Pré-modernismo A TRANSIÇÃO LITERÁRIA DO SÉCULO XX Momento histórico O fim do século XIX marca o início da “República do cafécom-leite”. Nossa urbanização, ainda incipiente, já dava sinais de crescimento principalmente em São Paulo. Caricatura de Osvaldo Storni sobre as eleições de 1910 Momento histórico Acentua-se os contrastes sociais: algumas regiões prosperavam em meio ao atraso irremediável de outras. As tensões geraram inúmeras revoltas, como a Revolta de Canudos, o surgimento do cangaço e outros. O bando de cangaceiros de Lampião Momento histórico A capital, Rio de Janeiro, sangrava seus problemas sociais. A insurreição ao poder constituído foi desde a Revolta da Vacina até a Revolta da Chibata. Charge de Leônidas sobre a Revolta da Vacina Estética Não se pode dizer que o Prémodernismo constitui-se em uma escola literária em si. É, em verdade, um conjunto de manifestações que apresentava algo novo, mas ainda não possuía um rumo certo. Rua da Carioca, início dos anos 1900 Autores “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. É desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos.” Os sertões Autores “E era assim todos os dias, há quase trinta anos. Vivendo em casa própria e tendo outros rendimentos além do seu ordenado, o Major Quaresma podia levar um trem de vida superior ao seus recursos burocráticos, gozando, por parte da vizinhança, da consideração e respeito de homem abastado.“ Triste Fim de Policarpo Quaresma Autores “- Upa! Cavalgo e parto. Por estes dias de março a natureza acorda tarde. Passa as manhãs embrulhada num roupão de neblina e é com espreguiçamentos de mulher vadia que despe os véus da cerração para o banho de sol. A névoa esmaia o relevo da paisagem, desbota-lhe as cores. Tudo parece coado através dum cristal despolido.” Urupês Autores Versos Íntimos (...) Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!