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Boletim No: 01/2014 – Novembro, 2014
Monitoramento da Cultura de
Cana-de-Açúcar no Estado de São Paulo
I. INTRODUÇÃO
Este Boletim apresenta as condições da
cultura da cana-de-açúcar em campo referente ao mês de outubro/2014, através
de índices de vegetação e do acompanhamento da precipitação. Essas informações
permitem monitorar e dimensionar ganhos e perdas da lavoura para fornecer
subsídios à tomada de decisão em escala
regional. As informações estão organizadas para todo o estado de São Paulo e
para as suas 12 mesorregiões produtoras
de cana.
Os mapas apresentam: a localização
das lavouras de cana-de-açúcar no estado
de São Paulo e a condição dessas áreas, através
do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI)* e pela precipitação (para o mês atual) acumulada mensalmente desde setembro de
2013. É possível comparar os valores do índice
NDVI, acumulado da safra até o mês de publicação do boletim, com os valores da média histórica (desde 2003) através do mapa de desempenho de safra. Para um acompanhamento da situação mensal das lavouras são apresentados gráficos que permitem o monitoramento da produção de cana e uma comparação da safra com a
média dos últimos 10 anos.
Destaque
Com chuvas abaixo da média desde dezembro
de 2013, os canaviais do estado tiveram um rendimento muito aquém do potencial. O mês de
outubro encerrou a safra antecipadamente em
diversas regiões do estado.
*O NDVI é um índice que está diretamente correlacionado com vários parâmetros da vegetação como o índice de área foliar (IAF) e a biomassa.
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O mapa ao lado mostra o déficit de chuvas de outubro de 2014 comparado com outubro de 2013. É
possível observar uma grande faixa ao centro do estado que está muito abaixo dos valores do ano anterior. Espera-se que essas áreas sejam muito afetadas e que a produção da cana já seja prejudicada na próxima safra.
*Desvio padrão: mede a dispersão do valor de cada evento em torno da sua média.
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III. DESEMPENHO DA SAFRA DO MÊS DE OUTUBRO
Araçatuba, Assis, Bauru, Marília e Presidente
Prudente obtiveram desempenho na média (até
menos um desvio padrão), com déficits de precipitação dos meses de dezembro a junho. Mas, as
mesorregiões apresentaram chuvas acima da
média nos meses de julho e setembro, igualando
em agosto. Outubro volta a apresentar chuvas
abaixo da média, mas o índice NDVI das produções permanecem na média, ou seja, o desenvolvimento da cana não foi abalado.
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Nas mesorregiões de Araraquara, Campinas,
MMP, Piracicaba e São José do Rio Preto as chuvas abaixo da média nos meses de dezembro a
junho fizeram com que a cana em outubro não
conseguisse ter o desenvolvimento necessário
para alcançar a média de NDVI. Mesmo apresentando índices de precipitação acima da média
nos meses de julho, agosto e setembro, não foi
possível atingir a média. Isso quer dizer que a
cana para a próxima safra já encontra-se comprometida.
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Por fim, Itapetininga e Ribeirão Preto apresentaram desenvolvimento necessário para alcançar
a média de índice de vegetação, mas, diferente
das demais regiões que atingiram a média, as
duas mesorregiões apresentaram níveis de precipitação mensal diferentes. Itapetininga teve me-
CANASAT
http://www.dsr.inpe.br/laf/canasat/
ECMWF
http://www.ecmwf.int/en/research/climatereanalysis/era-interim
nor déficit durante a safra, com níveis maiores
em março, maio, agosto e setembro. Enquanto
Ribeirão Preto apresentou déficit mais elevado
nos meses de dezembro a junho, com médias
maiores apenas em julho.
Jansle Vieira Rocha
Coordenador FEAGRI-UNICAMP
Michelle C. A. Picoli
Coordenadora CTBE
Daniel Garbellini Duft
CTBE
Agmon Moreira Rocha
UNICAMP
Maria Eduarda M. Moreira
CTBE
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