TRÍADE DA MULHER ATLETA Orientadora: Dra. Bia Paula R1 TRÍADE DA MULHER ATLETA Mulher atleta que se torna engajada em seu esporte Risco para a tríade da mulher atleta • Amenorréia • Distúrbio Alimentar • Osteoporose (osteopenia) Não é muito aceito pelos pesquisadores Mas são 3 aspectos importantes que podem complicar a vida de uma adolescente atleta TRÍADE DA MULHER ATLETA Principalmente nos esportes que focam: Categorias de pesos (ex: judô, levantamento de peso...) Aparência magra (ex: mergulho, dança sincronizada, ginástica,..) Aparência pré-puberal (ex: ballet, ginástica,...) Corpo magro (ex: sky cross-country, natação, corrida de longa distância) TRÍADE DA MULHER ATLETA Esforço para alcançar um corpo ideal necessário para a sua modalidade esportiva Desenvolve padrões alimentares anormais Pode levar a deficiências hormonais ou Padrões de exercícios anormais Resultado: condição que pode conter vários componentes dessa tríade ANOREXIA Caracterizada por uma tríade: Amenorréia Perda de peso Distúrbios psiquiátricos ANOREXIA DSM-IV – 4 critérios: Recusa para manter o peso dentro de uma faixa normal para altura e idade Medo intenso de ganhar peso ou gordura Distúrbio de imagem corporal severo Ausência de ciclo menstrual por mais de 3 ciclos pós-menarca ANOREXIA Dividida em 2 subtipos: 1 – Restrição 2 - Compulsão alimentar / purgação ANOREXIA Dividida em 2 subtipos: 1 – Restrição Restrição do consumo alimentar para reduzir o peso 2 - Compulsão alimentar / purgação ANOREXIA Dividida em 2 subtipos: 1 – Restrição 2 - Compulsão alimentar / purgação Uso de vômitos, laxativos, diuréticos Exercício compulsivo como estratégia para perder peso BULIMIA DSM-IV – critérios: Episódios recorrentes de compulsão alimentar com uma sensação de perda de controle Comportamento compensatório inapropriado recorrente para prevenir ganho de peso (vômitos, laxativos, diuréticos, exercícios excessivos) Ocorrer pelo menos 2x/sem por 3 meses Auto-avaliação desnecessariamente influenciada pela forma do corpo e peso BULIMIA Pode ser dividida em 2 subtipos: 1 – Purgativo (diuréticos, laxantes,..) 2 – Não purgativo (jejum, exercício físico excessivo...) BULIMIA Flutuação de peso (não a níveis perigosamente baixos) Problemas metabólicos Geralmente associado a: Comportamentos impulsivos Uso de drogas ou álcool Promiscuidade Roubos / furtos PREVALÊNCIA ANOREXIA/BULIMIA Anorexia (em mulheres): 0,3% a 1% Bulimia (em mulheres): 1% a 1,5% 3% a 5%: Têm distúrbio alimentar, mas não preenchem critério para anorexia ou bulimia Têm critério para um distúrbio alimentar não especificado (NOS) Anorexia: Mulher 10 : 1 Homem CONSEQÜÊNCIAS ANOREXIA/BULIMIA Conseqüências físicas desses distúrbios alimentares: Amenorréia hipotalâmica Baixa densidade mineral óssea Fratura de stress Infertilidade ANOREXIA X BULIMIA - HÁBITOS Característica Hábito Consumo Geral Comentário Clínico Anorexia Bulimia Anorexia Bulimia Energia inadequada, mas volume de comida e bebida pode ser alto devido à baixa densidade calórica consumida (escolhas s/ gordura) Variável, mas nl p/ alta caloria, consumo em compulsão por comidas “proibidas” ou bebidas q diferem das consumidas nas refeições Consumo calórico inadequado levando a um corpo debilitante é uma caract imp p/ Dx Balanço inconsistente de consumo, exercício e vômito, mas restrição calórica severa é de curto prazo Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA - HÁBITOS Característica Hábito Comida Anorexia Conta e limita calorias, princ de gorduras. Ênfase em escolha de “comidas saudáveis” com baixa densidade calórica Forte sentimento de culpa após comer mais q planejado leva a exercício e nova dieta Comentário Clínico Bulimia Ciente das calorias e gorduras, mas menos preocupada em evitar que anorexia. Freq alternância de dieta x exagero, desencadeado por depressão, isolamento ou raiva Anorexia Atenção obsessiva compulsiva nos dados nutricionais das embalagens Bulimia Escolhas menos estruturadas, com dietas mais freqüentes Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA - Característica Hábito Anorexia Subtipo restritivo: 0 Compulsão Alimentar Subtipo comer/purgar: caract importante HÁBITOS Comentário Clínico Bulimia Caract importante, geralmente secreta Vergonha e culpa após Anorexia Geralmente “subjetivo” (mais que planejado, mas não tão gde) Bulimia Alivia stress emocional, pode ser planejado Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA - Característica Hábito Exercícios Anorexia Caract obsessivocompulsivo, ritualista e progressiva Pode se sobressair em dança, corrida de longa distância Comentário Clínico Bulimia Menos previsível HÁBITOS Anorexia Pode ser difícil Pode ser distinguir atlética, ou magra ativa pode evitar x distúrbio completamente alimentar exercício Bulimia Homens geralmente usam exercício como significado de purgação Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA - HÁBITOS Característica Hábito Vômitos Anorexia Característico do subtipo compulsão/purg ação Comentário Clínico Bulimia Hábito mais comum visando reduzir os efeitos do exagero Pode mastigar e cuspir, ao invés Pode ocorrer de engolir após refeição ou após compulsão Anorexia Eminente instabilidade emocional e psicológica Bulimia Fortemente “viciada” e auto-punição, mas não elimina calorias ingeridas Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA - HÁBITOS Característica Hábito Laxativos Comentário Clínico Anorexia Bulimia Anorexia Se usados, é para aliviar constipação no subtipo restritivo, mas como um catártico no subtipo compulsãopurgação Segundo hábito mais comum para reduzir ou evitar ganho de peso, geralmente usada em doses crescentes para efeito catártico Bulimia Fortemente “viciado”, auto-punição, Eminente mas ineficaz instabilidade para reduzir psicológica e peso (calorias emocional são absorvidas no delgado / laxativos cólon) Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA - Característica Hábito Anorexia Mto raro Pílulas de dieta HÁBITOS Comentário Clínico Bulimia Usado para reduzir Mais comum no apetite e subtipo aumentar compulsão/purga metabolismo ção Anorexia Uso sugere inabilidade de controle de comer Bulimia Controle sobre comer pode ser procurado por qquer desculpa Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Imagem Corporal Característica Comentário Clínico Anorexia Bulimia Sente-se gorda, geralmente com distorções específicas do corpo (ex: estômago, coxa) Distorção e descontenta mento da imagem do corpo variável, mas impulso à magreza é menor q desejo de evitar ganhar peso Forte impulso à magreza, com auto-eficácia ligada ao formato do corpo, tamanho e/ou peso Desafiar uma imagem corporal do paciente é inefetivo e contra-terapêutico clinicamente Aceitar a imagem corporal expressa pelo paciente mas notando sua discrepância com sintomas e sinais reforça o conceito que o pcte pode se “sentir” gordo mas tb “ser” mto magro e não saudável Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Metabolismo Característica Anorexia Sintomas hipometabólic os: frio, cansaço, fraqueza e falta de energia Bulimia Variável, depende do balanço de ingesta e gasto hídrico Comentário Clínico Sintomas são evidências do “desligamento” do corpo em uma tentativa de conservar calorias com uma dieta inadequada Enfatizar a reversibilidade dos sintomas com alimentação saudável e ganho de peso pode motivar pctes a cooperarem com o tto Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Pele Característica Anorexia Bulimia Pele seca, cicatrização lenta, pele anserina, fácil hematoma Pele amareloalaranjada nas mãos Nenhum sintoma caract, pode ser visto comportamen to de autolesão Comentário Clínico Falta de boa circulação na pele e habilidade de curar no baixo peso Caronetemia com gde ingesta de b-caroteno, reversível Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Cabelo Característica Anorexia Bulimia Crescimento de cabelo tp lanugo na face e parte Sem superior do sintomas corpo caract Crescimento lento e perda aumentada de cabelo Comentário Clínico Crescimento de cabelo no corpo conserva energia Perda de cabelo pode piorar durante realimentação “telogen effluvium” Reversível com alimentação saudável Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Olhos Dentes Característica Anorexia Nenhum sintoma caract Nenhum sintoma caract Bulimia Comentário Clínico Hemorragia subconjuntiv al Causado pelo aumento da pressão intra-torácica durante os vômitos Erosão do esmalte dentário Estômatos intrabucais ácidos devido erosão do esmalte dentário, expondo o elemento dental mais sensível Apodrecimen to, fratura e perda de dentes Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Glândulas Salivares Característica Comentário Clínico Anorexia Nenhum sintoma caract Bulimia Aumento Causada pela compulsão alimentar crônica e vômitos induzidos, com aumento da parótida mais proeminente que submandibular Reversível Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Coração Característica Anorexia Tontura, desmaio no subtipo restritivo Palpitação é mais comum no subtipo compulsãopurgação Bulimia Tontura, desmaio, palpitação Comentário Clínico Tontura e desmaio devido taquicardia ortostática postural e desregulação no nível hipotalâmico e cardíaco com perda de peso devido hipovolemia com compulsãopurgação Palpitação e arritmia causada por dist hidroeletrolíticos Reversivel com ganho de peso e/ou cessação da compulsão-purgação ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Abdome Característica Anorexia Plenitude precoce e desconforto com a comida Constipação Bulimia Desconforto após compulsão Comentário Clínico Perda de peso é associada com redução do volume e tônus da musc do TGI, princ o estômago Cãibras e Laxativos podem ser usados diarréias com para alívio de constipação uso abusivo Alívio dos sintomas com de laxativos alimentação saudável pode demorar semanas Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Característica Anorexia Extremidade e Mãos e pés músculoesquel gelados e ético cianóticos Bulimia Nenhum sintoma caract Cortes ou queimaduras em braços e/ou punhos Comentário Clínico Baixa temperatura corpórea com baixo fluxo sg na periferia para poupar energia Rapidamente revertido com alimentação saudável Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Sistema Nervoso Característica Anorexia Nenhum sintoma caract Bulimia Nenhum sintoma caract Comentário Clínico Sintoma neurológico sugere outro Dx além de distúrbio alimentar Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. ANOREXIA X BULIMIA – SINAIS/SINTOMAS Sinais Sintomas Status mental Característica Anorexia Depressão, ansiedade, sintomas obsessivoscompulsivos, sozinhos ou combinados Comentário Clínico Bulimia Depressão, traços de distúrbios de personalidade borderline Distúrbios de humor podem piorar com práticas p/ controle de peso disfuncionais e pode melhorar com alimentação saudável Nelson Textbook of Pediatrics, 19th ed. OSTEOPOROSE Fatores de risco: Genética (70%) Nível estrogênico (história de oligo/amenorréia) Ingesta de Ca Baixo nível de atividade física Peso corporal Doenças crônicas, etc... OSTEOPOROSE 50-60% do pico de densidade mineral óssea ocorre na infância Até 50%: durante adolescência Após 17 anos: estudos indicam nenhum ganho de massa óssea significante Após 4ª década de vida: massa óssea normalmente cai Queda imp com início da menopausa Treino de resistência: pode levar a aumento da massa óssea em 4,5% por 1 ano, comparando com os que não treinaram OSTEOPOROSE Adolescentes com menarca tardia e magras: Tendem a ter densidade mineral óssea mais baixa Adolescentes com disfunção menstrual (oligo/amenorréia): Tendem a ter uma densidade mineral óssea subótima Estrógeno: facilita deposição de Ca no osso Amenorréia hipoestrogênica crônica – leva a risco aumentado p/ osteoporose e fratura por stress OSTEOPOROSE Por isso atletas com distúrbios alimentares têm incidência maior de fratura de stress durante a carreira, mesmo sendo adolescentes AMENORRÉIA Disfunção menstrual: Oligomenorréia Amenorréia (primária ou secundária) Disfunção da fase lútea 10-15% das mulheres atletas 2/3 das atletas de elite AMENORRÉIA Prováveis etiologias: Genética % de gordura corporal Intensidade do exercício Idade Altura Déficits nutricionais Tipo de esporte, etc.... AMENORRÉIA Atraso da menarca pode ser visto de 5 meses para cada ano de treino intenso antes do início da puberdade Amenorréia secundária: comum em fundistas, ballet, ginastas, ciclistas,... Se atleta diminuir nível de treinamento: Menarca Retorno do ciclo menstrual SCREENING Melhor hora para se fazer screening da tríade: Avaliação pré-participação Checkups anuais Consultas devido problemas relatadas (ex: amenorréia ou fratura por stress) Achado um componente da tríade, deve-se pesquisar os outros componentes SCREENING Anamnese: Consumo calórico Hábito alimentar Flutuações de peso Gasto de energia em exercício História menstrual / ciclo menstrual Fatores associados à baixa densidade mineral óssea (ex: fratura por stress prévia) SCREENING Exame Físico – Peso, altura, sinais vitais: Bradicardia Hipotensão postural Mãos e pés gelados Hipercarotenemia (coloração alaranjada das palmas) Pêlo lanugo Aumento das glândulas parótidas Avaliação pélvica – atrofia vaginal (se hipoestrogenismo) SCREENING Exames laboratoriais p/ distúrbio alimentar: HMG Eletrólitos Função tireoidiana Uroanálise SCREENING Exames laboratoriais p/ amenorréia secundária: Teste de gravidez LH / FSH Estradiol Prolactina TSH SCREENING Se sinais de hiperandrogenismo: Testosterona DHEA-S SCREENING Densitometria óssea Se fratura de stress prévia Se fratura por trauma mínimo Oligo/amenorréia ou distúrbios alimentares presentes por mais de 6 meses Repetir após 12 meses se permanecer com sinais/sintomas da tríade no período De preferência realizar na mesma máquina, para melhores comparações SCREENING Medir: Espinha ântero-posterior Quadril Se baixo z-score, Dx de baixa densidade mineral óssea DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Tríade da Mulher Atleta: bem conhecida e documentada Evidências: 4º componente: Disfunção endotelial Evento “sentinela” estabelecido na patogênese da doença cardivascular Dça cardiovascular: 1ª causa de morte em mulheres Importante: - detecção precoce - intervenção terapêutica oportuna e apropriada Clin Sports Med 30 (2011) 551-573 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Avaliação reatividade coronariana: invasiva e cara Alternativa: avaliação não invasiva da função vascular nos vasos periféricos (dça vasc é um processo sistêmico) Padrão ouro: USG braquial Avalia dilatação mediada por fluxo (FMD) da art braquial Medem: - diâmetro da art braquial - velocidade do fluxo Na linha de base e após induzido hiperemia reativa pela oclusão do antebraço com manguito Dilatação normal: 5-15% Clin Sports Med 30 (2011) 551-573 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Revisão de 3 estudos: correlacionando alteração da FMD da artéria braquial e alteração coronariana 1 estudo: só afirmou correlação positiva 1 estudo: alto VPP da dilatação braquial anormal em predizer alteração endotelial coronário (95%) 1 estudo: afirmou correlação, confirmando por alterações em estudos angiográficos de art coronárias Clin Sports Med 30 (2011) 551-573 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Revisão de 3 estudos – mostraram correlação da disfunção endotelial e presença de eventos cardiovasculares Importante: Alteração endotelial da art braquial – alteração endotelial da artéria coronariana – eventos cardiovasculares Clin Sports Med 30 (2011) 551-573 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Poucos estudos: relação entre amenorréia e disfunção endotelial braquial 1 estudo: 32 atletas colegiais que corriam pelo menos 40km/sem Amenorreicas: dilatação de 1,08% +- 0,91% Oligomenorreicas: 6,44% +- 1,28% Grupo controle: 6,38% +- 1,38% Clin Sports Med 30 (2011) 551-573 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Poucos estudos: relação entre amenorréia e disfunção endotelial braquial 1 estudo: 2011, em bailarinas: 64% redução da FMD da art braquial 72% tinham alteração do ciclo menstrual 14% relataram tratamento com ACO devido amenorréia 14% eram eumenorreicas – não tinham explicação, mas achar a causa estava além dos objetivos propostos por esse estudo Clin Sports Med 30 (2011) 551-573 DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Estudos revisados: limitações – grupos pequenos e selecionados de atletas Devem ser realizados estudos maiores para melhor avaliação Clin Sports Med 30 (2011) 551-573