ENF.ª CHARLENE
1
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
2
•
Doença febril aguda, de etiologia viral, de gravidade
variável, dependendo da forma de apresentação.
•
Grave problema de saúde pública no MUNDO.
•
Infecção inaparente – DENGUE CLÁSSICO (DC).
•
FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE (FHD) ou
síndrome de choque da dengue (SDC).
3



EXISTE NA AMÉRICA HÀ MAIS DE 200 ANOS
O
PRIMEIRO
CASO
DE
DENGUE
HEMORRÁGICA FOI DESCRITA NA DÉCADA
DE 50 NAS FILIPINAS E TAILÂNDIA
EM 1980 FOI FORAM NOTIFICADOS
EPIDEMIAS EM VÁRIOS PAÍSES ,
AUMENTANDO CONSIDERAVELMENTE A
MAGNITUDE DO PROBLEMA
4





NO BRASIL : HÀ RELATOS NO SÉCULO
PASSADO EM 1916 EM SÃO PAULO E EM 1923
EM NITERÓI
A PRIMEIRA EPIDEMIA FOI RELATADA EM 19811982 EM BOA VISTA –RORAIMA , EM 1986 NO RJ
DURANTE A DÉCADA DE 90 OCORREU
AUMENTO SIGNIFICATIVO NA INCIDÊNCIA
ENTRE 1990 E 2000 VÁRIAS EPIDEMIAS FORAM
REGISTRADAS NOS GRANDES CENTROS
URBANOS
EM 2002 HOUVE A MAIOR INCIDÊNCIA COM 790
MIL CASOS NO PAÍS
5

RNA vírus, Arbovírus (vírus transmitido por artrópodes)

Gênero: Flavivírus

Família: Flaviviridae

CONHECIDOS 4 SOROTIPOS: 1,2,3 E 4
6
Vírus de genoma RNA, do qual são
reconhecidos quatro sorotipos:




DEN 1
DEN 2
DEN 3
DEN 4
7
•
VETORES: mosquitos do gênero Aedes, sendo o
AEDES AEGYPTI,
o mais importante na
transmissão da doença.
•
Menor
importância
epidemiológica:
Aedes
albopictus, vetor da doença na Ásia, não está
associado a transmissão nas Américas.
8
9
•
FASE LARVÁRIA: vive na água limpa e parada, na água
para uso doméstico, ou em qualquer lugar onde haja água
limpa acumulada, nos quais as fêmeas depositam seus
ovos.
•
Os mosquitos adultos adquirem o vírus do dengue ao picar
o homem infectado e está apto a transmitir após um
período de 8 a 12 dias de incubação (extrínseca).
10
•
Apenas as fêmeas são responsáveis pela transmissão,
pois necessitam do sangue para maturação dos ovos
após o acasalamento.
•
FONTE DE INFECÇÃO E RESERVATÓRIO: HOMEM,
pois somente nele foi constada a capacidade de
desenvolver clinicamente a infecção pelo vírus.
11
A FASE DO OVO ATÉ O MOSQUITO ADULTO É DE APENAS
10 DIAS, MOSQUITO ADULTO VIVE ATÉ 45 DIAS.
12

Através da picada do mosquito fêmea do mosquito Aedes aegypti,
infectado.

Não há transmissão pelo contato direto de um doente ou de suas
secreções com uma pessoas sadia, nem através de água ou de
alimento.
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TRANSMISSÃO
INDIRETA PELO VETOR
NOVO HOSPEDEIRO
SUSCETÍVEL
Picada da fêmea
do mosquito
vetor.
BIOAGENTE
+
PORTA DE ENTRADA
Picada do mosquito
RESERVATÓRIO
Homem doente
ou
portador

Varia de 3 a 15 dias, em média 5 a 6 dias.
15

Transmissibilidade
Compreende dois ciclos:
Intrínseco – ser humano;
Extrínseco – mosquito.

No Homem a transmissão ocorre enquanto houver
presença de vírus no sangue (período de viremia), que
começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o
6º dia de doença.
16
•
No mosquito, a transmissão se dá depois de 8 a 12
dias, quando os vírus já se multiplicaram
nas
glândulas salivares da fêmea, e transmite até o final
da vida.
O homem infecta o mosquito a partir do 1° dia antes do
aparecimento dos sintomas até o 6° dia da doença.
17

Suscetibilidade UNIVERSAL.

Imunidade permanente para um mesmo sorotipo.
18
Aspectos clínicos e diagnósticos
19

Início abrupto com febre alta (39° a 40°C), cefaléia
frontal, mialgia, prostração, artralgia, anorexia,
astenia,
dor
retroorbitária,
náuseas,
vômitos,
exantema máculo - papular, prurido cutâneo,
hepatomegalia,
dor
abdominal
generalizada
(principalmente em crianças).
20
•
Pequenas manifestações hemorrágicas: petéquias, epistaxe,
gengivorragia, sangramentos gastrintestinais, hematúria e
metrorragia.
•
Febre geralmente persistente por até 6 dias e desaparece
repentinamente.
•
Dura cerca de 5 a 7 dias, e após regressão dos sinais e
sintomas pode persistir a fadiga.
21
•
Sintomas iniciais semelhantes a DC, porém evolui rapidamente
para manifestações hemorrágicas variáveis.
•
Casos típicos: febre alta, sangramentos nasais e de gengiva.
•
No 3º ao 4º dia o quadro se agrava com dor abdominal, sinais de
debilidade profunda, agitação ou letargia, palidez de face, pulso
rápido, hipotensão, manifestações hemorrágicas espontâneas
(petéquias, equimoses, púrpura, sangramento do TGI, intracraniana
e derrames), cianose e diminuição brusca da T°.
22
•
Principal característica: extravasamento do plasma.
•
Prova do laço (+).
•
Casos graves, o maior número de casos de choque
ocorre entre o 3º e 7º dias da doença, precedido por
dores abdominais.
•
Choque é decorrente do aumento da permeabilidade
vascular.
•
Óbito: em 12 a 24 horas.
23
•
Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a
única manifestação hemorrágica é a prova do laço;
•
Grau II – além das manifestações do Grau I, hemorragias
espontâneas leves, sangramentos de pele e epistaxe;
•
Grau III – colapso circulatório com pulso fraco e rápido,,
hipotensão, inquietação, pele pegajosa e fria, inquietação;
•
Grau IV – choque profundo com pulso e P.A., indetectáveis.
Síndrome do choque da dengue.
24

A ocorrência do dengue em sua forma hemorrágica, na
maioria das vezes está associada a outros sorotipos do
vírus.

Há casos que o indivíduo já é acometido no 1º contato,
com o vírus do dengue.
25
26

No DC: Clínico e laboratorial, nos primeiros casos, e em
seguida clínico epidemiológico.

No DH: Prova do laço, história clínica, exame físico
27
a)
Isolamento do vírus: soro ou tecido (difícil realização), em
culturas é o método mais eficaz para identificação do
sorotipo responsável pela infecção.
A coleta do sangue deve ser realizada entre o 3º e 4º dia do
início dos sintomas (colher até o 5º dia).
28
b)
Por sorologia: detectar anticorpos específicos no soro do paciente
(ELISA).
•
2 amostras de soro com intervalo de 2 semanas, confirmação
demorada.
•
Mac-ELISA: simples e rápido, 1 amostra de sangue, detecta a
presença de anticorpos IgM na fase aguda da doença, coletar
amostra de sangue a partir do 6º dia do início dos sintomas e no
máx. 60 dias.
29

Exames como hematócrito e contagem de plaquetas, não
comprovam o diagnóstico.

Concentração de hematócrito e a trombocitopenia, contagem
abaixo de 100.000/mm³, em casos de dengue hemorrágica.
30

Tratamento sintomático: analgésicos e antitérmicos, não é
recomendado o uso de ácido acetilsalicílico, antiinflamatórios
também devem ser evitados.

Na ausência de manifestações hemorrágicas, tratamento
domiciliar com hidratação oral , sendo 1/3 com solução salina,
retorno ambulatorial em 72 hs, e procura de PA em caso de sinais
de alerta.
31

Tratamento visa principalmente à reposição de perdas de
eletrólitos e de plasma.

Fase inicial: hidratação oral.

Se vômitos hidratação parenteral, ambulatorial (casos
moderados) ou hospitalar (casos graves).
32

Controlar a ocorrência da doença através do combate ao
mosquito transmissor.

DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA E DE
INVESTIGAÇÃO OBRIGATÓRIA. ÓBITOS DEVEM SER
INVESTIGADOS IMEDIATAMENTE.
33

RESTRINGEN-SE AO VETOR Aedes aegypti, não há
vacinas nem drogas específicas

Manejo ambiental, controle químico, melhoria de
condições ambientais e participação da população

CONSCIENTIZAR A COMUNIDADE DO PERIGO DA
ÁGUA PARADA
34
35
BIOAGENTE: Trypanossoma cruzi
(Protozoário)


Modo de transmissão: Picada do mosquito
TRIATOMA (CONHECIDO POR BARBEIRO)
36

BIOAGENTE: Plasmodium vivax, Plasmodium
falciparum e Plasmodium (Protozoário)

Modo de transmissão: Pela picada do
mosquito fêmea Anopholes, por transfusão
sanguínea e por agulhas e seringas
contaminadas
37

Doença infecciosa febril de início abrupto, que pode
variar desde um processo inaparente até formas graves
com alta letalidade.

A forma anictérica acomete 90% a 95% dos casos e,
quando
leve,
é
freqüentemente
rotulada
como
“síndrome gripal”, “virose”, influenza ou dengue.
38

Agente etiológico - Bactéria Leptospira.

Reservatório - Os animais são os reservatórios essenciais de leptospiras;
o ratos domésticos, ratazana ou rato-de-esgoto Reservatórios de menor
importância: caninos, suínos, bovinos, eqüinos, ovinos e caprinos.

Modo de transmissão - A infecção humana resulta da exposição à urina
de animais infectados, principalmente roedores, diluída em coleções
hídricas ou águas e lama de enchente.
39

Raramente pelo contato direto com sangue, tecido, órgão ou urina
de outros animais infectados.

Período de incubação - De 1 a 30 dias (em média de 7 a 14 dias).

Período de transmissibilidade - Os animais infectados eliminam
as leptospiras pela urina durante meses, anos ou por toda a vida,
segundo a espécie animal.

Notificação - É doença de notificação compulsória nacional.
40
DOENÇA TRANSMITIDA DE ANIMAIS PARA O
HOMEM
 Vírus – família Rabdoviridae, gênero Lyssavirus.


Somente os mamíferos são suscetíveis ao vírus
da raiva e os únicos capazes de transmiti-lo.

BRASIL: nº de casos vem diminuindo desde a
década de 80 EX: 1980 = 173 casos e em 2006 =
10 casos.
41
42

BIOAGENTE: Toxoplasma Gondii

Meios de transmissão: Alimentos e mãos
contaminadas por fezes de gatos, inalação de
cistos, saliva, sexual e cutânea (mordedura de
animais infectados)
43
•
CONHECIDA
COMO
A
DOENÇA
DA
BARRIGA
D’ÁGUA OU A DOENÇA DO CARAMUJO
•
Infecção humana pelo parasita Schistossoma mansoni
•
Brasil espécimes: Caramujo Biomphalaria globrata,
tenagophila e straminea.
•
Endemia mundial ocorre em 54 países (África, América
do Sul e etc...)
•
Baixa letalidade, Mais óbitos por gravidade clinica
44
•
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: média 2 a 6 semanas após
penetração
•
PERÍODO TRANSMISSIBILIDADE: o homem elimina o parasita
nas fezes a partir da 5ª semana de infecção e por muitos anos
•
SUSCETIBILIDADE: Universal
•
RESISTÊNCIA: não existe imunidade comprovada.
45
•
BIOAGENTE: Schistossoma mansoni (Trematódeos)
•
RESERVATÓRIO: homem, pode ser encontrada em
roedores.
•
HOSPEDEIRO
INTERMEDIÁRIO:
CARAMUJOS
Biomphalaria globrata (+importante)
46
•
MODO DE TRANSMISSÃO: INDIRETO, é eliminado pela via
intestinal. Porta de entrada: pele de indivíduos (rios, lagos, açudes,
etc). CARAMUJO (água doce parada, com lama e plantas).
•
Ovo do Schistossoma mansoni
homem infectado
eliminados pelas fezes do
contato com a água eclodem liberando o
uma larva denominada miracídio, estes penetram e infectam os
caramujos
de 4 a 6 semanas as larvar abandonam o caramujo
na forma de cercárias e ficam livres na água.
47
48

Doença infecciosa que pode afetar o ser humano,
animais silvestres e domésticos (cão).

Provocada por várias espécies de protozoários do
gênero Leishmania e transmitidas pelo mosquito
conhecido como palha, cangalhinha e birigui.

BRASIL = Leishmaniose Tegumentar Americana e
Leishmaniose Visceral
49
•
BIOAGENTE: protozoários da família tripanosomatidae, do
gênero
Leishmania,
amastigota
parasitas
intracelulares
(aflagelada-intracelular
nas
formas
obrigatoriamente)
e
promastigota (flagelada-tubo digetivo).
•
RESERVATÓRIO: LTA = cães, equinos, mulas, roedores,
tamanduás e marsupiais; LV = cão e raposa mantêm o ciclo.
•
VETOR: mosquito do genêro Lutzomya (palha, birigui e
corcundinha.
50
51
É UMA DOENÇA INFECCIOSA, CRÔNICA E NÃO CONTAGIOSA
52

BIOAGENTE: Leishimania donovani (protozoário)

Doença infecciosa de infecção aguda à crônica,
com acometimento sistêmico

Se não tratada pode levar ao óbito em 90% dos
casos.

Conhecida como: esplenomegalia tropical ou
calazar.
53
TRASMINSSÃO POR ÁGUA , ALIMENTOS,
MÃOS CONTAMINADAS E INSETOS




Amebíase: Entamoeba histolytica
(Protozoário)
Giardíse: Giardia lamblia (Protozoário)
Ascaradíase : Ascaris Lumricoides (Helmínto)
Cólera: Vibrio cholerae (Bactéria)
54

POR INGESTÃO DE CARNES CRUAS

TENÍASE: Taenia saginata, Taenia solium

CISTICERCOSE: Taenia solium
Hospedeiro Intermediário: PORCO
São Platelmintos : TREMATÓDEOS
(Considerado vermes)
55






Água filtrada ou fervida
Saneamento básico
Alimentação adequada
Lavar as mãos antes das refeições
Combater focos de insetos e manter a casa
limpa
Não comer carne de porco mal passada
56

AGUIAR; Ribeiro. Vigilância e controle
das doenças transmissíveis. 2. São
Paulo: Martinari, 2006.
57
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FEBRE AMARELA - Turma Sophia 08