António Feijó
Coitado do rouxinol!
Passou a noite ao relento,
Do pôr ao nascer do Sol,
Sem descansar um momento,
Sempre a cantar, sem dormir,
Absorto no pensamento
De ver uma rosa a abrir…
Coitado do rouxinol!
Passou a noite ao relento,
Do pôr ao nascer do Sol,
Sempre a cantar, sem dormir…
Mas o mísero – coitado!
Cantando tão requebrado,
Como tal cuidado velou,
Que adormeceu de cansaço,
E os olhos tristes cerrou
No minuto, no momento
Em que ao luar e ao relento
A rosa desabrochou
Coitado do rouxinol!
Com tal cuidado velou
Do pôr ao nascer do Sol
E tanto, tanto cantou,
A noite inteira ao relento,
Que de fadiga e tormento,
Sem descansar, sem dormir,
Fecha os olhos, perde o alento,
No minuto, no momento
Em que a rosa vai abrir…
Coitado do rouxinol!
Trabalho realizado por:
Edilier Tata Nº9 8ºC
Nuno Andrade Nº18 8ºC
Rui Neves Nº22 8ºC
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Noite Perdida- Edilier, Nuno e Rui