@@ 14º CIAED @@ CONGRESSO INTERNACIONAL ABED DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Suely Scherer >UNERJ< >>>> Ambientes Virtuais <<<< )( Para Michel Serres apud Lévy (1998) é o espaço da “nãopresença” )( Um espaço de desterritorialização, do não pertencer a nenhum lugar, um espaço não designável, não tocável pelas mãos )( Espaço de comunicação com o mundo, encontro com os outros, sem uma mesma unidade de lugar. Favorece que todos sejam autores e atores em uma aula... )( Uma estética de educar em tempo diferido com comunicação síncrona e assíncrona. )( Favorece a formação de comunidades de aprendizagem… )( Um ambiente para ensinar e aprender quando há distância física entre as pessoas, devendo ser aconchegante, convidativo... Inacabado ... Ambiente Ambiente Virtual de Aprendizagem O processo de criação resgata significados dos alunos, suas histórias, e é construído no e pelo diálogo. A coerência entre cores, imagens, movimentos, objetiva envolver alunos e professor, de forma a possibilitar que todos se sintam acolhidos e ambientados. O ambiente é de simples funcionalidade, para que os alunos encontrem facilmente os espaços que procuram... Ambiente Virtual de Aprendizagem O olhar atento e demorado para cada um dos sujeitos, para os movimentos de aprendizagem presentes em seus registros em alguns momentos, que não se perdem quando o som ou a memória se perde no tempo. O olhar detalhado sobre as individualidades dos sujeitos. Todos tem o direito a voz, o tempo todo, podendo falar/escrever e serem ouvidas/lidas sem esperas. O tempo é diferido e gerenciado pelo aluno, geralmente em um período determinado pelos alunos e professor. São momentos em que é possível desafiar cada aluno em suas certezas, sem perder nada, fazendo a pergunta que os desequilibra. É um espaço propício para a vida em comunidade, para o processo de comunicação de muitos para muitos. Os ambientes virtuais não substituem os presenciais, mas podem ser complementares, articulados... Comunidades de Aprendizagem @ Uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca. (LÉVY, 2000) @ Pode contribuir para a formação de um sujeito mais colaborativo e cooperativo. @ Se vive junto e não sozinho, tendo sempre a possibilidade de recorrer a alguém, independente de tempo... para pedir informações ou para recebê-las, para comunicar, para informar, para se divertir, para refletir, para aprender... @ É preciso, entretanto, ser habitante, ser parte da comunidade, não apenas ser visitante ou transeunte... >> …Atitudes de Alunos e Professores… << Habitante Transeunte Visitante responsável pelo ambiente e pelo grupo, participa, é leitor atento, questiona, propõe, cria coletivamente e individualmente, de forma a origem palavra transeunte vem dodelatim transire, além, responsável edo comprometida... visitar vemda latim visitare, iterativo videre, ver. passar O visitante passar de um lugar outro, o sem alguém de passagem. participa apenas parapara observar queparar, está éacontecendo ou aconteceu, busca o entendimento mútuo, a ação comunicativa, a cooperação. sem se co-responsabilizar o ambiente, com o às outro, oupára compara a passa pelo ambiente emcom um ou mais momentos, vezes ele está sempre no deter ambiente, observando, silenciando, produção coletiva. observar, mas sem se em nenhum espaçofalando, em especial, sem se postando mensagens, refletindo, produzindo, apreender para dever, si questionando, o ambiente, colaborar responsabilizar, visita o ambientesem impelido por algum por afeto sem ou por amizade.ou sugerindo, cooperar. contribuindo com a história do ambiente, do grupo e dele. alguns colaboram, mas sem chegar a cooperar com o grupo, pois são de ambientes de eles aprendizagem, assim como do mundo, o sehabitante notada aestático, presença deles, se parte (sentido momentâneo) dorelacionam ambiente. alheios ao grupo e ao não apenas vivesão nos ambientes, existe neles. ambiente, pois apenas passantes... não estão sendo parte do ambiente continuamente, eles não habitam parecidos com os “zapeadores”, aqueles que praticam o zapping com o lugar, o conteúdo. ultrapassa porquede é mais do que estar no intenção mundo. Éem a“Existir televisão, internet,viver trocando espaços, sem uma estar para nele onde e com específico, sem saber ir.ele.” (FREIRE,2001) Comunidades de Aprendizagem @ Está pautada em um processo que privilegia a comunicação, a colaboração, e a partilha. @ Os habitantes, alunos(as) e professores(as), são aqueles que constituem uma comunidade de aprendizagem. @ Faz parte da comunidade quem sentir necessidade, não encontrando em outro lugar o que a comunidade oferece. @ É importante criar-se a necessidade, os motivos que tornam importante e que mobilizam os alunos a participarem de um ambiente virtual de aprendizagem. @ Um caminho é a comunicação, o educador precisa atentar para a maneira de questionar, de mobilizar o grupo, sem dar muitas respostas, deixando o caminho aberto ao diálogo, o convite para participar... >> Comunicação << Comunicação # É uma ação definida com liberdade e pluralidade de fala, de expressão, na qual todos têm iguais chances de expor as suas idéias, de questionamento das pretensões de validade em um debate... # Conhecimento partilhado, e não distribuído, na confiança mútua e na concordância entre os ouvintes. A concordância baseia-se no reconhecimento das quatro pretensões de validade correspondentes: compreensibilidade, verdade, sinceridade e acerto. # A ação comunicativa, para Habermas (1990), se baseia em um processo cooperativo de interpretação, em que os atores buscam um entendimento, um acordo, um consenso... “En la acción comunicativa los actores no se orientan primariamente por su propio éxito, sino por la producción de un acuerdo que es condición para que cada participante en la interacción pueda perseguir sus propios planes de acción.[...]” # O charme da comunicação não é o que comunica frontalmente, mas o que faz pela metade, insinua, provoca, deixa em suspense. (DEMO, 2002) # É na escuta, após lançar desafios aos alunos, que ele percebe os diferentes movimentos, o emergir de idéias, de sujeitos antes imersos em meio à massa. >> Auto-eco-aprendizagem << Aprender em uma realidade complexa envolve circunstâncias e disposições internas, relacionadas ao auto, e circunstâncias e disposições do meio, doComplexidade contexto, do outro, relacionadas ao eco. Aprender é auto-eco-organizar-se nas relações consigo mesmo, com o outro e com o meio... > Considerações e Caminhos< ** É elemento essencial na constituição de comunidades virtuais de aprendizagem: a atitude do educador e a atitude dos alunos comprometidos com o processo de aprendizagens e comunicações da/na comunidade... ** O desafio do educador está em conseguir habitar e articular, ao mesmo tempo e em tempos diferidos, vários espaços e saberes, “ad-mirando” e apreendendo cada movimento do educando, do meio... participando, promovendo e fazendo o movimento da auto-eco-organização. ** Os alunos e professores precisam ser habitantes, não visitantes ou transeuntes, caracterizando um movimento de interação com ações complementares, correspondentes e antagônicas; o movimento de educar e aprender... ** Os ambientes e materiais devem privilegiar a comunicação, a hipertextualidade, a intelibilidade, a proximidade, a diversidade... ** O processo de aprendizagem dos sujeitos aprendentes precisa ser mais compreendido; as tecnologias devem ser mais exploradas; a educação precisa ser mais privilegiada... COMUNIDADES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: HABITANTES, VISITANTES E TRANSEUNTES Suely Scherer [email protected]