Hipocriocausto Geosolar
(Criocausto)
Criocausto.net
Tecnologias Sustentáveis de Aquecimento, Arrefecimento e Geração Eléctrica
Março 2011
© Miguel Santos 2009
Descrição geral
Introdução Histórica
O nome
O nome é um descritivo do sistema, em homenagem ao
primeiro sistema de climatização desenvolvido em Roma nos
tempos da República, por Sérgio Orata em ~25 AC – o
Hipocausto. O nome hipocausto indica literalmente “calor por
baixo” (grego hypokausis) e é uma adaptação de Sérgio Orata
do sistema de aquecimento dos banhos já usado na Grécia, e
de que ainda restam vestígeos arqueológicos em Olímpia,
Delfos e Vovins.
Descrição geral
Introdução Histórica -
O Hipocausto
Este hipocausto de Sérgio Orata era um sistema que na
linguagem de climatização dos nossos dias poderiamos
designar como pavimento e paredes radiantes. O sistema
desenvolvia-se a partir de um “piso técnico” enterrado (o
hipocausto) com uma abertura para o exterior onde se
encontrava instalada uma caldeira a lenha (praefurnium), nela
entrando o ar do exterior que era aquecido transformando-se em
gases de combustão (T~400-600ºC).
Descrição geral
Introdução Histórica -
O Hipocausto
Estes gases de combustão, movimentavam-se neste piso
técnico, atingindo toda a área em planta do edifício pois
embebidas nas paredes dos pisos superiores encontravam- se
condutas circulares ou rectangulares de argila cozida (tubuli)
como as visíveis numa villa romana próxima de Viena de
Austria. Encimando as paredes encontrvam-se chaminés que
recolhiam os gases dos tubuli permitindo o escape dos gases
da combustão após uma extensa entrega térmica ao edifício.
Descrição geral
Introdução Histórica -
O Hipocausto
Foi estimado nos dias de hoje, que a saída dos gases não
excedia os 40ºC, o que significa um rendimento térmico
elevadíssimo. Esta tecnologia estendeu-se a todos os confins
do Império e da qual podemos ainda ver o seu rasto também no
nosso país, seja nas ruínas de Conímbriga seja nas de Pizões,
Beja (foto acima).
Descrição geral
Introdução Histórica -
O Hipocausto
A energia usada na movimentação do sistema, tal como a
usada na ventilação natural dos edifícios dos séculos XIX e
inícios do séc. XX era a diferença de densidades entre o ar
interior (ou os gases de combustão) e o ar exterior - o “efeito
chaminé”.
Descrição geral
Introdução Histórica -
O Hipocausto
A grande limitação clássica deste sistema é a sua aplicação no
verão em que o “efeito chaminé” tem eficácia “negativa”
(Ti<Text) não produzindo qualquer efeito de ventilação. Por
esta razão e em virtude das temperaturas do norte da Europa
no verão serem mais moderadas, foi onde historicamente o
sistema foi mais desenvolvido, e onde chegou a ter
concretizações mais importantes.
Descrição geral
Introdução Histórica -
O Hipocausto
A grande limitação clássica deste sistema é a sua aplicação no
verão em que o “efeito chaminé” tem eficácia “negativa”
(Ti<Text) não produzindo qualquer efeito de ventilação. Por
esta razão e em virtude das temperaturas do norte da Europa
no verão serem mais moderadas, foi onde historicamente o
sistema foi mais desenvolvido, e onde chegou a ter
concretizações mais importantes.
Descrição geral
Introdução Histórica -
Exemplos
Darei quatro exemplos, um do séc.XIX, outro do início do séc
XX e dois mais recentes. Como veremos mais à frente estes
sistemas tem na europa um interregno de cerca de um século,
o século XX, o século da electricidade. Estes sistemas só
começam a ser “repescados” no norte da Europa nos finais do
século XX e inícios do século XXI por via da crise do custo da
energia.
Descrição geral
Introdução Histórica - Exemplos
A prisão de Pentonville, Londres – 1840
Como se pode observar na imagem ao
lado, o ar vinha do exterior por um túnel
(ou vários) sendo de seguida lavado e
corrigido termicamente por forma a que se
atingisse o valor de temperatura julgado
adequado para introdução nas celas.
Seguidamente era conduzido por courettes
até às celas donde saía por efeito de
chaminé pelas courettes de exaustão até
ao sótão onde era conduzido ao exterior
por uma chaminé.
Descrição geral
Introdução Histórica - Exemplos
A prisão de Pentonville, Londres –
1840
Como já referi atrás os sistemas que
trabalham com base no efeito de
chaminé têm um comportamento
negativo na época quente, razão pela
qual desde cedo se percebeu que
estes
sistemas
carecem
dum
complemento para a movimentação
do ar nos dias quentes. Em
Pentonville 1840. o sistema eleito
para colmatar esta característica do
efeito chaminé foi a instalação duma
fogueira no sótão que elevasse a
temperatura do ar interior o suficiente
para auxiliar a ventilação nestas
alturas.
Descrição geral
Introdução Histórica -
Exemplos
Vienna Hofburg (CdL) – 1902
O “Corps de Logis” do Hofburgo em Viena é hoje um museu,
em que foi decidido estudar e reabilitar o sistema de ventilação
natural original. Para o efeito foi instalada instrumentação que
permitiu verificar o seu funcionamento passado um século de
existência e instalar alguns equipamentos que permitiram uma
melhoria do desempenho (substituição dos ventiladores
originais).
Descrição geral
Introdução Histórica - Exemplos
Vienna Hofburg (CdL) – 1902
O sistema compreende uma entrada
de ar vinda de um parque adjacente
(através de um túnel) e comunica com
um túnel-labirinto na cave para
compensar os valores de temperatura
e humidade exteriores. Da cave o ar é
levado por efeito chaminé em condutas
grandes até às salas de exposição.
Qualquer acréscimo de temperatura
dentro das salas fluirá para o exterior
por diferença de temperatura. Quando
tal não ocorre como por exemplo no
verão, 4 ventiladores que encimam as
quatro torres do edifício asseguram a
continuidade do circuito do ar.
Descrição geral
Introdução Histórica -
Exemplos
Vienna Hofburg (CdL) – 1902
Os resultados demonstraram a extrema eficácia e
estabilidade térmica do edifício mantida por mais de 100
anos com base em princípios extremamente simples e
para aplicações exigentes como as museológicas.
Descrição geral
Introdução Histórica -
Exemplos
Vienna Hofburg (CdL) – 1902
Este edifício, devido à sua massa muito elevada que lhe
propociona uma estabilidade térmica ímpar permite que todo o
processo seja feito com base num valor de 1 renovação por hora.
sistema compreende uma entrada de ar vinda de um parque
adjacente (através de um túnel) e comunica com um túnellabirinto na cave para compensar os valores de temperatura e
humidade exteriores. Da cave o ar é levado por efeito chaminé
em condutas grandes até às salas de exposição. Qualquer
acréscimo de temperatura dentro das salas fluirá para o exterior
por diferença de temperatura. Quando tal não ocorre como por
exemplo no verão, 4 ventiladores que encimam as quatro torres
do edifício asseguram a continuidade do circuito do ar.
Descrição
geral
Introdução Histórica -
Exemplos
Mediå School - Grong, Norway – 1998
Esta é uma escola para crianças dos 6 aos 13 anos, com uma
ocupação que varia entre as 175 e as 224 pessoas. O sistema
projectado para trabalhar entre temperaturas de -25ºC e 25ºC funciona
com apoio de ventilação mecânica no verão em situações pontuais,
funcionando a maior parte do tempo por recurso a efeito de chaminé.
Possui um túnel para fazer a alimentação de ar exterior e proceder a
algum temperamento do ar exterior. Tem um sistema de aquecimento
ambiente nos espaços para fazer face às temperaturas extremas.
Descrição geral
Introdução Histórica -
Exemplos
Zero Energy Buiding (Institute of Engineering of Tribhuvan ) ~ 2000
Um exemplo de um hipocriocausto geosolar já existente, (de um
modelo diferente do que aqui se propõe) e numa escala de moradia
individual é a ZEB do Instituto de Engenharia de Tribhuvan no Nepal
que contém alguns dos elementos ora propostos. Possui um túnel a
4m de profundidade que tempera o ar exterior aquecendo-o e
arrefecendo-o, fornecendo o ar aquecido/arrefecido por baixo para os
vários espaços. Possui também uma componente solar na chaminé –
chaminé solar, mas recorre ainda em grande parte do tempo à
ventilação mecânica por via das perdas de carga introduzidas pelos
sistemas de filtragem. A chaminé solar, só por si não consegue gerar
os diferenciais de pressão suficientes para motorizar a ventilação.
Descrição geral
Hipocriocausto Geosolar
Componente Geo
1. Aquecimento Invernal
2. Arrefecimento Estival
Componente Solar
1. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias
2. Correcção Térmica do Ar Novo
3. Motorização Térmica do sistema de ventilação
4. Conversão Termo-Eléctrica da energia excedentária
A Concepção-Base do Sistema
A grande diferença e novidade em relação aos sistemas referidos na introdução
histórica situa-se ao nível da motorização térmica do sistema, bem como ao
nível de integração com outras especialidades.
Ao contrário dos sistemas norte-europeus que necessitam claramente de
aquecimento ambiente para além do pré-aquecimento/pré-arrefecimento do ar
exterior, a sinergia que pode e deve ser criada em Portugal entre a massa
térmica dos edifícios, um rigoroso tratamento da envolvente exterior e a
capacidade de produção de calor dos paineis solares térmicos – hoje com
tecnologias bastante fiáveis permite encarar pela primeira vez com confiança, a
utilização da energia solar térmica em aplicações não tradicionais, sem os
receios que existiram outrora. Assim, deverão ser criadas condições através do
aquecimento/arrefecimento do ar novo e contacto deste com a estrutura interior
do edifício, para que não sejam necessários sistemas adicionais de climatização.
Descrição geral
Hipocriocausto Geosolar
Componente Geo
1. Aquecimento Invernal
2. Arrefecimento Estival
Componente Solar
1. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias
2. Correcção Térmica do Ar Novo
3. Motorização Térmica do sistema de ventilação
4. Conversão Termo-Eléctrica da energia excedentária
A Concepção-Base do Sistema
O princípio novo deste hipocriocausto geosolar, baseia-se na
complementaridade das várias utilizações possíveis da energia solar térmica, a
saber;
1. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias para banhos, cozinha, lavandaria
etc. (todo o ano)
2. Correcção Térmica do Ar Novo (aquecimento) após a passagem nos túneis (de
acordo com a variação dos graus-dia de aquecimento).
3. Motorização Térmica do sistema de ventilação na época quente contrariando
assim a limitação própria dos sistemas de efeito chaminé. (de acordo com a
variação dos graus-dia de arrefecimento).
4. Conversão da energia excedentária acumulada em cada momento por meio de
turbinas com ciclo orgânico de Rankine (ORC) e geradores com ligação à rede
eléctrica nacional e consequentes benefícios decorrentes da venda de energia.
Descrição geral
Hipocriocausto Geosolar
Componente Geo
1. Aquecimento Invernal
2. Arrefecimento Estival
Componente Solar
1. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias
2. Correcção Térmica do Ar Novo
3. Motorização Térmica do sistema de ventilação
4. Conversão Termo-Eléctrica da energia excedentária
A Concepção-Base do Sistema
As necessidades instantâneas destas quatro utilizações serão geridas a partir do
sistema de Gestão Técnica Centralizado, que decidirá a cada momento quais das
componentes devem ser previligiadas.
Existirão sempre sistemas de backup que permitirão obviar a qualquer falha do sistema
ou de fracos níveis de insolação, nomeadamente:
Caldeiras para manutenção (garantia) da temperatura mínima no acumulador solar
primário
Ventilador Mecânico de apoio ao permutador de sótão (Ventilador Térmico) – 1 por
Chaminé de exaustão
Ventilador Mecânico de apoio à insuflação em caso de despressurização do edifício – 1
por cada túnel.
O sistema ORC funcionará para aproveitar o pico mais elevado de temperatura destes
colectores bem como para dissipar a energia excedentária de mais elevada temperatura
após a satisfação dos restantes utilizadores do circuito primário (permutadores de sótão,
permutadores de cave e diversas subestações AQS.
Descrição geral
Hipocriocausto Geosolar
Componente Geo
1. Aquecimento Invernal
2. Arrefecimento Estival
Componente Solar
1. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias
2. Correcção Térmica do Ar Novo
3. Motorização Térmica do sistema de ventilação
4. Conversão Termo-Eléctrica da energia excedentária
A Concepção-Base do Sistema
Este sistema hidráulico (Solar) atrás descrito será complementado pelo
sistema de pré-aquecimento/pré-arrefecimento pelo solo (Geo) com a
utilização de túneis de admissão de ar novo (ar exterior) que aquecerão o ar
frio no inverno e arrefecerão o ar quente no verão.
As temperaturas no solo abaixo dos 4m de profundidade têm um carácter de
estabilidade ao longo do ano o que transforma esta zona num óbvio candidato
à permuta de energia gratuita com o ar exterior uma vez que afortunadamente
a temperatura do solo está sempre do lado certo para a climatização, o
aquecimento do ar frio no inverno e o arrefecimento do ar quente no verão.
Para além disto as flutuações que ainda existem a quatro metros são de
alguma forma virtuosas, o que faz com que a 4m, devido ao atraso na função
como se pode ver no gráfico, o solo encontra-se ligeiramente mais quente no
inverno, e ligeiramente mais frio no verão.
Descrição geral
Hipocriocausto Geosolar
Componente Geo
1. Aquecimento Invernal
2. Arrefecimento Estival
Componente Solar
1. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias
2. Correcção Térmica do Ar Novo
3. Motorização Térmica do sistema de ventilação
4. Conversão Termo-Eléctrica da energia excedentária
Em termos médios anuais, a temperatura no
planeta poucos metros abaixo do solo, varia entre
os 7ºC e os 23 ºC. O exemplo que se vê na figura
respeita a Katmandou e ao ZEB atrás descrito.
Como se pode observar a amplitude das
variações vai diminuindo com a profundidade
estabilizando por volta dos 4-5 m num valor
médio que como se vè na figura anda cerca dos
20ºC. Este valor deverá ser confirmado em cada
caso aquando do projecto de execução, mas os
valores deverão variar no país entre os 15 e os
18ºC. Serão estas as temperaturas que irão
servir de referência para o que será expectável
encontrar após a passagem do ar exterior em
velocidade reduzida no túnel após percorrer toda
a sua extensão. Serão expectáveis saltos
térmicos no ar após este percurso da ordem dos
10ºC, quer no inverno (aquecimento), quer no
verão (arrefecimento) para as situações de maior
afastamento da temperatura média.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – O Inverno
Suponhamos um dia de inverno com uma temperatura exterior de 4ºC, e uma
temperatura do solo a 4m de profundidade de 18 ºC. O ar vai entrar no sistema na
Torre Fria, descendo até uma profundidade inferior aos 4m e começando a dirigir-se
através do túnel para a base do edifício. A velocidade média de deslocação do ar no
túnel será de 0,5 m/s dando tempo a que o ar em contacto com as paredes possa ir
aquecendo de forma progressiva. Aproximando-se gradualmente do valor de
referência. Passados ~70m de percurso o ar atingiu uma temperatura de 14ºC, sendo
seguidamente filtrado (F7) numa secção alargada no fim do túnel para manter a
baixo nível as perdas de carga. É altura deste ar, assim pré-aquecido e filtrado ser
corrigido termicamente até uma temperatura tal que possa manter os espaços a
condicionar numa temperatura de cerca de 20ºC. O valor a que este ar deverá ser
aquecido vai depender do número de renovações/hora que estiverem a ser atingidas,
os níveis de isolamento da envolvente e o grau de carregamento térmico da
estrutura.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – O Inverno
O local onde será aquecido, a seguir à zona de filtragem, será ocupado por um
permutador de calor o Permutador de Cave com muito baixa perda de carga do lado
ar, que terá uma capacidade nominal suficiente para provocar um salto térmico de
20ºC no ar que foi entretanto pré-aquecido no túnel. Ou seja, na hipótese que
estamos a descrever este permutador de cave deverá fazer subir o ar que se
encontrava a 14ºC para os 34ºC, não significa que o vá fazer, mas deverá ter essa
capacidade.
O ar encontra-se agora, pré-aquecido pela terra, aquecido pelo sol, filtrado e corrigido
termicamente (aquecido de novo por energia de proveniencia solar) em condições de
ser fornecido aos espaços. O seu fornecimento será feito através de plenos de betão
isolados que correrão ao longo do edifício (ao nível das fundações) e que
alimentarão as courettes frias que irão alimentar espaços ou grupos de espaços. A
velocidade de referência à entrada destes plenos será a mesma do túnel (0,5 m/s).
Seguidamente este ar irá ascender na courette indo desembocar numa grelha.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – O Inverno
Este ar, após percorrer o espaço climatizando-o, será retirado em zona oposta do espaço a
nível alto, por grelhas entrando então para as courettes quentes. Estas grelhas deverão
garantir uma área livre de passagem que garanta uma velocidade igual ou inferior aquela
que o ar trazia na courette.
O ar que sobe na courette quente ao chegar ao sótão desemboca numa conduta-pleno,
isolada ou não isolada, consoante o isolamento superior da envolvente se encontre por cima
da lage de pavimento do sótão ou seja parte da própria cobertura. O ar nesta conduta, por
sua vez, desemboca na base da Chaminé ou Torre Quente onde irá encontrar o permutador
de sótão desligado nesta altura do ano. Ao chegar à base da chaminé este ar a,
suponhamos 22ºC, começará a sua ascenção por efeito de chaminé até ao exterior,
passando pelo ventilador mecânico desligado, motorizado pelo forte diferencial de
temperatura com o exterior DT= 22ºC-4ºC = 16ºC. No caso de o caudal se tornar excessivo
os Registo de Admissão à Chaminé introduzirão uma perda de carga que garanta o caudal
desejado sem ter que ser desperdiçada energia de proveniência solar no permutador
de cave, energia esta, que poderá ser utilizada de forma rentável na conversão em energia
eléctrica por meio da Turbina ORC. Estes RM permitirão ainda o zonamento por fachada do
edifício por meio da actuação diferencial dos respectivos RM.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – O Verão
Suponhamos um dia de verão com uma temperatura exterior de 34ºC, e uma
temperatura do solo a 4m de profundidade de 18 ºC. O ar vai entrar no sistema na
Torre Fria descendo até uma profundidade de 4m e começando a dirigir-se através do
túnel para a base do edifício. A velocidade média de deslocação do ar no túnel será de
0,5 m/s dando tempo a que o ar em contacto com as paredes possa ir arrefecendo de
forma progressiva. Aproximando-se gradualmente do valor de referência. Passados
~70m de percurso o ar atingiu uma temperatura de 24ºC, sendo seguidamente filtrado
(F7) numa secção alargada no fim do túnel para manter a baixo nível as perdas de
carga, indo passar seguidamente pelo permutador de cave desligado nesta altura do
ano.
O ar encontra-se agora, pré-arrefecido pela terra, e filtrado, em condições de ser fornecido
aos espaços. O seu fornecimento será feito através dos plenos de betão isolados que
correrão ao longo do edifício (ao nível das fundações) e que alimentarão as courettes
frias que irão alimentar espaços ou grupos de espaços. A velocidade de referência à
entrada destes plenos será a mesma do túnel (0,5 m/s). Seguidamente este ar irá
ascender na courette indo desembocar numa grelha.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – O Verão
Este ar, após percorrer o espaço climatizando-o, será retirado em zona oposta do
espaço a nível alto, de novo, através de grelhas entrando então para as designadas
courettes quentes. Estas grelhas deverão garantir uma área livre de passagem que
garanta uma velocidade igual ou inferior aquela que o ar trazia na courette.
O ar que sobe na courette quente ao chegar ao sótão desenboca numa conduta-pleno,
isolada ou não isolada, consoante o isolamento superior da envolvente se encontre por
cima da lage de pavimento do sótão ou seja parte da própria cobertura. O ar nesta
conduta, por sua vez, desemboca na base da Chaminé (Torre Quente) onde irá
encontrar o permutador de sótão que irá potenciar a o funcionamento do efeito
chaminé, mesmo nesta altura do ano.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – O Verão
Ao chegar à base da chaminé este ar a, suponhamos 27ºC, encontra neste momento
um diferencial negativo de 7ºC relativamente ao ar exterior Text=34ºC que irá ser
invertido em sinal e aumentado após a passagem no permutador. Este permutador de
sótão deverá ser dimensionado por forma a poder imprimir um salto térmico de 30 ºC
ao ar interior por forma a garantir sempre um diferencial fortemente positivo em relação
ao exterior. O ar assim aquecido com recurso a energia solar, começará a sua
ascenção por efeito de chaminé até ao exterior, motorizado pelo forte diferencial de
temperatura DT= 57ºC-34ºC = 23ºC. No caso de o caudal se tornar excessivo bastará
diminuir a potência disponível no permutador de sótão, diminuindo o DT com o exterior.
Se por condições de falha de energia solar o caudal obtido não for suficiente, será o
mesmo garantido com recurso a um ventilador mecânico, estando assim sempre
garantido o funcionamento do sistema. O zonamento por fachada do edifício será feito
na entrada da chaminé por meio da actuação diferencial dos respectivos RM.
Este ar, após percorrer o espaço climatizando-o, será retirado em zona oposta do espaço a
nível alto, por grelhas entrando então para as courettes quentes. Estas grelhas deverão
garantir uma área livre de passagem que garanta uma velocidade igual ou inferior aquela
que o ar trazia na courette.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – O Verão
O ar que sobe na courette quente ao chegar ao sótão desemboca numa conduta-pleno,
isolada ou não isolada, consoante o isolamento superior da envolvente se encontre por cima
da lage de pavimento do sótão ou seja parte da própria cobertura. O ar nesta conduta, por
sua vez, desemboca na base da Chaminé ou Torre Quente onde irá encontrar o permutador
de sótão desligado nesta altura do ano. Ao chegar à base da chaminé este ar a,
suponhamos 22ºC, começará a sua ascenção por efeito de chaminé até ao exterior,
passando pelo ventilador mecânico desligado, motorizado pelo forte diferencial de
temperatura com o exterior DT= 22ºC-4ºC = 16ºC. No caso de o caudal se tornar excessivo
os Registo de Admissão à Chaminé introduzirão uma perda de carga que garanta o caudal
desejado sem ter que ser desperdiçada energia de proveniência solar no permutador
de cave, energia esta, que poderá ser utilizada de forma rentável na conversão em energia
eléctrica por meio da Turbina ORC. Estes RM permitirão ainda o zonamento por fachada do
edifício por meio da actuação diferencial dos respectivos RM.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – A Meia-estação
Suponhamos um dia de meia-estação com uma temperatura exterior de 20ºC, e uma
temperatura do solo a 4m de profundidade de 18 ºC. O ar vai entrar no sistema na
Torre Fria, descendo até uma profundidade de 4m e começando a dirigir-se através do
túnel para a base do edifício. A velocidade média de deslocação do ar no túnel será de
0,5 m/s dando tempo a que o ar em contacto com as paredes possa ir arrefecendo de
forma progressiva. Aproximando-se gradualmente do valor de referência. Passados
~70m de percurso o ar atingiu a temperatura de referência de 18ºC, sendo
seguidamente filtrado (F7) numa secção alargada no fim do túnel para manter a baixo
nível as perdas de carga, indo passar seguidamente pelo permutador de cave
desligado nesta altura do ano.
O ar encontra-se agora, pré-arrefecido pela terra, e filtrado, em condições de ser
fornecido aos espaços. O seu fornecimento será feito através dos plenos de betão
isolados que correrão ao longo do edifício (ao nível das fundações) e que alimentarão
as courettes frias que irão alimentar espaços ou grupos de espaços. A velocidade de
referência à entrada destes plenos será a mesma do túnel (0,5 m/s). Seguidamente
este ar irá ascender na courette indo desembocar numa grelha.
Descrição geral
Seguindo o caminho do ar no criocausto – A Meia-estação
Este ar, após percorrer o espaço climatizando-o, será retirado em zona oposta do
espaço a nível alto, de novo, através de grelhas, entrando então para as designadas
courettes quentes. Estas grelhas, deverão garantir uma área livre de passagem que
garanta uma velocidade igual ou inferior aquela que o ar trazia na courette.
O ar que sobe na courette quente ao chegar ao sótão desenboca numa conduta-pleno,
isolada ou não isolada, consoante o isolamento superior da envolvente se encontre por
cima da lage de pavimento do sótão ou seja parte da própria cobertura. O ar nesta
conduta, por sua vez, desemboca na base da Chaminé onde irá encontrar o
permutador de sótão que irá potenciar a o funcionamento do efeito chaminé, nesta
altura do ano. Ao chegar à base da chaminé este ar a, suponhamos 21ºC, encontra
neste momento um diferencial de 1ºC relativamente ao ar exterior Text=20ºC que é
insuficiente para garantir o efeito chaminé na magnitude desejada. Por isso este ar irá
ser aquecido na sua passagem no permutador. O permutador de sótão deverá ser
nesta circunstância imprimir um salto térmico que garanta apenas o caudal desejado. O
zonamento por fachada do edifício será feito na entrada da chaminé por meio da
actuação diferencial dos respectivos RM.
Descrição geral
Hipocriocausto Geosolar
Componente Geo
1. Aquecimento Invernal
2. Arrefecimento Estival
Componente Solar
1. Aquecimento de Águas Quentes Sanitárias
2. Correcção Térmica do Ar Novo
3. Motorização Térmica do sistema de ventilação
4. Conversão Termo-Eléctrica da energia excedentária
A Concepção-Base do Sistema
Descrição geral

Explique o percurso a longo prazo a ser
seguido
Objectivo a longo prazo


Indique o objectivo pretendido
Defina o objectivo com maior detalhe
A situação actual

Descreva brevemente a situação actual
Desenvolvimento até ao
presente




Desenvolvimento efectuado até à situação
actual
Antecedentes importantes
Previsões iniciais que acabaram por não se
concretizar
Previsões iniciais que acabaram por se
concretizar
Alternativas potenciais



Refira as estratégias alternativas
Enumere os prós e os contras de cada
estratégia
Apresente uma previsão dos custos
Recomendação




Recomenda uma ou várias estratégias
Mencione os resultados esperados
Refira os passos seguintes a executar
Delegue as diversas tarefas