Identificação Visual x Segurança do
Paciente
Shirley Frosi Keller
Farmacêutica pela ULBRA - 1997
Coordenadora Serviço de Farmácia do HMV – 1997 - Jul/15
Coordenadora Serviço de Farmácia da Hospitalar Home care – Ago/15
Isso acontece? Por que?
Metas Internacionais de Segurança do Paciente
Em 2002 , os países membros da Organização
Mundial de Saúde (OMS) acordaram na Assembleia
Mundial de Saúde uma resolução sobre a segurança
do paciente.
Em outubro de 2004, a OMS cria a Aliança Mundial
para a Segurança do Paciente (World Alliance for
Patient Safety) com o objetivo de chamar atenção
para o problema de segurança.
Esta Aliança tem elaborado programas e diretrizes
que visam sensibilizar e mobilizar profissionais de saúde
e população para a busca de soluções que
promovam a segurança do paciente, divulgando
conhecimento e desenvolvendo ferramentas que
possibilitem a mudança de realidade no cenário
mundial.
O lançamento em 2005 das Metas Internacionais
de Segurança do Paciente é um exemplo destes
programas.
Metas Internacionais de Segurança do Paciente
 Meta 1 - Identificar os
pacientes corretamente
 Meta 3 - Melhorar a
segurança no uso de
medicamentos
de
alta
vigilância
 Meta 4 - Assegurar cirurgias
com local de intervenção
correto,
procedimento
correto e paciente correto
Desenvolver estratégias de Educação
Permanente para os profissionais
envolvidos na assistência com relação ao
conhecimento dos padrões de
identificação visual relacionados à
identificação do paciente.
Promoção da Cultura de Segurança
Meta 1
Identificar os pacientes corretamente
A identificação do paciente com pulseira contendo nome completo,
número do prontuário e código de barras, é um procedimento
prático e simples que é de grande participação para a minimização
dos erros de medicação, e segurança do paciente em todo e qualquer
procedimento. Infelizmente este protocolo está presente apenas em
algumas instituições de saúde.
Quando checar a identificação do paciente?
 Antes da realização de quaisquer serviços ou procedimentos,
ressaltando-se:
• Antes da administração de medicamentos, sangue e
hemoderivados;
• Na coleta de amostras de sangue e outras para testes
clínicos;
Atenção na identificação de pacientes:
 com o mesmo nome;
 com identidade desconhecida;
 comatosos, confusos ou sob efeito de ação medicamentosa.
Como Identificar?
 Usar pelo menos dois códigos identificadores
Exemplos:
 Nome da mãe e data de nascimento;
 Nome completo e data de nascimento;
 Nome completo e número do prontuário.
ATENÇÃO!
O número do leito é localizador e não identificador.
Nome
Número de
prontuário
Identificação Visual: Iniciativas
Sound-alike / Look-alike?
 São nomes de medicamentos semelhantes
quando escritos ou pronunciados.
 Causam confusão.
 Risco de trocar os medicamentos no momento de
administrar.
 Contribui para erros de medicação.
Recomendações:
 Escrever o nome do medicamento, em caixa alta
na parte do nome que não é semelhante. Alertar
na prescrição médica eletrônica e na etiqueta de
identificação do medicamento.
 Aumenta a atenção
 Cria memória de reconhecimento
 Armazenar em locais distantes um do outro.
Medicamentos “Sound-alike” e “Look-alike”
Identificação de Riscos
Riscos relacionados a outras Metas Internacionais de
Segurança do Paciente, podem ser sinalizados
visualmente através de um código de cores nas
pulseiras.
IDENTIFICAÇÃO VISUAL: Experiências práticas
1) Identificação de vias de acesso cateteres /sondas
Orientações de uso:
 A identificação da via de acesso pelo profissional responsável pela
instalação/troca do cateter/sonda.
 O local da colocação da etiqueta de identificação da via será o
mais próximo possível da conexão do acesso ou porção terminal.
 Fixação das etiquetas retangulares na posição horizontal, unindo as
pontas como bandeirola.
 Cateteres periféricos identificados na instalação do acesso com
data e hora da instalação.
 A identificação deve ser refeita sempre que necessário, com
cuidado para não tracionar cateter/sonda e sem o uso de tesoura.
Suporte
para etiquetas
 Modelo de suporte para etiquetas de identificação
IDENTIFICAÇÃO VISUAL: Experiências práticas
2) Identificação de Fármacos e
Soluções antissépticas em cubas
cirúrgicas
Identificador de instrumental pérola (silicone resistente a 134ºC e
reutilizável) para identificação de cubas para soluções em
procedimentos assépticos.
Como garantir o
uso seguro de
soluções
disponibilizadas em
cubas para
procedimentos
cirúrgicos?
Identificação Padrão das
soluções utilizadas:
Marrom = Solução
Anti -séptica
Amarelo = Solução
Fisiológica
Cinza = Solução
anestésica
Processo Original
Alternativas
viáveis...
Produção Frasco
Becker anual
Produção
Marcador Pérola /
ano
Custo anual aproximado = R$
150.000,00 (embalagens, Becker,
salário TE, descarte resíduos,...)
Custo anual aproximado para
substituição do identificador pérola
= aproximado R$ 8.000,00.
Resultados:
Desde a implantação do Processo de
identificação das vias de acesso (2012) e da
identificação das cubas por tipo de solução
em área cirúrgica (2013) não ocorreram
eventos adversos graves com via de
administração, administração equivocada
na via do balonete do cateter/sonda e
envolvendo troca de solução antisséptica
na área cirúrgica.
Minimizar Danos
A meta não é Evitar Erros, mas sim minimizar danos, prejuízos.
Sempre existirão erros, devemos planejar barreiras e
monitorá-las como metas reais de segurança.
CAMADAS DE PROTEÇÃO:
-
Ações de engenharia;
-
Competência das pessoas;
-
Comunicação efetiva;
-
Minimizar a gravidade do evento;
-
Cultura de aprendizagem – após erro – ver o que foi feito?
o que você fez? Baseado na RCA.
Segurança na
Administração de
Medicamentos
Instituição, Profissionais e Paciente
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