AULA 8 Disciplina INTERAÇÃO BIOSFERA-ATMOSFERA AGM 5724 Pós-Graduação 2o sem 2015 Departamento de Ciências Atmosféricas /Iag / USP Responsável: Prof. Humberto Rocha 8. Modelagem numérica do sistema solo-vegetação-atmosfera Modelagem do sistema climático: atmosfera e biosfera fenômenos de mesoescala: circulações secundárias fenômenos de grande escala: equilíbrio de biomas, mudanças paleoclimáticas Histórico dos modelos do sistema solo-vegetação-atmosfera O modelo SiB2 (Simple Biosphere Model) transferência radiativa no dossel.Fotossíntese e Respiração condutância estomática-fotossíntese; escalonamento folha-dossel balanço de água no solo; inicialização da umidade do solo exercício de simulações numéricas. Modelagem do sistema climático: atmosfera e biosfera fenômenos locais: microclimas e ilhas de calor fenômenos de mesoescala: circulações secundárias fenômenos de grande escala equilíbrio de biomas controles paleoclimáticos (Snowball earth) O modelo da biosfera-atmosfera SiB2 Notas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp) A biosfera terrestre controla o clima ? Os fluxos de água e calor terrestres controlam o clima? As tempestades elétricas (cumuliformes) predominam nos continentes. fonte slide : R. Pielke Land use Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer (sensor ASTER) satélite Terra In Minnesota (first), very regular grid pattern reflects early 19thcentury surveying; the size of the fields was determined by the need to have a big enough area to make the use of machinery efficient. Dirt roads separate the fields. In Kansas (second), center-pivot irrigation is responsible for the field pattern. In northwest Germany (third), small size and random pattern of fields is leftover from the Middle Ages. Near Santa Cruz, Bolivia (fourth) a village appears the pie-shape or radial-pattern fields are part of a planned settlement scheme in a rainforest area. At the center of each unit is a small community, which is surrounded by fields. A small buffer of forest separates the settlements from one another. Bangkok, Thailand (fifth), rice paddies fed by an extensive network of canals that is hundreds of years old appear as small skinny rectangular fields. Some fields appear flooded (deep purple). Cerrado (sixth) in southern Brazil, its flatness have resulted in enormous farms and large field sizes (ASTER scene covers 10.5 x 12 km). Modelos do sistema climático: componente atmosférica e de superfície Modelagem do sistema climático: escala de processos Notas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp) Fonte: Trenberth KE (eds) Climate system modelling. Cambridge University Press (1992). Efeitos da vegetação na regulação da temperatura 1. Escala urbana pontuais : sombreamento e atenuação da radiação parques : influência local e arredores 2. Escala urbana-rural: ilha de calor urbana alta evapotranspiração vegetal retenção de calor nas edificações 3. Escala regional de ecossistemas Partição do balanço de energia Temperatura aerodinâmica 1. Escala urbana pontuais : sombreamento por atenuação da radiação parques : influência em arredores Estimativas de temperatura satelital: Mede a temperatura da superfície (diferente da temperatura do ar), proporcional à emissividade do corpo Máximos ocorrem no período diurno, dominadas pelo uso do solo com áreas de pavimentos e grandes coberturas industriais Temperatura de superfície satelital e distribuição da vegetação em São Paulo Fonte: Atlas ambiental SP Temperatura média em Manaus (oC) (ago-set 2009) Fonte: Oliveira e Alvala (2010) Fonte: Rivero (1986) apud Ayres (2004) Microclimas urbanos em escala local – áreas pavimentadas Balanço de energia Fluxo calor solo G (++) Emissao termal (+) Transição pavimentovegetação (noturno) diferenças até 7o C Padrões observados na transição urbana-rural Gradientes verticais comumente observados nas estações meteo • Diurno • Noturno Condicionantes urbanas Roughness Albedo Permeability Thermal conductivity heat capacity Anthropogenic heat flux Emissivity Aerossols Resposta atmosférica ‐ Turbulence ‐ Mixing height ‐ Wind speed ‐ Cloudiness ‐ Energy fluxes ‐ Runoff ‐ Temperature ‐ Solar and UV radiation ‐ Visibility, air quality ‐ Precipitation • 2. Ilha de calor urbana: área metropolitana relativamente mais quente que áreas rurais vizinhas Oke & East (1971); Runnalls & Oke (2000); Oke, T.R. 1987: Boundary Layer Climates. 2nd ed Ocorre com mais evidencia à noite, com vento fraco e nebulosidade ΔT = (Tu - Tr ) • Ilha de calor urbana: processos diferentes CAUSAS NO AMBIENTE URBANO: Radiação confinada (trapped) entre edificações + absorção radiação solar (também por menor albedo) - perda radiação termal + armazenamento de calor sensível (também por + capacidade calorífica) - mistura vertical turbulenta Evaporação muito reduzida + Fontes antrópicas de calor sensível (motores e condicionadores) Poluição + radiação infravermelho incidente • Ilha de calor urbana • Mais intensa proporcionalmente à área metropolitana • e ao Sky view factor (fator de visão - ou obstrução- do céu Controle do balanço de energia + absorção radiação solar (também por menor albedo) - perda radiação infravermelho (menor emissividade) + armazenamento de calor sensível (também por + capacidade calorífica) 3. Escala regional de ecossistemas Partição do balanço de energia Remoção de calor por turbulência mecânica (Temperatura aerodinâmica ) Média no período chuvoso cana-de-açúcar Cerrado eucalipto Temperatura do ar acima da copa (oC) 36 32 28 24 20 0 3 6 9 12 15 18 21 24 Hora local Temperatura do ar acima da copa (oC) Pastagem na Amazônia Floresta amazônica 30 28 26 24 22 20 18 0 3 6 9 12 15 18 21 24 hora do dia Fontes: Gash (1996) Tatsch (2006) Baldocchi e Ma (2003) 𝐻= ρ 𝑐𝑝(𝑇𝑎𝑒𝑟𝑜 − 𝑇𝑎𝑟) 2. escala urbana : ilhas de calor Radiação confinada entre edificações + absorção radiação solar (menor albedo) + armazenamento calor sensível (também por + capacidade calorífica) - mistura vertical turbulenta Evaporação reduzida + Fontes antrópicas de calor sensível (motor, condicionador) Poluição + radiação infravermelho incidente Capping Inversion Camada limite Mixed Layer Constant Flux Layer Roughness Layer UCL Constant Flux Layer + Roughness Layer = Surface Layer Mixed Layer + Surface Layer = UBL Padrões diurno e noturno, nas áreas urbana e rural adjacentes Qual o impacto do desmatamento na chuva ? 1. Circulações secundárias (mesoescala) Rainfall inhibition Previous modelling sudies suggested that large scale deforestation in Amazonia may lead to a reduction in rainfall and impact the biodiversity, but the impact of deforestation over small areas is still a less known matter. Deforestation strip Rainfall enhancement Changes varied from 10 to 30 % Qual o impacto do desmatamento na temperatura e na chuva ? 1. escala continental Desmatamento florestas tropicais P ↓, T↑ Fonte : Snyder et al. (2004) (Climate Dynamics) Desmatamento florestas boreais Neve ↑, T↓ Fonte : Snyder et al. (2004) (Climate Dynamics) Desmatamento floresta temperada Inverno: neve ↑, T↓ Verão: P ↓ ,T↑ Balanço de água anual na Amazonia (precipitação) (evaporação) P 2200 mm = E 1277 mm + Transporte 923 mm Simulação de Desmatamento com modelos do sistema climático Henderson-Sellers & Gornitz (1984) Dickinson & Henderson-Sellers (1988) Lean & Warrillow (1989) Nobre (2001) Rowntree (1996) Costa & Foley (2000) .... P reduz = E + reduz 220-650 mm/a 160-500 mm/a Transport também reduz seco (mm/ano) úmido Impacto do desmatamento nos Cerrados reduz a chuva ~250 mm/a aumenta temperatura ~ 1 a 2º C Fonte : Hoffman & Jackson (2000) simulação com modelo climático Escala paleoclimática: teoria da terra bola-de-neve (snowball earth) Modelagem do sistema solo-vegetação o Simple Biosphere Model (SiB2) Nível vertical das forçantes da 1ª camada do modelo atmosférico Entradas : Ki, T, q, V, p, Prec, CO2 tipo vegetação: prescrito Célula (área dos fluxos médios) tipo de solo : prescrito O conceito do SVAT (Surface-vegetation atmosphere transfer schemes) - modelos “Big-Leaf” para evapotranspiração e assimilação de CO2 - Fluxos verticais de água no solo O modelo da biosfera-atmosfera SiB2 Notas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp) Saidas : Nível vertical das forçantes da 1ª camada do modelo atmosférico fluxos de energia e massa H, LE, FCO2 Entrada : Ki, T, q, V, p, Prec, CO2 prescreve tipo vegetação prescreve tipo de solo Rs Célula (área sobre onde se dá o fluxo médio) Fluxos de água no solo: Rs, Rd Fluxo de calor no solo G Temperatura e umidade do solo O modelo da biosfera-atmosfera SiB2 Notas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp) O modelo da biosfera-atmosfera SiB2 Notas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp) Forçantes Ki, T, q, V, p, Prec, CO2 Fronteira dossel atmosfera V S Célula com 2 coberturas (patches): vegetação V (fração de cobertura f1) solo nú S (fração de cobertura f2) tal que (f1 + f2) = 1 , ex:f1= 0,8;f2=0,2 Resultante Fluxo atmosférico = F1 . f1 + F2 . f2 F1 F2 O modelo SiB2 (Simple Biosphere Model) (Sellers et al. 1986, 1996) MÓDULOS 1. Transferencia aerodinâmica - perfil vertical do vento 2. Transferência radiativa - albedo e saldo de radiação 3. Módulo hidrológico interceptação da chuva, infiltração, retenção de umidade no solo, geração de escoamento (superficial e drenagem profunda) 4. Módulo de fotossíntese e transpiração condutância estomática assimilação bruta e líquida CO2 transpiração Notas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp) Variáves prognósticas (1/3) Transferência de momentum SiB2) SiB2 O modelo da(modelo biosfera-atmosfera Notas de aulas AGM5724 (Interação Biosfera-Atmosfera, IAG/Usp) 1.Parâmetros calculados previamente submodelo MOMOPT (momentum otimo) I L Io e cos kL G () k extinction by a plant canopy I = radiative flux, k = extinction coefficient, L = leaf area index. para radiação direta na direção do angulo zenital , k= coef extinção depende da direção e forma e estrutura do dossel G() e para radiação difusa kdiffuse 1 d G ( ) 0 1 , dI bI [1 (1 b)]I k (1 bo )e kL dL dI bI [1 (1 b)]I kbo e kL dL • retroespalhamento do fluxo difuso emergente I • espalhamento do fluxo difuso descendente I • espalhamento do fluxo direto incidente Io b, bo upscatter parameter for diffuse and direct radiation coef. Espalhamento = a + t = (reflectance +transmittance) Supondo o fluxo incidente no topo do dossel normalizado e no solo onde L = Ltotal Io 1 I a soil [ I e kLtotal ] dependências da ET por estresse hídrico Limitante da ET por estresse hídrico Limitante da transpiração por estresse hídrico (escala foliar) exemplo) • • Relevância da umidade do solo em modelagem do sistema climático Modelagem climática: sensibilidade à umidade do solo • (ex estudos seminais : fonte Shukla & Mintz 1982 Sciene) • Previsão numérica do tempo : influência no cálculo da temperatura do ar • (ex: fonte Yang et al 1994, MWR; Smith et al 1994 BAMS) • Modelagem climática e hidrológica: spin up da umidade solo • (ex: fonte Du et al 2006) Dinâmica de água no solo (modelo SiB2) Variáves prognósticas (2/2) Roff escoamento superficial 3 camadas (versão Sellers 1996) parâmetros homogêneos por camada multi-camadas (nova versão) com parâmetros heterogêneos verticalmente QG drenagem profunda (similar recarga aquífero) 4. Assimilação de carbono e transpiração Limitantes da fotossíntese e da condutancia estomática •equação de Ball & Berry 4. Assimilação de carbono e transpiração •modelo conectado Fotosintese – Condutancia estomática • Scaling from leaf-to canopy-scale, retaining only fully green leaf of top canopy with Vmax0 (Ano): Operação Arquivo dos parâmetros do sistema solovegetação (data1) Arquivo das forçantes da simulação (data2)