Explorando os mistérios do Universo com o LHC Arthur M. Moraes University of Glasgow Seminário de Física: Colégio Visão 26 de Setembro 2008 Goiânia, GO Sumário: I. Introduço a. CERN; b. Física de partículas no século XXI; II. Grande Colisor de Hádrons III. ATLAS IV. GRID no LHC V. O que se espera do LHC? A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 2 A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 3 “De onde é que tudo veio?” “De onde é que tudo veio?” A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 3 CERN: Laboratório Europeu para Pesquisa Nuclear O maior laboratório de física de partículas do mundo! Mais de 50 anos de: - pesquisa fundamental e descobertas (incluindo premios Nobel em física). - inovação tecnológica e transferência de tecnologia para a sociedade (“World Wide Web”, por exemplo); - treinamento e educação (jovens pesquisadores, alunos e professores); - cooperação internacional. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 4 ...um pouco de história. 1952: com o objetivo de restaurar pesquisa científica na Europa, 11 países europeus assinam acordo para se criar “Conseil Européen pour la Recherche Nucleire” (CERN). Genebra (Suíça) é escolhida para a construção do laboratório. 1954: O Laboratório Europeu para Pesquisa Nuclear é fundado (12 países membros!). CERN torna-se um dos primeiros exemplos de cooperação científica pós-guerra. Genebra, 1953: jornal local anuncia a escolha do terreno para a instalação do laboratório. CERN, 1955: instalação da pedra fundamental! A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 5 Em pouco mais de 50 anos: Prêmios Nobel: cientistas do CERN receberam prêmios Nobel em 1976, 1984, 1988 e 1992. George Charpak (1992) Carlo Rubia (1984) T. Berners-Lee (inventor da World Wide Web) Samuel Ting (1976) Exemplos de outras contribuições em: medicina; tecnologia para produção alternativa de energia; melhoramento de métodos industriais (bombas de vácuo, eletrônica de resposta rápida, etc); formação de mão de obra altamente qualificada em novas tecnologias. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 6 CERN hoje: 20 países membros A. Moraes 6 países “observadores” Brasil: 68 participantes (físicos e engenheiros) Orçamento anual: ~ 1.000 MCHF (~R$ 1.500 M) GB contribui £78M: aprximadamente 1 cafézinho por cidadão britânico! Goiânia, 26 de Setembro 2008. 7 Principal objetivo do CERN: Avançar a ciência! Matéria Átomos Elétron Próton Quarks Núcleo Nêutron 10-10m 10-14m 10-15 - 10-18m Entender as leis fundamentais da natureza através do estudo das partículas elementares e suas interações. Física de partículas permite-nos decifrar a estrutura e evolução do Universo: do infinitamente “pequeno” ao infinitamente “grande”. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 8 Como se estuda partículas elementares e suas interações? A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 9 Como se estuda partículas elementares e suas interações? Acelera-se dois feixes de partículas (prótons, por exemplo) à velocidades próximas da velocidade da luz e faz-se com que eles se colidam. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 10 Como se estuda partículas elementares e suas interações? Acelera-se dois feixes de partículas (prótons, por exemplo) à velocidades próximas da velocidade da luz e faz-se com que eles se colidam. Os prótons que colidem são quebrados em seus componentes fundamentais (por exemplo, quarks). Esses constituintes fundamentais interagem à altas energias: Estuda-se a maneira como matéria fundamental se comporta; (Novas) partículas pesadas podem ser produzidas nas colisões (E=mc2) ; quanto mais alta a energia do acelerador, mais pesadas sao as partículas que podem ser produzidas. Essas partículas pesadas decaem em partículas mais leves (e conhecidas: elétrons, fótons, etc). A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 10 Como se estuda partículas elementares e suas interações? Acelera-se dois feixes de partículas (prótons, por exemplo) à velocidades próximas da velocidade da luz e faz-se com que eles se colidam. Os prótons que colidem são quebrados em seus componentes fundamentais (por exemplo, quarks). Esses constituintes fundamentais interagem à altas energias: Estuda-se a maneira como matéria fundamental se comporta; (Novas) partículas pesadas podem ser produzidas nas colisões (E=mc2) ; quanto mais alta a energia do acelerador, mais pesadas sao as partículas que podem ser produzidas. Essas partículas pesadas decaem em partículas mais leves (e conhecidas: elétrons, fótons, etc). Colocando-se “poderosos” e “high-tech” detetores ao redor do pontos de colisão, nós podemos reconstruir as interações através dos sinais deixados pelas partículas produzidas na colisão. ATLAS CMS A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 10 Ingredientes para física de partículas: 1) Aceleradores: túneis no sub-solo (geralmente anéis) contendo campos elétricos para acelerar partículas à altas energias (incrementalmente a cada volta), e eletroímãs para curvar of feixes de partículas e promover as colisões. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 11 Ingredientes para física de partículas: 1) Aceleradores: túneis no sub-solo (geralmente anéis) contendo campos elétricos para acelerar partículas à altas energias (incrementalmente a cada volta), e eletroímãs para curvar of feixes de partículas e promover as colisões. e+ e- p- p+ Aceleradores são “poderosos e gigantescos microscópios pra se explorar os menores constituíntes da matéria”. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 11 Ingredientes para física de partículas: 1) Aceleradores: túneis no sub-solo (geralmente anéis) contendo campos elétricos para acelerar partículas à altas energias (incrementalmente a cada volta), e eletroímãs para curvar of feixes de partículas e promover as colisões. 2) Detetores: instrumentos de alta tecnologia utilizados para identificar e medir (energia, trajetória, etc) os produtos das colisões. A. Moraes Goiânia, Goiâni ia, 26 de Setembro 2008. 12 Ingredientes para física de partículas: 1) Aceleradores: túneis no sub-solo (geralmente anéis) contendo campos elétricos para acelerar partículas à altas energias (incrementalmente a cada volta), e eletroímãs para curvar of feixes de partículas e promover as colisões. 2) Detetores: instrumentos de alta tecnologia utilizados para identificar e medir (energia, trajetória, etc) os produtos das colisões. 3) Computadores (muitos!!!): armazenar, distribuir e analisar a quantidade enorme de dados produzida pelos detetores, permitindo que se reconstrua o “evento” ocorrido na colisão. LHC: 15 PetaBytes / ano de dados armazenados. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 13 Ingredientes para física de partículas: 1) Aceleradores: túneis no sub-solo (geralmente anéis) contendo campos elétricos para acelerar partículas à altas energias (incrementalmente a cada volta), e eletroímãs para curvar of feixes de partículas e promover as colisões. 2) Detetores: instrumentos de alta tecnologia utilizados para identificar e medir (energia, trajetória, etc) os produtos das colisões. 3) Computadores (muitos!!!): armazenar, distribuir e analisar a quantidade enorme de dados produzida pelos detetores, permitindo que se reconstrua o “evento” ocorrido na colisão. LHC: 15 PetaBytes / ano de dados armazenados. A. Moraes Balloon (30 Km) CD stack with 1 year LHC data! (~ 20 Km) Concorde (15 Km) Mt. Blanc (4.8 Km) Goiânia, 26 de Setembro 2008. 13 O Grande Colisor de Hádrons - CERN (Large Hadron Collider) O acelerador mais poderoso já construído! e também... os detetores mais sofisticados... a mais avançada estrutura computacional... a maior colaboração internacional em ciências... os mais inovativos conceitos e tecnologias. (criogenia, novos materiais, eletrônica, transmissão e armazenagem de dados, etc.) Todos esses elementos combinados nesse que é o maior e (um dos...?) mais ambicioso projeto não apenas em física de partículas, mas em ciências em geral! Dados estão sendo coletados desde o dia 10 de Setembro! A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 14 Testes provaram que o LHC consegue sustentar feixes circulando em ambas as direções! Próximo passo: promover colisões. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 15 Testes provaram que o LHC consegue sustentar feixes circulando em ambas as direções! . 009 2 e d bril A em ) s a Próximo passo: promover colisões. pen a ( s da a i c i ão in r e s es õ s i l Co A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 15 O LHC é um acelerador circular, instalado a 100m de profundidade no subsolo na fronteira entre França e Suíça. Dois feixes de prótons serão acelerados em direções opostas, próximos da velocidade da luz. Os feixes se cruzarão em quatro pontos, onde quatro experimentos (grandes detetores) estão instalados. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 16 O LHC é um acelerador circular, instalado a 100m de profundidade no subsolo na fronteira entre França e Suíça. Dois feixes de prótons serão acelerados em direções opostas, próximos da velocidade da luz. Os feixes se cruzarão em quatro pontos, onde quatro experimentos (grandes detetores) estão instalados. LHC: Anel de 27 Km CERN Fronteira Franco-Suíça Aeroporto de Genebra A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 16 Quatro experimentos medirão os produtos das colisões do LHC: ATLAS, CMS, LHCb e ALICE Grupos brasileiros estão envolvidos nos trabalhos de todos os quatro experimentos. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 17 O Grande Colisor de Hádrons - CERN Energia das colisões de prótons: 14TeV (14 x 1012 eV). ~7 vezes maior do que é produzido atualmente! A energia armazenada ao longo do anel é de ~360MJ. Comparável à: Energia cinética de 1 navio de cruzeiro de 10.000 tons. movendo-se a 30 Km/h. Energia liberada em 80 Kg de TNT. Energia necessária para se derreter 500 Kg de cobre. Energia necessária para aquecer 1 metro cúbico de água em 850 C (uma tonelada de chá...). Talvez os componentes mais complexos do LHC sejam os 1232 eletroímãs supercondutores que geram um campo magnético de 8.3T (necessario para curvar os feixes de 7 TeV no anel). Eles utilizam 7,600 Km cabos supercondutores de NbTi e funcionam à uma temperatura de 1.9K. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 18 Detetores em Física de Partículas A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 19 Detetores em Física de Partículas Detetores são projetados para cobrir o máximo possivel em regiões anlgulares envolvendo o ponto de interação. A função primordial de um detetor de partículas é medir a quantidade máxima de partículas produzidas bem como suas propriedades. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 19 Detetores funcionam como câmeras digitais capazes de tirar “fotos” das colisões de prótons. - No LHC a frequência de colisões pp é de 40 milhões por segundo! - Numa situaço “normal”, espera-se que o detetor registre e grave 100 “fotos” por segundo. Técnicas computacionais altamente sofisticadas são utilizadas para se reconstruir sinais produzidos pelas partículas em várias partes do detetor. Simulação de um “micro buraconegro” no detetor ATLAS: imagem mostraA.seção Moraestransversa do detetor. Goiânia, 26 de Setembro 2008. 20 A Toroidal LHC AparatuS - ATLAS A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 21 A Toroidal LHC AparatuS - ATLAS ~7,000 toneladas ~100 milhões de canais eletrônicos ~3,000 Km de cabos A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 22 A Toroidal LHC AparatuS - ATLAS pessoas... ~7,000 toneladas ~100 milhões de canais eletrônicos ~3,000 Km de cabos A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 22 Detetor ATLAS: Colaboração Maior detetor de partículas do mundo! Mais de 2500 cientistas... 37 países participantes. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 23 Detetor ATLAS: Instalação A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 24 Detetor ATLAS: Instalação 2003 October 2005 A. Moraes October 2004 October 2006 August 2005 November 2007 Goiânia, 26 de Setembro 2008. 24 Detetor ATLAS: Instalação 29 de Fevereiro 2008: Último “grande” componente do detetor ATLAS é instalado - “pequenas rodas” (~10m em diâmetro, pesando ~100tons) A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 25 “Traços” produzidos por raios cósmicos, detetados pelos sistemas SCT e TRT ATLAS event:JiveXML_39297_00084 run:39297 ev:84 geometry: <default> Atlantis Medidas de raios cósmicos são -100 0 Y (cm) 100 fundamentais para o comissionamento do detetor: combina-se DAQ, computação online e oine. 0 -100 A. Moraes X (cm) 100 Goiânia, 26 de Setembro 2008. 26 A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 27 A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 28 Computação no LHC: GRID Balloon (30 Km) Cada experimento do LHC produzirá ~10PB de dados por ano. CD stack with 1 year LHC data! (~ 20 Km) 1PB = 106 GB Quantidade total de dados corresponde a ~20 milhões de DVDs Concorde (15 Km) Mt. Blanc (4.8 Km) A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 29 Computação no LHC: GRID Balloon (30 Km) Cada experimento do LHC produzirá ~10PB de dados por ano. CD stack with 1 year LHC data! (~ 20 Km) 1PB = 106 GB Quantidade total de dados corresponde a ~20 milhões de DVDs ~100.000 computadores (dentre os mais Concorde (15 Km) modernos e rápidos) sero utilizados nas análises de dados. Análise: separar sinal do “ruído” Mt. Blanc (4.8 Km) A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 29 Computação no LHC: GRID Balloon (30 Km) Cada experimento do LHC produzirá ~10PB de dados por ano. CD stack with 1 year LHC data! (~ 20 Km) 1PB = 106 GB Quantidade total de dados corresponde a ~20 milhões de DVDs ~100.000 computadores (dentre os mais Concorde (15 Km) modernos e rápidos) sero utilizados nas análises de dados. Análise: separar sinal do “ruído” A Colaboração internacional que trabalha Mt. Blanc (4.8 Km) nos experimentos está distribuída em todo o globo: recursos computacionais precisam também estar distribuídos. Europa: 267 institutos 4603 usuários em outros constinentes: 208 institutos 1632 usuários A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 29 Mais alguns números do LHC... Número de voltas que os prótons vão dar no anel do LHC em 1 s: ~11.000 Número de colisões em 1 s: 40 milhões Número de partículas produzidas por colisão: ~100 partículas primárias trajetórias reconstruídas com ~10m de precisão (1m = 10-6m) Temperatura para operação do acelerador: 1.9K (mais frio do que no espaço intergalático) Peso do detetor CMS: ~13.000 tons. (30% maior do que a Torre Eiel) Quantidade de cabos utilizados para transferir os sinais medidos pelo ATLAS: ~3000Km Dados gravados pelos experimentos em 1 ano: pilha de 20Km de CDs Número de físicos trabalhando no projeto: >4000 (cientistas dos 5 continentes) Custo total (acelerador + detetores): ~ 6000 MCHF. “O maior e mais ambicioso projeto em física de partículas e um dos mais ambiciosos em ciências em geral.” A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 30 Mais alguns números do LHC... Número de voltas que os prótons vão dar no anel do LHC em 1 s: ~11.000 Número de colisões em 1 s: 40 milhões Número de partículas produzidas por colisão: ~100 partículas primárias trajetórias reconstruídas com ~10m de precisão (1m = 10-6m) Temperatura para operação do acelerador: 1.9K (mais frio do que no espaço intergalático) Por que??? Peso do detetor CMS: ~13.000 tons. (30% maior do que a Torre Eiel) Quantidade de cabos utilizados para transferir os sinais medidos pelo ATLAS: ~3000Km Dados gravados pelos experimentos em 1 ano: pilha de 20Km de CDs Número de físicos trabalhando no projeto: >4000 (cientistas dos 5 continentes) Custo total (acelerador + detetores): ~ 6000 MCHF. “O maior e mais ambicioso projeto em física de partículas e um dos mais ambiciosos em ciências em geral.” A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 31 Destruição do Planeta (e um “pedacinho” da Galáxia)? A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 32 Destruição do Planeta (e um “pedacinho” da Galáxia)? LHC? oops!!! A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 32 Destruição do Planeta: muito pouco provável! A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 33 Destruição do Planeta: muito pouco provável! Fluxo de Raios Cósmicos A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 33 O Modelo Padrão das interações elementares As partículas elementares e suas interações são descritas por uma teoria (“Modelo Padrão”) verificada experimentalmente com extrema precisão nos últimos 35 anos no CERN e em outros laboratórios. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 34 Questões em aberto e mistérios não explicados pelo Modelo Padrão: Qual é a origem das massas das partículas? O que é a matéria escura presente no Universo? Qual é a origem da assimetria matéria-antimatéria do Universo? Quais eram os constituíntes do plasma primordial do Universo, ~10s após o Big-Bang? Como se deu a evolução inicial do Universo, ~10-10s após o Big-Bang? etc... A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 35 Questões em aberto e mistérios não explicados pelo Modelo Padrão: Qual é a origem das massas das partículas? ATLAS, CMS O que é a matéria escura presente no Universo? ATLAS, CMS Qual é a origem da assimetria matéria-antimatéria do Universo? LHCb Quais eram os constituíntes do plasma primordial do Universo, ~10s após o Big-Bang? ALICE Como se deu a evolução inicial do Universo, ~10-10s após o Big-Bang? ATLAS, CMS etc... O LHC vai contribuir decisivamente para a elucidação destes e outros mistérios. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 35 Perspectiva histórica (I): W boson 1982 – Primeiro ciclo extendido de medidas físicas com UA1 e UA2 CERN SppS – s=546GeV UA1 L=5x10288cm-2s-1 total equivalente à ~20nb-1 (30 days) Z boson Descobre-se os bósons W e Z (“apenas” alguns meses de trabalho em análise) UA1 A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 36 Perspectiva histórica (I): W boson 1982 – Primeiro ciclo extendido de medidas físicas com UA1 e UA2 UA1 CERN SppS – s=546GeV L=5x10288cm-2s-1 total equivalente à ~20nb-1 (30 days) Z boson Descobre-se os bósons W e Z (“apenas” alguns meses de trabalho em análise) Desafios (destacando-se apenas alguns…) UA1 Novo regime experimental. Pouco conhecimento da física observada com essas altas energias (“jatos” haviam acabado de ser descobertos !) A. Moraes Qual foi o fator decisivo para as descbertas? Altas energias foram o fator principal: quase 10 vezes maior do que a energia da fronteira anterior (ISR). Permitiu-se a abertura de novas regiões no espaço de fase. Goiânia, 26 de Setembro 2008. 36 Perspectiva histórica (II): 1987– Primeiro ciclo extendido de medidas físicas do CDF no Fermilab Tevatron – s=1.8TeV L=5x10288cm-2s-1 (~1% valor máximo experado) total de eventos coletados ~20nb b-1 Nada novo emergiu desse ciclo! Tevatron A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 37 Perspectiva histórica (II): 1987– Primeiro ciclo extendido de medidas físicas do CDF no Fermilab Tevatron – s=1.8TeV L=5x10288cm-2s-1 (~1% valor máximo experado) total de eventos coletados ~20nb b-1 Nada novo emergiu desse ciclo! Precisou-se de “um bom tempo” para que CDF pudesse verdadeiramente explorar novo território. Tevatron Qual foi o fator decisivo? Com apenas 3 vezes mais energia de centro-de-massa, não se foi possível compensar a grande quantidade de dados já acmulados por UA1 and UA2. A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 37 O que se espera do LHC? Programação do LHC 2008-2009: LHC completamente resfriado a partir de Julho 2008. Comissionamento dos feixes de partículas assim que o resfriamento for concluído e mantido. Primeiras colisões / coleta de dados para análise física a s=10 TeV: Outubro 2008. Coleta de dados deve durar ~2 meses. Ciclo de funcionamento “piloto”: espera-se atingir uma luminosidade de 1032 cm-2.s-1 até o fim de 2008 (~1% da luminosidade máxima projetada). Ciclo de coletas em 2009: espera-se operar à s=14 TeV, atingindo-se 1033 cm-2.s-1 (talvez até valores mais altos!). A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 38 O que se espera do LHC? Programação do LHC 2008-2009: LHC completamente resfriado a partir de Julho 2008. Comissionamento dos feixes de partículas assim que o resfriamento for concluído e mantido. Primeiras colisões / coleta de dados para análise física a s=10 TeV: Outubro 2008. Coleta de dados deve durar ~2 meses. Ciclo de funcionamento “piloto”: espera-se atingir uma luminosidade de 1032 cm-2.s-1 até o fim de 2008 (~1% da luminosidade máxima projetada). Nos ciclos medidas em 2009 o LHC estará numa situação A. Moraes Goiânia, 26 de Setembro 2008. 38