Liselena Farias Terek PCNP Ciências da Natureza Química / Ciências A água é a substância mais comum na superfície da Terra. A maior parte dela encontra-se nos oceanos, que ocupam cerca de 70% da superfície do planeta. A água do mar contém, dissolvidos vários elementos e substâncias. Os mais comuns são o cloro e o sódio, que se combinam no oceano para formar o cloreto de sódio, ou sal de cozinha. Por isso dizemos que a água do mar é salgada. Essa composição salina foi formada a partir das rochas do interior da Terra, expelidas durante as erupções vulcânicas. A água e os outros elementos teriam sido liberados quando as rochas esfriaram , no início da formação do planeta. Embora ainda haja dúvidas, calcula-se que o oceano ganhou suas características atuais há cerca de 2 bilhões de anos, e que, há pelo menos 100 milhões de anos, o sistema oceânico se mantém estável, com composição química fixa. Isso significa que os ganhos e as perdas de elementos se equilibraram. O que chega aos oceanos pelos rios e chuvas volta para a atmosfera por evaporação e retorna aos continentes, ou se precipita e fica preso no sedimentos do fundo oceânico. Esse imenso volume de água é essencial para a existência de vida na Terra. O oceano age com um enorme reservatório de calor, regula nosso clima, fornece alimentos e é uma reserva de minerais e energia. Vida no mar Existe uma enorme variedade de organismos marinhos, desde o plâncton, que são plantas e animais microscópicos, até grandes peixes e mamíferos, como a baleia. Todas as espécies vivas do oceano se alimentam de uma espécie inferior. Portanto, todos dependem dos outros, como elos de uma grande corrente, chamada cadeia alimentar. Na base dessa cadeia está o fitoplâncton, fomado por algas que produzem seu próprio alimento a partir de água, gás carbônico e energia solar. Esse processo se chama fotossíntese. A atividade do fitoplâncton depende também de alguns minerais dissolvidos na água do mar, os nutrientes. No processo de fotossíntese há liberação de oxigênio. Na verdade, o fitoplâncton é responsável por 70% da reoxigenação total da atmosfera. Quando as plantas e os animais morrem, são consumidos e decompostos por bactérias, liberando na água do mar gás carbônico, água e os nutrientes que são novamente utilizados pelo fitoplâncton, fechando assim um ciclo perfeito. Para que esse ciclo continue ocorrendo, é necessário que a composição química da água do mar não seja alterada pela atividade humana, pela poluição. A poluição pode ser o resultado da adição, a água, de substâncias químicas que nela não existem naturalmente (sintetizados pelo homem). Pode ser também produto de um aumento acima do nível normal das substâncias que ocorrem naturalmente Como fazer Material • copos descartáveis • Água • 2 ovos • sal • 1 colher Coloque um ovo dentro de um copo com água. Ela vai afundar. Agora ponha três ou quatro colheres de sal num copo com a mesma quantidade de água. Mexa e coloque novamente o ovo dentro do copo. Se o ovo não flutuar, ponha mais sal. Tente imaginar se você colocasse mais sal no copo, ou se colocasse mais água. O que está acontecendo Quando você coloca algum objeto dentro da água, na mesma hora ela se movimenta. O volume de água deslocada é igual ao volume da parte imersa do objeto que se coloca dentro dela. O objeto recebe um impulso da água, de baixo para cima, que o fará subir. Essa força é chamada Empuxo. Se o objeto for leve, ele sobe e flutua. Mas se você colocar na água outro objeto bem mais pesado, embora com o mesmo volume, essa força não será suficiente para levá-lo até a superfície. Os objetos flutuam melhor em líquidos mais densos, mais pesados. Isso acontece porque o peso do líquido deslocado é maior. O empuxo também será maior. A água com sal é mais densa e portanto mais pesada que a mesma quantidade de água pura. A água do mar é salgada e por isso mais densa que a água de um rio. Uma pessoa flutua melhor na água do mar do que numa piscina. A água do Mar Morto é tão salgada que as pessoas podem flutuar com os braços fora da água. A quantidade de sal da água do mar varia de acordo com muitos fatores: profundidade, salinidade dos rios da zona costeira, temperatura etc. O empuxo foi descoberto há mais de dois mil anos por um cientista grego, chamado Arquimedes. Dizem que foi durante um banho de banheira que ele observou esse fenômeno. Ficou tão entusiasmado que saiu nu pelas ruas gritando “ Eureka !”, que quer dizer “ Encontrei !”. Material • copos descartáveis • água • sal • areia • 1 funil de plástico • papel de filtro (usado para fazer café) Como fazer Coloque num copo um pouco de água e sal. Tente distinguir a água do sal. Veja se você consegue separá-los novamente. Agora coloque um pouco de água e areia em outro copo. Deixe em repouso. Observe se a água e a areia se misturam. Tente pegar um pouco e areia no fundo do copo. Ponha o funil, forrado com papel do filtro, em cima de um copo vazio. Então, jogue a misture de água e areia dentro do funil. Veja o que acontece. Faça o mesma coisa com a água com sal e veja o que acontece dessa vez. O que está acontecendo Alguns sólidos, como o sal, dissolvem-se completamente na água. Mesmo que você os deixe em repouso por muito tempo, a água e o sal não se separam. Essa mistura é chamada Solução. Já outros sólidos, como areia, não se misturam com a água. Se deixarmos a mistura em repouso, a areia vai ficar no fundo do copo, formando uma camada de sedimento. Nos laboratórios, esse procedimento chama-se Sedimentação. Quando a areia e a água são colocadas no funil, a água passa através dos poros do papel, e a areia fica no filtro. Esse método é chamado de filtração e também é usado para separar substâncias nos laboratórios. A água do mar tem muitas substâncias dissolvidas nela. A mais importante é o sal comum, chamado Cloreto de Sódio. Há uma forma de separar o sal da água: se eles forem aquecidos até a água começar a ferver, ela evapora e o sal fico no fundo do recipiente. Essa também é uma forma de separação de substâncias, chamada Destilação. A quantidade de sal na água do mar é muito maior que no corpo humano. É por isso que beber água do mar da sede e provoca desidratação.