Peru Terra de peru lendas e histórias Os enigmas de Machu Picchu e dos sítios arqueológicos de Cuzco garantem que o viajante volte extasiado de qualquer jornada ao país andino Fotos: Dreamstime e Tarcila Ferro Por Tarcila Ferro 76 77 Fotos: Tarcila Ferro se projeta de maneira perfeita em um vale entre dois grandes picos forrados de vegetação. Reina absoluta, a 2.492 metros de altitude. A arquitetura revela um trabalho meticuloso, com o aproveitamento de pedras encaixadas e justapostas usadas para criar templos, armazéns, casas, terraços de cultivo, longas escadarias e até um palácio erguido para o imperador Pachacutec, o responsável pela construção da cidadela em 1450. O mundo só conheceu Machu Picchu, que na língua quéchua significa “Velha Montanha”, mais de quatro séculos depois, quando o explorador americano Hiram Bingham, guiado por um garoto camponês de 11 anos, foi levado até o local. A “descoberta” fez da cidade perdida dos incas o maior e mais importante sítio arqueológico da América do Sul. Um lugar que, misteriosamente, perdeu todos os seus habitantes, antes mesmo de os colonizadores europeus chegarem. Várias teorias já surgiram para explicar a história e os motivos que levaram ao seu abandono. As hipóteses são muitas, as comprovações, poucas. “A certeza que temos é que os espanhóis nunca chegaram até aqui e que os habitantes de Machu Picchu não morreram por falta de água. A ideia que se tratava de um santuário de mulheres também não se sustenta mais”, explicam os guias. Seja qual for a verdadeira razão, o que vale mesmo é curtir a energia inigualável deste lugar. O Visitantes fazem seu próprio ritual para entrar em Machu Picchu (acima). A cidade Inca é ainda mais bela quando vista do alto de Wayna Picchu (página ao lado). O vilarejo de Aguas Calientes é a porta de entrada para os turistas 78 dia começava a clarear e a fila para entrar no Parque Nacional de Machu Picchu já era grande. Ele abre pontualmente às seis horas da manhã e ninguém quer perder nada. Nem poderia, afinal, dizem que o nascer do sol ali é o mais belo do mundo. Na fila, o bate-papo é empolgado entre a turminha da ioga, descontraído entre a galera mochileira, sonolenta no grupo de americanos vestidos com o modelito a la Indiana Jones e ponderado entre os europeus endinheirados, que deram poucos passos para chegar à fila, já que estão hospedados no Sanctuary Lodge, na porta do parque. Apesar das diferenças culturais e linguísticas de cada um deles, o objetivo ali era um só: render-se aos mistérios da mais fascinante cidade inca. Eu estava duplamente empolgada, não só pela chance de visitar um dos lugares mais intrigantes do mundo, mas também para subir Wayna Picchu, a montanha que coroa a cidadela. Do seu topo, a 2.700 metros, tem-se as mais belas paisagens. Fui avisada que a subida é extenuante, com trechos íngremes e muitas vezes sem corda de auxílio para segurar. Mas Wayna Picchu para mim, com preparo ou sem preparo, era imperdível. A reserva abriu e a horda de visitantes começou a caminhar em fila indiana em direção às ruínas. Quando elas apareceram no final do caminho, tive a certeza que tudo aquilo que já li e ouvi sobre o local não é exagero. Machu Picchu Há tempos Machu Picchu deixou de ser um destino que só atrai mochileiros, pesquisadores e “bichos-grilo” O tour básico dura em média duas horas. Alguns visitantes pedem arrego antes e jogam-se nos gramados para descansar, comer um lanchinho e até tirar uma soneca. Afinal, pode-se aproveitar o parque até as 17 horas. Ter um guia faz toda a diferença para quem quiser realmente mergulhar na história. Os que preferem explorá-lo por conta própria acabam pegando carona nos grupos guiados. Mas para quem vai subir Wayna Picchu, o ideal é começar o passeio por ela. Por dia, apenas 400 pessoas podem percorrer os caminhos que levam ao topo do pico. Na guarita localizada logo atrás da Rocha Sagrada, um vigia fiscaliza a quantidade de pessoas e marca os horários de partida e retorno. Bem diferente do que acontecia na década de 60, quando aventureiros e hippies embrenhavam-se na montanha e pernoitavam nas ruínas. Hoje, tudo que envolve o sítio é cercado de zelo e cuidado. E essa não é a única mudança. Há tempos Machu Picchu deixou de ser um destino que só atrai mochileiros, pesquisadores e “bichos-grilo” dispostos a passar por um verdadeiro calvário. Mesmo quem decide fazer a Trilha Inca, o emblemático caminho de 42 quilômetros percorrido em quatro noites, conta com o serviço de carregadores, guias credenciados, barracas, colchões e comida feita na hora. Mas apenas uma parte dos 3.500 visitantes que chegam ao parque todos os dias vem caminhando. A maioria prefere os trens que partem da cidade de Ollantaytambo até Águas Calientes, vilarejo que serve de porta de entrada para as ruínas. Pela Inca Rail, por exemplo, os noventa minutos de trajeto podem ser feitos em vagões sofisticados, com poltronas de couro reclináveis, janelões para admirar a paisagem, refeições saborosas e serviço de bordo que paparica os viajantes com pisco-sour, a tradicional bebida feita com água ardente destilada de uva. Os dispostos a pagar menos podem optar pela classe turística, que apesar de não contar com as mesmas regalias, não é ruim em questão de conforto. A melhora não foi apenas em termos de transporte; a hospedagem no povoado também teve um upgrade de categoria. Há muitos hostels e pensões em Águas Calientes. Também encontram-se hotéis de primeira, como o charmoso Sumaq, único cinco estrelas do vilarejo, 79 peru 80 81 peru erguido em frente ao Rio Urubamba. O empreendimento aberto há quatro anos destaca-se pelo spa e por seu restaurante especializado em comida peruana contemporânea. Moral da história: só passa aperto em Machu Picchu quem quiser. O Vale Sagrado dos Incas é hoje um lugar voltado para a meditação e o descanso Em terra sagradas Folha de coca, chá de coca, pastilhas, a ideia era passar ilesa ao soroche, como é chamado o mal-estar causado pela altitude. Mas não foi bem assim que as coisas aconteceram... Tudo corria bem até eu deixar Água Calientes e retornar a Ollantaytambo, situada a três mil metros de altitude. Reforço de água, um pouco mais de chá e o cilindro de oxigênio ajudaram a aliviar os sintomas – basicamente dor de cabeça e náuseas. O contratempo não ofuscou a beleza do Vale Sagrado. A região se limita aos extremos dos sítios arqueológicos de Pisac e Ollantaytambo, dois pontos imperdíveis para os interessados em conhecer mais sobre os Incas e os povos que os precederam. A área é sagrada em função do Rio Urubamba, responsável por fertilizar as terras ao redor. Os terraços de cultivo acompanham a estrada e ressaltam a vocação agrícola do local. Entre as plantações, figura a de milho branco, considerado o melhor do mundo. Além da agricultura e das ruínas históricas, o Vale tem um apelo místico muito forte. Este lado mais exotérico impulsionou uma onda de centros Fotos: Dreamstime, Shutterstosk e Tarcila Ferro Mas voltemos à subida a Wayna Picchu. Ela é permeada por trilhas bem estreitas, com poucos trechos de apoio e raros pontos para descanso. Os percalços do caminho são compensados pela vista que se tem a cada metro vencido. Do alto, a cidadela ganha o formato de um condor. Segundo a crença inca, essa ave era responsável por fazer a ligação entre a terra e o céu. Até lá em cima, somou-se quase uma hora e meia. O topo da montanha é coberto de rochas pontiagudas que rendem fotos bacanas aos que têm coragem de chegar até a extremidade das pedras. Reserve pelo menos 40 minutos no alto para contemplar o visual. A descida, apesar de menos cansativa, é mais perigosa, com partes onde o caminho beira desfiladeiros. Três horas depois, eu retornava à guarita aos pés de Wayna Picchu. 82 de espiritualidade e meditação. Isso sem contar os hotéis focados em proporcionar experiências de “autoconhecimento”. Boa parte deles tem spas bacanérrimos, cujos métodos são baseados em conceitos e crenças dos povos que viveram nos Andes. O Unno, Spa do luxuoso hotel Aranwa, é o maior centro de bem-estar da região, com 2.500 m². Conta com um amplo menu de massagens e terapias andinas focadas em banhos especiais à base de infusão de ervas, esfoliação corporal feita com o sal retirado das salinas de Maras (cidade do distrito de Urubamba), e até um ritual para purificação do organismo. Tudo muito bom, tudo muito zen. A 60 quilômetros dali, o povoado ancestral de Pisac é um dos mais importantes do Vale Sagrado. Acredita-se que era um local para estudos astronômicos e para experimentação de novas lavouras. Ele se divide em duas partes: a colonial – que se desenvolveu próxima ao rio – e o complexo arqueológico, erguido em uma montanha a 9 km do centro. Para percorrer o conjunto, é preciso, em média, uma hora. Caminha-se por íngremes escadarias e trilhas que levam aos antigos terraços, as edificações e o Templo do Sol, ponto central do sítio. Esse povoado se enche de cor na época da Festa a Virgem do Carmo, entre os dias 16 e 18 de julho. Procissões saem pelas ruas, acontece queima de fogos, apresentações musicais e as costumeiras barraquinhas de comida são armadas na praça central. No restante do ano, vale a pena andar pelas suas vielas de pedras. A fusão da herança ancestral com a cultura deixada pelos colonizadores é sentida nas construções e no modo como vivem os moradores. No telhado de muitas casas, podem ser vistos pequenos altares com objetos que dizem muito de quem mora no lugar. Basicamente, uma cruz andina (que representa a fé e a religião do dono da casa), um casal de touros (menção à família, no folclore local), a bandeira de Cuzco e pequenos cestos com grãos (uma forma de agradecimento pelo alimento conseguido no dia a dia). Programe-se para visitar Pisac às terças, quintas ou domingos pela manhã, quando o mercado de artesanato está em funcionamento na Plaza Constitución. É um dos melhores lugares para comprar artigos regionais, como ponchos, gorros, mochilas coloridas, enfeites para casa, O Vale Sagrado dos Incas (página anterior) tornou-se um lugar voltado para a meditação e o bem-estar. O Mercado de Artesanato de Pisac (acima) destacase por suas cores. Assim como a celebração da festa da Virgem do Carmo 83 Fotos: Fotolia e Tarcila Ferro peru desenhos em aquarela, suvenires e lembranças curiosas – como um jogo de xadrez onde as peças representam a luta dos espanhóis contra os Incas. Todo domingo também é celebrada uma missa em Quéchua, com a participação das autoridades indígenas das comunidades vizinhas. O convento de Santo Domingo ergueu-se de maneira desoladora sobre o templo inca de Koricancha Cuzco, umbigo do mundo O convento de Santo Domingo (acima) foi construído sobre o Koricancha. A Catedral de Cuzco (ao lado) fica toda iluminada durante a noite 84 Durante muito tempo, Cuzco foi apenas um ponto de apoio para os visitantes que seguiam para Machu Picchu e o Vale Sagrado, seus distritos mais procurados. A cidade, cujo nome significa “umbigo do mundo” no idioma quéchua, já teve um papel bem diferente na época em que foi a capital do Império Inca, até a chegada dos espanhóis. Os colonizadores destruíram boa parte do que encontraram e construíram sobre as ruínas prédios nos estilos barroco e renascentista. O curioso foi a criação de uma arquitetura bem particular, com a fusão de elementos europeus com a herança indígena. O coração da cidade é a Plaza de Armas, ponto de partida para qualquer passeio. Ela é rodeada de restaurantes e lojinhas de produtos artesanais, motivo que faz com que vendedores e garçons abordem os visitantes insistentemente. Destacando-se na praça está a Catedral de Cuzco, edificação construída entre 1536 até 1650. Foram mais de 100 anos para erguê-la e, assim que ficou pronta, um forte terremoto abalou boa parte de sua estrutura. O episódio está retratado na enorme tela que decora o altar. Muitas obras de arte que estão na catedral foram feitas por artistas que pertenceram à Escola Cuzquenha.Trata-se de um movimento artístico que trabalhava, basicamente, com pinturas a óleo em que se mesclava a iconografia indígena com a espanhola. É atribuída à Escola Cuzquenha a versão peruana para a obra da Santa Ceia, que também adorna o templo. Nela, o alimento 85 peru servido é o cui, um roedor fofinho que figura entre os pratos mais consumidos do país. O pão retratado é o de milho, e não de centeio. E, ao invés do vinho, é servido a chicha (bebida fermentada à base de milho). Outros destaques da igreja são o coro, todo talhado em madeira, e o altar central forrado com prata. Estima-se que mais de 20 mil homens trabalharam na construção de Sacsayhuamán. A fortaleza demorou 100 anos para ficar pronta As enormes pedras de Sacsayhuamán engrossam a lista dos mistérios que envolvem a civilização Inca. Rochas de centenas de toneladas foram lapidadas e encaixadas perfeitamente para criar a fortaleza De lá, o destino é o convento de Santo Domingo, que se ergueu de modo desolador sobre o Koricancha, um dos mais importantes templos Incas, dedicados ao culto ao deus Sol. De original, sobrou apenas a muralha. Diz a lenda que seu paredão de pedras era coberto com lâminas de ouro e prata. O interior da construção também apresentava ambientes forrados com o mais puro metal. Quando os colonizadores chegaram, supostamente surrupiaram todos os tesouros e construíram um insosso convento. O trio de atrações imperdíveis em Cuzco conta ainda com o sítio arqueológico de Sacsayhuamán. Da Praça de Armas até lá são 45 minutos de caminhada, ou melhor, dois quilômetros de subida íngreme. Vale a pena ir de ônibus, para economizar energia e poder gastá-la andando na vasta área permeada por muralhas de pedras, onde um único bloco pode pesar várias toneladas. Quem iniciou as obras da fortaleza de Sacsayhuamán foi o imperador Pachacutec, no século 15. Estima-se que mais de 20 mil homens trabalharam na construção da fortaleza, finalizada 100 anos depois. Pouco se vê do que restou da parte interna. A sensação mesmo são as enormes rochas, cujas dimensões ampliadas deixam qualquer visitante pequeno. Além disso, elas suscitam a pergunta: como tudo isso foi construído numa época sem ferramentas como serras elétricas e guindastes? Por sinal, esse pensamento rondou minha mente durante toda a viagem. Lembrei de uma reportagem muito antiga segundo a qual Machu Picchu e as incríveis linhas de Nazca teriam sido concebidas por extraterrestres. Na época, eu era pequena demais para afirmar que aquilo era absurdo. Hoje, de frente às criações do mais importante império sul-americano, fico pensando quão estranhos somos nós, que ficamos atrás de teorias e argumentos para justificar o óbvio: que a civilização Inca era, no mínimo, genial. De passagem por Lima É verdade que a capital peruana não goza da mesma aura que Cuzco e, por isso, acaba quase sempre relegada ao primeiro ou último dia da viagem. Isto é, na hora de sair e entrar no avião. Saiba, porém, que ela é simpática, com uma ampla orla marítima, um centro colonial que chama a atenção e algumas ruínas pré-colombianas. Mas não é só isso. Sua culinária há muito tempo deixou de ser conhecida apenas pelo ceviche e passou a figurar no mapa da gastronomia internacional. Quando estiver na cidade, reserve pelo menos 24 horas para conhecê-la. Confira o roteiro que sugerimos: 9h00 - Templo Huallamarca. No bairro classudo de San Isidro, esse templo desponta em meio às casas e à área comercial. Ele foi erguido por um povo anterior aos próprios Incas, no século 5. A ideia era que fosse um espaço de culto religioso e para sepultar os mortos. A grande atração é a múmia de uma mulher, que conserva quase dois metros de cabelos. Há outros14 templos semelhantes na capital. Aberto de terça a domingo das 9h às 17h. Templo Huallamarca Plaza del Armas 10h00 – Miraflores. Vizinho a San Isidro, o bairro de Miraflores é o point da moçada e das praias de Lima, que não chegam a empolgar se comparadas com as nossas, mas valem o passeio. Na parte histórica, não deixe de visitar o templo de Huaca Pucllana. Aproveite o passeio no bairro para xeretar as lojinhas que se espalham por toda a região. 13h30 - Bosque das Oliveiras. Não estranhe ao encontrar em Lima um Parque de Oliveiras. Mas é isso mesmo. Os espanhóis trouxeram as árvores para o Peru e não poderiam imaginar que a adaptação seria tão boa. Quase 500 anos depois, a área tornou-se o Parque El Olivar, com 23 hectares e mais de 16 mil árvores. Com vista para o belo bosque, o restaurante El Olivar (do Hotel Sonesta) é uma boa dica para quem quer curtir o visual e saborear pratos da comida peruana e da culinária internacional A jornalista Tarcila Ferro viajou a convite da Lan Chile e do Hotel Sumaq, com o apoio da Travel Ace. JJ El Olivar. Lima Pancho Fierro 194, San Isidro, sonesta.com/lima. Diariamente das 12h30 às15h30 e das 19h à 1h.Cc: aceita 15h00 - Centro histórico. A vida pulsa mais forte na Plaza Mayor, até pouco tempo atrás chamada de Plaza del Armas. Ao redor, os visitantes podem ver o Palácio do Governo, que foi construído sobre a antiga casa do conquistador espanhol Francisco Pizarro. A troca de guarda acontece em frente ao palácio (segunda a sábado, a partir das 11h45). Coroando a praça, a Catedral de Lima desponta com o seu estilo renascentista. O Centro histórico abriga o Museu de Arte Religiosa, com objetos sacros e pinturas dos séculos 17 e 18. Igreja de São Francisco Fotos: Dreamstime, Shutterstosk e Tarcila Ferro 17h00 - Igreja de São Francisco. Não vá embora do Centro histórico sem visitar a Igreja de São Francisco. Trata-se de um dos mais relevantes centros religiosos e culturais do país, fundado por Francisco Pizarro em 1535. O melhor do passeio está reservado para as catacumbas. Corredores subterrâneos construídos embaixo da igreja levam aos antigos sepulcros, repletos de ossos empilhados e crânios amontoados. Parece estranho, mas todos que visitam dizem que vale a pena ir. 86 JJ Plaza San Francisco, museocatacumbas.com. Diariamente das 9h30 às 17h30. Entrada: 7 soles. 19h00 - Jantar no Saqra. Novidades gastronômicas pipocam a todo instante em Lima, e uma delas é o restaurante Saqra. O cardápio, repleto de invenções, combina bem com o ambiente moderninho e lúdico do espaço. A especialidade é a comida peruana servida com uma releitura contemporânea e um visual totalmente gourmet. JJ Avenida La Paz 646, Miraflores, saqra.pe. De segunda a quinta das 12h à 0h e sexta e sábado das 12h à 1h. Cc: aceita Restaurante Saqra 87 A moeda oficial do Peru é o novo sol (“S/”). Um novo sol equivale a R$ 0,68 (até o fechamento desta edição). Lima tem duas horas a menos em relação ao horário de Brasília. A partir do Peru, disque 00 + 55 (cód. do Brasil) + cód. da cidade + nº do telefone. Para ligar a cobrar, disque 0800 501 90 e siga as instruções dadas em português. li Lima é uma cidade sem grande variação climática. A temperatura média anual é de 20ºC. No verão, ela pode chegar a 28ºC e, no inverno, a 12ºC. O ar é relativamente úmido durante todo o ano. Em Cuzco, o clima é geralmente seco e temperado, com duas estações bem definidas: seca entre abril e outubro e chuvosa de novembro a março. A LAN (0300 788 0045, lan.com) tem voo direto, ida e volta, saindo de São Paulo, a partir de R$ 635. Com a Taca (0800 761 8222, taca.com), o voo direto, ida e volta, sai a partir de R$ 732. O voo da Avianca (4004-4040, avianca.com. br), ida e volta, com escala em Bogotá, também sai a partir de R$ 732. Obs.: Preços de passagens aéreas cotados para voos no último fim de semana de março. A Flot (11/4504-4544, flot.com.br) tem um pacote de 5 noites para Lima, Cuzco e Machu Picchu, com aéreo, hospedagem e passeios a partir de US$ 1.315. O pacote da Freeway (11/5088-0999, freeway.tur.br) de 4 noites para Lima, Cuzco e Machu Picchu com aéreo, hospedagem, traslados, passeios e seguro viagem sai a partir de US$ 1.484. A Raidho (11/3383-1200, raidho.com.br) tem pacote de 6 noites para Lima, Cuzco, Machu Picchu e Vale Sagrado com aéreo, hospedagem, traslados, passeios, guia e seguro viagem a partir de US$ 1.801. Consulte também: Ambiental (11/3118-4600, ambiental.tur.br) Peru: promperu.gob.pe Lima: munlima.gob.pe Cuzco: cuzco.com Machu Picchu: machupicchu.org 88 Ao visitar Cuzco, é indicado que o turista adquira o Boleto Turístico de Cuzco, que dá direito a entrada em 16 atrações, como igrejas e parques arqueológicos da região. O bilhete é válido por 10 dias e sai por S/ 130. Para mais informações, acesse boletoturisticocusco.com. Evite andar sozinho à noite na região da Plaza de Armas, que é onde se concentram os casos de roubos em Cuzco. Lembrese que a cidade está 3.400 metros acima do nível do mar e isso pode causar mal estar no primeiro dia de viagem. Evite grandes esforços e hidrate-se bastante. Passear Cuzco Qorikancha (Plazoleta de Santo Domingo s/nº, Cuzco, tel: 518/ 4254234) Este templo do império Inca fica aberto à visitação de segunda a sábado, das 8h30 às 107h30, e aos domingos, das 14h às 17h. Entrada: S/ 10. Catedral de Cuzco (Plaza de Armas, Cuzco, arzobispadodelcusco.org) A principal Catedral da cidade abre para visitas de segunda a quarta, sexta e sábado, das 10h às 11h30, e diariamente, das 14h às 17h30. Entrada: S/ 25. Sacsayhuamán (45 minutos do centro de Cuzco) O sítio arqueológico com mais de 500 anos abre todos os dias para os turistas, das 7h às 18h. Entrada: S/ 130. Machu Picchu (machupicchu.org) Para chegar até lá é preciso pegar um ônibus que parte de Águas Calientes e custa US$ 15,50. O Parque Nacional de Machu Picchu abre diariamente, das 6h às 17h. Entrada: S/ 120. Hospedar Aguas Calientes Apu Ausangate Hostal (Calle Sinchi Roca B-3, Aguas Calientes) O hostel é simples, mas aconchegante. Tem quartos para 2 a 5 pessoas, restaurante e excelente localização, próximo à estação de trem. Diária para quartos compartilhados a partir de US$ 50, com café da manhã. Cc: aceita. La Cabaña Machu Picchu (Av Pachacutec Mz-20, lacabanamachupicchu.com). A decoração rústica marca boa parte dos ambientes desse hotel, conhecido pelo seu bom custobenefício. Os quartos são confortáveis e contam com wi-fi, ar-condicionado, cofres e televisores por satélite. Diárias a partir de US$ 120 por pessoa, sem café da manhã. Sumaq (Avenida Hermanos Avar Mz 1 Lote 3, Machu Picchu, machupicchuhotels-sumaq.com) É o melhor hotel de Águas Calientes, localizado aos pés de Machu Picchu e em frente ao rio Urubamba. A decoração em estilo andino do lobby e das áreas comuns também está presente nos apartamentos. No total são 60 quartos equipados com TV a cabo, frigobar e banheira. O hotel possui um restaurante de comida peruana contemporânea. Diárias para casal a partir de US$ 603, com meia pensão. Cc: aceita. Cuzco Hotel Tierra Viva Cusco Plaza (Calle Suecia 345, Cuzco, tierravivahoteles.com). Instalado em um antigo casarão colonial, tem 20 acomodações amplas e confortáveis. Os quartos contam com cama queen size, televisores de LCD, wi-fi e cofre. Ótimo custo-benefício. Diárias a partir de US$ 90 por pessoa, com café da manhã. Novotel Cusco (San Augustin 239 Esquina, Cuzco, novotel.com) O hotel, localizado próximo ao centro histórico de Cuzco, possui 99 quartos equipados com ar-condicionado, televisores, internet discada e cofres. As suítes têm decoração clean e funcional. Diárias a partir de US$ 125 por casal, sem café da manhã. Aranwa Cuzco Boutique (San Juan de Dios 255, Cuzco, aranwahotels.com) Aberto em uma mansão reformada do século 16, o hotel butique é o mais novo cinco estrelas da cidade. As suítes são espaçosas, decoradas com tapeçarias e buquês de lírios naturais. Nos corredores há móveis antigos e imponentes lustres de cristais. Diárias a partir de US$ 250 por casal, com café da manhã. Lima Casa Bella B&B Boutique Hotel (Av. De La Aviación, 656, Miraflores, Lima, casabellaperu.net) Com cara de casa, o hotel tem apenas 12 quartos. O mais em conta deles tem cama queen size e internet wi-fi grátis. Diárias a partir de US$ 60, com café da manhã. Cc: aceita. Sonesta Lima Hotel el Olivar (Pancho Fierro 194, Lima, sonesta. com) São 134 apartamentos luxuosos e equipados com ar-condicionado, frigobar, banheira, TV a cabo e wi-fi. Alguns possuem sauna e jacuzzi. O hotel também tem dois restaurantes (sendo um japonês), piscina, salão de beleza e academia. Diárias para casal a partir de US$ 180, com café da manhã. Cc: aceita. 89 Saqra (Avenida La Paz 646, Lima, saqra. pe) Especializado em pratos peruanos, este restaurante recém-inaugurado faz uma releitura da culinária do país, mesclando-a com tendências internacionais. Funciona de segunda a quinta, das 12h à 0h, e sextas e sábados, das 12h à 1h. Cc: aceita. $$ Ruínas de Machu Picchu Astrid & Gastón (Calle Cantuarias, 175, Miraflores, Lima, astridygaston.com). O restaurante já foi eleito um dos 50 melhores do mundo. Para conhecer bem a proposta do lugar, peça o menu degustação, servido em 11 passos, com 3 horas de duração. Aberto de segunda a sábado, das 12h30 às 13h30 e das 19h45 às 23h45. Cc: aceita. $$$. BOAS COMPRAS Lima Agua Y Tierra (Ernesto Diez Canseco 298, Lima, tel.: 511/ 444-6980) A loja tem roupas e acessórios tradicionais da Amazônia peruana e produtos de artesanato local. Funciona de segunda a sábado, das 10h às 14h e das 14h30 às 18h. Cc: não aceita. Pisac Fotos: Shutterstock Mercado de Pisac (Plaza Constitución, Pisac) O mercado é uma das grandes atrações do povoado. Abre às terças, quintas e domingos pela manhã. Gay Lima Country Club Lima (Los Eucaliptos, 590, San Isidro, Lima, hotelcountry. com). Instalado em uma construção de 1927, é sofisticado e elegante. Localizado a 15 minutos do centro, ele tem 83 suítes, academia, piscina e tem parceria com Lima Golf Club, que fica em frente ao hotel. Diárias a partir de US$ 240. Cc: aceita. Comer Aguas Calientes Tree House (Calle Huanacaure, 180, Aguas Calientes, rupawasi.net) Fica no hotel Rupa Wasi e oferece gastronomia contemporânea. Oferece cursos de culinária. Aberto diariamante, das 11h30 às 15h e das 19h às 23h. Cc: aceita. $$ Sumaq Cuisine (Avenida Hermanos Avar Mz 1 Lote 3, Águas Calientes, machupicchuhotels-sumaq.com) Fica no hotel Sumaq e oferece pratos típicos com toque sofisticado. Aberto diariamente, das 5h às 22h. Cc: aceita. $$$ 90 Cuzco Incanto (Santa Catalina Angosta 135, Cuzco, cuscorestaurants. com) Este restaurante une culinária italiana e peruana. Seu cardápio inclui grande variedade de massas caseiras, queijos e hortaliças plantadas em fazenda própria. Abre diariamente, das 12h às 23h. Cc: aceita. $$ Limo (Portal de Carnes 236, Cuzco, cuscorestaurants.com) O conceito deste restaurante vanguardista é servir pratos coloridos e exóticos. Os rolinhos orientais são o destaque da casa. Funciona diariamente, das 11h às 23h. Cc: aceita. $$ Lima Café Café (Mártin Oyala 250, Lima, cafecafe.com.pe) É uma ótima opção para refeições leves e rápidas. A pedida é o famoso vegetariano que leva champignon, pimentão e verduras. Funciona diariamente, das 8h30 à 1h30. Cc: aceita. $ Gitano 2050 (Avenida Berlim 231, Lima, discotecas.com.pe/gitano-2050) A casa é a mais conhecida no cenário gay de Lima pelas noites regadas a música eletrônica. Abre de quarta a domingo, a partir das 22h. Entrada: a partir de S/ 10. Cc: aceita. Hedonism Cafe Bar (Avenida Ignácio Merino 1700, Lima, discotecas.com.pe/ hedonism-cafe-bar) Frequentado por homens e mulheres, o bar oferece happy hours nos fins de tarde e ambiente para dançar à noite. Aberto de terça a domingo, a partir das 18h. Não cobra entrada. Cc: aceita. Kids Lima El Parque de Las Leyendas (Avenida de Las Leyendas 580-586, Lima, leyendas.gob.pe) O zoológico é o principal passeio para a criançada, que se diverte com os animais em seu habitat natural. Abre diariamente, das 6h às 20h. Entrada: S/ 10. 91