Autor: Dr. Cornelio Hegeman Professor: Rev. Fernando Frîncu Curso do Seminário Internacional de Miami (MINTS) I - Introdução A apologética cristã é a defesa da fé bíblica e cristã segundo a Grande Comissão. Momentos antes de sua ascensão, Jesus Cristo disse aos apóstolos que eles seriam suas testemunhas. TESTEMUNHA = MÁRTIR Significa usar palavras e também a própria vida! Como defendemos a fé cristã? Vale à pena defender a fé cristã com suas forças de vida mesmo até a morte? É necessário estar seguro, absolutamente seguro, de que a fé cristã é a fé verdadeira para viver e morrer para ela. Mas isso não é fanatismo? Não é igual ao Jihad dos Muçulmanos, que morrem por sua fé em Alá? Qual a diferença? O maior sacrifício ocorrido na história humana é o do Senhor Jesus Cristo, ele, sendo Deus e homem perfeito, morreu para perdoar aos culpados. O Cordeiro de Deus e seu sacrifício é o centro da apologia cristã. Sem o sacrifício de Jesus na cruz, não haveria boas novas para os pecadores que necessitam ser perdoados. Nem todos os cristãos estão dispostos a defender a verdade com todo seu ser... Razões para que nosso testemunho seja fraco: Por não ser cristão. 2) Por não estar convencido de que a verdade é absolutamente certa. 3) Por não conhecer a verdade e estar equivocado. 4) Por não obedecer à Grande Comissão. 1) Estatísticas: 31% dos cristãos nascidos de novo, pensam que se uma pessoa é suficientemente boa, ela pode ganhar lugar no céu. Aproximadamente metade dos cristãos nascidos de novo (47%) pensa que Satanás “não é um ser real, senão um símbolo do mal”. 24% dos cristãos nascidos de novo pensam que “quando Jesus viveu na terra pecou, tal como as demais pessoas”, comparado com 49% entre os não-cristãos. Aproximadamente um em cada quatro (26%) dos cristãos nascidos de novo crêem que não importa a fé que a pessoa siga, porque todas ensinam o mesmo. Uma crença sustentada por 56% dos não-cristãos. Fonte: www.barna.org/cgi_bin/Home.asp A esperança para o fiel testemunho de Cristo está em viver no poder do Espírito Santo. A motivação apologética é teológica e espiritual, é de Deus e vivida pelos crentes ao testificar de Jesus. Relacionamo-nos com Deus o Pai por meio da fé em Cristo e pelo poder do Espírito Santo. Nosso encontro com o Pai é marcado pela adoração e oração. A relação do crente com Jesus é pela fé em sua pessoa e sua obra redentora (Rm 3:24, Ef 2:8) a relação com o Espírito Santo é viver na presença, no poder, e na plenitude dele e servir a Deus em obediência fiel. Conclusão: II – Uma Advertência e Uma Sugestão Dá ênfase às evidências previstas nas leis naturais, na lógica e nas ciências para conhecer a Deus. Evidencialismo * Representado pelo Tomismo (Igreja Católica) e por Josh McDowell, Ron Geisler e R.C. Sproul (evangélicos) e por Samuel Vila da Espanha. Apologética Pressuposicionalismo Enfatiza que a fé é necessária para entender as evidências e conhecer a Deus. “Creio, logo entendo” (lema de San Anselmo). * Francis Schaefer é um dos autores mais conhecidos. Os extremos em ambos os campos de apologética são notáveis. O evidencialista pode converter-se em um naturalista, se o papel da presença do reino de Deus não é bem explicado. Por outro lado, o pressuposicionalista pode sofrer de fideísmo (somente a fé, nada de razão). Conclusão: III - Um Paradigma Apologética é a defesa da fé bíblica e cristã. - do grego (apo - todo, logos - palavra, legein - contar, declarar). Essencialmente, a apologética cristã é falar por Deus segundo o que Deus tem revelado de si mesmo, estando sempre preparado, conforme I Pedro 3:15. Vamos definir e ilustrar os parâmetros para a apologética, propondo um singelo paradigma: Há um Deus e uma verdade. 2) Há uma nobre revelação. 3) Há três pessoas na Trindade. 4) Há quatro etapas na história humana e quatro relações básicas na vida. 5) Há cinco sentidos e cinco faculdades mentais. 1) 1. Um Deus e Uma Verdade Deus é a verdade. Tudo o que corresponde fielmente a Deus e sua revelação de si mesmo, sua obra e palavra é verdade. (Jo 14.6). • • • • • • Deus é a verdade. Deus define a verdade. Deus revela a verdade. Deus exige a verdade. Deus julgará a verdade. Deus é glorificado na verdade. Quanto a nós, somos feitos à imagem de Deus e temos a responsabilidade de responder a Deus e a verdade. O homem não tem uma desculpa para não responder a Deus (Rm 1:18). Temos um conhecimento inato de Deus. Os cristãos e os não-cristãos têm um conhecimento inato de Deus em comum. O que não temos em comum é a relação com o Deus verdadeiro. VERDADE Apresentamos o mesmo argumento para dizer que há um conhecimento inato da verdade, sendo o que corresponde a Romanos 1:18. Podemos dizer assim que a verdade é uma e nela não há contradições por ela vir de Deus em quem não há contradições. MENTIRA A mentira é uma distorção da verdade. Para reconhecer a mentira tem que conhecer a verdade. Se a verdade é a tese então a mentira é a antítese. Além de afirmar a verdade e reconhecer a mentira, tem que formular uma resposta contra a mentira. A síntese é a resposta da tese a respeito da antítese. Quando não formulamos uma resposta adequada, criamos um sistema sincretista. O sincretismo é a combinação de duas posições opostas. A VERDADE A MENTIRA Deus é verdade. Deus pode ser a verdade. Deus define a verdade. Deus deixa outros definirem a verdade. Deus revela a verdade. A verdade é revelada de muitas maneiras. Deus exige a verdade. Deus não exige a verdade. Deus bendirá a verdade. A mentira é bendita. Deus é glorificado na verdade. A mentira é gloriosa. 2. A Revelação Deus é a verdade e Deus define a verdade. Toda a verdade vem de Deus e é compartilhado conosco por meio da revelação de Deus. O sistema de pensamento humanista propõe que o ser humano pode conhecer a verdade sem a revelação de Deus. A Dupla Revelação A revelação da verdade vem em duas maneiras distintas: de maneira geral e de maneira especial. Geral Vem meio do que está manifesto na criação (natureza), pela história humana, na consciência e razão, e no progresso da cultura humana. Especial Vem de uma maneira pessoal (encarnação de Cristo); por escrito (A Bíblia, a Palavra de Deus), pela presença do Espírito Santo e no contexto da comunidade de fé (igreja) A VERDADE CORRESPONDE À REVELAÇÃO DE DEUS DE SI MESMO, SUA OBRA E SUA PALAVRA. NA CRIAÇÃO (conhecimento por observação e ciências) NA VIDA HUMANA (conhecimento por experiência) NA VIDA COMUM (conhecimento da cultura e a história) NA BÍBLIA (conhecimento por interpretação e exegese bíblica) NA PESSOA DE CRISTO (conhecimento por crer, seguir, servir, adorar) NO ESPÍRITO SANTO (receber, guiar) NO CORPO DE CRISTO (participação na igreja) A Confissão Belga (1561), Artigo 2, diz: A Ele o conhecemos através de dois meios. Em primeiro lugar, pela criação, conservação e governo do universo: porque este é para nossos olhos como um grandioso livro em que todas as criaturas, grandes e pequenas, são caracteres que nos dão a contemplar as coisas invisíveis de Deus, a saber, seu eterno poder e deidade, como diz o apóstolo Paulo; todas as quais são suficientes para convencer aos homens, e privá-los de toda desculpa. Em segundo lugar, Ele se nos dá a conhecer ainda mais clara e perfeitamente por sua santa e divina Palavra, isto é, tanto como nos é necessário nesta vida, para Sua honra e a salvação dos Seus. 3. As Três Pessoas da Trindade Toda verdade deve estar relacionada com o Deus verdadeiro. O Deus verdadeiro é auto-revelado por Jesus Cristo. Na Grande Comissão Jesus fala “do nome do Pai, Filho e Espírito Santo.” Não há nenhuma religião não-cristã que tenha um deus tal como o revelado por Jesus Cristo. Não há nenhuma religião não-cristã que tenha um filho de deus tal como o revelado por Jesus Cristo. Não há nenhuma religião, aparte da religião bíblica e cristocêntrica, crêem no como uma pessoa divina e parte da Trindade 4. As Quatro Relações Básicas da Vida Na criação há 4 relações básicas. Estas relações são identificadas na narração da criação (Gn. 1-2) e no Grande Mandamento (Dt. 6.5; Mt. 22.37-40). Deus e a pessoa 2) A pessoa com seu próximo 3) A pessoa consigo mesma 4) A pessoa com a criação 1) A relação entre deve ser caracterizada pela adoração verdadeira (Jo 4:23,24). A relação entre a é vista em sua atitude ou auto-conceito. A relação entre a na comunidade é observável em suas ações sociais. A relação de uma descreve como adaptação. se O quadro histórico mais impressionante sobre as quatro relações se vê na cruz do calvário. Ali vemos Emanuel –Deus conoscocrucificado e pendurado entre os céus e a terra, para perdoar-nos e a nosso próximo. Até a criação reagiu, ao morrer Jesus, a criação se escureceu. Para a apologética é importante reconhecer as relações básicas e distinguir entre elas. Um criminoso pode ser perdoado e sua relação com Deus pode ser restabelecida pela graça de Deus. Entretanto, se tem cometido um crime contra uma pessoa e contra o estado, tem que pagar pelas conseqüências sociais. AS QUATRO ETAPAS DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO Ademais das relações básicas, há 4 etapas na HISTÓRIA DA REDENÇÃO. (Gn. 1-2 ) - são os 6 dias especiais da criação. (Gn. 3) - começa com o pecado de Adão e Eva e continua até que um é salvo por crer em Cristo Jesus. (Gn. 3:15-Ap. 22) - é iniciada por Deus com a promessa de um redentore a vida na qual vivemos pela fé no Messias. (Ap. 22) - é a vida eterna. 5. As Faculdades Mentais Cada ser humano tem acesso ao conhecimento. A razão ou a racionalidade é uma capacidade mental dada a todos os seres humanos para pensar logicamente. A consciência é a capacidade de distinguir entre o bom e o mal. Os sentidos nos ajudam a experimentar e expressar nosso conhecimento. FACULDADES MENTAIS CONHECER: CRER: RAZÃO: CONSCIÊNCIA: VONTADE: SENTIMENTOS: Informação (eu sei) (eu creio) Racional (eu penso) Moral (eu quero) Decidir (eu decido) Experiência (eu sinto) A relação entre nossos sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato) e nossas faculdades mentais é notável em Romanos 10. Sobre a base da fé em Cristo, vamos conhecer raciocinar, querer, decidir e experimentar (Cl. 1:29; Ga. 2:20). IV – A Dialética Cristã Para fins de argumentação e lógica, poderia utilizar o sistema da dialética de teses (verdade), antíteses (mentira), e sínteses (reino de Deus). VERDADE BÍBLICA: MENTIRA: Expressada REINO DE DEUS: SINCRETISMO: Começada na criação. na queda e contexto bíblico. Expressado na restauração. Expressado na história humana e denunciado pelos profetas. Há outros deuses Revelação de Deus em Cristo Idolatria João 1.1-4 Mt. 28.19-20 Romanos 6.1-2 Ga. 1:8 Alá, Mórmons, Cl. 1.15,16 Nova Era Universalismo Espiritismo Humanismo 1: RELAÇÃO DE DEUS E O HOMEM Gn. 1:1-2 HÁ UM SÓ DEUS EM TRÊS PESSOAS. Não há outros deuses (Ex. 20.3-11) -Elohim -Adonai Politeísmo Senhores criados Panteísmo Liberalismo, Legalismo -El -El Shaddia Poderes sobrenaturais e naturais Deuses temporais Ap. 1:8 -Yahweh -Sabbaoth Satanás “Eu Sou” de Jesus Senhor dos senhores e rei dos reis Gn. 3.15, Cl. 2.14,15 Arianos Militarismo, Messiah Anti-cristos Materialismo Dualismo 2. Deus é o Criador soberano -bara -yasah João 1:1-14 Hebreus 1:1-4 Evolucionismo Fatalismo VERDADE BÍBLICA: MENTIRA: Expressada REINO DE DEUS: SINCRETISMO: Começada na criação. na queda e contexto bíblico. Expressado na restauração. Expressado na história humana e denunciado pelos profetas. A imagem de Deus é destorcida A encarnação de Jesus, a imagem perfeita de Deus. -regeneração -nova natureza Anti-cristo religioso -Humanismo -Carnalidade 2. RELAÇÃO DA PESSOA CONSIGO MESMA Gn. 1:26; 2:4 OS HUMANOS SÃO CRIADOS A IMAGEM DE DEUS -imagem de Deus -reflexão da vontade Satânica, Mundana e carnal. Pecamos -irresponsáveis Satanismo Relativismo Mundana --Eva não foi ajuda idônea Restaurarção de responsabilidades Matrimoniais e familiares -varão e varão: ordem de responsabilidade Machismo, Feminismo -evolução: seleção natural -morte e ressurreição -criação do povo Evolução natural VERDADE BÍBLICA: MENTIRA: Expressada REINO DE DEUS: SINCRETISMO: Começada na criação. na queda e contexto bíblico. Expressado na restauração. Expressado na história humana e denunciado pelos profetas. 3. RELAÇÃO COM A PESSOA E SEU PRÓXIMO Gn. 1.27-28; 2.7 À RAÇA HUMANA LHE FOI DADA DOIS MANDAMENTOS PARA CUMPRIR -O mandamento cultural --para a família --para o trabalho e governo O mundo: sistema de cultura anticristão Os governos e culturas anticristo Família cristã Mordomia Proteção Revolução sexual Escravidão e exploração Militarismo, totalitarismo Poligamia (4.19) O mandamento religioso -conhecimento do bem e do mal -vida eterna Ciência não sagrada Homicídio O principio da sabedoria é o temor de Deus O evangelho de Cristo Boa obra -obediência Separado da vida eterna Desobediência Salvação por obras VERDADE BÍBLICA: MENTIRA: Expressada REINO DE DEUS: SINCRETISMO: Começada na criação. na queda e contexto bíblico. Expressado na restauração. Expressado na história humana e denunciado pelos profetas. Abuso dos animais -deificação dos animais Mordomia Hinduísmo Mordomia Exploração 4.RELAÇÃO COM A PESSOA E A NATUREZA -domínio sobre os animais e peixes Roubo de terra Exploração da terra Domínio sobre a terra Argumentações: Neste segmento apresentaremos alguns exemplos de como argumentar sobre temas populares. Vamos usar o sistema dialético (teses, antíteses e sínteses) e os cinco pontos do sistema do autor (sistema integral). Tese: Alá é um deus falso. Antítese: O Deus do Islã é uma representação do Deus verdadeiro. Síntese: Em Cristo conhecemos o Deus verdadeiro. Cristo é a revelação pessoal de Deus. 1) 2) 3) • • • • 4) 5) Temos em comum com o Islã que há um Deus (monoteísmo). Estamos de acordo que há um só Deus verdadeiro. Reconhecemos que o Deus verdadeiro é capaz de revelar sua vontade. Entretanto, Alá não é o Deus da Bíblia. Alá não está relacionado com Deus o Pai, Filho e Espírito Santo. Alá não é o Pai porque não tem um Filho divino. Um pai sem filho não é pai. Alá não é o Filho porque nunca se identificou como Filho de Deus, nem morreu para ser nosso Salvador. Alá não é o Espírito Santo porque o Alcorão não afirma a existência do Espírito Santo. Refutamos que o Deus verdadeiro permite o jihad, um método de matar os inimigos da sua religião. Afirmamos que a religião verdadeira é promovida por meio da comunicação verbal e não por meio da força. Concluímos que Alá não é o Deus que Jesus revelou. Tese: Jesus é o eterno Filho de Deus. Antítese: O ensinamento Ariano de que o Filho de Deus é criado Eternamente. Síntese: Só um Salvador eterno pode oferecer a vida eterna. 1) Os Cristãos e as Testemunhas de Jeová crêem em um só Deus. 2) Os cristãos bíblicos e os Testemunhas Jeová tem uma grande parte da Bíblia em comum. As testemunhas não têm referência a Trindade ou a deidade de Cristo em sua Bíblia. (Ver os 100 textos bíblicos sobre a deidade de Cristo.) Os Testemunhas de Jeová usam uma bíblia, então se podem usar textos bíblicos com eles. 3) Se Jesus não é Deus, seria o maior lunático da história por todas as declarações messiânicas e todas as igrejas devem converter-se em hospitais mentais. 4) Se Jesus é Deus, as Testemunhas de Jeová devem arrependerse e adorar a Jesus como Deus. 5) É lógico que só um Deus e salvador eterno pode oferecer a eternidade. Não podemos oferecer algo que não temos. Tese: Um Deus soberano pode intervir em sua criação. Antítese: Nega a intervenção sobrenatural de Deus no Mundo. Deus criou o mundo é somente transcendente (mais além) e não iminente (cerca). Síntese: Jesus é a intervenção de Deus no mundo. 1) O deísta, tal como o cristão, crê que há um Deus. 2) A Bíblia, entretanto, mostra que Deus está ativo na criação. 3) Gn. 1.2 mostra que o Espírito de Deus estava presente e ativo na criação do mundo. Deus sempre manteve em contato com os crentes (i.e. Adão, Abel, Noé) e os nãocrentes (Caim, Lameque). A encarnação de Cristo mostra a presença de Deus no mundo. O Espírito Santo veio no dia de Pentecostes para viver nos crentes. 4) Não é possível escutar os testemunhos pessoais de milhões de pessoas sobre a intervenção de Deus em sua vida e negá-los por completo. 5) Portanto, não é possível sustentar a posição deísta e a crença bíblica de Deus ao mesmo tempo. Tese: Há verdades absolutas Antítese: Toda a realidade deve ser suspeitada, não temos acesso ao conhecimento absoluto. Síntese: A fé em Cristo Jesus tira o escepticismo. 1) Pelo ato da presença do pecado na vida, há que suspeitar do pecado, reconhecer o engano e ser escéptico. 2) A Bíblia não permite um escepticismo absoluto, senão que nos chama a confiar na revelação de Deus. 3) Não podemos confiar em um deus escéptico. 4) Segundo Gênesis 3.1-2, a suspeita do mandato absoluto de Deus tem origem satânica. Há de ser escéptico enquanto ao diabo e confiar na perfeita revelação de Deus. 5) É razoável pensar que se tudo deve ser suspeito, podemos suspeitar do conceito de suspeitar, pois, o escepticismo absoluto não pode existir. Tese: Deus nos criou para ter comunicação com ele. Antítese: Crença na comunicação com espíritos. Síntese:Jesus nos convida a falar com Deus o Pai (o Pai Nosso). 1) Afirmamos que há um mundo espiritual e universal e que o universo contém os vivos e os mortos. 2) O comunicar-se com espíritos é proibido por Deus na Bíblia (Dt. 18.11; Ap. 19.10). 3) A autoridade suprema sobre o mundo espiritual deve ser Deus que fez todo o universo. Na oração do Senhor (Pai nosso) somos instruídos a comunicar-nos com o Deus verdadeiro. Deus provê o Espírito Santo para comunicar-se conosco. 4) A comunicação espiritual é reservada entre Deus e as pessoas. A comunhão espiritual entre os vivos e os mortos é um mistério não revelado (Dt. 29:29) 5) É psicologicamente necessário romper comunicação com os mortos para não viver no passado. Tese: Há um Deus soberano. Antítese: Todas as coisas são pré-determinadas por uma força não variável. “Que será será.” Síntese: Conhecemos a vontade de Deus pela fé em Cristo Jesus. 1) Afirmamos que há forças fora de nosso controle que influi em nós. 2) A Bíblia ensina que o fatalismo é diferente à predestinação. A predestinação é controlada por um Deus pessoal e amoroso. O fatalismo é uma força não pessoal. O fatalismo não crê na intervenção de Deus para mudar o rumo do mundo. 3) Afirmamos que só um Deus soberano pode ter controle absoluto no universo. 4) A predestinação tem a ver com o destino futuro de um enquanto a sua relação com Cristo Jesus. 5) O fatalismo não apresenta nenhuma esperança para a mudança. O evangelho se apresenta esperança para a mudança, transformação por meio da fé em Cristo. Ele que controla tudo; é um Deus de amor, justiça e graça. Tese: A mulher foi feita por Deus à imagem de Deus Antítese: A crença da superioridade do ser feminino. Síntese: Por crer em Cristo, a mulher se submete a autoridade de Deus. 1) A Bíblia afirma que há uma distinção entre homens e mulheres. A história humana mostra que há discriminação contra as mulheres. 2) A Bíblia revela que o ser feminino é igual ao ser masculino quanto a imagem de Deus na pessoa (Gn. 1.26). O ser feminino tem responsabilidades particulares quanto ao cumprir com o mandato para o matrimônio, a família, o trabalho e o governo (Gn. 1.27-28; 2. 18-25). 3) Dentro da Trindade de Deus há igualdade e diversidade de responsabilidades. Só Deus é um ser superior. 4) O feminismo começa com o pecado original (Gn. 3.1-7). O apóstolo Paulo observa a importância de que Eva pecou primeira (1 Ti. 2.14). Na restauração, há medidas para controlar a tendência feminista. O feminismo é limitado pelo castigo de Deus (Gn. 3.16). A restauração da mulher, como pessoa seja como solteira ou casada, é por crer e seguir ao Senhor Jesus Cristo. 5) Não é possível ser feminista e cristã ao mesmo tempo. A cristã se submete a autoridade de Cristo como é expressa pela Palavra de Deus. Tese: Deus é revelado. Antítese: O homem conhece a Deus e a verdade pelo conhecimento (gnose) de verdades ocultas. Síntese: Jesus é a fonte de todo o conhecimento 1) Afirmamos que há um conhecimento de Deus. Afirmamos que o conhecimento de Deus para o povo de Deus é especial, não é entendível para todos. 2) A revelação de Deus é vista nas obras de Deus na criação (Salmo 19.1-6); na pessoa de Deus em Jesus Cristo (At. 1.1-4) e pela Palavra de Deus, a Bíblia (2 Tm. 3.16). 3) Não há necessidade de ter um conhecimento oculto se Deus é o Criador, Provedor e Soberano de todos e se revela a nós. 4) Reconhecemos que por causa do pecado e a queda, o ser humano distorce o conhecimento de Deus e é por natureza idólatra. 5) Nossa meta deve ser expor e aclarar a revelação de Deus e não guardar a revelação de Deus como um segredo. Tese: Deus é o centro do universo. Antítese: A crença que o ser humano é o centro do universo. Síntese: Jesus, que é Deus, chegou a ser homem. 1) O ser humano é uma criatura especial criada por Deus. O ser humano foi criado para ter uma relação especial com seu criador. 2) A definição da relação entre Deus e o homem é revelada na Bíblia, a Palavra de Deus. 3) Para que o ser humano tenha uma relação saudável com Deus tem que atuar como criatura e não como criador. O humanismo nega que Deus é o centro do universo. Deus merece toda a glória e serviço, sendo que somente ele é o Criador e Salvador. O humanista lhe rouba a glória de Deus. 4) O homem não foi criado por si mesmo, pois ele não pode ser o dono de si mesmo. O humanismo é um egoísmo exagerado. A conduta humana não merece exaltação. O humanismo nega as conseqüências radicais do pecado e não tem uma solução para o pecado. Foram pessoas humanas, tanto judeus como romanos, que crucificaram a Jesus, o Filho de Deus, o homem perfeito. 5) A humanidade não tem nenhuma base moral para considerar-se o centro do universo e o propósito da vida. Somente Deus tem razão para reclamar toda a honra e glória. Tese: Deus tem um povo especial. Antítese: O judaísmo contemporâneo, a religião nacional do povo de Israel baseada nas tradições do Antigo Testamento, se considera povo de Deus. Síntese: A igreja cristã, composta por crentes judeus e não-judeus, é o povo de Deus. 1) 2) 3) 4) 5) Os cristãos e os judeus têm o Antigo Testamento em comum. A Bíblia revela que o propósito do Judaísmo é preparar-se para a vinda do Messias. Quando veio o Messias o rejeitaram (João 1.11). Não há nenhuma razão bíblica para rejeitar a Jesus como Messias. O juízo de Deus veio sobre a religião judaica. O templo, os sacrifícios, o sacerdócio e os profetas foram removidos. Segundo o Antigo Testamento, cada juízo tem uma razão. Qual seria a razão para a dispersão de Israel? Os cristãos são identificados como “a nova Israel” (Gl. 6....). É uma designação espiritual e não nacional. O judeu pode chegar a ser um judeu messiânico. Este movimento está crescendo. Os cristãos oram pela restauração espiritual dos israelitas nacionais. Tese: Há uma lei de Deus. Antítese: O legalismo acrescenta algo à fé para ser salvo. Síntese: Só Jesus cumpriu a lei perfeitamente, pois somente pela fé em Cristo é possível ser salvo. 1) Os cristãos afirmam a necessidade de viver uma vida ordenada segundo os Dez Mandamentos. 2) A fórmula para o legalismo é: E (evangelho) + O (obras) = S (salvação). Acrescentar algo ao evangelho é proibido nas Escrituras (Gl. 1.8). 3) Não podemos melhorar o que Cristo cumpriu. A salvação de Cristo é suficiente. A vida no Espírito Santo é uma realização das demandas da lei (Mt. 5.17). Acrescentar algo a salvação por nós, os pecadores, é questionar a perfeição da obra redentora de Cristo (Martinho Lutero). 4) O que acrescentamos ao evangelho é muitas vezes mandamentos humanos e culturais: doutrinas extra-bíblicas, práticas culturais, tradições religiosas e opiniões pessoais. 5) Não há comparação entre a perfeita obediência de Cristo a lei e as imperfeições humanas quanto à lei. Sobre a obediência de quem será estabelecida nossa salvação? Tese: Não há parcialidade com Deus Antítese: O liberalismo tira algo do que é necessário para a salvação. Síntese: A graça de Deus é suficiente para qualquer pessoa Ensinamento bíblico: 1) A liberdade espiritual não contradiz os códigos de justiça de Deus 2) A Bíblia afirma a liberdade que os crentes têm em Cristo. A fórmula para o liberalismo é: E (evangelho) – O (obras) = S (salvação). Tirar algo do evangelho é proibido nas Escrituras (Ap. 2-3). 3) Só um Deus soberano pode definir a liberdade. 4) As pessoas e sociedades mais obedientes aos mandatos de Deus têm experimentado a liberdade mais genuína. 5) Para ser livre tem que conhecer a vontade de Deus. Dentro da vontade de Deus há liberdade. Tese: O homem foi feito por Deus a imagem de Deus Antítese: A crença da superioridade do ser masculino. Síntese: Por crer em Cristo, o homem se submete a autoridade de Deus. 1) A Bíblia afirma que há uma distinção entre homens e mulheres. A história humana mostra que os homens têm que controlar a tendência de ser violento dominante e abusado. 2) A Bíblia revela que o ser masculino é igual ao ser feminino quanto a imagem de Deus na pessoa (Gn. 1.26). O ser masculino tem responsabilidades particulares quanto ao cumprir com o mandato para o matrimônio, a família, o trabalho e o governo (Gn. 1.27-28; 2. 18-25). 3) Dentro da Trindade de Deus há igualdade e diversidade de responsabilidades. Só Deus é um ser superior. 4) O machismo começa com o pecado original (Gn. 3.1-7). Antes da queda não existia o machismo O apóstolo Paulo observa que Adão não estava presente quando a mulher foi tentada (1 Ti. 2.14). Na restauração, há medidas para controlar as tendências escapistas do homem. Os homens devem ser responsáveis e exercer autoridade segundo o modelo e o poder do Espírito Santo. 5) Não é possível ser machista e cristão ao mesmo tempo. O cristão se submete a autoridade de Cristo como é expressa pela Palavra de Deus. Tese: Deus é o criador de todos os materiais. Antítese: Defendem que o material é eterno. No processo de evolução há um processo interminável de desenvolvimento. O universo tem sua origem em um “ser simples” e esta essência é material. Síntese: O criador anuncia que só Ele é eterno (João 1:1-2). Resposta ao materialismo: 1) Afirmamos que o universo tem sua origem em “o ser simples.” Afirmamos que os materiais têm sua origem neste ser simples. 2) Se o “ser simples” é Deus, seria importante conhecê-lo, conhecer como Ele funciona e como Ele se revela. 3) Se Deus existe e é o Criador do universo, somente Ele pode salvar-nos ou recriar-nos. 4) A natureza que existe (o material) apresenta evidência de que há um Deus criador. 5) Argumento do projeto. a) (todos os projetos implicam um projetista; b) há um grande projeto no universo; c), portanto, deve haver um Grande projetista do universo. Tese: O poder do estado é para proteger a nação e promover o bem. Antítese: O uso da força e violência para fins religiosos. Síntese: Pela cruz do calvário Jesus chegou salvar-nos. 1) Afirmamos a importância da proteção e ordem civil que provê um governo para a sociedade humana. 2) O militarismo era parte do estabelecimento e a defesa da nação teocrática de Israel. Israel não foi mandado por Deus a estabelecer um império internacional. 3) Jesus não usa a força militar para estabelecer a igreja nem para defendê-la. 4) A força policial e militar é para proteger a população civil (Rm. 13). 5) O uso das armas e a violência para promover a igreja são anticristãos. Tese: Só Deus é Deus. Antítese: A religião de Joseph Smith desenvolvida sobre a base do livro de Mórmons ou outros livros especialmente revelados que ensinam que os seres não-deuses podem chegar a ser deuses. Síntese: Jesus é Emanuel, Deus conosco. 1) Os cristãos e mórmons crêem em um conceito de Deus. 2) O deus dos mórmons é um homem deificado. Segundo os mórmons, o primeiro Adão foi deificado como Elohim. No cristianismo, a encarnação de Cristo é o mormonismo a revés. Deus chegou a ser homem, para salvar ao homem. 3) O Deus da Bíblia ensina que Cristo chegou a ser homem. Os mórmons ensinam que o homem chegou a ser Deus. 4) A raiz de mormonismo é a deificação do homem, uma idolatria. Os mórmons, por meio do Livro de Mórmon, acrescentam a Palavra de Deus e violam Ap. 22.19. A deificação do homem dá uma impressão humanista e o uso de algumas partes da Bíblia lhes dá um sabor de ser religioso. 5) O mormonismo e cristianismo não são compatíveis em teologia. Tese: Deus é onipresente, ele está em toda parte. Antítese: A crença de que Deus está em tudo e tudo é parte de Deus. Síntese: Jesus mostrou a autoridade e soberania de Deus sobre todo o universo por meio de sua encarnação, os milagres e a ressurreição. 1) Deus é onipresente. 2) A Bíblia revela que a presença de Deus não transforma a criação para ser deus senão que transforma a criação para cumprir o propósito de Deus. 3) Deus não pode ser comparado com sua criação. 4) A ética dos panteístas é deificar a criação (ex. não comer carne) e causar confusão e fome (Índia). 5) Adorar a criação e as criaturas feitas por Deus não tem sentido. Como pode uma pedra contestar uma oração? Tese: Há um só Deus. Antítese: A crença em muitos deuses. Síntese: O mistério de um Deus é três pessoas divinas é revelado por Jesus, que é Deus (Mt. 28:19-20). 1) Pelo menos, o politeísta crê no conceito de Deus. 2) ELOHIM, o primeiro nome de Deus revelado na Bíblia, é uma pluralidade de pessoas (IM) que são um Deus (EL). 3) A Trindade é um conjunto perfeito de 3 pessoas que são um Deus. Não há contradição de ser nem de poder. 4) Não é possível que possam existir dois ou mais deuses e que sejam onipresentes, onipotentes e oniscientes ao mesmo tempo. 5) Ter muitos deuses é uma contradição, quem creu em Deus? Tese: As verdades absolutas existem e não podem ser contraditórias. Antítese: A crença que dois ou mais idéias opostas podem ser verdade. Síntese: Jesus resolveu a contradição do engano e o pecado por revelar a verdade. 1) O relativismo está oposto ao absolutismo. 2) O relativismo tem suas raízes na tentação de Satanás quando disse a Eva:“Deveras disse Deus?”. 3) Deus não pode pecar ser inconsistente, injusto ou relativista. 4) O relativismo como sistema de pensamento é uma contradição, é relativo. 5) O relativismo não está preocupado pela verdade, “que será,”, pois não há que preocupar-se muito sobre isto. Tese: A tese e a antítese não podem existir juntas. Antítese: É a combinação de dois sistemas de pensamentos contrários para formar um só sistema. Síntese: No evangelho de Cristo Jesus a tese (a verdade) triunfa sobre a antítese (mentira) e assim estabelece o reino de Deus. 1) O cristão bíblico vive no mundo, mas não é do mundo. O cristão bíblico está consciente da antítese entre o mundo e a vida do espírito. 2) O sincretismo permite ao mundo e ao cristianismo viver lado a lado. Não há esforço para aplicar a verdade a antítese e chegar a uma síntese cristã. 3) Em Deus não há contradições nem confusão entre a verdade e a mentira. Deus oferece a solução às contradições da antítese. A solução é o evangelho. 4) Para sair do sistema sincretista há que identificar a verdade, refutar a distorção da verdade e entrar no reino de Deus. O reino de Deus transformará tudo. 5) A verdade nos fará livre. Tese: Deus provê salvação Antítese: A crença que todos os seres humanos serão salvos. Síntese: Há salvação pela fé em Cristo e não pela fé em um mesmo 1) Há um universalismo bíblico: Deus é o rei do universo. 2) Ter um Deus universal não implica que todas as entidades no universo vão ser salvas. 3) Só Deus pode decidir quem vai passar a eternidade com Ele. 4) Esta decisão está feita por Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida. 5) Jesus manifestou que há pessoas que vão ao inferno, pois nem todas as pessoas serão salvas (Mt. 24.51; 25.30,46).