Luiz Fernando Felício dos Santos O QUE DEUS ESPERA DE NÓS, SEUS FILHOS? Se eu fosse resumir todo o nosso estudo sobre o perfil do verdadeiro Cristão, diria que a vontade do Pai é que sejamos parecidos com Jesus. E como Jesus era, é e o será para sempre? Bondoso, amoroso, justo, respeitável, fiel, humilde, sóbrio, mestre da Palavra, inimigo de contendas, de uma só palavra, não avarento, pensava sempre nos outros, sempre fazia o bem, obediente ao Pai, não fazia acepção de pessoas, integro, honesto, sempre falava a verdade, homem de oração, perdoador, … E como Jesus era, é e o será para sempre? … honrava seus pais terrenos e ao Pai celeste, longânimo, tardio em se irar, tinha prazer em ensinar sobre seu reino, manso, pronto para servir, grato, sabia exercer a autoridade, emotivo, detalhista… O Perfil desejável para o verdadeiro Cristão Em I Tm 3, o Apóstolo Paulo ao escrever para Timóteo, descreve o perfil desejável para um Bispo ou Diácono. Não somos diferentes deles, assim, é bom que sejamos: O Perfil desejável para o verdadeiro Cristão Irrepreensíveis, maridos de uma só mulher, temperantes, sóbrios, modestos, hospitaleiros, aptos para compartilhar a Palavra, não dados ao vinho, não violentos, porém cordatos, inimigos de contendas, não avarentos, que governemos bem a nossa casa, não sejamos neófitos. Que tenhamos um bom testemunho dos de fora. Que sejamos respeitosos, de uma só palavra e não sejamos gananciosos. Que tenhamos a conciência limpa. O caráter de Deus é refletido na ética bíblica As virtudes como honestidade, bondade, gentileza, integridade, verdade, são atributos definidos por Deus e não estão sujeitos às opiniões particulares. Virtudes que devem estar presentes na vida do Cristão, segundo Romanos 12:9-21 Amar sem hipocrisia, detestar o mal, amar cordialmente, honrar uns aos outros, sermos zelosos, fervorosos, servos, regozijar na esperança, pacientes na tribulação, na oração perseverantes, compartilhar as necessidades dos santos, praticar a hospitalidade, abençoar os que nos perseguem, alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram, ter o mesmo sentimento uns para com os outros, ser humilde, no que depender de nós, tenhamos paz com todos, não tornemos a ninguem mal por mal e não nos vinguemos a nós mesmos. Deus não distingue raça, classe social ou nível cultural (Gl 3:28; Cl 3:11 e Tg 2:1-10). Gl 3:28 Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Cl 3:11-14: no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos. Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Tg 2:1, 8-9: Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores. Os requisitos morais pelos quais os cristãos devem viver hoje são os mesmos de ontem e serão os mesmos de amanhã, porque “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e o será eternamente” (Hebreus 13:8). Temos que chamar de certo, errado, bem ou mal, o que Deus chama certo, errado, bem ou mal. Não há liberdade individual para decidir quais valores são corretos. Deus já os revelou para nós. Devemos sempre considerar a preciosidade daqueles que estão ao nosso redor. Devemos viver de uma maneira que reflita Cristo em nós. Jesus sempre se orientava em relação aos outros e estabeleceu o padrão ético; o ‘’uns aos outros’’ das escrituras. Devemos seguir seu exemplo e orientar o nosso comportamento de acordo com a preciosidade do nosso próximo. (João 13:34-35 e Colossenses 3:8-9, 12-14). Jo 13:34-35: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. Cl 3:8-9: Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos. Devemos considerar quem vem atrás, quem está ao nosso lado e quem está à nossa frente. É uma sensibilidade de amor a Deus e ao próximo. (Mc 12:29-31 e 1ª Jo 4:19-21). Mc 12:29-31: Disse Jesus: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. 1ªJo 4:19-21: Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão. A nossa tarefa é chamar de certo, errado, bem ou mal, o que Deus chama certo, errado, bem ou mal. A qualidade do caráter cristão é exemplificada pela presença ou ausência de três atributos: Respeito, honra e honestidade. 1. Respeito por Autoridade Autoridade é um conceito bíblico. O homem, por natureza, não gosta de autoridade, porém a Bíblia requer que vivamos de acordo com a autoridade, honrando os outros. Hb 13:17: Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. O Senhor colocou pessoas em posição de autoridade para evitar o caos, a confusão e a destruição. Imagine se não houvesse autoridade governando o tráfego; para punir os malfeitores e trazê-los à justiça e para proteger os inocentes. (Rm 13:4) Concluímos então que a autoridade é necessária para manutenção da ordem. A submissão à autoridade é aceitar que Deus colocou essa pessoa sobre nós. Uma atitude amarga em relação à autoridade é uma atitude amarga contra Deus. 2 - Respeito pelos pais Ensinar aos filhos a respeitarem e honrarem os pais é fundamental no ensino sobre “respeito às outras pessoas”. Ex 20:12: Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá. O mandamento de Êxodo 20:12 está associado a uma promessa; consequentemente, a desonra também está ligada a uma maldição. Os que desonram seus pais receberão o peso do julgamento de Deus (Pv 30:17; Êx 21:15,17 e Lv 20:9). Pv 30:17: Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos. Os filhos não obedecerão, respeitarão ou honrarão automaticamente a seus pais. Essas atitudes são contrárias à sua natureza. Eles precisam receber treinamento e orientação. Os pais são os governadores designados por Deus para administrar as almas de seus filhos. De acordo com a Bíblia, honrar os pais implica em um profundo respeito, dado com amor. 3 - Respeito ao idoso. A mensagem bíblica é clara: Honrar a idade é honrar a Deus. Lv 19:32: Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR. 4 - Respeito pelos colegas e irmãos A última parte dos dez mandamentos representa o relacionamento do homem como homem. São as orientações para o nosso comportamento, servindo como uma restrição e encorajamento de nossas ações em relação aos outros. Filipenses 2:3 diz que os cristãos devem se estimar “considerando cada um, os outros superiores a si mesmo”. Colossenses 3:13 instrui-nos a “suportar uns aos outros”. Romanos 12:10, diz: “preferindo-vos em honra uns aos outros”. Romanos 13:8 instrui-nos a “amar uns aos outros”. ACERCA DO CASAMENTO A Bíblia indica que o casamento é uma aliança, e o casal está definitivamente casado. Ml 2:14,15b: E perguntais: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança... Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. ACERCA DO CASAMENTO A Bíblia indica que o casamento é uma aliança, e o casal está definitivamente casado. Aliança significa morte à vida independente. Não existe mais: “eu” e sim, “nós”. O parceiro tem direito de exigir que cumpramos a aliança ou as promessas da aliança. (Jeremias 3:14 e Josué 9:5-10). O casamento em Cristo é uma dupla aliança A aliança inicial de Deus com o homem estava ligada ao casamento original do homem e a mulher. Gn 1:27-28: Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. O casamento em Cristo é uma dupla aliança Quando o Senhor faz parte de uma aliança de casamento, ela passa a ser uma aliança entre Deus e os cônjuges e entre as duas pessoas. No casamento onde ambos temem a Deus, eles poderão experimentar a plenitude do relacionamento como Deus havia planejado para o casamento.