Chico Buarque, nome artístico de
Francisco Buarque de Hollanda (Rio de
Janeiro, 19 de junho de 1944), é um
músico, dramaturgo e escritor
brasileiro. Filho do historiador Sérgio
Buarque de Holanda, iniciou sua
carreira na década de 1960,
destacando-se em 1966, quando
venceu, com a canção A Banda, o
Festival de Música Popular Brasileira.
Em 1969, com a crescente repressão
da Ditadura Militar no Brasil, se autoexilou na Itália, tornando-se, ao
retornar, um dos artistas mais ativos na
crítica política e na luta pela
democratização do Brasil.
Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é prá te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também prá me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...
http://www.youtube.com/watch?v=guMRirESloE
O meu amor tem um jeito manso que é
só seu
E que me deixa louca quando me beija
a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é
só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os
meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e
indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu
umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu
rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que
ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
http://www.youtube.com/watch?v=txLPlvkGiP4
Agenor de Miranda Araújo Neto, mais
conhecido como Cazuza (Rio de Janeiro,
RJ, 4 de abril de 1958 – Rio de Janeiro,
RJ, 7 de julho de 1990) foi um cantor e
compositor brasileiro, que ganhou fama
como símbolo da sua geração enquanto
vocalista e principal letrista da banda
Barão Vermelho. Cazuza tornou-se um dos
ícones da música brasileira do final do
século XX. Cazuza também ficou
conhecido por ser rebelde, boêmio e
polêmico, tendo declarado em entrevistas
que era bissexual. Em 1989 declarou ser
soropositivo (AIDS) e sucumbiu à doença
em 1990, no Rio de Janeiro.
Todo dia a insônia me convence
que o céu
Faz tudo ficar infinito
E que a solidão é pretensão de
quem fica
Escondido fazendo fita
Todo dia tem a hora da sessão
coruja
Só entende quem namora
Agora 'vão bora'
Estamos meu bem por um triz pro
dia nascer feliz O mundo acordar e
a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz
Essa é a vida que eu quis
http://www.youtube.com/watch?v=_aIQCg2YiQ8
O mundo inteiro acordar e a gente
dormir
Todo dia é dia e tudo em nome do
amor
Essa é a vida que eu quis
Procurando vaga uma hora aqui, a
outra ali
No vai-e-vem dos teus quadris
Nadando contra a corrente só pra
exercitar
Todo o músculo que sente
Me dê de presente o teu bis
Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar e a gente
dormir, dormir
Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar e a gente
dormir
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