HOMEOPATIA: O BEM-ESTAR DA VIDA ANIMAL Denerson Ferreira Rocha, MV, MSc Médico-veterinário homeopata Coordenador e docente do curso de homeopatia para médicos-veterinários do Instituto Mineiro de Homeopatia (IMH) Membro do Serviço Phýsis de homeopatia do IMH XVIII JORNADA DOCENTE DO SERVIÇO PHÝSIS DE HOMEOPATIA 9, 10 e 11 de novembro de 2007 INTRODUÇÃO • Vida animal: vida que anima, ânima • Vida animal do animal • Como promover o bem-estar da vida animal? A homeopatia, exercida de acordo com as orientações fundamentais, é um instrumento fundamental CASOS CLÍNICOS CASO CLÍNICO • Said - felino, SRD, 2 anos. • Queixa principal: ferida crostosa na cara, com intenso prurido e automutiliação. • Exame clínico: feridas avermelhadas, lesões por auto-traumatismo, com sinais intensos de inflamação na região entre as escápulas e cara. TR:41,4. Emaciado. • Tratamentos anteriores: antibióticos (diversos), antifúngicos (itraconazol), corticosteróides (melhora discreta), medicamentos tópicos, dieta hipoalergênica (durante cerca de 3 meses), outros medicamentos homeopáticos, etc., etc., etc.. CASO CLÍNICO • Diagnóstico: Pênfigo, Lúpus (?). CASO CLÍNICO • Medicação: Kali carbonicum 30CH d.u. liq. 2mL Evolução: • Após 2 meses: as feridas estão bem melhores, sem uso do colar elizabetano. • Após ~3 meses: nova lesão (porém menor). Medicado com Kali carbonicum 100CH du • Após ~1 ano: continuava bem. Todas as lesões melhoraram. 1 • A vida animal deste paciente não respondeu à terapêutica convencional ou à abordagem, mesmo homeopática, até que fosse compreendido, ao menos em parte, os sofrimentos do indivíduo.. • A violência dos excessos não foi capaz de resolver, nem mesmo paliativamente, o quadro clínico deste paciente. • “Foco e fogo” 2 3 CASO CLÍNICO • Margot, fêmea, bulldogue inglês 1 ano e ½ de idade. • Queixa principal: muito agressiva com outros animais, batia no pai, ataca qualquer animal (cães, gatos, cavalos, aves, etc.). Matou um yorkshire. Parece que tem dupla personalidade (...). “Sentimentalíssima” (...). Extremamente doce, (...); com a gente e com criança é um doce. • Prescrição: Anacardium orientale 30CH uma gota SID/ 7 dias (Hahnemann, 1990 - Doutrina e tratamento das doenças crônicas - prefácio da 2ª edição). CASO CLÍNICO • Evolução: • Após 5 dias: “está bem melhor. Cruzou um pátio com 3 cães soltos e não fez nada.” • Após 10 dias: “com cães conhecidos ela já fica junto sem problema. Com estranhos ainda não gosta. Está na casa de uma amiga que tem 13 cães e ficou com alguns sem brigar.” 1 • Mesmo a pressão social deve ser preterida à abordagem vitalista, no ideal de promoção da saúde animal. • Assumir riscos. • Poder do pouco. 2 3 CASO CLÍNICO Half, shi tzu, 3 anos de idade. Diagnóstico: IRC Tratamentos: fluidoterapia, diuréticos, antibióticos, ranitidina, aquecimento, hemotransfusão, medicamentos homeopáticos. Melhoria significativa dos sinais clínicos. Óbito cinco dias após hemotransfusão. 1 • Fazer “tudo” pode ser violência. Este tudo cria uma grande confusão. Fazer o suficiente. • A vida animal “diz” quando a conduta, tanto alopática quanto homeopática, não está em seu momento. • A resposta favorável, porém “forçada”, parece contribuir para o desgaste da vitalidade do paciente, sobretudo quando já desvitalizado. 2 3 “(...) Se, confiando apenas em ti, pensares “não lutarei”, e evitares a luta, vã será a tua determinação, pois tua natureza te lançará à luta. Ó filho de Kunti! O que por ilusão não desejares fazer, isso farás irremediavelmente, forçado pelos impulsos de tua própria natureza. (...)” (Bhagavad Gîtâ - versos 59 e 60) CASO CLÍNICO • Paquito, cão, poodle, 5 anos de idade • Histórico: apresentava há vários meses, fortes dores no pescoço, mantendo-o para baixo, evitando movimentá-lo. Claudicação do membro posterior direito. Melhorava com analgésicos, mas logo após voltavam os sintomas. • Tratamentos anteriores: antiinflamatórios, complexos vitamínicos e anticonvulsivantes. • Exames complementares: coluna vertebral. • Diagnóstico: doença degenerativa do disco intervertebral (entre C2 e C3) do tipo II de Hansen radiografias LL da CASO CLÍNICO • Após ter sido medicado com Pulsatilla 12CH, evoluiu muito bem, com cerca de 4 crises que passaram rapidamente e não mais voltaram até o último contato (cerca de um ano após). Houve também melhora do estado geral. • O apetite melhorou, estava mais alegre e brincando mais. A radiografia realizada cerca de um ano após, não apresentava qualquer sinal de calcificação ou outras alterações. 1 • Capacidade de regeneração até de lesões consideradas irreversíveis. • Mesmo não sendo necessária a modificação da alteração anatômica, esta pode acompanhar a reorganização do organismo, mesmo no que se refere aos tecidos ósseos, neoplasias, etc. • 2 3 A falta de pretensão de uma cura excelente, favorece muito a ambientação para a cura homeopática. O leve favorece o suave, por semelhança. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Entendemos que o outro nome da não-violência é CONSIDERAÇÕES FINAIS • Entendemos que o outro nome da não-violência é MODERAÇÃO. [email protected] INTRODUÇÃO • A propria tentativa de não fazer mal, é uma forma de violencia, e, muitas das vezes, provoca seu oposto. INTRODUÇÃO • Se