham grande parte de seus processos, se não a totalidade, mapeados de forma tal a dirimir quaisquer dúvidas no fluxo de atividades e objetivos, o que certamente levará a reduzir gastos e aumentar a eficiência quer seja no seu processo produtivo ou até mesmo com o intuito de alcançar determinadas certificações através de auditorias sobre transparência em processos de negócios e ateste de qualidade através da padronização e documentação. Também será abordado nesse trabalho as tecnologias que são usadas pela metodologia BPM para simplificar, traduzir e gerenciar os processos da organização. E os conceitos iniciais sobre a notação BPMN, sendo demonstrado seus principais elementos e características. Tendo em vista que esse trabalho é uma pesquisa descritiva visando demonstrar de forma pragmática os conceitos que circundam a metodologia BPM. 1.1. Justificativa A escolha deste tema se deve ao fato de que é notável o necessidade da utilização por parte das organizações nacionais e internacionais, como também há pouca ênfase no currículo acadêmico ainda sobre tal assunto, o que denota uma metodologia que mesmo não sendo nova ainda é pouco utilizada, tendo em vista sua importância e que então, torna este trabalho relevante para introduzir o assunto de maneira simples, mas objetiva. 1.2. Objetivos da pesquisa 1.2.1. Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo geral demonstrar de forma simples e clara a importância da utilização do BPM como uma metodologia estratégica para definição dos processos de negócio de qualquer organização, bem como seus conceitos e atividades de 2 maneira a orientar o gestor e estimular o seu interesse em mais um recurso reconhecido internacionalmente. O BPM, certamente contribuirá na administração e no alcance dos objetivos estratégicos e operacionais através do conhecimento, apesar de básico, mas de referência inicial para uma futura implantação em suas organizações. 1.2.1. Objetivos Específicos a) Apresentar os conceitos iniciais do BPM e sua importância. b) Descrever o ciclo fundamental de atividades do BPM. c) Mostrar a relevância da TI para sua integração com a gestão através do BPM. 2. Metodologia 2.1. Quanto aos meios Este trabalho é uma pesquisa estritamente bibliográfica, apesar do alto cunho prático que o assunto denota, pois visa o esclarecimento e a reunião dos principais conceitos para a implantação de um modelo de gerenciamento de processos por qualquer organização, quer seja de pequeno, médio ou grande porte. A pesquisa bibliográfica é caracterizada como o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais e redes eletrônicas. (VERGARA, 2005) 2.2. Quanto aos fins Com relação a ser bibliográfica quanto aos meios, mesmo se tratando de um assunto primordialmente prático, pela sua finalidade esta pesquisa é descritiva, pois tem como principal objetivo a descrição das características e métodos do assunto abordado. (VERGARA, 2005) 2.3. Limitações da pesquisa 3 O escopo da pesquisa foi definido baseado na relevância do assunto, apesar da pouca bibliografia em português sobre o tema, o que tornou a pesquisa mais extensa pela ausência de material didático disponível, mas não menos interessante. Como este trabalho é realizado baseado apenas em pesquisas documentais, infelizmente não há como saber se empresas em nossa região tem a metodologia de gestão abordada em utilização, o que dificultou e eliminou a possibilidade da obtenção de dados reais com o intuito de enriquecer a pesquisa, ou até mesmo a utilização de estudos de caso, o que tornaria a pesquisa mais compreensível devido ao seu cunho prático na busca pela eficiência na administração de empresas. 4 REFERENCIAL TEÓRICO 3. Gestão de Processos de Negócio - BPM O Instituto Gartner aponta o conceito de Business Process Management como uma coleção de soluções, tecnologias e plataformas que ajudam as empresas a agregar valor à informação e usá-la como instrumento para a tomada de decisões e otimização dos negócios. (GARTNER, 2010, website, http://www.gartner.com) Para “Baldam”, a gestão por processos de negócios estar diretamente relacionada a descoberta, projeto e entrega de processos de negócios. Desta forma, o BPM permite o controle do executivo, do administrativo e da supervisão dos processos. Sem esquecer que BPM é uma disciplina que considera a maneira como as pessoas trabalham dentro da organização, também como se dá a descoberta, análise, redesenho e implantação de novos processos, garantindo o cumprimento dos objetivos ou metas da empresa. Assim como, o acompanhamento de fim-a-fim dos processos. No BPM também é indispensável o uso das tecnologias habilitadoras como o Business Process Management System (BPMS) ou Suíte BPM e ferramentas, nesse caso softwares usados na modelagem, como por exemplo: • BizAgi • Gaia BPM • Neomind Fusion • InTalio Design O Gerenciamento de Qualidade Total (TQM, do inglês Total Quality Management), e o Business Process Reengineering (BPR), foram os antecessores do BPM, que surgiu 10 anos mais tarde e trouxe de volta a gestão por processos de negócios com soluções que atendiam, através da evolução dos fluxos de trabalho, a interoperabilidade de processos mais complexos e distribuídos fisicamente. A gestão por processos traz eficiência e permite vincular a atividade das diferentes funções internas aos fatores competitivos da organização. Já, quando a descoberta dos processos não é feita corretamente, o que pode ocorrer quando não se é analisado, tornando a metodologia mais importante do que o próprio objetivo da empresa. 5 3.1 Conceito de processos de negócio O conceito mais difundido de processo de negócio é o conjunto de atividades que envolvem diversos recursos como máquinas, pessoas, softwares, tarefas e demais elementos de forma coordenada a fim de atingir as metas e objetivos do negócio. “É um fenômeno que ocorre dentro das empresas. Compreende um conjunto de atividades realizadas na empresa, associadas às informações que manipula, utilizando os recursos e a organização da empresa. Forma uma unidade coesa e deve ser focalizado em um tipo de negócio, que normalmente está direcionado a um determinado mercado/cliente, com fornecedores bem definidos” (Baldam, 2008, p.196) Os processos de negócio podem ser considerados como o alicerce de operações de qualquer organização e que podem ser considerados parte da sua cultura e que o sucesso desta depende diretamente da eficiência da administração de tal conjunto de processos e recursos, que podem reduzir custos e aumentar a produtividade. (OULD, 2005) Segundo Baldam (2008), as organizações são vistas como um feixe de processos que podem ser classificados como: • Transfuncionais: Que abrangem departamentos distintos; • Intrafuncionais: Que pertencem a um departamento ou setor específico. Dentre estes podemos ainda caracterizá-los em: • Operacionais - Constituem os processos essenciais e servem como base de valor primário para o cliente. Ex: Compra, manufatura, marketing, vendas. • De suporte - Dão apoio aos processos operacioanis. Ex: Contabilidade, RH, manutenção predial, TI. • Gerenciais - Governam a operação de um sistema. Ex: Planejamento, orçamento, governança corporativa. Ainda segundo “Baldam”, o processo define as atividades e tarefas da forma como deve ser feito e o que deve ser feito a partir do valor que pode ser agregado à organização independente do departamento que as executarão, e não necessariamente é definido baseado nas atividades dos departamentos, o que criaria uma certa "portabilidade" e permitiria que os processos pudessem transitar entre os departamentos da organização de acordo com o serviço que deverá ser executado para o processo. Segundo Fingar (2006), os processos de negócio têm as seguintes características: 6 • Grandes e complexos, envolvendo fluxo de ponta-a-ponta de materiais, informação e obrigações do negócio. • Dinâmico, respondendo à demanda dos clientes e mudando condições do mercado. • Distribuído largamente e personalizado através dos limites dentro e entre os negócios, frequentemente abrangendo múltiplos aplicativos em plataformas tecnológicas diferentes. • Longa duração (long-running) - uma instância única de um processo como “pedido de compra”ou “desenvolvimento de produto”pode ser executada durante meses ou anos. • Automatizado, ou pelo menos em parte. As atividades rotineiras são executadas por computador quando possível para alcançar velocidade e confiança. • “Empresarial” e “técnico” - Processos de TI são assuntos de processos de negócio para fornecer suporte a grandes processos envolvendo pessoas e máquinas. Processos de negócio de ponta-a-ponta dependem de sistemas de computação, que são tanto transacionais como colaborativos. • Dependem da inteligência e suporte das pessoas envolvidas. • São difíceis de se fazerem visíveis. 3.1.1 Fluxo de atividades Há uma preocupação relevante do BPM quanto às atividades do processo que exigem interação humana, quer seja em ações ou tomadas de decisão, o que acaba categorizando o processo como de "longa duração", visto que falhas e considerações podem tomar mais tempo que o previsto para que o processo seja finalizado ou que seu objetivo seja alcançado. De acordo com as melhores práticas do gerenciamento de projetos, utilizando os recursos disponiveis, é necessário que estes processos sejam documentados e passíveis de controle, como por exemplo, o tratamento de riscos e exceções, na interrupção do fluxo de atividades por causa de falha humana ou ausência deste recurso, o que força o BPM a prover alternativas de solução, como a substituição da pessoa responsável, ou até mesmo a possibilidade de intervenção do gestor para a continuidade do processo. Por isso também é necessário, não somente no uso do BPM, mas nas definições de cargos e funções de qualquer organização, a clara identificação dos papéis dos envolvidos nos processos e necessariamente às tarefas dos processos, o que torna o processo passível de ser 7 operacionalizado independente das pessoas, mas sim das atribuições de quem está na função designada, sendo todo este desenho possível no momento da criação do processo, dos fluxos de atividades, durante sua implementação e até durante sua execução. (BENEDETE, 2007, p. 31) As ferramentas de BPM devem estar configuradas para que os responsáveis tenham o controle contínuo de suas atividades e das atividades do processo como um todo com todas as informações necessárias para que tais tarefas sejam entendidas, executadas e controladas. 3.2 Ciclo de Gerenciamento dos Processos de Negócio “Baldam” continua afirmando que a descrição do ciclo de gerenciamento dos processos de negócio e suas etapas podem ser aplicadas quer seja em um conjunto de processos, através de uma visão expandida, uma visão macro, ou em um processo específico da organização, quer seja este processo esteja já definido ou em processos a serem desenhados ou pretendidos para seu planejamento. (BALDAM, 2008, p. 56) As etapas são as seguintes: • Planejamento (3.2.1): Definição das atividades que contribuirão para alcançar as metas e objetivos organizacionais, bem como este é o momento para identificação de pontos críticos nos processos visando evitar falhas e que podem trazer prejuízo à organização, quer sejam financeiros ou quanto à sua imagem no mercado, e também neste momento os planos de ação para sua implantação são criados e quadros de prioridades. • Modelagem e otimização dos processos (3.2.2): É a fase de documentação do processo e de geração de informações sobre o processo atual (As is - Como é) e sobre a projeção de processo futuro (To be - Como será). Nesta fase também se pesquisam as melhores práticas para serem usadas como referência, metodologias para melhorias, controles e especificações que vão desde sua implementação até sua execução. • Execução dos processos (3.2.3): Etapa operacional que envolve os recursos alocados disponíveis, tecnologia, equipamentos, conhecimento, aquisição de experiência e acompanhamento do processo e suas nuances. • Controle e análise dos dados (3.2.4): Etapa fundamental que gera informação e feedback ao processo através de recursos estratégicos, como BI - Business Intelligence, BSC Balanced Scorecard, dentre outros métodos de tradução de indicadores e estatísticas, com o 8 intuito de otimizar e aumentar a eficiência do processo, bem como auxiliar no seu planejamento e na criação de outros processos. 3.2.1 Planejamento do BPM “Baldam” descreve as atividades desta etapa da seguinte forma: •Identificação dos processos fundamentais de acordo com a estratégia organizacional, que pode ser através do levantamento de indicadores e relatórios gerenciais sobre informações já presentes na organização, como a matriz de oportunidades e ameaças (SWOT do inglês, Strenghts, Weaknesses, Opportunities, Threats), metas alcançadas, projetos futuros, dentre outros aspectos que variam de acordo coma natureza da organização. •Resgatar informações estratégicas através de metodologias e ferramentas, como Business Intelligence ou inteligência empresarial que refere-se ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte a gestão de negócios. Ou um Balanced Scorecard que é uma ferramenta de medição e de gestã de desempenho. Ou PDCA, que nada mais é que planejar, desenvolver, controlar e agir. •Definir prioridades através das suas necessidades e realidade. •Alinhar as equipes operacionais com o entendimento e os objetivos estratégicos a fim de que todos saibam claramente quais as metas de cada conjunto de funções que irão executar as atividades dos processos. •Controlar as atividades relativas à implementação e execução dos processos. É imprescindível que, se possível, outros gestores além dos quais cujos processos estão em seus setores participem e apóiem o comprometimento da realização das atividades dos processos, visto que apesar de metas departamentais serem criadas e refletidas através de seus processos, todos buscam os objetivos gerais e estratégicos da organização. 9 Por isso é tão importante a criação da visão geral de processos por parte dos líderes, tanto para seu acompanhamento, como para reforçar a idéia do gerenciamento de processos com uma visão global, que colabora com a compreensão do funcionamento da organização. 10 3.2.2 Modelagem de processos É um conjunto de conceitos e técnicas que visam o desenvolvimento dos modelos de negócio através da visão do negócio e de suas características fundamentais. (CRUZ, 2008). Baldam ainda afirma que tais modelos apenas representam a realidade, de acordo com o contexto, as finalidades e os autores, visto que seria impraticável corresponder exatamente à realidade, mas se mostram mais ou menos adequados a ela. Segundo Baldam (2008, p. 74), é possível utilizar os modelos de processos de negócios para: • Discutir e compreender os processos; • Apoiar a melhoria contínua; • Simular e propor alternativas; • Capacitar os operadores dos novos processos; • Especificar os sistemas de informação que deverão suportar o negócio. É essencial que as métricas de desempenho sejam definidas para uma melhor visualização e avaliação da implantação pelo analista de negócio, bem como servir de referência para que o processo possa ser reestruturado no futuro, de acordo com as necessidades, oportunidades, metas e objetivos. (OLIVEIRA, 2008, p. 36). A modelagem é feita utilizando os recursos disponíveis, regras, participantes, atividades, dentre outros. Tais atividades são listadas na forma de tarefas de um fluxo, que são executadas por pessoas ou processos automatizados, de forma interna ou externa à organização. Neste momento também são estipulados custos e prazos, incluindo os principais fatores de risco, em virtude da possibilidade de uma simulação para homologar tais processos. Como mencionado, os modelos dos processos são representados por fluxogramas e documentação (textos auxiliares e oficiais) que descrevem cada etapa e atividade do processo de negócio. É importante destacar a necessidade da compreensão dos atributos pertencentes ao processo em si e os atributos de suas atividades, o que podemos diferenciá-los nos seguintes exemplos: • Atributos do processo • Dono do processo: O responsável pelo processo. 11 • Propósito: Qual o propósito final do processo. • Cliente: Quem tem interesse que o processo seja executado. • Especialista no assunto: A fonte de informação. • Atributos das atividades • Papéis: Quem executa as atividades. • Recursos: Quais ferramentas são utilizadas. • Duração: Qual o tempo para iniciar a atividade e o tempo total de duração. • Descrição: O que é feito na atividade. • Regras: Quais as regras de negócio norteiam o desempenho da atividade. • Especialista no assunto: A fonte de informação. 3.2.2.1 Modelagem de estado atual (As is - Como está) Na tradução livre do termo “as is”, podemos considerá-lo “como é/como está”, ou que em linhas gerais significa a descrição de algo em seu estado atual. Através desta modelagem se consegue visualizar e compreender os processos da organização bem como identificar suas falhas, o que a torna essencial para servir como referência para a obtenção de métricas e procedimentos que permitam analisar e avaliar o processo e seu desempenho, servindo como documentação inicial dos pontos positivos e negativos. Baldam (2008, p. 76-77) aponta como sendo relevante as seguintes etapas para a modelagem do processo atual: • Preparação do projeto de modelagem: Uma das etapas mais fundamentais e importantes de toda a modelagem, pois se os indicadores e métricas forem definidos erroneamente, haverá um alto custo na correção das falhas quando da execução do processo, e esta etapa envolve diversas atividades de compreensão do escopo (qual processo será modelado, objetivos, indicadores, métricas, alinhamento estratégico, prazos e viabilidades), formação da equipe envolvida, definição de requisitos, como documentação necessária, planejamento das reuniões, avaliação de recursos disponíveis e conformidades legais e normas técnicas. 12 • Entrevista e coleta de dados (analista de negócios e facilitadores): podem incluir entrevistas, questionários, definição de atribuições e atividades, descrição de informações que farão parte do processo e criação de atas de reunião; • Documentação do processo: O modelo deve ser definido previamente, pois será utilizado na maioria dos documentos. Deverão constar os componentes do processo, controle de versão desta documentação, publicação, referências e escopo. Nessa fase é aconselhável o uso de algum software de apoio à modelagem; • Validação do processo: Como mencionado anteriormente, deve-se testar ou simular o modelo em uma instância real do processo, para verificar sua viabilidade e coerência. Em alguns casos, esta validação é impossível por causa da enorme quantidade de tempo desprendida para tal realização, o que implica também em altos custos, como por exemplo o processo de compra através de licitação pública, envolvendo altos valores monetários; • Correção da documentação: São corrigidos eventuais erros detectados durante a validação/simulação do processo. A análise do processo atual deve verificar se as metas e objetivos são atendidos, se as atividades estão bem relacionadas, se os recursos disponíveis alocados são suficientes e se os papéis gerenciais estão sendo bem executados e controlados. Também é importante verificar a eficácia das tarefas utilizadas, evitando a redundância das mesmas. “Baldam (2008)” continua mostrando os resultados esperados da modelagem de estado atual: • Modelo do processo atualmente em uso; • Métricas apropriadas e suficientes para estabelecer uma referência para futuras medidas de melhorias de processos, priorização e seleção na fase subsequente; • Documentação completa (pontos positivos e negativos, inclusive) do atual desempenho do processo; • Identificação dos itens mais significativos, prioritários e de retorno a curto prazo que podem ser rapidamente implementados; • Um relatório dessa fase. 13 3.2.2.2 Modelagem de estado futuro (To Be - Como será) Essa fase é considerada de grande valia pois torna-se parte de uma discussão entre as áreas envolvidas com o intuito de melhorar os processos em questão e avaliá-los quanto à sua eficiência e seu valor agregado à organização. (BALDAM, 2008). O estado futuro do modelo de um processo é a representação da sugestão, incluindo melhorias, inovações e modificações. O objetivo dessa etapa é definir a decisão a ser tomada em relação aos processos identificados durante a modelagem do estado atual e seu realinhamento com os objetivos e estratégias da organização. Se a decisão for redesenhar os processos, será necessário desenvolver um novo modelo de processos com as melhorias previstas para a situação atual identificada (OLIVEIRA, 2008). 3.2.3 Execução de processos Após as etapas de planejamento e modelagem, agora as definições estabelecidas do processo serão executadas. Os processos serão então testados pelos envolvidos, que apontarão os pontos positivos e negativos da implementação. “Baldam” sugere as seguintes atividades para a execução de processos: • Preparar cuidadosamente o teste da nova solução; • Realizar completamente testes e pilotos; • Gerenciar o plano de transferência de tecnologia; • Desenvolver os planos de ação da execução da nova solução; • Capacitar a equipe; • Desenvolver e executar os programas de marketing da solução para divulgação interna, principalmente; • Realizar as mudanças no processo atual ou elaborar um novo processo. É também nesta etapa, que ocorre a configuração do BPMS que dará suporte ao novo processo. Uma das funcionalidades mais importantes de um BPMS é manter os registros históricos do processo, que auxilia no processo de análise e avaliação para melhorias. Ele deve facilitar a integração com um conjunto de outras plataformas que executam os sistemas externos. 14 3.2.4 Controle e análise de dados Com o auxílio do BPMS, pricipalmente, as informações sobre o comportamento dos processos são geradas e comparadas para definir indicadores que permitam avaliar tal processo. É recomendável a utilização de sistemas de apoio à decisão interligados ao BPMS para que seja possível uma visão geral administrativa mais coerente e consistente com os dados obtidos, como por exemplo, o uso de um BSC ou BI mostram se a organização está orientada a alcançar os objetivos estipulados ou se seria o momento de efetuar correções nos processos, nas metas para alcançar os objetivos, ou até mesmo na estratégia da empresa. Nesta fase, a de análise, a medida do desempenho do processo gera informações que orientam as melhorias operacionais. A partir de uma visão "fim-a-fim" do processo é possível fazer uma análise completa para determinar a influência de cada passo ou subprocesso no resultado global. É essencial compreender que o BPM busca a melhoria contínua dos processos, o que acaba forçando a existência de um suporte ou acompanhamento continuo das ferramentas utilizadas, o que não acontece geralmente após a implementação de novas ferramentas nas organizações. Podemos categorizar esse controle dos processos sob dois aspectos: • Operacional: O foco da monitoração é acompanhar os processos no nível do detalhe, ou seja, cada instância em execução. Procura-se por falhas e fugas aos parâmetros (violação nos limites de prazo, custo, conclusão incompleta) possibilitando assim o negócio atuar na correção da situação, priorizando a solução do processo. • Analítico: O foco é analisar o conjunto das execuções dos processos, procurando por exceções recorrentes ou por melhores estratégias e oportunidades para o negócio. Com base nos eventos, são gerados os KPIs ("Key Performance Indicators" ou Indicadores de Desempenho) e os totais (métricas) estipulados no planejamento do mapeamento dos fluxos. Os KPls devem ser escolhidos de acordo com as prioridades e objetivos do negócio, pois a escolha errada levará a informações inúteis ou não esperadas. 15 3.3 Sistemas de Gestão de Processos de Negócio (BPMS) Os BPMS's são sistemas de apoio integrados que permitem o desenho e a operacionalização dos fluxos de processos de negócio, automatizando a execução, controle e monitoramento desses processos. Os sistemas para o gerenciamento de processos (BPMS) são mais que um sistema computacional que suporta a gestão da informação pela organização. Eles, primeiro e principalmente, ajudam a gerenciar os processos (SANTOS, 2007, p. 5). Diferentemente dos sistemas de gerenciamento de fluxogramas, que são sistemas de software que definem, criam e gerenciam a execução dos mesmo, os BPMS dão ênfase ao gerenciamento tanto dos processos como de seus recursos. (CRUZ, 2008, p. 112). 3.3.1 Ciclo de Vida de BPMS Os sistemas de Gerenciamento de processos de negócio, ou, Business Process Management Systems (BPMSs) foram introduzidos com o objetivo de automatizar e prover controle para definir e coordenar a execução de processos de negócio (SOUZA, 2008, p.28). Geralmente um BPMS apresenta quatro funcionalidades principais que são projeto, configuração, execução e diagnóstico. • Projeto: O ciclo de vida se inicia com a modelagem do processo de negócio, pois nesta fase acontece o levantamento dos processos, do ambiente organizacional e requisitos técnicos. São utilizados editores de modelagem e ferramentas para validação dos processos de negócios; • Configuração: Nesta etapa, os modelos de processos são implementados. São incluídas informações técnicas que facilitam a execução dos processos; • Execução: O processo de negócio pode ser executado através de um BPMS configurado, o BPMS cria instâncias de um modelo de processos, coordena a execução e registra as informações coletadas durante a execução do processo; • Diagnóstico: O histórico da execução é analisado, sendo possível a identificação de problemas e melhorando os processos. 16 3.4 BPMN e os elementos de BPD A BPMN (Business Process Modeling Notation) ou Notação de Modelagem de Processo de Negócio é uma notação visual para representação de fluxos de processos através de diagramas de processos de negócio (Business Process Diagram - BPD) que pode ser mapeada para diversos formatos de execução, como BPML (Business Process Modeling Language) ou Linguagem de Modelagem de Negócio e BPEL (Business Process Execution Language) ou Linguagem de Execução de Processo de Negócio (REIS, 2007, p. 07). A especificação BPMN, criada pelo BPMI (Business Process Management Initiative) ou Iniciativa BPM é baseada em fluxogramas, o que possibilita que os elementos básicos sejam interpretados facilmente e que serve de apoio ao uso de BPM por não-especialistas (BALDAM, 2008, p.79). Um exemplo dessa similaridade ao fluxograma é a utilização de formas também comumente utilizadas pela maioria dos modeladores, como por exemplo, as atividades são representadas por retângulos e as decisões por losangos. A notação BPMN pode ser usada em dois níveis de modelagem: • Nível 1 - Modelagem Descritiva • Mapeamento mais orientado ao negócio, com uma documentação mais simples do fluxo de processo. • Usa um conjunto de elementos mais básicos da BPMN, omitindo alguns caminhos de exceção. • Nível 2 - Modelagem Analítica • Usa o poder da notação completa para descrever de forma precisa o fluxo do processo, incluindo caminhos de exceções e eventos. • Omite detalhes técnicos - especificações de estrutura de dados e expressões, por exemplo. • Reflete a perspectiva orientada ao negócio, e o modelo é entendido tanto pelo pessoal de negócios como o pessoal de TI, que são imprescindíveis para a eficácia da utilização do BPM. • Pode ser usada só para a análise do processo como também para a automação em BPMS (Business Process Management Systems) ou Sistema de Gerenciamento de Processo de Negócio. 17 A BPMN define quatro categorias de elementos: 1. Objetos de fluxo (Flow Objects) 2. Objetos de conexão (Connecting Objects) 3. Partições (Swimlanes) 4. Artefatos (Artifacts) 3.4.1 Objetos de Fluxo (Flow Objects) Um BPD tem um conjunto de três elementos básicos, conhecidos como Objetos de Fluxo, para que os modeladores não tenham que aprender e reconhecer um número grande de formas diferentes. A tabela 01 demonstra os três objetos de fluxo. Eventos Atividades Gateways Tabela 1 - Objetos de fluxo 3.4.2 Objetos de Conexão (Connecting Objects) Os objetos de conexão são dispostos em um diagrama para criar a estrutura básica do processo de negócio. Existem três objetos de conexão que possibilitam esta função, conforme mostra tabela 02. Fluxo de sequência Fluxo de mensagem Tabela 2 - Objetos de fluxo Associação 18 3.4.3 Partições (Swimlanes) A BPMN usa o conceito conhecido como "swimlanes" para organizar as atividades. Um diagrama de BPMN pode representar mais de um processo privado, bem como os processos que mostram a colaboração entre a processos privados ou participantes. Em caso afirmativo, em seguida, cada processo de negócio privado será considerado como sendo realizada por diferentes Participantes. Graficamente, cada participante irá ser particionado; isto é, vai estar contido em uma caixa retangular, chamada um "pool', e por sua vez cada Pools pode ter sub-partições, que são chamados, simplesmente, "Lanes", como mostram as figuras 01 e 02. Piscinas (Pools) Figura 01 Raias (Lanes) Raias (Lanes) Figura 02 19 3.4.4 Artefatos (Artifacts) Segundo a BPMN, os artefatos são usados para fornecer informações adicionais sobre o processo. Existem três artefatos padronizados, mas os modeladores ou ferramentas de modelagem são livres para adicionar muitos artefatos conforme o necessário. É possível que haja esforços da BPMN para adicionar e padronizar um conjunto maior de artefatos para uso geral. A tabela 03 mostra alguns artefatos: Objeto de dados Grupo Tabela 03 Anotação 20 3.4.5 Resumo dos elementos Abaixo podemos ver na tabela 04 um resumo sobre os elementos de BPD citados anteriormente: OBJETOS DE FLUXO Definem o comportamento de um processo de negócio Atividade Trabalho realizado dentro do processo. Tarefa é uma atividade específica. Subprocesso é uma atividade composta. Eventos Algo que acontece no processo. Existem 3 tipos: Start , Intermediate, End. Gateways Diverge (divide) ou converge (junta) um fluxo de sequência. OBJETOS DE CONEXÃO Conectam os objetos de fluxo e outras informações. Fluxo de sequência Representa a ordem em que as atividades são realizadas. Fluxo de mensagem Mostra o fluxo de mensagem entre participantes (piscinas). Associações Muito usado para associar a informação (artefatos) a objetos de fluxo. PARTIÇÕES (Swimlanes) Organizam um BPD Piscinas Representa um participante no processo. Pode representar outro processo ou atividade externa. Raias Divisão interna de uma piscina. Usadas para representar papéis internos e departamentos de uma organização. ARTEFATOS Adicionam informações Objeto de dados Mostram dados, informações que são usadas/atualizadas durante o processo. Grupo Graficamente mostra elementos dentro de uma categoria de grupo. Anotações Fornecem informações adicionais para o leitor do diagrama. Tabela 04 21 3.5.6 Exemplo de diagrama O exemplo abaixo (figura 03) foi modelado no software BizAgi, que é gratuito, como exercício realizado durante as atividades acadêmicas da graduação, com objeto de estudo de uma empresa local que não utiliza o BPM, mas através dessa atividade de pesquisa sobre os processos existentes na empresa foi possível a idetificação e esboço de um dos processos gerais utilizando os conceitos utilizados neste trabalho. 22 Figura 03 - Exemplo de Diagrama de Processos de Negócio (BPD) 23 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS 4. Conclusão O ponto de apoio de toda a temática e intenção de uso do BPM se baseia na absorção e aceitação das mudanças cabíveis à realidade do ambiente organizacional e suas unidades de negócios. Isto implica em um conhecimento não apenas técnico sobre como deve ser utilizada tal metodologia, mas sim o que deve ser feito para que haja um padrão aceitável de qualidade e de acordo com as melhores práticas oferecidas através do BPM, que pode ser utilizada por organizações de quaisquer dimensões. Visto que a intenção não é a adoção de um framework, ou seja, um conjunto de conceitos, com vários requisitos inúteis e sem utilidade para o negócio, mas sim a adaptação de um modelo de gerenciamento de negócio adequado à realidade do mercado e da organização que a desenvolve, trazendo benefícios diversos para a sua administração. Para se chegar a um nível de maturidade aceitável nos processos internos para a utilização da metodologia BPM, é necessário investir tempo e recursos num planejamento adequado, utilizar todos os recursos de comunicação para a disseminação das informações, uma preparação das equipes envolvida bem como seu comprometimento com o sucesso das melhorias propostas pelos mapeamentos dos processos e principalmente estimular o principal recurso que fará toda esta máquina funcionar como planejado, como também o que será mais afetado ao seguir as diretrizes da metodologia, o capital humano. Infelizmente na nossa região os executivos das empresas locais em sua grande maioria não sabem a importância de tal metodologia para auxiliar na obtenção do sucesso das suas organizações. Principalmente pelo fato de acharem que o investimento alto, inclusive em tecnologia, não trará retorno visível, diferentemente do investimento na ampliação da planta e seus maquinários, o que trará um aumento visível na produção. E caso utilize a metodogia, não basta simplesmente afirmar que utiliza alta tecnologia ou que sua empresa utiliza metodologias modernas, mas sim que todos estes tenham um nível de maturidade e excelência na execução dos processos de negócio, servindo como um referencial de qualidade na gestão alinhada aos objetivos e às ações corporativas que conseguirão agir de forma estratégica a trazer resultados positivos para todas as áreas e envolvidos. 24 Por isso é possível concluir que a utilização da metodologia BPM deve ser entendida e aceita essencialmente no aspecto cultural e organizacional da instituição do que mais uma ferramenta que auxilie a administração, visto que ela tanto trará benefícios a toda a organização, como também a demandará um esforço coletivo na execução dos ditos processos de negócio. 4.1. Considerações finais Esta pesquisa pode contribuir para fornecer aos interessados no assunto uma visão global sobre o Business Process Management - BPM. A metodologia é uma disciplina essencial na busca pela excelência na administração das diversas organizações e seus setores. Este conjunto de conceitos é muito importante para qualquer empresa que apresente algum nível de complexidade em seus processos, sejam internos ou externos, ou da área de TI. Baseado neste estudo, uma das possíveis sugestões para trabalhos futuros é o aprofundamento em uma ou todas as etapas do processo abordando e trabalhando estudos de caso que comprovem a eficácia da adoção da BPM, ou simplesmente considerando a BPM como papel fundamental na governança corporativa e administração estratégica, juntamente com o Gerenciamento de Projetos – PMBOOK, ou outros frameworks, inclusive na área de tecnologia, como o CobiT – (Control Objectives for Information and related Technology) e a ITIL - Information Technology Infrastructure Library. Outra sugestão seria abordar o aspecto da gestão da mudança que envolveria toda a organização em uma implementação da metodologia BPM, pois essa gestão de mudanças é fator essencial e decisivo para o sucesso de tais inovações e melhorias. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABPMP BRASIL. Disponível em <http://www.abpmp-br.org>. Acesso em: Novembro. 2010. BALDAM, R. Gerenciamento de processos de negócios. BPM - Business Process Management. 2. ed. São Paulo: Érica, 2008. BENEDETE, A. C. Roteiro para a definição de uma arquitetura SOA utilizando BPM. 2007. 68f. Monografia (MBA) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. BPM INSTITUTE. Disponível em <http://www.bpminstitute.org>. Acesso em: Novembro. 2010. CRUZ, Tadeu. BPM & BPMS: Business Process Management & Business Management Systems. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. ERL, T. SOA - Principios de Design de Serviços. 1ª Ed. Pearson/Prentice Hall Brasil, 2009. GARTNER RESEARCH. Disponível em <http://www.gartner.com>. 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