Escola Bíblica
LC 12 JANEIRO 7, 2012
Ministrante: Pr. Valdison B. Neves – Typist : Alice Manzini
Conteúdo
Base bíblica: I Pedro 2.9
1. Os profetas do Antigo Testamento
2. Os profetas no Novo Testamento
3. Os profetas nos dias atuais
4. Objetivo da lição:
Introdução
O profeta e seu ofício espetacular sempre atiça- ram a curiosidade e a
imaginação dos homens, tanto dos crentes como dos incrédulos. O
ministério dos profetas e o mistério que os en- volvo, aos olhos do
mundo racional e cético em que vivemos, transformaram-nos em seres
len- dários, improváveis ou mesmo fruto da fantasia e da especulação
humana. Mas a grande verdade é que, não apenas são verdadeiros, como
ainda agem em nosso meio. Quem sabe Deus possa vir a escolher você
para ser um deles!
Muito tempo antes de Cristo, o Senhor usou homens assim para falar
com Seu povo. Deus os ensinava, exortava, aconselhava, repreendia,
consolava, ect. No Novo Testamento lemos relatos de muitos profetas, e
profetisas, atuau- do em diferentes funções. No estudo de hoje,
aprenderemos como Deus pode fazer de você, que é discípulo de Cristo,
também um profeta.
I. Os profetas no Antigo Testamento
Profeta é uma pessoa chamada, tanto para en- tregar o recado da parte de
Deus aos homens, quanto para falar em nome de Deus, isto é, como se Deus
mesmo estivesse falando. Não
se trata de um mágico com o poder de
mani- pular as ``forças sobrenaturias´´, ou prever o futuro, ou operar um
prodígio. Pelo contrário, o profeta nada mais é do que alguém escolhido,
habilitado e impulsionado por Deus, indepen- dente da própria capacidade
ou vontade.
O AT nos fala de muitos tipos de profetas, os quais agiram em diferentes
épocas e com ministérios variados. Alguns fizeram muitos milagres, sinais e
prodígios. Uns tiveram visões apocalípticas e catastróficas; enquanto outros
abordaram apenas problemas contemporâneos. Alguns apregoaram a vinda
do Messias; outros previram a chegada de falsos profetas. Alguns
profetizaram por longos anos; outros só tiveram uma aparição no cenário
bíblico. Alguns se tornaram escritores; enquanto outros nem chegaram a ler
tais profecias.
A obra de Deus nunca é rotineira; é sempre surpreendente, porque a riqueza
so Senhor nos é revelada de muitas maneiras diferentes (Ef 3.10). Quanto
mais você procura co- nhecer ao Senhor, mais Ele lhe surpreende.
PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDA CLASSIFICAÇÃO
Profecias condenatórias
Anunciam juízo divino contra incredulidade e
iniquidade do povo. Tais profecias quase sem
pre vêm acompanhadas de promessas de
restauração, depois de um período de provação
(Jr 2.13; 20.8; Ez 24.21-24).
Profecias já cumpridas
Por exemplo:``a deportação do reino do norte
pelos
assírios em 722 a.C.´´ anunciada pelos
profetas Oseias, Amós e Miqueias; o ``exílio
da tribo de Judá na Babilônia´´, previsto por
Isaías, Jeremias e Ezequiel; a ``chegada do
Messias´´, profetizada por Isaías, Miqueias e
outros (Am 2.4-5; Jr 29.10).
Profecias Messiânicas
Incluem o Redentor vindouro de Israel e do
mundo. Entre estas se destacam Isaías (52. 1353) e Miqueias (5.1).
Profecias em andamento
Por exemplo: ``a restauração do Estado
moderno de Israel em 15 de maio de 1948´´,
antevista por Isaías, Jeremais e Ezequiel (Jr
31.31; Is 27.12-13; Ez 37.21).
Profecias Escatológicas
Referem-se aos últimos dias, quando o Reino
de Deus será estabelecido sobre a a Terra (Zc
14.5-17; Ap 2.26-27; 12.5-6).
Profecias ainda não cumpridas
Quatro exemplos podem ser citados:
Recuperação total da Palestina por
Todas as tribos de Israel (Is 27.12-13;
Jr 31.1-5,31); (2) destruição dos inimigos de Isael (Is 17.1-3; Ez 38-39); (3)
Conversão coletiva de Israel (Zc 14.4-5;
12.10); (4) estabelecimento do Reino de Deus
na Terra.
Depois de quatro séculos de silêncio profético (entre Malaquais e
Mateus), João Batista surgiu como o último profeta da antiga aliança e o
precursor do Messias prometido, que é Jesus Cristo, o SENHOR (Mt 19.1
cf. Mt 3.7ss; Lc 3.16ss; Jo 1.23,29). Além de João Batista, o NT também
se refere a um novo tipo de ministério profético, o qual seria estendido
tanto a homens quanto a mulheres. E é aí que começa a entrar a nossa
história – a história dos discípulos de Jesus.
II. Os profetas no Novo Testamento
Quando Jesus disse que ``entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior
do que João Batista´´, e ainda que ``todos os profetas e a lei profetizaram até
João´´ (Mt 11.11-13), queria ensinar que o fim daquela era profética do AT que
anunciava a vinda do Messias tinha chegado, e que agora, uma nova época
estava surgindo, na qual cada súdito do Reino de Deus seria considerado ``maior´´
do que o profeta João Batista, porque eles se relacionariam pessoalmente com o
PROFETA de Deus, o Messias, Jesus Cristo.
Não podemos dizer que somos como os profetas do AT ou como os do NT, mas
na condição de discípulos de Cristo somos convocados a exercitar a nossa fé de
uma maneira muinto parecida com a dos profetas.
Em comparação aos profetas citados no AT, os nomes dos profetas cristãos do
NT parecem ser bem poucos. No entanto, havia muitos e agiam no intuito de
conduzir a igreja ao amadureci- mento espiritual. Os mais citados são Ágabo
(At 11.27-28;21.10), Judas e Silas (At 15.30-32). Embora desconhecidos para
nós, esses profetas foram pessoas poderosas e exerceram grande influência na
igreja primitiva, falando com au- toridade a Palavra do Senhor ressurreto. Nas
páginas do NT percebemos sua relevância e sua maneira de agir, e desse
conhecimento podemos tirar muitos ensinamentos.
1. Trabalhavam, quase sempre, de acordo com o contexto de uma igreja local (At
13.1-3).
2. Juntamente com os apóstolos eram con- siderados como o alicerce sobre o qual
a igreja fora edificada(Ef 2.20;1Co 12.28-31; Ef 4.11).
3. Conheciam bem as Escrituras (AT), de maneira que falavam usando uma
liguagem bíblica(1Co 15.51,54,55cf Is 25.8 e Os 13.14).
4. O ministério deles era mais voltado ao ensino (At 13.1;Ap 2.20) do que á
operação de milagres (1Co 12.28-29).
5. Tinham o poder da predição, da revelação e do discernimento(At 11.27-28; 13.12; 1Tm 4.14).
6. O ministério deles priorizava a edificação, o encorajemento e o consolo da
comunidade cristã (1Co 14.3,4).
7. O profeta do NT também era capaz de receber do Espírito Santo uma palavra
vinda diretamente do Cristã ressurreto e exaltado (Jo 16.12-14; Ap 1.10-18; 4.12). Desta maneira, quando um profeta falava com tal autoridade, sua palavra
passava a ser considerada como um mandamento do Senhor
(1Co 14.29-30). Assim como as profecias no AT, essa nova mensagem era uma
comunicação direta da Palavra de Deus (ou de Cristo) a Seu povo, mediante
lábios humanos (Ap 16.15;22.7).
III.Os profetas nos dias atuais
Os profetas de hoje não vivenciam o mesmo ministério daqueles que atuaram no
passado, seja no Antigo ou Novo Testamentos. Em pri- meiro lugar, os profetas da antiga
aliança (AT), que prepararam os corações dos hebreus para a chegada do Messias
(Jesus Cristo), deixaram de existir com Sua chegada. Em segundo, porque os profetas
do NT, que ajudaram a edificar a Igreja em seus primeiros passos e a lançar as bases
para a igreja que temos hoje, já não são necessários, uma vez que a Bíblia está
completa. Mas Deus ainda escolhe homens e mulheres para ensinar elevadas verdades
espirituais por meio das Escrituras, mesmo que tais ensinos não estejam claramente
definidos nas páginas da Bíblia; e é nesses contexto que o dom profético encontra
grande relevância. O derramente do Espírito Santo no dia de Pentecostes trouxe uma
nova dinâmica na vida daqueles que creem e reconhecem o senhorio de Cristo sobre
sua vida. A promessa de Deus torna-se realidade na vida de todo aquele que recebe o
Espírito de Deus, tornando-se uma ``nova criatura´´:``profetizarão´´(At 2.17). Como
membros do Corpo de Cristo, a Igreja formada por todos os cristãos, e parte de uma
igreja local, cada um de nós, os filhos de Deus, tem uma mensagem profética para os
nossos dias. Nossa tarefa inclui apresentar a salvação em Jesus Cristo, proclamar o
consolo em meio á dor e a todo tipo de sofrimento, pregar a justiça e a minericórdia entre
as pessoas. Temos uma mensagem de Deus para os homens, e isso acontece no lugar
onde estamos: nosso local de trabalho, entre nossos familiares, amigos, e assim por
diante. Até mesmo dentro da Igreja há espaço para os profetas atuais que zelam por
santidade e fidelidade entre o povo de Deus.
Conclusão
Conhecemos nesta lição profetas em diferen- tes épocas e situações. Há
três características comuns a todos eles: o chamado de Deus, o ca- ráter
fiel e a mensagem verdadeira. Da mesma maneira como os profetas do
AT, do NT ou da Igreja primitiva, nós também devemos ouvir o chamado,
desenvolver o caráter cristão e fiel- mente proclamar a todo mundo a
mensagem que recebemos, o evangelho.
Escola Bíblica
LC 12 JANEIRO 7, 2012
Ministrante: Pr. Valdison B. Neves – Typist : Alice Manzini
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Os profetas no Novo Testamento