Doenças Sexualmente Transmissíveis
Guilherme Rehme
Priscilla Vicente Lista
Raquel Dias Greca
Sarah Angélica Maia
Quando pensar em DST?
  Indivíduo sexualmente ativo que apresentar:
Cervicite,
vaginite
Ferida
Genital
Uretrite
Verruga genital
ou alteração no
exame de
Papanicolaou
(NIC)
Infecções de transmissão sexual
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HPV
Clamídia
Gonorréia
Herpes genital
Linfogranuloma venéreo
Cancro mole
Sífilis
HIV
HPV
DST mais incidente e mais prevalente!
Fator de risco mais importante para câncer de colo de útero
1% HPV clínico
75 a 79% das pessoas
sexualmente ativa entra em
contato com um ou mais
tipos de HPV
4% HPV subclínico
10% Infecção latente
60% Ac(+)
DNA HPV (-)
Agente etiológico: Papilomavírus humano
– HPV de baixo risco (não-oncogênico): 6, 11, 42, 43, 44
– HPV de alto risco (oncogênico): 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56,
58, 59 e 66.
Munoz, 2003; Cliffort, 2003.
HPV
O HPV é transmitido durante a relação sexual com uma
pessoa infectada. Não é necessária a penetração para que
haja contaminação.
HPV
Manifestações clínicas
HPV
Tratamento
• Medicamentoso:
– Podofilotoxina
– Imiquimod
– Ácido tricloacético (ATA)
– 5-fluoracil (5-FU)
Prevenção
1. Triagem citológica – Papanicolau
– Redução de 80% dos casos de câncer
– Prevenção secundária
2. Vacina (prevenção primária)
– Bivalente: 16 e 18
– Quadrivalente: 6, 11, 16 e 18
• Cirúrgico
– Crioterapia
Sem DNA
– Laserterapia
– Eletrocirurgia
– Excisão cirúrgica
• Indicação no Brasil:
– Mulheres dos 10 aos 25 anos de
idade
– Não está disponível para homens
Clamídia
DSTs mais comumente diagnosticada em homens e mulheres
Agente etiológico: Chlamydia trachomatis
– Bactéria parasita intracelular obrigatória, principalmente de células
epiteliais cilíndricas
– Período de incubação: homens – 5 a 10 dias
mulheres – 7 a 14 dias
CLAMÍDIA
Quadro clínico
HOMEM
MULHER
• Frequentemente sintomáticos.
• Frequentemente assintomáticas
• Uretrite, epididimite, síndrome de
Reiter, proctite
• Cervicite (inflamação do colo uterino),
sindrome uretral, DIP e consequente
esterilidade
Uretrite
Colo uterino com cervicite
CLAMÍDIA
Diagnóstico
TESTE
Vantagens
Desvantagens
CULTURA
Especificidade ≈ 100%
Sensibilidade ≈ 80%
Apenas amostras de secreção
Não pode ser usado para
rastreamento em larga escala
PCR*
Teste mais sensível e mais específico
Sensibilidade e especificidade > 90%
Amostras de secreção ou de urina
Muito caro
Mais barato que PCR
IMUNOFLUORESCÊNCIA
Sensibilidade e especificidade
DIRETA
próximas ao PCR
ELISA
Fácil de realizar
Barato
Apenas amostras de secreção
Apenas amostras de secreção
Sensibilidade ≈ 60%
CLAMÍDIA
Tratamento
Azitromicina – 1g VO – dose única
1ª LINHA
ou
Doxiciclina – 100mg VO 12/12 hrs – 7 dias
Ofloxacina – 300 mg VO 12/12 hrs – 7 dias
ou
Terapêutica
alternativa
Levofloxacina – 500 mg VO 1x/dia – 7 dias
ou
Eritromicina – 500 mg VO 6/6 hrs – 7 dias
TRATAMENTO DO PARCEIRO!
Gonorréia
3ª DST mais prevalente - Associação frequente com Clamídia
• Agente etiológico: Neisseria gonorréia
– Incubação de 2 a 10 dias
• Quadro clínico semelhante à clamídia – mais agudo
• Diagnóstico
– Bacterioscopia – diplococos Gram-negativos intracelulares
– Cultura em meio de Thayer-Martin
– PCR
• Tratamento
– Não é mais recomendado o uso de quinolonas – resistência
– Ceftriaxona 125 mg
– Cefixime 400 mg VO dose única
Herpes genital
• Agente etiológico: Herpes
simplex virus (tipo II)
• Quadro clínico
– Pródromos: prurido ou
ardência em região genital
– Lesão ativa: vesículas que
ulceram; dor.
– Quadro recorrente
• Diagnóstico – clínico
– Citologia – TZANK
• Tratamento – antirretrovirais:
• Aciclovir
• Fanciclovir
• Valaciclovir
Linfogranuloma venéreo
• Agente etiológico: Chlamydia
trachomatis
– Cepas L1, L2 e L3
• Quadro clínico:
– Adenopatia unilateral e
inguinal com fistulização
– Complicações: elefantíase
escrotal e vulvar
• Diagnóstico:
– Bacteriologia
– Sorologia
– PCR
Cancro mole
• Agente etiológico: Haemophilus
ducrey
– Incubação de 4 a 10 dias
• Quadro clínico
– Lesões ulceradas múltiplas,
dolorosas, bordas irregulares
com contornos eritemaedematosos
– Adenite inguinal satélite
– Microabscessos
• Diagnóstico
– Definitivo: isolamento do agente
– Provável: clínica + exclusão de
outras doenças ulcerosas
Tratamento
Linfogranuloma venéreo
• Doxiciclina 100 mg VO
12/12 hrs por 21 dias
• Azitromicina 1g VO
1x/semana por 3 semanas
Cancro mole
• Tratamento empírico
• Azitromicina 1g VO dose
única
• Ceftriaxona 250 mg IM
• Aspiração dos bubões
Tratamento do parceiro se contato
até 60 dias antes do aparecimento
dos sintomas
Tratamento do parceiro se contato
até 10 dias antes do aparecimento
dos sintomas
Sífilis
• Agente etiológico: Treponema pallidum
– Período de incubação de 10 a 90 dias (média 21 dias)
• Quadro clínico:
– Fase primária: úlcera única, indolor, bordos endurecidos no local
da inoculação. Desaparece espontaneamente.
– Fase secundária: lesões de pele de formas variadas – manchas
eritematosas (roséolas), exantemas ou pápulas (mãos e pés)
– Fase terciária: após 10-12 anos da primoinfecção; sequelas –
gomas, nodosidades justa articulares, lesões cardiovasculares e
do sistema nervoso
Sífilis
Diagnóstico
• Cancro: Pesquisa em campo
escuro
• Fase secundária
– VDRL
Sífilis primária
– FTA-ABS
Tratamento
• Recente (< 1 ano): penicilina
benzatina 2.400.000UI IM
• Tardia (> 1 ano ou duração
desconhecida): 2.400.000UI x
3 doses – 1x/semana
Sífilis secundária
HIV
A presença de qualquer DST aumenta as chances de adquirir o vírus do HIV
1. Infecção aguda
• Manifestações semelhantes a um
quadro gripal
• Tempo de exposição e sintomas é
de 5 a 30 dias
3. Fase sintomática inicial
• Sinais e sintomas inespecíficos:
sudorese noturna, emagrecimento,
diminuição das plaquetas.
• Processos oportunistas: candidíase
oral e vaginal recorrente, gengivites,
úlceras aftosas, diarréia, sinusites ,
herpes recorrente, herpes zoster
2. Fase assintomática
(latência)
•
Alguns pacientes podem
manifestar linfoadenopatia
generalizada
4. AIDS
• Alteração imunitária do
hospedeiro.
• Manifestação de outras
doenças: pneumonia,
sarcoma de Kaposi
HIV
Diagnóstico
• Anticorpos contra HIV aparecerem no soro em média 3 a12
semanas após a infecção
• Janela imunológica: é o tempo compreendido entre a
aquisição da infecção e a soroconversão. Varia de 6 a 12
semanas (45 dias a 3 meses)
• Os testes identificam a soroconversão em até 95% dos casos 6
meses após a infecção.
• Testes utilizados: ELISA e WESTERN BLOT
Considerações finais
• A grande maioria das DSTs são assintomáticas
• Existe uma repercussão importante no trato reprodutor nas
mulheres (esterilidade, câncer), o que afeta indiretamente o
parceiro
• Encontrando uma DST, é importante o rastreamento das demais e
orientação de parceiras(os)
• A presença de qualquer DST aumenta o risco de adquirir HIV
PRESERVATIVO SEMPRE!
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