Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul GEOMORFOLOGIA O Paraíba corre pelo fundo de uma depressão tectônica situada ao longo da base da Mantiqueira, com a qual está geomorfologicamente relacionado. A origem do vale prende-se aos episódios tectônicos que originaram as serras do Mar e da Mantiqueira. Em conjunto, a serra da Mantiqueira forma o segundo degrau do planalto brasileiro. Localização Geográfica Localização região sudeste: Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo Extensão: 1.120 km Área de drenagem: 55.400 km2 Abrangência: 180 municípios População: 5.600.000 na área, mais 8.700.000 abastecidos na cidade do Rio de Janeiro principais usos das águas da bacia geração de energia, abastecimento público e uso industrial Mapa da Bacia hidrográfica Bacia do Paraíba do Sul Formação Formado pela confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna, o rio Paraíba do Sul nasce na Serra da Bocaina, no Estado de São Paulo, fazendo um percurso total de 1.120Km, até a foz em Atafona, no Norte Fluminense; É considerada, em superfície, uma das três maiores bacias hidrográficas secundárias do Brasil, abrangendo uma área aproximada de 57.000Km². Principais Afluentes da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul: Margem esquerda: • Paraibuna – extensão de 180 km, em território mineiro; • Pomba – extensão de 300 km, foz próxima a Itaocara; • Muriaé – extensão de 250 km, em território fluminense. Margem direita: • Piraí – possui duas barragens em seu curso: Tocos e Santana; • Piabanha – extensão de 80 km; • Dois Rios – formado pela confluência dos rios Negro e Grande. Afluentes margem esquerda Clima e Cobertura Vegetal • Clima predominante: verões chuvosos e invernos secos. • Temperatura: média anual acima de 21º; • Relevo e solo: área total de 1.422.800 ha; apresenta cobertura vegetal variada; e vegetação natural remanescente ocupa cerca de 20% (292.879 ha); • Conservação Ambiental: estão presentes Unidades de Conservação Ambiental estaduais, federais e municipais. Geopolítica O rio Paraíba do Sul se constitui como um rio nacional, já que corre pelo território de três estados brasileiros, formando inclusive a divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro; Apesar de sua vital importância para o Rio de Janeiro, o Paraíba do Sul é rio de jurisdição federal, pois se estende por três estados da Federação. Nessa condição, desde a década de 80, a gestão ambiental do rio Paraíba do Sul é feita pelo Comitê Executivo de Estudos Integrados da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - CEIVAP (Decreto nº 87.561/82), tendo sido revitalizada, posteriormente, com a aprovação da Lei nº 9433/97, da Política Nacional de Recursos Hídricos. (INEA) Comitês de Participação Diferentes programas e ações foram desenvolvidos na bacia do rio Paraíba do Sul com a finalidade de sensibilizar, mobilizar e preparar a comunidade para a gestão participativa. Entre esses programas, destacam-se os trabalhos de comunicação social, de educação ambiental e de mobilização propriamente dita, desenvolvidos pela ANA, pelo Comitê de Bacia e pela Agência de Bacia do Paraíba do Sul AGEVAP. O Comitê de Bacia é o fórum adequado para garantir a participação social na gestão de recursos hídricos. O CEIVAP, Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, é formado por 60 membros titulares: 40% de representantes dos setores usuários de recursos hídricos, 35% do poder público (união, estados e municípios) e 25% de organizações da sociedade civil organizada. Importância socioeconômica O grande potencial hídrico da bacia é utilizado para a geração de energia elétrica, abastecimento público, uso industrial e irrigação. Outro uso como pesca, lazer e turismo têm pouca expressão na bacia, embora exista grande potencial para seu desenvolvimento. O transporte fluvial é pouco desenvolvido, pois a bacia não apresenta boas condições de navegabilidade. Importância socioeconômica Transposição para o rio Guandu O rio Paraíba do Sul - rio Guandu, construído a partir de 1950 com o objetivo de aumentar a disponibilidade de água para a crescente população da cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. O aumento da população nos últimos 60 anos (de 2,2 para 11 milhões de pessoas) excedeu a limitada oferta de água dos rios da região metropolitana, exigindo sua ampliação. O esquema de transposição consiste em um sistema de bombeamento que transfere águas do rio Paraíba do Sul para reservatórios situados na bacia do rio Piraí, após vencer uma altitude de 43 m ao longo da serra das Araras. A partir do reservatório de Vigário, a água é vertida por gravidade para a bacia do rio Guandu. Ao longo do trajeto, o fluxo hídrico é usado em três usinas hidrelétricas, com capacidade de gerar 612 megawatts (MW). Parte da vazão do rio Guandu é captada pela estação de tratamento de água do Guandu (ETAGuandu), que, após tratá-la, a distribui para a cidade do Rio de Janeiro. O volume restante, liberado para a baía de Sepetiba, é uma fonte adicional de matéria de interesse ambiental para esse ambiente costeiro. Esquema de desvio das águas Reservatório de Lages Importância para o Rio de Janeiro No Estado do Rio de Janeiro, o rio Paraíba percorre 37 municípios, numa extensão de 500Km, praticamente quase a metade do território do Estado. Sua importância estratégica para a população fluminense pode ser avaliada pelo fato de que o rio Paraíba do Sul é a única fonte de abastecimento de água para mais de 12 milhões de pessoas, incluindo 85% dos habitantes da Região Metropolitana, localizada fora da bacia, seja por meio de captação direta para as localidades ribeirinhas, seja por meio do rio Guandu, que recebe o desvio das águas do rio Paraíba para aproveitamento hidrelétrico. Nesta bacia, está localizado o sistema hidroenergético de Furnas Centrais Elétricas, representado pelo reservatório de Funil e da empresa Light, constituído por 5 reservatórios: Santa Cecília, Vigários, Santana, Tocos e Lajes Rio Paraíba do Sul em Volta Redonda (RJ) Impactos Ambientais As atividades econômicas e a ocupação urbana foram desenvolvidas de modo predatório, contribuindo para o estado de degradação ambiental em que a bacia se encontra. Sobrecarregado com a enorme carga de poluentes lançada diariamente em suas águas - efluentes industriais e cerca de 1 bilhão de litros de esgoto doméstico, a maior parte sem tratamento - o rio Paraíba já deixou de ser um atrativo ao lazer. Nas últimas décadas, o aumento substancial do abastecimento de água da população urbana não foi acompanhado de ações de coleta e tratamento de esgotos, provocando impactos negativos na qualidade das águas. Atualmente, a poluição de origem industrial e doméstica é o principal problema da bacia. A maior parte desses rios apresenta níveis de poluição acima dos limites aceitáveis pelas normas ambientais, especialmente o próprio rio Paraíba do Sul, mais intensamente utilizado e corpo receptor dos demais rios. Impactos ambientais na Bacia Mineração discriminada; Extração de areia; Lançamento de dejetos industriais e domésticos; Desmatamento das matas ciliares; Barragens e desvios de curso; Urbanização próxima das margens. Atividade mineradora Bibliografia http://www.institutomilenioestuarios.com.br/pdfs/Pr odutos/020/20_Molisanietal2007b.pdf http://sosriosdobrasil.blogspot.com/2010/09/dia-dorio-paraiba-do-sul-22-de_22.html www.ana.gov.br http://www.inea.rj.gov.br http://www.valedoparaiba.com http://www.jendiroba.com.br/downloads/faap_rio.par aibado.sul.pdf