DIVISÃO CELULAR MITOSE E MEIOSE Professor: Emídio MITOSE A mitose se inicia com uma célula e um número total de 46 cromossomos em que ocorre a duplicação do material genético. Esse processo de divisão é contínuo, pois a mitose costuma subdividir-se em prófase, metáfase, anáfase e telófase. Esse processo é de grande importância para que nós possamos nos desenvolver crescer e repor as células perdidas, como por exemplo, em uma lesão na pele ou quando perdemos sangue, o qual nada mais é do que células. Fases da mitose Prófase: A prófase começa com o aumento do volume nuclear e com a condensação da cromatina, formando os cromossomos. Os centríolos duplicados que se envolvem radialmente pelas fibras do áster começam a formar o fuso mitótico ou acromático. A carioteca e o nucléolo começam a desaparecer. Verifica-se que cada cromossomo é constituído de duas cromátides unidas pelo centrômero, o que significa que a duplicação dos cromossomos ocorreu antes da prófase, ou seja, na intérfase. Fases da mitose Metáfase: Os cromossomos atingem seu grau máximo de condensação e se colocam no equador do fuso. Pelo centrômero os cromossomos estão ligados às fibras do fuso. Há dois tipos de fibras no fuso: as contínuas, que vão de centríolo a centríolo, e as cromossômicas, que vão de centríolo a centrômero. Fases da mitose Anáfase: A anáfase começa pela duplicação dos centrômeros, libertando as cromátides, que agora passam a ser denominadas cromossomos-filhos. Em seguida, as fibras cromossômicas encurtam, puxando os cromossomos para os polos do fuso. Fases da mitose Telófase: Agora, os cromossomos chegam aos polos e sofrem o processo de descondensação. A membrana nuclear reconstitui-se a partir do retículo endoplasmático. Os nucléolos tomam a se formar na altura da constrição secundária de certos cromossomos, os chamados cromossomos organizadores nucleolares. Assim termina a divisão nuclear ou cariocinese, produzindo dois novos núcleos com o mesmo número cromossômico da célulamãe. A seguir, acontece a divisão do citoplasma ou citocinese. Na região equatorial, a membrana plasmática se invagina, formando um sulco anular cada vez mais profundo, terminando por dividir totalmente a célula Intérfase Intérfase é o período que separa duas mitoses. Tal período caracteriza-se por intensa atividade metabólica, resultante da descondensação cromossômica. A intérfase é dividida em três períodos (G1, S e G2) Intérfase Intérfase é o período que separa duas mitoses. Tal período caracteriza-se por intensa atividade metabólica, resultante da descondensação cromossômica. A intérfase é dividida em três períodos (G1, S e G2). Em G1 ocorre intensa síntese de RNA e proteínas, provocando o crescimento da célula. No período S acontece a síntese de DNA, determinando a duplicação dos cromossomos. No período G2 há pouca síntese de RNA e de proteínas. O gráfico abaixo mostra a variação da quantidade de DNA no ciclo celular. Grau de variação da quantidade de DNA no ciclo mitótico Meiose Meiose é o processo de divisão da célula que reduz o cromossomo pela metade e atua na formação de gametas no organismo de reprodução sexuada. A célula mãe se divide em duas que sucessivamente se dividem novamente originando quatro células novas com metade dos cromossomos. É um processo importante para manutenção da carga genética para ocorrer a formação dos gametas. O processo de meiose é importante, pois permite a troca de partes dos cromossomos homólogos e com isso colabora para que haja recombinações genéticas amplificando a variedade da espécie. Fases da meiose A meiose ocorre apenas nas células das linhagens germinativas masculina e feminina e é constituída por duas divisões celulares: Meiose I e Meiose II. O esquema geral da meiose: A meiose envolve duas divisões celulares. A primeira divisão meiótica é chamada reducional, pois reduz o número de cromossomos de um estado diplóide (2n) para o haplóide (n). A segunda divisão é chamada equacional e mantém o número haplóide. O processo geral obedece ao seguinte esquema: Fases da meiose I PRÓFASE I A prófase I é de longa duração e muito complexa. Os cromossomos homólogos se associam formando pares, ocorrendo permuta (crossing-over) de material genético entre eles. Vários estágios são definidos durante esta fase: Leptóteno, Zigóteno, Paquíteno, Diplóteno e Diacinese. Leptóteno Prófase I Os cromossomos tornam-se visíveis como delgados fios que começam a se condensar, mas ainda formam um denso emaranhado. Nesta fase inicial , as duas cromátides- irmãs de cada cromossomo estão alinhadas tão intimamente que não são distinguíveis. Os cromômeros são grânulos encontrados ao longo do cromossomo, que resultam da condensação de determinadas regiões do cromonema (filamento cromossômico), sendo uma estrutura tipicamente observada na prófase I da meiose, mais especificamente no leptóteno, quando tem início a condensação dos cromossomos. Zigóteno Prófase I Os cromossomos homólogos começam a combinar-se estreitamente ao longo de toda a sua extensão. O processo de pareamento ou sinapse é muito preciso. Prófase I Paquíteno Os cromossomos tornam-se bem mais espiralados. O pareamento é completo e cada par de homólogos aparece como um bivalente ( às vezes denominados tétrade porque contém quatro cromátides) Neste estágio ocorre o crossing-over, ou seja, a troca de segmentos homólogos entre cromátides não irmãs de um par de cromossomos homólogos. Prófase I Diplóteno Ocorre o afastamento dos cromossomos homólogos que constituem os bivalentes. Embora os cromossomos homólogos se separem, seus centrômeros permanecem intactos, de modo que cada conjunto de cromátides-irmãs continua ligado inicialmente. Depois, os dois homólogos de cada bivalente mantêm-se unidos apenas nos pontos denominados quiasmas (cruzes). Prófase I Diacinese Neste estágio os cromossomos atingem a condensação máxima. Meiose I METÁFASE I Há o desaparecimento da membrana nuclear. Forma-se um fuso e os cromossomos pareados se alinham no plano equatorial da célula com seus centrômeros orientados para polos diferentes. Meiose I ANÁFASE I Os dois membros de cada bivalente se separam e seus respectivos centrômeros com as cromátides-irmãs fixadas são puxados para polos opostos da célula. Os bivalentes distribuem-se independentemente uns dos outros e, em consequência, os conjuntos paterno e materno originais são separados em combinações aleatórias. Meiose I TELÓFASE I Nesta fase os dois conjuntos haploides de cromossomos se agrupam nos polos opostos da célula. Meiose II PRÓFASE II É bem simplificada, visto que os cromossomos não perdem a sua condensação durante a telófase I. Assim, depois da formação do fuso e do desaparecimento da membrana nuclear, as células resultantes entram logo na metáfase II. Meiose II METÁFASE II Os 23 cromossomos subdivididos em duas cromátides unidas por um centrômero prendem-se ao fuso. Meiose II ANÁFASE II Após a divisão dos centrômeros as cromátides de cada cromossomo migram para polos opostos. Meiose II TELÓFASE II Forma-se uma membrana nuclear ao redor de cada conjunto de cromátides.