Peru
Terra de
peru
lendas e histórias
Os enigmas de Machu Picchu e dos sítios arqueológicos de Cuzco garantem que
o viajante volte extasiado de qualquer jornada ao país andino
Fotos: Dreamstime e Tarcila Ferro
Por Tarcila Ferro
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Fotos: Tarcila Ferro
se projeta de maneira perfeita em um vale entre
dois grandes picos forrados de vegetação. Reina
absoluta, a 2.492 metros de altitude. A arquitetura
revela um trabalho meticuloso, com o aproveitamento de pedras encaixadas e justapostas usadas para criar templos, armazéns, casas, terraços
de cultivo, longas escadarias e até um palácio erguido para o imperador Pachacutec, o responsável pela construção da cidadela em 1450.
O mundo só conheceu Machu Picchu, que na
língua quéchua significa “Velha Montanha”, mais
de quatro séculos depois, quando o explorador
americano Hiram Bingham, guiado por um garoto camponês de 11 anos, foi levado até o local.
A “descoberta” fez da cidade perdida dos incas
o maior e mais importante sítio arqueológico da
América do Sul. Um lugar que, misteriosamente,
perdeu todos os seus habitantes, antes mesmo
de os colonizadores europeus chegarem.
Várias teorias já surgiram para explicar a história e os motivos que levaram ao seu abandono. As
hipóteses são muitas, as comprovações, poucas.
“A certeza que temos é que os espanhóis nunca
chegaram até aqui e que os habitantes de Machu
Picchu não morreram por falta de água. A ideia
que se tratava de um santuário de mulheres também não se sustenta mais”, explicam os guias.
Seja qual for a verdadeira razão, o que vale mesmo é curtir a energia inigualável deste lugar.
O
Visitantes fazem
seu próprio ritual
para entrar em
Machu Picchu
(acima). A cidade
Inca é ainda mais
bela quando vista do
alto de Wayna Picchu
(página ao lado).
O vilarejo de Aguas
Calientes é a porta
de entrada para
os turistas
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dia começava a clarear e a fila
para entrar no Parque Nacional
de Machu Picchu já era grande.
Ele abre pontualmente às seis
horas da manhã e ninguém quer
perder nada. Nem poderia, afinal, dizem que o
nascer do sol ali é o mais belo do mundo. Na
fila, o bate-papo é empolgado entre a turminha
da ioga, descontraído entre a galera mochileira,
sonolenta no grupo de americanos vestidos com
o modelito a la Indiana Jones e ponderado entre
os europeus endinheirados, que deram poucos
passos para chegar à fila, já que estão hospedados no Sanctuary Lodge, na porta do parque.
Apesar das diferenças culturais e linguísticas de
cada um deles, o objetivo ali era um só: render-se aos mistérios da mais fascinante cidade inca.
Eu estava duplamente empolgada, não só
pela chance de visitar um dos lugares mais intrigantes do mundo, mas também para subir Wayna
Picchu, a montanha que coroa a cidadela. Do seu
topo, a 2.700 metros, tem-se as mais belas paisagens. Fui avisada que a subida é extenuante, com
trechos íngremes e muitas vezes sem corda de
auxílio para segurar. Mas Wayna Picchu para mim,
com preparo ou sem preparo, era imperdível.
A reserva abriu e a horda de visitantes começou a caminhar em fila indiana em direção às
ruínas. Quando elas apareceram no final do caminho, tive a certeza que tudo aquilo que já li e
ouvi sobre o local não é exagero. Machu Picchu
Há tempos Machu
Picchu deixou de ser
um destino que só
atrai mochileiros,
pesquisadores e
“bichos-grilo”
O tour básico dura em média duas horas. Alguns visitantes pedem arrego antes e jogam-se nos
gramados para descansar, comer um lanchinho e
até tirar uma soneca. Afinal, pode-se aproveitar o
parque até as 17 horas. Ter um guia faz toda a diferença para quem quiser realmente mergulhar na
história. Os que preferem explorá-lo por conta própria acabam pegando carona nos grupos guiados.
Mas para quem vai subir Wayna Picchu,
o ideal é começar o passeio por ela. Por dia,
apenas 400 pessoas podem percorrer os caminhos que levam ao topo do pico. Na guarita localizada logo atrás da Rocha Sagrada,
um vigia fiscaliza a quantidade de pessoas e
marca os horários de partida e retorno. Bem
diferente do que acontecia na década de 60,
quando aventureiros e hippies embrenhavam-se na montanha e pernoitavam nas ruínas.
Hoje, tudo que envolve o sítio é cercado de
zelo e cuidado. E essa não é a única mudança.
Há tempos Machu Picchu deixou de ser um
destino que só atrai mochileiros, pesquisadores
e “bichos-grilo” dispostos a passar por um verdadeiro calvário. Mesmo quem decide fazer a
Trilha Inca, o emblemático caminho de 42 quilômetros percorrido em quatro noites, conta com
o serviço de carregadores, guias credenciados,
barracas, colchões e comida feita na hora.
Mas apenas uma parte dos 3.500 visitantes
que chegam ao parque todos os dias vem caminhando. A maioria prefere os trens que partem
da cidade de Ollantaytambo até Águas Calientes, vilarejo que serve de porta de entrada para
as ruínas. Pela Inca Rail, por exemplo, os noventa
minutos de trajeto podem ser feitos em vagões
sofisticados, com poltronas de couro reclináveis,
janelões para admirar a paisagem, refeições saborosas e serviço de bordo que paparica os viajantes com pisco-sour, a tradicional bebida feita
com água ardente destilada de uva. Os dispostos
a pagar menos podem optar pela classe turística,
que apesar de não contar com as mesmas regalias, não é ruim em questão de conforto.
A melhora não foi apenas em termos de
transporte; a hospedagem no povoado também teve um upgrade de categoria. Há muitos
hostels e pensões em Águas Calientes. Também
encontram-se hotéis de primeira, como o charmoso Sumaq, único cinco estrelas do vilarejo,
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erguido em frente ao Rio Urubamba. O empreendimento aberto há quatro anos destaca-se pelo
spa e por seu restaurante especializado em comida peruana contemporânea. Moral da história:
só passa aperto em Machu Picchu quem quiser.
O Vale Sagrado dos
Incas é hoje um
lugar voltado para a
meditação e o descanso
Em terra sagradas
Folha de coca, chá de coca, pastilhas, a ideia
era passar ilesa ao soroche, como é chamado
o mal-estar causado pela altitude. Mas não foi
bem assim que as coisas aconteceram... Tudo
corria bem até eu deixar Água Calientes e retornar a Ollantaytambo, situada a três mil metros de
altitude. Reforço de água, um pouco mais de chá
e o cilindro de oxigênio ajudaram a aliviar os sintomas – basicamente dor de cabeça e náuseas.
O contratempo não ofuscou a beleza do Vale
Sagrado. A região se limita aos extremos dos
sítios arqueológicos de Pisac e Ollantaytambo,
dois pontos imperdíveis para os interessados
em conhecer mais sobre os Incas e os povos
que os precederam. A área é sagrada em função do Rio Urubamba, responsável por fertilizar
as terras ao redor. Os terraços de cultivo acompanham a estrada e ressaltam a vocação agrícola do local. Entre as plantações, figura a de
milho branco, considerado o melhor do mundo.
Além da agricultura e das ruínas históricas, o
Vale tem um apelo místico muito forte. Este lado
mais exotérico impulsionou uma onda de centros
Fotos: Dreamstime, Shutterstosk e Tarcila Ferro
Mas voltemos à subida a Wayna Picchu. Ela é
permeada por trilhas bem estreitas, com poucos
trechos de apoio e raros pontos para descanso.
Os percalços do caminho são compensados
pela vista que se tem a cada metro vencido. Do
alto, a cidadela ganha o formato de um condor.
Segundo a crença inca, essa ave era responsável por fazer a ligação entre a terra e o céu.
Até lá em cima, somou-se quase uma hora e
meia. O topo da montanha é coberto de rochas
pontiagudas que rendem fotos bacanas aos que
têm coragem de chegar até a extremidade das pedras. Reserve pelo menos 40 minutos no alto para
contemplar o visual. A descida, apesar de menos
cansativa, é mais perigosa, com partes onde o
caminho beira desfiladeiros. Três horas depois, eu
retornava à guarita aos pés de Wayna Picchu.
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de espiritualidade e meditação. Isso sem contar
os hotéis focados em proporcionar experiências
de “autoconhecimento”. Boa parte deles tem spas
bacanérrimos, cujos métodos são baseados em
conceitos e crenças dos povos que viveram nos
Andes. O Unno, Spa do luxuoso hotel Aranwa, é o
maior centro de bem-estar da região, com 2.500 m².
Conta com um amplo menu de massagens e terapias andinas focadas em banhos especiais à base
de infusão de ervas, esfoliação corporal feita com o
sal retirado das salinas de Maras (cidade do distrito
de Urubamba), e até um ritual para purificação do
organismo. Tudo muito bom, tudo muito zen.
A 60 quilômetros dali, o povoado ancestral de
Pisac é um dos mais importantes do Vale Sagrado.
Acredita-se que era um local para estudos astronômicos e para experimentação de novas lavouras.
Ele se divide em duas partes: a colonial – que se
desenvolveu próxima ao rio – e o complexo arqueológico, erguido em uma montanha a 9 km do centro. Para percorrer o conjunto, é preciso, em média,
uma hora. Caminha-se por íngremes escadarias e
trilhas que levam aos antigos terraços, as edificações e o Templo do Sol, ponto central do sítio.
Esse povoado se enche de cor na época da
Festa a Virgem do Carmo, entre os dias 16 e
18 de julho. Procissões saem pelas ruas, acontece queima de fogos, apresentações musicais
e as costumeiras barraquinhas de comida são
armadas na praça central. No restante do ano,
vale a pena andar pelas suas vielas de pedras.
A fusão da herança ancestral com a cultura deixada pelos colonizadores é sentida nas construções e no modo como vivem os moradores.
No telhado de muitas casas, podem ser vistos
pequenos altares com objetos que dizem muito
de quem mora no lugar. Basicamente, uma cruz
andina (que representa a fé e a religião do dono
da casa), um casal de touros (menção à família,
no folclore local), a bandeira de Cuzco e pequenos cestos com grãos (uma forma de agradecimento pelo alimento conseguido no dia a dia).
Programe-se para visitar Pisac às terças,
quintas ou domingos pela manhã, quando o mercado de artesanato está em funcionamento na
Plaza Constitución. É um dos melhores lugares
para comprar artigos regionais, como ponchos,
gorros, mochilas coloridas, enfeites para casa,
O Vale Sagrado
dos Incas (página
anterior) tornou-se
um lugar voltado
para a meditação
e o bem-estar.
O Mercado de
Artesanato de Pisac
(acima) destacase por suas cores.
Assim como a
celebração da festa
da Virgem do Carmo
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Fotos: Fotolia e Tarcila Ferro
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desenhos em aquarela, suvenires e lembranças
curiosas – como um jogo de xadrez onde as peças representam a luta dos espanhóis contra os
Incas. Todo domingo também é celebrada uma
missa em Quéchua, com a participação das autoridades indígenas das comunidades vizinhas.
O convento de Santo Domingo
ergueu-se de maneira desoladora
sobre o templo inca de Koricancha
Cuzco, umbigo do mundo
O convento de
Santo Domingo
(acima) foi construído
sobre o Koricancha.
A Catedral de Cuzco
(ao lado) fica
toda iluminada
durante a noite
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Durante muito tempo, Cuzco foi apenas
um ponto de apoio para os visitantes que seguiam para Machu Picchu e o Vale Sagrado,
seus distritos mais procurados. A cidade,
cujo nome significa “umbigo do mundo” no
idioma quéchua, já teve um papel bem diferente na época em que foi a capital do Império Inca, até a chegada dos espanhóis. Os
colonizadores destruíram boa parte do que
encontraram e construíram sobre as ruínas
prédios nos estilos barroco e renascentista.
O curioso foi a criação de uma arquitetura
bem particular, com a fusão de elementos
europeus com a herança indígena.
O coração da cidade é a Plaza de Armas,
ponto de partida para qualquer passeio. Ela é rodeada de restaurantes e lojinhas de produtos artesanais, motivo que faz com que vendedores e
garçons abordem os visitantes insistentemente.
Destacando-se na praça está a Catedral
de Cuzco, edificação construída entre 1536 até
1650. Foram mais de 100 anos para erguê-la e,
assim que ficou pronta, um forte terremoto abalou boa parte de sua estrutura. O episódio está
retratado na enorme tela que decora o altar.
Muitas obras de arte que estão na catedral
foram feitas por artistas que pertenceram à Escola Cuzquenha.Trata-se de um movimento artístico que trabalhava, basicamente, com pinturas a
óleo em que se mesclava a iconografia indígena
com a espanhola. É atribuída à Escola Cuzquenha a versão peruana para a obra da Santa Ceia,
que também adorna o templo. Nela, o alimento
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servido é o cui, um roedor fofinho que figura entre
os pratos mais consumidos do país. O pão retratado é o de milho, e não de centeio. E, ao invés
do vinho, é servido a chicha (bebida fermentada
à base de milho). Outros destaques da igreja são
o coro, todo talhado em madeira, e o altar central
forrado com prata.
Estima-se que mais de 20 mil
homens trabalharam na construção
de Sacsayhuamán. A fortaleza
demorou 100 anos para ficar pronta
As enormes pedras
de Sacsayhuamán
engrossam a lista
dos mistérios
que envolvem a
civilização Inca.
Rochas de centenas
de toneladas
foram lapidadas
e encaixadas
perfeitamente para
criar a fortaleza
De lá, o destino é o convento de Santo Domingo, que se ergueu de modo desolador sobre
o Koricancha, um dos mais importantes templos Incas, dedicados ao culto ao deus Sol. De
original, sobrou apenas a muralha. Diz a lenda
que seu paredão de pedras era coberto com lâminas de ouro e prata. O interior da construção
também apresentava ambientes forrados com
o mais puro metal. Quando os colonizadores
chegaram, supostamente surrupiaram todos os
tesouros e construíram um insosso convento.
O trio de atrações imperdíveis em Cuzco conta ainda com o sítio arqueológico de Sacsayhuamán. Da Praça de Armas até lá são 45 minutos de
caminhada, ou melhor, dois quilômetros de subida íngreme. Vale a pena ir de ônibus, para economizar energia e poder gastá-la andando na vasta
área permeada por muralhas de pedras, onde um
único bloco pode pesar várias toneladas.
Quem iniciou as obras da fortaleza de Sacsayhuamán foi o imperador Pachacutec, no século 15. Estima-se que mais de 20 mil homens
trabalharam na construção da fortaleza, finalizada 100 anos depois. Pouco se vê do que restou da parte interna. A sensação mesmo são as
enormes rochas, cujas dimensões ampliadas
deixam qualquer visitante pequeno. Além disso,
elas suscitam a pergunta: como tudo isso foi
construído numa época sem ferramentas como
serras elétricas e guindastes?
Por sinal, esse pensamento rondou minha
mente durante toda a viagem. Lembrei de uma
reportagem muito antiga segundo a qual Machu
Picchu e as incríveis linhas de Nazca teriam sido
concebidas por extraterrestres. Na época, eu era
pequena demais para afirmar que aquilo era absurdo. Hoje, de frente às criações do mais importante império sul-americano, fico pensando
quão estranhos somos nós, que ficamos atrás
de teorias e argumentos para justificar o óbvio:
que a civilização Inca era, no mínimo, genial.
De passagem por Lima
É verdade que a capital peruana não goza da mesma aura que Cuzco
e, por isso, acaba quase sempre relegada ao primeiro ou último dia
da viagem. Isto é, na hora de sair e entrar no avião. Saiba, porém, que
ela é simpática, com uma ampla orla marítima, um centro colonial
que chama a atenção e algumas ruínas pré-colombianas. Mas não
é só isso. Sua culinária há muito tempo deixou de ser conhecida
apenas pelo ceviche e passou a figurar no mapa da gastronomia
internacional. Quando estiver na cidade, reserve pelo menos 24
horas para conhecê-la. Confira o roteiro que sugerimos:
9h00 - Templo Huallamarca. No bairro classudo de San Isidro,
esse templo desponta em meio às casas e à área comercial. Ele foi
erguido por um povo anterior aos próprios Incas, no século 5. A
ideia era que fosse um espaço de culto religioso e para sepultar os
mortos. A grande atração é a múmia de uma mulher, que conserva
quase dois metros de cabelos. Há outros14 templos semelhantes na
capital. Aberto de terça a domingo das 9h às 17h.
Templo Huallamarca
Plaza del Armas
10h00 – Miraflores. Vizinho a San Isidro, o bairro de Miraflores é o
point da moçada e das praias de Lima, que não chegam a empolgar se
comparadas com as nossas, mas valem o passeio. Na parte histórica,
não deixe de visitar o templo de Huaca Pucllana. Aproveite o passeio
no bairro para xeretar as lojinhas que se espalham por toda a região.
13h30 - Bosque das Oliveiras. Não estranhe ao encontrar em
Lima um Parque de Oliveiras. Mas é isso mesmo. Os espanhóis
trouxeram as árvores para o Peru e não poderiam imaginar
que a adaptação seria tão boa. Quase 500 anos depois, a área
tornou-se o Parque El Olivar, com 23 hectares e mais de 16 mil
árvores. Com vista para o belo bosque, o restaurante El Olivar (do
Hotel Sonesta) é uma boa dica para quem quer curtir o visual e
saborear pratos da comida peruana e da culinária internacional
A jornalista Tarcila Ferro viajou a convite da Lan Chile e
do Hotel Sumaq, com o apoio da Travel Ace.
JJ
El Olivar. Lima Pancho Fierro 194, San Isidro, sonesta.com/lima.
Diariamente das 12h30 às15h30 e das 19h à 1h.Cc: aceita
15h00 - Centro histórico. A vida pulsa mais forte na Plaza Mayor,
até pouco tempo atrás chamada de Plaza del Armas. Ao redor, os
visitantes podem ver o Palácio do Governo, que foi construído sobre
a antiga casa do conquistador espanhol Francisco Pizarro. A troca de
guarda acontece em frente ao palácio (segunda a sábado, a partir
das 11h45). Coroando a praça, a Catedral de Lima desponta com o
seu estilo renascentista. O Centro histórico abriga o Museu de Arte
Religiosa, com objetos sacros e pinturas dos séculos 17 e 18.
Igreja de São Francisco
Fotos: Dreamstime, Shutterstosk e Tarcila Ferro
17h00 - Igreja de São Francisco. Não vá embora do Centro
histórico sem visitar a Igreja de São Francisco. Trata-se de um dos
mais relevantes centros religiosos e culturais do país, fundado por
Francisco Pizarro em 1535. O melhor do passeio está reservado
para as catacumbas. Corredores subterrâneos construídos
embaixo da igreja levam aos antigos sepulcros, repletos de ossos
empilhados e crânios amontoados. Parece estranho, mas todos que
visitam dizem que vale a pena ir.
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JJ
Plaza San Francisco, museocatacumbas.com. Diariamente das 9h30
às 17h30. Entrada: 7 soles.
19h00 - Jantar no Saqra. Novidades gastronômicas pipocam a todo
instante em Lima, e uma delas é o restaurante Saqra. O cardápio,
repleto de invenções, combina bem com o ambiente moderninho e
lúdico do espaço. A especialidade é a comida peruana servida com
uma releitura contemporânea e um visual totalmente gourmet.
JJ
Avenida La Paz 646, Miraflores, saqra.pe. De segunda a quinta das
12h à 0h e sexta e sábado das 12h à 1h. Cc: aceita
Restaurante Saqra
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A moeda oficial do Peru é o
novo sol (“S/”). Um novo sol equivale a
R$ 0,68 (até o fechamento desta edição).
Lima tem duas horas a
menos em relação ao horário de Brasília.
A partir do Peru,
disque 00 + 55 (cód. do Brasil) + cód.
da cidade + nº do telefone. Para ligar
a cobrar, disque 0800 501 90 e siga
as instruções dadas em português.
li
Lima é uma cidade
sem grande variação climática. A
temperatura média anual é de 20ºC.
No verão, ela pode chegar a 28ºC e, no
inverno, a 12ºC. O ar é relativamente
úmido durante todo o ano. Em
Cuzco, o clima é geralmente seco e
temperado, com duas estações bem
definidas: seca entre abril e outubro
e chuvosa de novembro a março.
A LAN (0300 788
0045, lan.com) tem voo direto, ida
e volta, saindo de São Paulo, a partir
de R$ 635. Com a Taca (0800 761
8222, taca.com), o voo direto, ida e
volta, sai a partir de R$ 732. O voo
da Avianca (4004-4040, avianca.com.
br), ida e volta, com escala em Bogotá,
também sai a partir de R$ 732.
Obs.: Preços de passagens aéreas
cotados para voos no último
fim de semana de março.
A Flot (11/4504-4544,
flot.com.br) tem um pacote
de 5 noites para Lima, Cuzco e
Machu Picchu, com aéreo,
hospedagem e passeios a partir
de US$ 1.315. O pacote da Freeway
(11/5088-0999, freeway.tur.br) de
4 noites para Lima, Cuzco e Machu
Picchu com aéreo, hospedagem,
traslados, passeios e seguro viagem
sai a partir de US$ 1.484. A Raidho
(11/3383-1200, raidho.com.br)
tem pacote de 6 noites para Lima,
Cuzco, Machu Picchu e Vale
Sagrado com aéreo, hospedagem,
traslados, passeios, guia e seguro
viagem a partir de US$ 1.801.
Consulte também:
Ambiental (11/3118-4600,
ambiental.tur.br)
Peru: promperu.gob.pe
Lima: munlima.gob.pe
Cuzco: cuzco.com
Machu Picchu: machupicchu.org
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Ao visitar Cuzco, é
indicado que o turista adquira o Boleto
Turístico de Cuzco, que dá direito a
entrada em 16 atrações, como igrejas
e parques arqueológicos da região.
O bilhete é válido por 10 dias e sai
por S/ 130. Para mais informações,
acesse boletoturisticocusco.com.
Evite andar sozinho à noite na região da
Plaza de Armas, que é onde se concentram
os casos de roubos em Cuzco. Lembrese que a cidade está 3.400 metros acima
do nível do mar e isso pode causar mal
estar no primeiro dia de viagem. Evite
grandes esforços e hidrate-se bastante.
Passear
Cuzco
Qorikancha (Plazoleta de Santo
Domingo s/nº, Cuzco, tel: 518/ 4254234) Este templo do império Inca fica
aberto à visitação de segunda a sábado,
das 8h30 às 107h30, e aos domingos,
das 14h às 17h. Entrada: S/ 10.
Catedral de Cuzco (Plaza de Armas,
Cuzco, arzobispadodelcusco.org)
A principal Catedral da cidade abre
para visitas de segunda a quarta, sexta e
sábado, das 10h às 11h30, e diariamente,
das 14h às 17h30. Entrada: S/ 25.
Sacsayhuamán (45 minutos do centro
de Cuzco) O sítio arqueológico com mais
de 500 anos abre todos os dias para os
turistas, das 7h às 18h. Entrada: S/ 130.
Machu Picchu (machupicchu.org) Para
chegar até lá é preciso pegar um ônibus que
parte de Águas Calientes e custa US$ 15,50.
O Parque Nacional de Machu Picchu abre
diariamente, das 6h às 17h. Entrada: S/ 120.
Hospedar
Aguas Calientes
Apu Ausangate Hostal (Calle Sinchi
Roca B-3, Aguas Calientes) O hostel é
simples, mas aconchegante. Tem quartos
para 2 a 5 pessoas, restaurante e excelente
localização, próximo à estação de trem.
Diária para quartos compartilhados a partir
de US$ 50, com café da manhã. Cc: aceita.
La Cabaña Machu Picchu
(Av Pachacutec Mz-20,
lacabanamachupicchu.com). A decoração
rústica marca boa parte dos ambientes
desse hotel, conhecido pelo seu bom custobenefício. Os quartos são confortáveis e
contam com wi-fi, ar-condicionado, cofres
e televisores por satélite. Diárias a partir de
US$ 120 por pessoa, sem café da manhã.
Sumaq (Avenida Hermanos
Avar Mz 1 Lote 3, Machu Picchu,
machupicchuhotels-sumaq.com)
É o melhor hotel de Águas Calientes,
localizado aos pés de Machu Picchu e em
frente ao rio Urubamba. A decoração em
estilo andino do lobby e das áreas comuns
também está presente nos apartamentos.
No total são 60 quartos equipados com
TV a cabo, frigobar e banheira. O hotel
possui um restaurante de comida peruana
contemporânea. Diárias para casal a partir
de US$ 603, com meia pensão. Cc: aceita.
Cuzco
Hotel Tierra Viva Cusco
Plaza (Calle Suecia 345, Cuzco,
tierravivahoteles.com).
Instalado em um antigo casarão colonial,
tem 20 acomodações amplas e confortáveis.
Os quartos contam com cama queen size,
televisores de LCD, wi-fi e cofre. Ótimo
custo-benefício. Diárias a partir de US$
90 por pessoa, com café da manhã.
Novotel Cusco (San Augustin 239
Esquina, Cuzco, novotel.com) O hotel,
localizado próximo ao centro histórico
de Cuzco, possui 99 quartos equipados
com ar-condicionado, televisores, internet
discada e cofres. As suítes têm decoração
clean e funcional. Diárias a partir de
US$ 125 por casal, sem café da manhã.
Aranwa Cuzco Boutique (San Juan
de Dios 255, Cuzco, aranwahotels.com)
Aberto em uma mansão reformada do
século 16, o hotel butique é o mais novo
cinco estrelas da cidade. As suítes são
espaçosas, decoradas com tapeçarias e
buquês de lírios naturais. Nos corredores
há móveis antigos e imponentes lustres
de cristais. Diárias a partir de US$
250 por casal, com café da manhã.
Lima
Casa Bella B&B Boutique Hotel
(Av. De La Aviación, 656, Miraflores,
Lima, casabellaperu.net) Com cara de
casa, o hotel tem apenas 12 quartos. O
mais em conta deles tem cama queen size
e internet wi-fi grátis. Diárias a partir de
US$ 60, com café da manhã. Cc: aceita.
Sonesta Lima Hotel el Olivar
(Pancho Fierro 194, Lima, sonesta.
com) São 134 apartamentos luxuosos
e equipados com ar-condicionado,
frigobar, banheira, TV a cabo e wi-fi.
Alguns possuem sauna e jacuzzi. O hotel
também tem dois restaurantes (sendo
um japonês), piscina, salão de beleza e
academia. Diárias para casal a partir de
US$ 180, com café da manhã. Cc: aceita.
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Saqra (Avenida La Paz 646, Lima, saqra.
pe) Especializado em pratos peruanos,
este restaurante recém-inaugurado faz uma
releitura da culinária do país, mesclando-a
com tendências internacionais. Funciona
de segunda a quinta, das 12h à 0h, e sextas
e sábados, das 12h à 1h. Cc: aceita. $$
Ruínas de Machu Picchu
Astrid & Gastón (Calle Cantuarias, 175,
Miraflores, Lima, astridygaston.com). O
restaurante já foi eleito um dos 50 melhores
do mundo. Para conhecer bem a proposta do
lugar, peça o menu degustação, servido em
11 passos, com 3 horas de duração. Aberto
de segunda a sábado, das 12h30 às 13h30
e das 19h45 às 23h45. Cc: aceita. $$$.
BOAS COMPRAS
Lima
Agua Y Tierra (Ernesto Diez Canseco
298, Lima, tel.: 511/ 444-6980) A loja tem
roupas e acessórios tradicionais da Amazônia
peruana e produtos de artesanato local.
Funciona de segunda a sábado, das 10h às
14h e das 14h30 às 18h. Cc: não aceita.
Pisac
Fotos: Shutterstock
Mercado de Pisac (Plaza
Constitución, Pisac) O mercado é uma
das grandes atrações do povoado. Abre às
terças, quintas e domingos pela manhã.
Gay
Lima
Country Club Lima (Los Eucaliptos,
590, San Isidro, Lima, hotelcountry.
com). Instalado em uma construção de
1927, é sofisticado e elegante. Localizado
a 15 minutos do centro, ele tem 83 suítes,
academia, piscina e tem parceria com Lima
Golf Club, que fica em frente ao hotel.
Diárias a partir de US$ 240. Cc: aceita.
Comer
Aguas Calientes
Tree House (Calle Huanacaure, 180,
Aguas Calientes, rupawasi.net) Fica no
hotel Rupa Wasi e oferece gastronomia
contemporânea. Oferece cursos de
culinária. Aberto diariamante, das 11h30
às 15h e das 19h às 23h. Cc: aceita. $$
Sumaq Cuisine (Avenida Hermanos
Avar Mz 1 Lote 3, Águas Calientes,
machupicchuhotels-sumaq.com) Fica
no hotel Sumaq e oferece pratos típicos
com toque sofisticado. Aberto diariamente,
das 5h às 22h. Cc: aceita. $$$
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Cuzco
Incanto (Santa Catalina Angosta
135, Cuzco, cuscorestaurants.
com) Este restaurante une culinária
italiana e peruana. Seu cardápio inclui
grande variedade de massas caseiras,
queijos e hortaliças plantadas em
fazenda própria. Abre diariamente,
das 12h às 23h. Cc: aceita. $$
Limo (Portal de Carnes 236, Cuzco,
cuscorestaurants.com) O conceito
deste restaurante vanguardista é
servir pratos coloridos e exóticos.
Os rolinhos orientais são o destaque
da casa. Funciona diariamente,
das 11h às 23h. Cc: aceita. $$
Lima
Café Café (Mártin Oyala 250, Lima,
cafecafe.com.pe) É uma ótima opção
para refeições leves e rápidas. A pedida é o
famoso vegetariano que leva champignon,
pimentão e verduras. Funciona diariamente,
das 8h30 à 1h30. Cc: aceita. $
Gitano 2050 (Avenida Berlim 231, Lima,
discotecas.com.pe/gitano-2050) A casa
é a mais conhecida no cenário gay de Lima
pelas noites regadas a música eletrônica.
Abre de quarta a domingo, a partir das 22h.
Entrada: a partir de S/ 10. Cc: aceita.
Hedonism Cafe Bar (Avenida Ignácio
Merino 1700, Lima, discotecas.com.pe/
hedonism-cafe-bar) Frequentado por
homens e mulheres, o bar oferece happy
hours nos fins de tarde e ambiente para
dançar à noite. Aberto de terça a domingo, a
partir das 18h. Não cobra entrada. Cc: aceita.
Kids
Lima
El Parque de Las Leyendas
(Avenida de Las Leyendas 580-586,
Lima, leyendas.gob.pe) O zoológico
é o principal passeio para a criançada,
que se diverte com os animais em seu
habitat natural. Abre diariamente,
das 6h às 20h. Entrada: S/ 10.
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