Aparelho Genito-urinário Carolina Linhares Carla Pardini Daniela Vivacqua Mônica Vitor Guerhardt Órgãos genitais externos masculinos Anamnese • O exame da região genital deve ser realizado sempre! Lembrar: • Recomenda-se presença de acompanhante no exame físico do adolescente. Anamnese • Colher história familiar • Observar desenvolvimento neuropsicomotor • Pesquisar as atividades realizadas atualmente • Pesquisar doenças próprias da infância e anomalias congênitas • Avaliar desenvolvimento genital pelos critérios de Tanner Exame físico • Verifica-se tamanho, forma e cor do pênis • Normalmente: - comprimento: 3,5 cm ± 0,7 cm - diâmetro: 1,1 cm ± 0,2 cm • Crianças obesas: pênis oculto (envolvido pela gordura subpúbica) • Micropênis, pênis duplo e bífido e agenesia do pênis são raros • Ereção ocasional é comum • Priapismo : raro Exame físico • Esmegma: subst. caseosa, branca, que se acumula no sulco balanoprepucial quando a higiene não é bem feita. • Aderências epiteliais entre prepúcio e glande: normais no RN e relativamente comum na primeira infância, opondo-se a retração do prepúcio e rompendo-se se forçarmos através de manobras delicadas. Exame físico • Fimose: comum nos RN e em idades posteriores. Ocorre estreitamento do orifício do prepúcio, o que dificulta a retração sobre a glande. • Parafimose: quando o orifício é relativamente estreito e ao forçarmos com insistência o prepúcio para trás ele retrai, porém fica preso no sulco da coroa e não retorna à sua posição normal, formando um anel constritor com edema e podendo evoluir para gangrena. FIMOSE PARAFIMOSE Exame físico • Balanite: inflamação da glande. • Balanopostite: inflamação da glande e da mucosa prepucial (rubor, edema, dor, prurido, secreção purulenta). Causada principalmente por dermatite da fralda. • Uretrite (inespecífica ou gonocócica): pelo orifício uretral, vermelho e edemaciado, pode sair uma gota de pus. FIMOSE COM BALANOPOSTITE Exame físico • Alterações da implantação da uretra: Hipospádia ( + comum ) Epispádia Exame físico • Hipospádia: fenda uretral na face inferior (ventral) do pênis. Pode ser: - Balaniana (da glande) - Peniana - Escrotal Pênis rudimentar e saco - Perineal escrotal geralmente bífido • Epispádia: fenda uretral na face dorsal do pênis. Pode ser: - Balaniana Geralmente: pênis achatado, - Peniana recurvado para cima e com - Completa profundo entalhe no dorso HIPOSPÁDIA EPISPÁDIA Exame físico • Importante: Quando houver hipospádia ou epispádia, afastar : Anomalias dos cromossomos sexuais Orgão genital feminino com hipertrofia de clitóris por hiperplasia congênita da supra renal Exame físico • Bolsa escrotal: - Inspeção: analisar pele, aspectos vasculares,tamanho, anormalidades. - Palpação: verificar tamanho, forma, consistência e local em que se encontram os testículos • Orquidômetro: avalia o tamanho dos testículos • Reflexo cremastério: estímulo da face medial da coxa ipsilateral e contração do músculo cremaster, além de elevação testicular do mesmo lado. Exame físico • Criptorquidia ( uni ou bilateral ): permanência, ao nascer, dos testículos no canal inguinal ou abdome. Operação: orquiopexia • Testículo retrátil ou migratório (Pseudocriptorquidia): testículo não se fixa na bolsa escrotal. Analisa-se o testículo puxando para baixo. Na pseudocriptorquidia o testículo desce sozinho depois. Exame físico • Hidrocele: acúmlo de líquido na túnica vaginal que envolve os testículos. Tumefação indolor, mole , fixo, que não muda de tamanho com o tempo e irredutível. • Hidrocele fisiológica do RN regride espontaneamente em até 1 ano. Exame físico • Orquite: - Inflamação aguda dos testículos (testículo edemaciado, doloroso). - Rara na infância - Sucede traumatismos ou viroses (Caxumba) - Apresenta febre e, raramente, supuração • Torção de testículo: - Acidente raro - Começa de modo súbito - Dor intensa, náuseas e vômitos Diagnóstico é - Edema e hiperemia da bolsa escrotal essencial: - Testículo ocupa uma região superior à cirurgia salva normal o orgão Sistema Genital Feminino Anamnese • • • • • Identificação Queixa principal e história da doença atual Antecedentes familiares Antecedentes pessoais Caso haja: ▫ Antecedentes menstruais ▫ Antecedentes sexuais • Interrogar sobre: corrimentos, sintomas mamários, urinários e outros. Exame físico • Ambiente bem iluminado • Criança em decúbito dorsal, com membros inferiores fletidos em abdução Exame físico • Inspeção da área do intrólito-hímen ▫ Afasta-se os lábios maiores, exercendo pressão na face sua interna, expondo-se o hímen ▫ Verifica-se o estado dos lábios menores, do clitóris, do óstio externo da uretra e através do orifício do hímen , examina-se a vagina • Secreção catarral ou sanguínea ▫ Queda dos níveis circulantes de hormônios maternos • Ao fim da inspeção toque retal ▫ Exame dos órgãos genitais internos ▫ Estrutura na linha média, geralmente é palpável e indicativa do útero ▫ Anexos devem ser evidentes • Pode-se ampliar a área ▫ Colposcópio ▫ Lente de aumento manual • Outros instrumentos empregados no exame ▫ Otoscópio ▫ Vaginoscópio de Cameron-Myers Vaginoscopia – criança de 7 anos Exame físico do recém-nascido Exame físico do recém-nascido • 1º: exame das mamas ▫ Tecido mamário aumentado estrogênio materno ▫ Corrimento dos mamilos • Palpação do abdome • Inspeção dos órgãos genitais externos ▫ Lábios maiores não fecham o vestíbulo, lábios menores fazem saliência entre eles ▫ Pode haver edema local (1ºs dias de vida) ▫ Desenvolvimento acentuado do clitóris Criança pré-púbere Criança pré-púbere • Cuidado especial para não traumatizar • Explicação do exame para o paciente • Posição do exame ▫ “Pernas de rã” ▫ Genopeitoral + manobra de valsalva • Hímen ▫ Imperfurado ▫ Microperfurado ▫ Septado Criança pré-púbere • Corrimentos ▫ Visualização do vestíbulo ▫ Técnica asséptica Obtenção e avaliação de lâminas a fresco Obtenção de culturas ▫ Investigação da vulvovaginite ▫ Swab de alginato de cálcio (Calgi) Obtenção de culturas vaginais Problemas Ginecológicos na infância Sinéquia Vulvar ou Aderências Labiais • Finas aderências que ligam os lábios menores entre si formando uma membrana delgada e translúcida que cobre o orifício vaginal • Rompimento fácil, porém com notável tendência a se refazer • Desaparecem espontaneamente após a puberdade • Podem originar disúria Prolapso de uretra • • • • • Não é frequente Causa obscura Idade pré-escolar Produz hemorragia Ao exame: massa vermelha saliente, formato de amora que pode obstruir completamente a vagina Corrimento não-sanguíneo • Também chamado leucorréia • Fisiológico nos recém-nascidos e pouco antes da puberdade • Fora dessas circunstâncias vulvovaginite Corrimento vaginal • Sintoma primário de vulvite, vaginite e vulvovaginite • Sinais e sintomas associados • Vulvite ▫ Disúria ▫ Prurido ▫ Eritema vulvar Vulvovaginites • Problema mais comum na infância e adolescência • Irritação ▫ Ausência de pelos púbicos e de coxins adiposos labiais ▫ Proximidade do orifício anal com a vagina • Costuma cessar com a puberdade Vulvovaginite inespecífica Higiene precária • Corrimento ▫ Castanho ou verde ▫ Odor fétido ▫ pH ácido • Causadores • Tratamento ▫ ▫ ▫ ▫ Higiene Troca de roupas íntimas muito apertadas Banhos de acento com sabão fraco Secagem da vulva com ar Vulvovaginites específicas • Gonocócica ▫ Congestão da mucosa ▫ Corrimento Espesso, amarelado ou esverdeado, excepcionalmente, sanguíneo ▫ Casos mais extensos Congestão atinge a vagina e o óstio externo da uretra Lábios maiores e menores escoriados Pode haver: dermatite na face supero-interna das coxas Vulvovaginites específicas • Candidíase (Candida albicans) ▫ ▫ ▫ ▫ Hiperemia difusa Prurido Corrimento esbranquiçado, leitoso Pode ocorrer após administração prolongada de antibióticos • Corpo estranho ▫ De qualquer natureza que permaneça muito tempo na vagina, produz violenta reação inflamatória Muito exsudato purulento, fétida, por vezes misturada com sangue Vulvovaginites específicas • Oxiúriase ▫ Irritação direta pelo prurido que o verme ocasiona ▫ Facilita infecções bacterianas • Herpética ▫ Pele e mucosa com rubor ▫ Edema e elementos típicos, morfologicamente idênticos aos da estomatite herpética Pequenas vesículas dolorosas que logo se transformam em ulcerações esbranquiçadas, algumas coalescentes ▫ Linfonodos inguinais hipertrofiados e dolorosos Vulvite fleimonosa (Abscesso da vulva) • Complicações de trauma ou vulvovaginite • Um dos labios maiores torna-se vermelho, edemaciado e doloroso • E, por fim, supura Prurido intenso 1. 2. 3. 4. Monilíase Alergia Diabetes mellitus Líquen escleroso e atrófico vulvar Líquen escleroso e atrófico vulvar • Atinge a vulva, podendo estender-se para o períneo • Placas brancas, salientes e secas, muitas vezes escoriadas pela coçadura, com tendência a se aglomerar • Sintoma principal: Prurido Tumores vaginais • Raros • Pólipos, condilomas acuminados e cistos de retenção • Cistos de retenção permanecem assintomaticos até a puberdade aumentam de volume e podem obstruir a uretra ou a vagina • Sarcoma botryoides ▫ Manifestação inicial corrimento sanguíneo Hímen imperfurado • Não gera problemas até o aparecimento da menstruação, em geral • Mas, a crise hormonal fisiológica do recém nascido acarreta copiosa secreção uterina ▫ Com o hímen imperfurado, há retenção e formação de um pequeno tumor cístico móvel, que faz saliência entre os lábios hidrocolpo • Na adolescência, com a chegada da menstruação, o hematocolpo, gera uma síndrome abdominal dolorosa Crescimento e Desenvolvimento Neonatal Masculino: -aderência do prepúcio à glande -hiper-reflexia cremastérica -hidrocele comunicante Feminino: -pequenos lábios podem se apresentar protrusos e apresentar pequenas sinéquias -pode haver secreção catarral, às vezes sanguinolenta pela vagina *Hipertrofia de glândulas mamárias (ambos os sexos) Puberdade precoce Meninos: antes dos 9 anos. -avaliar .desenvolvimento dos testículos .desenvolvimento da genitália externa .distribuição dos pêlos pubianos Meninas: antes dos 8 anos. -avaliar .desenvolvimento das mamas .distribuição dos pêlos pubianos Critérios de Tanner Telarca Pico do estirão Menarca Pico do estirão Desenvolvimento Puberal Feminino • M1 (mamas infantis): estágio de mamas pré-adolescentes. • M2 (8 a 13 anos): broto mamário. • M3 (10 a 14 anos): pequena mama adulta, com crescimento da mama e da aréola. • M4 (10 ½ a 15 anos): crescimento e projeção da aréola e da papila. • M5 (13 a 18 anos): estágio adulto, com projeção apenas da papila. • P1: ausência de pêlos. • P2 (9 a 13 ½ anos): pêlos finos ao longo dos grandes lábios. • P3 (9 ½ a 14 anos): pêlos mais escuros e mais encaracolados, dispersos pela sínfise púbica. • P4 (10 ½ a 15 anos): pêlos tipo adulto sem atingir a superfície interna da coxa. • P5 (12 a 16 ½ anos): atinge a superfície interna da coxa. Desenvolvimento Puberal Masculino • G1: tamanho infantil. • G2 (9 a 14 anos): aumento dos testículos e do escroto (pele avermelhada e fina), sem aumento do pênis. • G3 (10 a 14 ½ anos): aumento escrotal e do pênis em comprimento. • G4 (11 ½ a 15 ½ anos): aumento escrotal e do pênis (comprimento e diâmetro), com a glande tornando-se mais evidente. • G5 (12 ½ a 17 anos): genitais adultos • P1: pêlos ausentes. • P2 (10 a 14 anos): pêlos finos ao longo da base do pênis. • P3 (11 a 15 anos): pêlos mais pigmentados e encaracolados, distribuindo-se também pela sínfise púbica. • P4 (12 a 16 anos): pêlos tipo adulto sem atingir a superfície interna da coxa. • P5 (15 a 17 anos): atinge a superfície interna da coxa. Ginecomastia • • • • É normal durante a puberdade Geralmente hipersensível Uni ou bilateral Regride em torno de 3 anos Síndrome de Turner – X0 • Baixa estatura • Ausência do desenvolvimento das características sexuais secundárias • Amenorréia (ausência de menstruação), devido ao não desenvolvimento das gônadas (disgenesia gonadal) Síndrome de Klinefelter - XXY Hermafroditismo • VERDADEIRO: crianças nascem com os dois órgãos sexuais bem formados, possuindo os oŕgãos sexuais internos e externos de ambos os sexos, incluindo ovários, útero, vagina, testículos e pênis. Maioria geneticamente do sexo feminino (cromossomos XX) e a formação dos órgãos sexuais masculinos é atribuída a causas ainda não totalmente conhecidas. • PSEUDO-HERMAFRODITISMO: Masculino - geneticamente como do sexo masculino (XY) embora os órgãos sexuais externos não se desenvolvam completamente. Feminino - geneticamente como do sexo feminino (XX) embora o clítóris desenvolva-se excessivamente, adquirindo um formato semelhante a um pênis. Lady Gaga Semiologia Nefro-Urológica História pegressa História familiar • Duração, severidade e prognóstico da doença renal • Exames de urina anteriores (sintomas são inespecíficos) • Infecção prévia por impetigo ou piodermite estreptocócica •Doenças renais geneticamente determinadas são raras Nefrite hereditária (Síndrome de Alport), síndrome nefrótica congênita, hipercalciúrias, litíases renais e refluxo vesico-ureteral primário. •GNDA (exposição familiar a uma cepa de Streptococcus nefritogênico) História e Exame físico Sinais e sintomas com relação à idade No período neonatal (0-28dias): Inapetência; Déficit pondero-estatural; Respiração rápida; Micção frequente; Choro à micção; Jato urinário fraco; Icterícia; Convulsões; Desidratação; Rins ou bexiga aumentados de volume; Outros. Sinais e sintomas com relação à idade Na criança pequena (28 dias a 24 meses): Inapetência; Vômitos; Déficit pôndero-estatural; Micção frequente; Esforço ou choro à micção; Sede excessiva; Urina fétida; Palidez; Febre; Assadura persistente; Convulsões; Desidratação; Rins ou bexiga aumentados de volume. Sinais e sintomas em relação à idade Criança maior e adolescente (2 a 19 anos): Inapetência; Vômitos; Falha de crescimento; Sede excessiva; Enurese, incontinência, poliúria; Disúria; Edema de face; Convulsões; Palidez; Fadiga; Hematúria; Dor abdominal e dorsal; Edema, anasarca; Hipertensão arterial. Dor abdominal • Dor abdominal recorrente é um achado não específico na criança • 10% das crianças na faixa pré-escolar experimentam episódios de dor abdominal intermitente • Exames de urina devem ser obtidos em qualquer criança com queixa de dor abdominal • Dor originária do trato urinário na criança raramente é muito severa • Cólica renal clássica não é muito frequente nas crianças (cálculos) Dor abdominal • Dor na região dorsal inferior GNDA, pielonefrite aguda ou recorrente • Dor abdominal tipo cólica púrpura anafilactóide • Dor abdominal arrastada e recorrente com episódios ocasionais de dor aguda doença policística renal, rins em ferradura, hidronefrose com obstrução parcial do fluxo urinário • Dor suprapúbica espasmo vesical devido a cistite ou a hipercalciúria Inspeção Inspeção da genitália externa exame do reto hábitos miccionais da criança Higiene precária doença do trato urinário inferior Palpação abdominal • Recém-natos possuem os rins normalmente palpáveis • Rins normais x rins anormais • Diferenciar rim aumentado de outras massas (hematoma retroperitoneal, massa emergindo da supra-renal) • Sensibilidade e defesa no ângulo costo-vertebral • Massa suprapúbica bexiga distendida ou hipertrofiada • Abaulamento global do abdome, presença de ascite doenças renais associadas a edema (Gnag e sínd nefrótica) Incontinência e enurese Controle vesical: • Dia 2 ou 3 anos • Noite 12-18 m depois Retorno da enurese/incontinência • Hospitalização ou estresses • Fatores psicológicos • Processo inflamatório local (oxiúros, higiene precária) • Drepanocitose • Verificar função do nervo sacro Abordagens terapêuticas: •Fisioterapia •Recompensa por noites secas •Imipramina •Tentar controlar distúrbios psico-sociais Retenção urinária • Retenção x falha na produção • Desconforto • Bexiga distendida palpável/percutível Causas: • Ambiente não rotineiro • Lesões que causam disúria banho morno • Coma • Cirurgia ou drogas espasmódicas drogas colinérgicas • Inexplicável ex neurológico e de imagem CATETERIZAÇÃO VESICAL Características miccionais • Oligúria: eliminação urinária menor que 8 a 10 mL/kg/dia. Observada em estados edematosos, baixa ingesta líquida, depleção de volume (que não pelos rins), doença renal • Anúria: inferior a 50 mL/dia. Rara na infância. • Oligo-anúria: normal nas primeiras 24/48h de vida • Poliúria e polidipsia: diabetes insipidus nefrogênico (poliúria noturna também presente) e insuficiência renal progressiva Edema • Frequentemente é o único sinal externo da doença renal • Pesagem do paciente • Mais aparente: ▫ Redor dos olhos ▫ Em pé: em volta dos pés e tornozelos ▫ Deitado: sobre a região sacral • Cavidades serosas mais comprometidas: peritôneo, pleura, túnica vaginal dos testículos Hipertensão arterial • Frequentemente associada a doenças renais agudas e crônicas em crianças e adolescentes • Percentil acima de 95 • Sintomas: Cefaléia pulsátil, tonturas, síncope, paralisia facial, convulsões generalizadas, anorexia, palpitações, amaurose, epistaxe • Exame físico: Manchas cor de café com leite na neurofibromatose, aumento do volume renal com hepatoesplenomegalia na doença policística dos rins, sopros abdominais na estenose bilateral da artéria renal e edema orbitário na nefrite Aparelho Urinário • Exames de Urina ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Coleta Volume Cor Odor Densidade pH Pesquisa de elementos anormais Estudo microscópico do sedimento Estudo bacteriológico da urina Aparelho Urinário • Coleta ▫ ▫ ▫ ▫ Micção espontânea Saco coletor de urina estéril Punção supra púbica Cateterismo uretral Aparelho Urinário • Volume ▫ ▫ ▫ ▫ Variável Primeiros dias: 30 a 60 ml / 24h Lactentes: 1 a 2 ml/Kg/h Crianças: 2 a 3 ml/kg/h Aparelho Urinário • Cor ▫ Normal : Amarelo-pálido ou âmbar ▫ Incolor: ingestão de água, DM, diabetes insipidus, Insuficiência renal ▫ Amarelo escuro: oligúrias, icterícias, consumo de caroteno ▫ Avermelhada: hematúrias, hemoglubinúrias, porfinúrias ▫ Escura: hematúria, alcaptonúria, febre, desidratação ▫ Azul: erro inato do metabolismo de aminoácidos Aparelho Urinário • Odor ▫ “Sui generis” ▫ Fétido ou amonical: infecções bacterianas (E. coli) ▫ Acetona: cetose Aparelho Urinário • Densidade ▫ 24h: 1.010 – 1.020 ▫ Aumentada: desidratação, DM ▫ Diminuida: diabetes insipidus, IRA, IRC Aparelho Urinário • pH ▫ ▫ ▫ ▫ Ligeiramente ácida: 4,5 – 8 Recém-nascido: 5 – 7 Acidificada: ingestão de proteínas, acidose metabólica Alcalinizada: ingestão de frutas e verduras, alcalose respiratória ou metabólica, infecção urinária por Proteus Aparelho Urinário • Pesquisa de elementos anormais ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ Proteínas Glicose Corpos cetônicos Qualquer açúcar na urina Aminoácidos Bilirrubina (colúria) Sais Biliares Reação do nitrito Aparelho Urinário • Exame microscópico do sedimento ▫ ▫ ▫ ▫ Hemácias Leucócitos ou piócitos Cilindros Cristais Aparelho Urinário • Estudo bacteriológico da urina ▫ ▫ ▫ ▫ A urina existente na bexiga é estéril. <10000: contaminação acitental da urina >10000 e <100000: repetir a cultura >100000: infecção Aparelho Urinário • Exames de sangue ▫ Eletrólitos: Na, K, Cl, HCO3 ▫ Minerais: Ca, Mg, P ▫ Substâncias nitrogenadas: uréia – leite humano 15-30 mg/dl leite de vaca 20-43 mg/dl creatinina Aparelho Urinário • Medidas de função renal ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ Filtração glomerular Prova de concentração urinária Depuração tubular Excreção tubular Reabsorção tubular Acidificação urinária Aparelho Urinário • Exames de Imagem ▫ Indicações: ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ Infecção urinária Obstrução do sistema urinário Massas abdominais e do retroperitônio Presença de malformações congênitas Hipertensão Arterial Traumatismo abdominal, do retroperitônio e da pelve Aparelho Urinário • Exames de Imagem ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ ▫ Raio-X simples de abdome Urografia excretora Uretrocistografia miccional Nefrotomografia US renal Estudo com radioisótopos (Estudo dinêmico ou estático) Cistografia com radioisótopos TC Aortografia e Arteriografia Seletiva Pielografia retrógrada Uretrocistoscopia Aparelho Urinário • Biópsia Renal ▫ Indicações: Síndrome nefrítica aguda Síndrome nefrótica IRA Transplante renal Hipertensão arterial ▫ Contra-indicações: rim solitário diátese hemorrágica uremia grave hipertensão arterial não controlada neoplasia intra-renal Bibliografia • Nelson; “Tratado de Pediatria”, 15ª edição • PERNETTA, César. Semiologia Pediátrica, 4a. edição - 1980, editora interamericana. • BARBOSA, Adauto Dutra Moraes. Semiologia Pediátrica, 1995, Fundo Editorial BYK, São Paulo. • Fotos: http://antonini.med.br/blog/?p=1753&cp age=1 , acesso em 16/11/2009 • http://antonini.med.br/blog/?p=1727 , acesso em 16/11/2009